quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Amy Winehouse - Voz Jazzista, Crise & Criatividade do Desejo.

Ubiracy de Souza Braga*
 
Amy viveu pouco, mas chegou às profundezas do sentimento amoroso”. Camille Paglia (2011: 78)

               
              O blues britânico representa uma forma derivada do blues norte-americano que se originou na década de 1950 e que alcançou o máximo de popularidade na década de 1960, quando desenvolveu um distinto e influente estilo dominado pela guitarra elétrica. Também deu origem a estrelas internacionais de alguns proponentes do gênero, incluindo The Rolling Stones, Eric Clapton, Fleetwood Mac e Led Zeppelin. Um número destes moveu-se para o mainstream do rock e, como resultado, o blues britânico ajudou a formar muitos subgêneros do rock. O interesse direto no blues no Reino Unido diminui, mas muitos dos artistas-chave retornaram em anos recentes, novos atos emergiram e há um renovado interesse no gênero. O blues estadunidense se tornou conhecido no Reino Unido da década de 1930 em diante através algumas fontes, como gravações levadas ao país, particularmente por negros do exército americano estacionados lá na 2ª guerra mundial e na chamada Guerra Fria, e também através de importações ilegais. O blues era relativamente reconhecido para músicos britânicos de jazz e fãs e presente especialmente nos trabalhos de figuras como as cantoras Ma Rainey e Bessie Smith e os influenciados pelos blues boogie woogie de Jelly Roll Morton e Fats Waller.

Em 1955, a maior parte das gravações britânicas eram realizadas na HMV e EMI, sendo que esta trouxe a sua subsidiária Decca Records, que começou a distribuir o jazz americano, aumentando as gravações de blues para o que era um mercado emergente. Muitos tiveram contato com a música através da mania do skiffle na segunda parte da década de 1950, particularmente pelas canções de Leadbelly, interpretadas por artistas como Lonnie Donegan. Como o skiffle começou a perder popularidade no final dessa década e o rock and roll britânico começou a dominar as paradas, vários músicos foram do skiffle para o blues. Entre esses estava o guitarrista e tocador de gaita Cyril Davies, que fez cuidou do London Skiffle Club (Clube de Skiffle de Londres), que tinha sede na casa pública Roundhouse em Londres, e o também guitarrista Alexis Korner. Ambos trabalharam para o líder de bandas de jazz Chris Barber, tocando no segmento R&B que ele introduziu para o espetáculo. O clube servia como um ponto de encontro para os atos do skiffle britânico e Barber era responsável por trazer músicos americanos de folk e blues, os quais eram muitos melhor pagos e mais conhecidos na Europa do que em sua terra natal. 

O primeiro grande artista foi Big Bill Broonzy, que visitou a Inglaterra na metade da década de 1950, mas que mais comparativamente do que o seu Chicago blues elétrico, tocava um folk blues ajustando-se às expectativas do blues americano como uma forma de música folk. Em 1957, Davies e Korner decidiram que o seu interesse central era o blues e fecharam o clube de skiffle, reabrindo-o um mês depois como The London Blues and Barrelhouse Club. Nesse momento, o blues britânico era tocado imitando o Delta blues e o country, fazendo parte da segunda onda emergente do folk britânico. Criticado ao mudar esse estilo, Muddy Waters, que visitou o país em 1958, inicialmente chocou as audiências britânicas ao tocar um blues elétrico com amplificadores; porém, brevemente já estava tocando para multidões estáticas e em delírio. Davies e Korner, tendo já se separado de Barber, agora tocavam um blues elétrico amplificado que se tornou modelo para o subgênero; eles formaram a banda Blues Incorporated que tornou-se uma casa aberta para músicos de blues no final dos anos 1950 e no início da próxima década. Muitos artistas fizeram parte da banda ou participaram de sessões, tais como Mick Jagger, Charlie Watts e Brian Jones (que depois seriam dos Rolling Stones), Jack Bruce e Ginger Baker (fundadores da Cream), Graham Bond e Long John Baldry.                                                                                         


A casa rotineira de apresentações do grupo era o Marquee Club e daí que veio o nome para o primeiro álbum de blues britânico, R&B from the Marquee, lançado pela Decca. O modelo de blues elétrico serviu de base para várias bandas, como The Rolling Stones, The Animals e The Yardbirds. O auge desse primeiro movimento de blues veio com John Mayall, que se mudou para Londres no início dos anos 1960 e depois formou os Bluesbreakers, cujos membros incluíram Jack Bruce, Aynsley Dunbar e Mick Taylor. Particularmente significativo foi o álbum de 1966 Blues Breakers with Eric Clapton, considerado uma das gravações seminais do blues britânico. O disco foi notável pela sua direção e ritmo e por um som distorcido vindo da guitarra Gibson Les Paul de Clapton e de um amplificador Marshall, os quais se tornaram algo como uma combinação clássica para os guitarristas de blues britânico e depois também para os de rock. Ele também fez clara a supremacia da guitarra, vista como uma característica que distinguia o subgênero. Peter Green começou o que é chamada de “segunda grande época do blues britânico”. Green substituiu Clapton nos Bluesbreakers; Clapton havia saído para formar o Cream. Em 1967, depois de uma gravação com os Bluesbreakers, Green, com Mick Fleetwood e John McVie, também da banda, formaram a Fleetwood Mac. Um fator chave no desenvolvimento da popularidade e da música pelo Reino Unido e pela Europa no começo da década de 1960 foi o sucesso das turnês do American Folk Blues Festival, organizadas pelos produtores alemães Horst Lippmann e Fritz Rau. 

A ascensão do blues elétrico e o seu sucesso no mainstream significaram que o blues acústico britânico estava completamente ofuscado. No começo da década de 1960, Bert Jansch, John Renbourn e particularmente Davy Graham, pioneiros do violão folk (que tocaram e gravaram com Korner), tocaram blues, folk e jazz, desenvolvendo um estilo de tocaram guitarra conhecido como folk baroque. O blues britânico acústico continuou a se desenvolver como parte de uma cena folk, com figuras como Ian Anderson e a sua Country Blues Band, Al Jones e Mike Cooper. Muitos músicos do gênero puderam alcançar um pequeno sucesso comercial, mas, na maioria, encontraram muita dificuldade para ganhar algum reconhecimento pelas suas “imitações” do blues dos EUA. Enquanto a Blues Incorporated e a Mayall's Bluesbreakers eram bem conhecidos nos circuitos de jazz e R&B de Londres, a próxima geração de bandas de blues britânico estavam prontas para ter uma popularidade no mainstream. Os Rolling Stones e os Yardbirds foram beneficiados pelo Beat Boom britânico que começou a romper a barreira do seu a partir de 1962 e que, em 1964, levou essas bandas a encabeçarem a Invasão Britânica.

Além de covers de canções do Chicago Blues, os Stones interpretavam músicas de Chuck Berry, Buddy Holly e Bobby e Shirley Womack. Foi com uma canção destes que a banda teve uma música sua como número um no Reino Unido, em 1964. O blues continuou influenciando a música dos Rolling Stones - o seu lançamento de Little Red Rooster como single levou a canção ao topo das listas do país, em dezembro de 1964 - mas eles não eram somente um grupo de blues. Os Yardbirds tiveram um pouco de sucesso com o single “For Your Love”, baseada em blues e com alguns sons pop, em 1965, o que causou a saída de Eric Clapton da banda. Como no caso dos Stone, o blues continuou sendo a maior influência entre muitas outras nos Yardbirds, mesmo com diferentes formações, que incluíram Jeff Beck e Jimmy Page. A outra banda que teve um impacto similar nesse período foi a The Animals, que tinha um som dominado pelos teclados de Alan Price, não muito usual à época, e uma das poucas vozes que podiam rivalizar com os cantores de blues americano pelo impacto, com Eric Burdon nos vocais. Eles se mudaram para Londres em 1964 e lançaram uma série de singles de sucesso, com “House of the Rising Sun”, misturando folk e soul comerciais e seus álbuns eram dominados por um padrão de blues. 

Em contraste, a próxima onda de bandas, formadas por volta de 1967, como Cream, Fleetwood Mac, Ten Years After e Free, perseguiu uma rota diferente, mantendo um padrão de blues no seu repertório e produzindo um material original que sempre evitava óbvias influências pop, colocando ênfase na virtuosidade individual. O resultado foi caracterizado como Blues-rock e indiscutivelmente marcado como a separação do pop e do rock, que foi a característica da indústria de gravadoras por várias décadas. A Fleetwood Mac é frequentemente considerada por ter produzido alguns os melhores trabalhos do subgênero, com interpretações originais de Chicago Blues. Eles foram também o grupo mais bem-sucedido comercialmente, com seu homônimo álbum de estreia, atingindo o top 5 dos Reino Unido no começo de 1968 e atingindo o número um em 1979 com o single instrumental “Albatross”. Isso foi, como Scott Schinder e Andy Schwartz colocaram, “o apogeu do boom do blues britânico”. Um rápido declínio se seguiu, com as bandas e os músicos sobreviventes tendendo a se mover para outras áreas em expansão do rock. Alguns, como Korner e Mayall, continuaram a tocar uma "pura" forma de blues, mas muito longe das notícias do mainstream. A estrutura dos clubes, pontos de encontro e festivais que tinham crescido no início da década de 1950 virtualmente desapareceram nos anos 1970.

           No decorrer do ano de 2006, as rádios do mundo ocidental tocavam exaustivamente as músicas da cantora Amy Jade Winehouse que apresentava uma voz forte, letras intrigantes e uma mistura de blues e soul music de qualidade que há tempos não se ouvia desde os idos de Janis Joplin à la Eric Clapton, por exemplo. Em termos fashion Karl Largerfeld inspirou-se nela para a coleção pré-inverno 2009 da Chanel.No que se refere à estética do corpo, o que se pode ver, hoje, é que as mulheres estão deixando de visar à sua saúde em função da forma física. Muitas mulheres estão mais preocupadas com a aparência (ser bela e jovem), e muito pouco com a saúde, como se essa fosse fundamental para serem vistas com bons olhos nos diferentes grupos sociais em que vivem. Na maioria das sociedades modernas, pode-se caracterizar a beleza corporal como sendo um fato social, pois há, notoriamente, uma busca coletiva por um corpo belo, embora haja diferentes construções desse corpo. A cantora ganhou o mundo ocidental com sua música que, em sua completude estética e artística, com vestidos “retrôs” que deixavam parte da langerie à mostra, cintos enormes e sapatilha de ballet, mas não só interpretava, o que não é pouco, sociologicamente, como também compunha letras com uma impressionante capacidade vocal e estilo eternizado que veiculam “atitudes anti-intelectuais”. Foi assim que curiosamente a cantora britânica virou referência na moda.
              A moda é um lugar de observação privilegiado para ver “funcionar o social” (cf. Lipovetsky, 1989). É apaixonante e cruel, porque se descobrem coisas que estão na moda em um ano e, no ano seguinte, têm de se renovar para alcançarem uma nova moda. Por outro lado, a moda não é favorável ao mito, porque é demasiado rápida. O mito precisa se instalar, adquirir peso social, criar tradições, por isso Amy Winehouse virou mito, já que não vivemos a aceleração da história, mas a aceleração da “pequena história”. Nosso sujeito se angustia por um mais além da própria angústia, que poderia levá-lo a submergir para além das palavras, que ele não pode nomear, que tomaríamos como o lugar de um gozo que é estranho ao sujeito. Percebemos então dois tempos distintos na constituição desse mal estar: um primeiro que remete a uma ausência de objeto, a um medo diante de uma situação que se configura como perigosa nessa dimensão do desconhecido e estranho; o “Unheimlich” freudiano, que aponta e revela a proximidade da “Coisa”, como lugar de ex-sistência, fora dos domínios do sujeito. É, portanto, precisamente com a crise do desejo que podemos encontrar mitos, porque é fixo, imóvel, agressivo, como fora o mito de esquerda, os ecos da ecologia para salvar a nossa casa, o planeta Terra, a questão tópica do aborto, ou as lutas intermináveis contra o racismo. O mal-estar e a crise contemporânea que ocorre na civilização de que falava Freud, é talvez uma crise do desejo.
             O fenômeno histórico que aparenta revelar-se desse modo, há cinquenta anos, é o problema da “gregaridade” – é uma palavra nietzschiana. Os marginais multiplicam-se, reúnem-se, tornam-se rebanhos, pequenos é certo, ou rebanhos de qualquer maneira. Para Roland Barthes “a história atual é o desvio em direção à gregaridade: os regionalismos, por exemplo, são pequenas gregaridades que tentam reconstituir-se. Acredito agora que a única marginalidade verdadeiramente consequente é o individualismo. Mas há que se retomar esta noção de uma forma nova”.  Além disso, a modernidade, dizia Barthes em Le plaisir du texte (1973), faz um esforço incessante para ultrapassar a troca: ela quer resistir ao mercado das obras (excluindo-se da comunicação massiva), ao signo (pela isenção do sentido pela loucura), à boa sexualidade (pela perversão, que subtrai a fruição à finalidade da reprodução).  E, no entanto, não há nada a fazer: a troca recupera tudo, aclimatando o que parece negá-la: apreende o texto, coloca-o no circuito das despesas inúteis, mas legais: ei-lo e novo metido numa economia coletiva; é a própria inutilidade do texto que útil, a título de potlach. Em outras palavras: “a sociedade vive sobre o modo da clivagem: aqui, um texto, sublime, desinteressado, ali um objeto mercantil cujo valor é... a gratuidade desse objeto. Mas a sociedade não tem a menor ideia do que seja essa clivagem: ela ignora sua própria perversão: As duas partes em litígio tem o seu quinhão: a pulsão tem direito à sua satisfação, a realidade recebe o respeito que lhe é devido. Mas [acrescenta Freud] nada há de gratuito exceto a morte, como todo mundo sabe. Para o texto, a única coisa gratuita seria a sua própria destruição: não escrever, não mais escrever, salvo do risco de ser sempre recuperado”. 
            A psicossociologia tem como representação abstrata do indivíduo o estudo de problemas comuns à psicologia e à sociologia, particularmente a maneira como o comportamento individual é influenciado pelos grupos aos quais a pessoa pertence. Por exemplo, no estudo dos criminosos a psicologia estuda a personalidade latente do criminoso moldada pela educação do criminoso. A sociologia estuda o comportamento teórico e prático do próprio grupo num processo de interação em geral: os métodos que o grupo criminoso usa para recrutar membros e a maneira como o grupo muda ao longo do tempo. Psicossociologia estuda o comportamento do criminoso, que é criado pelo grupo ao qual pertence, como os jovens que moram no mesmo quarteirão do bairro. Existem muitos fatores sociais que podem afetar a psicologia dos outros. Um exemplo disso são as chamadas panelinhas sociais. Se alguém é aceito em seu grupo desejado ou não, isso muda a maneira como eles pensam sobre si mesmos e as pessoas ao seu redor. Amizades em idades jovens enquanto crescem têm muito a ver não apenas com o desenvolvimento psicológico, mas também com habilidades sociais e comportamento social.

          O mesmo vale para as leis comuns na sociedade. Se o grupo de um indivíduo decide obedecer por eles ou não, isso afeta a visão desse indivíduo sobre a lei e seu grupo como um todo. A maneira como as pessoas podem agir ou falar dita a maneira como os outros as veem em uma sociedade. Por exemplo, os indivíduos podem ver a autoridade de muitas maneiras diferentes, dependendo de suas experiências e do que os outros lhes disseram. Por isso, com base no conhecimento social de autoridade das pessoas, suas opiniões e ideias são muito diferentes.  Cada indivíduo tem seu próprio processo de pensamento psicológico único e pessoal no qual eles usam para analisar o mundo ao seu redor. As pessoas internalizam e processam fatores sociológicos de maneira relativa ao seu processo de pensamento psicológico. Essa relação é recíproca, pois a sociedade pode alterar e transformar as maneiras que as pessoas pensam e, ao mesmo tempo, a sociedade pode ser influenciada pelo pensamento psicológico exteriorizado dos indivíduos dentro da própria sociedade. Devido a isso, pode-se ver como a psicologia é fundamental para ajudar o sociólogo a compreender e interpretar os efeitos generalizados dos fatos sociais no comportamento de um indivíduo numa sociedade determinada.

            Na verdade, inicialmente, a classe médica em geral acaba por marginalizar as ideias de Freud; seu único confidente durante esta época é o médico Wilhelm Fliess. Depois que o pai de Freud falece, em outubro de 1896, segundo as cartas recebidas por Fliess, Freud, naquele período, dedica-se a anotar e analisar seus próprios sonhos, remetendo-os à sua própria infância e, no processo, determinando as raízes de suas próprias neuroses. Tais anotações tornam-se a fonte etnográfica para a obra "A Interpretação dos Sonhos". Durante o curso desta autoanálise, Freud chega à conclusão de que seus próprios problemas eram devidos a uma atração por sua mãe e a uma hostilidade em relação a seu pai. É o que constitui o famoso “complexo de Édipo”, que se torna o "coração", por assim dizer, da teoria de Freud sobre a origem da neurose em todos os seus pacientes investigados. Nos primeiros anos do século XX, são publicadas suas obras em que contém suas teses principais: “A Interpretação dos Sonhos” e “A psicopatologia da vida cotidiana”. Nesta época, Freud já não mantinha mais contato nem com Josef Breuer, nem com Wilhelm Fliess. No início, as tiragens das obras não animavam Freud, mas logo entre os médicos de vários lugares: Eugen Bleuler, Carl Jung, Karl Abrahams, Ernest Jones, Sandor Ferenczi, demostram respaldo às suas ideias e passam a compor o Movimento Psicanalítico. 

                                 

Por sua vida inteira, Freud teve uma posição financeira modesta, como Marx ou  Nietzsche. Josef Breuer foi, no início, um aliado de Freud em suas ideias e também um aliado com patrocínio financeiro. Freud criou o termo “psicanálise” para designar um método, uma teoria e uma técnica para investigar cientificamente os processos inconscientes e de outro modo inacessíveis do psiquismo. Foi com o decorrer das discussões de casos clínicos com Breuer que surgiram as ideias que culminaram com a publicação dos primeiros artigos sobre a psicanálise. O primeiro caso clínico relatado deve-se a Breuer e descreve o tratamento dado sua paciente Bertha Pappenheim, chamada de “Anna O”, no livro e posteriormente no cinema, que demonstrava vários sintomas clássicos de histeria. O método de tratamento consistia na chamada “cura pela fala”, ou “cura catártica”, na qual o ou a paciente discute sobre as suas associações com cada sintoma e, com isso, os faz desaparecer. Esta técnica tornou-se o centro das técnicas de Freud, que também acreditava que as memórias ocultas ou “reprimidas” nas quais se baseavam os sintomas de histeria eram sempre de natureza sexual. Breuer não concordava com Freud, o que levou à separação de ideias após a publicação dos casos clínicos. 

          Pelo menos desde 1899, com a publicação do conspícuo ensaio A Interpretação dos Sonhos, o austríaco Sigmund Freud se transformou num dos pensadores mais polêmicos da história social e, portanto, clínica. Desacreditada inicialmente, a psicanálise, o método e a técnica por ele concebido para o tratamento dos problemas psíquicos e a compreensão da mente humana, chegou a ser considerada a última palavra da ciência sobre a questão. Há quem despreze (e não são poucos) essas novas posições psicológicas e clínicas e defenda apaixonadamente as teorias de Freud cuja essência considera-se correta e aparentemente inquestionável. Mais importante do que essa discussão é descrever os fundamentos da doutrina psicanalítica e apresentar as principais contribuições que ela refez à ciência, à filosofia, à antropologia e à sociologia em seu surgimento. A psicanálise interpreta as manifestações da psique, as tendências sexuais (ou libido), e as fórmulas morais e limitações condicionantes do indivíduo. São dois os fundamentos da teoria psicanalítica: 1) Os processos psíquicos são em sua imensa maioria inconscientes, a consciência não é mais do que uma fração de nossa vida psíquica total; 2) os processos psíquicos inconscientes são dominados por nossas tendências sexuais reprodutivas. Freud pretendeu descrever a vida humana per se pessoal e individual, mas também pública e social, recorrendo a essas tendências sexuais a que chamou de libido.

Com esse termo, o pai da psicanálise designou a “energia sexual” de maneira mais geral e indeterminada. Assim, por exemplo, em suas primeiras manifestações sociais, a libido liga-se as funções vitais: no bebê que mama, o ato de sugar o seio materno provoca outro prazer além do de obter alimento e esse prazer passa a ser buscado por si mesmo. Na abordagem psicanalítica fundada por Sigmund Freud, o indivíduo se constitui como um ente à parte do social e que compõe o nível de análise social. Freud refere-se aos aspectos que compõem um estado instintivo humano e que acaba por se tornar inibido em prol da convivência em comunidade. A inibição destes aspectos, que são instintivos, consiste numa privação de características que são inatas aos homens, e, esta própria privação, acaba por consistir em determinados descontentamentos. Neste sentido, os homens em civilização ou civilizados demonstram-se descontentes na busca de sua felicidade, pois seus instintos não são prontamente atendidos em sociedade. No seu ensaio: “O mal-estar da civilização”, Freud elabora uma discussão filosófico-social a partir de sua teoria psicanalítica. O autor desenvolve a ideia pragmática segundo a qual, em sociedade, “não há avanço sem perdas”. A ideia central que desenvolve nesta obra é a de que a civilização é inimiga da satisfação dos instintos humanos. 

A sociedade modifica a natureza humana individual, constitui o homem como membro da comunidade, adaptando-o a um processo vital que torna o indivíduo um ente social. Além disso, não queremos perder de vista, antropologicamente falando, que para ordenar seu mundo mítico, Lévi-Strauss (1989) vai buscar, no fundo de sua infância, por influ~encia da psicologia, um personagem mágico que, não por acaso, confunde-se com a imagem paterna. O pensamento selvagem, diz ele, é semelhante a um bricoleur, e isto é importante, na medida de um demiurgo plasmado num mundo onde tudo são cacos e ruínas, exigindo que sejam reordenadas e classificadas. Não se trata de um deus que cria o mundo a partir do nada. Ele apenas o organiza, trabalhando sobre uma matéria preexistente. Diferentemente do demiurgo grego, que cria o mundo sensível a partir da Ideia, o demiurgo lévistraussiano opera no sentido exatamente contrário: reintegra, no mundo das ideias em que se encastelaram as ciências humanas, a experiência sensível. O mito, vivido como experiência íntima, não tem necessariamente sentido, mas tem som, cheiro, cor, sabor. E pele. Daí concordarmos in partibus infidelium que,

Amy viveu pouco, mas chegou às profundezas do sentimento amoroso. Seu legado é mais consistente que a reles imagem do ídolo transgressor. Ela se revelou fundamental na reabilitação da arte vocal na música pop e no revival do gênero soul. Sua voz marcou a primeira década do século XXI. Na contracorrente das estrelas pop como Beyoncé e Lady Gaga, ela se mostrou retrô, vintage, tanto no comportamento audestrutivo como na música. No início do novo milênio, Amy preferiu cantar e viver para o passado – virando pelo avesso, uma genuína inovação” (cf. Paglia, 2011: 82).
Em “You Know I`m No Good”, Amy Winehouse, diz repetidas vezes:Eu disse que era problema / Você sabe que eu não sou boa” (“I told you I was trouble/You know that I'm no good”). “Yeah, você sabe que eu não sou boa”. E seguindo a trilha aberta por Barthes há precisamente nestes “fragmentos do discurso amoroso”, de um discurso amoroso, uma figura que tem um nome grego, o adjetivo que se aplica a Sócrates. Diz Nietzsche, que uma chave para compreender o ser de Sócrates nos é oferecida pelo estranho fenômeno chamado “demônio de Sócrates”. Melhor dizendo,
em certas circunstâncias, quando a extraordinária lucidez de sua inteligência parecia abandoná-lo, uma voz divina se fazia ouvir e lhe prestava nova segurança. Quando fala, essa voz sempre dissuade. Nessa natureza totalmente anormal, a sabedoria instintiva só intervém para entravar, combater o entendimento consciente. Enquanto que, em todos os criadores, o instinto é precisamente a força positiva, criadora e a razão consciente é uma função crítica, desencorajadora, em Sócrates, o instinto se revela crítico e a razão é criadora – verdadeira monstruosidade per defectum. E, com efeito, constatamos aqui verificamos um monstruoso defeito de toda disposição natural ao misticismo, de modo que Sócrates poderia ser considerado como o não-místico específico no qual, em virtude de uma particular estupefação, o espírito lógico se teria desenvolvido de uma forma tão desmesurada como é, no místico, a sabedoria instintiva” (cf. Nietzsche, 2008: 97).
Dizia-se ainda que Sócrates era atopos, quer dizer “sem lugar”, inclassificável. É um adjetivo que relacionamos, sobretudo ao objeto amado, tanto mais que, enquanto sujeito apaixonado simulado no livro, não saberia me reconhecer como atopos mas, ao contrário, como uma pessoa banal cujo dossiê é bastante conhecido. Ou seja,
sem tomar partido quanto ao fato de ser inclassificável, devo reconhecer que sempre trabalhei por repentes, por fases, e que há uma espécie de motor, que expliquei um pouco em R. B., que é o paradoxo. Quando um conjunto de posições parecem reificar-se, constituir uma situação social pouco precisa, então efetivamente, por mim mesmo sem o pensar, sinto o desejo de ir em outra direção. E é nisso que eu poderia me reconhecer como um intelectual; a função do intelectual sendo ir sempre em outra direção quando ´as coisas pegam`” (cf. Barthes, 1995: 307-308).
Há pouco mais de passados um século Sigmund Freud desandou de vez o “caldo” ao descobrir o inconsciente e, com isso, afirmar que não somos exatamente aquilo que pensamos. Com o espelho do Narciso arranhado, tomou-se consciência de que tudo poderia ser motivo de dúvida. Na insegurança e desorientação das massas, o capitalismo globalizado fez sua mágica. Além do coelho, tirou da cartola casas, carros, videogames, roupas e tudo o mais para nos desviar o foco das angústias. Porém, isso tudo não passa de uma forma de abstração. Quando alguém fala que está em crise existencial, precisa descobrir qual o seu motivo, pois não há um sintoma nomeado como “crise existencial”, existe sim castrações de desejo no sujeito que o angustiam. Ipso facto, muitas pessoas sentem dificuldade ao tentar definir a razão de estarem insatisfeitas com a vida. O importante é entender que a crise existencial diz respeito à defesa do sujeito contra seu próprio desejo. Entre solidão, aceitação sexual e problema familiar, a crise existencial nada mais é que um diálogo interno, sua autocrítica em comparação e relação a si mesmo e ao outro, esmagado pelas duas grandes estruturas psíquicas que mais retiveram a atenção da modernidade, a saber, a neurose e a psicose, o sujeito imaginário é um “parente pobre”. Mas dessas estruturas porque nunca é nem inteiramente psicótico, nem inteiramente neurótico, como ocorreu de forma exemplar com o psicopata islamofóbico e autor do duplo atentado na Noruega, Anders Behring Breivik, 32 anos, que qualificou seu ato de “cruel, mas necessário”.
Amy Jade Winehouse (1983-2011) fora uma cantora e compositora britânica. Ingressou na carreira musical em 2003, lançando seu primeiro single, Stronger Than Me. A canção alcançou a 71ª posição na UK Singles Chart. O single foi produzido para promover seu primeiro álbum de estúdio, Frank, lançado em 20 de outubro de 2003. Seu segundo single, Take the Box, foi lançado em 12 de janeiro de 2004 e alcançou boas posições nas tabelas musicais, assim como In My Bed, terceiro single da cantora. Meses depois, lançou seu quarto single, intitulado You Sent Me Flying, ficando em 60º lugar na UK Singles Chart. Para assim terminar seus trabalhos com o álbum Frank, Winehouse lançou mais dois singles: Pumps e Help Yourself  que debutaram a 65ª posição na UK Singles Chart.
Após idas e boas-vindas na carreira, Amy lançou seu segundo álbum de estúdio, intitulado Back to Black. O álbum foi lançado em 6 de outubro de 2006, ficando em 2º lugar na especializada revista Billboard (que comprávamos ali na rua Barata Ribeiro em Copacabana) e em 1º na UK Albums Chart. Em 2008, Amy enfrentou sérios problemas com a saúde e a polícia. Foi vista em um vídeo, no site do jornal sensacionalista britânico The Sun, usando crack, em janeiro de 2008, e três dias depois “foi internada numa clínica onde ficou vigiada vinte e quatro horas por dia”. Também em 2008, foi presa duas vezes por agressão e dirigir bêbada. Em 2009, se separou de Blake, iniciando um romance com o diretor Reg Traviss. E, em 2010, Winehouse voltou ao tratamento clínico e se afastou temporariamente da música. Quase onze meses depois, em 23 de julho de 2011, Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa em Londres. A cerimônia fúnebre ocorreu no dia 26 de julho de 2011, uma terça-feira, em Londres, seguindo os preceitos da religião judaica. O corpo de Amy foi cremado.
A autópsia do corpo de Amy Winehouse foi inconclusiva e a polícia espera o resultado de novos exames toxicológicos para determinar a causa da morte, mas a família da cantora já possui uma teoria para a tragédia: “Amy morreu porque largou a bebida”. Segundo o tabloide The Sun, uma fonte próxima da família disse que Amy ignorou a recomendação de seu médico para que largasse a bebida aos poucos. Uma amante se larga aos poucos, não uma bebida. A abstinência teria causado efeitos nocivos no corpo frágil da cantora de 1,59 metros de altura. Seu pai, Mitch Winehouse, revelou na terça-feira (26), após o funeral no norte de Londres, que Amy estava há três semanas sem beber. “Pai, não estou aguentando, não quero mais encarar você e todos da família deste jeito”, teria dito a cantora sobre sua intenção de largar o vício. Segundo o jornal britânico Daily Telegraph, na noite de sexta-feira (22) o médico de Amy Winehouse visitou a casa da cantora e saiu “sem preocupações com o estado de saúde dela”. 
A polícia de Londres também revelou que nenhuma droga foi encontrada na casa, só aparelhos domésticos, televisão, jornais e revistas britânicas. Winehouse passava por acompanhamento médico devido a seu conhecido vício em entorpecentes. No dia 30 de maio de 2008, Amy Winehouse deu o seu primeiro concerto em Portugal, no Rock in Rio Lisboa. Aparentemente, Amy entrou em palco bêbada, apresentou-se com um hematoma no pescoço e uma ligadura na mão que a impedia de segurar o microfone. Encontrava-se rouca, pelo que o concerto deixou um pouco a desejar. Esse concerto foi motivo de notícia nos mais diversos meios de comunicação. A cantora inglesa pediu desculpas pelo seu atraso de 40 minutos (o que fez com que o alinhamento fosse encurtado para não atrasar o espetáculo de Lenny Kravitz) e ainda admitiu que “deveria ter cancelado o concerto devido ao mau estado da sua voz”. Nesse mesmo concerto, Amy quase chorou quando cantou Love is a losing game e depois disse que recentemente tinha completado um ano de casamento com o seu então marido, Blake, que iria sair da prisão dentro de semanas. No seu grande e singular cabelo, Amy tinha “um coração com o nome dele”. Durante a música Wake Up Alone, a cantora quase caiu.
A sua presença naquele concerto era uma incógnita até o momento em que aparecesse em palco e o “fato de ter aparecido já foi um ponto positivo para muitos fãs e para um recinto de quase 100 mil pessoas completamente esgotado”. Tony Blair se masturbaria se algum dia tivesse um público desses como político. Acompanhada de seis músicos e dois vocalistas, Amy demorou 50 minutos para interpretar mais dez temas retirados dos seus dois álbuns, Frank, Back to Black, mas não na sequência anteriormente prevista. Semanas antes desse concerto, Amy foi presa duas vezes e foi vista com arranhões. Na última audiência do ex-marido, Amy exaltou-se no tribunal e foi expulsa do edifício, pois não parava de gritar dentro da sala. Várias fotografias de Amy com Blake foram parar na rede mundial de computadores - Internet. Numa dessas, com a sua irreverência, “ela aparece em poses sensuais, com o seu seio exposto e com comprimidos na língua”. Apareceram dois vídeos: um em que Amy canta uma música racista e outro em que ela está com Pete Doherty, brincando com ratinhos recém-nascidos.

Depois ela gentilmente pediu desculpas pelo vídeo em que canta a música racista. Amy Winehouse passou algum tempo num hospital, internada pelo pai, depois de ter desmaiado em casa quando ia dar autógrafos a fãs que a esperavam à porta de sua casa. Os médicos fizeram testes de tuberculose, que deram negativo, e disseram que Amy estava com sinais de algo que podia levar a um enfisema pulmonar. Foi feito um ultimato à cantora: - “se não deixasse as drogas, ela iria perder a voz e morrer rapidamente”. Amy foi liberada para sair do hospital na última semana de junho para ensaiar, pois iria fazer shows que já estavam marcados previamente muito antes da inesperada internação.
Tudo isso seria feito com acompanhamento médico e depois dos shows ela retornaria ao hospital para continuar seu tratamento. Amy Winehouse, logo depois de sair do hospital para ir ensaiar, já foi encontrada fumando e comprando whisky, vodka e figurinhas do Euro 2008 para o ex-marido, com quem teria reatado. No dia 29 de maio, a cantora inglesa apresentou-se no Festival de Glastonbury, onde cantou durante uma hora. Dessa vez, a cantora aproximou-se muito dos fãs, quando um deles jogou um objeto que bateu em sua cabeça, o que fez com que Amy tivesse uma reação agressiva, tentando dar socos no fã. Amy Winehouse há pouco tempo sofreu uma overdose e alguns especialistas disseram que ela estaria pesando 45 quilos, o que não seria normal para uma pessoa que pesava 50 kg em sua perfeita forma física e mental. Surpreendeu a muitos ao declarar que sonhava em ter filhos e ser feliz em um lugar que, segundo ela, estaria longe do cotidiano em que vivia. Um detalhe chamou muito a atenção na morte de Amy - a cantora tinha 27 anos. A mesma idade que morreram Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e Kurt Cobain. Todos grandes ídolos da música, pois a arte é universal, como ficara claro com os eventos de Woodstock - Tree DaysLembra-nos João Pereira Coutinho (2011) que “morreu Amy Winehouse e os moralistas de serviço já começaram a aparecer. Como abutres que são”. 
Não há artigo, reportagem ou mero obituário que não fale de Winehouse com condescendência e piedade. Alguns, com tom professoral, falam dos riscos do álcool e da droga e dão o salto lógico, ou ilógico, para certas políticas públicas. Amy Winehouse é, consoante o gosto, um argumento a favor da criminalização das drogas; ou, então, um argumento a favor de uma legalização controlada, com o drogado a ser visto como doente e encaminhado para a clínica respetiva. Para ele, o sermão é hipócrita e, além disso, abusivo. Começa por ser hipócrita porque este tom de lamentação e responsabilidade não existia quando Amy Winehouse estava viva e, digamos, ativa. Pelo contrário: quanto mais decadente, melhor; quanto mais drogada, melhor; quanto mais alcoolizada, melhor. Não havia jornal ou televisão que, confrontado com as imagens conhecidas de Winehouse em versão zoombie, não derramasse admiração pela ‘rebeldia’ de Amy, disposta a viver até o limite. Amy não era, como se lê agora, “uma pobre alma afogada em drogas e bebida”. Era alguém que criava as suas próprias regras, mostrando o dedo, ou coisa pior, para as decadentes instituições burguesas que a tentavam “civilizar”. E quando o pai da cantora veio a público implorar para que parassem de comprar os seus discos – raciocínio do homem: era o excesso de dinheiro que alimentava o excesso de vícios – toda a gente riu e o circo seguiu em frente. Os moralistas de hoje são os mesmos que riram do moralista de ontem. 
O que Coutinho critica é o tom é abusivo “porque questiono, sinceramente, se deve a sociedade impor limites à autodestruição de um ser humano. A pergunta é velha e John Stuart Mill, um dos grandes filósofos liberais do século XIX, respondeu a ela de forma inultrapassável: - se não há dano para terceiros, o indivíduo deve ser soberano nas suas ações e na consequência das suas ações. Bem dito. Mas não é preciso perder tempo com filosofias. Melhor ler as letras das canções de Amy Winehouse, onde está todo um programa: uma autodestruição consciente, que não tolera paternalismos de qualquer espécie”. E de forma pragmática e corajosa, ratifica a tese concludente sobre a tragédia: - “Moralizar o cadáver de Amy Winehouse? Não contem comigo, abutres”. Criticando a produção musical de seu tempo, Amy Winehouse chega a dizer, em outra entrevista, que começara a compor “para se desafiar” e achava graça quando comparada com outros artistas de seu tempo, como Dido. Assim, vemos que muitas vezes os jornalistas ficavam aquém de sua figura intensa, dotada de uma sagacidade toda própria e também um pouco de arrogância naturalizada pelas investidas da mídia. Entediada diante da fama, cansada do aprisionamento dos contratos profissionais e de fãs cada vez mais agressivos e totalmente insolidário com seus problemas, Amy encontrou diversão e companhia ao lado de Blake Fielder-Civil, ex-assistente de vídeo com quem casou-se em Miami. Blake, também encontrou o crack e a heroína, que somados ao alcoolismo e uma crônica bulimia resultaram numa parada cardíaca fatal, em julho de 2011. 
Bibliografia geral consultada.

MIQUEL, André; KEMP, Percy, Majnûn et Laylâ - L`Amour Fou. Paris: La Bibliothèque Árabe: Editeur Sinbad, 1984; COLEMAN, Ray, Clapton! New York: Warner Brooks, 1985; CHAPPLE, Steve e GAROFALO, Reebee, Rock e Indústria. História e Política da Indústria Musical. Lisboa: Editor Caminho, 1989; LIPOVETSKY, Gilles, O Império do Efêmero. A Moda e seu Destino nas Sociedades Modernas. Rio de Janeiro: Editora Companhia das Letras, 1989; LÉVI-STRAUSS, Claude, Mito e Significado. Lisboa: Edições 70, 1989; HURTADO, Jorge Gumucio, Cocaine, The Legend: About Coca and Cocaine. La Paz: International Coca Research Institute, 1995; PAGLIA, Camille, Vampes & Vadias. 1ª edição. Rio de Janeiro: Editora Francisco alves, 1996; SODRÉ, Muniz, La Città e il Tempi. Roma: Edizioni Settimo Sigillo, 1998; MATTELART, Armand, Histoire de l´Utopie Planetaire – De la Cite Prophétique à la Société Globale. Paris: Éditions La Découverte, 1999; WERNECK, Mariza, Mito e Experiência: Operadores Estéticos de Claude Lévi-Strauss. Tese de Doutorado. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2002; PERRAULT, David, Eric Clapton: La Vie en Blues. Paris: Editeur Castor Astral, 2003; NEGUS, Keith, Géneros Musicales y la Cultura de las Multinacionales. Barcelona: Ediciones Paidós, 2005; NUNES, Eliane Lima Guerra, Adolescência e Corpo: A Prostituição e o Abuso de Droga como Sintoma. Tese de Doutorado. Faculdade de Medicina. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2008; Artigo: “Amy Winehouse e o Mito do Artista Autodestrutivo”. Depoimentos de Camille Paglia e outros. Disponível em: Revista Época - Arte. Edição 689. 1º de agosto de 2011, pp. 76 e ss.; Artigo: “Amy Winehouse, João Pereira Coutinho, Os Abutres e por que Adele deve Continuar a Comer Batatas”. In: Blog Reinaldo Azevedo, em 25 de julho de 2011; TAVARES, Leandro Anselmo Todesqui, Psicanálise e Musicalidade(s): Sublimação, Invocações e Laços Sociais. Tese de Doutorado. Assis: Faculdade de Ciências e Letras de Assis. Universidade Estadual Paulista, 2014; Artigo: “Amy (2015): documentário sobre a artista para além da celebridade”. In: https://cinemacomrapadura.com.br/2015; SOUZA, Taciana Santos de, A Economia das Drogas em uma Abordagem Heterodoxa. Dissertação de Mestrado. Instituto de Economia. Universidade Estadual de Campinas, 2015; entre outros.

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* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes. São Paulo: Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará (UECE). 

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