Ubiracy de Souza Braga*
“A loucura de Deus é muito mais bonita que a sabedoria do homem”. Filme Papa João Paulo II
Ocorreram 1,5 mi de pessoas na Praça de São Pedro na cerimônia de beatificação de João Paulo II (2011). Pelas
regras da Igreja Católica, o processo de beatificação só poderia ser aberto
cinco anos depois da morte da pessoa. Essa regra canônica pode ter sido
dispensada pelo atual papa pelo fato de que Bento XVI foi seu colaborador mais
próximo durante mais de 20 anos. Na igreja dos primeiros séculos o martírio
representou o sinal de santidade da pessoa. Hoje, trata-se de um processo no
âmbito do Direito Canônico, no qual é verificada a vida conforme as virtudes
morais entendido como “grau heroico”, melhor dizendo, além do comum, e é
necessário que a igreja reconheça o acontecimento de dois milagres,
constituindo-se um para a beatificação, e outro, para a canonização por
intercessão do falecido. A celebração de canonização de João XXIII e João Paulo
II, presidida pelo Papa Francisco, considerado o Papa da Juventude, João Paulo
II deixou entre muitos legados a “Teologia do Corpo”, às suas primeiras
catequeses, ministradas entre 1979 e 1984, que renderam grandes ensinamentos a
respeito da Doutrina Católica. Canonização é o termo utilizado pela Igreja Católica de atribuir o estatuto de Santo a alguém que já era Beato
e sujeito à beatificação.
Inspirado muitas vezes por chamadas de “Santo Subito!” (“Santo Imediatamente!”) das multidões se reuniram
durante o funeral, Papa Bento XVI iniciou o processo de beatificação de seu
antecessor, ignorando a restrição normal que cinco anos devem se passar após a
morte de uma pessoa antes do processo de beatificação poder começar. Em uma
audiência com o Papa Bento XVI, Camillo Ruini, Vigário Geral da Diocese de Roma
e o responsável pela promoção da causa de canonização de qualquer pessoa que
morre dentro daquela diocese, citaram “circunstâncias excepcionais” e sugeriu
que o período de espera poderia ser dispensado. Esta decisão foi anunciada em
13 de Maio de 2005, a Festa de Nossa Senhora de Fátima e o 24 º aniversário do
atentado a João Paulo II na Praça de São Pedro. Em 28 de maio de 2006, Bento
XVI rezou uma missa na Polônia, para um público estimado em 900 000 pessoas. Durante
a homilia, encorajou orações para a canonização precoce de João Paulo II e
declarou que esperava que a canonização fosse acontecer “em um futuro próximo”.
Em fevereiro de 2007, relíquias do Papa João Paulo II — pedaços da batina que
ele costumava vestir — estavam sendo distribuídas gratuitamente com cartões de
oração para a causa da beatificação.
A “Constituição
Apostólica Divinus perfectionis Magister” (1983), de João Paulo II, estabeleceu
de uma vez as normas para a instrução das causas de canonização e para o
trabalho da Congregação para as Causas dos Santos. Nela é afirmado: - “A Sé
Apostólica, (…) propõe homens e mulheres que sobressaem pelo fulgor da caridade
e de outras virtudes evangélicas para que sejam venerados e invocados,
declarando-os Santos e Santas em ato solene de canonização, depois de ter
realizado as oportunas investigações”. Em 18 de fevereiro de 2008 a Santa Sé
torna público a instrução "Sanctorum Mater" (1983) da Congregação
para a Causa dos Santos sobre as normas que regulam o início das causas de
beatificação juntamente com o “Index ac status causarum”. A Instrução se divide em seis
partes: Primeira: diz da necessidade de uma autêntica fama de santidade para se
dar início ao processo e se explicam as figuras e tarefas do autor do
postulador e do bispo competente para a causa. Segunda: nela é descrita a fase
preliminar da causa que chega até à concessão do “nulla osta” da Congregação
para as Causas dos Santos. Terceira: diz da celebração da causa. Quarta: trata
das modalidades para se recolher as provas documentais. Quinta: cuida das provas
testemunhais e na Sexta: são indicados os procedimentos para os atos
conclusivos da instrução diocesana. O papado de João Paulo II foi o 3° mais
longo da igreja católica.
Em
primeiro lugar, o conceito de “populismo” (“популизм”) - na expressão de V.
Tvardovskaia (1972) -, no sentido simplificado do termo, pode ser entendido
como um processo mediante o qual “o popular se torna conhecido” (cf. Weffort,
1968b), quando uma multidão de 400 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro,
no Vaticano, durante o funeral do Papa João Paulo II, em abril de 2005 gritava:
“Santo Súbito!” temos assim, “sinais” (cf. Ginzburg, 1992: 158 e ss.) de que o
papa reinventava o “populismo católico” para o mundo. Ipso facto esta expressão
fará com que “João de Deus” – como é conhecido no Brasil –seja beatificado seis
anos após a sua morte. Normalmente, como sabemos, a igreja leva cinco anos só
para iniciar todo o processo. Além disso, temos um fato político-religioso
novo: o processo se deu mais rápido, porque este era um desejo do povo, que
queria que ele fosse canonizado já no dia de seu funeral. Com 27 anos de
pontificado, “João de Deus” foi o terceiro papa a passar mais tempo no cargo,
perdendo apenas para São Pedro (30 d.C. – 67 d. C.) e Pio XII (1846-1878).
Papa João Paulo II acena para fiéis nas ruas de Belo Horizonte, em 1980. Do
ponto de vista populista: a) ele foi o primeiro papa a
rezar em uma sinagoga, em Roma (Itália), b) o primeiro a entrar em uma mesquita
em um país islâmico, em Damasco, na Síria, c) o primeiro a presidir um encontro de líderes
das maiores religiões mundial, no ano 1986. Não devemos perder de vista, que no
ano de 1981, o extremista turco Melhmet Ali Ağca tentou matar o papa, atirando
na Praça São Pedro. Nascido a 9 de janeiro numa família pobre da Turquia foi o
terrorista que cometeu o atentado contra o Papa João Paulo II em 13 de maio de
1981, quando este circulava “em carro aberto” pela Praça de São Pedro no
Vaticano. Em segundo lugar João Paulo II será o primeiro pontífice em mil anos
a ser beatificado pelo seu sucessor. O processo foi aberto em junho de 2005,
por iniciativa do papa Bento XVI, a quem coube decidir pela aceleração da
beatificação, sob alegativa de que “não pretendiam esperar os cinco anos de
morte previstos no Código de Direito Canônico”. Pragmaticamente falando, em
janeiro deste ano, o papa Bento XVI aprovou decreto atribuindo um milagre a seu
antecessor, o que abriu a démarche
para a beatificação. O milagre atribuído a Karol Wojtyla é a cura,
aparentemente inexplicável, da freira francesa Marie Simon-Pierre, de 50 anos.
As
respostas às práticas populares em “nome” de uma democracia foram sempre
abafadas com sangue e terror psíquico pelo Estado Soviético como demonstra
cabalmente Alexander Issaiévich Soljenítsin, no conhecido livro, em russo: “Умдиаметромпа-де-ВидаИван
Deníssovitch” (“Um dia na vida de Ivan Deníssovitch”), e todas essas práticas
passavam como por despercebido a todo Mundo, devido a política de censura
perversa e masoquista da mídia e de perseguição a jornalistas ou quaisquer um
que se opusesse ao governo central – isto é o que se chamava sociologicamente
“Cortina de Ferro”, derrubada com a política da Glasnost, de Mikhail Gorbachev,
o então presidente soviético. Quando a notícia era inevitável e caía sob
aclamação do público mundial, como ocorreu com o Sindicato: “Solidariedade”, na
Polônia “Solidarność”; nome completo: “União Comercial auto-governativa
´Solidariedade`”, melhor dizendo, em polonês: “Niezależny Samorządny Związek
Zawodowy ´Solidarność`”, é “uma união
federativa comercial fundada em setembro de 1980 nos Portos de Lenin,
originalmente liderada por Lech Wałęsa”. Do ponto de vista histórico, vale
lembrar, que ela fora a primeira união comercial não comunista em um país dito
comunista e que Karol Wojtyla tão bem a reconhecia e certamente apoiava.
Sociologicamente
falando, noções conceptuais como indivíduo, ator, identidade, grupo social,
classe social, etnia, minoria, movimento social, partido político, corrente de
opinião pública, poder estatal, todas estas “manifestações de vida” no sentido
simmeliano, não mais se esgotam no âmbito da sociedade nacional, o que nos faz
admitir que a diferenciação em comunidades locais, tribos, clãs, grupos
étnicos, nações e até mesmo Estados, perderam ao menos algo do seu significado
anterior. Na sociedade global, no sentido marxista, de outra parte,
generalizam-se as relações, os processos e as estruturas de dominação e
apropriação, antagonismo e integração. Modificam-se os indivíduos, as
coletividades, as instituições, as formas culturais, os significados das coisas,
gentes e ideias, vistos em configurações histórico-sociais. Enfim, se as
ciências sociais nascem e desenvolvem-se como forma de autoconsciência
científica da realidade social, pode-se imaginar que elas podem ser seriamente
desafiadas quando essa realidade já não é mais a mesma. Nesse sentido é que a
formação da sociedade global pode envolver novos problemas epistemológicos,
além de ontológicos.
Enfim,
para concordarmos com Leonardo Boff, “temos que desenvolver urgentemente a
capacidade de somar, de interagir, de religar, de repensar, de refazer o que
foi desfeito e de inovar. Esse desafio se dirige a todos os especialistas para
que se convençam de que a parte sem o todo não é a parte. Da articulação de
todos estes cacos de saber, redesenharemos o painel global da realidade a ser
compreendida, amada e cuidada. Essa totalidade é o conteúdo principal da
consciência planetária, esta, esta sim, a era da luz maior que nos liberta da
cegueira que nos aflige” (cf. Boff, 2007; 2010).
Viagens apostólicas de João Paulo II: aos Estados Unidos da América , em 1979. Em
segundo lugar, do ponto de vista teórico-metodológico Carlo Ginzburg tem um
percurso de pesquisa dos mais originais e criativos, que extravasa o quadro da historiografia
italiana (cf. Ginzburg, 1991: 169 e ss.) e mesmo da historiografia europeia. A
sua obra, com efeito, introduziu diversas rupturas nas maneiras de pensar em
História, mobilizou metodologias e instrumentos de conhecimento oriundos de
outras áreas de saber, estabeleceu novas zonas de dialogo com as restantes
ciências humanas e sociais, nomeadamente com a antropologia e a filosofia (cf.
Ginzburg, 1991: 203 e ss.). Enfim, trata-se aqui de uma intervenção ativa, que
procura inverter as relações tradicionais de subordinação da História no que
diz respeito à produção dos meios de conhecimento, centrada numa forte
preparação filológica, caracterizada pela atenção ao detalhe, ao estudo de
caso, à analise do processo significativo, com a valorização dos fenômenos
aparentemente marginais, como os ritos de fertilidade, ou dos casos obscuros,
protagonizados pelos pequenos e excluídos, cuja verdadeira dimensão cultural e
social vem sendo valorizada (cf. Ginzburg, 1988: 96 e ss.).
Outro
aspecto relevante na vida política de João Paulo II é que ele foi louvado como
grande liderança na arena politica internacional. Só ao Brasil, o pontífice
realizou três visitas oficiais. A primeira, em 1980, foi a mais marcante. Com
apenas dois anos de pontificado, João Paulo II desembarcou em Brasília no dia
30 de junho, onde se ajoelhou e beijou o chão. O gesto célebre, que ele repetia
sempre que visitava um país pela primeira vez, virou a sua marca. Na ocasião de
sua primeira viagem ao país, o papa percorreu treze cidades em apenas doze
dias. O evento mais marcante de sua passagem foi a celebração de uma missa
campal no maior estádio do mundo, o Maracanã, no Rio de Janeiro, no vigor de
seus 58 anos para cerca de 160 mil fiéis presente, cantando o refrão da música
tema de sua visita ao país. Foi nesta visita ao Brasil, que o papa veio à
cidade de Fortaleza, nordeste brasileiro e durante a sua passagem ele celebrou
uma missa para um Estádio Castelão que atraiu cerca de 120 mil pessoas contando
ainda com a presença do Frei Aloisio Lorscheider.
Em
terceiro lugar, conversar com alguém no “campo da contemplação” é utopia, pois
a palavra etimologicamente foi cunhada a partir dos radicais gregos “οὐ”, e “τόπος”,
portanto, o “não-lugar” ou “lugar que não existe”, posto que positivamente a
palavra tanto no plano de análise teórica ou mesmo na esfera de análise
ideológica suscita dúvidas e alimenta controvérsias. E desde já vamos apenas
lembrar acerca do uso de determinadas palavras que tiveram, desde o princípio
de sua origem, um sentido subjetivo. Uma delas é o “dekeō” (“dokē”, etc) que se
refere a pensar, esperar, acreditar, ter em mente, sustentar uma opinião,
relacionado com a doxa, opinião. Conceitos igualmente relacionados são “dekomai”
– aceitar, esperar; “dokimos” – aceite, aprovado; e dokeuō – esperar, ver
atentamente, estar de emboscada. Assim como, a palavra “peithō”, persuadir, com
o significado de conquistar, de fazer as coisas parecerem plausíveis ou
prováveis – subjetivamente prováveis, e como é óbvio, não existem quaisquer
dúvidas acerca do significado subjetivo destas palavras, que
desempenham um importante papel na história da Filosofia desde os tempos mais
remotos.
Em
determinado momento de minha vida um “crítico” da universidade de São Paulo
advertiu-me que o título de meu trabalho era enganoso. Não o levei a sério
porque ele é jornalista. Estão fazendo doutorado ex nunc, mas continuam sendo
jornalistas. Quando fazem crítica, deixam de serem jornalistas. Quando atuam
como jornalistas, não fazem crítica. Nessa área de conhecimento, salvo honrosas
exceções1, sobretudo fora do círculo da TV, por mais que queiram ou se esforcem
com a disciplina do pensamento teórico e empírico, não exercem a crítica
analítica com base no conhecimento científico estruturado em categorias e
conceitos, mas inegavelmente detêm o domínio das “palavras e das coisas”,
portanto, sobre o domínio e controle da informação, que em seu sentido alargado
refere-se a elemento de conhecimento relativo a um sujeito “mais ou menos
conhecido”, “plus ou moins connú”. Homilia da beatificação do papa Wojtyla.
Karl
Marx e Friedrich Engels foram pensadores que reunidos ensaios no livro: “Libertà
di Stampa e Censura” (cf. o original em alemão: “Presse freiheit und Zensur”,
1969) percebem e colocam em xeque do ponto de vista ideológico a difusão da
notícia para estes que assimilam que “a liberdade de imprensa é um
pré-requisito natural para a formação da opinião pública e, em seguida, um
sistema democrático de relações (…). Estavam cientes deste fato ao longo da
vida. A partir dos escritos iniciais de Marx, um jornalista político em 1842
para a carta de Friedrich Engels a Bebel de 1892, a defesa da liberdade de
imprensa contra a censura e corre intromissão burocrática como um fio para
todos os seus trabalhos” (Marx & Engels, 1970:21).
Vejamos
alguns exemplos contemporâneos. Há pouco Carlo Ginzburg no livro “Occhiacci
dilegno – Nove riflessioni sulla distanza” (1998) nos deu um bom exemplo – para
o que nos interessa -, sobre a interpretação jornalística, nesse caso ocorrida
em 1986 na Itália. O capítulo é intitulado “Um lapso do papa Wojtyla” e diz
respeito à discussão sobre o pedido de perdão aos judeus pela Igreja católica
assumida corajosamente quando o papa visitou uma sinagoga em Roma. A visita de
João Paulo II havia sido anunciada; jornalistas do mundo inteiro esperavam no
meio da multidão. O rabino-chefe, ElioToaff, e o presidente da comunidade
judaica de Roma, Giacomo Saban, recordaram a perseguição a que os judeus haviam
sido submetidos por gerações a fio, em particular os judeus romanos; recordaram
igualmente as humilhações, as mortes, os lutos. As palavras do papa foram: “Caros
amigos e irmãos, judeus e cristãos”. No periódico Avvenire de 8 de outubro, Gian Franco Svidercoschi tachou de
“leviandade e superficialidade” o que Ginzburg escreveu sobre tal expressão com
que o papa Wojtyla se dirigiu aos judeus na visita à sinagoga.
Nas
palavras do papa, afirma o indiciarista Carlo Ginzburg, eu via um eco, que me
parecia e ainda me parece óbvio, do trecho da “epístola aos Romanos” (9: 12) em
que Paulo aplica a judeus e gentios convertidos ao cristianismo a profecia do
Gênesis (25: 23) sobre Esaú e Jacó: “O mais velho será servo do mais moço”. Se
há um texto fundador do antijudaísmo cristão, é esse. Mas depois de analisar a
possibilidade de ter sido uma alusão consciente – que, naquele lugar e naquela
circunstância, teria tido um sabor inoportuno, Ginzburg observou que o conjunto
do discurso do papa Wojtyla excluía tal possibilidade. Isto porque, para ele
Svidercoschi descreve o lapso do papa Wojtyla como um “lapso freudiano”.
O
texto a que Svidercoschi alude é símbolo político polonês, um credo
político-religioso escrito por Mickiewicz em italiano e polonês, datado de
Roma, 29 de março de 1848: - “A toda Israel, nosso irmão mais velho da
igualdade (…) de todos os direitos político-civis”. Evidentemente ele foi
induzido ao erro pelo título do artigo publicado em Repubblica, “O lapso
freudiano do papa Wojtyla”. A conclusão que Ginzburg chega é a seguinte: Mas
quem, como Svidercoschi, é jornalista, deveria saber que os títulos são
inseridos na redação. Se tivesse lido menos apressadamente meu artigo,
Svidercoschi teria percebido que eu mencionava isso sim, o lapso inconsciente,
mas recusava a interpretá-lo, como Freud teria feito, em termos de psicologia
individual.
Bibliografia geral consultada.
AGOSTINHO, Santo, A
Doutrina Cristã, São Paulo: Edições Paulinas, 1991; AQUINO, Tomás de, Summa Theologica. 2ª edição. Porto
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Guaraldi Editore, 1970; TVARDOVSKAIA, Valentina Aleksandrovna, El Populismo Russo. México: Siglo XXI,
1972; FOUQUIÉ, Paul & SAINT-JEAN, A., Dictionaire
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_________________
* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências juto à Escola de Comunicações e Artes. São Paulo: Universidade de São Paulo. Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais. Centro de Humanidades. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará (UECE).
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