A culinária é a arte de cozinhar, ou seja, o ato de “confeccionar alimentos”. Ela evoluiu ao longo da história dos povos para tornar-se parte da cultura de cada povo. Está invariavelmente associada à cozinha, pois este é o local ideal para cozinhar. Os métodos de culinária variam de região para região, não só os ingredientes, como também as técnicas culinárias e os próprios utensílios. Por exemplo, a cataplana é um recipiente para cozinhar alimentos típico do Algarve, equivalente à Tajine de Marrocos. A alheira de Mirandela é um dos alimentos mais exclusivos da cozinha portuguesa, enquanto no Brasil, os pratos típicos incluem a feijoada brasileira e o churrasco. O cozinheiro principal é normalmente reconhecido como chef, assim reconhecido pela sua boa cozinha e dotes culinários. A cozinha, muitas vezes, reflete outros aspectos da cultura, tais como a religião – a carne de vaca é tabu entre os hindus, enquanto a de porco é proibida entre os muçulmanos e judeus – ou determinadas posições filosóficas, como o vegetarianismo, que reprova o consumo de carne e o veganismo, que reprova o consumo de alimentos de origem animal, como carne, ovos, laticínios e mel.
O desenvolvimento industrial teve igualmente um grande impacto na forma como as pessoas se alimentam. Por exemplo, a maior incidência de pessoas que trabalham longe de casa ou têm mais horas de trabalho levou ao surgimento da comida rápida; por outro lado, a consciência da segurança alimentar e da qualidade alimentar levou à criação de regras, por vezes na forma de leis, sobre a forma como os alimentos devem ser vendidos. Uma disciplina associada à culinária é a gastronomia, que se ocupa tanto com o modo como os alimentos são preparados, tanto quanto com o binômio produção-consumo. Outras disciplinas relacionadas à gastronomia são a nutrição e a dietética, que estudam os alimentos do ponto de vista da saúde alimentar ou da medicina. Na Introdução à Fenomenologia Hegel repete suas críticas a uma filosofia que não fosse mais que teoria do conhecimento. E não obstante, a Fenomenologia (2007), como têm assinalado quase todos os seus expressivos comentaristas, marca em certos aspectos um retorno ao ponto de vista de Immanuel Kant e de Johann Gottlieb Fichte. Em que novo sentido devemos entendê-lo? O saber é um instrumento, modifica o objeto a conhecer e não nos apresenta em sua pureza; se for um meio tampouco, nos transmite a verdade sem alterá-la de acordo com a própria natureza do meio interposto.
Se o saber é um instrumento, isto supõe que o sujeito do saber e seu objeto se encontram separados; por conseguinte, o Absoluto seria distinto do conhecimento: nem o Absoluto poderia ser saber de si mesmo, nem o saber, fora da relação dialética, poderia ser saber do Absoluto. Contra tais pressupostos a existência mesma da ciência filosófica, que conhece efetivamente, é já uma afirmação. Não obstante, esta afirmação não poderia bastar porque deixa a margem a afirmação de outro saber; é precisamente esta dualidade o que reconhecia Schelling quando opunha o saber fenomênico e o saber Absoluto, mas não demonstrava os laços entre um e outro. Uma vez colocado não se vê como é possível no saber fenomênico, e o saber fenomênico fica igualmente separado do saber Absoluto. Hegel retorna ao saber fenomênico, ao saber típico da consciência comum, e pretende demonstrar como aquele conduz necessariamente ao saber Absoluto, ou também que ele mesmo é um saber absoluto que, todavia, não se sabe como tal.
Não apenas
Fichte, mas o próprio Schelling, adverte Vittorio Hösle, tampouco satisfaz a
exigência de uma estrutura de sistema que retorna a si mesma, pois o dualismo
fichteano do eu e Não-Eu perdura, em última análise, no primeiro projeto
resumido de sistema, no Sistema do idealismo transcendental. Segundo ele, a
filosofia tem, com efeito, duas partes – filosofia natural e filosofia
transcendental, a qual, por sua vez, contém, entre outras coisas, filosofia
prática e filosofia teórica. Schelling argumenta do seguinte modo: já que o
saber seria unidade de subjetividade e objetividade, o ponto de partida da
filosofia teria de ser ou o objetivo (a natureza) ou o subjetivo (a
inteligência). Naquele caso, surgiria a filosofia da natureza; neste, a
filosofia transcendental. No entanto, o objetivo de cada uma dessas duas
ciências seria avançar na direção da outra – portanto, de um lado, “partindo da
natureza chegar ao inteligente”, e, de outro, partindo do subjetivo, “fazer
surgir dele o objetivo”. Esta afirmação apenas poderia fazer sentido se para
Hösle, com ela se tivesse em mente que a inteligência tem de objetivar e
naturalizar em atos práticos e estéticos, como Schelling tenta demonstrar no Sistema. A segunda falha resulta da primeira.
Schelling conhece, em última instância, apenas duas esferas da filosofia, as
quais, na terminologia de Hegel, pertencem ambas à filosofia da realidade.
Aquela estrutura que precede à ambas e que Hegel tematiza na Ciência da Lógica
não tem lugar neste projeto de sistema de Schelling. É fácil ver que não se
pode um renunciar a ela, e por três motivos.
Em primeiro lugar, somente desse modo se pode compreender porque ambas as partes são momentos de uma unidade. Não basta afirmar sua relação mútua, é preciso explicitar estruturas ontológicas gerais que subjazem de igual modo à natureza e à inteligência. Em segundo lugar, somente desse modo se pode tornar plausível a dependência da natureza em relação a uma esfera ideal. E, em terceiro lugar, uma filosofia natural e uma filosofia transcendental apriorísticas são inconcebíveis sem essa esfera abrangente, pois a partir de que deveriam ser fundamentadas as primeiras suposições de ambas as filosofias da realidade? Depois de se desfazer do “resto de fichteanismo”, ainda reconhecível sobretudo na execução do Sistema do idealismo transcendental, Schelling introduziu na Apresentação, como base destas duas ciências, o Absoluto, e o definiu como identidade de subjetividade e objetividade. Não se pode deixar de ver um limite na doutrina schellinguiana do absoluto que representa um retrocesso, ficando, no mínimo, aquém de Fichte e, em certo sentido, até mesmo aquém de Kant: as categorias analíticas que Schelling utiliza para a caracterização do Absoluto são catadas e, de modo algum deduzidas do próprio Absoluto. Unidade, identidade, infinitude são determinações que o filósofo Schelling toma de empréstimo da tradição e que, em primeiro lugar, ele não legitima na relação dialética o em si e por si – ele apenas mostra que em sua utilização de mera identidade, antes elas que seu contrário conviria ao absoluto, o qual é entendido como unidade de subjetividade e objetividade, e que em segundo lugar, ele nem sequer põe sentido em um nexo causal ordenado.
Simplificadamente, o sistema pensamento de Hegel pode ser representado da seguinte forma: 1) o princípio supremo da filosofia transcendental tem de ser, com Fichte, uma estrutura iniludível e que fundamente a si mesma reflexivamente. 2) no entanto, esse princípio não pode ter nada perante si, se quer ser absoluto; sendo determinado como subjetividade, ele não pode, portanto, ser subjetividade finita, mas tem de ser com Schelling, unidade de subjetividade e objetividade ou, em terminologia hegeliana, ideia. 3) com o reconhecimento, porém, de que o Absoluto é unidade de subjetividade e objetividade, a filosofia ainda não está concluída. Antes, trata-se decisivamente de explodir o caráter pontual desse conhecimento, por quatro motivos: a) a estrutura absoluta não pode ser posta imediatamente, pois então ela mesma seria, na verdade, uma mera abstração, da qual nada decorreria; b) apenas assim pode-se alcançar uma prova da absolutidade dessa estrutura. Mas então é necessária uma prova, mas de um modo necessariamente diferente de como elas mesmas são pressupostas pela ideia absoluta, se é que o círculo deve ser evitado; c) a determinação da exata relação entre “lógica” e “metafísica”, isto e´, entre a doutrina das categorias finitas e a ciência do princípio absoluto, é o problema para o qual em Jena, pelo fim de sua temporada Friedrich Hegel, conseguiu encontrar uma solução que o satisfizesse até o final de sua vida, enquanto, para a maior parte das demais estruturas fundamentais de sua filosofia , ele chegou mais cedo a respostas à Enciclopédia. A ideia Absoluta origina, não apenas as categorias lógicas anteriores a ela, por meio das quais ela mesma é constituída, sem abdicar da centralidade dela mesma constituída em termos de origem assimétrica.
Para
resolver esse problema oferece-se propriamente apenas um caminho. O espírito
assim, reconhece Hegel já cedo contra Schelling - tem de estar acima da
natureza, a qual tem de corresponder às categorias deficientes da Ciência da
Lógica. O genial filósofo parte da
análise da consciência comum, não podia situar como princípio primeiro
uma dúvida universal que só é própria da reflexão filosófica. Por isso mesmo
ele segue o caminho aberto pela consciência e a história detalhada de sua
formação. Ou seja, a Fenomenologia vem a ser uma história concreta da
consciência, sua saída da caverna e sua ascensão à Ciência. Daí a analogia que
em Hegel existe de forma coincidente entre a história da filosofia e a história
do desenvolvimento do pensamento, mas este desenvolvimento é necessário, como
força irresistível que se manifesta lentamente através dos filósofos, que são
instrumentos de sua manifestação. Assim, preocupa-se apenas em definir os
sistemas, sem discutir as peculiaridades e opiniões dos diferentes filósofos.
Na determinação do sistema, o que o preocupa é a categoria fundamental que determina o complexo sistema, e o assinalamento das diferentes etapas,
bem como as vinculasses destas etapas que conduzem à síntese do espírito
absoluto.
Para
compreender o sistema é necessário começar pela representação, que ainda não
sendo totalmente exata permite, no entender de sua obra a seleção de afirmações
e preenchimento do sistema abstrato de interpretação do método dialético, para
poder alcançar a transformação da representação numa noção clara e exata. Assim,
temos a passagem da representação abstrata, para o conceito claro e concreto
através do acúmulo de determinações. Aquilo que por movimento dialético separa
e distingue perenemente a identidade e a diferença, sujeito e objeto, finito e
infinito, é a alma vivente de todas as coisas, a Ideia Absoluta que é a força
geradora, a vida e o espírito eterno. Mas a Ideia Absoluta seria uma existência
abstrata se a noção de que procede não fosse mais que uma unidade abstrata, e
não o que é em realidade, isto é, a noção que, por um giro negativo sobre si
mesma, revestiu-se novamente de forma subjetiva. Metodologicamente a
determinação mais simples e primeira que o espírito pode estabelecer é o Eu, a
faculdade de poder abstrair todas as coisas, até sua própria vida. Chama-se idealidade
precisamente esta supressão da exterioridade. O espírito não se
detém na apropriação, transformação e dissolução da matéria em sua universalidade,
mas, enquanto consciência religiosa, por sua faculdade representativa, penetra
e se eleva através da aparência dos seres até esse poder divino, uno, infinito,
que conjunta e anima interiormente todas as coisas, enquanto pensamento
filosófico, como princípio universal, a ideia eterna que as engendra e nelas se
manifesta. O espírito finito se encontra e inicia uma união imediata com
a natureza. A seguir em oposição com esta e finalmente em identidade com esta. Isto porque metodologicamente a relação na realidade suprimiu a oposição e voltou a si mesmo e, consequentemente, o espírito
finito é a ideia, mas ideia que girou sobre si mesma e que existe por si em sua
própria realidade.
George Bernard Shaw nasceu em 26 e julho de 1856, falecendo em 2 de novembro em Synge Street, em 1950 em Dublin. Filho de George Carr Shaw (1814-1885), e Elizabeth Lucinda Gurly (1830-1913), uma cantora profissional. Ele nasceu numa tradicional, mas empobrecida família protestante, foi de início instruído por um tio, mas rejeitou a educação escolar e, aos 16, anos empregou-se em um escritório. Adquiriu amplo conhecimento artístico graças à mãe, Lucinda Elizabeth Gurly Shaw (1830-1913), e às frequentes visitas à Galeria Nacional da Irlanda. Decidido a tornar-se escritor, foi morar em Londres em 1876, mas infelizmente, por mais de dez anos, seus romances foram recusados por editores elitistas da cidade, assim como a maior parte dos artigos enviados à conservadora imprensa, ipso facto, como orador brilhante e polemista, fez as primeiras tentativas como dramaturgo. Bernard foi um dramaturgo, romancista, contista, ensaísta e jornalista irlandês. Cofundador da London School of Economics, foi também o autor de ilustres comédias satíricas de espírito irreverente e inconformista.
Tornou-se vegetariano, fervoroso defensor do socialismo Fabiano, fundado no ano da morte de Marx (1883) com o intuito de promover as ideias materialistas dialéticas do filósofo alemão por meio do gradualismo, a Sociedade Fabiana almejava condicionar a sociedade, como disse a fabiana Margaret Cole (1893-1980), por meio de medidas socialistas remediadas. Ao atenuar seus objetivos, tinha o intuito de não incitar os inimigos do socialismo, tornando-os menos combativos, ao contrário dos revolucionários marxistas, os socialistas fabianos reconheciam muito bem as controvérsias sobre o trabalhismo e o funcionamento das políticas públicas britânicas. Em 1885, conseguiu um trabalho fixo na imprensa e, durante quase uma década, escreveu resenhas literárias, críticas de arte e brilhantes colunas musicais. Sua atividade literária, em especial a produção teatral, foi uma sequência de sucessos; destacou-se também na crítica literária, teatral e musical, na criação de panfletos e ensaios sobre assuntos políticos, econômicos e sociais; sendo ainda um prolífico epistológrafo.
Como crítico de teatro da Saturday Review (1895), criticou insistentemente a pobreza qualitativa e artística da produção teatral vitoriana. Durante a 1ª grande guerra (1914-18), interrompeu sua produção teatral e publicou um polêmico panfleto, Common Sense About the War, no qual considerava a hipocrisia do Reino Unido, aliados e os alemães igualmente culpados e reivindicava negociações de paz. Recusou o prêmio Nobel de Literatura de 1925 e, em suas últimas peças, intensificou as pesquisas com a linguagem não-realista, simbolista e tragicômica. Por cinco anos deixou de escrever para o teatro e dedicou-se ao preparo e publicação da edição de suas Obras Escolhidas (1930-1938), e ao tratado político The Intelligent Woman`s Guide to Socialism and Capitalism (1928). A correspondência publicada destaca as cartas com o escritor H. G. Wells.
Na esfera política Shaw irritou-se com o que percebeu ser a forma de exploração da classe trabalhadora. Socialista ardente, escreveu muitos folhetos e discursos para o Socialismo Fabiano. Tornou-se um orador disciplinado à promoção de suas causas, que incluem direitos iguais para homens e mulheres, aliviar os abusos contra a classe trabalhadora, rescindir a propriedade privada de terras produtivas e promover estilos de vida saudáveis. Em pouco tempo, tornou-se ativo na política, no London County Council. Ele e o cantor Bob Dylan são os únicos a terem obtido um Prêmio Nobel de Literatura (1925) e um Óscar (1938). Shaw por suas contribuições para a literatura e por seu trabalho no filme Pigmalion que é uma adaptação de sua peça homônima. Ele quis recusar o Prêmio Nobel porque não tinha gosto por honrarias públicas. Acabou aceitando a pedido da esposa que considerava homenagem à Irlanda. Mas rejeitou o dinheiro solicitando sua característica fundamental, como utilidade de uso, no sentido econômico, para financiar traduções de livros suecos para o inglês.
As tradições nórdicas se referem a uma histórica religião pré-cristã, crenças e lendas dos povos escandinavos, incluindo aqueles que se estabeleceram na Islândia onde a maioria das fontes escritas para a mitologia nórdica foram construídas. Esta é a versão mais bem conhecida da mitologia comum germânica antiga, que inclui também relações próximas com a mitologia anglo-saxônica. Por sua vez, a mitologia germânica evoluiu a partir da antiga mitologia indo-europeia. A mitologia nórdica é uma coleção de crenças e histórias compartilhadas por tribos do norte da Germânia, atual Alemanha, sendo que sua estrutura não designa uma religião no sentido comum da palavra, pois não havia nenhuma reivindicação de escrituras que fossem inspirados por algum ser divino. A mitologia foi transmitida oralmente principalmente durante a chamada Era Viking, e o reconhecimento social sobre ela é baseado especialmente nos Eddas e textos medievais escritos pouco depois da Cristianização.
Em Nairobi, Karen Blixen conheceu e se apaixonou por Denys Finch Hatton, um piloto do exército britânico e caçador. Viveram juntos de 1926 a 1931. Mantiveram uma relação amorosa intensa, porém repleta de altos e baixos. Engravidou duas vezes, mas perdeu os bebês, provavelmente em consequência da saúde frágil. A relação afetiva terminou com a morte de Finch Hatton num acidente de avião, em 1931. Ao mesmo tempo, o fracasso da plantação de café forçou-a a abandonar suas terras e retornar à Dinamarca. Antes do retorno à Dinamarca, Karen escreveu A vingança da verdade, publicado em 1926. Após o retorno, seu primeiro livro foi Sete contos góticos, publicado em 1934, sob o pseudônimo de Isak Dinesen; o terceiro livro, já reconhecido mundialmente, foi Den afrikanske Farm, publicado em 1937 e baseado no período em que viveu no continente africano. O sucesso alcançado com esta obra firmou sua reputação como escritora, tendo sido premiada com o Tagea Brandt Rejselegat em 1939. Durante a 2ª guerra mundial (1939-1945), Karen escreveu Contos de inverno, publicado em 1942, e o romance As vingadoras angélicas, sob o pseudônimo de Pierre Andrezel, e publicado em 1944. Escreveu também Anedotas do destino, de 1958, e que inclui o conto A festa de Babette, também transformado em filme em 1987, e Sombras na pradaria, de 1960, entre outros. Ele também participou de uma turnê nos Estados Unidos da América (EUA) em 1959, durante o qual ela conheceu Arthur Miller, E. E. Cummings e Pearl Buck que admiravam suas habilidades como escritora. Apesar de ser dinamarquês, Blixen escreveu as histórias em Inglês e depois traduziu para o dinamarquês. Em 1985, foi adaptado para o cinema com nome Out of África, e direção de Sydney Pollack, com Meryl Streep, Robert Redford e Klaus Maria Brandauer.
Karen Christence, baronesa de Blixen-Finecke, reconhecida pelo pseudônimo de Isak Dinesen, foi uma escritora dinamarquesa. Seu pai, Wilhelm Dinesen, era um militar, e cometeu suicídio quando Karen tinha apenas dez anos de idade, atormentado por não conseguir resistir à pressão de sofrer de sífilis, enfermidade que estigmatizava. Sua mãe, Ingeborg Westenholz, ficou sozinha com cinco filhos para criar, e os pode manter graças à ajuda de familiares. Karen, como suas irmãs, estudou em prestigiadas escolas suíças. Em 1914, casou-se com um primo afastado, o barão sueco Bror von Blixen-Finecke, e foram viver no Quênia, onde iniciaram uma plantação de café. Entre 1915 e 1916, Karen contraiu sífilis, provavelmente de Bror, embora alguns estudiosos acreditem que ela tenha herdado a doença de seu pai. Os Blixens se separaram em 1921 e se divorciaram em 1925. Em Nairóbi, a maior cidade da África Oriental, Karen Blixen conheceu e se apaixonou por Denys Finch Hatton, um piloto do exército britânico e caçador. Viveram juntos de 1926 a 1931. Mantiveram uma relação amorosa intensa, naturalmente cheia de altos e baixos. Engravidou duas vezes, mas perdeu os bebês, provavelmente em consequência da saúde frágil. A relação terminou com a morte de Finch Hatton num acidente de avião, em 1931. Ao mesmo tempo, o fracasso da plantação de café forçou-a a abandonar suas terras e retornar à Dinamarca.
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______________
* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes. São Paulo: Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais. Centro de Humanidades. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará (UECE).
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