Fernando Átila Freitas de Oliveira Filho*
“Fischia il vento urla la bufera/scarpe rotte e pur bisogna andar/a conquistare la rossa primavera/dove sorge il sol dell'avvenir” Fishia il Vento.
Hoje
completa mais um ano de uma das maiores tragédias da América Latina. Há 42 anos
acorria no Chile o golpe político-militar sob o comando de forças apoiadas
diretamente pelos EUA, direcionado contra o então presidente socialista Salvador
Allende, contra o povo e contra o Chile, através de uma junta militar sob o
comando do general Augusto Pinochet. Allende foi assassinado ali mesmo, no
palácio do governo. Mas fez cumprir, durante seu mandato, o possível para o
povo chileno, em um governo democrático “do povo e para o povo”. Na madrugada de 11 de setembro de 1973 dava-se
início ao golpe militar onde o exército iniciava sua operação, apoiado por
setores da burguesia e dos Estados Unidos. Horas antes do golpe, a maioria dos
oficiais leais ao governo já estava neutralizada. Horas mais tarde, às 8 da
manhã, dois caças da Força Aérea sobrevoavam o Palácio da La Moñeda encarregado
de bombardear o local. Allende com amigos, funcionários e uma AK-47, presente
de Fidel Castro, resistiram por 3 horas, mas 30 minutos após o bombardeio havia
terminado a resistência.
Antes
disso, reuniam-se nas vésperas de 1970, três generais do Pentágono juntamente
com quatro militares chilenos, em um jantar em Washington em homenagem ao
diretor da Escola de Aviação do Chile, o general Carlos Toro Mazote. Dentre os
que estavam presentes destacava-se Ernesto Baeza, diretor da Segurança Nacional
do Chile, dirigente do “assalto ao palácio” e responsável por dar a ordem de
incendiá-lo; o brigadeiro Sérgio Figueroa Gutiérrez, ministro de Obras
Públicas, e amigo íntimo de Gustavo Leigh, o marechal-do-ar, outro membro da
junta militar, que ordenou o bombardeio aéreo ao palácio e Arturo Troncoso,
comandante da base naval de Valparaíso, o mesmo que fez o levante militar na
madrugada do ataque de 11 de setembro.
O anfitrião era o coronel Gerardo López Angulo.
Durante o jantar, o assunto que se destacava era sobre a eleição presidencial
no Chile, um dos generais do Pentágono indagou sobre a possibilidade de
conseguir se eleger o candidato da esquerda, Salvador Allende, e então sem
hesitar o general Mazote respondeu: - tomaremos o palácio de La Moneda em meia
hora, ainda que tenhamos de incendiá-lo.
Salvador Allende - Discurso Universidad de Guadalajara)
Em
1965, em uma operação de espionagem social e política conduzida pelos EUA,
dá-se início à “Operação Camelot”. Foi uma investigação mediante questionários
precisos, para investigar o grau do posicionamento e tendências de pensamento
dos chilenos. No questionário feito também nos quartéis destacava-se a pergunta
que seria feita cinco anos depois aos militares chilenos na mesa de jantar em
Washington: - “Qual será a atitude caso o comunismo chegue ao poder?”. Após a
Operação Camelot os Estados Unidos já contavam com a possibilidade de Allende
ser eleito. Filho
de Salvador Allende Castro e de Laura Gossens Uribe, Salvador Allende Gossens,
nasceu em Valparaíso no dia 26 de junho de 1908, mudou-se para várias partes do
país devido aos diferentes cargos que seu pai teve que assumir na administração
pública. Viveu os primeiros oito anos de sua vida em Tacna, ao norte do Chile,
que mais tarde (1929) é anexada ao Peru. Estudou medicina na Universidade do
Chile. Foi eleito, em 1927, presidente do Centro Acadêmico, membro do Conselho
Universitário e vice-presidente da Federação de Estudantes. Participou ativamente
das manifestações contra o governo de Carlos Ibáñez, que governava de modo
ditatorial por meio de decretos, suspendendo as eleições parlamentares. Em 1929
no Chile concorda em voltar Tacna, que havia sido conquistada na Guerra do
Pacífico, ao Peru, por intermédio do presidente norte-americano Herbert Hoover,
além do pagamento de uma indenização.
Allende
dava aulas em uma escola de capacitação de trabalhadores no período noturno. Em
1931 foi suspenso da universidade por causa de suas atividades políticas, mas
concluiu seus estudos em 1933. No mesmo ano participou da fundação do Partido
Socialista do Chile, sendo designado como secretário da Regional Valparaíso do
Partido Socialista. É eleito, em 1937, deputado por Valparaíso e Quillota
(comunas na província de Valparaíso) e mais tarde designado subsecretário-geral
do Partido Socialista. Renuncia, em 1939, por determinação do partido, ao Parlamento
para assumir o cargo de Ministro da Saúde, Previdência e Assistência Social do
Chile, tornando-se o secretário mais jovem na história do Chile, ganhando o
atributo de “ministro dos pobres”.
Candidata-se
em 1952 à presidência da Republica pela coligação “Frente do Povo”, recebendo
apenas 52 mil votos contra 450 mil do general Ibáñez. Em 1953 Allende é eleito
novamente senador, dessa vez por Tarapacá e Antofagasta. Visita, em 1954, URSS
e a República Popular da China. Em 1958 decide se candidatar pela segunda vez à
presidência, já com o Partido Socialista unificado e com o Partido Comunista, a
Frente de Ação Popular (FRAP) e outros grupos da esquerda. Agora com o apoio
dos principais representantes da esquerda no Chile consegue o incrível salto
para 354 mil votos, porém perde para Jorge Alessandri, que obteve pouco mais de
368 mil votos. Em 1961 é eleito novamente Senador por Valparaíso e Aconcágua e,
em 1969, por Chiloé, Aysén e Magallanes. Em 1970, já pela terceira vez, candidata-se
à presidência. Com as condições políticas e materiais diferentes, ganha as
eleições e assume a presidência da República do Chile.
Durante
a presidência, sancionou no Congresso a lei sobre a nacionalização das minas e
empresas de cobre, pertencente aos monopólios norte-americanos (Anaconda,
Kennecott e Serro Corporation), tomando de volta a principal riqueza do Chile.
Iniciou a reforma agrária expropriando, de 1970 a 1971, 1.300 latifúndios, em
uma área total de 3 milhões de hectares para distribuição. As conquistas
educacionais são destacáveis: o número de estudantes universitários cresceu 89%
de 1970 a 1973, foram criados sistemas de bolsas de estudos para crianças de
descendência indígena. Na saúde uma das principais conquistas foi a instauração
de um sistema de centros de saúde em bairros operários com pelo menos 1 centro
de saúde para cada 40.000 habitantes. Um de seus maiores feitos foi a aprovação
da Reforma Constitucional, dando ao Estado o exclusivo e inalienável direito a
todas as minas de salitre, areias metalíferas, salinas, jazidas de carvão,
petróleo, gás etc.
O
Jurista Jorge Ovalle já afirmava que a nacionalização seria “um embargo de
guerra, mais que uma expropriação”. Todavia, o governo rebatia afirmando que a
nacionalização diz respeito a bens considerados como uma totalidade, com o
objetivo de produzir ou distribuir de acordo com os interesses sociais,
prevalecendo aí o interesse da coletividade. - “A indenização depende de várias
circunstâncias e não deve ser, obrigatoriamente, equivalente ao bem”, apontando
para a medida econômica mais transcendente do século 20: a nacionalização do
cobre em 1971. De fato, o governo estava certo. Havia sido detectado enriquecimento
ilegítimo por parte das empresas filiais estrangeiras, que compravam o cobre
abaixo do preço e logo o colocavam a preço de mercado. Em 1970, o Departamento
de Investigação (DIA) revelou que 260 tambores declarados como “lodo anódico”
continham prata bruta. Declara que saíram ilegalmente do Chile 2.269 toneladas
de “lodos anódicos”, constituídos de ouro e prata, “e algo de platina”, paládio
e selênio destinados à refinaria Raritan (Anaconda), em Nova Jersey.
Foram
analisados “cerca de 8.000 documentos da Chile Exploration desde 1954, quando se inicia a produção do cobre
eletrolítico, até 1996”. Estima-se que foram saqueados do Chile um total de
37.949.067 dólares em ouro e prata por empresas estrangeiras. Thomas Keller,
presidente executivo da Corporação Nacional do Cobre - Codelco, anunciou em
2013 que entre 1971 (data da nacionalização do cobre) e o final do ano de 2012
o arrecadamento da Codelco já ultrapassara 100 bilhões de dólares. Ainda segundo Thomas Keller - “Nesses 42
anos, a empresa mostra grandes conquistas em todas as áreas de gestão. Duplicou
suas operações, passando de 4 para 8 divisões, e triplicou seus níveis de
produção, de 571 mil toneladas métricas de cobre fino em 1971, a 1 milhão 758
mil em 2012”.
Do
ponto de vista prático, durante seu governo o desemprego reduziu-se a mais da
metade. Em 1972, 66% da renda nacional pertenciam aos trabalhadores. Foram construídas 82 mil casas. Por fim,
ainda em 1971 havia sido aumentado em 20% o poder aquisitivo das classes
trabalhadoras. Cumpriu sua palavra, não deu um passo atrás, mesmo diante do
golpe inevitável, tendo em vista sua tática. Evo Morales, atual presidente da
Bolívia, em 2011 durante um discurso na ONU, disse: - “Se preparam
intervenções, quando os presidentes, quando os governos, quando os povos não
são pró-capitalistas e nem pró-imperialistas”. A História sempre se repete,
pelo menos duas vezes, disse Hegel; Karl Marx acrescentou: “a primeira vez como
tragédia, a segunda como farsa”. Como hoje acontece na Venezuela, onde as frações
das classes dominantes enterram produtos e alimentos para desestabilizar o governo,
acorreu no Chile.
A
sabotagem interna organizada pela burguesia foi tão impactante que em 1973 a
inflação chegou a 338,1%, agravando-se devido ao bloqueio norte-americano e
intervenções, como o Projeto FUBELT - que visava antes da posse impedir que
Allende chegasse ao poder - e o apoio do CIA ao grupo extremista de caráter
fascista e paramilitar “Patria y Libertad”. No Chile economicamente se produzia
quase tudo, desde carros até produtos básicos, mas não era uma indústria de
caráter totalmente nacional. Nas 160 empresas mais importantes, 60% do capital
era estrangeiro e 80% da matéria prima eram importadas. Para evitar o
agravamento interno a União Soviética comprou trigo da Austrália para enviar ao
Chile; Cuba enviou um navio carregado de açúcar em um gesto singular de solidariedade
e de apoio político. Na tarde em que Fidel Castro terminava sua visita ao Chile,
às senhoras da burguesia se manifestavam em um ato simbólico batendo suas
panelas vazias, tal como hoje no Brasil.
A
história nos mostrou a certeza dessa frase. Na Nicarágua os EUA apoiaram do
início ao fim o governo de Somoza García e seu filho, Somoza Debayle. Tempos
antes se utilizando de Sacasa, assassinou Sandino por meio da Guarda Nacional. Entre 1849 e 1933, os fuzileiros navais norte-americanos
invadiram a Nicarágua nada menos que catorze vezes, em geral para empossar um
presidente que parecesse a Washington mais solidária com os interesses dos
Estados Unidos, mais estável e/ou mais apto a proteger os interesses e os
investimentos norte-americanos (cf. Zimmermann, 2006). Resultando em média uma
invasão a cada seis anos. Mas as intervenções e golpes militares com a ajuda
dos norte-americanos e para estes não se limitavam à America Latina e Central -
uma peça chave para o desenvolvimento imperialista. Foi além do Ocidente, até
chegar no Oriente Médio, apoiando no Irã a monarquia encabeçada pelo xá
Mohammed Reza Pahlevi. Até então, o Irã pouco frequentava os noticiários
internacionais.
“Na década de 1960, pouco tinha chamado atenção a constituição de um cartel de países produtores de petróleo, a Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), com papel central do Irã, segundo exportador mundial do óleo. No entanto, já em 1973, por ocasião do primeiro ‘choque do petróleo’, a Opep e o Irã faziam tremer a economia mundial. Mas na crise do ‘ouro negro’, o Irã fazia parte de um grupo mais amplo de países. Em 1979, o mundo apreendia o que não muitos tinham denunciado antes: que o glamouroso regime do xá, cheio de belas fardas e decorações, apoiava-se em uma repressão selvagem, na qual se distinguia, pela brutalidade de suas torturas, a polícia política: a Savak [...] A Savak tinha penetrado em todas as camadas da sociedade, emprestando e ‘refinando’ as medidas perversas da Gestapo. Até o ditador chileno Pinochet mandou seus torturadores para treinar no Teerã [...] Em 1979 também, na longínqua América Central, outra antiga ditadura alinhada com os Estados Unidos era derrubada por uma revolução sandinista, que recuperava para a história presente outra figura histórica: a de Augusto César Sandino. Os Estados Unidos bloquearam a Nicarágua, apoiando uma contrarrevolução interna que, de modo paradoxal, foi depois financiada com fundos provenientes da venda clandestina de armas ao novo regime iraniano, no ‘escândalo Irã-Contras’. Montaram bases militares em países vizinhos (Honduras), para evitar o ‘contágio sandinista’ em terras centro-americanas e caribenhas, temor não infundado se considerarmos os movimentos revolucionários que irrompiam em El Salvador e na Guatemala” (cf. Coggiola, 2008).
Dentre
as características do exército chinelo, a que mais se destacava era o seu
histórico violento. Durante uma guerra civil em 1891 foram mortos pelo exército
chileno mais de 10 mil pessoas em uma única batalha. Os peruanos relatam que
durante a Guerra do Pacífico, quando os militares ocuparam Lima, saquearam a
biblioteca de dom Ricardo Palma, um escritor peruano, e usaram os livros para
limpar o traseiro. Há muitos relatos de massacres durante manifestações de
trabalhadores. Em Iquique grevistas que manifestavam se refugiaram em um teatro
local, mas foram metralhados pelas tropas, morreram duas mil pessoas. Já em 1957, na Batalla de Santiago, que
ocorreu nos dias 2 e 3 de abril, o exército reprimiu os manifestantes à bala.
Não se sabe ao certo o número de mortos, pois o governo enterrou muitos corpos
clandestinamente.
“Durante uma greve na mina de El Salvador, no governo de Eduardo Frei, uma patrulha militar dispersou à bala uma manifestação e matou seis pessoas, entre as quais várias crianças e uma mulher grávida. O comandante da praça era um obscuro general de 52 anos, pai de cinco filhos, professor de geografia e autor de vários livros sobre assuntos militares: Augusto Pinochet”.
Durante
o regime vários ministros e pessoas ligadas a Allende foram presas, e
torturadas física e psicologicamente. O filme “Dawson Ilha 10 - A verdade sobre
a ilha de Pinochet”, dirigido pelo cineasta chileno Miguel Littin, mostra com
uma riqueza de detalhes o drama dos presos políticos do regime de Augusto
Pinochet. Segundo a Comissão Retting, o regime foi responsável pelo assassinato
de 2.298 pessoas. O comitê de investigação não conseguiu comprovar outros 957
casos, mas a Comissão de Reparação e Justiça acrescentou mais tarde à lista 899
crimes, elevando-se para 3.197 vítimas. Dentre esses números 1.185 presos
políticos foram fuzilados sem julgamento, dentre eles 82 mulheres. Dez mulheres
foram executadas junto a seus filhos, segundo o Partido Socialista. Nove
crianças nasceram de mães desaparecidas na prisão e o destino delas cogita-se
que foi o mesmo de suas mães. Estima-se que centenas de corpos foram
dinamitados. No final dos anos 80 cerca de 200.000 pessoas foram exiladas.
Allende
chegou ao poder através da organização da Unidade Popular (UP), uma coalizão do
Parido Socialista com o Partido Comunista, Movimento de Ação Popular (MAPU),
Partido Social Democrata, Ação Popular Independente (API) e outras organizações
de esquerda. Nas eleições presidenciais Allende ficou em 1° lugar com 1 milhão
e 70 mil votos, apesar de não ter obtido uma maioria significativa de votos. Em
2° lugar ficou Jorge Alexandre Rodriguez, com 40 mil votos a menos,
representante da burguesia industrial e financeira, e em 3° ficou Radomiro
Tomic R., representando o Partido Democrata Cristão, de Eduardo Frei, então
presidente do Chile. Devido ao percentual aparentemente baixo de votos, em
comparação ao segundo colocado, para conseguir a presidência, Salvador Allende
aceitou que o Congresso aprovasse o Estatuto de Garantias Constitucionais, já que
o mesmo poderia escolher o segundo mais votado.
“Este estatuto, redigido por uma comissão mista de democratas cristãos e partidários da Unidade Popular, consistia no seguinte: garantia da existência dos partidos políticos, da liberdade de imprensa e do direito de reunião; liberdade de ensino; inviolabilidade da correspondência; liberdade de trabalho; liberdade de movimento; segurança de participação social em grupos de comunidade; profissionalização das forças armadas e carabineiros.” (MONIZ, 1987).
A
estratégia da Unidade Popular era o socialismo pela via democrática. Como
escreveu Ernesto Che Guevara: - “A Salvador Allende que por outros meios trata
de obter o mesmo fim”. Allende não tinha a mesma intensidade de adesão popular
que outros países que passavam ou passaram por revoluções na América Latina e
Central, como Cuba. Acreditava na transição pacífica do capitalismo para o
socialismo. - “Dispunha do governo, mas não dispunha do Estado” (Ibid. p.193),
pois não contava com o Congresso, com o Poder Judiciário e nem com as forças
armadas. Essa última fora a “carta na manga” da burguesia. Régis Debray
escreveu o seguinte sobre a queda e o assassinato de Salvador Allende:
“Um século após a Comuna de Paris, que revelou a Marx a impossibilidade do proletariado ‘apoderar-se da máquina do Estado, completamente feita, pois deve destruir a máquina militar e burocrática do Estado Burguês’, o senhor Pinochet força os esquecidos a reler os clássicos. O decreto da constituição da Junta Militar de setembro de 1973 – de que se deve apreciar altamente a clareza pedagógica – é o escrito corolário do famoso teorema marxista, ou a sua verdade oposta: ‘quem não destrói a máquina será destruído por ela’... A burguesia é leninista por instinto e sabe que a verdade última de uma luta política está numa relação de forças e não na hermenêutica constitucional.”
A
“Via chilena” havia fracassado demonstrando que socialismo e reformismo não
cabem nas mesmas práticas. Mas Allende tentou o quanto pode, até seu trágico
fim. Lutou, nos palanques, nas urnas, com uma vitória apertada, no Congresso e
no golpe, até seu último dia de vida, por um Chile livre do imperialismo, livre
da intervenção estrangeira que saqueou por décadas este país; fez um governo do
povo e para o povo. Afirmo com absoluta tranquilidade, companheiros, que este político
não tinha intenção de ser um mártir. Cumpriu sua tarefa, a tarefa que o povo
lhe deu. Foi um socialista, um lutador social, como se denominava, mas acima de
tudo um latino-americano. Viva o Chile, viva o povo, viva a América Latina!
Bibliografia
geral consultada.
MONIZ, Edmundo, A Originalidade das Revoluções: Uma Visão Abrangente
do Socialismo no Século XX. Rio de Janeiro: Editor Espaço e Tempo, 1987;
ZIMMERMANN, Matilde, A Revolução Nicaraguense. São Paulo: Editora Unesp,
2006; Artigo: “As Arrepiantes Estatísticas do Golpe de Pinochet”. Disponível
em: http://g1.globo.com/noticias/mundo/10/12/2006;
COGGIOLA, Osvaldo, A Revolução Iraniana. São Paulo: Editora Unesp, 2008;
Artigo: “A 42 Años de la Nacionalización del Cobre”. CODELCO - Corporación
Nacional del Cobre de Chile, 11 de julho de 2013. Disponível em: https://www.codelco.com/codelco-completa-mas-de-107-mil-millones-de-dolares-de-aporte-a-chile/;
MELITO, Leandro, Conheça a Trajetória do Ex-presidente Chileno Salvador
Allende. Chile: Fundação Salvador Allende, 2013. Disponível em: http://www.ebc.com.br/noticias/internacional/2013/09;
Vídeo: Discurso Salvador Allende na Universidade de Guadalajara: Cidade do
México. Disponível em: https://www.youtube.com/;
MAGASICH, Jorge, “A Medida Econômica mais Transcendente do Século 20: A
Nacionalização do Cobre em 1971”. In: Correio da Cidadania, 26/09/2014.
Disponível em: http://www.correiocidadania.com.br;
MARQUEZ, Gabriel Garcia. Chile, o Golpe e os Gringos. Flavio Serafini, 11 de
setembro de 2014. Disponível em: http://www.flavioserafini.com.br/chile-o-golpe-e-os-gringos/;
entre outros.
_______________
* Estudante do curso de
Ciências Sociais na Universidade Federal do Ceará (UFC) e músico.
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