Michael Jackson – Dançarino, Corpo & Metáforas da Desordem.
Ubiracy de Souza Braga*
“What my face has to do with my music or my
way of dancing?”. Michael Jackson
Reconhecido
como o “Rei do Pop”, Michael Joseph Jackson foi um dos maiores nomes da “indústria
cultural” no último quarto do século XX. Nascido em 29 de agosto de 1958, no
estado de Indiana, EUA, Michael Jackson morreu em Los Angeles, Califórnia, aos
50 anos, em 2009. Aclamado como “King of pop, rock and soul” pela atriz
Elizabeth Taylor, ele também foi chamado “Rei do entretenimento” pela
apresentadora de TV Oprah Winfrey. Até mesmo a tradicional Enciclopédia Britânica concedeu espaço a Michael Jackson, no
verbete “rock music”, tratando-o como estrela do rock, ao lado de Madonna e
Prince. A arte de Michael Jackson em seu ersatz
e se modernizou, no que se refere às fusões de estilos
musicais que ele realizou, criando sucessos como “Billie Jean”, “Thriller”,
“Bad”, “Smooth criminal”, “Remember the time” e “Jam”, quando chega ao estilo “new
jack swing”. Mas
também produziu rock and roll do melhor tipo - e também hard rock -, como nas
canções “Beat it”, “Dirty Diana”, “Black or White”, “Give in to me”, “D.S.”,
“Morphine” e “Privacy”.
Oprah
Winfrey é uma apresentadora, jornalista, repórter, produtora, editora e
escritora norte-americana, vencedora de múltiplos prêmios Emmy por seu programa
The Oprah Winfrey Show, o talk show com maior audiência da história da
televisão norte-americana. É também uma influente crítica de livros, uma atriz
indicada a um Oscar pelo filme A cor púrpura e editora da revista The Oprah
Magazine. De acordo com a revista Forbes, Winfrey foi eleita a mulher mais rica
do ramo de entretenimento no mundo durante o século XX, uma das maiores
filantropas de todos os tempos e a primeira mulher negra a ser incluída na
lista de bilionários, em 2003. Em 2010, é a única mulher a permanecer no topo
da lista por quatro anos. O The Oprah Winfrey Show foi transmitido durante
vinte e cinco anos. Seu último programa foi ao ar em 25 de maio de 2011.
Winfrey passou a dedicar-se à sua própria rede, Oprah Winfrey Network
(OWN) e outros projetos de trabalho e sobretudo pessoais. Oprah também é
psicóloga e foi a apresentadora “mais bem paga da história da televisão norte-americana,
ganhando cerca de 50 milhões de dólares por mês com todas as suas incumbências
profissionais”.
Com
17 anos, no último ano colegial, ganhou o Concurso de beleza de seu bairro, por
ser uma jovem que sempre chamou atenção por sua aparência física e
personalidade forte. Ela refez sua vida, e sentiu-se segura para ter um novo
relacionamento amoroso. Ela, então, namorou sério alguns rapazes, e aos fins de
semana saía com alguns casos esporádicos, chegando a dormir fora de casa, e o
pai não gostava deste comportamento, o que gerava constantes atritos, visto que
seu pai era um homem conservador. Voltou a viver com sua mãe, que havia se
mudado para a mesma cidade que seu pai vivia, o que não dificultaria a jovem de
terminar seus estudos onde já estava. Após terminar o colégio, Oprah foi
aprovada em um concurso de locução, que lhe garantiu uma bolsa de estudos na
Universidade do Tennessee, uma universidade historicamente negra, onde estudou
Comunicação Televisiva.
Ela também atraiu o interesse da rádio local, WVOL, que
a contratou para transmitir as notícias de plantão. Oprah trabalhou nessa rádio
nos seus dois primeiros anos na faculdade.
A escolha de Oprah pela mídia não surpreendeu sua família, em especial
sua avó, que dizia que Oprah tinha o dom de falar em público. Oprah
posteriormente reconheceu a influência da sua avó, dizendo que ela sempre a
incentivou a falar em público “deu-me uma imagem positiva de mim mesma”. Já trabalhando na
mídia local, Oprah era a mais jovem e a única negra a ocupar o cargo de âncora
de um jornal da cidade de Nashville. Em busca de independência financeira e
pessoal, saiu da casa de sua mãe, em Nashville, e mudou-se sozinha, novamente
para outro estado, indo viver na cidade de Baltimore, em Maryland, no ano de
1976, após ser convidada para trabalhar como repórter e apresentadora em um
jornal local. Lá, ela atuou ao lado de Richard Sher no programa de entrevistas People
are Talking, que estreou no dia 14 de agosto de 1978. Também liderou o Dialing
for Dollars.
Durante
a divulgação de “Bad” - mutatis mutandis - , a publicação de excentricidades sobre a vida de Michael
adquiriu contornos enfáticos. Verdades ou mentiras tornaram-se parte da imagem
que se criou em torno de Jackson. Foi noticiado, por exemplo, que o astro
tentou comprar os ossos e roupas de John Merrick, o “Homem Elefante”. Que ele
teria uma parte do próprio nariz, retirada em cirurgia plástica, conservada em
uma jarra dentro de casa. Que dormia em uma câmara hiperbárica para retardar o
envelhecimento. Mais tarde essas notícias foram desmentidas pelo próprio cantor.
Mas alterações na aparência de Michael eram visíveis e geravam polêmica. Os
jornais especulavam sobre dezenas de cirurgias plásticas, apesar de o músico
confirmar apenas duas. E possíveis razões para a mudança na cor da pele dele,
que estava branca. Especialistas acreditavam que Michael teria se submetido a
um tratamento intensivo com hidroquinona, substância capaz de clarear a pele.
Em 1993, durante entrevista à apresentadora Oprah Winfrey, Jackson afirmou
sofrer de vitiligo, uma doença autoimune não contagiosa em que ocorre a perda
da pigmentação. O cantor contraiu outra doença de pele, diagnosticado com lúpus nos 1990. Essa doença também
causa alteração na pele. O sistema imune ataca as próprias células e tecidos do
corpo, deixando o indivíduo com fortes dores e mais suscetível a outras
doenças. Isso explicaria o uso de máscara cirúrgica em público, e o vício em
remédios contra a dor.
De
fato o século XX consumou um processo iniciado no século XIX, promovendo o ingresso
da produção artística na “era de sua reprodutibilidade técnica”, para concordarmos com
Walter Benjamin de 1935. Provavelmente a teoria
crítica da Escola de Frankfurt tenha se tornado mais conhecida no mundo
inteiro por sua crítica à “cultura de massa”, na falta de melhor expressão, que
por seus trabalhos em filosofia, sociologia, crítica literária, teoria do
conhecimento etc. O conceito de “indústria cultural”, divulgado por Adorno e
Horkheimer em Dialektik der Aufklärung já faz parte integrante do conceptual
das ciências sociais e das áreas de conhecimento em “comunicação social”, onde
tem encontrado ampla aplicação. Aliás, já no primeiro número da Zeitschrift für Kunst und Kultur (cf.
Ed. Conzett & Huber, 1984) Adorno publica um importante artigo sobre
música, intitulado “Sobre a Situação Social da Música” (1932), no qual
reconhece que a música é um produto específico das relações de produção
capitalista, mas ressalta também o seu caráter contestatório, enquanto crítica
inclusiva dessas relações sociais. Walter Benjamin, no ensaio: “L`opera d`arte
nell`epoca della riproducilità técnica” (Turim: Einaudi, 1966), lança no sexto
número da revista seu polêmico artigo sobre a obra de arte. É de 1937 o
conhecido ensaio de Herbert Marcuse sobre o “Caráter Afirmativo da Cultura” e
de 1941, o de Max Horkheimer sobre a “Arte e a Cultura de Massas” onde pela
primeira vez é bem empregado o conceito de “indústria cultural”.
Não foi só no cabaré pop dos EUA,
mas também no do Reino Unido durante os anos 1960, que o R&B atingiu seu
auge de popularidade. Sem sofrer o mesmo tipo de distinção racial que limitava
sua aceitação nos Estados Unidos da América, os grupos musicais britânicos rapidamente adotaram este
estilo de música, e grupos como os “Rolling Stones” e “The Animals” levaram o rhythm`n`blues a grandes plateias. O
termo caiu em desuso nos anos 1960, e foi substituído por “soul” e “Motown”,
porém ressurgiu nos últimos anos para designar a música negra norte-americana
abrangendo o “pop”, do qual Michael Jackson se torna “primus inter pares”
fortemente influenciado pelo “hip hop”, pelo “funk”, e pelo “soul music”. Neste
contexto, só a abreviatura “R&B” é usada, e não a expressão toda. Durante a
2ª guerra mundial, e a dificuldade de manter agenda de shows lucrativos, os
líderes de algumas “big bands’’ foram forçados a reduzir o tamanho numérico dos
grupos musicais no fim dos anos de 1930.
Estas
grandes bandas reduzidas especializaram-se em “hard-swing”, “boogie-woogie”,
mais simples e temperados com letras bem humoradas e performances selvagens, e,
foram chamadas de “jump blues”. Um detalhe importante é que esses grupos também
chamados de “combo blues” surgiram também devido aos negros em suas
dificuldades para manter o custo nas grandes cidades. Foi época da popularização
dos negros para grandes cidades, e foi também no pós-guerra que o consumismo
passa a aumentar, e, a guitarra elétrica ou guitarra acústica amplificada,
passa a ser mais presente no blues, principalmente o de Chicago. Uma gravação
antiga de “rhythm & blues” ou “jump blues” pode ser encontrada na canção:
“Boogie Woogie Bugle Boy’’ de 1941, gravada pelas Andrews Sisters. Outra
gravação é de Sonny Boy Williamson I de 1940, como a “New Early In The
Morning’’, um blues mais moderno em sonoridade, com a influência antiga do
blues, mais o balanço do boogie woogie”.
Em
1979, Michael Jackson iniciou sua carreira solo com o álbum de “Off the Wall”,
produzido pelo maestro Quincy Jones, vendendo cerca de 7 milhões de cópias. Na
década seguinte consolida sua posição como o “Rei do Pop”. Além de cantor e
compositor, Michael Jackson era também um exímio dançarino, o que dava às suas
apresentações e “videoclipes” um “plus” para a apreciação dos fãs e também para
a diversificação no âmbito da indústria cultural. Nesse quesito, o passo de
dança conhecido como “Moonwalk” foi o mais famoso de sua marca. Foi um notável
filantropo e humanitário, doando milhões de dólares durante toda sua carreira a
causas beneficentes por meio da “Dangerous World Tour”, compactos voltados à
caridade e manutenção de 39 centros de caridades, através de sua própria
fundação. Personagem midiático, ganhador de 13 prêmios Grammy, Michael Jackson
preparava, em 2009, sua volta aos palcos para uma série de 50 shows em Londres,
a partir do dia 13 de julho, com ingressos esgotados desde o anúncio da turnê.
No dia 25 de junho, o cantor faleceu, aos 50 anos, após sofrer uma parada
cardíaca em sua casa, em Los Angeles (EUA).
Em
1956, Jones viajou novamente como trompetista e diretor musical da Dizzy
Gillespie Band em uma turnê pelo Oriente Médio e América do Sul patrocinada
pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos. No retorno para os Estados
Unidos, ele ganhou um contrato da ABC Paramount Records e iniciou sua carreira
de gravações como líder de sua própria banda. Jones se mudou para Paris, França
em 1957. Estudou composição musical e teoria com Nadia Boulanger e Olivier
Messiaen. Também tocou no Paris Olympia. Jones foi diretor musical na Barclay
Disques, o distribuidor francês da Mercury Records e durante os anos 1950,
Jones viajou muito pela Europa com várias orquestras de jazz. Formou sua
própria big band e organizou uma turnê pela América do Norte e Europa. Embora a
turnê fosse um sucesso de crítica, um mau planejamento orçamentário fez dela um
desastre econômico e levou Jones a uma crise financeira. Irving Green, chefe da
Mercury Records, trouxe Jones de volta com um empréstimo e um novo
trabalho como diretor musical da divisão da companhia em Nova York.
Em
1964, Jones foi promovido a vice-presidente da companhia, se tornando assim o
primeiro Afro-americano a ocupar tal cargo. 1964 também viu Jones derrubar
outra barreira social: a convite do diretor Sidney Lumet ele compôs a primeira
de suas 33 maiores trilhas sonoras. O resultado foi a lendária trilha de The Pawnbroker.
Com Hollywood acenando, Jones rescindiu com a Mercury Records e se mudou para
Los Angeles para compor trilhas em tempo integral. Algumas de suas composições mais célebres foram para
os filmes: Walk, Don`t Run, In Cold Blood, In the Heat of the
Night, Bob and Carol and Ted and Alice, Cactus Flower, Italian
Job, The Getaway e A Cor Púrpura. Também
compôs para televisão, incluindo os shows Ironside, Sanford and Son e The Cosby
Show, assim como a música-tema de The New Bill Cosby Show chamada “Chump
Change”, que mais tarde foi usada como tema do show de jogos de Mark
Goodson-Bill Todman chamado Now You See It. Nos anos 1960 trabalhou como
arranjador para importantes artistas incluindo Miles Davis, Frank Sinatra, Ella
Fitzgerald, Peggy Lee, e Dinah Washington. As gravações-solo de Jones também foram aclamadas,
incluindo Walking in Space, Gula Materi, Smackwater Jack and
Ndeda, You`ve Got It Bad, Girl, Body Heat, Mellow Madness,
I Heard That e The Dude.
Não
me parece tão absurda a hipótese de que Michael Jackson tenha vivido como “assexuado”, mesmo que tenha se casado com Lisa Maria Presley e tido namoros com
atrizes. Sullivan também diz que ele nem mesmo doou o sêmen que gerou seus
filhos Paris e Prince. Teria recorrido a doadores que depois revelaram que eram
os pais biológicos das crianças. Michael se projetava no personagem
infanto-juvenil Peter Pan – ele batizou sua propriedade na Califórnia de “Terra
do Nunca” (“Neverland”), o país de Peter Pan. E há uma estátua de Peter Pan até
hoje no local, que pode virar um parque temático. Assim, a vida de Michael
Jackson teria sido um hino à pureza. Teria sido o protesto de um menino “assediado”
por uma família sedenta de dinheiro. No entanto, outros aspectos da sua vida
pessoal, como a mudança de sua aparência, reproduzindo uma espécie de
“corpolatria” na sobre a cor de pele devido ao vitiligo geraram controvérsia
significativa a ponto de prejudicar aparentemente sua imagem pública. Grande
parte da crítica musical sempre considerou Michael Jackson um gênio musical e
artístico, descobridor de novas linguagens - sonoras e corporais. Em 1994,
Michael Jackson casou-se com a filha de Elvis Presley, Lisa Marie Presley, de
quem se separou dois anos depois. Morreu aos 50 anos, deixando três filhos:
Paris Jackson, Prince Michael e Blanket Jackson. Deixou também um legado
artístico no mundo musical, sendo conhecido, como vimos pela alcunha de “Rei do
Pop” e por passos de dança, como o “Moonwalk”. Mesmo morto, o cantor manteve o
sucesso. Em 2010, foi considerada a celebridade mais lucrativa, segundo a
revista Forbes, ao arrecadar 275 milhões de dólares post-mortem.
Segundo
a Forbes, Michael Jackson é o melhor indicativo de que existe uma vida depois
da morte no que se refere às finanças. Quando faleceu, em 25 de junho de 2009,
o homem das luvas brancas era assediado pelas dívidas com um ritmo de gastos
muito acima de suas possibilidades e uma carreira que tentava renascer com uma
nova turnê mundial, que nunca chegou a iniciar. Entretanto, no mesmo ano de sua
morte, seu nome recuperou a fama perdida convertendo-se no artista com mais
vendas. Jackson vendeu 35 milhões de álbuns em todo o mundo durante os doze
meses posteriores a sua morte. O lançamento de dois discos póstumos, “Michael”
(2010) e “Xscape” (2014), contribuiu também para o aumento de sua fortuna,
assim como os dois espetáculos do Cirque du Soleil que o mantém vivo nos
cenários, “Immortal” e “One”. Jackson apareceu até mesmo nos prêmios musicais
entregues anualmente pela conceituada revista Billboard, naquele ano, quando seu holograma
dançou de novo diante do público ao ritmo de “Slave to the Rhythm”, um dos
temas de seu segundo álbum póstumo.
Foi o criador de um estilo
totalmente novo de dança, utilizando especialmente os pés. Michael
Jackson não foi só um ícone para a música, para a dança, para a plateia. Michael
também era sinônimo de puro estilo. Desde o início do quinteto “Jackson Five”,
Michael já se destacava de qualquer outro artista dos anos 1970 pelo seu estilo
único, inusitado e extravagante. O astro foi responsável por lançar várias
tendências na moda, como as suas famosas luvas, meias brancas altas com
sapatos, roupas com ombreiras, cheias de brilhos e badulaques, óculos e muito
dourado. Com suas performances no
palco e “clipes”, Jackson popularizou uma série de complexas técnicas de dança,
como o “Robot”, o “The Lean” (inclinação de 45º), o famoso “Moonwalk”. Seu
estilo diferente e único de cantar e dançar, bem como a sonoridade de suas
canções influenciaram uma série de artistas nos ramos do hip hop, pop, R&B
e rock.Michael Jackson é o maior
artista de todos os tempos segundo o “Guinness Book” por ter vendido notáveis
1,5 bilhões de gravações em toda a sua carreira e se manter nos “charts”
musicais desde 1969. Sua vida, constantemente nos jornais, somada a sua
carreira de sucesso e “glamour” como “popstar” fez dele parte evidente da
história da cultura popular mundial. Por sua simplicidade, o carisma e
elegância têm sido citados nos últimos anos, ininterruptamente como “a pessoa
mais famosa e conhecida do mundo”. John Lennon, dos Beatles, assassinado em
Nova York em 1980, teve de se “conformar” em 2014, com o 7° lugar da lista dos
mortos mais lucrativos após aumentar a fortuna de seus herdeiros em 9,4 milhões
de euros (29 milhões de reais) desde outubro do ano de 2015.
Enfim, Michael Jackson morreu
virgem. É o que diz uma nova biografia do cantor, escrita pelo ex-Editor da
revista “Rolling Stone” Randall Sullivan. De acordo com o jornal “New York
Times”, no livro “Intocável: A Estranha Vida e a Trágica Morte de Michael
Jackson”, o escritor relata que o artista, que morreu em 2009, nunca teve relações
sexuais. - “Ele morreu como um virgem de 50 anos e nunca teve relação sexual
com qualquer homem, mulher ou criança, o que o colocou num estado de solidão
que era uma grande parte do que o fez tão único como artista e tão infeliz como
ser humano”, escreveu Sullivan ao comentar as acusações de pedofilia que pairam
sobre Jackson. O escritor ainda comentou a respeito da turnê: “This Is It”, que
estava sendo elaborada pouco antes de sua morte. Segundo fontes
envolvidas na produção, os shows iriam ajudá-lo a estabilizar
finanças. E para Kenny Ortega, diretor do espetáculo, a turnê poderia recuperar “sua dignidade como artista”. Nenhuma evidência a
respeito é apresentada. O jornal New York Times considerou
a biografia “superficial” e “dispensável”. Muitos autores se interessaram pela obra/vida de Michael Jackson.
As publicações a respeito do “rei do pop” abordam a carreira do cantor, mas grande parte dos escritores também se interessou pelas polêmicas em torno do mito. 1° “Michael Jackson - A Magia e a Loucura” (Editora Globo). Biografia “não autorizada” de Michael Jackson escrita pelo jornalista e biógrafo norte-americano J. Randall Taraborrelli; 2° “Para Entender Michael Jackson” (Editor Rocco). A autora do livro, Margo Jefferson, trata da obsessão do público pelo mundo bizarro construído em torno do mito Michael Jackson; 3° “Discos Para Ouvir Antes de Morrer” (Editor Sextante). A publicação compila 1001 discos que, na opinião dos autores Robert Dimery e Michael Lydon, precisam ser ouvidos alguma vez na vida. A lista começa nos anos 1950 e termina com música contemporânea. Como não poderia deixar de ser, o trabalho Rei do Pop está entre as obras indicadas. 4° “Como eles se conheceram” (Editora Panda Books). O livro narra o encontro de casais famosos entre eles Michael Jackson e Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley. Os dois se casaram em segredo em 1994, mas se conheceram bem antes, quando o rei do rock ainda era vivo e o rei do pop ainda fazia parte do “Jackson 5” no início da carreira; 5° “Michael Jackson Por Ele Mesmo” (Editor Martin Claret). O livro escrito por Luís Martins faz parte da coleção “O Autor Por Ele Mesmo”, da editora Martin Claret. O livro de Giorgio Taborelli lista as personalidades do século 20 e suas contribuições para a construção do período. Entre divas, políticos, militares, pintores, escritores, músicos, cientistas, atletas, santos, empreendedores, Michael Jackson é um dos escolhidos, com destaque para o contrato bilionário que assinou com uma gravadora nos anos 1990. Enfim, “Michael Jackson, The Man Behind The Mask” (Editora Select Books). Publicação que se propõe a desvendar o mito em torno do rei do pop. Escrito por Bob Jones e Stacy Brown. Bibliografia
geral consultada.
GUILHON ALBUQUERQUE, José Augusto, Metáforas da Desordem. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1985; MACHADO, Maria Helena (Org.), Profissões da Saúde:
Uma Abordagem Sociológica. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 1995; pp. 13-33; AUGÉ, Marc, Pour une
Anthropologie des Mondes Contemporains. Paris: Éditions Aubier, 1994; Idem, La Guerre des Rêves. Exercices
d’Ethno-Fiction. Paris: Éditions du Seuil, 1997; ANGELL, Marcia, A Verdade sobre os Laboratórios de
Farmácia. Rio de Janeiro: Editor Record, 2007; AGAMBEN, Giorgio, Stanze,
La Parole e il Fantasma nella Cultura Occidentale. Torino: Einaudi Editore,
2011; ABREU, Teresa, Michael Jackson - O Artista Perfeito. Tese Submetida para Obtenção do Grau de Mestre em Psicologia Clínica. Lisboa: Instituto Universitário, 2010/2011; SOUZA, Gislene Hesse Lima de, Um Olhar Jornalístico sobre o corpo de Michael Jackson: A Transformação, a Performance e a Morte. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Brasília: Universidade de Brasília, 2012; REFOSCO, Lísia da Luz, Configurações das Funções Paterna e Materna no
Cenário da Adolescência em Conflito com a Lei. Dissertação de Mestrado.
Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Faculdade de Psicologia. Porto Alegre:
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2012; OLIVEIRA, Hilda Gomides, Le Tracé de la Constitution des Médias Idole: Discours et Imaginaire. Dissertação de Mestrado em Linguística, Letras e Artes. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2012; ESCUDERO, Márcia Martins, Máscaras: Etimologias Iconográficas na Representação Imagética de Michael Jackson. Dissertação de Mestrado. Programa de Mestrado em Comunicação. São Paulo: Universidade Paulista, 2012; Artigo: “Michael Jackson é o Artista
Morto mais Lucrativo, diz ‘Forbes’”. Disponível em: http://oglobo.globo.com/cultura/2014/10/16; TEIXEIRA, Rafael Goncalves, Horror
Cinematográfico e Experimentação de Michael Jackson na música Pop e no
Videoclipe. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em
Comunicação. Universidade Municipal de São Caetano do Sul, 2014; entre outros.
___________________
* Sociólogo
(UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de
Comunicações e Artes. São Paulo: Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor
Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais. Centro de Humanidades. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará (UECE).
Nenhum comentário:
Postar um comentário