Mulheres Curdas – Memória & História Política Mundial.
Giuliane de Alencar & Ubiracy
de Souza Braga*
“On ne détruit réellement que ce qu`on remplance”.
Charles-Pierre Baudelaire
A mão esquerda na anatomia do corpo
humano representaria o nosso potencial
e a mão direita o rumo que a nossa
vida está a seguir. A relação entre as linhas da nossa mão e o nosso destino
não é unilateral. Pelas nossas ações e vontade podemos modificar as nossas
linhas. Mas as nossas linhas influenciariam a nossa vida, ações e vontade. Um
bom exemplo disso será a nossa saúde. Potencialmente podemos possuir bastante
vitalidade e saúde, mas pelas nossas más ações e maus hábitos podemos danificar
essa mesma saúde. Alguém que em potencial possua problemas de saúde, pode
modificar a sua sina através de hábitos mais corretos, hábitos conscientes para
melhorar essa mesma saúde. Em última análise, podemos dizer que o nosso destino
está em nossas mãos. E estas anteveem o nosso destino com base nas nossas ações
e potencial presente.
Os
curdos são um grupo étnico nativo de uma região frequentemente referida como
Curdistão, que inclui partes adjacentes do Irã, Iraque, Síria, Turquia, Armênia
e Geórgia.
Também há comunidades curdas no Líbano, Azerbaijão (Kalbajar e Lachin) e, em
décadas recentes, em alguns países europeus e nos Estados Unidos. Etnicamente
aparentados com outros povos iranianos, eles falam curdo, língua indo-europeia
do ramo iraniano. Todavia, se as origens étnicas curdas são aparentemente
incertas, mas de acordo com Vladimir Minorsky, “não há dúvidas que o termo “mar”
(“medos”) se refere aos curdos”. Além disso, ele descreve que historicamente “no
raro manuscrito armênio contendo amostras de alfabetos e línguas, escritos em
algum momento antes de 1446, uma oração curda aparece como exemplo da língua
dos medos”.
De acordo com a “Encyclopaedia
Kurdistanica”, os curdos são descendentes de todos aqueles que se tenham
historicamente fixado no Curdistão, e não de um grupo em particular. Sua língua
original foi influenciada e gradualmente substituída pelo iraniano do noroeste,
com a chegada dos medos ao Curdistão. De acordo com a Enciclopédia do
Islamismo, a classificação dos curdos como arianos é principalmente baseada em
dados linguísticos e históricos e em nada prejudica o fato de haver uma
complexidade de elementos étnicos e culturais a eles incorporados. Um estudo de
2001 sobre a população turca, os ancestrais dos curdos, armênios, iranianos,
judeus, e outros grupos mediterrâneos parecem dividir um ancestral comum. Pertenciam
a um substrato mediterrâneo antigo, grupos hurritas e hititas e que estes povos
não tinham conexão com uma invasão ariana que se supõe ter ocorrido por volta
do ano 1 200 a. C.
A maioria dos curdos é bilíngue ou
poliglota, falando as línguas dos povos da vizinhança tais como o árabe, o
turco e o persa como segunda língua. Os judeus curdos e alguns cristãos curdos,
basta não confundir com os assírios étnicos do Curdistão, habitualmente falam
aramaico, por exemplo, “lishana deni” como sua primeira língua. O aramaico é
uma língua semítica muito mais próxima do árabe e do hebraico que do curdo. O
número exato de curdos vivendo no Oriente Médio ainda não se sabe, devido à
análise dos recenseamentos recentes e à relutância dos vários governos das
regiões habitadas por curdos em fornecer dados importantes. Contudo, aproximadamente
55% dos curdos no mundo vivem na Turquia, 20% no Irã, 20% no Iraque e um pouco
menos de 5% na Síria. Estas estimativas estabelecem o número total de curdos
entre aproximadamente entre 27 e 36 milhões. Há outras fontes que registram uma
população maior de curdos. Além disso, estima-se que os curdos, especialmente
na Turquia, têm um índice de natalidade quase 50% mais que os turcos. Devido a
isso, eles são vistos como um desafio demográfico para o Estado. Combatentes curdas: a luta contra o Estado Islâmicose tornou reconhecida internacionalmente através do trabalho político feminino.
A República de Mahabad, em curdo: “Komarî
Mehabad”, em persa: جمهوری مهاباد, conhecida oficialmente como República do
Curdistão e estabelecida no Curdistão iraniano, representou um governo curdo de
curta duração que buscava autonomia curda dentro dos limites do Estado
iraniano. Este é o segundo Estado curdo moderno, após a República de Ararate,
na Turquia. A capital era a cidade de Mahabad no noroeste do Irã. O próprio
Estado englobava um pequeno território, incluindo Mahabad e as cidades de
Piranshahr, Sardasht, Bukan, Naqada e Ushnaviya, que abrangia as regiões da
atual província iraniana de Azerbaijão Ocidental. A fundação e desaparecimento
da República representou uma parte da crise do Irã, um conflito político entre
os Estados Unidos da América – EUA e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
- URSS, durante os estágios iniciais que se desenvolveram em torno da Guerra
Fria, designação atribuída ao período
histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados
Unidos e a União Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda
Guerra Mundial (1945) e a extinção da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(1991), mediante um conflito de ordem política, militar, tecnológica,
econômica, social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência.
Qazi Muhammad foi o presidente da República, Mustafa Barzani foi Ministro da
Defesa e o primeiro-ministro foi Haji Baba Sheikh. A Independência é declarada
em 22 de janeiro de 1946, mas o Estado foi derrotado menos de um ano mais tarde
pelo exército iraniano. Após o desaparecimento da república, Qazi Muhammad é
executado em público no centro de Mahabad.
Qualquer
que seja sua localização geográfica, as mulheres curdas não esperaram a luta
contra o EI para chegar a
postos-chave, sejam eles militares ou políticos. Já em 1909, Adila Khanim foi a
sucessora de seu marido como governadora de Halabja e chefe da tribo Jaf, uma
das maiores do Curdistão. Ela ficou famosa por conseguir restabelecer a ordem e
a lei na região. Hoje, duas coronelas, Nahida Ahmed Rachid e Aila Hama Amin
Ahmed, fazem desta figura histórica uma das inspirações do Batalhão 106, uma
força exclusivamente feminina criada em 1996, em Sulaymaniyah, cidade iraquiana
sob o controle do Governo Regional do
Curdistão (KRG). Para explicar seu engajamento nessa unidade desde sua
criação, Nahida e Aila não hesitam em invocar “a imperiosa necessidade de pegar
em armas para defender a nação ameaçada” e a impossibilidade de continuar em
casa enquanto seus compatriotas são mortos. As duas oficiais não escondem as
dificuldades, sobretudo para vencer a relutância da sociedade curda do Iraque: -
“Tivemos de superar muitas dificuldades. Foi uma luta. Essa liberdade [de
tornar-se militar] não é um favor que os homens se dignaram em nos conceder;
nós lutamos para conquistá-la”, afirma Aila, que diz ter permanecido solteira
para poder dedicar sua vida à luta. - “Uma soldada não imita um pretenso modelo
masculino; ela está no seu direito de pegar em armas”, declara por sua vez
Nahida.
Kobani é uma cidade independente
curda, parte do Curdistão Sírio ou Curdistão do Oeste, também chamado de Rojava
(oeste, em curdo). Outras sete cidades também fazem parte de Rojava, localizada
na fronteira entre Síria e Turquia. Kobani se encontra desde setembro sob o
forte ataque dos jihadistas do EI
(Estado Islâmico), contra o qual guerrilheiros do YPG - Unidades de Defesa do Povo vêm travando heróica resistência. O YPG
foi fundado em 2004 pelo PYD - Partido da
União Democrática, ligado ao PKK - Partido
dos Trabalhadores do Curdistão, e iniciou sua ação armada durante a guerra
civil síria em 2011. No dia 19 de julho de 2012 conseguiu libertar Kobani das
tropas de Assad e nos cinco dias seguintes libertou as demais cidades. O YPG é
um exército guerrilheiro de maioria curda, têm em suas fileiras outras
nacionalidades, inclusive combatentes cristãos. Organizam-se de forma
democrática, com eleição de seus líderes, tendo destaque a brigada de mulheres
do YPG, a YPJ (“Unidade de Defesa das Mulheres”) contando com cerca de 7 mil
guerrilheiras. A cada dia, novas combatentes se graduam e ingressam nas unidades
do exército guerrilheiro. Organizam com outras mulheres comitês de defesa e têm
sido essenciais na defesa de Kobani contra a tentativa de invasão, dominação e
conversão ao Estado Islâmico.
Em 1920, as duas áreas habitadas por
curdos de Jewanchir (capital Kalbajar) e Zangazur oriental (capital Lachin)
foram reunidas para formar o Curdistão Vermelho (“Kurdistan Uyezd”). O período
de existência da unidade administrativa curda foi breve e não durou após 1929.
Os curdos subsequentemente enfrentaram muitas medidas repressivas, inclusive
deportações. Como resultado do conflito em Nagorno-Karabakh, muitas regiões
curdas foram destruídas e mais de 150.000 curdos foram deportados desde 1988. De
acordo com um relatório do Conselho da Europa, aproximadamente 1,3 milhão de
curdos vivem na Europa Ocidental. Os primeiros imigrantes foram os curdos da
Turquia que se estabeleceram na Alemanha, Áustria, países do Benelux, Reino
Unido, especialmente em Londres, Suíça e França durante a década de 1960.
Períodos sucessivos de ebulição política e social no Oriente Médio durante as
décadas de 1980 e 1990 causaram novas ondas de refugiados curdos para a Europa,
a maioria do Iraque sob a ditadura de Saddam Hussein e também do Irã. Houve uma
imigração significativa de curdos para a América do Norte, principalmente
refugiados políticos e imigrantes em busca de oportunidades econômicas de
trabalho. Estima-se que 100.000 curdos vivam nos Estados Unidos, 50.000 no
Canadá e menos de 15.000 na Austrália. Milicianas curdas daUnidade de Proteção do Povo (YPG) fazem pausa na linha de combate da guerra de guerrilha marxista.
A
cultura curda representa o legado de vários povos antigos que moldaram os
modernos curdos e sua sociedade, principalmente de três povos: os hurritas
nativos, os iranianos antigos (medos) e os muçulmanos. A cultura curda é muito
próxima daquelas dos povos iranianos; os curdos, por exemplo, também celebram o
Noruz (21 de março) como “Dia de Ano Novo”. Os filmes curdos principalmente
evocam a pobreza e a falta de direitos do povo curdo na região. Yılmaz Güney (Yol)
e Bahman Qubadi estão entre os mais conhecidos diretores de cinema curdos.
Tradicionalmente, há três tipos de artistas clássicos curdos: os contadores de
histórias (“çîrokbêj”), os menestréis (“stranbêj”) e os bardos (“dengbêj”). Não
houve música específica relacionada às cortes principescas curdas, portanto, a
música apresentada em reuniões noturnas (“şevbihêrk”) é clássica. Várias formas
musicais são encontradas neste gênero. Muitas músicas são épicas por natureza,
como a popular “Lawiks”, balada heróica contando histórias de heróis curdos
como Saladino. As baladas de amor são “Heyrans” que frequentemente expressam a
melancolia da separação e do amor não conquistado. Enquanto “Lawje” é uma forma
de música religiosa e “Payizoks” são canções apresentadas durante o outono.
Canções de amor, música para dançar, para casamentos e outras celebrações (“dîlok”/”narînk”)
como poesia erótica e música a capela são também muito populares.
Esse orientalismo está ligado à
produção cultural de seu tempo como a literatura, a arte, a filmes e novelas
culturais nos dias atuais constituindo-se objeto de nossa reflexão. Quando nos vemos diante da comédia dramática
“O Casamento de May”, com o olhar feminino de Cherien Dabis, pode-se à primeira
vista imaginar que o filme abordará um conflito religioso. Afinal, a
protagonista também Cherien, uma palestina de origem cristã, vai se casar com
um noivo muçulmano, na Jordânia natal de ambos, embora sejam os dois radicados
nos Estados Unidos. Mas quanto mais avança a história, que tem roteiro de sua
diretora e atriz, mais se afasta desta intenção. Segue aproximando-se de uma
discussão no âmbito das relações de parentesco e familiares e da condição
feminina neste contexto que aspira a ser universal – embora dedique espaço
também a conflitos interculturais devido ao próprio confronto de
regionalização.
Nota-se
do ponto de vista ideológico da cineasta Cherien Dabis uma intenção sutil de
apresentar este “pedaço” historicamente relevante do mundo sob um viés menos
carregado. Especialmente ao retratar, last
but not least, o relacionamento social temperamental entre homens e
mulheres. Próximo do dia de seu casamento, May vai até Amã, na Jordânia, para
visitar sua família. Sua mãe católica não aprova o noivo, que é muçulmano e
pretende boicotar o matrimônio. Enquanto isso, seu pai, até então distante,
resolve se reaproximar e suas irmãs continuam agindo como crianças. As
“cafajestadas” não são nem mais nem menos do que as que se poderia esperar em
qualquer outro lugar e espaço nas mesmas situações – exceto, talvez, nas cenas
do “jogging” de May na rua, que são recebidas por olhares e manifestações um
tanto fortes, de um ponto de vista do olhar ocidental. No geral, o filme
transmite a autoridade de quem: a) tem um “olhar de dentro” plantado no Oriente
Médio, b) que fala pouco de política, mas c) não a ignora ao mesmo tempo em que
procura manter “mão leve no tom”. Tal como “Amreeka”, comparativamente, “O
Casamento de May” também foi exibido no Festival
de Sundance. Mas o melhor mesmo em “Amreeka”, que significa “América em
árabe”, é a quebra literal de estereótipos socialmente desnecessários.
Enfim, o KRG - Governo Regional do Curdistão tem empreendido grandes esforços legislativos,
que o distinguem do resto do Iraque. Em 2011, o Parlamento curdo aprovou a “Lei
8”, sobre violência doméstica, que reconhece como crime de violência física e
psicológica familiar o casamento forçado ou precoce, a mutilação genital
feminina, o estupro conjugal e a discriminação na educação. O texto prevê a
criação de um Tribunal Especial para casos de violência doméstica, bem como melhoria no acompanhamento das vítimas. Mas
Khanim Latif acusa-a de ser apenas uma estratégia simbólica de convencimento: -
“Aprovar uma lei sem criar meios concretos para aplicá-la é um absurdo. É
preciso mudar todo o sistema”. Alguns dispositivos demoram a ser colocados em
prática. Modificar de maneira durável as mentalidades é algo que requer uma
longa luta, com campanhas de sensibilização voltadas para líderes religiosos e
tribais, médicos, policiais e famílias.
Além
disso, nem as próprias autoridades jurídicas garantem a transparência e a
independência da justiça. Vários relatórios e depoimentos demonstram que muitos
autores de violência recebem sanções muito leves, ou sanção nenhuma, caso o ato
seja “legitimado” pelo comportamento da vítima. Há juízes machistas que propõem
a ridícula sanção aos estupradores de casarem com suas vítimas, para que elas recuperem
sua honra, esquecendo-se do drama psicológico que estas mulheres carregarão
pelo resto de suas vidas. Por fim, as tribos continuam muito influentes. Elas
frequentemente interferem para proteger seus membros, por exemplo, oferecendo
uma compensação financeira às vítimas e suas famílias em troca de silêncio. No
entanto, as zonas urbanas registram progressos. Em 2008, houve 2,5 vezes mais
mulheres queimadas em nome da honra na periferia de Sulaymaniyah que entre
seus muros. Além disso, a violência diminuiu um pouco: a mutilação genital
feminina é cada vez menos praticada.
A
admiração por essas combatentes não deve nos levar a negligenciar a estratégia política
de comunicação cuidadosamente elaborada pelas autoridades curdas iraquianas
para a mídia ocidental. Essa presença feminina ajuda a ganhar a simpatia ao
nível ideológico e atrair ajuda externa para a luta contra a OEI. As combatentes, aliás, relutam em abordar a
questão da opressão das mulheres na sociedade curda iraquiana. Tais
interlocutoras refutam a hipótese do Exército como meio de emancipação política
em uma sociedade patriarcal. De acordo com elas, suas concidadãs seriam
absolutamente livres e não sentiriam essa necessidade de se engajar
militarmente para igualar-se aos homens. Na realidade, porém, essas “amazonas
livres” e orgulhosas de seu país ainda são pouco representativas. O fenômeno
ainda é marginal: o batalhão feminino tem apenas de quinhentas a seiscentas
integrantes, às quais se somam algumas dezenas de soldadas de outras unidades –
em um Exército de 190 mil pessoas.
A
publicidade em torno das combatentes mascara uma realidade muito mais
contrastante da condição feminina no Curdistão iraquiano. Diretora da ONG Asuda
– que, com sede em Sulaymaniyah, trabalha desde 2000 na defesa dos direitos das
mulheres –, Khanim Latif fala dos muitos males que afligem a sociedade. Em
primeiro lugar, os “crimes de honra”, que continuam muito comuns. Aso Kamal,
militante pelos direitos humanos, estima que entre 1991 e 2007 mais de 12 mil
mulheres foram mortas no território do KRG em nome da honra da família, a qual
as sociedades patriarcais ligam estreitamente ao corpo feminino, sua decência e
pureza. A persistência da autoimolação pelo fogo, frequentemente um sinal de
extrema angústia diante da pressão familiar. Entre os verdadeiros acidentes
domésticos e as tentativas de suicídio dissimuladas, é difícil chegar a dados
estatísticos confiáveis. Mas os dados da Asuda demonstram dezenove casos em
Sulaymaniyah em 2014. Outro flagelo que as jovens curdas enfrentam: o casamento
precoce. É uma prática muito difundida, e em crescimento, sobretudo nas aldeias
mais pobres e entre as populações deslocadas, para as quais o casamento de uma
criança representa uma vantagem econômica. A falta de acesso à educação é um
fator determinante: - “Em algumas aldeias, não há escola para o último ciclo do
ensino fundamental. As meninas não têm nada a fazer além de ficar em casa
esperando o casamento”, explica Khanim Latif. Ela também menciona a mutilação
genital feminina: segundo um relatório da ONG Wadi, a prática atinge 57% das
meninas com idade entre 14 e 18 anos. Bibliografia geral consultada.
BARTH, Fredrik, “Principles of Social Organization in
Southern Kurdistan”. In: Boletim da University Ethnographic Museum.
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République Kurde. Bruxelles: Éditions Complexe, 1992; GOLMORAD, Moradi,
“Ein Jahr Autonome Regierung in Kurdistan, die Mahabad-Republik 1946 - 1947”.
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SAID, Edward, Orientalismo: O Oriente como Invenção do Ocidente. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1990; YASSIN,
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York: Cambridge University Press, 2005; ENSAROGLU, Yilmaz & KURBAN, Dilek,
How Legitimate are the Kurd’s Demands? The Kurdish Question Through the Lens of
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em: http://www.anovademocracia.com.br/2014;
Artigo: “Símbolo de Luta contra Estado Islâmico, Mulheres Curdas enfrentam
Machismo e Violência de Gênero no Iraque”. In: http://operamundi.uol.com.br/12/08/2015;
MASSOUD SHARIFI, DRYAZ, “Las Mujeres Kurdas: una lucha femenina más allá de
Kobané”. In: http://www.unitedexplanations2015;
MAUCOURANT, Nada, “Por Trás da Imagem das Combatentes Curdas no Iraque”. In: http://www.diplomatique.org.br/02/11/2015; entre outros.
_________________
* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ),
Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de
São Paulo (ECA/USP). Professor da Coordenação do curso de
Ciências Sociais. Centro de Humanidades. Fortaleza: Universidade Estadual do
Ceará.
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