Ang Lee - Chutes Altos, Técnica e Visão Cinematográfica.
Ubiracy de Souza Braga* “O destino de nossos tempos está caracterizado pela racionalização e intelectualização”. Max Weber
Ang
Lee nasceu em Chaozhou, em 23 de outubro de 1954, uma cidade da República
Popular da China, localizada na província de Cantão (Guangdong), em 23 de outubro
de 1954. Chaozhou é onde encontra-se situada a montanha Fenghuang, escondida na
névoa, onde estão as aldeias da cidade de Fenghuang. A cidade de Fenghuang, com
área de plantação de chá superior a 70.000 mu com cerca de 4.666,7 hectares e
valor anual de produção de cerca de 1 bilhão de yuans, é a principal área de
desenvolvimento da produção do chá. Agora que já estão ocupados entre os
habitantes da vida dos produtores locais, embora as pessoas estejam muito
ocupadas na montanha e um dia sejam muito pobres, um ponto muito próximo da
vida sempre tentarem evitar contato com eles. Todo o mistério, porém, está no
chá Oolong, chamado Dancong, que significa grupo único plantado na montanha
toda. A cidade integra o cultivo de chá ao turismo cultural para melhorar o
cultivo de e o nível de gerenciamento moderno dos jardins de chá com o Gabinete
de Informação do Governo Popular do Município. Com o grande número de turistas,
aumenta os benefícios abrangentes do chá Fenghuang Dancong. Ele é plantado em
um único grupo (cluster), colhido e processado. Com sido de forma agradável,
duradouro pelo sabor doce e suave e duradouro no palato, tem muito apreciadores
de chá. A representação do chá Oolong caracteriza um ritual e bebida bastante tradicional na China, feito das folhas da planta Camellia
sinensis, a mesma planta utilizada para fazer o chá verde e o chá preto. A
diferença entre as bebidas é a maneira como o chá é processado. Folhas de chá
contêm certas enzimas que produzem uma reação química denominada oxidação. O
processo de oxidação transforma as folhas de chá verde em uma cor preta
profunda. Assim, o chá verde não pode oxidar muito, mas o chá preto sim.
Já o
chá oolong tem um nível de oxidação parcial que fica entre os outros dois chás.
É essa oxidação que vai gerar a cor e o sabor característicos do chá oolong.
Além dessas características, o chá possui substâncias, como antioxidantes, que
podem trazer diversos benefícios à saúde e ao bem-estar. Esse chá é um dos mais
populares na Ásia, principalmente em Taiwan. Chaozhou,
uma cidade histórica e cultural bem conhecida, tem visto um fluxo de turistas
chineses e estrangeiros, com sua história consagrada pelo tempo, cultura e
próspera única, artesanato requintado e belas paisagens. Nela, os turistas
podem experimentar o chá Kung Fu, com pontos de visita e sabor persistente,
admirar locais, como o bordado e cerâmica de Chaozhou a Ponte Guangji, além de
sentir o charme único da cultura Chaozhou. Nos últimos anos do chá Feng Dancong
se desenvolveu rapidamente e tornou-se uma das indústrias agrícolas de Changhu.
Além do tradicional, os produtores de chá também respondem ao apelo do governo
para modernização industrial, buscando novas ideias e mudanças. Hu Yuanzhi, um
produtor de chás-década de 1980, pertence a uma família em que nove anos
consecutivos se dedicaram ao cultivo chá. Diferentes métodos de cultivo
tradicionais e do modo de construção das gerações anteriores, Huanzhi espera
adotar métodos científicos de plantio e manejo, melhorar a chávena do cultivo
da qualidade antiga e de construção centenária, com base na herança das árvores
antigas de cultivo e nas habilidades de cultivo legadas de seus pais.
Atualmente,
está em andamento a construção do Parque Industrial Agrícola Moderno Provincial
para o Chá Fenghuang Dancong. O mercado de comércio de chá também está sendo
planejado, com um espaço cultural para chá e outras funções, como herança
imaterial cultural, treinamento de habilidades para o chá Kung Fu. O
enriquecimento enriqueça a casa das pessoas de Fenghuang, que embarcou na
agricultura próspera com ciência e tecnologia e enriqueceu os agricultores, com
as pessoas do caminho. – “A indústria do chá na cidade de Fenghuang, além de
buscar desenvolver uma, consolidar e melhorar uma indústria primária,
contribuirá para o desenvolvimento integrado, conectando-se às instalações de
atividades secundárias e terciárias”, disse Huang Zhigang, secretário do
Partido do Partido Comunista Chinês e terciárias da Cidade de criação de
confiança, uma cidade que cria, ao contrário, de forma confiável, ao único e
pelo que se destaca, como destacada pela chácara e atividades terciárias também
serão aprimoradas. Os jardins de chá foram transformados em parques, e os
produtores se tornaram investidores. Dessa forma, a está bem protegida, a renda
dos produtores nutritivos e as propriedades ecológicas dos produtos agrícolas
revitalizaram-no.
É
um cineasta, produtor e roteirista taiwanês radicado nos Estados Unidos da
América. Ele ganhou o Oscar de Melhor Diretor por duas vezes, primeiro por O
Segredo de Brokeback Mountain (2005) e mais recentemente por As
Aventuras de Pi (2012), sendo o primeiro cineasta de origem asiática a
ganhar o Oscar de Melhor Diretor. O ator, produtor e cineasta Ang Lee estudou
na National Taiwan College of Arts e depois, já morando nos Estados Unidos,
estudou direção na Universidade de Illinois e produção cinematográfica
em Nova Iorque. Durante a faculdade, foi assistente de direção de Joe`s
Bed-Stuy Barbershop: We Cut Heads, filme universitário de Spike Lee. Em
1992 estreou como diretor de longa-metragem com A Arte de Viver. Em
1993 dirigiu O Banquete de Casamento, que ganhou o Urso de Ouro no
Festival Internacional de Cinema de Berlim e o prêmio de direção no Festival de
Seattle, além de receber uma indicação para o Golden Globe Awards/Globo de
Ouro.
Em 1994, Lee dirigiu Comer Beber Viver, que recebeu uma indicação
para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Um ano depois realiza Razão e
Sensibilidade (1995), primeiro filme de elenco internacional, com estrelas reconhecidas
como Emma Thompson, Kate Winslet e Hugh Grant. O filme, baseado no romance de
Jane Austen, foi indicado ao Oscar de Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado,
além de outros prêmios pelo mundo. Em
1997, dirige novo filme com elenco internacional, Tempestade de Gelo. Em
2000, com o filme O Tigre e o Dragão, obtém dois Globos de Ouro sendo
ovacionado no Festival de Cannes. Após as críticas “mornas” à sua versão de Hulk,
adaptação dos quadrinhos da Marvel Comics, lançada em 2003, Lee recuperaria o
seu prestígio social como cineasta em 2005 com O Segredo de Brokeback Mountain (cf. Hioka,
2009). O filme, que retrata o romance entre dois peões no preconceituoso e
machista cenário ideológico do meio-oeste norte-americano, levaria o diretor a receber o Oscar e o Globo
de Ouro pelo trabalho. Neste último, também ganhou o prêmio de Melhor Filme
Dramático. Ang Lee declarou na ocasião que o cinema chinês vai superar a
rentabilidade do cinema de Hollywood, em apenas dez anos, sem sequer ter de se
preocupar comercialmente em ter que atingir públicos em outros idiomas.
Muito antes de ser o primeiro asiático a ganhar o Óscar de Melhor Diretor, Ang Lee conquistou projeção com seu segundo longa-metragem, intitulado: Banquete de Casamento (1993). Taiwanês radicado na América do Norte, demonstrou excepcional sensibilidade para retratar a tragicômica desventura de Wai-Tung, jovem que vive em Nova York com seu namorado e decide se casar com uma artista chinesa, numa ética de solidariedade, para que ela receba o United States PermanentResident Card, visto de imigração concedido pelas autoridades daquele país. Diferentemente dos outros tipos de vistos ele não restringe ou limita as ações de quem o tem. Todos os outros tipos de visto são temporários e atrelados à sua especificidade, enquanto o Greencard aparentemente é “permanente e sem vínculos”. A única restrição é não ficar mais de um ano ou sucessivos períodos muito longos fora dos Estados Unidos. O green card representa um contrato social, chamado vistodeimigração, processo necessário para obter entrada para os postos de imigração nos aeroportos, curiosamente, permanente, pressupondo que o portador desta identificação nominal que possui, deseja efetivamente fixar residência nos Estados Unidos da América.
Na China desenvolveu-se uma tendência mística chamada
taoísmo, cujo fundador é Lao-Tsé, mas que foi tragada pela poderosa “força da
magia”, razão pela qual a religião chinesa ficou imersa em um “jardim mágico”.
Taoísmo ou daoismo refere-se a uma tradição filosófica e religiosa que tem
influenciado os povos do leste da Ásia há mais de 2.500 anos. A palavra 道, “tao” (ou “dao”), dependendo do esquema de
romanização, é frequentemente traduzido como “caminho” ou “o caminho”, mas com
inumeráveis nuances na mitologia e filosofia chinesa. Desta forma, ela não
desenvolveu um potencial de racionalização prática das condutas como ocorre no
ocidente. Uma das singularidades dessa formação
(σχηματισμός) está em seu caráter laico e literário. A relação da educação com
a burocracia chinesa e o conjunto da sociedade aparece já no primeiro
parágrafo, paradigmaticamente descrito pelo giant
Max Weber: “Durante doze séculos, a posição social na China foi determinada
mais pelas qualificações para a ocupação de cargos do que pela riqueza. Essa
qualificação, por sua vez, era determinada pela educação, e especialmente pelos
exames. A China fizera da educação literária a medida do prestigio social de
modo o mais exclusivo, muito mais do que na Europa durante o período dos
humanistas, ou na Alemanha” (cf. Weber, 1982: 471).
O ator, produtor e cineasta Ang Lee estudou na
National Taiwan College of Arts e depois, morando nos Estados Unidos,
estudou direção na University of Illinois e produção cinematográfica na New
York University. Durante a formação, foi assistente de “Joe`s Bed-Stuy
Barbershop: We Cut Heads”, filme universitário de Spike Lee. Em 1992 estreou
como diretor de longa-metragem com “A Arte de Viver”. Em 1993 dirigiu “O
Banquete de Casamento”, quando ganhou o Urso de Ouro no Festival Internacional
de Cinema de Berlim e o prêmio de direção no Festival de Seattle, além de
receber uma indicação para o Globo de Ouro. Em 1994, Lee dirigiu “Comer Beber
Viver”, quando recebeu uma indicação para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Um ano depois realiza “Razão e Sensibilidade”, primeiro filme de elenco
internacional, com estrelas como Emma Thompson, Kate Winslet e Hugh Grant. O
filme, baseado no romance de Jane Austen, foi indicado ao Óscar de Melhor Filme
e Melhor Roteiro Adaptado, além de outros prêmios pelo mundo. Em 1997, dirige
novo filme com elenco internacional, “Tempestade de Gelo”. Em 2000, com “O
Tigre e o Dragão” ganha dois Globos de Ouro e desta forma o diretor é
ovacionado no Festival de Cannes.
O filme: O Tigre e o Dragão, reconhecido por “Wo
hu cang long” e por seu título em inglês: “Crouching Tiger, Hidden Dragon”, foi
coproduzido pela China, Taiwan, Hong Kong e Estados Unidos da América, de 2000,
do gênero “wuxia/ação”, dirigido por Ang Lee e com roteiro baseado em livro de
Du Lu Wang. O gênero denominado “Wuxia” é muito semelhante ao tradicional capa e espada da literatura europeia, mas baseado em uma filosofia referente a um código de honra e conduta histórico. Muito antes de serem levados ao cinema, os mestres marciais já habitavam as artes do país mais populoso do mundo. Os poemas, os romances e o tradicional teatro de rua expresso através de fantoches e teatro de máscaras já reproduziam histórias reais que se transformaram em mitologia e histórias fantásticas que se eternizaram como heróis de uma nação.Uma sequência foi anunciada para 28 de agosto de 2015, tanto para o
serviço de streaming Netflix, quanto em salas de cinema IMAX (image maximum), é disso que se trata. A marca é vendida com o slogan viva a experiência, de tanto que se diferencia de um cinema convencional. oferecendo um
serviço de TV por Internet a mais de 50 milhões de assinantes distribuídos por
mais de 40 países que assistem, mensalmente, a mais de 01 (um) bilhão de horas
de filmes, séries de TV e produções originais. Com base em um romance épico de cinco volumes do
escritor Wang Du Lu, um romancista chinês de mistério, ficção científica e romance de wuxia que escreveu sob o pseudônimo de Wang Dulu. Wang também é reconhecido pelo nome de cortesia Xiaoyu. O filme, falado em mandarim retrata a China no início do
século XIX, mas não existe uma identidade comum mandarim baseada no idioma (cf.
Gernet, 2005). Em vez disso, existem o registro de identidades regionais, como em
qualquer cultura solidária centradas em cada um dos dialetos individuais, devido à ampla
distribuição geográfica e diversidade cultural de seus membros falantes. Deve-se
ressaltar também que, apesar de seu uso difundido no Ocidente, a maior parte
dos falantes nativos de mandarim são relutantes em reconhecer o termo
para descrever o idioma, já que a palavra não singulariza qualquer origem chinesa;
em vez disso, costuma-se referir à língua simplesmente como chinês padrão.
Como todas as outras variantes do chinês, existem
diversas controvérsias sobre se o mandarim deve ser considerado um idioma ou um
dialeto. É na verdade, uma família linguística que pertence ao tronco linguístico sino-tibetano. Aproximadamente um quinto dos habitantes da Terra fala alguma forma de chinês como língua materna, tornando a língua chinesa a mais falada no planeta, embora não a mais difundida.Mas no filme é utilizado através da disputa de dois casais de
guerreiros por uma espada lendária, roubada após o mestre de artes marciais Li
Um Bai decidir se afastar das lutas e combates. A suspeita do furto recai sobre
a guerreira bruxa Jade Fox, que no passado assassinou o mestre de Li Um Bai. O
filme se destaca pela bela articulação entre romance e artes marciais, onde a
principal atração é representada por radiantes cenas de lutas que superam a lei
da gravidade. Para tais efeitos visuais utilizou-se de cordas, depois retiradas
digitalmente das cenas que, movimentadas por um guindaste, suspendiam os
atores numa velocidade impressionante e rápida, fornecendo uma plástica
singular entre movimentos e tempo, modelados com muita leveza para os embates.
Chutes altos, em geral, bem como salto pontapés, eram
estrangeiros para estilos do sul, e sua presença em “Wing Chun”, bem como as
artes marciais japonesas e coreanas é provavelmente devido à influência de um
estilo do norte. Historicamente, o desenvolvimento e difusão de técnicas de
“chute voador” em artes marciais asiáticas parece ter ocorrido durante o período entre os anos
1930 a 1950. Durante este tempo, as artes marciais chinesas revelou uma
influência sobre as artes marciais tradicionais de Okinawa, uma prefeitura japonesa formada por mais de 150 ilhas no Mar da China Oriental entre Taiwan e Japão continental. Ela é muito apreciada por seu clima tropical, pelas praias amplas e pelos recifes de corais, bem como pelos locais utilizados da Segunda Guerra Mundial, desde o início da década de
1940, especificamente Shorinji Kempo, é arte marcial japonesa, desenvolvida ao mesmo tempo que a meditação Zazen, visando à autodefesa e melhoria da saúde, num contexto similar ao dos monges do templo Shaolin. Regime marcial profundamente meditativo, o shorinji kempo foi ensinado durante numerosos anos unicamente àqueles que entravam para o sacerdócio. Artes marciais de Okinawa, foi por sua vez
comparativamente desenvolvida em karate e, finalmente, também na arte de Taekwondo. A ênfase especial de
Taekwondo na fiação, pulando e chutes
voadores representa um desempenho notável de contribuição histórica da década de 1960.
A realização efetiva de uma voadora se baseia em uma
preparação mental combinada com uma
condição precisa atlética. Por exemplo, um elemento típico de preparação consiste em
exercer mentalmente, do ponto de vista da abstração e visualizando, como uma espécie de gradação, o pontapé de voo antes da sua execução. A
voadora realizada corretamente requer a cair nos pés, mantendo o equilíbrio. Enquanto
a eficiência de um pontapé de salto em esportes de combate ou defesa pessoal é
altamente discutível, o movimento é popular para fins de demonstração, tendo
como resultado a habilidade do praticante e controle das emoções como um movimento de
dança. Chutes voadores são considerados entre as técnicas das artes
marciais mais difíceis de executar corretamente. Em ensaio dedicado a chutes
voadores em “taekwondo” cita “trainer Yeon Hwan” (1991). Argumenta-se que
o principal benefício dos voos de chutes de formação diz respeito “a superação
das barreiras mentais pela superação de desafios físicos que dá a confiança do
aluno”. Nas artes marciais, uma voadora representa um golpe preciso que resulta da ação técnica de um pulo combinado com um chute, geralmente atingindo a parte superior do tronco do oponente
No caratê, a técnica o golpe é conhecido como Yoko-tobi geri e na capoeira chamado vôo do morcego. Shorinji é a tradução para o japonês de Shaolin. Kempo é a tradução para o japonês de Kung Fu. Portanto, shorinji kempo é o nome em japonês para o estilo shaolin de kung fu. O estilo foi criado no templo Shaolin, na província de Henan, na China, no século VI, pelo monge budista indiano Bodhidharma. No início do século XX, um famoso mestre dessa arte na China era Wen Laoshi, líder da escola Shaolin do Norte (Ihermen Tuen). Um de seus alunos era o japonês Doshin So, que teve de retornar a seu país de origem por ocasião da Segunda Guerra Mundial. Doshin So reorganizou o estilo, adaptando-o à cultura do Japão e traduzindo seu nome para o japonês, criando, assim, o atual estilo shorinji kempo. Doshin estabeleceu seu quartel-general em Tadotsu, na prefeitura de Kagawa, na ilha de Shikoku. Os praticantes do estilo chamam Doshin So de kaisu, termo japonês que significa fundador. Ainda que infinitamente impregnado da teoria da calma nas ações - a meditação Zazen representa a calma, e o kempo representa a ação -, o Shorinji pensa que alguns de seus aspectos não podem existir de uma maneira independente. No shorinji kempo, os dois aspectos são de importância igual. Todos os atrativos do shorinji kempo necessitam de esforço cooperativo de duas pessoas: praticar suas técnicas encoraja o respeito mútuo, a compreensão e o desenvolvimento da amizade. A verdadeira força do shorinji kempo é combinação do espírito de benevolência para com o esforço e a perseguição paralela da meditação calma e do ensinamento físico ativo.
A China tem a mais longa tradição cultural do mundo,
com uma história social contínua de mais de 3.000 anos, incluída a revolução comunista chinesa, refere-se à fase final (1946-1950) da Guerra Civil Chinesa. Em algumas mídias comunistas e a historiografia anti-revisionista, bem como a mídia oficial do Partido Comunista da China, este período é reconhecido historicamente como Guerra de Libertação. A cultura chinesa
conheceu uma notável longevidade e expansão geográfica que remonta pelo menos
ao terceiro milênio a. C., período em que este povo se concentrava na região do
Rio Amarelo (Huang He). Caracterizada pela serenidade e permanência das formas
expressivas e pela rigidez de valores estéticos, a cultura chinesa procurou, através das suas realizações artísticas a harmonia com o universo. Com
a abertura da cultura, verificada durante a dinastia Ching
tornou-se evidente, em paralelo com a exportação de artefatos para o mundo ocidental, a apropriação pela China de outras linguagens. Um dos acontecimentos mais importantes da dinastia Han (206 a. C.-220
d. C.) foi a introdução do budismo, proveniente da Índia e da Ásia Central, uma
vez que os templos e mosteiros budistas se tornaram os grandes patrocinadores e
guardiões das artes. Na Ásia Oriental, o tigre é um animal venerado que
simboliza a realeza, o destemor e a ira. Comparativamente, para os chineses, os tigres
simbolizam a coragem e a força, no entanto, um tigre branco simboliza a virtude
real e corresponde a um dos quatro símbolos das constelações chinesas, junto ao
dragão azul, a tartaruga negra e o pássaro vermelho. Para os budistas esse
felino simboliza a força espiritual, a fé, a confiança incondicional, a
consciência disciplinada, a gentileza e a modéstia. Tsai Shen Yeh, o Deus chinês
da riqueza, cavalga num tigre feroz para proteger seus baús de dinheiro. Durga, Deusa Hindu suprema, mãe de Ganesha, do intelecto, da sabedoria e da fortuna para a tradição do hinduísmo e védica, aparece montada numa
tigresa para a batalha. No Hinduísmo, Shiva, o Deus da destruição,
da transformação e da renovação, aparece montado num tigre ao mesmo tempo em
que veste sua pele. Diante disso, o tigre simboliza o poder, a coragem, a
força. O dragão chinês é uma criatura mitológica chinesa que aparece também em outras culturas orientais, e também conhecidos às vezes como dragão oriental.
Descrito como longo, uma criatura semelhante a uma serpente de
quatro garras, ao contrário do dragão ocidental que é quadrúpede e representado
geralmente como mau, o dragão chinês tem sido por muito tempo um símbolo poderoso
do poder auspicioso no folclore e na arte chineses. Os dragões chineses
controlam a água nas nações de agricultura irrigada. Este é o contraste com o
dragão ocidental, que podem cuspir fogo para mostrar o seu poder mítico. O
dragão também é a junção do conceito de yang
e associado com o tempo para trazer chuva e de água em geral. Seu correlativo
feminino é Fenghuang, mas parece não ter nenhuma conexão com a fênix ocidental, que deriva da mitologia egípcia. Peculiarmente, o ocidental da fênix também pode ser parte de uma referência a um pássaro pré-histórico, a garça benu. O dragão às
vezes é usado no ocidente como um emblema nacional da China. Entretanto, este
uso na República Popular da China e da República da China em Taiwan é considerado raro. O filme narra a história de duas mulheres, ambas exímias lutadoras, e cujas vidas se encontram na época da Dinastia Qing. Os destinos das duas as conduzem a uma jornada violenta e surpreendente, e que as obrigará a fazer escolhas que poderão mudar as suas preciosas vidas. A tônica do
filme: O Tigre e o Dragão reconhecido por Wo hu cang long e por seu título Crouching Tiger, Hidden Dragon tem como escopo na dramaturgia a representação do guerreiro prestes a se aposentar,
sua amiga a quem ele confere a guarda de sua lendária espada e a filha do
governador que pretende roubar o reverenciado artefato.
Somar estes três elementos é
transformá-los metafisicamente mais do que um filme de ação com lutas representadas no céu e
na água. E neste sentido: a) tão ou mais bem coreografadas muito mais do que um
filme sobre kung fu, b) que demonstra a capacidade de Ang Lee usou da sua inerente
sensibilidade sobre a condição humana ao narrar o épico O Tigre e o Dragão e,
além disso: c) por mais que renda belas sequências que ficaram no imaginário individual
(o sonho) e imaginário coletivo (os mitos, os ritos, os símbolos) cinematográfico
mundial, fica em segundo plano perante a grandiosidade da história cultural sobre
liberdade tanto física como emocional, tão bem conduzida pelo cineasta
taiwanês, d) além das emocionantes atuações dos astros Chow Yun-Fat e Michelle
Yeoh e da revelação artística Zhang Ziyi. O filme é um libelo, exemplar, e
serve de registro etnográfico para irradiar a memória “Wo hu cang long”, não apenas de quem é amante do gênero,
mas de todos os amantes da arte em
geral. A Dinastia Han
foi uma dinastia chinesa que durou de 206 a. C. até 220 d. C., tendo sido
precedida pela dinastia Qin e seguida pelos três reinos significativos da China. A dinastia
Han foi governada pela família do clã de Liu. O reino da dinastia
Han, com seus 400 anos de duração, é considerado geralmente um dos grandes
períodos da história da China. Até hoje, a maioria étnica da China ainda diz
ser “descendente de Han”. A China é um país multinacional e muti-étnico unificado composto por 56 etnias. O maior grupo étnico é Han, que representa mais de 90% da população chinesa; os outros grupos são as minorias étnicas. Durante a dinastia Han, a China oficialmente
transformou-se em um Estado confucionista e progrediu socialmente em questões como
agricultura, artesanato e o comércio floresceram, e a população chegou a 55
milhões. O império estendeu sua influência ideológica e cultural sobre a
Coreia, Mongólia, o Vietnã, e a Ásia central antes de gradativamente
se transformar sob uma combinação de pressões da globalização de fora
para dentro da nação. Bibliografia geral consultada.
BARTHES, Roland, Mitologias.
São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1972; BETTELHEIM, Charles, Revolución
Cultural y Organización Industrial em China. 4ª edición. Trad. René Palácios
More. México: Siglo XXI Editores, 1977; BRAUDEL, Fernand, Civilization Matérielle,
Économie et Capitalisme, XVe-XVIIIe Siècle. Paris: Editeur Armand Colin,
1979, 3 tomos; WEBER, Max, Ensaios de Sociologia. Organização e
Introdução de Hans Gerth e Charles Wright Mills. Rio de Janeiro: Zahar
Editores, 1982; MEYER, Charles, Histoire de la Femme Chinoise. 4000 ans de
Pouvoir. Paris: Editeur Jean Claude Lattès, 1986; GERNET, Jacques, Le
Monde Chinois. Paris: Armand Colin,
2005, 3 volumes; ADICHIE, Chimamanda Ngozi, Meio Sol Amarelo. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2008; HIOKA,
Luciana, The Cowboy Comes Out of The Closet: questions on sexuality and
national in the film Brokeback Mountain. Programa de
Pós-Graduação em Letras/Inglês. Florianópolis: Universidade Federal de Santa
Catarina, 2009; POCH-DE-FELIU, Rafael, La
Actualidad de China – Un Mundo en Crisis una Sociedad em Gestación.1ª edição. Madri: Editora Crítica, 2009; MARTEL, Yann, As Aventuras de Pi. Trad. Maria Helena
Rouanet. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2012; MORIN, Edgar, Ciência
com Consciência. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 2014; TRALCI FILHO, Marcio Antonio, Artes Marciais Chinesas: Histórias de Vida de Mestres Brasileiros e as Tensões entre a Tradição e o Modelo Esportivo. Dissertação de Mestrado. EScola de Educação Física e Esporte. São Paulo: Universidade de São paulo, 2014; FOSTER,
Hal, O Retorno do Real. São Paulo: Editor Cosac Naify, 2014; MONTE,
Raquel do, Devir-mundo: A Errância no Cinema Contemporâneo. Tese de
Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Recife: Universidade
Federal de Pernambuco, 2015; SANTOS, Christiane Tenório dos, Motivação para Prática Esportiva e sua
Relação com Características da Personalidade em Atletas de Esportes Olímpicos
de Combate. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação
Física. Mestrado em Educação Física. São Cristóvão: Universidade Federal de
Sergipe, 2015; entre outros.
_________________________________
Sociólogo (UFF),
Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e
Artes. São Paulo: Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado
da Coordenação do curso de Ciências Sociais. Centro de Humanidades. Fortaleza:
Universidade Estadual do Ceará (UECE).
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