quinta-feira, 18 de abril de 2024

Clara Hughes – Domínio, Ciclista & Patinadora de Velocidade Canadense.

                                                                                A excelência física vem da excelência mental”. Clara Hughes

         As terras ocupadas pelo Canadá são habitadas há milênios por diferentes grupos humanos de povos aborígines. Começando no fim do século XV, expedições britânicas, portuguesas e francesas exploraram e, mais tarde, se estabeleceram ao longo da costa Atlântica do país. A França cedeu quase todas as suas colônias na América do Norte em 1763 depois da Guerra dos Sete Anos. Em 1867, com a união de três colônias britânicas da América do Norte em uma confederação, o Canadá foi formado como um domínio federal de quatro províncias. Isto começou com um acréscimo de províncias e territórios e com um processo de aumento de autonomia do Reino Unido. Esta ampliação de autonomia foi salientada pelo Estatuto de Westminster de 1931 e culminou no Canada Act de 1982, que “eliminou os vestígios de dependência jurídica do Parlamento Britânico”. O Canadá representa uma federação composta por dez províncias e três territórios, uma democracia parlamentar e uma monarquia constitucional, com o rei Carlos III como chefe de Estado que é um símbolo dos laços históricos do Canadá com o Reino Unido, o governo dirigido por um primeiro-ministro, cargo ocupado atualmente.

É um país bilíngue e multicultural, com o inglês e o francês como línguas oficiais.  Um dos países mais desenvolvidos do mundo, o Canadá tem uma economia diversificada, dependente dos seus abundantes recursos naturais e do comércio, particularmente com os Estados Unidos, país com que o Canadá tem um relacionamento longo e complexo. É um membro do Grupo dos Sete (G7) é o grupo dos países mais industrializados do mundo, composto por: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, embora a União Europeia também esteja representada. Esses países são as sete economias mais avançadas do mundo, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), os quais representam mais de 64% da riqueza líquida global, equivalente a 263 trilhões de dólares estadunidenses. A grande riqueza líquida nacional e índice de desenvolvimento humano (IDH) extremamente elevado são algumas das principais características dos membros deste grupo. Eles também representam 46% do produto interno bruto (PIB) global avaliado as taxas de câmbio do mercado e 32% da paridade do poder de compra (PPC) global. Em março de 2014, a Rússia foi expulsa do grupo após ter anexado a Crimeia ao seu território, e assim o grupo passou a ter sete integrantes (G7) novamente.

O G20 ou Grupo dos 20 representa um grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Africana e União Europeia. Foi criado em 1999, após as sucessivas crises financeiras da década de 1990. Visa favorecer a negociação internacional, integrando o princípio de um diálogo ampliado, levando em conta o peso econômico crescente de alguns países, que, juntos, representam 90% do PIB mundial, 80% do comércio mundial, incluindo o comércio intra-União Europeia e dois terços da população mundial. O peso econômico e a representatividade do G-20 conferem-lhe significativa influência sobre a gestão do sistema financeiro e da economia global. O G-20 estuda, analisa e promove a discussão entre os países mais ricos e os emergentes sobre questões políticas relacionadas com a promoção da estabilidade financeira internacional e encaminha as questões que estão além das responsabilidades individuais de qualquer organização. Com o crescimento da importância do G-20 a partir da reunião de 2008, em Washington, e diante da crise econômica mundial, os líderes participantes anunciaram, em 25 de setembro de 2009, que o G-20 seria o novo conselho internacional permanente de cooperação econômica, eclipsando o G8, constituído pelas sete economias mais industrializadas e a Rússia. 

A partir da 18ª cúpula realizada em Nova Deli em 2023, a União Africana entra para a organização como membro permanente, da Organização do Tratado Atlântico Norte (OTAN), da OCDE, da OMC, da Comunidade das Nações, da Francofonia, da Organização dos Estados Americanos, da APEC e das Nações Unidas. Existem várias teorias sociais quanto à origem etimológica da palavra Canadá. O Dictionary of Canadianisms on Historical Principles Online considera que a etimologia da palavra Canadá não se encontra claramente estabelecida e apresenta uma extensa lista com várias teorias que foram apresentadas no decorrer do processo civilizatório. A teoria com mais aceitação talvez seja a de que a origem do nome Canadá venha da palavra iroquesa chamada kanata, que significa “aldeia” ou “povoado”. Em 1535, nativos norte-americanos vivendo na região utilizaram a palavra para explicar ao explorador francês Jacques Cartier o caminho para a aldeia de Stadacona, que se encontra a cidade Quebec.

O corpo, notoriamente, percorre a história da ciência e da filosofia. De Platão a Henri Bergson, passando por René Descartes, Baruch de Espinosa, Maurice Merleau- Ponty, Sigmund Freud, Karl Marx, Friedrich Nietzsche, Max Weber e principalmente Michel Foucault, a definição de corpo demonstra um puzzle. Quase todos reconhecem a profusão da visão dualista de Descartes, que define o corpo como uma substância extensa em oposição à substância pensante. Podemos perceber que seguindo este modo de compreensão, sobretudo com o advento da modernidade, o corpo foi facilmente associado a uma máquina. O corpo foi pensado como um mecanismo elaborado por determinados princípios que alimentam as engrenagens desta “máquina” promovendo o seu bom funcionamento. Isto quer dizer que através dos exercícios de abstinência e domínio que constituem a ascese necessária, o lugar atribuído ao conhecimento de si torna-se mais importante: a tarefa de se pôr à prova, de se examinar, de controlar-se numa série de exercícios bem definidos, coloca a questão da verdade – da verdade do que se é, do que se faz e do que é capaz de fazer – no cerne da constituição do sujeito moral. E, finalmente, o ponto de chegada dessa elaboração é ainda e sempre definido pela soberania do indivíduo sobre si mesmo. Michel Foucault (2014) nos adverte sobre a questão abstrata da analítica do poder que se constitui o marco histórico e pontual de “docilidade dos corpos”.   

Para ele o soldado é, antes de tudo, alguém que se reconhece de longe; que leva os sinais naturais de seu vigor e coragem, as marcas também de seu orgulho: seu corpo é o brasão de sua força e de sua valentia: e se é verdade que deve aprender aos poucos o ofício das armas – essencialmente lutando – as manobras como a marcha, as atitudes como o porte da cabeça se originam, em boa parte, de uma retórica corporal de honra. Eis como ainda no início do século XVIII se descrevia a figura ideal do soldado. Mas na segunda metade deste século, o soldado se tornou algo que se fabrica; de uma massa informe, de um corpo inapto, fez-se a máquina de que se precisa; corrigiram-se aos poucos as posturas: lentamente uma coação calculada percorrer cada parte do corpo, assenhoreia-se dele, dobra o conjunto, torna-o perpetuamente disponível, e se prolonga, em silêncio, no automatismo dos hábitos; em resumo, foi “expulso o camponês” e lhe foi dada a “fisionomia de soldado”. Ipso facto, houve, durante a época clássica, uma descoberta do corpo como objeto e alvo de poder. Encontraríamos facilmente sinais dessa grande atenção dedicada então ao corpo que se manipula, modela-se, treina-se, que obedece, responde, torna-se hábil ou cujas forças multiplicam o “homem-máquina”.

O grande livro do homem-máquina foi descrito simultaneamente em dois registros: no anátomo-metafísico, cujas primeiras páginas haviam sido escritas por Descartes e que os médicos, os filósofos continuaram; o outro, técnico-político, constituído por um conjunto de regulamentos militares, escolares, hospitalares e por processo empíricos e refletidos para controlar ou corrigir as operações do corpo. Dois registros bem distintos, pois se tratava ora de submissão e utilização, ora de funcionamento e de explicação: corpo útil, corpo inteligível. E, entretanto, de um ao outro, pontos de cruzamento. “O homem-máquina” de Julien Offray La Metrie (1709-1751) é ao mesmo tempo uma redução da alma e uma teoria geral do adestramento, no centro dos quais reina a noção de “docilidade” que une ao corpo analisável o corpo manipulável. Em sua significação específica é dócil um corpo que pode ser submetido, que pode ser utilizado, que pode ser transformado e aperfeiçoado. Os famosos autômatos, por seu lado, não eram apenas uma maneira de ilustrar o organismo; eram também bonecos políticos, modelos reduzidos de poder: obsessão de Frederico II, rei minucioso das pequenas máquinas, dos regimentos bem treinados e longos exercícios.

Para Foucault metodologicamente a questão a responder é a seguinte: Nesses esquemas de docilidade, em que o século XVIII teve tanto interesse, o que há de tão novo? Não é a primeira vez, certamente, que o corpo é objeto de investimentos tão imperiosos e urgentes; em qualquer sociedade, o corpo está preso no interior de poderes mito apertados, que lhe impõem limitações, proibições ou obrigações. Muitas coisas, entretanto, são novas nessas técnicas. A escala, em primeiro lugar, do controle; não se trata de cuidar do corpo, massa, grosso modo, como se fosse uma unidade indissociável, mas de trabalha-lo detalhadamente; de exercer sobre ele uma coerção sem folga, de mantê-lo ao mesmo nível prático da mecânica – movimentos, gestos, atitudes, rapidez: poder infinitesimal sobre o corpo ativo. O objeto, em seguida, do controle: não, ou mais, os elementos significativos do comportamento ou a linguagem do corpo, mas a economia, a eficácia dos movimentos, sua organização interna; a coação se faz mais sobre as forças que sobre os sinais; a única cerimônia que realmente importa é a do exercício. A modalidade, enfim, implica uma coerção ininterrupta, constante, que vela sobre os processos da atividade mais que sobre seu resultado e se exerce de acordo com uma codificação que esquadrinha ao máximo o tempo, o espaço, os movimentos.

Esses métodos que permitem o controle minucioso das operações do corpo, que realizam a sujeição constante de suas forças e lhes impõem uma relação de docilidade-utilidade, são o que podemos chamar disciplinas. Muitos processos disciplinares existiam há muito tempo: nos conventos, nos exércitos, nas oficinas também. Mas as disciplinas historicamente se tornaram no decorrer dos séculos XVII e XVIII fórmulas gerais de dominação. Isto é, diferentes da escravidão, pois não se fundamentam numa relação de apropriação dos corpos; é até a elegância da disciplina dispensar essa relação custosa e violenta obtendo efeitos de utilidade pelo menos igualmente grandes. Mas também ocorre que são diferentes também da domesticidade, que é uma relação social de dominação constante, global, maciça, não analítica, ilimitada e estabelecida sob a forma de vontade de poder singular do patrão, sendo quase seu “capricho”. Diferentes da vassalidade que é uma relação de submissão altamente codificada, mas longínqua e que se realiza menos sobre as operações do corpo que sobre os produtos do trabalho e as marcas rituais de obediência. Diferentes do ascetismo e das “disciplinas” de tipo monástico, que têm por função realizar renúncias mais do que aumentos de utilidade e obediência, têm como fim um aumento do domínio de cada um sobre seu próprio corpo.

O momento histórico das disciplinas é o momento em que nasce uma “arte do corpo humano”, que visa não unicamente o aumento de suas habilidades, nem tampouco aprofundar sua sujeição, mas a formação de uma relação social e histórica que no mesmo mecanismo o torna tanto uma política das coerções que são um trabalho sobre o corpo, uma manipulação calculada de seus elementos, de seus gestos, de seus comportamentos. O corpo humano entra numa maquinaria de poder que o esquadrinha, o desarticula e o recompõe. Uma “anatomia política”, que é também igualmente uma “mecânica do poder”, está nascendo; ela define como se pode ter o domínio sobre o corpo dos outros, não simplesmente para que façam o que se quer, mas ara que operem como se quer, com as técnicas segundo a rapidez e a eficácia que se determina. A disciplina fabrica assim corpos submissos e exercitados, corpos dóceis.  A disciplina aumenta as forças do corpo (em termos econômicos de utilidade) e diminui essas mesmas forças (em termos políticos de obediência). Em uma palavra: ela associa o poder do corpo; faz dele por um lado uma “aptidão”, uma “capacidade” que ela procura aumentar; e inverte por outro lado a energia, a potência que poderia resultar, e faz dela uma relação de sujeição estrita.

Se a exploração econômica separa a força e o produto do trabalho, a coerção disciplinar estabelece no corpo o elo coercitivo entre uma aptidão aumentada e uma dominação acentuada. Entendida como consumo cultural, a prática do “culto ao corpo” situa-se como preocupação geral de mobilidade social, que perpassa a estratificação de classes sociais e faixas etárias, apoiada num discurso clínico difuso que se refere tanto a questão estética, quanto per se a preocupação alimentar com a saúde. Nas sociedades contemporâneas há uma crescente apropriação do corpo, com a dieta alimentar e o consumo excessivo de cosméticos, impulsionados pelo processo de massificação da propaganda/consumo a desde o desenvolvimento econômico dos anos 1980, onde o corpo ganha mais espaço, principalmente nos meios midiáticos. Nesse sentido, as fábricas de imagens estéticas do vencedor como o cinema, televisão, publicidade, revistas etc., têm contribuído para isso. Ipso facto, nos leva a pensar que a imagem da eterna fonte de juventude, associada ao ideário ocidentalizado pelos mass mídia de um corpo perfeito e ideal, ao sucesso na educação, no trabalho e na vida amorosa atravessa as etnias e classes, compondo de maneiras diferentes os mais diversos estilos de vida. 

Ciclismo representa um esporte competitivo de corrida de bicicleta cujo objetivo dos participantes é chegar em primeiro lugar a determinada meta ou cumprir determinado percurso no menor tempo possível. Foi na Inglaterra, em meados do século XIX, que o ciclismo se iniciou como esporte, sendo condicionado durante o período histórico em que, comparativamente, o aperfeiçoamento do veículo possibilitou o alcance de maiores velocidades. Apesar das bicicletas BMX serem de construção mais simples e com menos tecnologia que as mountain bikes e bicicletas de ciclismo de estrada de última geração - as bikes BMX, são capazes de suportar terrenos bem mais pesados que as bicicletas de outros tipos não conseguissem. Estas exigem que o ciclista que pretenda entrar nesse tipo de modalidade tenha no mínimo alguns conhecimentos técnicos básicos antes de comprar uma bike BMX, assim como acontece com variados tipos de bicicleta. O ciclismo é regido por diversas regras. Mas geralmente enquadra-se em quatro tipos de categorias: provas em estradas, provas em pistas, provas de montanha (“Mountain Bike”) e BMX e é praticado com diversos tipos e modelos de bicicletas. O ciclismo surgiu a partir de 1890 e nos dez anos seguintes nasceram grandes provas, que ao longo dos anos se tornaram clássicos, alguns ainda existem como o “Liège-Bastogne-Liège”, frequentemente chamada de La Doyenne, é uma das cinco corridas clássicas monumentais de ciclismo de estrada profissional europeu e uma das 24 provas que atribuem pontos para o ranking mundial da UCI. A primeira edição era voltada para amadores e aconteceu em 1892.

Em 1894 teve início a primeira edição voltada para os profissionais quando Leon Houa (1867-1918) que também venceu a edição 1892 como amador, obteve a vitória. Ela acontece na região das Ardenas (Bélgica), largando de Liège, seguindo até Bastogne e retornando à cidade de partida. Em 1891 acontece a primeira grande prova de Audax, ou Randonneurs, entre Paris e Brest (na França), ida e volta, num total de 1200 km. A prova é a mais tradicional do ciclismo mundial e não tem caráter competitivo. Os participantes correm contra o tempo, com diversas regras, para chegar ao final em uma longa prova de logística e superação. Atualmente, para poder participar dos 1200 km, o ciclista deve conseguir realizar num mesmo ano, as provas de 200, 300, 400 e 600 km, ganhando o chamado “brevet”, para realizar o 1200 km. No Brasil essa prova é relativamente recente, realizada desde 2003 com autorização do Audax Club Parisien. Historicamente em 1893 foi realizado o primeiro Campeonato Mundial, com provas de “sprints” e “meio fundo”, exclusivamente para o círculo os corredores amadores do mundo ocidental. Contudo, o ciclismo faz parte do programa olímpico desde a primeira edição moderna dos jogos de Atenas, em 1896, quando os eventos realizados eram apenas os considerados de Pista. Até os Jogos Olímpicos de 1984 em Los Angeles, Estados Unidos, teve apenas a participação masculina. Uma questão importante diz respeito ao fato de que as mulheres apenas começaram a participar dos eventos de estrada nas Olimpíadas de Seul, em 1988.      

         Especialmente durante a primeira parte da década de 1990 o ciclismo em pista teve um personagem como Graeme Obree que rompeu os moldes. Pois à prova as regras da União Ciclista Internacional com uma bicicleta construída por si, criando novas posições para correr que causaram controvérsia do ponto de vista ergonômico e de design. Foi assim como amador que bateu em duas ocasiões o recorde mundial da exigente prova da hora e foi campeão do mundo em duas oportunidades. Todo isto convivendo com depressão, enfermidade que o levou a tentar suicidar-se em três ocasiões. Obree mantinha uma rivalidade com outro britânico: Chris Boardman, convertido em celebridade logo ao haver ganhado o ouro olímpico em Barcelona em 1992. Impulsionado por este logro de Boardman en 1993 se, pois, a trabalhar para bater a marca da hora, especialidade que leva ao limite psicofísico o ciclista. Para termos ideia do duro que é Eddy Merckx, cinco vezes campeão do Tour de France, considerado um dos melhores da história, rompeu a marca em 1972, quando disse que nunca mais iria tenta-lo pois “não queria se submeter-se outra vez ao sofrimento a que se expôs”. Na Olimpíada de Atlanta, 1996, é um marco histórico-sociológico em que participaram pela primeira vez ciclistas profissionais e introduziram o método de “cross-country” e o ciclismo de montanha ou “Mountain Bike”. Nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, foi adicionada outra modalidade desta disciplina a categoria social “BMX SX”, ascendente do BMX Supercross que incorpora algumas dificuldades de percurso de pista, como rampa mais íngreme, saltos maiores e velocidade considerável. 

Nas competições de pista, do ponto de vista técnico-metodológico estas podem ser de concreto ou madeira. As provas são de velocidade, perseguição individual, perseguição por equipes, velocidade olímpica, corridas por pontos, km contra o relógio, “Madison” com uma hora de corrida para cada ciclista, sendo o vencedor aquele que fizer mais voltas e “keirin” com oito voltas na pista em que os ciclistas devem acompanhar uma bicicleta motorizada. As bicicletas utilizadas nas competições não possuem freios, a inclinação das pistas de competição normalizada pode chegar a 42º lugar. As competições são realizadas em pistas com distância padronizada de 4 km de extensão. Nas competições de estrada, as provas são disputadas numa pista de terra com várias irregularidades naturais como buracos, elevações e superficiais, como obstáculos. Existem as seguintes categorias: Cross Country, praticada em solo de terreno irregular com muitas subidas e descidas, Free Ride, em pistas com muitos saltos e descidas e Down Hill, para ciclistas somente descida em alta velocidade. Existem dois tipos principais de provas: resistência; a) para homens são 195 km e para mulheres 70 km, e, b) contra o relógio quando os ciclistas na competição partem de dois em dois minutos, sendo o vencedor aquele membro fizer o menor tempo. As primeiras competições oficiais desta modalidade ocorreram em Paris, no final do século XIX. No caso da BMX, as provas ocorrem em pistas de 350 metros com diversos obstáculos. São duas modalidades em oposição assimétrica: aquelas de desempenho de corrida (BMX Racing) e as de manobras (BMX Freestyle).

Do ponto de vista teórico-metodológico a prática do ciclismo, desde que realizada com orientação de especialistas em educação física e acompanhamento médico, é benéfica para o desenvolvimento muscular e cardiovascular. É considerada uma excelente atividade aeróbica e sua prática regular queima muitas calorias. O primeiro campeonato mundial de ciclismo de pista ocorreu no ano de 1895. As competições internacionais oficiais de ciclismo são organizadas pela Union Cycliste Internationale com sede na cidade de Aigle (Suíça). Foram realizadas, nas Olimpíadas de Londres, 20 provas de ciclismo nas seguintes modalidades: Pista, Mountain Bike, Estrada e BMX. O Reino Unido é o país que mais se destacou, ganhando 12 medalhas, sendo 8 de ouro, 2 de prata e 2 de bronze. No Brasil, as competições oficiais são organizadas pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), órgão responsável pela organização dos eventos e de representação dos atletas de ciclismo no Brasil.  O calendário nacional de ciclismo de estrada representa o conjunto das provas organizadas pela CBC ou pelas federações estaduais disputadas no período de um ano. Além do calendário de provas do ciclismo de estrada, um calendário nacional de provas é estabelecido para as disciplinas de ciclismo de pista, mountain bike, BMX e a questão inclusiva para caso do ciclismo paraolímpico. O calendário é composto por provas internacionais, nacionais e estaduais realizadas no Brasil. Cada prova, de acordo com a sua classe prevista na categoria e no calendário, quando atribui números de pontos que são contabilizados para o Ranking Brasileiro de Ciclismo.

O ranking brasileiro comparativamente existe para cada categoria do ciclismo (elite, júnior, juvenil, entre outros), tanto no masculino como no feminino. Há um ranking individual e um por equipes. As grandes potências competitivas do ciclismo mundializado são respectivamente o Reino Unido, a Austrália e Alemanha. O último campeonato mundial de ciclismo em pista ocorreu em fevereiro de 2015. A França ficou em 1° lugar no quadro de medalhas, com 5 de ouro e 2 de bronze. O Campeonato Mundial de Ciclismo em Pista de 2016 foi realizado em Londres, na Inglaterra, entre os dias 2 e 6 de março de 2016, sob a organização da União Ciclística Internacional e da Federação Britânica de Ciclismo. Como foi o último principal evento de ciclismo de pista antes dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016, as competições foram particularmente importantes para os ciclistas e equipes nacionais visando a qualificação para as competições de ciclismo de pista no Rio de Janeiro em 2016. Os anfitriões britânicos terminaram no topo do quadro de medalhas, com cinco medalhas de ouro, uma de prata e três de bronze. Em 2017, O eslovaco Peter Sagan conquistou em Bergen, Noruega, seu terceiro campeonato mundial de ciclismo consecutivo - um resultado inédito na história social do esporte. Para vencer, Sagan superou o norueguês Alexander Kristoff em um incrível sprint para a linha de chegada, com decisão comprovada apenas no photo finish. A prova foi realizada em terreno apropriado para a prática da competição, mas sendo bastante ondulado e a cada volta o pelotão enfrentou uma subida mais longa, com o pelotão perdendo integrares a cada passagem. 

O dia foi marcado por dezenas de tentativas de fuga e por corajosos ataques na fase final, com o francês Julian Alaphilippe e Vasili Kiryienka protagonizando “fuga espetacular”, com o último sendo capturado a menos de 1 km da chegada da prova. Vale lembrar que Peter Sagan foi ouro em 2015 e 2016 e repetiu o feito no Campeonato Mundial de 2017. A prova de 276 quilômetros foi disputada em Bergen, na Noruega. Todo o pelotão chegou junto nos 500 metros finais, mas Peter deu um sprint incrível e terminou com o tempo de 6h28s11s. E mais espetacular de tudo é que só levou o ouro por centímetros de diferença (por apenas meia roda) do segundo colocado, o norueguês Alexander Kristoff. O australiano Michael Matthews completou o pódio. No final da prova, Sagan dedicou a vitória a Michele Scarponi (1979-2017), ciclista que morreu há alguns meses. Se o ciclismo representasse apenas sofrimento psicofísico, todos os desportistas seriam interpretados como um grande “bando de masoquistas”. Mas a verdade é que, nesse esporte de vez em quando, mesmo num esforço gigantesco, tudo se torna extremamente prazeroso e claro. Alguns especialistas chamam isso de “la volupté” e pode ser descrito como sensação de integração entre espaço/tempo; espaço/movimento do ciclista, como ocorre em cenas cinematográficas, a bicicleta, o ato de pedalar e o ambiente, o que resulta numa sensação integrada de trabalho que consiste na aparente parada das ondas mentais. Quer dizer, na junção entre o observador, o objeto observado e o ato de observar. São estados especiais de consciência que podem ser atingidos, com diferentes técnicas respiratórias ou com longas permanências em técnicas corporais que trabalham com isometria, desde que feitas com a intenção e orientação corretas.

Dessa forma, com o domínio adquirido sobre a bicicleta, totalmente concentrada no ambiente, com a respiração ritmada e o corpo físico trabalhando intensamente, a mente conduz o ato repetitivo, abrindo o espaço possível, com a intuição mais aguçada. Clara Hughes, nascida em 27 de setembro de 1972 é uma ciclista e patinadora de velocidade canadense que ganhou várias medalhas olímpicas em ambos os esportes. Hughes ganhou dois bronzes nos Jogos Olímpicos de Verão de 1996 e quatro medalhas: uma de ouro, uma de prata, duas de bronze ao longo de três Olimpíadas de Inverno. Hughes é uma das poucas atletas que competiu nos Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno. É uma das seis pessoas a ter pódio nas versões de inverno e verão dos Jogos, e é a única pessoa a ganhar múltiplas medalhas em ambos. Hughes foi a primeira mulher canadense a ganhar uma medalha no ciclismo de estrada nas Olimpíadas, vencendo duas nas Olimpíadas de Atlanta em 1996.  Como resultado de seu sucesso em vários esportes e de seus esforços humanitários, Hughes foi nomeada tanto para a Ordem de Manitoba quanto para Oficial da Ordem do Canadá. Ela está envolvida com a Right To Play, uma organização humanitária internacional dirigida por atletas que utiliza o esporte para “incentivar o desenvolvimento de jovens em áreas desfavorecidas”. Depois de ganhar sua medalha de ouro em 2006, ela doou US$ 10.000 para a Right to Play. Ela foi nomeada Atleta Feminina do Ano pela Speed ​​Skating Canada em 2004 por pista longa. Em 2006, o Troféu Esporte e Comunidade do Comitê Olímpico Internacional. Ela foi nomeada para a Lista das Mulheres Mais Influentes no Esporte e na Atividade Física de 2006 pela Associação Canadense para o Avanço da Mulher e do Esporte (CAAWS). No verão de 2010, foi anunciado que receberia uma estrela na Calçada da Fama do Canadá e em 15 de novembro de 2010, é introduzida no Hall da Fama dos Esportes do Canadá.

            Histórica e estatisticamente um terço da população canadense vive dentro de um raio de 160 km da cidade. Toronto é considerada uma das cidades mais multiculturais do mundo e, como metrópole que atrai dezenas de milhares de imigrantes anualmente. Seus habitantes são chamados de “torontonianos” ou “Torontonians”. É a capital financeira do Canadá, considerada uma cidade “global alfa”, exercendo significativa influência em níveis regional, nacional e internacional. É considerada um dos principais centros financeiros do mundo, bem como um dos principais centros culturais e científicos. Toronto é o maior polo industrial, financeiro e de telecomunicações do Canadá. A cidade possui uma das economias mais diversificadas da América do Norte, com a maior “concentração de sedes de empresas, instituições culturais e a maior comunidade artística do país”. Em janeiro de 2005, Toronto foi escolhida pelo governo canadense como uma das “capitais culturais” do Canadá. É uma das cidades mais seguras do continente norte-americano - sua taxa de criminalidade é menor comparativamente do que qualquer grande cidade estadunidense, e uma das menores do gigante território do Canadá. As terras ocupadas pelo Canadá são habitadas há milênios por diferentes grupos humanos de povos aborígines. Começando per se no fim do século XV, expedições britânicas, portuguesas e francesas exploraram e, mais tarde, se estabeleceram ao longo da costa Atlântica do país.

A França cedeu quase todas as suas colônias na América do Norte em 1763 depois da Guerra dos Sete Anos. Em 1867, com a união de três colônias britânicas da América do Norte em uma confederação, o Canadá foi formado como um domínio federal de quatro províncias. Isto começou com um acréscimo de províncias e territórios e com um processo de aumento de autonomia do Reino Unido. Esta ampliação de autonomia foi salientada pelo Estatuto de Westminster de 1931 e culminou no Canada Act de 1982, que eliminou os vestígios de dependência jurídica do Parlamento Britânico. O Canadá representa uma federação composta por dez províncias e três territórios, uma democracia parlamentar e uma monarquia constitucional, com o rei Carlos III como chefe de Estado que é um símbolo dos laços históricos do Canadá com o Reino Unido, sendo o governo dirigido por um primeiro-ministro, cargo ocupado atualmente. É um país bilíngue e multicultural, com o inglês e o francês como línguas oficiais. Um dos países mais desenvolvidos do mundo, o Canadá tem uma economia diversificada, dependente dos seus abundantes recursos naturais e do comércio, particularmente com os Estados Unidos, país com que o Canadá tem um relacionamento longo e complexo. Existem várias teorias sociais quanto à origem etimológica da palavra Canadá. O Dictionary of Canadianisms on Historical Principles Online considera que a etimologia da palavra Canadá não se encontra claramente estabelecida e apresenta uma extensa lista com várias teorias sociais que foram apresentadas no decorrer do processo civilizatório. A teoria com mais aceitação talvez seja a de que a origem do nome Canadá venha da palavra iroquesa kanata, que significa uma “aldeia” ou um “povoado”. Em 1535, nativos americanos utilizaram a palavra para explicar ao explorador francês Jacques Cartier (1491-1557) o caminho para a aldeia de Stadacona, onde se encontra a cidade Quebec.

O Estatuto de Westminster, assinado em 11 de dezembro de 1931, representou uma emenda do Parlamento do Reino Unido que estabeleceu o status de iguais entre os diferentes Domínios independentes do Império Britânico. Este estatuto deu aos países, ex-colônias inglesas total independência política. Anteriormente ao tratado, o papel do Ministério do Exterior era desempenhado pelo Reino Unido, motivo pela qual e Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Terra Nova, África do Sul e o Estado Livre Irlandês entraram automaticamente na Primeira Guerra Mundial. O estatuto entrou em vigor imediatamente ou após a ratificação. Assim, tornou-se uma personificação legal dos princípios de igualdade e lealdade comum à Coroa estabelecidos na Declaração Balfour de 1926. Como o estatuto removeu quase toda a autoridade do parlamento britânico para legislar para os Domínios, teve o efeito de tornar os Domínios em grande parte nações soberanas por direito próprio. Foi um passo crucial no desenvolvimento dos antigos Domínios como estados separados. Suas versões modificadas agora são leis domésticas na Austrália e no Canadá; foi revogado na Nova Zelândia. O Estado Livre Irlandês nunca adotou formalmente o Estatuto de Westminster, seu Conselho Executivo (gabinete) considerando que o Tratado Anglo-Irlandês de 1921 já havia encerrado o direito de Westminster de legislar para o Estado Livre Irlandês. Embora a União da África do Sul não estivesse entre os Domínios que precisavam adotar o Estatuto de Westminster para que entrasse em vigor, duas leis - a Lei do Status da União de 1934 e a Lei de Funções Executivas Reais e Selos de 1934 - foram aprovadas para confirmar o status da África do Sul como um estado soberano.[6] O Domínio de Terra Nova nunca adotou o Estatuto de Westminster, especialmente por causa de problemas financeiros e corrupção lá. A pedido do governo do Domínio, o Reino Unido estabeleceu a Comissão de Governo em 1934, retomando o domínio direto da Terra Nova. Esse arranjo politicamente falando permaneceu até Terra Nova se tornar uma província do Estado do Canadá em 1949 após referendos sobre o assunto em 1948.

Jacques Cartier utilizou a palavra não somente em referência a Stadacona, mas também a toda a região sujeita ao domínio de Donnacona, então cacique de Stadacona. Em torno de 1547, mapas europeus passaram a nomear esta região, acrescida das áreas que a cercavam, pelo nome Canadá. Outra teoria atribui a origem do nome Canadá a navegadores espanhóis que, tendo chegado “às costas do Canadá e não encontrado nem ouro nem nada de proveito”, teriam dito “Acá nada”, palavras que, mais tarde, repetir-se-iam pelos nativos e pelos franceses. Outra teoria bastante divulgada há séculos é que um navegador português, depois de visitar as terras geladas do continente norte-americano, teria deixado escrito num mapa “Cá Nada”, pois nas terras nada haveria de interessante, e um copista francês teria interpretado essas duas palavras como sendo o nome da terra. O historiador luso-alemão Daehnhardt (1998), defensor desta última teoria, refuta a hipótese da origem nativa iroquesa, argumentando que os iroqueses habitavam o interior e que existe cartografia anterior aos primeiros contatos com iroqueses a qual já fazia uso da palavra Canada. A partir do século XVII, aquela parte da Nova França, situada ao longo do rio São Lourenço e das margens Norte dos Grandes Lagos, era reconhecida como Canadá. Mas, foi dividida em duas colônias britânicas, Canadá Superior e Canadá Inferior, até a união das duas como uma única Província Britânica do Canadá, em 1841.

Até a década de 1950, era oficialmente e comumente chamado de Dominion of Canada. À medida que o Canadá adquiriu maior autoridade e autonomia política do Reino Unido, o governo federal passou a utilizar cada vez mais somente o Canada em documentos oficiais, em documentos governamentais e em tratados. Com o Canada Act de 1982, o nome oficial do país passou a ser simplesmente Canadá, assim escrito nos dois idiomas oficiais do país, o inglês e o francês. Com o Canada Act, o dia da Independência, em 1º de julho, mudou de Dominion Day para Canada Day. Esta divisão do trabalho segundo os sexos, indicada no nível da linguagem, é praticada desde o nascimento, pontuada por ritos e marcada por inumeráveis símbolos. Com efeito, a aceitação e a interiorização da divisão sexual do trabalho tanto entre trabalho doméstico e trabalho assalariado quanto no interior mesmo do trabalho assalariado são o objetivo da socialização inicial das crianças. Essa educação é condição prévia da aceitação e interiorização mesmas da autoridade mediante aprendizado, na escola, das formas de linguagem diferenciadas de acordo com o estatuto social do emissor e do receptor.

Assim, desde o nascimento, a menina será educada dentro do respeito pelos homens, que serão os primeiros (contrariamente ao Ladies First da etiqueta ocidental) a ser servidos à mesa e a ter os melhores pedaços; os primeiros a entrar no banho; o que consagra e reproduza o preceito feudal das mulheres dentro e dos homens fora (“oto wa sotomawari, tsuma wa utimawari”) e a regra de obediência em ordem: quando jovem, ao pai; casada, ao marido, e idosa, ao primogênito.  Esse duplo movimento impulsionou em vários países a abordagem da divisão sexual do trabalho para repensar a questão tópica do trabalho e suas categorias. Essas reflexões levaram a mudança de simbólica da sociologia da família e do paradigma que lhe servia de base. No que se referem à sociologia do trabalho, elas permitiram retomar noções e conceitos como de qualificação, produtividade, mobilidade social e abriram novos campos de pesquisa: relação de serviço, trabalhos de cuidado pessoal, mixidade no trabalho, ingresso das mulheres às profissões de nível superior, temporalidades sexuadas, vínculos entre políticas de emprego e políticas para família etc. Tal literatura tinha como escopo aspectos sociais comparativos como o crescimento das taxas de desempenho de atividade no trabalho, o perfil etário da mulher na composição da força de trabalho e as transformações no padrão de mixidade em setores e ocupações tendências que também se verificavam em outros países. 

A divisão sexual do trabalho representa a forma de divisão do trabalho social decorrente das relações sociais entre os sexos; mais do que isso, é um fator prioritário para a sobrevivência da relação social entre os sexos. Essa forma é modulada histórica e socialmente. Tem como características a designação prioritária dos homens à esfera produtiva e das mulheres à esfera reprodutiva e, simultaneamente, a apropriação pelos homens das funções com maior valor social adicionado (políticos, religiosos, militares etc.). Sobre essa definição, todo mundo, ou quase, está de acordo. Contudo, do nosso ponto de vista, era necessário ir mais longe ao plano conceitual. Por isso, propusemos distinguir claramente os princípios da divisão sexual do trabalho e suas modalidades. Essa forma particular da divisão social do trabalho tem dois princípios organizadores: o de separação existente entre trabalhos de homens e trabalhos de mulheres e o princípio hierárquico, segundo o qual, um trabalho de homem “vale” mais que um trabalho de mulher. Esses princípios são válidos tanto no plano teórico como empírico para todas as sociedades no tempo e no espaço. Portanto, pode ser aplicada mediante um processo específico de legitimação, concorrendo para a chamada ideologia naturalista.

Esta rebaixa o gênero ao sexo biológico, reduz as práticas sociais a “papéis sociais” sexuados que remetem ao destino natural da espécie. Com essa perspectiva naturalista e manipuladora da realidade, a ideologia naturalista dificulta a consciência de que a desigualdade entre os sexos é determinada por interesses socialmente construídos. Se os dois princípios de separação e hierárquico encontram-se em todas as sociedades conhecidas e são legitimados pela ideologia naturalista, isto não significa, no entanto, que a divisão sexual do trabalho seja um dado imutável. Ao contrário, ela tem inclusive uma incrível plasticidade: suas modalidades concretas variam grandemente no tempo e no espaço, como demonstraram fartamente antropólogos e historiadores (as). O que é estável não são as situações (que evoluem sempre), e sim a distância entre os grupos de sexo. Portanto, esta análise deve tratar dessa distância, assim como das “condições”, pois, se é inegável que a condição feminina melhorou, pelo menos na sociedade francesa, a distância continua insuperável. Trata-se antes de tudo da aparição e do desenvolvimento, com a precarização e a flexibilização do emprego, de “nomadismos sexuados”, segundo Kergoat (1998): nomadismo no tempo, para as mulheres representa a explosão do trabalho em tempo parcial, geralmente associado a períodos de trabalho dispersos no dia e na semana; nomadismo no espaço, para homens com provisórios canteiros do Banque du Bâtiment et Travaux Publics (BTP) e do setor nuclear para os operários, banalização e aumento dos deslocamentos profissionais na Europa e em todo o mundo para executivos.

Constata-se que a divisão sexual do trabalho molda as formas do trabalho e de emprego e, que a bendita “flexibilização” reforça as formas mais estereotipadas das relações sociais de sexo. O segundo exemplo é o da priorização do emprego feminino, que ilustra bem o cruzamento das relações sociais. Desde a década de 1980, o número de mulheres sendo contabilizadas pelo Institut National de la Statistique et des Études Économiques (INSEE), como “funcionários e profissões executivas de nível superior” mais do que dobrou; eles destacam que cerca de 10% das mulheres ativas são classificadas nessa categoria. Simultaneamente à precarização e à pobreza de um número crescente de mulheres, observa-se, portanto, o aumento dos capitais econômicos, culturais e sociais de uma proporção não desprezível de mulheres ativas no trabalho. Assiste-se a forma contemporânea ao aparecimento, pela primeira vez na história social do capitalismo, de uma camada de mulheres cujos interesses diretos, isto é, não mediados como antes pelos homens: pai, esposo, amante, opõem-se frontalmente aos interesses daquelas que foram atingidas pela generalização do tempo parcial, pelos empregos em serviços muito mal remunerados e não reconhecidos e, de maneira mais geral, pela precariedade.

Enfim, as mulheres das sociedades do Norte trabalham cada vez mais e, com uma frequência cada vez maior, são funcionárias e investem em suas carreiras. Como o trabalho doméstico nem sempre é levado em conta nas sociedades mercantis, e o envolvimento pessoal é cada vez mais solicitado, quando não exigido pelas novas formas de gestão de empresas, essas mulheres para realizar seu trabalho profissional precisam externalizar o trabalho doméstico. Para isso, podem recorrer à enorme reserva de mulheres em situação precária, sejam francesas ou imigrantes. Essa demanda, maciça no âmbito europeu, criou um imenso alento para as mulheres migrantes que chegam aos países do Norte com a esperança de conseguir um emprego de serviço, neste caso, particularmente no cuidado de crianças e idosos, no em prego doméstico e assim por diante. Essas mulheres, muitas vezes diplomadas, entram em concorrência direta com as dos países de origem, que têm situação precária e pouco estudo. Duas relações sociais entre mulheres, inéditas historicamente, estabelecem-se dessa maneira: uma relação de classe entre as mulheres do Norte, empregadoras, e essa nova classe servil; uma relação de concorrência entre mulheres, todas precárias, mas precárias de maneira diferente, dos países do Norte e dos países do Sul e, logo também, de etnias diferentes com a chegada e a esse mercado globalizado em movimento de mulheres dos países do Leste.

As relações étnicas começam assim a ser remodeladas através das migrações femininas e da explosão dos serviços a particulares. As relações de gênero também se apresentam de uma forma inédita: a externalização do trabalho doméstico tem uma função de apaziguamento das tensões nos casais burgueses dos países do Norte e em inúmeros países urbanos do Sul, mas, nesse caso, trata-se de movimentos migratórios internos no país em questão e permite igualmente maior flexibilidade das mulheres em relação à demanda de envolvimento das empresas. A reorganização simultânea do método e processo de trabalho no campo assalariado da oficina, da fábrica, e no campo doméstico da casa. O que remete, no que diz respeito a este último, à externalização do trabalho doméstico, mas também à nova divisão do trabalho doméstico, o maior envolvimento de certos pais é acompanhado de um envolvimento quase exclusivo no trabalho parental; duplo movimento de mascaramento, de atenuação das tensões nos casais, de um lado, e a acentuação das clivagens objetivas entre mulheres, de outro: ao mesmo tempo em que aumenta o número de mulheres em profissões de nível superior, cresce o de mulheres em situação precária de desemprego, flexibilidade, feminização das correntes migratórias.

Esses movimentos desenvolvem-se em um nível material, a externalização, mas, evidentemente, estendem-se às representações ad hoc (os “novos pais”, o casal visto como lugar de negociação entre dois indivíduos iguais de direito e de fato). Contudo, é preciso rever agora a outra modalidade de teorização, a da divisão sexual do trabalho como vínculo social, pois é ela que fundamenta a tese, que hoje adquiriu o estatuto de política – e de política europeia a partir da cúpula de Luxemburgo em 1997 -, da conciliação vida familiar/vida profissional – política fortemente sexuada, visto que define implicitamente um único ator dessa conciliação: as mulheres, e consagra o statu quo segundo o qual homens e mulheres não são iguais perante o trabalho profissional. A ideia de uma complementaridade entre os sexos está inserida na tradição funcionalista de A. Comte à E. Durkheim da complementaridade de papéis. Remete a uma conceptualização em termos de vínculo social afetivo pelos conteúdos de sentido de suas noções como solidariedade orgânica, conciliação, coordenação, parceria, especialização e divisão de tarefas etc. A abordagem em termos de complementaridade é coerente com a ideia de uma divisão entre mulheres e homens do trabalho profissional e doméstico e, dentro do trabalho profissional, a divisão entre tipos e modalidades de empregos que possibilitam a reprodução dos papéis sexuados. É essa expansão em serviços nos países capitalistas ocidentais, tanto desenvolvidos como “em vias de desenvolvimento”, que oferecem “soluções” no antagonismo entre responsabilidades familiares e profissionais.

Bibliografia Geral Consultada.

LÉVI-STRAUSS, Claude, Mito e Significado. Lisboa: Edições 70, 1989; FULFORD, Robert, Accidental City: The Transformation of Toronto. Toronto: Editor Macfarlane, Walter & Ross, 1995; DAEHNHARDT, Rainer, Segredos da História Luso-Alemã. Lisboa: Publicações Quipu, 1998; FERRIS, Elizabeth, “Promoting Women Sports Leaders”. In: Olympic Review. February-March, 2000, pp. 29-32; BARTHES, Roland, Como Viver Juntos. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2003; PFISTER, Gertrud, “Líderes Femininas em Organizações Esportivas - Tendências Mundiais”. In: Movimento. Porto Alegre, Volume 9, n° 2, Mayo-agosto, 2003, pp. 11-35; CAMINO, Néstor, Génesis y Evolución del Concepto de Gravidad: Construcción de una Visión de Universo. Tesis de Doctorado en Ciencias de la Educación. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación. Argentina: Universidad Nacional de la Plata, 2006; OGLESBY, Carole, Women and Sport: From Myth to Reality. Filadelfia: Editora ‎Lea & Febiger, 1978; Idem, Mulheres, Igualdade de Gênero e Esporte. Nova York: Editor Nações Unidas, 2007; VILLA D`ALVA, Mauro, Análise Ergonômica do Trabalho e os Processos de Transferência de Tecnologias: Estudo de Caso em uma Empresa Fornecedora do Polo de Duas Rodas. Dissertação de Mestrado. Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia. Programa de Engenharia de Produção. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2011; TAYLOR, Diana, O Arquivo e o Repertório: Performance e Memória Cultural nas Américas. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2013; FOUCAULT, Michel, Vigiar e Punir. Nascimento da Prisão. 42ª edição. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes, 2014; SANTOS, Leandro dos, “Um Mapeamento das Aproximações entre Weber e Nietzsche”. In: Plural. Revista do Programa de Pós-Graduação em Sociologia. São Paulo: Universidade de São Paulo. Volume 21. 1. 2014, pp. 139-156; SILVEIRA, Mariana Oliveira da, O Uso da Bicicleta sob os Fundamentos da Teoria do Comportamento Planejado. Tese de Doutorado. Program de Pós-Graduação em Engenharia Civil. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2016; BANDY, Susan, “Estudos de Gênero e Esportes: Uma Perspectiva Histórica”. In: Ponto Urbe. Revista do Núcleo de Antropologia Urbana da USP (29) 2021; Artigo: “Dr. Carole Oglesby, Emeritus, WSI Board of Directors, Honored at the International Conference on Gender Equality in Sport”. Disponível em: https://womensportinternational.org/November (14-15), 2023; entre outros. 

terça-feira, 16 de abril de 2024

Uma Noite no Lago – Terras Indígenas & Drama do Americanismo.

                                                                                                  És livre, escolhe, ou seja: inventa”. Jean-Paul Sartre

          Uma Noite no Lago tem como representação um drama norte-americano de 2022 escrito, dirigido, produzido e coeditado por Max Walker-Silverman em sua estreia como diretor. Max Walker-Silverman nasceu e cresceu em Telluride, Colorado, e, além de seu trabalho como escritor e diretor, trabalhou como pecuarista, criador de gado, editor literário e organizador comunitário. Seus créditos incluem os curtas-metragens Get Away, Lefty/Righty e Chuj Boys of Summer. Seu longa-metragem de estreia, A Love Song, estreou no Festival de Cinema de Sundance em janeiro de 2022 e foi programado para ser exibido no Festival Internacional de Cinema de Berlim em fevereiro de 2022. Walker-Silverman coproduziu este filme com Dan Janvey, que já produziu filmes como Patti Cake$, Wendy e o vencedor do Oscar Nomadland, e com Jesse Hope, que cresceu com o diretor em Telluride. Hope já havia produzido seus curtas-metragens quando ambos estavam no programa de pós-graduação da Universidade de Nova Iorque, começaram a fazer filmes juntos. Walker-Silverman começou a escrever o roteiro de A Love Song algumas semanas depois de se formar na escola de cinema, em sua casa, no Colorado, e o colocou no papel em abril de 2020. Porém, segundo suas próprias declarações, ele já tinha a história na cabeça há muito tempo. Faye no filme: Uma Noite no Lago, é uma viajante solitária que pesca e observa estrelas em um acampamento na zona rural do estado do Colorado. Ela espera pelo Lito, um homem do passado que está vivendo sua própria aventura nômade pelo Oeste selvagem.

O nome do estado provém da palavra espanhola colorado, que significa “corado”, ou “de cor vermelha”. Os primeiros exploradores de ascendência europeia a explorar a região foram os espanhóis, que nomearam o rio Colorado com este nome. Este rio, que corta muito do atual Colorado, foi assim nomeado por causa do terreno vermelho do vale onde o rio está situado. Posteriormente, o estado receberia o mesmo nome. O cognome do Colorado é The Centennial State. Isto é, porque o Colorado tornou-se o 38º estado em 1876, um século após a Declaração da Independência dos Estados Unidos. À época da “chegada” dos primeiros exploradores europeus na região, viviam no atual Colorado os arapahos, os grupos étnicos cheyennes, os comanches, os kiowas e os pawnees, na região leste, e os utes, no Oeste. Milhares de nativos, de tribos diferentes guerreiras do Leste americano, passariam pela região durante o século XIX, quando foram forçados a sair do Leste e migrar em direção ao Oeste. Os primeiros exploradores europeus na região foram os espanhóis, durante o século XVI. Tais exploradores chegaram à região Oeste vindos do Sul, do México, e estavam em busca de metais preciosos, tais como Marx se refere segundo a auri sacra fames de ouro.

Os espanhóis, não tendo encontrado ouro no atual Colorado, não se interessaram em povoar a região, tendo reivindicado posse da região somente em 1706, 24 anos depois de o francês René-Robert Cavelier ter reivindicado a posse da região leste do atual Colorado para a coroa francesa e, assim, ter feito parte da colônia francesa de Louisiana. Esta região passaria ao controle dos espanhóis em 1762 e, sob os termos do Tratado de Santo Ildefonso, passaria novamente ao controle dos franceses em 1800, para ser finalmente anexada, como parte da Compra da Luisiana, pelos Estados Unidos. Em 1806, um oficial do Exército dos Estados Unidos, Zebulon M. Pike, realizou uma expedição (Expedição Pike) na parte norte-americana do Colorado. O Monte Pike seria nomeado em sua homenagem. Outra exploração, também liderada por oficiais do exército norte-americano, seria realizada em 1820. Em 1833, os norte-americanos fundariam seu primeiro forte na região, onde atualmente está localizada La Junta. Em 1848, os norte-americanos obteriam posse do restante do atual Colorado, então sob domínio do México, após o fim da guerra mexicano-americana, de 1846 a 1848, motivada pela ambição americana sobre territórios que pertenciam originalmente aos mexicanos. A região do Colorado era escassamente povoada até a década de 1850. Em 1858, minas de ouro foram encontradas na região. Em um ano cerca de 50 000 pessoas, entre imigrantes e habitantes do Leste norte-americano, haviam migrado para a região por estas razões práticas no âmbito do processo civilizatório.

         O ouro, em qualquer comparação, do ponto de vista técnico e social, seja ela no mesmo volume, ou na mesma massa, no tempo e no espaço, sempre perde em condutividade elétrica ou condutividade térmica para o cobre. Entretanto, para conexões elétricas, em que a corrente elétrica deve passar de uma superfície para outra, o ouro leva muita vantagem sobre os demais materiais, pois sua oxidação ao ar livre é extremamente baixa, resultando numa elevada durabilidade na manutenção do bom contato elétrico. Entre os citados, o alumínio seria o pior material para as conexões elétricas, devido à facilidade de oxidação e à baixa condutividade elétrica da superfície oxidada. Assim, um cabo condutor de cobre com os plugues de contatos dourados leva vantagens sobre outros metais. Uma conexão entre superfícies de cobre, soldada com prata constitui a melhor combinação para a condução da eletricidade ou do calor entre condutores distintos. Num condutor sólido existe uma nuvem muito densa de elétrons de condução, que não estão ligados a nenhum átomo em particular. Por exemplo, os átomos de cobre no seu estado neutro têm 29 elétrons à volta do núcleo; 28 deles estão ligados ao átomo, enquanto que o último elétron encontra-se numa órbita mais distante do núcleo e “sai” com maior facilidade para a nuvem de elétrons de condução.

A medição da qualidade do ouro em quilates surgiu historicamente na era medieval. A moeda utilizada, o marco, pesava exatamente 24 quilates. Pelo fato de o ouro puro ser considerado muito amolecido para a utilização, misturavam-se outros materiais. As pedras preciosas deveriam pesar o mesmo que uma semente de árvore coral, que correspondia a um quilate. Assim, para medir o valor desta moeda, media-se a quantidade de quilates de ouro que ela possuía, e não o peso dela em si. Os quilates servem como uma forma de medição da pureza do ouro ou outras joias. Basicamente, é o peso total do material dividido por 24. Nestas 24 partes, são consideradas as parcelas que formam outro material. Assim, é possível avaliar a relação entre a quantidade de ouro e a quantidade de outros elementos. Um elemento puro, isto é, sem a presença de outros metais, corresponde a 24 quilates. Por outro lado, se houver 10 partes de outro material, a joia corresponderia a 14 quilates, por exemplo. Desta maneira, ocorre a utilidade de uso da proporcionalidade: quanto maior a quantidade de partes de ouro puro no material, por exemplo, mais valioso é considerado. Este processo também vale para diamantes e outras pedras preciosas.

Um pequeno deslocamento da nuvem de elétrons de condução faz acumular um excesso de cargas negativas num extremo e cargas positivas no extremo oposto. As cargas positivas são átomos com um elétron a menos em relação ao número de protões. Quando se liga um fio condutor aos elétrodos de uma pilha, a nuvem eletrônica é atraída pelo elétrodo positivo e repelida pelo elétrodo negativo; estabelece-se no condutor um fluxo contínuo de elétrons desde o eletrodo negativo para o positivo. Os semicondutores são materiais semelhantes aos isoladores, sem cargas de condução, mas que podem adquirir cargas de condução passando a ser condutores, através de diversos mecanismos: aumento da temperatura, incidência de luz, presença de cargas elétricas externas ou existência de impurezas dentro do próprio material. Atualmente os semicondutores são construídos a partir de silício ou germânio. Os átomos de silício e de germânio têm 4 elétrons de valência. Num cristal de silício ou germânio, os átomos estão colocados numa rede uniforme, como a que aparece na figura abaixo: os 4 elétrons de valência ligam cada átomo aos átomos na sua vizinhança. Os átomos de arsênio têm 5 elétrons de valência. Se forem introduzidos alguns átomos de arsênio num cristal de silício, cada um deles estará ligado aos átomos de silício na rede por meio de 4 dos seus elétrons de valência; o quinto elétron de valência ficará livre contribuindo para uma nuvem de elétrons de condução. Obtém-se um semicondutor tipo N, capaz de conduzir cargas de  através do mesmo mecanismo que nos condutores ou de nuvem de elétron de condução.

O crescimento populacional da região causou problemas entre os mineiros e os nativos que viviam e que reivindicavam a posse da terra na região. Os mineiros instituíram um território, que foi chamado de Território de Jefferson. O governo norte-americano não reconheceu o território, e, no lugar, criou o Território de Colorado, em 1861. Diversos conflitos entre brancos e nativos ocorreram no Colorado, nas décadas de 1860 e 1870. Em 1864, por exemplo, uma milícia branca mataria, no que ficou reconhecido como o Massacre de Sand Creek, 150 cheyennes e arapahos, a maioria mulheres, crianças e idosos. Em 1868, 50 soldados do exército foram emboscados por nativos. Estes soldados lutaram por diversos dias, até serem salvos por tropas norte-americanas. A última batalha entre brancos e nativos no Colorado ocorreria em 1879, no Massacre de Meeker que ocorreu em 29 de setembro de 1879 no Colorado. Membros de um bando organizado de índios chamados de Ute, atacaram a agência indígena em sua reserva, matando o agente indiano Nathan Meeker (1817-1879) e seus 10 funcionários do sexo masculino e tomando cinco mulheres e crianças como reféns. Meeker vinha tentando converter os Utes ao cristianismo, torná-los agricultores e impedi-los de seguir sua cultura nômade. No mesmo dia do massacre, as forças do Exército dos Estados Unidos da América estavam a caminho da Agência vindo de Fort Steele, no Wyoming, devido a ameaças contra Meeker.

Os Utes atacaram as tropas dos Estados Unidos da América lideradas pelo Major Thomas T. Thornburgh em Milk Creek, 18 milhas (29 km) ao norte da atual Meeker, Colorado. Eles mataram o major e 13 soldados. Tropas de socorro foram chamadas e os indígenas Utes dispersados. O conflito resultou na perda dos Utes da maior parte das terras concedidas a eles pelo Tratado no Colorado, na remoção dos Utes de White River e dos Utes Uncompahgre do Colorado, e na redução das propriedades de terras dos Utes do Sul no Colorado. A expulsão do Colorado “abriu milhões de acres de terra para assentamentos brancos”.  Em 1879, a Reserva Ute incluía a maior parte do Oeste do Colorado e em 1868 recebeu os Utes para seu “uso e ocupação absolutos e imperturbados” por um Tratado. O Tratado também estabelecia que o governo dos Estados Unidos impediria qualquer pessoa de invadir as terras dos Ute sem autorização. No entanto, na década de 1870, os mineiros invadiram a Reserva Ute. Houve pouco esforço por parte do governo federal para evitar a invasão. De 1875 até o início do outono de 1879, os membros da 9ª Cavalaria foram as únicas tropas do Exército perto da Reserva. Em 1879, a maioria das tropas da 9ª Cavalaria lutavam contra os apaches no Novo México na Guerra de Victorio, e apenas duas tropas estavam estacionadas no Colorado. A Tropa K estava escoltando topógrafos que marcavam a fronteira Colorado-Utah. A Tropa D patrulhou entre Fort Lewis e Fort Garland. Em 1878, Nathan Meeker foi nomeado Agente Indígena dos Estados Unidos (EUA) na Reserva Indígena White River Ute, no lado Oeste da Divisão Continental, perto da cidade de Meeker, Colorado. 

Ele recebeu esta nomeação, embora lhe faltasse experiência com os nativos norte-americanos. Enquanto vivia entre os Ute, Meeker tentou impor sua política de reformas religiosas e agrícolas, mas eles estavam acostumados a um estilo de vida de caçador-coletor com caça sazonal de bisões, em oposição a um estilo de vida que exigiria que eles se estabelecessem em um determinado pedaço de terra. Além de forçar a agricultura nos Utes do Rio Branco, Meeker estava tentando converter os Utes do Rio Branco ao cristianismo. Ele irritou os Utes ao arar um campo que eles usavam para pastar e correr com cavalos. Além disso, Frederick Walker Pitkin (1837-1886), o recém-eleito governador do Colorado, fez campanha com o tema racista: “The Utes Must Go!”. O governador, outros políticos locais e colonos fizeram reivindicações exageradas contra os Utes nos seus esforços para expulsá-los do Colorado. Grandes minas de prata seriam encontradas no Colorado depois do término da corrida do ouro, o que manteve em alta o crescimento populacional do estado. Grandes reservas de petróleo também foram encontradas no Colorado, embora estas não tenham sido exploradas em grande escala até o início da década de 1900. Em 1870, a primeira ferrovia ligando o Colorado com outras regiões foi inaugurada, conectando, para usarmos expressão da moda, Denver com Cheyenne, em Wyoming. Em 1° de agosto de 1876, o Colorado tornou-se o 38º estado norte-americano. No processo civilizatório da América do Norte, vários povos indígenas entraram em contato com os colonizadores franceses, espanhóis e ingleses.

Entre as culturas “instaladas” naquela região, emergem extraordinariamente os índios Sioux. A origem do termo tem a ver com a expressão “serpente” e era o termo costumeiramente utilizado pelas tribos inimigas que conheciam esta instigante civilização, que se autointitula Dakota. A civilização Sioux (ou Dakota) é bastante diversificada, e ainda se subdivide em outros três grandes grupos: os Tétons, Yanktons e Santees. Dentro de cada uma dessas divisões temos a presença de outras tribos entre as quais se destacavam os Hunkpapas, os Oglalas e Brulés. O povo Sioux, ou Dakota, que é como se autodenomina, também reconhecido como Lakota, Teton, Titunwan (moradores da pradaria) e Teton Sioux referido à serpente ou inimigo é um povo que, desde tempos imemoriais, através da política do reconhecimento étnico se dá quando o grupo étnico se apresenta culturalmente diferente, numa conjuntura multicultural habitando as planícies localizadas entre os rios Missouri e Missouri, o segundo mais longo curso de água dos Estados Unidos, perdendo a primeira posição para o rio Missouri, que é afluente do Mississippi. Considerados juntos, formam a maior bacia hidrográfica da América do Norte. Quando medido da nascente do Missouri, o comprimento total do conjunto Missouri-Mississippi é de 6270 km na região nordeste dos Estados Unidos da América.

Nessa sequência histórica e trágica o Massacre de Wounded Knee (cf. Liggett, 1998) representou um genocídio de nativos ocorridos em 29 de dezembro de 1890, perto de Wounded Knee Creek (“Čhaŋkpé Ópi Wakpála”) na Reserva Indígena de Pine Ridge, pertencente ao povo Dacota, no estado da Dakota do Sul, Estados Unidos da América. Etnograficamente representou a última batalha sangrenta das Guerras Indígenas. No dia anterior, um destacamento de 7º Regimento de Cavalaria dos Estados Unidos, comandado pelo Major Samuel M. Whitside interceptou um grupo composto por índios Miniconjou e 38 Hunkpapa que eram liderados pelo chefe tribal Spotted Elk, perto de Porcupine Butte, e acompanhou-o por 8 km a Oeste até Wounded Knee Creek, onde eles fizeram um acampamento. O restante do 7º Regimento de Cavalaria chegou liderado por James W. Forsyth, e cercou o acampamento com o apoio de quatro canhões Hotchkiss. Na manhã de 29 de dezembro, as tropas entraram no acampamento para “desarmar” os Lacotas. Durante o processo de desarmamento dos Lacotas, ocorreu o caso de um nativo chamado Black Coyote que estava relutante em abrir mão de seus rifles, alegando que ele tinha pago preço muito caro por essas armas. Segundo o plano original, Custer teria de encontrar os índios rebeldes, mandar um aviso para o Forte, esperar pela chegada de outras duas colunas do Exército e, só então, avançar. Mas Cabelos-longos, como era chamado pelos índios, transbordava de ambição. Em depoimento ao jornalista John Finerty, que, em 1890 publicou o livro War-Path and Bivouac (“Em Pé de Guerra e Bivaque”), John Gibbon afirmou ter alertado Custer para que aguardasse por reforços.

E o comandante teria dito: “Não, eu não esperarei”. A vitória sobre os índios seria sua glória pessoal. “Ele era implacável. Mudava de opinião o tempo todo e sempre achava que estava certo. Nunca pedia palpite a seus oficiais. A nós, restava obedecer”, relatou James Horner, cabo da 7ª Cavalaria e um dos sobreviventes do massacre, também em depoimento a Finerty. A controversa briga sobre os rifles de Black Coyote intensificou-se e um tiro foi disparado, o que resultou em um tiroteio provocado pela 7ª Cavalaria de forma indiscriminada por todos os lados do local, matando homens, mulheres e crianças, bem como alguns dos seus próprios companheiros soldados. Os poucos guerreiros Lacota que ainda tinham armas começaram a atirar em resposta para os soldados que os atacavam, que rapidamente foram reprimidos pelas armas dos indígenas. Alguns Lacotas sobreviventes fugiram, mas cavaleiros dos Estados Unidos por vingança perseguiram e mataram muitos nativos que estavam desarmados. O campo de batalha foi designado, em 15 de outubro de 1966, local do Registro Nacional de Lugares Históricos e em 21 de dezembro de 1965, um Marco Histórico Nacional. Vale lembrar que a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas (2007) afirma ainda que todas as doutrinas, políticas e práticas baseadas na superioridade de certos povos ou indivíduos ou que eles defendem por motivos de origem nacional ou diferenças os direitos raciais, religiosos, étnicos ou culturais são racistas, cientificamente falsos, legalmente inválidos, moralmente condenáveis ​​e socialmente injustos. Reafirmando que, no exercício de seus direitos, os povos indígenas devem estar livres de todas as formas possíveis e existentes de discriminação.  

Preocupado com o fato de que os povos indígenas sofreram injustiças históricas como resultado, entre outros, da colonização e do desaparecimento de suas terras, territórios e recursos, o que os impediu de exercer, em particular, seu direito ao desenvolvimento de acordo com suas próprias necessidades e interesses. Reconhecendo a necessidade urgente de respeitar e promover os direitos intrínsecos dos povos indígenas, derivados de suas estruturas e culturas políticas, econômicas e sociais, de suas tradições espirituais, história e filosofia, especialmente os direitos históricos inalienáveis sobre suas terras, territórios e recursos. Reconhecendo a necessidade urgente de respeitar e promover os direitos dos povos afirmados em tratados, acordos e outros acordos construtivos com os Estados, etc. Diante de milhões de anos uma linhagem de animais se deslocou para os desertos da península arábica e, posteriormente, pelo Egito, chegou aos desertos do Norte da África. Esse animal se destacou devido a sua grande resistência, velocidade, agilidade e eficiência nas guerras chamando a atenção de reinos e povos que buscaram aprimorar e manter pura as raças. As tribos beduínas do deserto foram as grandes responsáveis pela domesticação e seleção genética das qualidades e da preservação da pureza racial do Cavalo Árabe. Durante séculos, cavalos árabes viveram no deserto em estreita associação com os humanos. Para abrigo e proteção contra roubo, as igrejas de guerra prezadas eram às vezes mantidas na barraca de seus donos, perto das crianças e da vida familiar diária.

Apenas os cavalos com uma disposição naturalmente boa foram autorizados a se reproduzir, com o resultado de que os árabes tenham um bom temperamento que, entre outros exemplos, os torna uma das poucas raças onde as regras da Federação Equestre dos Estados Unidos relativas à Fédération Équestre Internationale é a instituição internacional que dirige as associações de esportes equestres. A FEI foi fundada em 1921, e sua sede fica localizada na cidade de Lausanne, na Suíça. Ingmar De Vos da Bélgica é a presidente da instituição desde 2014, que permite que menores exibam garanhões em quase todas as classes, incluindo aqueles limitados a “pilotos” menores de 18 anos. Por outro lado, o árabe também é classificado como uma raça “de sangue quente”, uma categoria que inclui outros cavalos refinados e espirituosos criados para a velocidade, como o Akhal-Teke, e o Thoroughbred. Como outros tipos de sangue quente, a sensibilidade e a inteligência dos árabes possibilitam o aprendizado rápido e uma maior comunicação com seus donos e montadores. Por ter grande resistência e possuir capacidade de galope o cavalo árabe é utilizado em corridas que ocorrem em desertos. Um exemplo desse esporte acontece no deserto da Jordânia. Onde são 120 km para serem percorridos, aliás, cavalgados no deserto de Wadi Rum, Sul da Jordânia, no International Endurance Race. Essa competição reúne cavaleiros do Oriente Médio que buscam o mesmo objetivo. Sua inteligência também lhes permite aprender maus hábitos quanto os bons e eles não toleram práticas de treinamento ineptas ou abusivas.

 Alguns especialistas constatam que é mais difícil treinar um cavalo de “sangue quente”. No outro extremo do espectro, os mitos românticos às vezes são contados sobre cavalos árabes que lhes dão características quase divinas. Os índios Dakota fazem parte de uma confederação de Sete Tribos Sioux, a Grande Nação Sioux ou os Sete Fogos do Conselho e fala o idioma Dakota, um dos três principais dialetos da língua Sioux. O nome Sioux, relacionado com a expressão “serpente” lhes foi dado por serem considerados ótimos de guerra. Os Sioux eram grandes agricultores e caçadores. Plantavam o milho e caçavam grandes animais, como os búfalos e os bisões, dos quais compartilhavam a carne entre todas as famílias da aldeia. Os ossos usavam para fazer artesanato e fabricar armas. Já o couro, era utilizado para a confecção de roupas e tendas. No início dos anos 1800, os Sioux constituíam uma civilização numerosa e complexa, com mais de 170 tribos reconhecidas. Com a Independência dos Estados Unidos, em 4 de julho de 1776, houve grande conflitos com os índios Dakota que resistiram por um longo tempo. Hoje, porém, vivem em pequenos grupos nos estados norte-americanos de Dakota do Norte e Dakota do Sul. Para ser um Chefe Sioux era preciso ter no mínimo 50 anos de idade. Eles sabiam que as pessoas mais vividas são naturalmente mais experientes e sábias. O verdadeiro chefe era dotado de compaixão e fidelidade ao grupo, muitas vezes em sacrifício da própria individualidade, isto é, a individualidade humana na perspectiva da totalidade.

Tudo está ligado, como o sangue que une uma família. Todas as coisas estão ligadas. O que acontece à Terra recai sobre os filhos da Terra. Não foi o homem que teceu a trama da vida. Ele é só um fio dentro dela. Tudo o que fizer à teia estará fazendo à si mesmo. Mas, de toda a rica história dos índios povo Sioux, o mais fascinante é a filosofia de vida que levavam os integrantes das tribos. Dotada de um sábio conhecimento, eles usam exemplos simples, triviais em sua relação de apropriação da natureza, mas extremamente valiosos e fundamentais que nos fazem ampliar a consciência, através da observação empírica de fatos sociais e de aspectos culturais que designam excesso ou falta sob a forma de sobrevivência em nossa vida. Uma das maiores contribuições dos Sioux para as gerações presentes e futuras foi sua filosofia, expressada em versos, poemas, frases e citações diversas, em especial sobre a relação do ser humano com a nossa única morada, o planeta Terra. Os Sioux deixaram consolidada parte de seus ensinamentos em um Código de Conduta, reconhecido através das “20 Leis dos Sioux”, em que se destacam principalmente, a caridade, o amor, o respeito às crenças dos outros, objetos religiosos e sagrados, isso é proibido, a honestidade como o grande teste para a sua herança do universo, a natureza como parte da nossa família terrena, os pensamentos maus causam doenças da mente, do corpo e do espírito.

A ignorância, o convencimento, a raiva, o ciúme e avareza, originam-se de uma alma perdida, portanto, ore para que eles encontrem o caminho do Grande Espírito. Enfim, procure conhecer-se, por si próprio. Não permita que outros façam seu caminho por você. É sua estrada, e somente sua. Outros podem andar ao seu lado, mas está claro que ninguém pode andar por você. Finalmente, trate os convidados em sua morada com muita consideração - sirva-os o melhor alimento, a melhor cama e trate-os de forma admirável com respeito e honra. A atual Constituição do Colorado foi adotada em 1876. Emendas à constituição são propostas pelo poder legislativo do estado, e para serem aprovadas precisam de pelo menos 67% dos votos do Senado e da Câmara dos Representantes, e então, de 51% ou mais dos votos da população eleitoral do Colorado, em um referendo. A população também pode propor emendas à constituição através de uma petição. Emendas também podem ser realizadas através de convenções constitucionais, que precisam receber ao menos a aprovação de 67% dos votos de ambas as câmaras do poder legislativo e 51% dos eleitores, em um referendo. A atual Constituição do Colorado recebeu, desde sua adoção, mais de 100 emendas diferentes.

O principal oficial do poder executivo do Colorado é o governador. Este é eleito em conjunto com o tenente-governador pelos eleitores do estado, para mandatos de até quatro anos de duração. Ambos não podem exercer seus ofícios por mais do que oito anos consecutivos. A maioria dos oficiais dos diferentes departamentos do executivo do Colorado são indicados pelo governador, com consentimento do legislativo, com exceção do tesoureiro, do secretário de Estado e do Attorney general, que são eleitos pela população para mandatos de até quatro anos de duração. O poder legislativo do Colorado, chamada oficialmente de Assembleia Geral, é constituído pelo Senado e pela Câmara dos Representantes. O Senado possui um total de 35 membros, enquanto que a Câmara dos Representantes possui um total de 65 membros. O Colorado está dividido em 35 distritos senatoriais e 65 distritos representativos. Os eleitores de cada distrito elegem um senador/representante, que irão representar tal distrito no Senado/Câmara dos Representantes. O termo dos senadores é de quatro anos, e dos membros da Câmara dos Representantes, de dois anos. Uma dada pessoa não pode exercer mais do que duas vezes o cargo de senador em 16 anos, e não mais do que quatro vezes o cargo de membro da Câmara dos Representantes, em 16 anos. Tais oficiais não podem exercerem seus ofícios em uma dada posição (senador/representante) por mais do que oito anos consecutivos.

A corte mais alta do poder judiciário do Colorado é a Suprema Corte do Colorado, composta por seis juízes e um chefe de justiça. Uma dada pessoa é indicada para a posição de juiz por um conselho de cidadãos, para uma entrevista com o governador, que possui a responsabilidade de escolher os juízes da Suprema Corte. Após escolhidos, os juízes ficam no cargo por dois anos. Após este período, a população eleitoral do Colorado escolhe, em uma votação estadual, entre permitir com que tal juiz continue a exercer seu cargo ou remover tal pessoa do cargo. Caso seja aprovado na eleição, o mandato do juiz é estendido por 10 anos, podendo novamente ser estendido, em uma nova votação. A segunda maior corte do Colorado é a Court of Appeals, composta por seis juízes. O Colorado está dividido em 22 distritos judiciários, cada um composto por um dado número de juízes. Tais juízes são todos indicados diretamente pelo governador. Os mandatos dos juízes da Court of Appeals é de oito anos, e os dos juízes das cortes distritais, de seis anos. Condados e cidades também possuem cortes menores. O Colorado está dividido em 64 condados. Dois destes condados, Denver e Broomfield, são coexistentes com as cidades homônimas. Entretanto, os é claro que outros 62 condados remanescentes são governados por conselhos de comissionadores, compostos por três ou cinco membros diferentes, que são eleitos pela população dos respectivos condados para mandatos de até quatro anos de duração, não podendo exercer seus cargos por mais do que oito anos consecutivos. Politicamente, o Colorado é um estado relativamente independente, não particularmente dominado por nenhum dos dois grandes partidos políticos dos Estados Unidos: os republicanos e os democratas. Um número semelhante de republicanos e democratas do Colorado tem atuado no Congresso dos Estados Unidos.      

Bibliografia Geral Consultada.

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