domingo, 27 de outubro de 2019

Daniel Defoe - Literatura, Cinema & Insularidade de Crusoé.


                                                                                                      Ubiracy de Souza Braga

                   A necessidade transforma um homem honesto num velhaco”. Daniel Defoe

         
            Daniel Foe se notabilizou como escritor e jornalista inglês, de pseudônimo um  mais nobre: Daniel Defoe, foi o autor, dentre outros, de três livros extraordinários: além de Um Diário do Ano da Peste e do conhecidíssimo Robinson Crusoé, Defoe foi o autor do igualmente clássico Moll Flanders. A obra Robinson Crusoé, com o título original: The Life and Strange Surprising Adventures of Robinson Crusoe, representa uma interpretação política realista e foi publicada em 1719 e 1721. Nasceu em Londres, provavelmente na paróquia de St. Giles Cripplegate. Na Igreja Católica a definição de paróquia é dada pelo Código de Direito Canônico (Codex Iuris Canonici) que declara: - Paróquia é uma determinada comunidade de fiéis, constituída estavelmente na Igreja, e seu cuidado pastoral é confiado ao pároco como a seu pastor, sob a autoridade do Bispo diocesano. Determina ainda o direito canônico que toda diocese ou outra Igreja particular seja dividida em partes distintas ou paróquias. Foi aluno de Charles Morton cujo estilo, poderá tê-lo influenciado. Depois de concluídos os estudos, tornou-se comerciante, embora a sua tendência para a especulação narrativa não tenha favorecido essa carreira. Escreveu panfletos famosos, favoráveis a Guilherme III, da Inglaterra,  reconhecido como Guilherme de Orange, nascido em Hala em novembro de 1650.
            Nasceu em Londres em 1660, em St. Giles, Cripplegate, filho de James Foe, um mercador de velas. Daniel alterou seu nome para Defoe por volta de 1695. Fundou e incrementou o jornal The Review (1704-1713), “quase sozinho”, desenvolvendo um trabalho descritivo que viria a favorecer a afirmação contida nos ensaios The Tatler e The Spectator (1709-1714), através de suas dificuldades da vida, quando eles começaram a entender o que os outros estavam sentindo e as decisões que eles tomaram. Estudou na Morton`s Academy for Dissenters, isto é, dentre aqueles que não se conformavam à Igreja da Inglaterra. Eles formaram uma parte significativa dos sistemas educacionais entre os séculos XVII e XIX, em Newington Green. Depois serviço militar e durante algum tempo como soldado na rebelião do duque de Monmouth, estabeleceu-se bem como mercador e percorreu quase toda a Inglaterra, assim como o continente. A forma moderna do romance nasceu como um texto narrativo, que, partindo das memórias de alguns viajantes, configura um relato cuja inscrição da verdade depende da acumulação de pormenores concretos. É o que ocorre em Robinson Crusoé quando narra a vida do único sobrevivente decorrente de um naufrágio que se isola numa ilha aparentemente deserta. Assim figura a démarche do personagem que para conservar os valores da sua condição humana sobre uma natureza hostil e quase incompreensível. Acaba por ser adaptada pela história das ideias que lida com a expressão, preservação e mudança. Mas historicamente, como um arquétipo de constructo antopológico e psicológico da condição individualista, tendo como escopo uma aproximação da história intelectual. 
            A necessidade designa em psicologia um estado interno de insatisfação causado pela falta de algum bem necessário ao bem-estar. Henry Murray (1938), um dos primeiros a pesquisar sobre o assunto, classificou as necessidades em necessidades primárias ou viscerogênicas, que são as necessidades de natureza biológica (fome, sede, sono), e necessidades secundárias ou psicogênicas, que são necessidades que derivam de uma necessidade primária ou são inerentes à estrutura psíquica humana. Como a pessoa procura diminuir o estado interno de déficit, uma necessidade funciona como um impulso para determinados comportamentos. A intensidade de uma necessidade determina a intensidade do comportamento a que ela está ligada: quanto mais intensa a necessidade, mais intensa a ação. Tal “intensidade” pode se expressar de diferentes formas: pelo vigor, entusiasmo, perseverança - ou mesmo a prioridade que se dá ao comportamento em detrimento de outros. Dessa forma uma necessidade tem um caráter diretivo com relação ao comportamento: por um lado ela determina o objeto ou evento necessários para sua saciação e, por outro, ela determina se essa satisfação se dá através de um movimento para perto desse objeto ou para longe dele - por exemplo “sede” e “medo de nadar” têm ambos por objeto a água, mas a direção é diferente. Toda necessidade é assim direcional.

     As necessidades variam o tempo todo. No entanto determinadas pessoas têm uma determinada tendência a ter certas necessidades mais frequentemente, ou mais intensamente do que outras. Quando uma necessidade tem para uma pessoa uma certa estabilidade ela torna-se uma parte de sua personalidade. Nesse caso se chamam necessidades disposicionais. Outro conceito muito próximo é o de motivo. Tanto necessidades como motivos estão intimamente ligados à motivação. Assim descreveu dois tipos de necessidades: as necessidades primárias, fisiológicas, e as secundárias, aprendidas no decorrer da vida, de acordo com estruturas físicas, sociais e culturais do ambiente. As necessidades secundárias são definidas apenas pelo fim a que elas se direcionam e não por características superficiais do comportamento observável. Correspondente às necessidades, que são internas, Murray postula a existência de uma pressão do lado do ambiente ou da situação: é a atração ou repulsa geradas pelo ambiente no indivíduo. De uma maneira fenomenológica ele diferencia dois tipos de pressão: a pressão alfa é a exercida objetivamente pela situação, pressão beta é a exercida pela situação tal qual o indivíduo a percebe. A principal diferença entre motivo e necessidade é que pode ser influenciado tanto por uma necessidade quanto uma pressão externa.

   Assim a solidão (pressão) pode levar ao desejo de fazer novos amigos (motivo). Como as necessidades, também as relações dos motivos podem ser disposicionais. Murray desenvolveu uma longa lista de necessidades (ou motivos) - sobretudo psicogênicas - que ele supunha serem comuns a todas as pessoas. Para ele as pessoas se diferenciam na proporção em que para elas cada uma dessas necessidades é mais ou menos marcante. Eis alguns deles e as mais pesquisadas empiricamente: necessidades ligadas à ambição: desempenho; reconhecimento; exibição; necessidades relacionadas a objetos inanimados; aquisição; ordem; retenção; construção; necessidades ligadas à defesa do próprio status; evitação de mostrar as próprias fraquezas; necessidades ligadas ao poder humano e assim por diante. Segundo Murray as necessidades não se manifestam isoladas, mas se relacionam entre si. Muitas vezes duas ou mais necessidades se fundem, refletindo-se em um só e mesmo comportamento - por exemplo conhecer novas pessoas pode estar a serviço tanto da necessidade de afiliação como da de reconhecimento.

Outras vezes uma necessidade está a serviço de outra - por exemplo quando a necessidade de ordem está a serviço da necessidade social de desempenho humano. Duas ou mais necessidades podem também estar em conflito umas com as outras - por exemplo a necessidade de intimidade pode estar em conflito com a necessidade de autonomia. Esses três tipos de relações possíveis entre necessidades são também possíveis entre necessidades e pressões externas. Para medir o “perfil de necessidades” de uma pessoa, Murray desenvolveu com outros colegas o teste de apercepção temática, um teste projetivo composto de uma série de figuras. A pessoa sendo testada tinha atarefa de contar uma história, explicando a cena dos quadros. A ideia por trás do teste é que, ao contar uma história, a pessoa projetaria as suas necessidades na história - e com base nisso o pesquisador poderia medir as necessidades mais marcantes de uma pessoa. O modelo de Murray foi muito influente e foi o início de uma grande tradição científica. Como se viu, simplificadamente, hic et nunc, a diferença entre necessidade e motivo em Murray nem sempre é muito clara - outrossim a sua lista de necessidades também é de motivos.




Escritor prolífico e versátil, Daniel Defoe produziu livros sobre uma ampla variedade temática, incluindo a esfera política, religião, economia, matrimônio, psicologia e superstição. Gostava muito de representar papéis e se disfarçar, aptidão a que recorreu com grande efeito psicológico na qualidade de agente secreto, e, ao escrever, costumava adotar pseudônimos ou outra personalidade a fim de obter impacto retórico. Seu primeiro panfleto político reconhecido contra Jaime II foi publicado em 1688, e excelente venda do poema satírico em 1701. Dois anos depois, Defoe foi preso por causa de The Shortest Way with the Dissenters, uma sátira a respeito do extremismo da Igreja Alta (High Church), encarcerado na prisão de Newgate e submetido ao pelourinho. Defoe foi solicitado a escrever o panfleto político pela crescente hostilidade em relação aos dissidentes após a adesão conservadora da rainha Anne ao trono. Voltou-se para a ficção relativamente tarde na vida e, em 1719, publicou sua obra imaginativa Robinson Crusoé, segundo (Inácio Neto, 2016), que se restringem aos territórios norte-americanos que se relacionam tanto com os ensaios publicados por ele na década de 1710, quanto com as descrições contidas nos relatos de viagem. Com o sucesso comercial do ensaio Robinson Crusoé, Defoe lançou dois livros como sequência nos anos seguintes, indicando também em avant-première o início da literatura comercial. Não queremos perder de vista nesta singular narrativa que a experiência anterior de Daniel Defoe como jornalista colaborou para a adoção teórica do realismo que em seu livro, e, não por um acaso, a história de Crusoé é baseada em um fato social.
  Melhor dizendo, à inauguração de uma nova prática escriturística, marcada no céu do século XVIII pela insaluridade laboriosa de Robinson Crusoé, pode-se então comparar a sua generalização assim como é representada pelas máquinas fantásticas, segundo Michel Certeau (2014), cujas figuras vão aparecer, por volta dos anos 1910-1914, nas obras de Alfred Jarry, O Supermacho (1902), O Doutor Faustroll (1911); de Raymond Roussel, Impressões da África, 1910, Locus Solus, 1914; de Marcel Duchamp, Le Grand Verre, A Casada Desnudada por seus Celibatários, mesmo, 1911-1925; Franz Kafka, A Colônia Penal, 1914, etc.; mitos que falam do encerramento nas operações de uma escritura indefinidamente e não encontra nunca a não ser a si mesma. Só há saídas em ficções , janelas pintadas, espelhos de vidro. Só há brechas e rompimentos escritos. São comédia de desnudamentos e torturas, relatos autômatos de desfolhamentos de sentidos, estragos teatrais de rostos decompostos. Essas produções têm um ar fantástico, não pela indecisão de um real que mostrariam nas fronteiras da linguagem, mas pela relação entre os dispositivos produtores de simulacros e a ausência de outra coisa. Essas ficções romanescas ou micônicas  narram que não existe, para a escritura, nem na saída, nem entrada nem saída, mas somente o interminável jogo de suas fabricações. O mito diz o não lugar do acontecimento ou um acontecimento que não tem lugar - se todo acontecimento é uma entrada ou saída. A máquina produtora de linguagem é lavada da história, limpa das obscenidades real, ab-soluta e sem relação com o outro celibatário
  O jornal The Englishmen publicou uma entrevista em 1711, com Alexander Selkirk, marinheiro escocês que chegou à Inglaterra após quatro anos em uma ilha no Chile. Historicamente a primeira publicação de jornal impresso, regular, editada semanalmente, o Nieuwe Tijdinghen, originou-se em 1602, na Antuérpia. Os primeiros periódicos em alemão são fundados em 1609: o Relation aller fürnemmen und gedenckwürdigen Historien, em Estrasburgo, e o Avisa Relation oder Zeitung. Em 1615, surge o Frankfurter Journal, considerado primeiro periódico jornalístico também semanal em alemão. Em 1621, surgiu em Londres, o primeiro jornal particular de língua inglesa, The Corante. No ano seguinte, uma negociação e cooperação entre 12 oficinas de impressão inglesas, holandesas e alemãs determinou intercâmbio cooperativo sistemático de notícias. No mesmo ano, Nathaniel Butler fundou também em Londres o primeiro hebdomadário: o Weekly News, que a partir de 1638, seria considerado sociologicamente o primeiro jornal de noticiário internacional, globalizado. Foi seguido na França pelo jornal La Gazette, de Théophraste Renaudot cujo primeiro número foi publicado em 30 de maio de 1631, e na Holanda pelo Courante uyt Italien ende Duytschlandt, em 1632. O primeiro jornal português é de 1641: A Gazeta da Restauração, de Lisboa. Já no século XVII tinham existido publicações periódicas com o título Gazeta, sendo as Gazetas publicadas entre 1641 e 1647 atribuído a Manuel de Galhegos. São também reconhecidas como “Gazetas da Restauração”, tendo funcionado como propaganda durante as guerras com Castela após a aclamação de D. João IV.
O jornal mais antigo do mundo ainda em circulação, no entanto, é o sueco Post-och Inrikes  Tidningar, que teve início de suas atividades em 1645. Até então, estas publicações tinham periodicidade semanal, quinzenal, mensal ou irregular. A partir de 1650 surgiu o primeiro jornal impresso diário do mundo, o Einkommende Zeitungen fundado na cidade de Leipzig, Alemanha. A primeira revista, em estilo almanaque, ocorreu com o Journal des Savants, fundado na França em 1665. No chamado “Novo Mundo”, o primeiro jornal originou-se nas colônias britânicas da América do Norte, publicado em Boston: o Publick Occurrences, Both Forreign and Domestick, que, no entanto, só teve uma edição. De 1702 a 1735 circulou o primeiro jornal (diário) em inglês, o Daily Courant, de Samuel Buckley, ipso facto nas colônias britânicas. Em 1728, é criado o jornal Sankt Peterburgskie Vedomosti, o mais antigo da Rússia, até nossos dias em circulação nacional. Em 1729, nasceu o Pennsylvania Gazette, de Benjamin Franklin, primeiro jornal “a se manter com trabalho publicitário”. Nesse ano eram fundados a Gaceta de Guatemala, e ainda Las Primicias de la Cultura, de Quito, primeiros jornais do continente latino-americano. Contudo, o primeiro jornal da América Latina tem como representação a Gaceta de Lima, circulando diariamente a partir de 1743.
   Por meio da intersecção metodológica de temas entre estes textos será possível identificar quais elementos sociais e históricos contribuíram para a construção das representações da América do Norte e, ao mesmo tempo, ressaltar aqueles aspectos sociais e políticos que corroboraram para a ênfase das potencialidades destes locais como possível herança de colônias britânicas. Daniel Defoe morreu no dia 24 de abril de 1731. Teve grande influência no desenvolvimento do romance ficcional inglês, sendo considerado “o primeiro verdadeiro romancista”. São justamente essas formas sociais que constituem, segundo Marx (2016), as categorias da economia burguesa. Trata-se de formas de pensamento socialmente válidas e, portanto, dotadas de objetividade para as relações de produção desse modo social de produção historicamente determinado, a produção de mercadorias. Todo o misticismo do mundo das mercadorias, a mágica e a assombração que anuviam os produtos do trabalho da produção de mercadorias desaparecem imediatamente, tão logo nos refugiemos noutras formas distintas de produção. Como a esfera de análise da economia ama robinsonadas, lancemos um olhar sobre este Robinson náufrago em sua ilha.

  O globo terrestre é composto de terra e mar. Apesar de haver em torno de 210 países espalhados pelos cinco continentes, nem todos eles ficam atrelado ao continente. Trata-se de grandes massas de terras que são separadas fisicamente pelos oceanos. A origem etimológica do nome continente é derivada das palavras latinas continens e entis, que estando no particípio presente de continere, significa “conter, abranger”, verbo oriundo de “cum, con e tenere”, tendo como representação sociológica o significado de ter. Esta é a fonte do eruditismo em cinco línguas reais europeias: em língua portuguesa, espanhola e italiana, continente (século XV); em língua inglesa continent, (século XIV); o vocábulo inglês continent é uma palavra que foi tomada de empréstimo do vocábulo francês continent (século XII). Na acepção geograficamente que se considera na ciência, os substantivos das quatro línguas europeias têm o mesmo significado: em português, espanhol e italiano, continente (século XVI); em francês, continent (1532); em inglês, continent (1590); e em língua alemã Kontinent (entre os séculos XVI e XVII). O vocábulo português e espanhol continente foi documentado na história social entre os séculos XII e XIV, significado “gesto, atitude, parte”, cujo sentido é conjunto da produção daquilo que é a vivência. De acordo com a divisão do trabalho social, existem seis principais continentes no globo terrestre: América, Europa, África, Ásia, Oceania e a Antártida.

   Alguns territórios de nações se encontram em unidade, ou separadamente por água com formato de ilhas. Há dois tipos de regiões existentes na extensão de um país: a de país arquipélago e a de país continental. Os países continentais em área de terra espaçosa têm uma área de água na fronteira ao mar largo e fronteiras terrestres com inúmeros países. O país arquipélago tem inúmeras ilhas, águas territoriais mais amplas, e muitas vezes sem fronteiras terrestres com países   vizinhos. Uma identidade compartilhada se desenvolveu definida por uma cultura nacional, diversidade étnica, pluralismo religioso dentro de uma população de maioria muçulmana, e uma história de colonialismo, rebelião e golpes de Estado. O conceito que os geógrafos usam para definir massa continental pode variar segundo os critérios que adotam, podendo ser físicos, culturais, políticos ou histórico-sociais. A definição física de maior disseminação considera a divisão abstrata em sete continentes: África, América do Norte, América do Sul, Antártida, Ásia, Europa e Oceania. Esse modelo é cultural como padrão em países como China, Índia, Paquistão e em boa parte dos países de língua inglesa com larga população, o que o faz ser reconhecido o padrão utilizado por mais de 45% da população mundial. Ou seja, menos da metade (45,7%) da população mundial agora vive em algum tipo de democracia, um declínio significativo em relação a 2020, quando o número era em torno de 49,4%.

    Ainda menos (6,4%) residem em uma “democracia plena” – categoria social que inclui apenas 21 dentre 167 países e territórios analisados, depois que Chile e Espanha foram rebaixados para “democracias imperfeitas”. Mas, seguindo-se critérios tanto culturais como sociais e políticos, costumam-se considerar como continentes a Europa, a Ásia, a África, a América, a Antártida e a Oceania. O chamado Velho Mundo é constituído pelos mesmos três continentes que constituem a Eufrásia: Europa, Ásia e África. Essa classificação técnico-metodológica é baseada numa afirmação concreta de especialistas renomados de que as três massas terrestres se unem histórica e geograficamente: Ásia e Europa (Eurásia), cujos acidentes geográficos que ligam os continentes são o Cáucaso, o mar Cáspio e a cordilheira dos Urais, no momento em que a África e a Ásia são comunicadas per se pelo istmo do Suez que separa o mar Mediterrâneo do mar Vermelho, ligando os continentes africano e Asiático, no qual foi construído o canal do Suez . Uma via navegável artificial a nível do mar localizada no Egito, entre o mar Mediterrâneo e o mar Vermelho (golfo de Suez).

  Inaugurado em 17 de novembro de 1869, após 10 anos de construção, permite que navios viajem entre a Europa e a Ásia Meridional sem navegar em torno de África, como na chamada Era dos Descobrimentos nos anos 1497-1500, reduzindo a distância da viagem marítima entre o continente europeu e a Índia em cerca de 7 mil km.  A história registra que todas as motivações tanto sociológicas como psicológicas, propostas para fazer compreender as estruturas e gênese do simbolismo erram muitas vezes por uma secreta e estreita metafísica: umas porque querem reduzir o processo motivador a um sistema de elementos exteriores à consciência e exclusiva das pulsões, as outras porque se atêm exclusivamente a pulsões, ou, o que é pior, ao mecanismo redutor da censura e ao seu produto, o recalcamento. O que quer dizer que implicitamente se volta a um esquema explicativo e linear no qual se descreve, se conta a epopeia dos indo-europeus ou as metamorfoses da libido, voltando a cair nesse vício fundamental da psicologia geral que é acreditar que a explicação dá inteiramente conta de um fenômeno que por natureza escapa às normas da semiologia teórica. Assim,, parece que estudar in concreto o simbolismo imaginário será preciso enveredar resolutamente pela via da antropologia, dando a esta palavra o seu sentido pleno atual: o conjunto das ciências que estudam a espécie homo sapiens – sem se por limitações a priori e sem optar por uma ontologia psicológica que não passa de “espiritualismo camuflado”, ou “ontologia culturalista” que, geralmente, não é mais que “máscara da atitude sociologista”, ou dentre atitudes resolvendo-se em análise num intelectualismo semiológico. Esse trajeto é reversível; porque o meio elementar é revelador da atitude adotada diante da dureza, da fluidez da queimadura. O gesto chama a sua matéria e procura o seu utensílio, e que toda matéria excluída, abstraída do cósmico, e utensílio ou instrumento é vestígio de um gesto passado.

Apesar de seu aparente caráter modesto, ele tem diferentes necessidades sociais a satisfazer e, por isso, tem de realizar trabalhos úteis de diferentes tipos, fazer ferramentas, fabricar móveis, domesticar, pescar, caçar etc., pois nosso herói Robinson Crusoé encontra grande prazer nessas atividades desenvolvidas pela imaginação e as considera uma boa recreação. A própria necessidade o obriga a distribuir seu tempo com exatidão entre diferentes funções. Se uma ocupa mais espaço e outra menos em sua atividade total depende da maior ou menor dificuldade que se tem de superar para a obtenção do efeito útil visado. A experiência lhe ensina, e eis que nosso Robinson, que entre os destroços do navio salvou relógio, livro comercial, tinta e pena, põe-se logo, como inglês, fazer a contabilidade de si mesmo. Seu inventário contém uma relação de objeto de uso que ele possui, das diversas operações requeridas para sua produção e, por fim, do tempo social de trabalho que lhe custa, em média, a obtenção de determinadas  quantidades desses diferentes produtos. Aqui, todas as relações entre Robinson e as coisas que formam sua riqueza, por ele mesmo criada, são tão simples que até mesmo o Sr. M. Wirth poderia compreendê-las sem o maior esforço intelectual. E, no entanto, nelas já estão contidas todas as determinações essenciais do valor em economia política.
  A historicidade revela-se como uma propriedade fundamental da consciência humana. Os sistemas filosóficos e sociológicos não constituem uma exceção. Como as religiões e as obras de arte, contêm uma visão da vida e do mundo, inserida na vitalidade das pessoas que os produziram e em consonância com as épocas em que vieram à luz do dia; traduzem uma determinada atitude afetiva, caracterizam-se pela imprescindível energia lógica, porque o filósofo e frequentemente o sociólogo procuram trazer a imagem do mundo à clara consciência e ao mais estrito urdimento cognitivo. Um esforço de reflexão e trabalho dos conceitos, que gera uma circunspecção potenciada que reside o valor prático da atitude filosófica. Como o centro da compreensão está na vida como um todo estruturado, mas sempre resultando da relação entre individualidades, é possível perceber a conexão entre a ética e a teoria compreensiva. Em verdade uma concepção da teoria, ao longo de quase meio século, permeada lado a lado por um motivo básico: uma unidade cuja garantia de existência é a presença do sentido. Há uma démarche que atravessa o homem, e nesta noção de sentido está a marca de uma concessão fatal a uma metafísica, que não é simplesmente a noção ampla de vida, mas sua unidade constitutiva, a vivência, representada em toda experiência humana. Ipso facto, o evento na história é suscetível de conhecimento porque é obra humana e nela o sujeito e objeto do conhecimento formam uma unidade.             
   Vale lembrar, que a história da sucessão é de origem da alta antiguidade, que se expressa sob a forma de continuidade da religião e da família na Índia, Grécia e Roma. A importância de ter para quem deixar seus pertences baseava-se na agregação familiar, portanto, aquele que não tivesse herdeiro seria um castigo pós-morte, pois, não teria ninguém no âmbito familiar para reverenciar sua memória e seu tumulo, ficaria a deserção já que cabe ao herdeiro fazer reverencia ao falecido. Durante séculos essa sucessão se transmitia ao primogênito homem (varão), pois o filho era considerado o sacerdote da religião doméstica. O direito romano deu origem às primeiras três classes de herdeiros, constituída pelas Leis das XII Tábuas, cedendo liberdade absoluta sobre a disponibilidade dos bens pós-morte, os sui, agnati e gentiles sem testamento. Os Sui iuris chamados assim com a morte do pater: os filhos, os netos e também a esposa; os agnati parentes mais próximos no momento da morte (agnatus próximos); os gens que são o grupo familiar. Os romanos achavam fundamental ter um testamento falecendo-se sem, era considerado uma maldição finar-se ab intestato “o homem morria sem honra”. O descobrimento da primitiva gens do direito materno, como etapa anterior à gens de direito paterno dos povos civilizados, tem comparativamente para a história primitiva, a mesma importância que a teoria da evolução de Charles Darwin para a biologia e a teoria da mais-valia, enunciada por Marx, para a economia política.

Em contrapartida, a consideração do trabalho coletivo, isto é, imediatamente socializado, não precisamos remontar à sua forma natural-espontânea, que encontramos no limiar histórico de todos os povos civilizados, pois a dependência pessoal caracteriza tanto as relações pessoais  da produção material quanto as esferas da vida erguidas sobre elas. Mas é justamente porque as relações pessoais de dependência constituem a base social dada que os trabalhos e seus produtos não precisam assumir uma forma fantástica distinta de sua realidade. Elas entram na engrenagem social como serviços e prestações in natura. A forma natural de trabalho, sua particularidade - e não, como na base da produção de mercadorias, sua universalidade - é aqui sua forma imediatamente social. A corveia é medida pelo tempo social de trabalho tanto quanto o é o trabalho que produz mercadorias, mas cada servo sabe que o que ele despende a serviço de seu senhor é uma quantidade determinada de sua força pessoal de trabalho. O dízimo a ser pago ao padre é mais claro do que a benção do padre. Julguem-se como se queiram as máscaras atrás das quais os homens aqui se confrontam, o fato é que as relações  sociais de pessoas em seus trabalhos aparecem como suas próprias relações pessoais e não se encontram travestidas em relações sociais entre coisas, entre produtos dos trabalhos.
  Para uma sociedade de produtores de mercadorias, cuja relação social geral de produção consiste em se relacionar com seus produtos como mercadorias, ou seja, como seus valores de uso, e, nessa forma reificada (sachlich), confrontar mutuamente seus trabalhos privados como trabalho humano igual, o cristianismo, seu culto do homem abstrato (kultus des abstrakten Menschen), é a forma de religião mais apropriada às instituições econômicas do capitalismo, especialmente a religião protestante que se destaca tendo primícias em seu desenvolvimento burguês, como protestantismo, deísmo, etc. Essa limitação real se ampara idealmente nas antigas religiões naturais e populares, realizadas pelos seres humanos, e que cada povo com o passar do tempo foi desenvolvendo sua própria religião, adequando as sua próprias necessidades. Esse background do ponto de vista religioso do mundo real só pode desaparecer quando as relações cotidianas da vida prática se apresentam diariamente para os próprios homens como relações transparentes e racionais que eles estabelecem entre si e com a natureza. A figura desse processo social de vida só se livra de seu místico véu de névoa quando, como produto de homens livremente socializados, encontra-se sob seu controle consciente e planejado. Requer-se uma base material da sociedade ou uma série de condições de produção que, por sua vez, são elas próprias o produto natural-espontâneo de uma  excruciante história de desenvolvimento que para Marx, seguindo a fenomenologia de Friedrich Hegel é vir a ser aquilo que se é

 É bem verdade que historicamente a economia política analisou, mesmo que incompletamente, o valor e a grandeza de valor e revelou o conteúdo que se esconde nessas formas. Tais formas, em cujas testas estão escritos que elas pertencem a uma formação social em que a produção domina os homens, e não os homens o processo de produção, são tratadas por elas mais ou menos do mesmo modo como as religiões pré-cristãs foram tratadas pelos Padres da Igreja. O quanto uma parte dos economistas é enganada pelo fetichismo que se cola ao mundo das mercadorias ou pela aparência objetiva das determinações sociais do trabalho é demonstrado, entre outros pela fastidiosa e absurda disputa sobre o papel da natureza na formação do valor de troca. Se as mercadorias pudessem falar diriam: é possível que o valor de uso tenha interesse para os homens. A nós, como coisas, ele não nos diz respeito, mas materialmente é nosso valor. Nossa própria circulação social como coisas-mercadorias - é a prova cabal disso - sem o que não se poderia falar de individualismo moderno e de estratégias de reprodução econômica de muitos grupamentos e identidades sociais no mundo contemporâneo. Relacionando-nos na forma de trabalho como valor.
  Em sua perplexidade, nossos possuidores pensam como Fausto: Era no início a ação! Por isso, eles já agiram antes mesmo de terem pensado. A criação da obra ocupou toda a vida de Goethe, ainda que não de maneira contínua. As leis da natureza das mercadorias atuam no instinto natural de seus possuidores, os quais só podem relacionar suas mercadorias umas com as outras como valores, e desse modo, como mercadorias na medida em que as relacionam antagonicamente com outra mercadoria qualquer como equivalente universal. Esse é o resultado da análise da mercadoria. Assim, a forma naturalizada dessa mercadoria se converte em forma de equivalente socialmente válida. Ser equivalente universal torna-se, por meio do processo social, mediatizando a função especificamente social da mercadoria excluída. E assim fetichizada ela se torna valor-dinheiro. Na mesma medida em que se opera a metamorfose dos produtos do trabalho em mercadorias, opera-se também a metamorfose da mercadoria em dinheiro. A forma-dinheiro se fixa nos artigos mais importantes vindos do estrangeiro, que, na verdade, são formas naturais-espontâneas de manifestação  dos produtos domésticos enquanto elemento principal da propriedade alienável.
            Portanto, seu valor de uso se aparta de seu valor de troca. A relação quantitativa, na qual elas são trocadas, torna-se dependente de sua própria forma particular de produção. O costume as fixa como grandezas de valor, seja pela força ou pela persuasão. Em sua narrativa Robinson Crusoé é um pícaro que, longe do mundo e da vida social, procura recriar a vida em sociedade. A ilha foi primeiramente nomeada Santa Cecilia pelo seu descobridor, o capitão espanhol que ali chegou, oficialmente a 22 de novembro de 1574. Numa época desconhecida, foi também reconhecida pelo nome do seu descobridor e, mais recentemente, por Más a Tierra.  Foi nesta ilha que o marinheiro escocês Alexander Selkirk permaneceu solitário por mais de quatro anos. Os relatos teriam dado vida a Robinson Crusoé, famoso personagem do livro homônimo de Daniel Defoe. A ilha tornou-se famosa e, em 1966, Salvador Allende, primeiro socialista a ser eleito presidente de República e chefe de Estado chileno nas três Américas, que governou o Chile de 1970 a 1973, deu-lhe o nome deste libelo personagem.  
Bibliografia geral consultada.

WATT, Ian, A Ascensão do Romance: Estudos sobre Defoe, Richardson e Fielding. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1990; Idem, Miths of Modern Individualism: Faust, Don Quixote, Don Juan, Robinson Crusoé. Cambridge: Cambridge University Press, 1996; BATTAGLIA, Stela Maris Fazio, Questões de Linguagem na Obra de Robinson Crusoé: A Dialogia da Palavra na Vida Solitária. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação. Universidade de São Paulo, 2009; DEFOE, Daniel, Robinson Crusoé. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1970; Idem, Histoire du Diable. Paris: Editeur Nabu Press, 2011; BORGES JUNIOR, José David, As Máscaras de Robinson Crusoé: A Representação do Individualismo Moderno em Daniel Defoe e Mozael Silveira. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo, 2012; MARX, Karl, O Capital. Crítica da Economia Política. Livro I. São Paulo: Boitempo Editorial, 2013; CERTEAU, Michel de, A Invenção do Cotidiano: 1. Artes de fazer. 22ª edição. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes, 2014; POSTONE, Moishe, Tempo, Trabalho e Dominação Social. São Paulo: Boitempo Editorial, 2015; AUGUSTO, André Guimarães, “Marx e as Robinsonadas da Economia Política”. In: Nova Economia, vol. 26, n°1, 2016; pp. 301-327; INÁCIO NETO, José, Daniel Defoe e as Representações do Novo Mundo: Um Diálogo entre Romances e Relatos de Viagem (1697-1729). Dissertação de Mestrado em História. Faculdade de Ciências Humanas e Sociais. Franca: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, 2016; PRIMOLAN, Thiago Panini, O Espaço do Romance: Questões sobre Teoria e Historiografia do Gênero Romantismo a partir da Obra de Daniel Defoe. Dissertação de Mestrado em Letras. Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários. Faculdade de Letras. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2016; MORAES, Maria Celina Bodin de, “Defoe, Robinson e o Início do Mundo Atual”. In: civilistica.com || A. 8. nº 3. 2019; entre outros.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Yang Feng Glan - Tráfico, Humilhação & Fim da Rainha do Marfim.

                                                                                                                     Ubiracy de Souza Braga                                                                                                                             
Yang Feng Glan estabeleceu uma rede de fornecimento internacional de marfim”. Huruma Shaidi

             

Elefante é o termo genérico, popular, pelo qual são denominados os membros da família Elephantidae, um grupo de mamíferos proboscídeos elefantídeos, de grande porte, do qual há três espécies no mundo contemporâneo, duas africanas e uma asiática. Os elefantes são os maiores animais terrestres, com a massa entre 4 a 6 toneladas e medindo em média quatro metros de altura, podendo levantar até 10.000 kg. As suas características mais distintivas são as presas de marfim que tem sido uma das razões   para o declínio dramático da população mundial de elefantes. As presas de um elefante são os segundos incisivos superiores. São utilizadas para escavar à procura de água, sal ou raízes, para retirar a casca das árvores, para comer a casca, para escavar a árvore adansônia a fim de retirar-lhe a polpa e para mover árvores ou ramos quando um trilho é criado. As presas de um adulto médio crescem em torno de 15 cm por ano e servem para marcar as árvores, demarcar território e ocasionalmente como armas. Elas recebem o nome de marfim e são a causa que tem por consequência a morte de grande quantidade desses animais todos os anos. Na sociologia política de Max Weber, fim é a representação de um resultado que se converte em causa de ação.

       As presas do elefante chegam a pesar 60 Kg cada uma delas e são usadas principalmente para a fabricação de esculturas. Marfim é o nome dado à matéria que forma nos dentes dos elefantes em especial quando é removido do animal e trabalhado em obras de arte. O termo também é usado para as defesas de outros animais, como o hipopótamo e o narval. A extração e o comércio do marfim são as principais causas do decréscimo na população de elefantes, especialmente na África. Diversos governos pelo planeta já proibiram o seu comércio, mas ainda assim mais de 50.000 elefantes são mortos anualmente. Enquanto o mercado internacional de marfim foi fechado em 1989, sistemas legais de comércio permaneceram em vários países pelo globo terrestre. Uma proibição internacional do comércio de marfim vigora desde 1990, mas a gigante China comunista continuou a permitir – e até mesmo promover as vendas de marfim dentro de suas fronteiras. Os defensores dos animais calculam que os caçadores ilegais matam cerca de 30 mil elefantes africanos ano pelo marfim. A sobrevivência desta espécie está ameaçada pelo comércio de marfim, material ao qual atribuem propriedades medicinais e afrodisíacas  com aroma penetrante, intenso e características estimulantes em países asiáticos como China e Vietnã, destino destas cargas ilegais.

Marfim é um material duro e branco das presas tradicionalmente de elefantes e dentes de animais, que consiste principalmente em dentina, uma das estruturas físicas dos dentes e presas. O marfim de elefante é a fonte mais importante, mas marfim de mamute, morsa, hipopótamo, cachalote, orca, narval e javali também são usados. Os alces também têm dois dentes de marfim, que se acredita serem restos de presas de seus ancestrais. A estrutura química dos dentes e presas dos mamíferos é a mesma, independentemente da espécie de origem, mas o marfim contém estruturas de colágeno mineralizado. O comércio nacional e internacional de marfim natural de espécies ameaçadas, como elefantes africanos e asiáticos, é ilegal. A palavra marfim deriva do antigo egípcio âb, âbu (“elefante”), através do latim ebor- ou ebur. O comércio de certos dentes e presas além do elefante está bem estabelecido e difundido; portanto, “marfim” pode ser usado corretamente para descrever quaisquer dentes ou presas de mamíferos de interesse comercial que sejam grandes o suficiente para serem esculpidos ou entalhados.

Além do marfim natural, o marfim também pode ser produzido sinteticamente, portanto, ao contrário do marfim natural não exigindo a recuperação do material de animais. O comércio de produtos acabados de marfim tem sua origem no Vale do Indo. O marfim é um produto principal que é visto em abundância e foi usado para comércio na civilização Harappan. Os produtos acabados de marfim que foram vistos nos sites de Harapa incluem alfinetes, furadores, ganchos, pinos, pentes, peças de jogos, dados, incrustações e outros ornamentos pessoais. O marfim tem sido valorizado desde os tempos antigos na arte ou na fabricação para fazer uma variedade de itens, desde esculturas de marfim até dentes falsos, teclas de piano, leques e dominós. Civilização do Vale do Indo (CVI) foi uma civilização da Idade do Bronze nas regiões noroeste do sul da Ásia, que existiu entre 3 300 a.C. e 1 300 a.C., sendo que atingiu seu auge entre 2600 e 1 900 a.C. Juntamente com o Antigo Egito e a Mesopotâmia, foi uma das três primeiras civilizações da região, compreendendo o norte da África, o oeste da Ásia e o Sul da Ásia, e das três, a mais difundida, sendo que seu complexo de centros urbanos abrange uma área que se estende do nordeste do Afeganistão, através de grande parte do Paquistão e o Oeste e Noroeste da Índia. Floresceu nas bacias do rio Indo, que flui através do Paquistão e do sistema de rios perenes, e por monções, que antes corriam nas proximidades do sazonal rio Gagar, no Noroeste da Índia e no Leste do Paquistão. 

                         

As cidades da civilização eram destacadas por seu planejamento urbano, casas de tijolos assados, sistemas elaborados de drenagem e abastecimento de água, aglomerados de grandes edifícios não residenciais e novas técnicas de artesanato com produtos de cornalina, entalhes em selos e metalurgia com o cobre, bronze, chumbo e estanho. As grandes cidades de Moenjodaro e Harapa muito provavelmente chegaram a ter entre 30.000 e 60.000 habitantes, sendo que a própria civilização, durante a sua florescência, pode ter contido entre um e cinco milhões de pessoas. A gradual seca do solo da região durante o III milênio a.C. pode ter sido o estímulo inicial para a urbanização associada à civilização, mas também reduziu o suprimento de água o suficiente para causar seu desaparecimento e a migração de sua população para o Leste. A civilização também é reconhecida como Civilização Harapeana, por conta da cidade de Harapa, a primeira a ser escavada no início do século XX no que era então a Índia britânica e agora é o Paquistão. A descoberta de Harapa, e logo depois de Moenjodaro, foi o ponto culminante do trabalho que começou em 1861 com a fundação do Serviço Arqueológico da Índia durante o Raj britânico. No entanto, houve culturas anteriores e posteriores, frequentemente chamadas pré-harapeanas e pós-harapeanas na mesma região.

Em 2002, foram relatados mais de 1000 cidades e assentamentos harapeanos, dos quais pouco menos de cem haviam sido escavados. Entretanto, existem cinco principais locais urbanos: Harapa, Moenjodaro, Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) - acrônimo de United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization, é uma agência especializada das Nações Unidas (ONU) com sede em Paris, fundada em 16 de novembro de 1945 com o objetivo de contribuir para a paz e segurança no mundo globalizado mediante a educação, ciências naturais, ciências sociais e ciências humanas e comunicações sociais e informação, Dolavira, Ganueriual, no Deserto de Cholistão, e Raquigari. As primeiras culturas harapeanas foram precedidas por aldeias agrícolas neolíticas locais, a partir das quais as planícies fluviais foram povoadas. O idioma harapeano não é diretamente atestado e sua afiliação é incerta, pois a escrita indo ainda não foi decifrada. Um relacionamento com a família de idiomas dravidiano é uma teoria defendidas por uma parte dos estudiosos. A civilização do vale do Indo é nomeada por conta do sistema do rio Indo, cujas planícies aluviais foram os primeiros locais onde vestígios da civilização foram identificados e escavados. Seguindo uma tradição em arqueologia, a civilização é às vezes chamada de harapeana, por conta de Harapa, o primeiro local a ser escavado na década de 1920; isso é notavelmente verdadeiro no uso empregado pelo Serviço Arqueológico da Índia após a independência da Índia em 1947. 

Uma parte dos estudiosos usa os termos “cultura sarasvati”, “civilização sarasvati”, “civilização indo-sarasvati” ou “civilização sindu-sarasuati”, porque consideram o rio Gagar o mesmo que o Sarasvati, um rio mencionado várias vezes no Rig Veda, uma coleção de antigos hinos sânscritos compostos no II milênio a.C. No entanto, pesquisas geofísicas recentes sugerem que, diferentemente do Sarasvati, cujas descrições no Rig Veda são as de um rio alimentado pela neve, o Gagar era um sistema perene de rios alimentados por monções, que se tornaram sazonais na época em que a civilização diminuiu, aproximadamente há 4000 anos. Além disso, os defensores da nomenclatura “sarasvati” veem uma conexão entre o declínio da civilização e a ascensão da civilização védica na planície gangética; no entanto, historiadores do declínio da civilização do Vale do Indo consideram as duas substancialmente desconectadas. A civilização do Indo era aproximadamente contemporânea das demais civilizações ribeirinhas do mundo antigo: o Egito ao longo do Nilo, Mesopotâmia nas terras regadas pelo Eufrates e Tigre e a China na bacia de drenagem do rio Amarelo. Na época de sua fase madura, a civilização havia se espalhado por uma área maior do que as outras mencionadas, o que incluía um núcleo de 1.500 km acima do plano aluvial do Indo e de seus afluentes. Além disso, havia uma região com flora, fauna e habitats díspares, até dez vezes áreas maiores, que haviam sido moldados cultural e economicamente no Indo.

Historicamente em torno de 6 500 a.C., a agricultura surgiu no Baluchistão, nas margens do aluvião do Indo. Nos milênios seguintes, incursões nas planícies do Indo preparam o terreno para o crescimento de assentamentos humanos rurais e urbanos. A vida sedentária mais organizada, por sua vez, levou a um aumento líquido na taxa de natalidade. Os grandes centros urbanos de Moenjodaro e Harapa muito provavelmente chegaram a ter entre 30.000 e 60.000 habitantes e, durante o florescimento da civilização, a população do subcontinente cresceu para algo entre 4 e 6 milhões de pessoas. Durante esse período, a taxa de mortalidade também aumentou, pois as condições de vida próximas de humanos e animais domesticados levaram a um aumento de doenças contagiosas. Segundo uma estimativa, a população da civilização do Indo em seu pico pode ter sido entre um e cinco milhões de pessoas. A Civilização do Vale do Indo se estendeu do Baluchistão do Paquistão, a oeste, a Utar Pradexe no Oeste da Índia, a Leste, do Nordeste do Afeganistão, no Norte, ao estado denominado Guzerate, no Sul da Índia. O maior número de locais harapeanos está nos estados de Guzerate, Hariana, Punjabe, Rajastão, Utar Pradexe, Jamu e Caxemira na Índia, e nas províncias de Sinde, Punjabe e Baluchistão no Paquistão. Os assentamentos costeiros se estenderam de Sutkagan Dor no Baluchistão Ocidental a Lotal em Guzerate. Uma cidade do Vale do Indo foi encontrada no rio Oxo em Xortugai no Norte do Afeganistão, no vale do rio Gomal no Noroeste do Paquistão, em Manda, Jamu no rio Beas perto de Jamu, Índia, e em Alamgirpur, no rio Hindon, apenas 28 km de Deli. O local harapeano mais ao sul é Daimabad, em Maharashtra. 

Os sítios arqueológicos harapeanos são encontrados com mais frequência nos rios, mas também no litoral antigo, por exemplo, Balakot, e nas ilhas, por exemplo, Dolavira. O reino Sanui tem uma herança climática das maiores chuvas na Costa do Marfim, com estatísticas de chuvas anuais superiores a 1.600 mm. Esta característica geográfica e climática tem favorecido grandemente o desenvolvimento excepcional de culturas industriais: borracha, café, cacau, banana, dendê, abacaxi, etc., e cultura alimentar: arroz, taro, banana, mandioca, etc. Do ponto de vista econômico e social, são as atividades perversas agroindustriais que superam de longe, que na verdade, é reconhecida por sua produção de óleo de palma com cerca de 20% da produção nacional. O reino Sanui é subdividido em seis cantões que são adjacente que desempenha o papel de educador e treinador dos candidatos ao trono dos Sanui; ensina o futuro rei em princípio seu papel no trono, suas relações com seu povo, as principais famílias que compõem seu povo, os povos e as fronteiras territoriais de seu reino. Ele também ensina sobre alianças com outros povos. Devido à sua localização geográfica, em uma colina com vista para a lagoa Aby, com uma visão ampla de todo o reino, cantão de Adjouan é um paraíso para os príncipes herdeiros privilegiados em caso de ataque ou invasão do reino um inimigo

O reino Sanui (Sanwi) é uma monarquia tradicional e subnacional localizado no  sudeste da Costa do Marfim na África. Foi estabelecido em 1740 por aguis migrantes de Gana. Em 1843 o reino tornou-se um protetorado da França. Em 1959 fundiu-se com a Costa do Marfim. O núcleo original deste povo é em Gana, onde os conflitos entre Opoku Warreh (axântis) e eles (agui) criaram a razāo para uma partida para a Costa do Marfim. Amalaman Anoh, primeiro rei do reino de Sanui, liderou o agui em estabelecer-se em Diby na região de Aboisso. Surgiu então culturalmente uma guerra de liderança entre o agui e o aguas, os primeiros ocupantes do lugar. Depois de sua vitória, o agui se estabeleceu na região de “Ciman” um vale coroado por colinas. Para que em tempo de guerra, o inimigo não consiga atingir o lugar. Aponte sempre em busca de novas terras, Aka Essoin, o capanga do rei Amalaman notável Anoh e poderoso, responsável pela expansão do reino, mão na conquista de novas terras mais adequadas. É nessa busca que Aka Essoin descobriu uma grande árvore, uma cereja: o Krindjabo atrás do rio Bia. Para chegar ao local, primeiro deve atravessar a Bia, nadando. Sabendo a salvo de possíveis ataques do inimigo, o povo agui Krindja “Krindjabo” língua agui.

Antropologicamente é graças a Aka Essoin, que tem o poder de se transformar em animais ferozes, especialmente o elefante. Krindjabo, que a capital do reino Sanui é bem fundada, antes da chegada do homem branco. Costa do Marfim: Sanui Aboisso é o berço do reino mais antigo e mais poderoso da história da Costa do Marfim. A primeira tarefa no país agui envolve duas viagens (Mission Treich Laplène (1887-1889) resultou em Tratados com Sanui para Krindjabo (Aboisso) com Bettie e Indenie (Abengourou). No Norte, os tratados foram assinados com Bonducu do Império de Congue e Dabacala de Louis-Gustave Binger em 1889. O reino de Sanui praticamente coexiste com a região provincial de Sud-Comoé na reconhecida Costa do Marfim, porém enquanto a capital real se localiza em Krindjabo a capital da província se situa em Aboisso. O reino se insere em um espaço geográfico de 6.500 km quadrados, sendo 1/7 desse lagos e rios. É um conjunto de colinas e vales, subdividido em três áreas específicas: zona costeira, arenosa e de mangues: abrange os municípios de Adjouan, no Sul do cantão Affema; área florestal de Leste a Oeste e Norte.

É de lá que os príncipes herdam o trono em direção a Krindjabo. Adjouan era também um lugar de alta cultura onde os casamentos dos membros da família real eram celebrados. Assouba: tradicionalmente chamado de frente. É este cantão que valida e confirma a escolha do rei de maneira colegial para o conjunto das cabeças dos cantões. Lá a cerimônia de entronização do novo rei é conduzida e conduzida. Assouba tem os privilégios de alta jurisdição e ao mesmo tempo desempenha o papel do Supremo Tribunal e do Conselho Constitucional. Krindjabo: É onde o domicílio oficial do rei é, é a capital do reino. Segundo os críticos, seu papel como residência simples do rei parece relegar seu título soberano. Assinie: Quando o rei quer descansar, Assinie tem a tarefa de recebê-lo. Este cantão serve como um lugar para receber o rei para seus encontros discretos, com seus amantes, por exemplo. Kouakro e Ayamé: Este último representa a ala esquerda do reino, originalmente chamado Djandji. Ambos têm no papel para defender e proteger as fronteiras do reino para evitar incursões inimigas. Eles são ajudados por Adaou, uma aldeia no cantão de Assouba. O reino recebeu atenção internacional após Michael Jackson, cujos antepassados sāo da etnia agui Sanui, ao visitar Krinjabo no ano de 1992 ser coroado príncipe do Reino Sanui em uma cerimônia honorífica.  Após a morte do cantor pop o título de dignidade real foi herdado pelo pastor americano e ex-candidato presidencial Jackson Jesse que foi homenageado em uma cerimônia com Amon N`Douffou V.           

Todas as espécies de elefantes são consideradas em perigo de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais  (UICN). Ela apoia pesquisas científicas, administra projetos de campo em todo o mundo, e congrega governos, Organizações Não-Governamentais, agências das Nações Unidas, companhias e comunidades para que sejam desenvolvidas e implementadas leis e políticas públicas que estejam de acordo com sua missão. Também estão registados no Apêndice I da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), reconhecida por Convenção de Washington, é um acordo multilateral assinado em Washington DC, Estados Unidos da América, a 3 de março de 1973, agrupando um grande número de Estados, tendo como objetivo assegurar que o comércio de animais e plantas selvagens, e de produtos deles derivados, não ponha em risco a sobrevivência das espécies nem constitua perigo para a manutenção da biodiversidade, exceto para as populações de países africanos como Zimbábue e Botsuana, particularmente, que foram reclassificados no Apêndice II. Os elefantes encontram-se ameaçados de forma absurda pela caça ilegal e perda de seu habitat, ou construir, permanecendo, para a experiência cotidiana do homem.       

Yang Feng Glan é nativa de Beijing, mas passa a viver na Tanzânia desde 1975, como tradutora de uma empresa chinesa que construía uma ferrovia ligando o Porto de Dar-es-Salaam à Zâmbia. Tornou-se uma das primeiras mulheres chinesas a falar swahili fluentemente e, segundo investigações, entre 2000 e 2014, obteve um lucro avaliado em 6,5 milhões de dólares a partir dos negócios ilegais: ela possui diversas propriedades, bem como muitos carros e o maior restaurante chinês na estação de Dar es Salaam. Supõe-se que seus contatos no restaurante e a sua posição como secretária geral do Conselho de Negócios entre a China e a África tenham capacitada a organizar o sua estrutura criminosa em torno do comércio clandestino de marfim. É reconhecida como a “Rainha do Marfim”, segundo o apelido do jornalismo investigativo, condenada a 15 anos de prisão na Tanzânia por traficar mais de 800 presas de elefante entre 2000 e 2014. – “A Promotoria provou o caso”, informou aos veículos de imprensa o juiz Huruma Shaidi, da Corte de Kisutu, localizada na capital de Dar es Salaam, nome, de origem árabe que significa Casa da Paz representando a maior e mais populosa cidade do país. Foi a capital da República Unida da Tanzânia até 1973. Um plebiscito decidiu muda-la para Dodoma, fundada em 1907, no período da colonização alemã, quando desenvolvia a construção da principal ferrovia chamada Linha Central. 

Reino Sanui (Sanwi) é uma monarquia tradicional e subnacional localizado no sudeste da Costa do Marfim na África. Foi estabelecido em 1740 por aguis migrantes de Gana. Em 1843 o reino tornou-se um protetorado da França. Em 1959 fundiu-se com a Costa do Marfim. O núcleo original deste povo é em Gana, onde os conflitos entre Opoku Warreh (axântis) e eles (agui) criaram a razāo para uma partida para a Costa do Marfim. Amalaman Anoh, primeiro rei do reino de Sanui, liderou o agui em estabelecer-se em Diby na região de Aboisso. Surgiu então uma guerra de liderança entre o agui e o aguas, os primeiros ocupantes do local. Depois de sua vitória, o agui se estabeleceu na região de “Ciman” um vale coroado por colinas. Para que em tempo de guerra, o inimigo não consiga atingir o lugar. Aponte sempre em busca de novas terras, Aka Essoin, o capanga do rei Amalaman notável Anoh e poderoso, responsável pela expansão do reino, mão na conquista de novas terras mais adequadas. É nessa busca que Aka Essoin descobriu uma grande árvore, uma cereja: o Krindjabo atrás do rio Bia. Para chegar ao local, primeiro deve atravessar a Bia, nadando. Sabendo a salvo de possíveis ataques do inimigo, o povo agui Krindja “Krindjabo” língua agui.

E graças a Aka Essoin, que tem o poder de se transformar em animais ferozes, especialmente o elefante. Krindjabo, a capital do reino Sanui é bem fundada, antes da chegada do homem branco. Costa do Marfim: Sanui Aboisso é o berço do reino mais antigo e mais poderoso da história da Costa do Marfim. A primeira tarefa no país agui envolve duas viagens (Mission Treich Laplène (1887-1889) resultou em Tratados com Sanui para Krindjabo (Aboisso) com Bettie e Indenie (Abengourou). No Norte, os tratados foram assinados com Bonducu do Império de Congue e Dabacala de Louis-Gustave Binger em 1889. O Reino de Sanui praticamente coexiste com a região provincial de Sud-Comoé na reconhecida Costa do Marfim, porém enquanto a capital real se localiza em Krindjabo a capital da província se situa em Aboisso. O reino se insere em um espaço geográfico de 6.500 km quadrados, sendo 1/7 desse lagos e rios. O Reino Sanui é apresentado como um conjunto de colinas e vales, subdividido em três áreas específicas: zona costeira, arenosa e feita de mangues: abrange os municípios de Adjouan, no sul do cantão Affema; área florestal de leste a oeste e norte.

O Reino Sanui tem uma herança climática das maiores chuvas na Costa do Marfim, com estatísticas de chuvas anuais superiores a 1.600 mm. Esta característica geográfica tem favorecido grandemente o desenvolvimento excepcional de culturas industriais (borracha, café, cacau, banana, dendê, abacaxi, etc.) e alimentos (arroz, taro, banana, banana, mandioca, etc.). Do ponto de vista socio-econômico, são as atividades agroindustriais que superam de longe, na verdade, é conhecida por sua produção de óleo de palma (cerca de 20% da produção nacional). O reino Sanui é subdividido em seis cantões que são: Adjacente: Ele desempenha o papel de educador e treinador dos candidatos ao trono dos Sanui; ensina o futuro rei em princípio seu papel no trono, suas relações com seu povo, as principais famílias que compõem seu povo, os povos e as fronteiras territoriais de seu reino. Ele também ensina sobre alianças com outros povos. Devido à sua localização geográfica, em uma colina com vista para a lagoa Aby, com uma visão ampla de todo o reino, cantão de Adjouan é um paraíso para os príncipes herdeiros privilegiados em caso de ataque ou invasão do reino um inimigo.

É de lá que os príncipes herdam o trono em direção a Krindjabo. Adjouan era também um lugar de alta cultura onde os casamentos dos membros da família real eram celebrados. Assouba: tradicionalmente chamado de frente. É este cantão que valida e confirma a escolha do rei de maneira colegial para o conjunto das cabeças dos cantões. Lá a cerimônia de entronização do novo rei é conduzida e conduzida. Assouba tem os privilégios de alta jurisdição e ao mesmo tempo desempenha o papel do Supremo Tribunal e do Conselho Constitucional. Krindjabo: É onde o domicílio oficial do rei é, é a capital do reino. Segundo os críticos, seu papel como residência simples do rei parece relegar seu título soberano. Assinie: Quando o rei quer descansar, Assinie tem a tarefa de recebê-lo. Este cantão serve como um lugar para receber o rei para seus encontros discretos, com seus amantes, por exemplo. Kouakro e Ayamé: Este último representa a ala esquerda do reino, originalmente chamado Djandji. Ambos têm no papel para defender e proteger as fronteiras do reino para evitar incursões inimigas. Eles são ajudados por Adaou, uma aldeia no cantão de Assouba. O reino recebeu atenção internacional após Michael Jackson, cujos antepassados sāo da etnia agui Sanui, ao visitar Krinjabo no ano de 1992 ser coroado príncipe do Reino Sanui em uma cerimônia honorífica.  Após a morte do cantor pop o título de dignidade real foi herdado pelo pastor americano e ex-candidato presidencial Jackson Jesse que foi homenageado em uma cerimônia com Amon N'Douffou V.    

Elefante é o termo genérico, mas popular, pelo qual são denominados os membros da família Elephantidae, um grupo de mamíferos proboscídeos elefantídeos, de grande porte, do qual há três espécies no mundo contemporâneo, duas africanas e uma asiática. Os elefantes são os maiores animais terrestres, com a massa entre 4 a 6 toneladas e medindo em média quatro metros de altura, podendo levantar até 10.000 kg. As suas características mais distintivas são as presas de marfim que tem sido uma das razões   para o declínio dramático da população mundial de elefantes. As presas de um elefante são os segundos incisivos superiores. São utilizadas para escavar à procura de água, sal ou raízes, para retirar a casca das árvores, para comer a casca, para escavar a árvore adansônia a fim de retirar-lhe a polpa e para mover árvores ou ramos quando um trilho é criado. As presas de um adulto médio crescem em torno de 15 cm por ano e são utilizadas para marcar as árvores, demarcar território e ocasionalmente como armas. Elas recebem o nome de marfim e são a causa que tem por consequência a morte de grande quantidade desses animais todos os anos. Na sociologia pragmática, nunca é demais repetir: fim é a representação de um resultado que se converte em causa de ação.
          As presas chegam a pesar 60 quilos cada uma delas e são usadas principalmente para a fabricação de esculturas. Marfim é o nome dado à matéria que forma nos dentes dos elefantes em especial quando é removido do animal e trabalhado em obras de arte. O termo também é usado para as defesas de outros animais, como o hipopótamo e o narval. A extração e o comércio do marfim são as principais causas do decréscimo na população de elefantes, especialmente na África. Diversos governos pelo planeta já proibiram o seu comércio, mas ainda assim mais de 50.000 elefantes são mortos anualmente. Enquanto o mercado internacional de marfim foi fechado em 1989, sistemas legais de comércio permaneceram em vários países pelo globo terrestre. Uma proibição internacional do comércio de marfim vigora desde 1990, mas a gigante China comunista continuou a permitir – e até mesmo promover as vendas de marfim dentro de suas fronteiras. Os defensores dos animais calculam que os caçadores ilegais matam cerca de 30 mil elefantes africanos ano pelo marfim. A sobrevivência desta espécie está ameaçada pelo comércio de marfim, material ao qual atribuem propriedades medicinais e afrodisíacas  com aroma penetrante, intenso e características estimulantes em países asiáticos como China e Vietnã, último destino de muitas destas cargas ilegais.  

Chama-se jornalismo político a especialização da profissão jornalística nos assuntos relativos à política global em níveis local, regional e nacional, ao parlamento, aos partidos e a todas as esferas de poder formal na sociedade. Em vários veículos, a cobertura política é fundida com a editoria Nacional. As pautas do jornalismo político incluem a cobertura de eventos tais como: 1) eleições, revoluções, golpes de Estado, votações parlamentares, decretos, negociações entre partidos e blocos de poder etc., 2) as instituições que geram produtos e fatos políticos: governos, ministérios, secretarias, partidos, órgãos oficiais, institutos de pesquisa de opinião, as políticas públicas dos ministérios da área institucional, secretarias de governo e o dia-a-dia do poder. Nestes assuntos  incluem-se: negociações, acordos e trâmites de projetos de lei, mudanças de cargos, processos contra políticos e ocupantes de cargos públicos, além de escândalos políticos, abuso de poder, tráfico de influência e a invenção da corrupção.

            Como na maior parte das especializações jornalísticas, as fontes de Política são divididas entre protagonistas políticos, inclusive sem cargo público, autoridades: presidentes, governadores, prefeitos, ministros, secretários, senadores, deputados, vereadores, especialistas ou analistas políticos, cientistas políticos, politólogos, sociólogos e usuários, estes sim, os eleitores, contribuintes, correligionários. Jornalistas que cobrem política em nível nacional costumam ser concentrados na capital do país. Geralmente trabalham em contato constante e fixo com políticos e ocupantes de cargos públicos, inclusive almoçando e fazendo refeições em conjunto. Vários prédios de parlamentos e palácios de governo têm salas de imprensa, exceto no caso truculento da posse no Brasil, em 2019, onde as assessorias do eleito humilharam jornalistas. Eles se dividem sentados no chão entre setoristas de governo e do Congresso, dos ministérios, secretarias e partidos políticos, entre outras instituições dentro e de fora da nação. A estrutura governamental continua localizada em Dar es Salaam. Ipso facto, a maior parte da estrutura burocrática e política governamental tanzaniana continua em Dar es Salaam.

É considerada uma das maiores traficantes no continente africano, quando Feng Glan ouviu a sentença junto a dois outros tanzanianos acusados. O tribunal deu como comprovado materialmente que os três lideravam uma das maiores redes de contrabando de marfim enviado para a Ásia. As capturas de marfim procedentes do contrabando bateram recordes em 2011, com pelo menos 13 apreensões de mais de 800 kg cada uma, informou a ONG Traffic, que classificou aquele ano como “horrível para os elefantes”. Esta organização, com sede no Reino Unido e especializada no comércio ilegal de espécies animais, calcula em 23 toneladas de marfim a soma das 13 maiores apreensões, o que equivale a uns 2.500 elefantes vitimados. Em 2010, a cifra foi de 10 toneladas. - “Em 23 anos de estatísticas feitas pela associação, este é o pior ano em relação a apreensões importantes, um ano terrível para os elefantes”, declarou Tom Milliken, especialista em comércio ilegal de elefantes da Traffic. As maiores apreensões ocorreram em portos quenianos e tanzanianos. com os carregamentos de marfim para a China e Tailândia. A rainha do marfim contrabandeou mais de 350 presas de elefante.
Os réus foram também condenados a mais dois anos de prisão, ao abrigo da Lei de Proteção à Vida Selvagem da Tanzânia, pena que pode ser convertida numa multa equivalente a duas vezes o valor do marfim que são acusados de ter contrabandeado. De acordo com a investigação, Yang Fenglan chegou à Tanzânia em 1975, como tradutora para uma empresa chinesa encarregada de construir um troço de caminho de ferro. Em outubro de 2015, quando foi detida, ocupava um alto cargo no Conselho Empresarial para as relações entre a China, África e a Tanzânia. Um ano antes, numa entrevista ao “China Daily”, dizia ter-se apaixonado pelo país, onde também abriu um restaurante, que usava como cobertura para os seus negócios ilegais. A partir do estabelecimento, a mulher estabeleceu uma rede de fornecimento internacional de marfim, fazendo sair do país toneladas deste material. A Tanzânia tem sido duramente criticada por grupos políticos defensores das espécies ameaçadas pela sua alegada incapacidade de impedir a caça ilegal aos seus elefantes. Historicamente o país perdeu 60% do total destes animais, no período de espaço/tempo entre 2009 e 2014, revelam relatórios oficiais.         
Yang Feng Glan foi ainda condenada a mais dois anos de prisão devido à Lei de Proteção da Vida Animal, pena adicional que poderia ser convertida ao pagamento de uma multa de 12,74 milhões de dólares, correspondente ao dobro do valor do marfim de que foi acusada por contrabando. A imprensa noticiou que Feng chegou a enterrar presas de centenas de elefantes nos jardins das suas duas residências e que financiou caçadores ilegais que operavam em áreas protegidas. Alvo de duras críticas de grupos defensores das espécies ameaçadas pela sua alegada incapacidade de impedir a caça ilegal aos elefantes, a Tanzânia perdeu 60 por cento do total destes animais, entre 2009 e 2014. Considerada uma das maiores traficantes no continente africano, Fenglan foi detida em Outubro de 2015, quando ocupava um alto cargo no Conselho Empresarial para as relações entre a China, África e Tanzânia. Usava seus laços com as elites chinesas. A partir de um restaurante naquele país, ela estabeleceu uma rede de fornecimento internacional de marfim, fazendo sair do país toneladas deste material. 
O marfim de elefantes e rinocerontes tem um valor comercial superior ao comércio de cocaína em muitos países asiáticos, onde é usado, às vezes, como afrodisíaco. Nestes países, os elefantes são famosos por sua virilidade. Esta prática, no entanto, põe estes animais em risco, e se provou desastrosa para certas espécies de rinocerontes. as autoridades da Tanzânia sentenciaram uma chinesa chamada Yang Feng Glan, reconhecida como “a rainha do marfim”, por ter contrabandeado mais de 350 presas de elefantes. Isto implica vários milhões de dólares em marfim. A mulher foi sentenciada a 15 anos de prisão e, segundo os meios internacionais, isto poderia ser um duro golpe a uma rede clandestina de contrabando deste precioso material. A mulher vive na Tanzânia desde a década de 1970. A população de elefantes na África diminuiu de 415 mil a 111 mil em uma década, um número alarmante, de modo que a China é onde se consome mais marfim no mundo, tanto para adornos e amuletos, ou como utilização para fins medicinais.
Nos tempos antigos, os habitantes do continente africano e do sudeste da Ásia usavam ornamentos do osso do elefante principalmente por considerações mágicas,  como uma das principais características a união do mundo mágico e fantástico ao mundo real, demonstrando coisas irreais e estranhas como algo que constantemente aparece em nosso imaginário do dia a dia, sendo corriqueiro e habitual. Acreditava-se que o dono de tal amuleto ganhava um pouco de força espiritual e coragem do animal gigante, que não tem nem rivais ou mesmo, neste caso, evidentes inimigos. A forma do amuleto, era secundária, bastava polir pedaços de uma presa para fazer pingentes, um colar ou uma pulseira. Mais tarde, historias míticas sobre o “poder de cura” do marfim apareceram. Uma capacidade de curar uma grande variedade de doenças desde envenenamento à impotência foi atribuída a esse material. Não é estranho então, que isso causou uma agitação em todo o mundo, e quase levou a uma destruição total de elefantes como espécie. Quando finalmente reconheceram o perigo iminente e tentaram impedir seu extermínio em massa, o marfim do elefante tornando-se raro, inversamente subiu de preço no mercado do tráfico e dos materiais mais caros usados em joalheria. 
A China já superou há muito os Estados Unidos da América (EUA) e as antigas potências coloniais europeias como o principal parceiro dos africanos. Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, só no primeiro semestre do ano passado foram assinados 25 novos acordos com países africanos, avaliados em 47 mil milhões de euros. Em outubro, foi inaugurada uma linha férrea entre a Etiópia e o Djibuti, no leste de África, construída por empresas chinesas. Obras semelhantes estão em execução no Quénia e na Nigéria. Os projetos também servem os interesses de Pequim, integrando o plano da Nova Rota da Seda, que pretende expandir as rotas comerciais e tornar a China na mais forte economia mundial. Além dos projetos de infraestruturas e de acordos sobre matérias-primas, Pequim pretende aumentar os seus esforços militares no continente africano. Estabilidade é a palavra-chave. – “A atual estratégia da China inclui o paradigma da segurança - e isso é novo”, diz Angela Stanzel, especialista em assuntos chineses no Conselho Europeu para as Relações Internacionais, em Berlim. – “Este papel reflete uma nova abordagem da China em assuntos globais e quanto aos seus interesses”. Enquanto membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a China tem soldados em sete das nove missões de paz da organização em África - mais do que qualquer outro membro do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). 
Do ponto de vista merceológico do tráfico de marfim de seus dentes é usado em joias, teclas para piano, hanko, os selos personalizados para assinatura de documentos oficiais, exigida no Japão, e para outros objetos. Sua pele e outras partes são um componente comercial de menor importância, enquanto a carne é utilizada pelas pessoas da localidade.  A ameaça ao elefante africano representado pelo comércio lucrativo de marfim é exclusivamente violenta para a espécie. Animais maiores, de vida longa e de reprodução lenta como os elefantes são mais suscetíveis à caça excessiva que outros animais. Eles não podem se esconder e são necessários muitos anos para um elefante crescer e reproduzir-se. Um elefante necessita uma média de 140 kg de vegetação por dia para sua sobrevivência social. Como os grandes predadores são caçados, as populações de pequenos animais que pastam concorrentes do elefante nos alimentos, se encontram em vertiginosa ascensão. O aumento do número de herbívoros devastam as árvores, arbustos e gramíneas do local. Os elefantes têm poucos predadores naturais, além do homem e ocasionalmente os leões. Mas, muitos governos africanos permitem legalmente a caça limitada.
       A grande quantidade de dinheiro que é cobrada para as licenças necessárias é frequentemente utilizada para apoiar os esforços institucionais de conservação, e o pequeno número de licenças emitidas para animais mais velhos, garante que as populações não sejam esgotadas. Uma das dimensões práticas da crise deriva-se da mera magnitude de nossos poderes. O que fazemos e outras pessoas fazem pode ter consequências profundas, de longo alcance e de longa duração, consequências que não podemos ver diretamente nem predizer com precisão, pois é extraterritorial e extra-moral, entre ações sociais e seus efeitos políticos agregados intercontinentais, que não podemos sondar apenas usando nossas capacidades inatas e ordinárias de percepção, e menos ainda quando dificilmente ocorre mediante inventários estatais fabricados de seus efeitos políticos. A escala das consequências da modernidade pode tolher-nos a imaginação moral que podemos possuir. Também torna impotentes as normas éticas, fabricadas por tribunais que herdamos do passado que nos ensinam a obedecer. Nossas ferramentas sociais e éticas, o código de comportamento moral, o conjunto normativo das práticas que seguimos porque não foram feitas à medida dos poderes que delegamos. A crise moral repercute em crise ética na Era moderna. O esforço dos filósofos morais visou a reduzir o pluralismo e eliminar a ambivalência moral, que representa um estado social de ter, simultaneamente, sentimentos conflitantes perante uma pessoa ou coisa.
O elefante é considerado um símbolo positivo da boa sorte, da sabedoria, da persistência, da determinação, da solidariedade, da sociabilidade, da amizade, do companheirismo, da memória, da longevidade, do poder. Do ponto de vista da formação da cultura, o elefante apresenta muitas simbologias e dependendo da cultura em que está inserido, particularmente, pode representar significados opostos. Interessante notar que comparativamente tanto na Ásia como entre culturas na África, o elefante representa o poder soberano. Dessa forma, na Ásia, historicamente o elefante representa a montaria dos reis e simboliza o poder de reger, sendo a paz e a prosperidade efeitos de poder estabelecido na representação. Considerado o símbolo de estabilidade e imutabilidade, na ioga o elefante representa um dos chakras “muladhara”, que corresponde ao elemento terra. Na Índia e também no Tibet a crença nos elefantes torna-os venerados e considerados os animais “suporte do mundo” uma vez que para eles, o universo repousa no lombo de um grande elefante. Muitas vezes, é considerado na tradição da mitologia africana e indiana a representação de um animal cósmico, visto que se assemelha à estrutura do cosmos: quatro pilares sustentando uma esfera.
Na Índia, simboliza paciência, sabedoria, longevidade, prosperidade, poder e benevolência. Com uma grande tradição religiosa e cultural sobre seus lombos, o elefante é um animal onipresente na Índia, onde as autoridades aumentaram os esforços para sua conservação, ao mesmo tempo em que tentam reduzir os conflitos com humanos. Segundo o último censo oficial, a Índia abriga uma população, em leve progressão, dentre 27.7 mil elefantes selvagens, em torno da metade do total de paquidermes na Ásia, comparativamente, enquanto outros 3,5 mil exemplares domesticados vivem em determinada forma de cativeiro. Para o budismo, cunhado na Índia há mais de dois milênios, o elefante é um símbolo de força da mente, e no hinduísmo, a religião majoritária, encarna Ganesh (cf. Almeida, 2006) um deus com cabeça de elefante que representa sabedoria, boa sorte e prosperidade. É muito popular no oeste e sul do país, sobretudo na metrópole portuária de Bombaim, ou, oficialmente, Mumbai a maior e mais importante cidade contemporânea da Índia.  
O símbolo não sendo já de natureza linguística deixa de se desenvolver numa só dimensão. As motivações que ordenam os símbolos não apenas já não formam longas cadeias de razões, mas nem sequer cadeias. A explicação linear do tipo de dedução lógica ou narrativa introspectiva já não basta para o estudo das motivações simbólicas. A classificação dos grandes símbolos da imaginação em categorias motivacionais distintas apresenta, com efeito, pelo próprio fato da não linearidade e do semantismo das imagens, grandes dificuldades. Metodologicamente, se se parte dos objetos bem definidos pelos quadros da lógica dos utensílios, como faziam as clássicas “chaves dos sonhos”, segundo as estruturas antropológicas do imaginário, cai-se rapidamente, pela massificação das motivações, numa inextricável confusão. Parecem-nos mais sérias as tentativas para repartir os símbolos segundo os grandes centros de interesse de um pensamento, certamente perceptivo, mas ainda completamente impregnado de atitudes assimiladoras nas quais os acontecimentos perceptivos não passam de pretextos para os devaneios imaginários. Tais são as classificações sistemáticas mais profundas de analistas das motivações do simbolismo religioso ou da imaginação literária.    
A China é considerada o maior consumidor mundial de marfim, pari passu legal e ilegal. O continente africano perdeu 30% dos elefantes que tinha em sete anos de matanças entre 2007 e 2014 contínuas por parte de caçadores ilegais. O comércio ilegal dos dentes de marfim levou este gigante emblemático ao abismo de sua desaparição, com cerca de 20.000 a 30.000 mortes por ano. O marfim é utilizado na produção de bugigangas de consumo ornamentais, além de ser um ingrediente na fabricação de remédios usados pela tradicional medicina chinesa. A medida ocorre dois anos depois de uma “promessa” em conjunto com os Estados Unidos. Em 2015, o presidente chinês, Xi Jinping, seguido do presidente Barack Obama decidiram proibir o comércio interno de marfim. É o destacado político da quinta geração de líderes da República Popular da China. Assumiu o cargo de Presidente da China no dia 15 de março de 2013, sucedendo Hu Jintao, na principal sessão legislativa do Congresso Nacional Popular. Com a decisão, todas as fábricas de escultura e varejistas de marfim com sede no governo da China poderão fechar. A proibição de marfim dos EUA entrou em vigor em junho de 2016, seguida pela entrada em vigor da China em 31 de dezembro de 2017. 
A China baniu todo o comércio de marfim e de produtos derivados, declarando-o ilegal em todo o país, fechando assim o maior mercado mundial do produto. A medida foi elogiada pelas organizações World Wildlife Fund for Nature (WWF) e a WildAid, que trabalham em prol da conservação da espécie. O impacto social da decisão pode ser especialmente significativo em países como Angola e Moçambique, que nos últimos anos se tornaram destinos de referência na caça ao elefante. Estatisticamente a atividade ilegal, provocou uma diminuição da população de elefantes de 110.000 exemplares em dez anos, chegando a 415.000, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Outrora um símbolo de status social no país, o marfim perde agora valor e passa de forma efetiva à ilegalidade. A proibição abrange também o comércio eletrônico e os suvenires adquiridos no comércio exterior. Tudo o que for apreendido será destruído pelas autoridades. De acordo com o Ministério chinês das Florestas, “de agora em diante, se um comerciante disser que é um ‘vendedor de marfim autorizado pelo Estado’, estará a enganar e a violar intencionalmente a lei”. China está combatendo o contrabando em anos recentes e regulamentou no ano de 2018 uma proibição total do comércio de produtos de marfim. A proibição não inclui o território semiautônomo de Hong Kong, que na era colonial teve grande influência na cultura, muitas vezes descrita  como o lugar onde o “Oriente encontra o Ocidente”, e costumava seguir o sistema do Reino Unido até que reformas foram regulamentadas em 2009, mas é um importante ponto de trânsito para produtos de espécie em perigo e outro contrabando. O centro financeiro trabalha agora para uma proibição total que entraria em vigor em 2021.
A África é o lugar em que a China mais investe. Segundo um porta-voz do Ministério do Exterior chinês, somente no primeiro semestre de 2016, Pequim fechou  245 novos acordos no valor de 50 bilhões de dólares no continente africano. O Império do Meio já superou, há muito, os EUA e as antigas potências coloniais europeias como principal parceiro comercial dos africanos. Fenglan foi declarada culpada, junto a outros dois acusados de origem tanzaniana, identificados como Salivius Matembo e Emanasse Philemon, de liderar uma das maiores redes de contrabando de marfim na África com destino ao continente asiático. Segundo fontes policiais, a condenada vive na Tanzânia desde a década de 1970, e em outubro de 2015, data na qual foi detida, ocupava um alto cargo do Conselho Empresarial China-África da Tanzânia. Fazendo uso de um restaurante chinês como cobertura, Yang estabeleceu uma rede de fornecimento internacional de marfim, transportando toneladas deste material até o pujante mercado de seu país de origem. Junto aos tanzanianos, a contrabandista chinesa chegou a enterrar presas de centenas de elefantes nos jardins de suas duas residências, segundo veículos de imprensa, e inclusive financiou caçadores ilegais que operavam em áreas protegidas. Caça furtiva ou caça predatória é tradicionalmente definida como caça ilegal, morte, ou captura de animais selvagens, associada com direito de propriedade.  
No artigo de Javier Salas: “Turismo africano perde milhões devido à matança de elefantes”, publicado no Jornal El País (03/11/2016), o articulista constata que “o continente africano perdeu 30% dos elefantes que tinha em sete anos de matanças (entre 2007 e 2014) contínuas por parte de caçadores ilegais. O comércio ilegal dos dentes de marfim levou este gigante emblemático ao abismo de sua desaparição, com cerca de 20.000 a 30.000 mortes por ano. Mas não é unicamente um problema de biodiversidade, como evidenciam cada vez mais estudos: o massacre de elefantes está roubando dinheiro do turismo da África, uma de suas mais importantes fontes de receita”. A ilusão está em acreditar, como indica o jornal sobre o estudo realizado por cientistas da Universidade de Vermont e da Universidade de Cambridge, demonstra que a receita perdida pelo turismo supera os custos necessários para combater a caça ilegal no leste, sul e oeste da África. Enquanto as perdas são de 25 milhões de dólares, o investimento necessário para manter as populações situa-se acima dos 26 milhões de dólares anuais. Em outros estudos tinha sido quantificada a importância de manter vivos os elefantes de um ponto de vista econômico, para conscientizar as populações locais: um exemplar vivo vale 76 vezes do que um morto, porque os benefícios derivados de sua preservação chegam a 18.000 euros anuais (64.800 reais), com uma esperança de vida de 70 anos, diante dos 22.000 euros (79.000 reais) do aparente usufruto mediante o lucro ao matá-lo.
Bibliografia geral consultada.

THORNTON, John, A África e os Africanos na Formação do Mundo Atlântico (1400-1800). Rio de Janeiro: Editor Elsevier, 2004; ALMEIDA, Lúcia Fabrini de, A Cabeça do Elefante e Outras Histórias da Mitologia Indiana. São Paulo: Editor Cosac Naify, 2006; BILANGE, Elizabeth Maria Azevedo, Memória de Elefante. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2009; LÚZIO, Jorge Matos Silva, Sagrado Marfim - O Império Português na Índia e as Relações Intracoloniais Goa e Bahia, século XVII: Iconografias, Interfaces e Circulações. Dissertação de Mestrado em História. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2011; THOMPSON, Estevam Costa, “O Atlântico Sul para Além da Miragem de um Espaço Homogêneo (Séculos XV-XIX)”. In: Temporalidades; Vol. 4, n° 2, Ago/Dez 2012; GRANATYR, Jones, Modelo Afetivo de Confiança e Reputação Utilizando Personalidade e Emoção. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Informática. Curitiba: Pontifícia Uiversidade Católica do Paraná, 2017;  LUÍS, João Baptista Gime, O Comércio do Marfim e o Poder nos Territórios do Kongo, Kakongo, Ngoyo e Loango: 1796-1825. Dissertação de Mestrado em História de África. Faculdade de Letras. Universidade de Lisboa, 2016; ZACARIAS, Daniel Augusta, Desafios para a Conservação de Elefantes na África. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução. Instituto de Ciências Biológicas. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2017; ALVES, Rogéria Cristina, “Fascinante Marfim: A Circulação de Objetos em Marfim de Origem Africana (Angola, Portugal e Brasil, século XVIII e XIX)”. In: Revista Ars Historica, nº14, Jan/Jun 2017, pp. 137-156; SANTOS, Vanicléia Silva (Org.), O Marfim no Mundo Moderno: Comércio, Circulação, Fé e Status Social (séculos XI-XIX). Curitiba: Editora Prismas, 2017; FONSECA, Vandré, “Estudos Genéticos Revelam os Maiores Traficantes de Marfim da África”. Disponível em: https://www.oeco.org.br/23/09/2018; LIMA, Nicele Aparecida de, O Estudo Imaginário em Gilbert Durand como Fator de Equilíbrio Humano. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas. Diamantina: Universidade dos Vales do Jequitinhonha e Universidade de Mucuri, 2018; Artigo: “China Confisca Casi Tres Mil Colmillos de Marfil”. In: https://www.elsiglodetorreon.com.24/04/2019BROWN, Wendy, Nas Ruínas do Neoliberalismo: A Ascensão da Política Antidemocrática no Ocidente. 1ª reimpressão. São Paulo: Editora Filosófica Politeia, 2019; entre outros.