Ubiracy de Souza Braga*
“O
amor dos jovens não está no coração, mas nos olhos”. William
Shakespeare
O
impostor no âmbito da filosofia nos remete à Sócrates quando percebeu que a
sabedoria começa pelo reconhecimento da própria ignorância que tem como
referência o princípio da sabedoria. Seu estilo de vida assemelhava-se ao dos
Sofistas, embora não vendesse sua “capacidade de potência” enquanto ensinamentos.
Com habilidade de raciocínio, procurava evidenciar as contradições afirmadas,
os novos problemas que surgiam a cada resposta. Seu objetivo inicial era
afastar, nos discípulos, o orgulho, a ignorância e a presunção do saber. A primeira referência ocidental de um discurso sobre a arte encontra-se na obra de Platão. Seu discurso e a metafísica tem o objetivo de assegurar o conhecimento da verdade. Ao identificar o que o artista pode representar percebemos o reconhecimento da arte e o perigo que representa entre a cópia e a imitação nos possibilitará pensar o conceito moderno de arte. A ironia socrática tinha um caráter
purificador na medida em que a maiêutica revela nos discípulos suas próprias contradições e ignorâncias, onde antes só julgavam
possuir certezas e clarividências, perguntas e respostas destruíam o falso
saber. Os discípulos, libertos do orgulho e da pretensão de que tudo sabiam,
podiam iniciar o caminho da reconstrução das próprias ideias. Com isso, é
preciso esclarecer qual é esse sentido corrente, extraindo-o de textos e
documentos representativos daquele período.
Possivelmente se obterá como resposta que há emprego desse vocabulário com a intenção de expressar o simples. E de fato “fazer a mesma coisa” que faz aquele ou aquilo que é imitado. Sem com isso ser preciso referir-se a qualquer forma de produção técnica específica. O significado de um artefato, segundo a interpretação de Alöis Riegl, é conexo com a estrutura mental abstrata que definirá o reconhecimento da obra de arte como tal. Analogamente se referem a unidades de geração que desenvolvem perspectivas, reações e posições políticas e afetivas diferentes em relação a um mesmo mercado. O nascimento em um contexto social idêntico, mas em um período específico, faz surgirem diversidades nas ações dos sujeitos. Outra característica é a adoção ou criação de estilos de vida distintos pelos indivíduos, mesmo vivendo em um mesmo nível social. A unidade geracional constitui uma adesão mais concreta em relação àquela estabelecida pela conexão geracional. Mas a forma como grupos sociais de uma mesma “conexão geracional” lidam com os fatos históricos vividos, por sua geração, fará surgir distintas unidades geracionais no âmbito da mesma conexão geracional no conjunto da sociedade. Karl Mannheim não esconde sua preferência pela abordagem histórico-romântica alemã e destaca ainda que este é um exemplo bastante claro de como a forma de se colocar uma questão pode variar de país para país, assim como de uma época historicamente determinada para outra socialmente inclusiva.
Marca é a representação de uma entidade, qualquer que seja ela, objeto/símbolo que permite identificá-la de um modo imediato como, por exemplo, um sinal de presença, uma simples pegada. Na teoria social da comunicação, pode ser um signo, um símbolo ou um ícone. Uma simples palavra pode referir uma marca. O termo é frequentemente usado hoje em dia como referência a uma determinada empresa: um nome, uma marca verbal, imagens ou conceitos que distinguem o produto, serviço ou a própria empresa. Quando se fala em marca, é comum estar se referindo, na maioria das vezes, a uma representação gráfica no âmbito e competência do designer gráfico, onde a marca pode ser representada graficamente por uma composição de símbolo e/ ou logotipo, tanto individualmente quanto combinados. No entanto, o conceito de marca é bem mais abrangente que a sua representação gráfica. Marca não é um conceito fácil de definir. A marca em essência representa produção-consumo com uma série específica de atributos, benefícios e serviços uniformes aos compradores. A garantia surge com a marca que é um símbolo mais complexo. Um artefato é conexo à estrutura mental que definirá o reconhecimento da obra de arte.
Em que pese a grande influência do esteticismo, cujo corolário apareceria no início do século XX na forma do abstracionismo, uma apoteose do individualismo artístico, houve correntes que o combateram. Hippolyte Taine elaborou uma teoria de que a arte tem um fundamento sociológico, aplicando-lhe um determinismo baseado na raça, no contexto social de seu tempo. Jean Marie Guyau apresentou uma perspectiva evolucionista, afirmando que a arte está na vida e evolui com ela, e assim como a vida se organiza em sociedades, a arte deve ser um reflexo da sociedade que a produz. A estética sociológica teve associações com os movimentos políticos de direita, assim como de esquerda, especialmente o socialismo utópico, defendendo para a arte o retorno a uma função social, contribuindo para o desenvolvimento das sociedades e da fraternidade humana, como se percebe nos trabalhos de Saint-Simon, Leon Tolstoi e Pierre Joseph Proudhon, entre outros. John Ruskin que dá ênfase a sensibilidade subjetiva e emotiva em contraponto com a razão e William Morris, por exemplo, combateram a banalização da arte causada pelo esteticismo e pela assunção da era industrial, e defenderam a volta ao sistema corporativo e artesanal medieval.
Possivelmente se obterá como resposta que há emprego desse vocabulário com a intenção de expressar o simples. E de fato “fazer a mesma coisa” que faz aquele ou aquilo que é imitado. Sem com isso ser preciso referir-se a qualquer forma de produção técnica específica. O significado de um artefato, segundo a interpretação de Alöis Riegl, é conexo com a estrutura mental abstrata que definirá o reconhecimento da obra de arte como tal. Analogamente se referem a unidades de geração que desenvolvem perspectivas, reações e posições políticas e afetivas diferentes em relação a um mesmo mercado. O nascimento em um contexto social idêntico, mas em um período específico, faz surgirem diversidades nas ações dos sujeitos. Outra característica é a adoção ou criação de estilos de vida distintos pelos indivíduos, mesmo vivendo em um mesmo nível social. A unidade geracional constitui uma adesão mais concreta em relação àquela estabelecida pela conexão geracional. Mas a forma como grupos sociais de uma mesma “conexão geracional” lidam com os fatos históricos vividos, por sua geração, fará surgir distintas unidades geracionais no âmbito da mesma conexão geracional no conjunto da sociedade. Karl Mannheim não esconde sua preferência pela abordagem histórico-romântica alemã e destaca ainda que este é um exemplo bastante claro de como a forma de se colocar uma questão pode variar de país para país, assim como de uma época historicamente determinada para outra socialmente inclusiva.
Marca é a representação de uma entidade, qualquer que seja ela, objeto/símbolo que permite identificá-la de um modo imediato como, por exemplo, um sinal de presença, uma simples pegada. Na teoria social da comunicação, pode ser um signo, um símbolo ou um ícone. Uma simples palavra pode referir uma marca. O termo é frequentemente usado hoje em dia como referência a uma determinada empresa: um nome, uma marca verbal, imagens ou conceitos que distinguem o produto, serviço ou a própria empresa. Quando se fala em marca, é comum estar se referindo, na maioria das vezes, a uma representação gráfica no âmbito e competência do designer gráfico, onde a marca pode ser representada graficamente por uma composição de símbolo e/ ou logotipo, tanto individualmente quanto combinados. No entanto, o conceito de marca é bem mais abrangente que a sua representação gráfica. Marca não é um conceito fácil de definir. A marca em essência representa produção-consumo com uma série específica de atributos, benefícios e serviços uniformes aos compradores. A garantia surge com a marca que é um símbolo mais complexo. Um artefato é conexo à estrutura mental que definirá o reconhecimento da obra de arte.
Em que pese a grande influência do esteticismo, cujo corolário apareceria no início do século XX na forma do abstracionismo, uma apoteose do individualismo artístico, houve correntes que o combateram. Hippolyte Taine elaborou uma teoria de que a arte tem um fundamento sociológico, aplicando-lhe um determinismo baseado na raça, no contexto social de seu tempo. Jean Marie Guyau apresentou uma perspectiva evolucionista, afirmando que a arte está na vida e evolui com ela, e assim como a vida se organiza em sociedades, a arte deve ser um reflexo da sociedade que a produz. A estética sociológica teve associações com os movimentos políticos de direita, assim como de esquerda, especialmente o socialismo utópico, defendendo para a arte o retorno a uma função social, contribuindo para o desenvolvimento das sociedades e da fraternidade humana, como se percebe nos trabalhos de Saint-Simon, Leon Tolstoi e Pierre Joseph Proudhon, entre outros. John Ruskin que dá ênfase a sensibilidade subjetiva e emotiva em contraponto com a razão e William Morris, por exemplo, combateram a banalização da arte causada pelo esteticismo e pela assunção da era industrial, e defenderam a volta ao sistema corporativo e artesanal medieval.
O impostor no âmbito da teoria
política releva o conceito de bonapartismo. Trata-se de uma ideologia política de
origem francesa e alemã, inspirada pela maneira que Napoleão Bonaparte
governou. Em nossos dias, como ocorreu com o golpe de Estado de 2016 no Brasil,
o conceito bonapartismo/impostor é frequentemente usado para definir um tipo de
governo em que o Poder Legislativo perde força e o Executivo se fortalece. No
modelo bonapartista, o governante quer ser um ditador, mas objetiva construir
uma imagem carismática de um representante popular. Esse tipo de sistema se
instala quando nenhuma classe social ou casta representativa tem poder suficiente para
ser hegemônico, deixando a um líder suficientemente habilidoso o poder de realizar as mediações entre as diversas forças sociais através de um golpe de Estado. Além de
Napoleão III, o 1º Presidente da Segunda República Francesa e, depois, Imperador dos Franceses do II Império Francês. Era sobrinho e herdeiro de Napoleão Bonaparte. Foi o primeiro presidente francês eleito por voto direto, mas comparativamente, Bismarck na Alemanha é outro exemplo histórico de bonapartismo.
A
lógica instrumental passa a nortear as relações sociais, políticas e, sobretudo
na reprodução das relações econômicas quando o olhar em relação ao outro passa
por uma operação de outra ordem: a formalização da razão em um meio social que
propaga o constructo da irracionalidade. A tensão entre fato social e fator,
aparência e realidade, substância e atributo, tende a fluir na aparência das
coisas. Os elementos de demonstração, de descoberta, de autonomia e de crítica
retrocedem diante da imitação, da asserção e da designação. A visão é invadida
por elementos autoritários, mágicos e rituais, de modo que a locução é destituída
das mediações que são as fases do processo de avaliação e de cognição. Os
conceitos que compreendem os acontecimentos, e desse modo transcendem,
estão mergulhados na falta de uma genuína representação sociológica. Privada de
tais mediações complexas, a ideologia tende a promover e a expressar - através da interpelação e constituição do sujeito - a identificação
imediata da verdade e da verdade estabelecida, da razão e do fato, da coisa objetificada na relação e
de sua função, da aparência e da existência.
Falar de um sentido analógico ou metafórico de imitação seria ainda conferir ao termo, em
alguma medida, função técnica e não simplesmente utilitária e corrente na
modernidade. E a intenção fortemente crítica a respeito da ideia de imitação
que predomina não deveria inviabilizar necessariamente a manutenção de um sentido
para essa mesma ideia que pudesse preservar aquele tipo de imitação que ainda
será possível aos guardiões praticar, desde que se possa perceber, no caso do
especialista, a distinção e eleição do estilo que mistura a apropriação do
olhar na perfeição estética e artística da pequena parte de imitação. Temos
assim a chave para uma fundamental distinção entre um mau sentido de imitação,
o tradicional, que estava em questão quando começou sua investigação e sob o
qual se propunha a “primeira tipologia”, e um bom sentido de imitação, não
literal e analógico, presente na “segunda tipologia”, que a cidade deverá
acolher e adotar em sua historicidade como um símbolo permanente, representativo
de fertilidade, riqueza e abundância. A distinção entre imitação e cópia pode ser um debate, e no caso em questão não parece ser relevante ir além da noção tradicional (platônica) de que a imitação é um processo de reprodução menos exato do que a cópia. Entretanto, Platão julga a arte como imitação, capaz de enganar, uma vez que a realidade sensível já é uma imitação do inteligível. A arte afasta ainda mais do real, pois imita a cópia. A imitação da cópia é o que Platão chama de Simulacro, que introduz uma desmedida maior do que a própria existência do mundo natural.
Na
mitologia greco-romana era representada por um vaso em forma de chifre, com uma
abundância de frutas e flores se espalhando dele. Também simboliza a
agricultura e o comércio, além de compor o símbolo das ciências econômicas com
a reprodução do trabalho humano. O seu significado provém da cabra Amalteia (ninfa
do Olimpo) que na mitologia greco-romana amamentou Zeus/Júpiter enquanto
criança. No mundo contemporâneo essa palavra é utilizada como sinônimo de
abundância, repetição fálica globalizada, porém está sendo esquecida por seu
estilo rebuscado, originário e antigo. O próprio chifre é um símbolo fálico,
representante do sagrado masculino. O sagrado masculino trouxe a desmistificação da trajetória de criação a que os homens são submetidos, de outra forma de olhar seu papel no mundo, família, sociedade e principalmente, como indivíduo. E, como a cornucópia remete a um chifre, é
uma representação mais utilizadas do Deus Cornífero nas religiões pagãs e
neopagãs. O seu interior simboliza o útero representado a
Deusa e quando pleno de alimentos simboliza a generosidade da terra em fertilidade,
representando o sagrado feminino.
A
lógica instrumental passa a nortear as relações sociais, políticas e, sobretudo,
na reprodução de relações econômicas quando o olhar em relação ao outro passa
por uma operação de outra ordem, formalizando a razão em um meio social que
propaga o constructo da irracionalidade. A dificuldade de se definir crenças irracionais encontra-se diretamente relacionada à maneira de estudá-las empiricamente. A relação entre aparência e realidade não é problemática, pois a aparência é a representação das coisas a nós. Ao aparecerem a nós, as coisas se apresentam, de modo que, havendo aparência, usualmente há algo que aparece. As coisas podem se apresentar diretamente, ou através de indícios ou sintomas, ou pode ser apresentada uma propriedade que a coisa não tem. A tensão entre fato social e fator, aparência e realidade, substância e atributo, tende a fluir na aparência das coisas. Os elementos de demonstração, de descoberta, de autonomia e de crítica retrocedem diante da imitação, da asserção e da designação. A visão é invadida por elementos autoritários, mágicos e rituais, de modo que a locução é destituída das mediações complexas que são fases do processo de avaliação e de cognição. Conceitos que compreendem os acontecimentos, e desse modo os transcendem, estão mergulhados na ausência de uma genuína representação sociológica.
Privada de mediações, a ideologia tende a promover a identificação da verdade e da verdade estabelecida, da razão e do fato, da coisa e de sua função, da aparência e da existência humana. Como contraponto à correlação da sociedade em relação ao indivíduo, materializada no poder dominante que exercem uns sobre os outros, em termos econômicos e/ou devido ao lugar que ocupam na hierarquia das instituições, do trabalho e na reprodução material da existência cabe ao indivíduo refletir sobre seu próprio condicionamento social. E neste sentido refletir sobre o conceito de identificação, em uma época em que a ciência e a tecnologia se converteram em forças produtivas, como sabemos, pode contribuir para o desvelamento das injustiças sociais inclusivas, ao aspecto contraditório do termo progresso. Contudo, enquanto a história real se desenvolveu a partir de um sofrimento real, que de modo algum diminui proporcionalmente ao crescimento dos meios para sua eliminação, a concretização desta perspectiva depende da criação. Pois ela é não somente, enquanto arte/ciência serve para distanciar os homens da natureza, mas enquanto tomada de consciência do próprio pensamento que, sob a forma da ciência, permanece preso à dinâmica processual de apropriação da economia, o que permite medir a distância niveladora das injustiças sociais.
Privada de mediações, a ideologia tende a promover a identificação da verdade e da verdade estabelecida, da razão e do fato, da coisa e de sua função, da aparência e da existência humana. Como contraponto à correlação da sociedade em relação ao indivíduo, materializada no poder dominante que exercem uns sobre os outros, em termos econômicos e/ou devido ao lugar que ocupam na hierarquia das instituições, do trabalho e na reprodução material da existência cabe ao indivíduo refletir sobre seu próprio condicionamento social. E neste sentido refletir sobre o conceito de identificação, em uma época em que a ciência e a tecnologia se converteram em forças produtivas, como sabemos, pode contribuir para o desvelamento das injustiças sociais inclusivas, ao aspecto contraditório do termo progresso. Contudo, enquanto a história real se desenvolveu a partir de um sofrimento real, que de modo algum diminui proporcionalmente ao crescimento dos meios para sua eliminação, a concretização desta perspectiva depende da criação. Pois ela é não somente, enquanto arte/ciência serve para distanciar os homens da natureza, mas enquanto tomada de consciência do próprio pensamento que, sob a forma da ciência, permanece preso à dinâmica processual de apropriação da economia, o que permite medir a distância niveladora das injustiças sociais.
Enfim,
o bonapartismo foi essencial na eleição de Luís Napoleão Bonaparte, sobrinho de
Napoleão, como Presidente da Segunda República, e lhe deu o apoio político
necessário para, em 1852, descartar a constituição e proclamar o Segundo
Império. Em 1870, Napoleão III levou a França a uma derrota desastrosa diante
da Prússia na Guerra Franco-Prussiana; na seqüência, abdicou. Depois, os
bonapartistas continuaram a agitar para que outro membro da família fosse
colocado no trono, competindo, a partir de 1871 em diante, com outros grupos
monarquistas: os orleanistas, que favoreciam a restauração da Casa de Orleans,
à qual pertencera Luís Filipe, rei da França de 1830 a 1848 - e os
legitimistas, que pretendiam a restauração da Casa de Bourbon, a família real
francesa tradicional. O bonapartismo é uma ideologia e um culto a personalidade de origem francesa e alemã, inspirada pela maneira que Napoleão Bonaparte governou. Durante o longo processo da Revolução Francesa, em 1799, com um golpe militar, Napoleão Bonaparte tomou o poder na França. Logo em seguida foi instituído o Consulado e ele se tornou primeiro-cônsul. Em 1802, foi proclamado cônsul vitalício e, dois anos depois, ele se autoproclamou imperador. Em nossos dias, é frequentemente usada para definir sociologicamente um tipo idela de governo em que o Poder Legislativo perde força e o Executivo cada vez mais se fortalece.
A
força social dessas três facções monarquistas era muito provavelmente maior que
a dos republicanos, naquele período histórico exemplar, mas como as três
provaram ser irreconciliável na escolha de quem deveria ser o novo monarca
francês, o fervor monarquista afinal arrefeceu e a República francesa tornou-se
uma característica mais ou menos permanente na vida francesa. O bonapartismo
lentamente foi relegado a ser a fé cívica de uns poucos românticos, mais um
diletantismo do que uma filosofia política prática. O golpe de morte para o
bonapartismo provavelmente foi dado quando Eugênio Bonaparte, o único filho de
Napoleão III, foi morto em ação enquanto servia como oficial do Exército
Britânico na Zululândia, em 1879. O “18 Brumário” foi um golpe de Estado
comandado por Napoleão Bonaparte na França. No calendário revolucionário
francês, este dia ocorreu em 18 de Brumário do ano IV, em 9 de novembro de 1799
no calendário gregoriano. Através deste golpe, Napoleão colocou fim ao
Diretório e iniciou a ditadura na França. Após
a queda do Diretório, foi criado o Consulado e Napoleão se tornou o
primeiro-cônsul da França, governando com poderes absolutos. Mesmo com uma
grande instabilidade na França, Napoleão recebeu
apoio da burguesia que defendia a pacificação do país e gerar
um ambiente de ordem.
Os políticos do Diretório deram a Napoleão o apoio
necessário e propuseram o uso da força militar para que ele assumisse o
governo. No Brasil o golpe de Estado de 2016 revela: a) um impostor e a assustadora oportunidade de
levar ao conhecimento do Judiciário; b) os meios de prova através dos quais
pretendem demonstrar a veracidade das suas precárias alegações; c) acerca dos
pontos controvertidos do processo político de destituição da presidenta da
República Federativa do Brasil, Dilma Rousseff,
do Partido dos Trabalhadores (PT) sem comprovação de crime de
responsabilidade, que juridicamente representa uma ação ilícita cometida por um
agente político. Após julgamento, o político pode perder seu cargo, bem como a
inabilitação para cargos públicos no futuro.
Só a um impostor é possível este ato de criação e aniquilamento da
verdade diante das transformações políticas no âmbito da modernidade. O Art Loss Register, banco de dados
internacional que acompanha os casos de obras de arte roubadas, registra
atualmente mais de 300 mil obras furtadas no mundo – e este número cresce a um
ritmo de 10 mil novos casos por ano. O mercado negro das artes pode ser muito
lucrativo – apesar da dificuldade de revender obras sem atrair atenção, os
valores milionários fazem que muitos ladrões tentem a sorte. Os mercados negros florescem na
maioria dos países durante as guerras. A maioria dos estados acoplados dentro
de uma guerra total ou outras guerras em grande escala prolongada devem
necessariamente impor limitações no uso doméstico dos recursos críticos que
necessitam para o esforço contínuo da guerra, tal como alimento, combustível, borracha,
metal, entre outros.
Na maioria dos os casos, um mercado negro fornece bens
racionados em preços exorbitantes. Racionando e controlando o preços em muitos
países durante a segunda guerra mundial a atividade difundida incentivada do
mercado negro. Um exemplo clássico de regulação que criou mercados negros foi a
proibição do álcool nos EUA. De forma similar quando as leis de proibição
desaparecem, dissolvem-se os mercados negros; que é o motivo pela qual as
regiões em que ocorreu a legalização da Cannabis
estarem experimentando uma extinção de seus mercados negros que abasteciam essa
demanda. Começando no século XIX e século XX, muitos países começaram a proibir
a posse ou o uso de várias drogas recreacionais, tal como os Estados Unidos e a
famosa guerra contra as drogas. Muitos povos continuam a usar drogas ilegais, e
um mercado negro existe para fornecê-las. Apesar dos esforços da lei para
interceptar fontes ilegais de droga, a demanda remanesce elevada, fornecendo um
motriz de lucro grande para que gangues assegurem-se de que as drogas estejam
disponíveis. Quando há esforços da lei para capturar uma pequena parte dos
distribuidores de drogas ilegais, a elevação do risco e a demanda muito
inflexível para tais drogas asseguram-se de que os preços de mercado negro se
levantem, pois distribuidores novos incentivam a incorporação do mercado a um
ciclo perpétuo.Roubar e revender objetos de arte são um crime comparativamente não só aos olhos da lei, mas também aos da cultura, que perde obras de imprescindível e real valor subjetivo e objetivo para a humanidade. Os artefatos roubados são caros porque retém valor de culto e de exposição. O roubo envolve uma ampla rede transnacional de trafico de mercadorias eficazmente poderosa e com muito dinheiro. Geralmente este tipo de crime é encomendado, pois os agentes que o praticam já sabem muito bem o que querem roubar e exatamente para quem vai vender. Além do roubo, receptar objetos de arte roubados ou qualquer objeto roubado também é crime.
Bibliografia geral consultada.
RUSSELL, Bertrand, Significação e Verdade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1973; DELEUZE, Gilles, Cinéma II: l` Image-temps. Paris: Éditons Minuit, 1985; ACHCAR, Francisco, “Platão contra a poesia”. In: Revista da USP (8): 151-158, dez-fev., 1991; ANNAS, Julia, Introduction à la Republique de Platon. Paris: Presses Universitaires de France, 1994; PEIXOTO, Maria Inês Hamann, Relações de Arte, Artista e Grande Público: A Prática Estética Educativa numa Obra Aberta. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação. Campinas: Universidade de Campinas, 2001; LOPES, Luiz Manoel, “Teoria do Sentido em Deleuze”. In: An. Filos. São João del-Rei, n°10, pp. 203-220, jul. 2003; VATTIMO, Gianni, El Sujeto y la Mascara. Barcelona: Editorial Península; 2003; ARALDI, Clademir Luís, Niilismo, criação, aniquilamento. São Paulo: Editora Unijuí, 2004; DAMIÃO, Carla Milani, Sobre o Declínio da Sinceridade. São Paulo: Editora Loyola, 2004; ANDRADE, Daniel Pereira, Nietzsche: A Experiência de Si como Transgressão. São Paulo: Editora Annablume, 2007; GALARD, Jean, A Beleza do Gesto: Uma Estética das Condutas. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008; MARX, Karl, Il Diciotto Brumaio di Luigi Bonaparte. Milano: Edizioni Lotta Comunista, 2010; PALMA, Alexandre, A Arte Contemporânea e Ética: Concepções de Professores Atuantes na Formação de Artistas Visuais no Ensino Superior. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2013; RIORDAN, Rick, Os Heróis do Olimpo - A Marca de Atena. 1ª edição. São Paulo: Editora Intrínseca, 2013; SCHMITT, Michele, Plágio no Brasil: Entre o Modelo, a Cópia e a Autoria. Tese de Doutorado. Instituto de Estudos da Linguagem. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2015; entre outros.
________________
* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes. São Paulo: Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais. Centro de Humanidades. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará (UECE).
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