Ubiracy de Souza Braga
“Só a Antropofagia nos une. Socialmente.
Economicamente. Filosoficamente”. Oswald de Andrade
James
Marshall Hendrix, nascido Johnny Allen Hendrix em Seattle, em 27 de novembro de
1942 e morto em Londres, em 18 de setembro de 1970, foi um exímio guitarrista,
cantor e compositor norte-americano. Na grande maioria das listas já publicadas
de melhores guitarristas da história da música, ocupa o primeiro lugar, é um
dos mais influentes músicos de sua Era, em diversos gêneros musicais. Nascido
em Seattle, Washington, Jimi Hendrix cresceu tímido e sensível, tendo de ser o responsável por cuidar de seu irmão mais
novo, Leon Hendrix, profundamente afetado por problemas familiares, tais como o
divórcio dos seus pais em 1951 e a morte de sua mãe em 1958, quando ele tinha
apenas 16 anos. Era muito afeiçoado à sua avó materna, que possuía sangue cherokee,
e que incutiu no jovem Jimi um forte sentido de orgulho de seus ancestrais
nativos norte-americanos. Certa vez quando estava trabalhando na retirada de
sucata junto com seu pai, Jimi encontrou um ukulele, instrumento de 4
cordas, introduzido no Havaí pelos portugueses no século XVII que tinha apenas
uma corda, mas que mesmo assim o encantou, posteriormente e com muita
dificuldade comprou, por apenas 5 dólares, uma guitarra acústica, pondo-o no
caminho da vocação. Depois
de tocar com várias bandas locais de Seattle, Hendrix alistou-se ao exército,
juntando-se à 101ª Divisão Aerotransportada baseada em Fort Campbell, Kentucky,
a 80 km da cidade de Nashville, no Tennessee, como paraquedista.
Ali ele
serviu por menos de um ano e recebeu dispensa médica “após fraturar o tornozelo
em um salto”. Mais tarde ele diria que o som do ar assobiando no paraquedas era
uma das fontes de inspiração para o seu som “espacial” na guitarra. Não há
nenhum registro médico no exército norte-americano sobre a dispensa de Hendrix.
Em 2005, Charles Cross, que foi autor da biografia do líder do Nirvana, Kurt
Cobain, publicou no seu livro “Room Full of Mirrors”, que o guitarrista alegou
estar apaixonado por um dos seus colegas do seu agrupamento, numa visita ao
serviço psiquiátrico em 1962, em Fort Campbell, estado do Kentucky. Aquilo era mentira,
segundo Cross, que relata a preferência do músico por mulheres. – “Ele queria
apenas escapar do exército para se dedicar à música”. Jimi Hendrix, que se alistou
como voluntário para a guerra contra o Vietnã, na realidade concreta nunca esteve em combate; porém,
as suas gravações tornaram-se as favoritas entre os soldados que lá lutavam.
Inicialmente levou uma vida precária tocando em bandas de apoio a músicos de
soul music e blues como Curtis Knight, B. B. King, e Little Richard em 1965. Sua
primeira aparição como astro do blues destacada foi com os Isley Brothers, principalmente na canção
Testify em 1964.
A história da cultura da Polônia, cuja origem remonta
aos primeiros eslavos, foi profundamente influenciada pelos seus laços com o “social
irradiado” dos mundos germânicos, latino e bizantino. Fora o diálogo contínuo
com os demais grupos étnicos e minorias que vivem na Polônia. O povo polaco é
tradicionalmente visto pelos artistas mundiais como hospitaleiro e ansioso para
acompanhar as tendências culturais e artísticas populares em outros países
europeus. A Polônia tem uma cena musical viva e diversificada e até mesmo os
seus próprios gêneros, como a poesia cantada e o disco polo. Inclui desde
compositores famosos, como Chopin ou Penderecki, até música folclórica
tradicional ou regionalizada. A Polônia é um dos poucos países europeus
onde o rock e o “hip hop” predominam sobre o “pop”, enquanto que os gêneros
de música alternativa encorajam desenvolvimentos futuros da música polaca.
A Polônia é uma democracia liberal que adota o sistema
parlamentarista de governo. O presidente é o chefe de Estado e o
primeiro-ministro, chefe de governo. O governo compõe-se do conselho de
ministros (gabinete). Incumbe ao presidente nomear o governo por proposta do
primeiro-ministro, com base na maioria parlamentar (ou de coligação) da câmara
baixa do parlamento (o Sejm). O
presidente é eleito por voto direto a cada cinco anos. Os membros do Sejm são eleitos pelo menos a cada
quatro anos por voto direto. O parlamento polaco constitui-se por duas câmaras:
o senado, com cem cadeiras, e o Sejm,
com 460 cadeiras. Este último é eleito por representação proporcional. Com
exceção de partidos de minorias étnicas, apenas as agremiações que ultrapassem
5% dos votos nacionais podem ter deputados no Sejm. Quando em sessão conjunta, o senado e o Sejm formam a
Assembleia Nacional (“Zgromadzenie Narodowe”), convocada quando o presidente
assume o cargo, é indiciado pelo Tribunal de Estado ou é declarado incapaz
devido a sua saúde. O poder Judiciário inclui o Supremo Tribunal da Polônia (“Sąd
Najwyższy”), o Supremo Tribunal Administrativo, o Tribunal Constitucional e o
Tribunal de Estado. O atual presidente é Bronisław Komorowski, sucessor de Lech
Kaczyński, o qual faleceu num acidente aéreo no dia 10 de abril de 2010 na
região do aeroporto de Smolensk, no oeste da Rússia.
A reconhecida expressão “Polônia Jovem” (“Młoda Polska”)
representou um período modernista da arte, da literatura e da música polonesa
que cobriu cerca dos anos desde 1890 até o final da guerra europeia de1918. Ele
é considerado a representação de um
dos efeitos da forte oposição às ideias originárias do positivismo e promoveu
os caráteres da decadência, do neoromantismo, do simbolismo, do impressionismo
e do chamado “Art Nouveau”. O termo foi reconhecido após um dos manifestos de
Artur Górski, publicado no diário Życie
(“A Vida”), com sede em Cracóvia, no ano 1898 e imediatamente aceite nas partes
da Polônia dividida, como analogia a outros termos correlatos: “Alemanha Jovem”,
“Bélgica Jovem”, “Escandinávia Jovem”, e assim sucessivamente, para termos uma
ideia “un passant” do rejuvenescimento polonês.
Jimi Hendrix nascido Johnny Allen Hendrix em Seattle,
27 de novembro de 1942 e morto em Londres, 18 de setembro de 1970, foi um
guitarrista, cantor e compositor norte-americano. É considerado o melhor e
maior guitarrista da história social do rock, e o mais importante e influente
músico de seu tempo e movimento, em diversos gêneros musicais. Depois de obter
sucesso inicial na Europa, conquistou fama nos Estados Unidos, marcadamente em
1967, no Festival Pop de Monterey. Hendrix foi a principal atração, dois anos
mais tarde, do extraordinário e icônico Festival de Woodstock (EUA) e do Festival da Ilha de Wight, localizada
a Sul de Southampton, na costa Sul da Inglaterra. É a maior ilha no Canal da
Mancha e está separada da Grã-Bretanha pelo estreito denominado Solent, em
1969 e 1970 respectivamente. Hendrix revolucionou a guitarra com a utilização
de amplificadores distorcidos e crus, dando ênfase ao ganho e aos agudos.
Ajudou a desenvolver a técnica, até então indesejada, da microfonia.
A literatura polonesa historicamente é baseada sobre
duas concepções principais: A primeira concepção na típica desilusão modernista
versus a burguesia, seu modo de viver e sua cultura. Os artistas que seguiram esta
concepção acreditaram na decadência, no fim de toda a cultura, no conflito
entre os homens e sua civilização, e, para o que nos interessa, na concepção da
arte como valor supremo. Entre outros autores destacam-se Kazimierz Przerwa
Tetmajer, Stanisław Przybyszewski, Wacław Rolicz-Lieder e Jan Kasprowicz. A
segunda concepção tem como representação social da arte a continuação do
romantismo, e daí advém a designação neo-romantismo. O grupo de escritores que
perseguiu esta ideia foi menos organizado, mas esses mesmos escritores cobriram
uma vasta gama de temas nas suas escrituras. Desde o conteúdo de sentido da
missão do polonês na prosa de Stefan Żeromski seguindo na direção da
desigualdade social descrita por Władysław Reymont e Gabriela Zapolska,
passando pela crítica da sociedade polonesa e também pela história social da
Polônia de Stanisław Wyspiański.
O período inicial da literatura contemporânea é
controverso. De acordo com os historiadores, a época contemporânea na
literatura polonesa deve ser contada desde 1918 ou desde a recuperação da
independência. A maioria dos críticos e historiadores acredita, no entanto, que
este é o ano de 1945. A literatura polonesa sofreu influências e transformações
como a Polônia após a guerra. No entanto, foi dividida na literatura de exílio
e na literatura nacional. Alguns artistas de emigração, não aceitando o regime
comunista, criaram suas obras no exílio, e até 1989 essa literatura falou de
uma maneira especial sobre as questões polonesas. Na poesia desta geração
destaca-se a obra de Zbigniew Herbert (1924-1998), o autor dos poemas
filosóficos do “Senhor Cogito” importantes na literatura polonesa (1974). E,
sobretudo, o reconhecido “Senhor Cogito” que ensinou-nos a lutar contra as
dúvidas, ficando sobre o precipício.
No país formou-se a “Nova Onda” - também chamada da “geração
de 68”, concentrando os poetas que se estrearam em meados dos anos 60, que
viveram como a geração o Março de 1968, o Dezembro de 1970. O centro da “Nova
Onda” era Cracóvia, pertenciam a esse centro: Wit Jaworski, Stanisław Stabro,
Adam Zagajewski. Juntaram-se poetas de Poznan: Stanisław Barańczak, Jerzy
Krynicki, de Varsóvia - Krzysztof Karasek, Jarosław Markiewicz. Eram
considerados como um grupo que se opunha à realidade e à literatura existentes.
Este foi, sobretudo, a geração poética que se separou em 1976 (a data do início
do segundo circuito). Os poetas sujeitos às malditas restrições da censura,
dispersos, mas importantes, publicavam no segundo circuito.
Nos anos 1970-1980, a literatura polonesa sofreu um
declínio que resultou da censura aumentada. A inspiração para os autores não
podia ser a literatura publicada oficialmente, com a aprovação das autoridades
comunistas. Em 1970, foi publicado o livro de Miron Bialoszewski, intitulado:
“Pamiętnik z powstania warszawskiego”, embora lançado na circulação oficial,
era famoso e importante. Nesse âmbito desenvolvimentista, emergiram os
movimentos sociais literários distintos – “o movimento rural”: “Konopielka”, de
Edward Redlinski (1922-1983), “Kamień na kamieniu”, de Wieslaw Mysliwski, “Tanczacy
jastrzab”, de Julian Kawalec. Formou-se ainda o “movimento oriental” (de
Kresy): “Dolina Issy”, de Czeslaw Milosz (1911-2004), “Bohin”, de Tadeusz
Konwicki e o emergente “movimento judeu”, representado, entre outros pelos
notáveis Julian Stryjkowski (1905-1996) e Henryk Grynberg.
No livro de
Adam Zamoyki, História da Polônia
(Lisboa: Edições 70, 2011, 410 páginas), o autor discorre sobre a ideia de que
poucos países europeus terão uma história tão atribulada como a Polônia. Do
ponto de vista de sua formação espacial, seu território de localização central
na geografia europeia, a Polônia foi desde a sua fundação um país de fronteira,
em permanente convulsão política. Nos mais de dez séculos que já decorreram da
sua fundação, foi partilhada por outras potências, viu ser-lhe retirado parte
substancial do seu território, chegando a estar à beira da aniquilação enquanto
Estado independente no sentido corrente. O século XX trouxe novo horror: o país
foi palco da farsa necessária para a tragédia e holocausto da Alemanha dos etnogenocídios
do carrasco Adolf Hitler desencadeando um conflito apocalíptico e despertou a
cobiça territorial do marxista autoritário Stalin ideólogo
do presidente russo Vladimir Putin.
No entanto, a tudo isto a nação polaca não sucumbiu.
Durante alguns séculos foi um dos países mais esclarecidos e politicamente corretos
da Europa e o seu contributo para as artes e cultura europeias é inestimável. A
sua inclusão na União Europeia, por outro lado, fez com que voltasse
definitivamente ao concerto das nações europeias. O livro: História da Polônia
foi inicialmente escrito na década de 1980, quando o país estava sob a
influência do império soviético, e com a sua economia, cultura e vida social
amordaçada. Apesar da eleição de Karol Wojtyla como Papa João Paulo II e do
fato de a impressionante ascensão do sindicato “Solidariedade” ter colocado o
país na ribalta mediática, só com o colapso da União das Repúblicas Socialistas Soviética em 1989 é que a
Polônia retornou à sua condição social de entidade política autônoma e, claro, de Estado soberano.
Adam Zamoyski reviu profundamente o seu texto e atualizou-o, dando-nos a
história de uma nação europeia homogênea, atuante e vigorosa.
Sociologicamente, entendemos que o indivíduo,
ator, identidade, grupo social, classe social, etnia, minoria, movimento
social, partido político, corrente de opinião pública, poder estatal, todas
estas “manifestações de vida” no sentido simmeliano do termo, não mais se
esgotam no âmbito da sociedade nacional, o que nos faz admitir que a diferenciação
em comunidades locais, tribos, clãs, grupos étnicos, nações e até mesmo
Estados, perderam ao menos algo do seu significado anterior. Na sociedade
global, de outra parte, generalizam-se as relações, os processos e as
estruturas de dominação e apropriação, antagonismo e integração. Modificam-se
os indivíduos, as coletividades, as instituições, as formas culturais, os
significados das coisas, gentes e ideias, vistos em configurações
histórico-sociais. Enfim, se as ciências sociais nascem e desenvolvem-se como
forma de autoconsciência científica da realidade social, pode-se imaginar que
elas podem ser seriamente desafiadas quando essa realidade já não é mais a
mesma. Nesse sentido é que a formação da sociedade global pode envolver problemas epistemológicos, além de ontológicos.
Jimi Hendrix foi um dos músicos que popularizou o pedal “wah-wah”
no rock popular, que ele utilizava frequentemente para dar um timbre exagerado e
amplificado a seus solos, particularmente com o uso de “bends” e “legato”, baseados
na escala pentatônica. Foi influenciado por talentosos artistas de blues como
T-Bone Walker, B.B. King, Muddy Waters, Howlin` Wolf, Albert King e Elmore
James, guitarristas de rhythm and blues e soul music como Curtis Mayfield,
Steve Cropper, assim como de alguns artistas do jazz moderno. Em 1966, Hendrix,
que tocou e gravou com a banda de Little Richard de 1964 a 1965, foi citado
como rememoração no âmbito filosófico benjaminiano tendo dito: “Quero fazer com
minha guitarra o que Little Richard faz com sua voz” (“I want to do with my
guitar what Little Richard does with his voice”).
Durante
a 2ª guerra mundial (1939-1945) a Polônia foi invadida pela Alemanha em 1º de setembro de
1939, sendo que ao final da guerra, o território polonês foi mais uma vez
reestruturado, quando uma faixa de terra a oeste passou a integrar a Rússia,
ganhando em troca uma faixa mais estreita que anteriormente integrava a
Alemanha. Foi devido a essa ultima reestruturação de fronteiras que a Pomerânia
passou a pertencer quase que totalmente à Polônia com apenas uma pequena região
na Alemanha. Embora o governo da Polônia tivesse sido transferido para Londres
durante a invasão alemã, no final desta guerra mundial de beligerância globalizada, o mesmo não conseguiu reassumir o poder. Em 1947 quando
isso poderia ter acontecido, teve início a Guerra Fria, na qual a Polônia se
alinhou ao Bloco do Leste, das nações à União Soviética.
A
influência soviética foi permeada de preconceitos contra minorias étnicas
incluindo os pomeranos e os judeus. Muitos se refugiaram na então Alemanha
Ocidental e muitos também emigraram para os Estados Unidos da América, Brasil e Austrália. Ainda na
década de 1950 a Polônia começou a se rebelar contra o domínio soviético, sendo
que greves e protestos de trabalhadores foram uma constante nas próximas
décadas. O Sindicato Solidariedade, criado em 1980, tornou-se o primeiro
sindicato independente do Partido Comunista, sendo considerado o anteâmbulo da
queda do Muro de Berlim em 1989. A Polônia deu ao mundo um grande número de
personalidades importantes. A cidade de Gdansk é o local de nascimento de muita
gente famosa como o físico Gabriel Fahrenheit, o escritor Gunter Grass, o
filósofo Arthur Schopenhauer, o astrônomo Johannes Hevelius e Lech Walesa,
ex-líder do “Movimento Solidariedade” e ex-presidente da Polônia. São muitas as
personalidades famosas da Polônia. As mais conhecidas incluem o falecido papa
João Paulo II (Karol Wojtyla), o grande compositor Frederic Chopin, a física
Maria Sklodowska-Curie, o astrônomo Nicolau Copérnico e o escritor Joseph
Conrad (1857-1924, Jósef Teodor Konrad Korzeniowski), que nasceu em Berditchev,
na Ucrânia, quando esta era uma província da Polônia.
No “Post
Script: Sobre o Escritor Polonês Joseph Conrad”, encontramos a seguinte
narrativa: - Desde meus vinte e poucos anos que tenho uma enorme admiração pelo
escritor polonês Joseph Conrad, cuja vida é um modelo de fortaleza e
determinação, apesar das tragédias e dificuldades que o afetaram. Quando ele
tinha apenas quatro anos de idade, sua família foi mandada para o exílio no
norte da Rússia devido ao ativismo político de seu pai. O ambiente gelado
propiciou a tuberculose de seus pais, que morreram desta doença quando ele
tinha apenas doze anos de idade. O menino ficou sob o encargo de um tio na
Suíça. Aos treze anos Conrad retornou à Cracóvia para estudar, mas abandonou os
estudos para se tornar um aprendiz profissionalmente da Marinha Mercante da França. Em 1886 ele
decidiu se mudar para a Inglaterra e seu porto de entrada foi Lowestoft – a
mesma cidade onde fui morar em 1995 e que fica a poucos quilômetros da minha
casa. Nesse mesmo ano ele passou a trabalhar para a marinha mercante da
Grã-Bretanha, onde conseguiu chegar ao posto de comandante.
Eventualmente
ele se tornou cidadão britânico e passou a assumir o nome de Joseph Conrad. Em
1892, aos 35 anos, deixou a marinha mercante. Dois anos depois se casou com
Jessie George, uma inglesa, com quem teve dois filhos. Depois de publicar seu
primeiro livro: “Alayer’s Folly” (“A Loucura do Almayer”, Editora Revan) em 1895,
ele continuou publicando. Seu segundo livro, “The Heart of Darkness” (“O
Coração das Trevas”, Editora Revan), publicado em 1902, retrata a colônia do
Congo e o colonialismo europeu, e é considerada sua obra-prima. Enfim, Kielce, onde se situa a estátua em homenagem
a Jimi Hendrix é uma cidade do centro-sul da Polônia, com 204.891 habitantes,
de acordo com o censo de junho de 2009. É a capital da Voivodia de Santa Cruz (“Świętokrzyskie
Voivodeship”) desde 1999, anteriormente na Voivodia de Kielce. A cidade é
localizada no centro das Montanhas da Santa Cruz (“Góry Świętokrzyskie”) nas
margens do rio Silnica, ao norte da histórica cidade da Voivodia da Pequena
Polônia. Do ponto de vista da organização do trabalho e da mineração foi um importante centro de extração de calcário.
Se o populismo (“популизм”), na expressão de V.
Tvardovskaia (1972)no sentido simplificado do termo, pode ser entendido como um
processo mediante o qual “o popular se torna conhecido” (cf. Weffort, 1968b),
quando uma multidão de 400 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro, no
Vaticano, durante o funeral do Papa João Paulo II, em abril de 2005 gritava:
“Santo Súbito!” temos assim, “sinais” (cf. Ginzburg, 1992: 158 e ss.) de que o
papa reinventava o “populismo católico” para o mundo. Ipso facto esta expressão
fará com que “João de Deus” – como é conhecido no Brasil –seja beatificado seis
anos após a sua morte. Normalmente a igreja católica leva cinco anos só
para iniciar todo o processo. Além disso, temos um fato político-religioso
novo: o processo se deu mais rápido, porque este era um desejo do povo, que
queria que ele fosse canonizado já no dia de seu funeral. Com 27 anos de
pontificado, “João de Deus” foi o terceiro papa a passar mais tempo no cargo,
perdendo apenas para São Pedro (30 d.C. – 67 d. C.) e Pio XII (1846-1878).
Além disso, ele foi o primeiro papa a rezar em uma
sinagoga, em Roma (Itália), o primeiro a entrar em uma mesquita em um país
islâmico, em Damasco, na Síria, e o primeiro a presidir um encontro de líderes
das maiores religiões mundial, no ano 1986. Não devemos perder de vista, que no
ano de 1981, o extremista turco Melhmet Ali Ağca tentou matar o papa, atirando
na Praça São Pedro. Nascido a 9 de janeiro numa famíliapobre da Turquia foi o
terrorista que cometeu o atentado contra o Papa João Paulo II em 13 de maio de
1981, quando este circulava “em carro aberto” pela Praça de São Pedro no
Vaticano. Em segundo lugar João Paulo II será o primeiro pontífice em mil anos
a ser beatificado pelo seu sucessor. O processo foi aberto em junho de 2005,
por iniciativa do papa Bento XVI, a quem coube decidir pela aceleração da
beatificação, sob a alegativa de que “não pretendiam esperar os cinco anos de
morte previstos no Código de Direito Canônico”. Pragmaticamente falando, em
janeiro deste ano, o papa Bento XVI aprovou decreto atribuindo um milagre a seu
antecessor, o que abriu a démarche para a beatificação. O milagre atribuído a
Karol Wojtyla é a cura, aparentemente inexplicável, da freira francesa Marie
Simon-Pierre, de 50 anos.
Bibliografia geral consultada.
ENGELS, Friedrich, “O Aniversário da Revolução Polonesa de 1830”. Publicado
pela primeira vez em La Réforme, de
5 de dezembro de 1847; MARX, Karl e ENGELS, Friedrich, Libertá di Stampa e Censura. Bologna: Guaraldi Editore, 1970; TVARDOVSKAIA, Valentina Aleksandrovna, El Populismo Russo. México: Siglo Veintiuno Editores, 1972; GINZBURG, Carlo, “Um Lapso do Papa Wojtyla”. In: Olhos de Madeira. Nove Reflexões sobre a
Distância. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2001; Idem, “O Inquisidor como
Antropólogo: Uma Analogia e suas Implicações”. In: GINZBURG, Carlo “et alii”, A Micro-História e outros ensaios. Rio
de Janeiro: Editora Bertrand, 1991; ELIAS, Norbert, Mozart, sociologia de um gênio. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1995; PADARO,
Antonio, Lo Sguardo Presente: Una Lettura
Teologica di ´Breve film sull'amore` di K. Kieślowski. Rimini: Editore
Guaraldi, 1999; OAKESHOTT, Michael, El
Racionalismo en la Política y Otros Ensayos. México: Fondo de Cultura
Económica, 2000; CROSS, Charles, Room Full Of Mirrors: A Biography Of Jimi Hendrix, 2005; KOMARA, Edward
Michael, Encyclopedia of the blues. Editor Routledge, 2006; Artigo: “Canção de Jimi Hendrix é tocada por mais de 5 mil violonistas na Polônia”. In: http://g1.globo.com/2015/05/01; ; entre outros.
______________
* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ) e Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Ceará, campus do Itaperi.
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