quinta-feira, 4 de junho de 2015

Jesus Cristo Superstar – Dialética, Cinema & Verbo Encarnado.

Ubiracy de Souza Braga*
  
É preciso conhecer bem, ler, meditar e assimilar a Bíblia”. Papa Francisco


Francisco, S.J., nascido Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, é o 266º Papa da Igreja Católica e atual Chefe de Estado da Cidade Estado do Vaticano, sucedendo ao Papa Bento XVI, que abdicou ao papado em 28 de fevereiro de 2013. É o primeiro papa nascido na América Latina, o primeiro pontífice do hemisfério Sul, o primeiro papa a utilizar o nome de Francisco, o primeiro pontífice não europeu em mais de 1 200 anos, pois o último havia sido o sírio Gregório III, morto em 741 e o primeiro papa jesuíta da história. Tornou-se arcebispo de Buenos Aires em 28 de fevereiro de 1998 e foi elevado ao cardinalato em 21 de fevereiro de 2001 na véspera da festa da Cátedra de São Pedro, com o título de Cardeal-presbítero de São Roberto Belarmino, pelo Santo Padre São João Paulo II. Foi eleito papa em 13 de março de 2013. Na sua vida pública, o Papa Francisco se destacou por sua humildade, ênfase na misericórdia de Deus, visibilidade internacional como papa, preocupação com os pobres e compromisso com o diálogo inter-religioso. Ele é creditado por ter uma abordagem menos formal ao papado do que seus antecessores, por exemplo, escolhendo residir na casa de hóspedes Domus Sanctae Marthae, em vez de nos aposentos papais do Palácio Apostólico usados por papas anteriores. Ele sustenta que a Igreja deve ser mais aberta e acolhedora. Ele não apoia o capitalismo desenfreado, o marxismo ou as versões marxistas da teologia da libertação. Francisco mantém as visões tradicionais da Igreja em relação ao aborto, casamento, ordenação de mulheres e celibato clerical. Ele se opõe ao consumismo e apoia a ação sobre as mudanças climáticas, foco de seu papado com a promulgação de Laudato si. Na diplomacia internacional, ele ajudou a restaurar temporariamente as relações diplomáticas completas entre os Estados Unidos e Cuba e apoiou a causa dos refugiados durante as crises migratórias da Europa e da América Central.

A maior parte dos acadêmicos no mundo ocidental concorda que Jesus foi um judeu da Galileia, nascido por volta do início do primeiro século, e que morreu entre os anos 30 e 36 d.C.  na Judeia o consenso acadêmico é que Jesus foi contemporâneo de João Batista e foi crucificado por ordem do governador romano Pôncio Pilatos, que governou entre 26 e 36 d.C. Foi governador ou prefeito (Praefectis) da província Roma da Judeia nestes anos. Na tradição cristã, é conhecido por ter sido o juiz que não interveio contra os fariseus na condenação de Jesus Cristo a morrer na cruz. Grande parte dos acadêmicos sustentam que Jesus viveu na Galileia e na Judeia e que não pregou ou estudou em qualquer outro local. Os evangelhos oferecem diversos sinais no que diz respeito ao ano de nascimento de Jesus. Mateus 2:1 associa o nascimento de Jesus ao reinado de Herodes, o Grande, que morreu cerca de 4 a.C., enquanto que Lucas 1:5 menciona que Herodes reinava pouco antes do nascimento de Jesus, embora este evangelho também associe o nascimento com o censo de Quirino, que decorreu dez anos mais tarde, declara que Jesus tinha cerca de 30 anos de idade no início do seu ministério; ministério esse que, de acordo com Atos 10:37, foi precedido pelo ministério de João, que Lucas 3:1 afirma ter começado no 15º ano do reinado de Tibério (28 ou 29 d.C.). Ao comparar os relatos do evangelho com dados históricos e usando outros métodos, a maior parte  concorda com a data de nascimento de Jesus entre 6 e 4 a.C. Os anos do ministério de Jesus foram estimados usando diversas abordagens.

Uma delas aplica as referências em Lucas 3:1, Atos 10:37 e as datas do reinado de Tibério, que são conhecidas com precisão, para determinar a data de início em 28-29 d.C. Outra abordagem usa a declaração em João 2:13-20, que afirma que no início do ministério de Jesus o Templo de Jerusalém se encontrava no seu 46º ano de construção; sabendo que a reconstrução do templo foi iniciada por Herodes no 18º ano do seu reino, estima-se que a data seja 27-29 d.C. Outro método usa a data da morte de João Batista e o casamento de Herodes Antipas com Herodíade, com base no testemunho de Josefo, relacionando-os com Mateus 14:4 e Marcos 6:18. Dado que a maior parte dos investigadores data o casamento em 28-35 d.C., isto determina a data do ministério entre 28 e 29 d.C. Têm sido usadas várias abordagens diferentes para estimar o ano da crucificação de Jesus. A maior parte dos acadêmicos concorda que ele morreu entre os anos 30 e 33 d.C. Os evangelhos declaram que o evento ocorreu durante o governo de Pilatos, que governou a Judeia entre 26 e 36 d.C. A data para a conversão de Paulo (estimada entre 33 e 36 d.C.) é o limite superior para a data de crucificação. As datas da conversão de Paulo e do ministério podem ser determinadas através da análise das epístolas de Paulo e do Livro dos Atos. Desde Isaac Newton (1643-1727) que os astrônomos tentam estimar a data precisa da crucificação através da análise do movimento lunar e do cálculo das datas históricas do Pessach (Páscoa Judaica), um festival com base no calendário hebraico lunissolar. As datas mais aceites a partir deste método são 7 de abril de 30 d.C. e 3 de abril de 33 d.C., ambas julianas.

Liturgia etimologicamente representa o serviço do povo, realizado em benefício deste. Numa análise filológica, vem da raiz grega Laos=povo e Ergon=ação. É ação, trabalho, serviço. Ação esta que antes do Vaticano II, o povo apenas assistia como meros espectadores sem compreender seu sentido e significado. A partir do Vaticano II, o conceito de liturgia voltou ao seu sentido primeiro: ação do povo. Hoje se fala em participação, celebração, porque todo povo batizado faz parte do sacerdócio real de Cristo, chamados à transformação e santificação da vida e da história social. Esta ação é feita em parceria com o próprio Deus, e através da fé percebemos a sua presença amorosa e sua ação permanente a serviço da vida. A ação de Deus se dá através de Cristo, seu Filho amado que se fez irmão e servidor com sua encarnação, vida, paixão, morte e ressurreição. Nesse sentido, afirmamos que Cristo é o liturgo por excelência. Em linhas gerais, a liturgia “é a ação de Deus realizada em Jesus Cristo, e através do seu espírito, em nós a favor de toda humanidade”. É também o memorial do mistério pascal de Cristo celebrado na Igreja. A cada rito (cf. Eliade, 1992; 1999) representa memória do ressuscitado na vida de cada pessoa e comuna sobre o mistério celebrado no primeiro milênio da nossa Era.                         


                                 
Friedrich Hegel era crítico das filosofias claras e distintas, uma vez que, para ele, o negativo era constitutivo da ontologia. Neste sentido, a clareza não seria adequada para conceituar o próprio objeto. Introduziu um sistema de pensamento para compreender a história da filosofia e do mundo, chamado geralmente dialética: uma progressão na qual cada movimento sucessivo surge, pois, como solução das contradições inerentes ao movimento anterior. Desta forma, a Introdução (Eileintung) à Fenomenologia foi concebida ao mesmo tempo em que a obra é redatada em primeiro termo; parece, pois, que encerra o substancial pensamento do que é efetivo em toda a obra. Verdadeiramente constitui uma Introdução em sentido literal, metodologicamente aos três primeiros momentos da obra, isto é: a consciência, a autoconsciência e a razão -, enquanto a última parte da Fenomenologia, que contêm os particularmente importantes desenvolvimentos sobre o Espírito e a Religião, ultrapassa por seu conteúdo a Fenomenologia tal como é definida stricto sensu na muito citada Introdução. Ao que parece é como se Hegel entrasse no marco de desenvolvimento fenomenológico com algo que na teoria, em princípio não deveria haver ocupado um posto nele. Não obstante, seu estudo, em maior medida que o do prólogo, nos permitirá elucidar o sentido da obra que Hegel quis escrever, assim como a técnica que para ele representa o desenvolvimento fenomenológico.
Do ponto de vista antropológico para compreendermos liturgia devemos, antes de tudo, fazer uma análise do que aconteceu nos primeiros séculos da Igreja. Isto é, devemos em tese compreender como era celebrada historicamente pelos primeiros cristãos, para que ao chegarmos à nossa era, compreendamos em análise comparada, do ponto de vista da estética, fílmica e filosófica, à luz do Vaticano II, o significado deste mistério celebrado, que por sua vez “significa experimentar a presença de Deus na nossa vida”.  É a ação de Deus na qual Ele entra em comunhão com o mundo e com os homens. De um lado Deus se revela e se comunica ao homem, e de outro, o homem entra em comunhão com Deus. Deus é mistério “em si” mesmo porque é consciência de comunhão de vida, de amor e felicidade em si mesmo (cf. Hegel, 1973). Ipso facto,
la Fenomenologia dello spirito” è um`opera filosofica di Hegel, pubblicata per la prima volta nel 1807 dove si descrive il percorso che ogni individuo deve compiere, partendo dalla sua coscienza, per identificare le manifestazioni (la scienza di ciò che appare, la fenomenologia) attraverso le quali lo spirito si innalza dalle forme più semplici di conoscenza a quelle più generali fino al vero sapere assoluto. Hegel sviluppa il tema della risoluzione del finito nell'infinito nella Fenomenologia dello Spirito (laddove fenomenologia significa Scienza di ciò che appare). La fenomenologia è la storia romanzata dello Spirito (Geist) che si ripercorre a partire dalla forme più semplici della coscienza individuale; potremmo dire che la Fenomenologia sia il ricongiungersi dell'universale con sé stesso, attraversando il concreto: in pratica è come se nella dottrina hegeliana esistessero due piani separati che s'intersecano e sovrappongono quando l`Assoluto s`incarna nello Spirito soggettivo”. 

Precisamente porque a Introdução não é comparativamente como um Prólogo anexo posterior que contêm consideráveis informações gerais sobre o objetivo que se propunha o autor e as relações que sua obra tem com outros tratados filosóficos do mesmo tema. Ao contrário, de acordo com Jean Hyppolite, “a introdução é parte integrante da obra, constitui o delineamento mesmo do problema e determina os meios postos em prática para resolvê-lo”. Em primeiro lugar, Hegel define na Introdução como se coloca para ele o  problema do conhecimento. Vemos como em certo aspecto retorna ao ponto de vista de Immanuel Kant e de Johann Gottlieb Fichte. Isto que dizer hic et nunc que a Fenomenologia não é uma noumenologia nem uma ontologia, mas segue sendo, todavia, um conhecimento do Absoluto, pois, que outra coisa poderia conhecer se só o Absoluto é verdadeiro, ou só o verdadeiro é Absoluto? Não obstante, em vez de apresentar o saber do Absoluto “em si para si”, Hegel considera o saber tal como é na consciência e precisamente desde esse saber fenomênico, per se mediante sua autocrítica, é como ele se eleva ao saber absoluto. Em segundo lugar, Hegel define-a como “desenvolvimento e cultura”, no sentido de seu progressivo afinamento da consciência natural acerca da ciência, isto é o saber filosófico, o saber do Absoluto; por sua vez indica a necessidade de uma evolução. 

Em último lugar, é oportuno afirmar que Hegel precisa a técnica teórica do desenvolvimento fenomenológico e em que sentido este método é precisamente obra própria da consciência que faz sua aparição na experiência, em que sentido é suscetível de ser repensado em sua necessidade pela filosofia. A lei cujo desenvolvimento necessário engendra todo o universo é a da dialética, segundo a qual toda ideia abstrata, a começar pelo fato social poder de ser considerada no seu estado de abstração, no sentido epistemológico e histórico, afirma necessariamente a sua negação, a sua antítese, de modo que esta contradição exige a afirmação de uma síntese mais compreensiva que constitui uma nova ideia, rica em desenvolvimento, ao mesmo tempo, do conteúdo das duas outras. Na Introdução à Fenomenologia Hegel repete suas críticas a uma filosofia que não fosse mais que teoria do conhecimento. E não obstante, a Fenomenologia, como têm assinalado quase todos os seus expressivos comentaristas, marca em certos aspectos um retorno ao ponto de vista de Immanuel Kant e de Johann Fichte.

Em que novo sentido devemos entendê-lo? Ora, se o saber é um instrumento, modifica o objeto a conhecer e não nos apresenta em sua pureza; se for um meio tampouco, nos transmite a verdade sem alterá-la de acordo com a própria natureza do meio interposto. Se o saber é um instrumento, isto supõe que o sujeito do saber e seu objeto se encontram separados; por conseguinte, o Absoluto seria distinto do conhecimento: nem o Absoluto poderia ser saber de si mesmo, nem o saber, fora da relação dialética poderia ser saber do Absoluto. Contra tais pressupostos a existência mesma da ciência filosófica, que conhece efetivamente, é já uma afirmação. Não obstante, esta afirmação não poderia bastar porque deixa a margem a afirmação de outro saber; é precisamente esta dualidade o que reconhecia Schelling quando opunha o saber fenomênico e o saber absoluto, mas não demonstrava os laços entre um e outro. Uma vez colocado o saber absoluto não se vê como é possível no saber fenomênico, e o saber fenomênico por sua parte fica igualmente separado do saber Absoluto. Hegel retorna ao saber fenomênico, ao saber típico da consciência comum, e pretende demonstrar como aquele conduz necessariamente ao saber Absoluto, ou também que ele mesmo é um saber absoluto que, todavia, não se sabe como tal. 

Não apenas Fichte, mas o próprio Schelling, tampouco satisfaz a exigência de uma estrutura de sistema que retorna a si mesma, pois o dualismo fichteano do eu e Não-Eu perdura, em última análise, no primeiro projeto resumido de sistema, no sistema do idealismo transcendental. Segundo ele, a filosofia tem, com efeito, duas partes – filosofia natural e filosofia transcendental, a qual, por sua vez, contém, entre outras coisas, filosofia prática e filosofia teórica. Schelling argumenta do seguinte modo: já que o saber seria unidade de subjetividade e objetividade, o ponto de partida da filosofia teria de ser ou o objetivo (a natureza) ou o subjetivo (a inteligência). Naquele caso, surgiria a filosofia da natureza; neste, a filosofia transcendental. No entanto, o objetivo de cada uma dessas duas ciências seria avançar na direção da outra – portanto, de um lado, “partindo da natureza chegar ao inteligente”, e, de outro, partindo do subjetivo, “fazer surgir dele o objetivo”. Esta afirmação apenas poderia fazer sentido se para Hösle, com ela se tivesse em mente que a inteligência tem de objetivar e naturalizar em atos práticos e estéticos, como Schelling tenta demonstrar no Sistema.  A segunda falha resulta da primeira. Schelling conhece, em última instância, apenas duas esferas da filosofia, as quais, na terminologia de Hegel, pertencem ambas à filosofia da realidade. Aquela estrutura que precede à ambas e que Friedrich Hegel tematiza na referida interpretação em termos da Ciência da Lógica não tem lugar neste projeto de sistema de Schelling. É fácil ver que não se pode um renunciar a ela, e por três motivos.  

Em segundo lugar, somente desse modo se pode compreender porque ambas as partes são momentos de uma unidade. Não basta afirmar sua relação mútua, é preciso explicitar estruturas ontológicas gerais que subjazem de igual modo à natureza e à inteligência. Em segundo lugar, somente desse modo se pode tornar plausível a dependência da natureza em relação a uma esfera ideal. E, em terceiro lugar, entendemos que uma filosofia natural e uma filosofia transcendental apriorísticas são inconcebíveis sem essa esfera abrangente, pois a partir de que deveriam ser fundamentadas as primeiras suposições de ambas as filosofias da realidade? Depois de se desfazer do “resto de fichteanismo”, ainda reconhecível sobretudo na execução do Sistema do idealismo transcendental, Schelling introduziu na Apresentação, como base destas duas ciências, o Absoluto, e o definiu como identidade de subjetividade e objetividade. No entanto, não se pode deixar de ver um limite na doutrina schellinguiana do absoluto que representa um retrocesso, ficando, no mínimo, aquém de Fichte e, em certo sentido, até mesmo aquém de Kant: as categorias analíticas que Schelling utiliza para a caracterização do Absoluto são catadas e, de modo algum deduzidas do Absoluto. Unidade, identidade, infinitude são determinações que Schelling toma da tradição e que ele não legitima em si e por si – ele apenas mostra que em sua utilização de mera identidade, antes seu contrário conviria ao Absoluto, o qual é entendido como unidade de subjetividade e objetividade, e que , ele nem sequer põe em um nexo causal ordenado.

Para a “Sagrada Escritura”, os Padres da Igreja e a Liturgia, mistério é o plano de Deus de fazer o ser humano participante de sua vida, de salvar a humanidade. Além disso, é visto sob o aspecto divino da salvação. Neste caso, o mistério de Deus é revelado em seu Filho Jesus Cristo, o Verbo Encarnado, isto é, que se fez humano para a nossa salvação. Ao se revelar em Jesus Cristo, Ele comunicou a sua vida eterna mais íntima ao ser humano.  Portanto, a origem da Solenidade narrada como história litúrgica do “Corpo e Sangue de Cristo” remonta ao século XIII. O papa Urbano IV, na época o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège, na Bélgica, recebeu o segredo da freira agostiniana Juliana de Mont Cornillon, demonstrando que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.  Inspirada na ópera-rock criada pela mesma dupla responsável por grandes sucessos da Broadway como O Fantasma da Ópera e Catz, o principal objetivo do filme: “Jesus Cristo Superstar” é narrar e trazer a história bíblica para um contexto social mais verossímil e contemporâneo. 
Com isso temos apóstolos usando calças jeans boca-de-sino, soldados romanos usando metralhadoras, calças camufladas e coturnos, um rei Herodes aparentemente afetado, contrabandistas de haxixe, granadas e tanques. Sem perder de vista o Jesus branco e loiro, o Judas negro e a Maria Madalena asiática que deram uma tintura de “realismo crítico” em termos de direitos civis que demarcaram notadamente a história antropocêntrica da contracultura no plano ocidental. Diante do caosmose e a transformação conturbada dos anos 1960 e 1970 com o resgate do término da sangrenta invasão e derrota norte-americana na guerra do Vietnã, então as armas e os tanques não estão ali por acaso. O filme não busca por uma resposta, mas procura identificar o conservadorismo político em meio á guerra, a incerteza que dita às palavras, a separação do mito do homem (Jesus) e condições e possibilidades com a intenção de tentar compreender os benefícios que a religião trouxe ao ser humano. E etnograficamente representa os questionamentos universais e afetos por esse belo filme são: - “Quem é você Jesus? E o que você fez de importante?”.
A contracultura pode ser definida como um ideário altercador que questiona valores centrais vigentes e instituídos na cultura ocidental. Justamente por causa disso, são pessoas que costumam se excluir socialmente e algumas que se negam a se adaptarem às visões sociais aceitas e interpretadas pelo mundo. Com o vultoso crescimento dos meios de comunicação massivos, a difusão de normas, valores, gostos e padrões de comportamento se libertavam das amarras tradicionais regionais e locais - como a religiosa e a familiar -, ganhando uma dimensão mais universal e aproximando a juventude de todo o globo terrestre, de uma maior integração cultural e humana. Destarte, a contracultura desenvolveu-se na América Latina, Europa e principalmente nos Estados Unidos da América onde os indivíduos buscavam valores novos para romper ou se afastar com o ideário conservador da tradição. De outra parte, no âmbito da contracultura o pacifismo tem como alvo, especialmente, a guerra do Vietnã e está presente nas primeiras cenas do filme. Claude sai da sua casa na fazenda e é levado pelo pai até o ônibus que o levará à cidade, atravessa de caminhonete a zona rural americana com sua igrejinha simples, a estrada de terra, as frutas e as plantações. Deixa sua família para servir a pátria chega ao Central Park onde se encontra jovens. Berger está lendo em voz alta para o grupo a convocação estatal para o alistamento militar: - “Quem alterar, fraudar, destruir propositadamente, danificar propositadamente ou modificar de algum modo essa convocação, pode ser multado em até 10.000 dólares ou ser preso por até 5 anos”. 

Em seguida, o grupo queima a convocação e foge dos policiais que assistiam a tudo e passam a persegui-los. Está aí definida a disposição cultural do movimento social dos hippies frente à guerra dos norte-americanos. A década de 1960 foi também o tempo das mobilizações sociais e políticas contra a segregação racial nos Estados Unidos da América (EUA) às quais se deram por diferentes vias de interpretação basicamente representadas da seguinte forma: a) cristã do Reverendo Martin Luther King, b) a islâmica de Mohamad Ali e a de viés marxista representado na arte pelo grupo Black Panthers. Estes movimentos sociais, para concordarmos com Alain Touraine estão presentes na personagem de Lafayette: ele exibe sua identidade cultural africana nos cabelos encaracolados e na indumentária característica. Sua presença no grupo hippie mostra uma cumplicidade da contracultura com outros movimentos sociais da mesma época. Os principais lugares em que se desenrola a trama do filme como as praças e os parques, onde inclusive ocorrem os grandes festivais de música, são também referências importantes do contexto espacial mais amplo que cerca a contracultura.
Na guerra norte-americana de 3 a 4 milhões de vietnamitas dos dois lados morreram, além de outros 2 milhões de cambojanos e laocianos, arrastados para a guerra com a propagação do conflito, e de cerca de apenas 58 mil soldados dos Estados Unidos. Durante o conflito, as tropas do exército da Vietnã do Norte travaram uma guerra convencional contra as tropas norte-americanas e sul-vietnamitas, e as milícias da FNL - Força Nacional de Libertação menos equipadas e treinadas, lutaram uma guerra de guerrilha na região, usando as selvas do Vietnã, espalhando armadilhas mortais aos soldados inimigos, enquanto os Estados Unidos da América se armaram de grande poder de fogo, em artilharia e aviação de combate, para destruir as bases inimigas e impedir suas ofensivas. Vale lembrar que nos últimos 230 anos, a máquina de guerra dos Estados Unidos da América gastaram 6,8 trilhões de dólares com grandes guerras. À exceção das linhas de combate ao redor dos perímetros fortificados de bases e campos militares, não houve nesta violenta guerra a formação clássica de linhas de frente e as operações aconteceram em zonas delimitadas; missões de busca e destruição por parte das forças norte-americanas, com o uso de bombardeios maciços com a utilização de armas químicas desfolhantes e sabotagens da guerrilha na retaguarda das zonas urbanas. 

No começo da década de 1950, conselheiros militares americanos foram enviados para a então Indochina Francesa. O envolvimento político dos Estados Unidos nos conflitos da região aumentou nos anos 1960, com o número de tropas estacionadas no Vietnã triplicando de tamanho em 1961 e de novo em 1962. Após o Incidente do Golfo de Tonkin, em 1964, quando um contratorpedeiro americano foi supostamente atacado por embarcações norte-vietnamitas, o Congresso dos Estados Unidos aprovou uma resolução que deu autorização ao presidente americano para aumentar a presença militar do país no Vietnã e escalar o conflito. Unidades de combate americanas começaram a chegar em peso no país em 1965. A guerra rapidamente se expandiu, atingindo o Laos e o Camboja, que passaram a ser intensamente bombardeados pela força aérea dos Estados Unidos a partir de 1968, o mesmo ano que os comunistas lançaram a grande Ofensiva do Tet. Esta ofensiva falhou no seu objetivo de derrubar o governo sul-vietnamita e iniciar uma revolução socialista por lá, mas é considerado o ponto de virada da guerra, já que a população americana passou a questionar se uma vitória militar seria possível, com o inimigo capaz de lançar grandes ataques mesmo após anos de derramamento de sangue. Havia uma grande disparidade entre o que a imprensa americana e o governo falavam, com os dados apresentados por ambos geralmente contrastando. Nos Estados Unidos e Ocidente, a partir do final dos anos 1960.

Começou um forte sentimento de oposição a guerra como parte de um grande movimento de contracultura. A guerra mudou a dinâmica das relações entre os blocos Leste e Oeste, também alterando as divisões norte-sul do mundo. A partir de 1969, os Estados Unidos começaram o processo de “Vietnamização”, que visava melhorar a capacidade militar do Vietnã do Sul de lutar a guerra por si só, sem apoio externo. Os americanos esperavam assim poder reduzir sua participação no conflito sem ter que comprometer o objetivo estratégico máximo de impedir a expansão do comunismo na região, transferindo a responsabilidade de lutar para os próprios sul-vietnamitas. Assim, no começo dos anos 1970, os Estados Unidos começaram a retirar suas tropas do Vietnã. O que se seguiu, em janeiro de 1973, foi a assinatura do Acordos de Paz de Paris, porém isso não significou o fim das hostilidades. Envolvimento militar norte-americano direto na Guerra do Vietnã foi encerrado formalmente em 15 de agosto de 1973. Não demorou muito tempo e na primavera de 1975, os Norte-vietnamitas iniciaram uma grande ofensiva para anexar o Sul de uma vez por todas. Em abril de 1975, Saigon foi conquistada pelos comunistas, marcando o fim da guerra, com o Norte e o Sul do Vietnã sendo formalmente unificados no ano seguinte. O custo em vidas da guerra foi extremamente alto. O total de vietnamitas mortos, civis ou militares, varia de 966. 000 a 3,8 milhões. Entre 240. 000 e 300. 000 cambojanos, e 20 000 a 62 000 laocianos perderam a vida também. Já os americanos estimam suas perdas em 58 000 soldados mortos, mais de 300 mil feridos e 1 626 ainda desaparecidos em 1975. Para os Estados Unidos, a Guerra do Vietnã resultou numa das maiores confrontações armadas em que o país já se viu envolvido, e a derrota provocou a “Síndrome do Vietnã” em seus cidadãos e sua sociedade, causando profundos reflexos na sua cultura, na indústria cinematográfica e grande mudança na sua política exterior, até a eleição de Ronald Reagan, em 1980.

Travada com uma grande cobertura diária dos meios de comunicação, a guerra levou a uma forte oposição e divisão da sociedade norte-americana, que gerou os Acordos de Paz de Paris em 1973, causando a retirada das tropas do país do conflito. Ela prosseguiu com a luta entre o Norte e o Sul do Vietnã dividido, terminando em abril de 1975, com a invasão e ocupação comunista de Saigon, então a capital do Vietnã do Sul e a rendição total do exército sul-vietnamita. Para os Estados Unidos, do ponto de vista bélico a Guerra do Vietnã resultou na maior confrontação armada em que o país já se viu envolvido, e a derrota provocou a “Síndrome do Vietnã” em seus cidadãos e sua sociedade, causando profundos reflexos na sua cultura, na indústria cinematográfica e grande mudança na sua política exterior, até a eleição de Ronald Reagan, em 1980. Analistas norte-americanos cunharam o termo Síndrome do Vietnã para descrever a falta de disposição dos cidadãos de envolverem-se em conflitos bélicos além de suas fronteiras, que caracterizou a opinião pública estadunidense.  Isto representou a consequência de um trauma derivado do conflito no Sudeste Asiático e se identificava com fortes dúvidas em relação a um custo de US$ 200 bilhões, e legitimidade, pois sociologicamente falando o Vietnã foi o país mais vitimado por bombardeios aéreos no século XX. 

A Síndrome do Vietnã é um termo da política dos Estados Unidos que se refere à aversão pública aos envolvimentos militares americanos no exterior após a controvérsia doméstica sobre a Guerra do Vietnã. Em 1973, os EUA encerraram as operações de combate no Vietnã.  Desde o início dos anos 1980, a combinação da opinião pública que é tendenciosa contra a guerra, o fim do uso ativo do recrutamento militar, uma relativa relutância em enviar tropas terrestres e a “paralisia do Vietnã” são todos os resultados percebidos de Síndrome do Vietnã. No debate doméstico sobre as razões para os EUA serem incapazes de derrotar as forças norte-vietnamitas durante a guerra, pensadores conservadores, muitos dos quais eram militares dos EUA, tinham recursos suficientes, mas que o esforço de guerra havia sido prejudicado em casa. O termo Síndrome do Vietnã a partir de então proliferou na imprensa e nos círculos políticos, dentro e fora do país, como uma forma de explicar os Estados Unidos, uma das superpotências mundiais, por assim dizer falhando em repelir a invasão do Vietnã do Norte ao Vietnã do Sul. Muitos conservadores, como Ronald Reagan, concordaram com Podhoretz. Com o tempo, o termo “Síndrome do Vietnã” se expandiu como uma abreviação para a ideia de que os americanos estavam preocupados em nunca mais vencer uma guerra e que sua nação estava em declínio total. 
No outono de 1983, o presidente Ronald Reagan colocou suas crenças em ação ao ordenar a invasão de Granada. Uma longa disputa interna de liderança dentro do partido marxista-leninista no poder na ilha do Caribe Oriental de repente saiu do controle, levando a execuções políticas e mortes de civis inocentes na capital em 19 de outubro.  Reagan foi persuadido de que uma rápida ação militar americana foi necessária para proteger cerca de 1.000 residentes americanos no microestado e também para restaurar a democracia ao estilo de Westminster e acabar com o crescente bloco soviético influência sobre a ex-colônia britânica. Reagan ultrapassou a hesitação da liderança do Pentágono e a esperada reação nacional e internacional para autorizar uma intervenção surpresa liderada pelos Estados Unidos na madrugada de 25 de outubro. - Ação de cubanos ou soviéticos. “Francamente, havia outra razão pela qual eu queria sigilo”, Reagan confidenciou mais tarde em sua autobiografia. – “Foi o que chamo de síndrome pós-Vietnã, a resistência de tantos no Congresso ao uso de força militar no exterior por qualquer motivo, por causa da experiência de nossa nação no Vietnã... líderes do Congresso sobre a operação, mesmo sob os termos da mais estrita confidencialidade, haveria alguém que vazaria para a imprensa junto com a previsão de que Granada se tornaria ´outro Vietnã`.... Não perguntamos qualquer um, nós apenas fizemos isso”. No final dos anos 1970 e nos anos 1980, Ronald Reagan falou sobre os aspectos da Síndrome do Vietnã, mas argumentou que ela poderia ser superada se os americanos adotassem uma postura mais confiante e otimista no mundo, tendo ele como líder.

No discurso aos Veteranos de Guerras Estrangeiras (VFW), que usou o termo “Síndrome do Vietnã”, Ronald Reagan alegou que era o momento certo para tal mudança de atitude e ação, já que a União Soviética estava gastando mais que os EUA na corrida armamentista global tal que o poder global deste último estava diminuindo. Ele acusou o governo Carter de ser “totalmente alheio” à ameaça soviética. Afirmando a necessidade de uma política externa mais agressiva e ativista, Reagan também sugeriu que os americanos poderiam ter derrotado o vietcongue e o exército norte-vietnamita, alegou que o público americano se voltou contra a guerra por influência da propaganda norte-vietnamita e deu a entender que os oficiais decepcionaram os soldados e tiveram “medo de deixá-los vencer” a guerra. A administração Reagan esperava que o sucesso da invasão de Granada ajudasse a dissipar a Síndrome do Vietnã para que o público norte-americano pudesse ser galvanizado com sucesso para apoiar novas ações militares dos EUA, com o presidente Reagan declarando após a invasão, “nossos dias de fraqueza acabaram. Nossas forças militares estão de pé e de pé”. A rápida vitória durante a Primeira Guerra do Golfo foi amplamente considerada o fim da Síndrome do Vietnã. O presidente dos Estados Unidos, George W Bush, declarou triunfantemente após a guerra: - “Os fantasmas do Vietnã foram enterrados sob as areias do deserto da Arábia”.  

Ipso facto, “levantar e atacar” representou uma política pública proposta pelo governo Clinton em 1993, que Bill Clinton apoiou durante sua bem-sucedida campanha presidencial em 1992. A política buscava melhorar as chances de um acordo político na sangrenta e atroz Guerra da Bósnia na ex-Iugoslávia levantando o embargo de armas, armando os bósnios (muçulmanos bósnios) e atacando os sérvios bósnios se eles resistissem ao projeto de rearmamento. Tratava-se de uma combinação da Síndrome do Vietnã e uma oposição muito forte dos aliados norte-americanos na Europa mataram a proposta, que nunca foi promulgada. Caíram sobre suas cidades, terras e florestas, mais toneladas de bombas do que as que foram lançadas na 2ª guerra mundial. Para tentar desalojar os guerrilheiros das matas foram utilizados violentos herbicidas - “o agente laranja” - que dizimou milhões de árvores e envenenou os rios e lagos do país. Milhares de pessoas ficaram mutiladas pelas queimaduras provocadas pelas bombas de napalm e suas terras ficaram imprestáveis para a lavoura, além disso, pertinência e eficácia, relativos ao uso de forças militares americanas no exterior. Como resposta a esta síndrome, fez sua aparição, no final dos anos 1980 a chamada Doutrina Colin Powell, emanada não há melhor expressão, do Chefe do Estado-Maior Conjunto e depois Secretário de Estado do governo de George Bush. Primeiro negro a alcançar um cargo importante na administração americana, Powell, 67 anos, é uma das lideranças mais populares no Estado, tanto entre os republicanos quanto entre os democratas. 

Nascido em 5 de abril de 1937 no bairro pobre do Bronx em Nova York, em uma família modesta de origem jamaicana, Powell é o símbolo do "sonho americano" para muitos de seus conterrâneos. Depois de estudar Geologia na universidade, Powell entrou no exército, onde permaneceu por 35 anos. Durante este período, ele foi enviado à Coréia e ao Vietnã, onde foi ferido duas vezes. Powell percorreu todos os escalões da hierarquia antes de se tornar chefe de Estado-Maior conjunto, o cargo militar mais importante nos Estados Unidos, que ocupou de 1989 a 1993. Nunca um negro, nem um homem tão jovem, tinha ocupado uma posição de tamanha importância. Vale lembrar que por volta de 1264, em uma cidade próxima a Orvieto onde o já então papa Urbano IV tinha sua corte, chamada Bolsena, determinou que os objetos milagrosos “fossem trazidos para Orvieto em grande procissão no dia 19 junho de 1264, sendo recebidos por Sua Santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca”. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico que se tem notícia. A festa de Corpus Christi foi instituída por Urbano IV com a publicação da bula Transiturus em 8 de setembro de 1264, para ser celebrada na quinta-feira depois da oitava de Pentecostes. Para um maior esplendor da solenidade desejava  um Ofício para ser cantado durante a celebração. Foi composto por São Tomás de Aquino, cujo título era “Lauda Sion”, cântico que permanece nas celebrações ad infinitum de Corpus Christi.

O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o papa morreu em seguida, menos de um mês depois da publicação da extraordinária bula Transiturus. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia, na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma, é encontrada desde 1350. A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: - “Este é o meu corpo... isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim”. Segundo Santo Agostinho é um memorial de imenso benefício para os fiéis, deixado nas formas visíveis do pão e do vinho. Porque a Eucaristia foi celebrada pela primeira vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre após o vinho sangue de Jesus Cristo, em toda Santa Missa, mesmo que esta transformação da matéria não seja visível. Corpus Christi é celebrado 60 dias após a Páscoa, podendo vir a ser festejado de forma conveniente, assim, entre as datas de 21 de maio e 24 de junho.

Enfim, Jesus Cristo Superstar representa um extraordinário espetáculo que se articula na temática arte & verbo encarnado e estreou com brilho na Broadway em 12 de outubro de 1971, dirigido por Tom O`Horgan , no Mark Hellinger Theatre. A produção da Broadway recebeu críticas mistas, combinando aspectos negativos sobre a produção de mercado com críticos do jornal The New York Times dizendo que é uma produção “desalmada e sensacionalista”; Andrew Lloyd Webber também criticou duramente. O show foi estrelado por Jeff Fenholt como Jesus, Ben Vereen como Judas e Bob Bingham como Caifás. Barry Dennen, o Pilatos do álbum original tinha vivido e trabalhado em Londres, quando ele gravou o álbum. Ele estava de volta nos Estados Unidos a tempo de interpretar Pilatos na Broadway. Yvonne Elliman, a Maria Madalena original, também fazia parte do elenco. Kurt Yaghjian interpretou Annas. Ted Neeley que foi programado como um substituto de Jesus Cristo, Samuel E. Wright, e Anita Morris também apareceram pontualmente no elenco da produção.
Carl Anderson entrou no papel de Judas quando Vereen adoeceu, e os dois artistas mais tarde se revezavam tocando o papel. O show foi fechado em 30 de junho de 1973 após a démarche de 711 “performances”. Reconhecido, sobretudo, por sua atuação no papel de Judas Iscariotes nas versões para a Broadway e para o cinema da ópera-rock “Jesus Cristo Superstar”, de autoria de Andrew Lloyd Webber e Tim Rice, também participou de importantes filmes como “A Cor Púrpura” (1985), de Steven Spielberg, e do musical da Broadway “Play On!”. Jesus Cristo Superstar foi uma obra com a qual alcançou a fama, tanto em teatro como em sua versão cinematográfica, dirigida por Norman Jewiso. O ator norte-americano - que também atuou no filme “A Cor Púrpura”, de Steven Spielberg – participou do famoso musical de Andrew Lloyd Webber e Tim Rice, que foi adaptado para o cinema em 1973. Uma nova produção da Broadway estreou no Ford Center for the Performing Arts, em abril de 2000 e funcionou por 161 “performances”. O musical teve outro revival na Broadway em 2012, e foi bem recebido pela crítica, embora tenha comparativamente uma revisão mista do público. O revival foi indicado aos prêmios Tony, de “Melhor Revival”, e de Melhor Ator Coadjuvante em Musical para Josh Young como Judas. Nenhum prêmio foi conquistado, mas Young ganhou o prêmio “Theatre World” de interpretação. O revival encerrou em 1° de julho de 2012, após 116 performances e 24 previas.
 
Bibliografia geral consultada.
HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich, Fenomenologia dello Spirito. Florença: La Nuova Itália, 1973, 2 volumes; ELIADE, Mircea, Historia de las Creencias y las Ideas Religiosas II. De Gautama Buda al Triunfo del Cristianismo. Barcelona: Ediciones Paidós, 1999; Idem, O Sagrado e o Profano: A Essência das Religiões. São Paulo: Martins Fontes, 1992; DURAND, Gilbert, De la Mitocrítica al Mitoanalisis: Figuras Míticas y Aspectos de la Obra. Barcelona: Ediciones Anthropos, 1993; BRAUDEL, Fernand, O Mediterrâneo e o Mundo Lisboa. Lisboa: Editora Dom Quixote, 1995; HEINRICHS JR., Cláudio, A Presença da Antiguidade Clássica em Auguste Comte. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em História. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2001; DURKHEIM, Émile, Les Formes Élémentaires de la Vie Religieuse. 5e éditions. Paris: Presses Universitaires de France, 2003; LIBERMAN, Jean, Démythifier l` Universalité des Valeurs Américaines. Paris: Editeur Parangon, 2004; RODRIGUES, Marcella Furtado, A Contracultura no Cinema segundo Milos Forman a partir das Análises de Procura Insaciável: Um Estranho no Ninho e Hair. Dissertação de Mestrado em Belas Artes. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2008; BISKIND, Peter, Como a Geração Sexo Drogas e Rock n roll Salvou Hollywood. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca, 2009; FALCADE, Neusa, Coração de Jesus: História, Cultura e Teologia em Torno de uma Devoção Religiosa. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Teologia. Faculdade de Teologia. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2010; JESUS, Leonar Nascimento de, Princípios Éticos para a Comunicação Social a partir da Instrução Pastoral Communio et Progressio (PCMCS). Dissertação de Mestrado. Programa de Estudos Pós-Graduados em Teologia. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2012; MELANIAS, Abner, O Sagrado e o Profano na Cultura Pop. Joinville: Editor Bt Books, 2013; AMARO, Rosana, Docência Online na Educação Superior. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Educação. Faculdade de Educação. Brasília: Universidade de Brasília, 2015; entre outros.
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* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP).  Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais. Centro de Humanidades. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará (UECE).  

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