Ubiracy
de Souza Braga*
“Ignorar é a única resposta possível para a
ignorância”. Millôr Fernandes
Há
cerca de duzentos anos, a ideia de que a verdade era produzida, e não
descoberta começou a tomar conta do imaginário tanto individual (o sonho) quanto
coletivo (mitos, ritos, símbolos) de modo geral europeu. O precedente
estabelecido pelos românticos conferiu a seu pleito uma plausibilidade inicial.
O papel efetivo de romances, poemas, peças teatrais, quadros, estátuas e
prédios no movimento social dos últimos 150 anos deu-lhe uma
plausibilidade ainda maior, obtendo legitimidade, já que as ideias adquirem
força na história. Alguns filósofos inclinaram-se ao iluminismo e continuaram a
se identificar com a ciência. Eles veem a antiga luta entre a ciência e a
religião, a razão e a irracionalidade, como um processo em andamento que
assumiu a forma de luta entre a razão e todas as mediações intraculturais que
pensam na verdade constituída e não encontrada. Esses filósofos consideram que
a ciência é a atividade paradigmática e insistem que a ciência natural descobre
a verdade, ao invés de cria-la.
Encaram
a expressão “criar a verdade” como meramente metafórica e totalmente enganosa.
Pensam na política e na arte como esferas em que a ideia de “verdade” fica
deslocada. Outros filósofos, percebendo que o mundo descrito pelas ciências
físicas não ensina nenhuma lição moral e não oferece conforto espiritual,
concluíram que a ciência não passa de uma serva da tecnologia. Esses filósofos
alinham-se com o utopista político e com o artista inovador. Os primeiros
contrastam a “realidade científica concreta” com o “subjetivo” ou o
“metafórico”, os segundos veem a ciência como mais uma das atividades humanas,
e não como o lugar em que os seres humanos deparam com uma realidade não humana
“concreta”. De acordo com essa visão, os grandes cientistas inventam descrições
do mundo que são úteis para o objetivo de prever e controlar o que acontece,
assim como os poetas e os pensadores políticos inventam outras descrições do
mundo para outros fins. Não há sentido algum, porém, em que qualquer dessas
descrições seja uma representação exata de como é o mundo em si. Esses
filósofos consideram inútil a própria ideia dessa representação, consignando
uma verdade de categoria fenomênica, como uma descrição do espírito ainda não
plenamente cônscio de sua natureza espiritual (dialética) e, elevar ao tipo de
verdade oferecida pelo poeta e pelo revolucionário político.
O
idealismo alemão, porém, representou uma solução de compromisso pouco duradoura
e insatisfatória. É que Kant e Hegel fizeram apenas concessões parciais em seu
repúdio à ideia de que a verdade está “dada”. Dispusera-se a ver o mundo da
ciência empírica como um mundo “fabricado” – a ver a matéria como algo
construído pela mente, ou como feita de uma mente insuficientemente cônscia de
seu próprio caráter mental -, mas persistiram em ver a mente, o espírito, as
profundezas do eu como dotados de uma natureza intrínseca – uma natureza que se
poderia conhecer por uma espécie de superciência não empírica, chamada de
filosofia. Isso significava que apenas metade da verdade – a metade científica
inferior – era produzida. A verdade superior, a verdade sobre a mente, seara da
filosofia, ainda era uma questão de descoberta, não de criação. Richard Rorty
precisa sua tese de distinção entre a afirmação de que o mundo está dado e a de
que a verdade dada, equivale a dizer, com bom senso, que a maioria das coisas
no espaço e no tempo, é efeito de causas que não incluem os estados mentais
humanos. Dizer que a verdade não está dada é dizer que, onde não há frases, não
há verdade. E que as frases são componentes das línguas humanas, e que as
línguas humanas são criações humanas. Só as descrições podem ser “verdadeiras”
ou “falsas” - sem o auxílio das atividades descritivas dos seres humanos - não
pode sê-lo. Em filosofia e lógica, a contingência enquanto representação da
realidade é o modo de ser daquilo que não é necessário nem impossível.
É
bem verdade que a liberdade no pensamento tem somente o puro pensamento por sua
verdade; e verdade sem a implementação da vida. Por isso, para lembrarmos de
Hegel, é ainda só o conceito da liberdade, não a própria liberdade viva. Com
efeito, para ela a essência é só o pensar em geral, a forma coo tal, que
afastando-se da independência das coisas retornou a si mesma. Mas porque a
individualidade, como individualidade atuante, deveria representar-se como
viva; ou, como individualidade pensante, captar o mundo vivo como um “sistema
de pensamento”; teria de encontrar-se no pensamento mesmo, para aquela expansão
do agir, um conteúdo do que é bom, e para essa expansão do agir, um conteúdo do
que é bom, e para essa expansão do pensamento, um conteúdo do que é verdadeiro.
Com isso não haveria, absolutamente nenhum outro ingrediente, naquilo que é
para a consciência, a não ser o conceito que é a essência. O conceito enquanto
abstração, separando-se da multiplicidade variada das coisas, não tem conteúdo
nenhum em si mesmo, exceto um conteúdo que lhe é dado. A consciência, quando
pensa o conteúdo, o destrói como um ser alheio; mas o conceito é conceito
determinado e justamente essa determinidade é o alheio que o conceito possui
nele.
A
relação entre pensar e sentir está em discussão. O que, no entanto, parece que
só ilumina e clareia está perpassado de obscuridade através do que é a
vingança. Provisoriamente podemos dizer: vingança é a perseguição que resiste,
opõe-se e subestima. E terá esta perseguição suportada e conduzida à reflexão
até hoje vigente. Quando procede a mencionada dimensão atribuída ao espírito de
vingança? Então é preciso que tal dimensão seja vista desde a sua constituição
íntima. Para que tal olhar venha a ter em certa medida algum sucesso, consideremos
em que configuração essencial se manifesta modernamente. Esta estruturação
essencial do ser vem à fala numa forma clássica, segundo a palavra de Nietzsche,
no pensamento até hoje vigente determinado pelo “espírito de vingança”. Como
pensa Nietzsche a essência da vingança, posto que ele a pensa metafisicamente? Podemos
pensar á medida que temos a possibilidade para tal. Porém, ainda não nos
garante que o possamos na possibilidade.
Permitir que algo, segundo o seu próprio modo de ser,
venha para junto de nós; resguardar insistentemente tal permissão. Sempre
podemos somente isso para o qual temos gosto – isso a que se é afeiçoado, à
medida que o acolhemos. Verdadeiramente só gostamos do que, previamente e a
partir de si mesmo, dá gosto. E nos dá gosto em nosso próprio ser à medida que
tende para isso. Através desta tendência, reivindica-se nosso próprio modo de ser. A tendência é conselheira. A fala do
aconselhamento dirige-se ao nosso modo próprio de ser, para ele nos conclama
e, assim, nos atem. Na verdade, ater significa: cuidar, guardar. Nós o
guardamos se nós não o deixamos fugir da memória, representante que é da
concentração do pensamento. Portanto, é o que cabe pensar cuidadosamente, sendo
a palavra conselheira de nosso modo próprio de pensar.
Millôr
Fernandes nasceu no Rio de Janeiro, em 16 de agosto de 1923 e faleceu no Rio de
Janeiro, em 27 de março de 2012. Millôr Fernandes era nome artístico de Milton
Viola Fernandes, foi desenhista, humorista, dramaturgo, escritor, poeta,
tradutor e jornalista brasileiro. Conquistou notoriedade por suas colunas de humor
gráfico em publicações como Veja, O Pasquim e Jornal do
Brasil. Começou a trabalhar ainda jovem na redação da revista O Cruzeiro,
iniciando precocemente uma trajetória pela imprensa brasileira que deixaria sua
marca nos principais veículos de comunicação do país. Em seus mais de 70 anos
de carreira produziu de forma prolífica e diversificada, ganhando fama por suas
colunas de humor gráfico em publicações como a revista Veja, o tabloide O
Pasquim e o tradicional Jornal do Brasil, entre várias outras. Em
seus trabalhos costumava valer-se de expedientes como a ironia e a sátira para
criticar o poder e as forças dominantes, sendo em consequência confrontado
constantemente pela censura. A
liberdade que Millôr Fernandes tanto prezava em seus trabalhos estendia-se
também às convicções políticas pessoais. Autoproclamado “livre-atirador”,
buscava não se comprometer com qualquer movimento organizado político ou
religioso, considerando a ideologia uma “bitola estreita para orientar o
pensamento”. Defendia o livre pensar justificando que “não existe pensador
católico. Não existe pensador marxista. Existe pensador. Preso a nada. Pensa, a
todo risco”.
O desprendimento a dogmas, conceitos, mitos e sistemas de pensamento
não resultava na falta de foco para suas críticas, pelo contrário: o alvo
sempre foi o ser humano, o qual considerava “inviável”. Dono
de um estilo considerado singular, era visto como figura desbravadora no
panorama cultural brasileiro, como no teatro, onde destacou-se tanto pela
autoria quanto pela tradução de um grande número de peças. Millôr se dizia
ainda uma pessoa de grande ceticismo, considerando essa disposição de indagar
tudo permanentemente um fator primordial na criatividade. Em seus escritos
evitava ataques pessoais, lição que tirou da época no Liceu de Artes e Ofícios: - “um dia um professor deteve a massa dos alunos que desciam as enormes
escadarias e, no meio de todo mundo, advertiu-me para que eu nunca mais
zombasse de um colega. - ´As pessoas podem perdoar que você bata a sua carteira,
mas jamais perdoarão isso. Aprendi”. A exceção à regra eram os políticos governantes,
jamais poupados da exposição ao ridículo na cena pública. Sustentava a posição
dizendo que “o homem do poder público tem sempre uma tribuna e meios muito
maiores para reagir e anular o mal que ocasionalmente você lhe faça”.
De 1980 em diante iniciou-se o processo de degradação
atual nas universidades brasileiras: cursos reduzidos, energia dos professores
canalizada para obter recursos e evitar a degradação dos salários, através de
greves ininterruptas, que nem sempre levaram ao resultado desejado para a
implantação do Plano de Cargos, Carreira e Valorização (PCCV). O princípio
ético-político é que a universidade deve estar comprometida com a qualidade de
ensino e de formação intelectual de seus alunos. Com a produção científica,
artística, estética, filosófica e de base tecnológica e com o atendimento às
necessidades, aos anseios e às expectativas da sociedade global, em sua
“complexidade humana”, formando profissionais técnica e politicamente
competente, desenvolvendo soluções para problemas locais, regionais e
nacionais. A história da universidade brasileira não pode deixar para trás o
simbolismo sindical de seu heroísmo. Não podem perder de vista seus períodos
longos de submissão e subserviência aos poderes públicos. Ipso facto notadamente para um plano de eficiência social para a
manutenção e garantia da subsistência de seus próceres do ponto de vista da
excelência e padrão de ensino.
Oligarquia é um termo comumente referido enquanto uma
relação social cujo sentido é dado, implicitamente, como óbvio – daí
aparentemente não carecendo de qualquer explicação, mas existe. O problema é
que diferentes autores em sociologia e teoria política tomam o termo de formas
distintas. O uso mais rigoroso desse conceito, dando-lhe tratamento teórico e
analítico ao mesmo tempo mais preciso, rigoroso e complexo, pode demonstrar-se
bastante útil para ao menos com relação a três fins: 1) Como termo para designar
grupos políticos tradicionais que dominam determinadas regiões, ou, por
derivação de interesses, seu governo; 2) Como termo tomado na sua acepção
clássica, platônica e aristotélica, de “governo dos ricos” ou, por extensão,
como o “grupo dos ricos”. Trata-se de um uso que não se distingue completamente
do primeiro; 3) Como um grupo minoritário dotado de poder dentro de
organizações, principalmente, mas não só as de caráter representativo, ou de
seu governo.
A família em questão é a oligarquia Ferreira Gomes,
composta pelos irmãos Cid Gomes (PSB), ex-governador do Ceará e presidente
estadual do partido; Ciro Gomes, ex-deputado federal e ex-ministro dos governos
Itamar Franco (1994) e de Luiz Inácio Lula da Silva (2004); e ainda pelo deputado
estadual Ivo Gomes, ambos então no Partido Socialista Brasileiro. O gosto dos irmãos pela política é uma
herança do pai, José Euclides Ferreira Gomes Júnior, que, no final da década de
1970, foi prefeito de Sobral, a 238 km de Fortaleza. Do ponto de vista do
troca-troca de partidos políticos, foi filiado ao Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB),
Partido Popular Socialista (PPS), Partido Socialista Brasileiro (PSB) e Partido
Republicano da Ordem Social (PROS). É filiado ao Partido Democrático
Trabalhista (PDT). Foi governador do estado do Ceará por dois mandatos. Professores e estudantes protestam publicamente no Ceará.
A propriedade de diversas empresas de mídia está nas
mãos de grupos políticos instalados nos mais variados níveis dos poderes
Legislativo e Executivo. A mídia brasileira é dominada por uma elite política (cf.
Sartori, 1998; Michels, 1998; 2008) onde juntos controlam mais de 500 veículos,
sendo que uma única rede de televisão detém 50% da audiência nacional. Quase
todos os candidatos que “investiram” em mídia durante seus mandatos conseguiram
se reeleger. Em sucessivas greves durante o mandato do governador Cid Gomes
suas reivindicações, de acordo com os sindicatos, são as que estavam postas na
greve em outubro de 2013, não cumpridas pelo governante e que ainda mantem-se
são as seguintes: a) regulamentação do Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos, b) reescalonamento da tabela salarial dos servidores, a política
de assistência estudantil, c) concurso para professor efetivo e d) a reforma e
ampliação do campus de Itapipoca. A não
regulamentação do PCCV funciona como vingança (cf. Heidegger, 2006: 98 e
ss.) das elites políticas cearenses do ponto de vista da história social e das
lutas políticas de professores universitários no Estado.
E a proliferação de legendas, grande parte sem
identidade ideológica clara, parece não ter fim. No
entanto, a verdade é que em nossas sociedades tudo está “impregnado de
ideologia”, quer a percebamos, quer não. Além disso, em nossa cultura liberal-conservadora
o sistema ideológico socialmente estabelecido e dominante funciona de modo a
apresentar – ou desvirtuar – suas próprias regras de seletividade, preconceito,
discriminação e até distorção sistemática como “normalidade”, “objetividade” e “imparcialidade
científica”. Atualmente 23 novas siglas já
entregaram à Justiça Eleitoral parte das 500 000 assinaturas necessárias para
obter o registro e poder disputar eleições. A candidatura de Camilo Sobreira
Santana contou apoio em sua coligação político- partidária com as seguintes
siglas de representação: PRB, PP, PDT, PT, PTB, PSL, PRTB, PHS, PMN, PTC, PV,
PEN, PPL, PSD, PC, PC do B, PT do B, SD e PROS. Contudo no quadro político
geral do estado temos a seguinte configuração:
11 coligações e partidos políticos isolados decidiram lançar candidatos
a cargos proporcionais nas eleições. Para deputado estadual, o PSC, que decidiu
“marchar sozinho”, acabou lançando mais candidatos aos cargos eletivos – 62 ao
todo para disputar vagas na Assembleia Legislativa. A maior coligação, que
reúne nove partidos, tem o PROS, PT, PRB, PTB, PSL, PHS, PV, PSD e SD, com 112
candidatos. A coligação com PMDB, PR, DEM, PRP e PSDB lançará 81 candidatos. Já
a Frente de Esquerda através do Psol, PSTU e PCB totaliza 39 postulantes. PEN,
PRTB e PPL se reuniram para lançar 60 candidatos. Já PP, PT do B e PMN terão 45
candidatos.
Camilo Santana, do Partido dos Trabalhadores (PT), foi eleito governador do Ceará
para os próximos quatro anos, a partir de 1º de janeiro de 2014. Com 100% das
urnas apuradas por volta das 21 h (horário local), o petista teve 2.417.668
votos, o que corresponde a 53,35% dos votos válidos, contra 46,65% de Eunício
Oliveira (PMDB), que obteve 2.113.940 votos totais. A vice-governadora Izolda
Cela, foi secretária de educação em Sobral e, até ir para a disputa como vice,
secretária estadual da Educação. A eleição de Camilo Santana ao governo do
Ceará teve apoio do governador Cid Gomes (Pros), há oito anos no comando do
estado diante de intensas manifestações grevistas. Eunício Oliveira fazia parte
das alianças da oligarquia Ferreira Gomes até decidir ser candidato ao governo.
- “Quero agradecer o carinho e a responsabilidade que
vocês me deram de governador o Ceará. Quero agradecer do fundo do meu coração e
pedir uma salva de palma para vocês, para cada um de vocês. Vou gastar toda
energia da minha vida para não decepcionar os cearenses”, afirmou Camilo
Santana, no 1º discurso político como governador eleito, no comitê de campanha
no bairro Cocó, em Fortaleza. Ele também comentou sobre a vitória de Dilma
Rousseff. – “Estou mais feliz ainda porque a gente venceu e venceu a presidenta
Dilma. Uma salva de palma para a presidenta Dilma. A vitória é de vocês, a
vitória é do Ceará. Um forte abraço”, disse o novo governador. Camilo Santana acompanhou a apuração dos votos em casa seguiu para o comitê.
O
que queremos deixar claro, no sentido abstrato, é que o poder da ideologia
não pode ser superestimado. Ele afeta tanto os que negam sua existência quanto
os que reconhecem abertamente os interesses e os valores intrínseco às várias
ideologias. É de todo inútil pretender que seja de outro modo. A crença de que
se possa estar livre da ideologia no mundo contemporâneo – ou mesmo no futuro
previsível – não é mais realista do que a ideia do “valoroso companheiro” de Marx
que pensava que os homens se afogavam por estarem possuídos pela ideia de gravidade.
Temos, porém, testemunhado muitas
tentativas, em passado muito recente, que seguiram o mesmo caminho deste “valoroso
companheiro” idealista, decretando que a ideologia não é mais do que uma ideia supersticiosa,
religiosa; mera “ilusão”, a ser permanentemente descartada pelo bom trabalho da
“objetividade científica” e pela aceitação dos procedimentos intelectuais adequados
e “axiologicamente neutros”. Na verdade,
a ideologia, de acordo com Mészáros (2004: 65 e ss.), não é ilusão nem
superstição religiosa de indivíduos mal-orientados, mas uma forma específica de
consciência social, materialmente ancorada e sustentada. Não pode ser
superada nas sociedades de classes.
Sua
persistência se deve ao fato social de ela ser constituída objetivamente (e constantemente
reconstituída) como consciência prática inevitável das sociedades de classe,
relacionada com a articulação de conjuntos de valores e estratégias rivais que
tentam controlar o metabolismo social em todos os seus principais aspectos. Os
interesses sociais que se desenvolvem ao longo da história e se entrelaçam
conflituosamente manifestam-se, no plano da consciência social, na grande
diversidade de discursos ideológicos relativamente autônomos (mas, é claro, de
modo algum independentes), que exercem forte influência sobre os
processos materiais mais tangíveis do metabolismo social. As ideologias
conflitantes de qualquer período histórico constituem a consciência prática
necessária em termos da qual as principais classes da sociedade se
inter-relacionam e até se confrontam, de modo mais, ou menos, aberto,
articulando sua visão da ordem social correta e apropriada como um todo
abrangente. Compreensivelmente na arena social refere-se à própria estrutura
social que proporciona o quadro regulador das práticas produtivas e
distributivas de qualquer sociedade específica. Exatamente por ser tão fundamental é que esse
conflito não pode ser simplesmente deixado à mercê do mecanismo cego de embates
insustentavelmente dissipadores e potencialmente letais. Na realidade, quanto
menor for tal controle, maior será o risco de ocorrerem as calamidades
implícitas no crescente poder de destruição à disposição dos antagonistas.
Esse
conflito tampouco será resolvido no domínio legislativo da “razão teórica”
isolada, independentemente do nome da moda que lhe seja dado. É por isso que o
estruturalmente mais importante conflito social – cujo objetivo é manter ou, ao
contrário, negar o modo dominante de controle sobre o metabolismo social dentro
dos limites das relações de produção estabelecidas – encontra suas manifestações
necessárias nas “formas ideológicas em que os homens se tornam conscientes
desse conflito e o resolvem pela luta”. Nesse sentido, o que determina a
natureza da ideologia, acima de tudo, é o imperativo de se tornar praticamente
consciente do conflito social fundamental – a partir dos pontos de vista mutuamente
excludentes das alternativas hegemônicas que se defrontam em determinada ordem
social – com o propósito de resolvê-lo pela luta. Em outras palavras, as
diferentes formas ideológicas de consciência social têm (mesmo se em graus
variáveis, direta ou indiretamente) implicações práticas de longo alcance em todas
as suas variedades na arte e na literatura, assim como na filosofia e na teoria
social, independentemente de sua vinculação sociopolítica e posições
progressitas ou conservadoras. Enfim, é esta orientação prática que define também
o tipo de racionalidade apropriado ao seu discurso ideológico.
Natural do município do Crato, no Ceará, Camilo Sobreira
de Santana nasceu em 1968. É formado em Engenharia Agrônoma pela Universidade
Federal do Ceará, com curso de mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela
mesma universidade. Começou sua vida política no movimento estudantil, onde
ocupou os cargos de Presidente do Centro Acadêmico de Agronomia e de Diretor do
Diretório Central dos Estudantes na universidade em que estudou. Concorreu pela
primeira vez a um cargo eletivo em 2000, quando tentou uma vaga na Prefeitura
de Barbalha, mas não obteve a vitória. Tentou novamente na eleição seguinte,
mas os 9.925 votos recebidos foram suficiente somente para obter o 2° lugar. Em
2007 foi nomeado Secretário do Desenvolvimento Agrário no 1° mandato de Cid Gomes, permanecendo no cargo por 3 anos. Em 2010 foi candidato a Deputado
Estadual, terminando a eleição com 131.171 votos válidos obtidos, “como o mais
votado do Ceará ao cargo”. Entretanto, professores continuam sendo agredidos a mando do político Cid Ferreira Gomes e do atual prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, dentro da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará.
A Coligação “Para o Ceará seguir Mudando” organizou
sua base através de um Conselho Político, formado por representantes dos
partidos aliados. A decisão foi tomada durante encontro realizado em Fortaleza,
do qual participaram os partidos, o candidato ao governo do Estado do Ceará,
Camilo Santana, a candidata a vice-governadora, Izolda Cela, e o candidato ao
Senado, Mauro Filho. O conselho tem como objetivo o encaminhamento de políticas
públicas pode-se considerar como “o que o governo escolhe fazer ou não fazer”.
A proposta partiu dos presidentes/representantes dos 18 partidos que compõem a
coligação – PT, PROS, PRB, PP, PDT, PTB, PSL, PRTB, PHS, PMN, PTC, PV, PEN,
PPL, PSD, PC do B, PT do B e Solidariedade. - “Nós vamos formar o Conselho
Político com os presidentes de partido, junto com a coordenação da campanha.
Todos serão ouvidos. E como política não se faz apenas em eleição, quero levar
esse conselho para o Governo”, adiantou Camilo Santana.
Em sua fala, Camilo Santana reforçou a natureza de
projeto que marcou a formação da chapa. - “Esta chapa foi escolhida para
representar um projeto. Um projeto que está em curso no Estado do Ceará, ao
longo dos últimos sete anos. Precisamos mostrar mais à sociedade cearense os
feitos deste governo, liderado pelo governador Cid Gomes. Em todas as áreas.
Claro que temos grandes desafios pela frente. Mas nós que estamos aqui
representando um projeto de Ceará que nós queremos que avance. Por isso o nome
da coligação é ‘Para o Ceará seguir mudando’”, prosseguiu. O sucessor de Cid
Gomes (Pros) à frente do governo estadual do Ceará a partir de janeiro de 2015
é o deputado estadual Camilo Santana (PT), que conquistou 53,35% dos votos
válidos no segundo turno das eleições estaduais neste domingo (26). Ele
derrotou Eunício de Oliveira (PMDB), que ficou com 46,65% dos votos. Houve
7,62% de brancos e nulos e 21,75% não foram votar. O estado foi um dos que
tiveram ambos os candidatos a governador aliados, à candidata à reeleição
presidencial Dilma Rousseff (PT) - no primeiro turno, assim como no segundo,
materiais de campanha do PMDB com o candidato a governador ao lado de Aécio
Neves (PSDB) não foram incomuns, e voltaram a ser identificados durante a
campanha do segundo turno.
A professora Maria Izolda Cela de Arruda (PROS),
ex-secretária de Educação do Ceará, é a vice-governadora. Nascida em Sobral, em
9 de maio de 1960, é casada há 29 anos
com José Clodoveu de Arruda Coelho Neto, o Veveu, atual prefeito de Sobral. Tem
quatro filhos e é a segunda de uma família de cinco irmãos. A mãe era professora
de ensino fundamental, natural de Camocim. O pai, médico, de Santa
Quitéria. É formada em psicologia pela
Universidade Federal do Ceará, especializada em Educação Infantil pela
Universidade Estadual do Ceará e Gestão Pública na Universidade Estadual Vale
do Acaraú-UVA. É mestranda em “Gestão e Avaliação da Educação Pública” pela
Universidade Federal de Juiz de Fora (MG) e professora do curso de Pedagogia da
UVA. O nome dela fora um dos apontados como candidata ao Governo, mas acabou
ficando como vice de Camilo Santana. No primeiro turno da disputa, Camilo
Santana ficou em 1° lugar com 47,81% dos votos contra 46,41% dados a Eunício.
Camilo é deputado estadual no 2° mandato, embora muito pouco tempo tenha trabalhado
na Assembleia Legislativa. Ele foi secretário do Governo Cid Gomes no 1° e 2°
mandatos. Antes de ser deputado estadual disputou cargo e foi derrotado em duas
oportunidades à Prefeitura do Município de Barbalha, onde tem o seu domicílio
eleitoral.
O terceiro mandato do grupo político oligárquico que
comanda o Ceará a oito anos foi conquistado de forma diferente das eleições anteriores,
nas quais Cid Gomes através do “Pros” tornou-se vitorioso. O Partido
Republicano da Ordem Social (PROS) é um partido político do Brasil. Foi fundado
em 4 de janeiro de 2010 e obteve registro definitivo pelo TSE em 24 de setembro
de 2013. O presidente do PROS é Eurípedes de Macedo Júnior. No início de
outubro de 2013 foi anunciado que o então governador do Ceará, Cid Gomes e seu
irmão, Ciro Gomes, se filiariam ao novo partido. Nas eleições de 2014, o PROS
esteve compondo a coligação “Com a Força do Povo” que reelegeu a presidente
Dilma Rousseff (PT) e na maioria dos estados esteve apoiando candidatos a governador
cujos partidos nacionalmente são da base do governo federal. Com a saída do
grupo oligárquico de Ciro Gomes, o partido aos poucos se consolida como partido
de centro e centro-direita, reunindo muitas lideranças, defensores do
Republicanismo, Christian Right, liberalismo econômico, nacionalismo e
conservadorismo.
O contexto político, a situação do Estado e o perfil
do governador eleito Camilo Sobreira Santana (PT) apontam para uma gestão que,
se representa a continuidade do modelo político, indica mudanças aparentes em
áreas sensíveis. E necessidade de uma forma diferente de fazer política, diante
da nova correlação de forças sociais e políticas. Camilo ideologicamente se
referiu a Cid Gomes como “maior governador da história”. - “Mas vamos fazer um
governo novo”. Mantra repetido ao longo da campanha, ele reforçou que irá à
política para “garantir tudo de bom que conquistamos corrigir o que não está
bom, e apresentar novos projetos”. Camilo Santana é professor do Centro de
Estudo Tecnológico do Ceará (Centec) e servidor do IBAMA - Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, mais conhecidos pelo
acrônimo IBAMA, criado pela Lei nº 7.735 de 22 de fevereiro de 1989, é uma
autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) e no caso de
sua candidatura preferiu migrar do Partido Socialista Brasileiro para o Partido
dos Trabalhadores, oportunisticamente após o partido político chegar ao poder,
em 2003, acompanhando o pai Eudoro Santana - atual presidente do Instituto de
Planejamento de Fortaleza (Iplanfor). Foi candidato, todavia, a prefeito de
Barbalha em 2000 e 2004. No ano do 1° mandato de Cid Gomes, em 2007, convidado
pelo governador, assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Agrário. Em 2010, foi
eleito deputado estadual mais votado do Ceará. No período de 2011 a 2013, não exerceu nenhuma forma política de mandato. Licenciou-se para ser secretário das Cidades.
Passados dez (10) meses do Acordo firmado com o
governador do estado do Ceará, o engenheiro Camilo Santana, acordo celebrado em
audiência realizada em 6 de janeiro de 2015 com a suspensão da greve dos
professores e estudantes das Universidades UECE, URCA e UVA, o
Sindicato dos Docentes da UECE – Seção Sindical do Andes-SN (Sinduece) realizou
assembleia geral para rediscutir “os
pontos do Acordo ainda não cumpridos pelo governador e o processo
estatuinte”. A realização de concurso
emergencial para suprir vagas de professores nas três universidades. Assim como
o estabelecimento de calendário de certames para os próximos anos com o fim de
suprir toda a carência de docentes acumulada: a) concurso para servidor
técnico-administrativo; b) regulamentação do PCCV; c) reforma e ampliação da
Faculdade de Educação de Itapipoca. E, finalmente, last but not least, debate
com o governo sobre a política de autonomia para as Universidades. O concurso em caráter emergencial preencheria 120 vagas para o cargo de professor
da Universidade Estadual do Ceará, com 99 vagas por Edital e 21 preenchidas com cadastro de
reserva de concurso, preenchendo 67 vagas para Universidade Vale do Acarau e 41 para Universidade Regional doCariri.
Somente na Universidade Estadual do Ceará, trinta e seis (36)
professores que tiveram seus processos seletivos aprovados internamente e suas
portarias publicadas no DOE – Diário Oficial do Estado foi ignorado como única
resposta possível para a ignorância até o presente. Repetindo prática relativamente
antiga e nefasta de seu antecessor Cid Ferreira Gomes, o governo de Camilo
Santana acumula sem despachar pelo menos vinte e um (21) processos de estágio
probatório de docentes da UECE e setenta e oito (78) outros processos relativos
a afastamento de professores para cursar pós-graduação (Mestrado/Doutorado).
Claro está que o governador Camilo Santana optou por não cumprir o acordo
celebrado com o movimento grevista. Nestes governos nem tudo que é
legal é legítimo! Por desferir golpes contra as universidades pelo corte de
verbas já insuficientes, bem como ignorando os dispositivos legais como a Lei
14.116 (PCCV), a Lei 9.826/1974, referente ao Estatuto dos Funcionários
Públicos do Ceará, a Constituição Federal de 1988 outros instrumentos
constitucionais.
O senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado na tarde desta quarta-feira (19/3/2020) em motim de policiais para reivindicar aumento salarial em Sobral (CE). Cid “pilotava” uma retroescavadeira e tentava furar um bloqueio feito por policiais no 3º Batalhão da Polícia Militar do município. O Hospital do Coração informou que o estado de saúde de Cid é estável e que não há risco de morte. O senador licenciado está em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de alta. Um boletim médico divulgado nesta quarta, às 19h40, afirma que ele está “lúcido e respirando sem auxílio de aparelhos” e tem “boa evolução clínica”. Cid Gomes organizava um protesto contra um grupo de policiais que tenta impedir o trabalho da Polícia Militar. Nesta quarta-feira, policiais esvaziaram pneus de carros da polícia para impedir que o trabalho dos agentes de segurança atuem na ruas. Alguns vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o momento em que Cid Gomes tenta furar o bloqueio com a retroescavadeira e, logo depois, uma pessoa faz os disparos em direção ao senador licenciado, que também quebram os vidros do veículo. Outras imagens registradas no local também mostram o senador licenciado consciente e com a blusa manchada de sangue após a confusão. Em frente ao bloqueio dos policiais, utilizando uma retroescavadeira, ele pediu que os policiais deixassem o local: - “Vocês têm cinco minutos pra pegarem os seus parentes, as suas esposas e seus filhos e sair daqui em paz. Cinco minutos. Nem um a mais”, afirmou Cid, em um megafone.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará diz que o crime contra o senador licenciado será investigado pelo Núcleo de Homicídios da Delegacia Regional de Sobral da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE). Segundo a nota, a Polícia Federal e a Polícia Civil vão atuar em conjunto e uma equipe do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) da PF irá para Sobral. Ainda não há informações em relação a uma eventual prisão ou identificação do autor dos disparos. O ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, autorizou nesta quarta-feira o envio da Força Nacional paramo Ceará por 30 dias. Antes, o ministério já havia comunicado que enviou equipes da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal para garantir a segurança do senador Cid Gomes. - “A operação terá o apoio logístico do órgão demandante, que deverá dispor da infraestrutura necessária à Força Nacional de Segurança Pública”, detalha o texto da portaria. O governador do Ceará, Camilo Santana (PT-CE), diz que já havia solicitado o apoio de tropas federais para o Ceará aos ministros Luiz Eduardo Ramos da Secretaria de Governo da Presidência e Sergio Moro (PSDB) da Justiça e Segurança Pública para uma ação enérgica contra essas pessoas que têm agido como criminosas”. Governador diz que é inacreditável a extrema violência sofrida pelo senador Cid Gomes, atingido por dois tiros, em Sobral e que a violência foi “provocada por um grupo de policiais mascarados, amotinados num quartel”.
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* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes. São Paulo: Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais. Centro de Humanidades. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará (UECE).
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