quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Sônia Braga - Arte Cinematográfica & Vida entre Paixões.

        Ubiracy de Souza Braga*
 

Não quero ser a estrela do nosso cinema, mas que o nosso cinema seja a estrela no qual trabalho”. Sonia Braga
                                        
           
                         
Sônia Braga estreou na carreira artística aos 18 anos, na peça teatral Hair, da qual foi a grande estrela. No cinema protagonizou importantes papéis em Dona Flor e Seus Dois Maridos, Eu Te Amo e A Dama do Lotação. No primeiro caso, trata-se de um filme baseado em um dos romances mais conhecidos do escritor brasileiro Jorge Amado, membro da ABL, que o publicou em 1966, em plena ditadura militar castilhista (cf. Figueiredo, 1980). Na terceira parte do livro os acontecimentos se “atropelam” e assumem um estilo do “realismo fantástico”, quando o espírito de Vadinho (que era filho assumem um estilo do “realismo fantástico”, quando o espírito de Vadinho (que era filho de Exu) retorna e passa a atormentar Dona Flor. Somente ela vê Vadinho, que quando está com Dona Flor parece ser capaz de realizar as mesmas coisas que fazia na cama quando estava vivo. Dona Flor hesita em se manter fiel ao novo marido ou ceder ao espírito do primeiro. Queremos dizer com isto que o realismo mágico está presente na literatura e na realidade latino-americana. A fantasia do escritor, trabalhada por sua linguagem, produz a magia da escritura. O que há de novo é que ressoa a realidade na ficção, da mesma forma que esta naquela. Uma povoa a outra. Há acontecimentos, situações, figuras, sombras, ecos, labirintos que aparecem pela aura da escritura.
Há expressões, imagens, metáforas, alegorias no romance que revelam a fantasia do real. Assim como pode ser um traço fundamental de uma época da história da literatura latino-americana. Um estilo literário que revela o espírito da cultura dessa época. E esta altura, por sua vez, ressoa os trabalhos e os dias, os impasses e as lutas, as derrotas e as façanhas da vida das pessoas, famílias, grupos, classes, movimentos sociais e outros setores ou “manifestações de vida” no sentido simmeliano do termo, nas sociedades nacionais, do continente e das ilhas. Talvez tenham sido os desafios característicos da história social e política que transformaram a cultura da América Latina em um vasto arsenal de fatos surpreendentes, insólitos, brutais, incríveis, encantados; isto  é, “uma profusão de fantasias, maravilhas e barroquismos”. Os impasses e as façanhas de uma época permitem reler o passado e o presente. É como se um novo horizonte iluminasse de repente todo o vasto mural da história, revelando fatos e feitos que adquire outro movimento, som, cor. O romancista pode ser um cronista “fora do tempo”, narrando o imaginado e o acontecido segundo a luz que o ilumina. Ele pode representar “um estilo de olhar” na medida em que o realismo mágico parece uma “superação do realismo social, crítico”. Tem sido visto como um estilo diferente, novo.
 

Destarte a estreia de Sonia Braga como atriz ocorreu no teatro, e logo num papel pra lá de polêmico. Pela insistência do produtor, conseguiu, aos 18 anos, um papel com nudez na peça “Hair”. Foi a primeira peça a trazer atores nus para os palcos brasileiros. No cinema, conseguiu sua primeira oportunidade no mesmo ano, no antológico “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), de Rogério Sganzerla. Vale lembrar que João Acácio Pereira da Costa, conhecido como “Bandido da Luz Vermelha” (1942-1998), foi um notório criminoso brasileiro. O reconhecimento internacional veio com “O Beijo da Mulher Aranha” (“Kiss of the Spider Woman”, 1985), de Hector Babenco. O filme narra uma história estereotipada do prisioneiro político de esquerda Valentín Arregui (Raul Julia) e Luís Molina (William Hurt), que em como representação social um “homossexual afeminado”  condenado por “corrupção de menor”. Os dois dividem uma cela numa prisão brasileira. Molina relembra, na prisão, um de seus filmes favoritos, um suspense romântico de guerra que também é uma propaganda nazista. Ele descreve os personagens do filme numa narrativa que traz conforto a Arregui para distraí-lo da dura realidade da prisão e da separação social da mulher que ama. Arregui permite que Molina penetre sua auto-defensiva intimidade e abre seu coração para ele.
     Dirigido magistralmente por Hector Babenco, ”O Beijo da Mulher-Aranha” é uma obra prima, com roteiro primoroso de Leonard Shrader baseado no best-seller de Manuel Puig, tornou-se um clássico absoluto imediatamente, aclamado no Festival de Cannes e posteriormente pelo Globo de Ouro, BAFTA e o Oscar. Apesar de suas boas discussões sobre a política como background no cinema, uma quase improvável amizade se desenvolve entre os dois prisioneiros: o sonhador e o ativista político. À medida que a história se desenvolve, fica claro que Arregui está sendo envenenado pelos carcereiros para que revele o que sabe. Molina, ao que tudo indica, também pode ter outras intenções, ou seja, seus sentimentos românticos por Arregui. Produzido em conjunto entre Brasil e Estados Unidos, reuniu ao lado de Sônia Braga os renomados atores William Hurt e Raul Julia. O trio de atores e o diretor ganharam destaque na mídia norte-americana, tendo suas carreiras projetadas internacionalmente. Foi indicado ao Oscar de Melhor Filme, com Sônia Braga sendo indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz. Atingia, ali, o auge de sua popularidade internacional.           
Aproveitando o bom momento de realização profissional, estética e artística, Sônia Braga deixou o Brasil ainda em 1985, logo após a concretização do movimento político Diretas Já de reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil ocorrido entre 1983-1984, indo morar nos Estados Unidos. Lá, artisticamente envolveu-se com os mais diversos tipos de produção cinematográfica como: “Moon over Parador” (Br/Pt: “Luar sobre Parador”) é um filme estadunidense de 1988, do gênero comédia, dirigido por Paul Mazursky, com roteiro de Leon Capetanos e Paul Mazursky, baseado em história social de Charles G. Booth, música de Maurice Jarre e direção de arte do brasileiro Marcos Flaksman. O filme teve locações em Nova Iorque, e no Brasil especificamente ans cidades históricas de Ouro Preto, Rio de Janeiro e Salvador. “Rebelião em Milagro” (1988), a morte do presidente/ditador de um país latino-americano faz com o chefe de seu gabinete, Roberto Strausmann, convença o ator Jack Noah, que “é um sósia do morto, a assumir seu lugar”. Desta forma, Strausmann pode governar, usando Noah como fantoche. Porém, a namorada do falecido, Madonna Mendez, ao contrário da população sabe da verdade da substituibilidade.

                             
Sonia Braga fez alguns telefilmes incluindo sua participação no seriado “The Bill Cosby Show”. Um dos visionários a levar cinema para TV foi o genial Alfred Hitchcock. Na primeira metade dos anos 1990, Sônia Braga percebe que os papéis começavam aparentemente a diminuir. Depois de fazer “A Última Prostituta” (1991) onde um ancião conta aos sobrinhos a história da cortesã Loah Campos, que foi amante de homens poderosos. Ao descobrirem que a mulher vive agora reclusa numa fazenda do Texas, os dois partem para lá e buscam emprego, “a fim de perder a virgindade com uma mulher experiente” e “Amazônia em Chamas” (1994), que narra a história política de Chico Mendes, (Xapuri, 15 de dezembro de 1944 - Xapuri, 22 de dezembro de 1988) um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental brasileiro assassinado. O homem condenado por ser o mandante da morte do sindicalista Chico Mendes, o fazendeiro Darly Alves da Silva, afirmou em entrevista concedida pelas lentes do Fantástico (Rede Globo de Televisão) que o seringueiro “não valia nada”. Segundo ele, foi Chico Mendes “quem se matou” porque “mexeu com todo mundo”. Sua atividade política visada à preservação da Floresta Amazônica lhe deu projeção mundial. Neste período, como vimos, Sônia Braga voltou a se dedicar a algumas produções no Brasil. E, logo de cara, retornou às adaptações de Jorge Amado, com “Tieta do Agreste” (1996), de Cacá Diegues.   
A partir daí, começou a fazer participações especiais em novelas, mas sempre aparecendo hic et nunc em outro filme, tais como: “Cidade do Silêncio”, “Um Amor Jovem” ou nas séries norte-americanas: “CSI: Miami”, “Alias: Codinome Perigo”, “Ghost Whisperer”. Em “Páginas da Vida”, apelava Sônia Braga aos jornalistas que acompanharam, no Rio de Janeiro, as gravações do último episódio: - “Vocês têm que compreender que eu estou sempre fazendo uma novela”. Como toda celebridade, vidrada em fama e holofotes, a atriz não escondeu a cara perante as câmaras e as objetivas. E na festa, que ocorreu no Porcão Rio’s, Sônia Braga parecia ser a “estrela da novela”, pela atitude de vedete que revestiu a sua entrada no recinto. O objetivo era mesmo chamar a atenção. Uma mulher sabe chamar atenção. Sorrisos, beijos lançados para os fãs, piscares de olho e um insinuante despir-se do casaco para os fotógrafos, marcaram a entrada da atriz, que demorou mais tempo na “passarela vermelha” do que provavelmente qualquer outro colega. Na novela escrita por Manoel Carlos, conhecido pelos cariocas como Maneco e morador da bela praia do Leblon, em exibição na SIC, a pose é a mesma e Sônia Braga “bebe cada cena como se fosse a derradeira”. Como que agradecendo a Deus o fato de, com a proximidade dos 6o anos ter a oportunidade de brilhar no gênero que, na década de 1970, a lançou para a fama na interpretação da doce e sensual “Gabriela”.
Em “Páginas da Vida”, uma novela em meu modo de entender claustrofóbica, Sônia Braga interpreta a escultora Tônia Werneck. Tônia é uma artista plástica sedutora, que vive uma paixão tórrida com um homem mais novo e casado (Edson Celulari) e termina a história nos braços de um galã serôdio (Tarcísio Meira) que, curiosamente, é sogro do primeiro. Depois de várias décadas vivendo nos Estados Unidos, onde protagonizou um tórrido romance com Robert Redford, a própria atriz responde à imprensa: - “Graças a vocês [jornalistas] eu tive um marido e um namorado. Espero que não me separem agora que acabou a novela”. A imprensa brasileira relata ao pormenor o seu namoro com o ator Sidney Sampaio, 29 anos mais novo. Mas Sônia Braga nega ter uma relação séria: “Isso foi a imprensa que inventou”, disse ao canal  Correio TV na festa que se seguiu às gravações da trama escrita por Manoel Carlos, afirmando ainda: - “Desde o começo que nós somos amigos. Um dia, num desfile, eu disse que usava uma aliança criada pelo joalheiro Antônio Bernardo e depois dei-lhe uma igual, no Natal, porque ele adora anéis. Foi um presente de amigo”. No entanto, este é apenas mais um maravilhoso caso, seja verdadeiro ou não, que a atriz coleciona na memória como qualquer ser humano feliz com as suas realizações em seu campo afetivo e de trabalho.
Foi com as personagens de Jorge Amado que ela redescobriu sua sensualidade como “Gabriela”, “Dona Flor” e “Tieta”. Uma mulher, para lembrarmo-nos de Simone de Beauvoir, “não nasce mulher, torna-se”. Na tranquilidade de Petrópolis, em 1958, escreve “Gabriela, cravo e canela”. O livro, publicado em agosto, esgota 20 mil exemplares em apenas duas semanas; até dezembro venderia mais de 50 mil exemplares. Sai o disco “Canto de amor à Bahia e quatro acalantos de Gabriela, cravo e canela”, trazendo leituras de Jorge Amado e música de Dorival Caymmi. No ano seguinte, “Gabriela” coleciona prêmios: Machado de Assis, do Instituto Nacional do Livro; Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro e Luiza Cláudio de Souza, do Pen Club, são alguns deles. O romance ultrapassa a casa dos 100 mil exemplares vendidos. Recebe em Salvador, do Axé Opô Afonjá, Muniz Sodré de Araújo Cabral, autor de livros e artigos, entre eles: “O dono do corpo” (1998), “La Città e il Tempi” (1998), “Multiculturalismo” (1999), “Corpo de Mandinga” (2002), “Antropológica do Espelho” (2002) , um dos mais altos títulos do candomblé, o de obá orolu, também receberam tal distinção o compositor Dorival Caymmi e o artista plástico Carybé. “Obá, no sentido primitivo, é um dos doze ministros de Xangô”, explica Jorge Amado. Funda a Academia de Letras de Ilhéus. Lança na revista Senhor, do Rio de Janeiro, a novela “A morte e a morte de Quincas Berro D`água”; a ideia inicial era que este texto, de 98 páginas e escrito em dois dias, integrasse o romance “Os pastores da noite”. Naquela mesma publicação sairia o conto: “De como o mulato Porciúncula descarregou o seu defunto”.
Sonia Braga se transformou em sinônimo dos principais personagens libertários femininos deste escritor baiano e no símbolo sexual do cinema brasileiro. Com 12 milhões de espectadores, “Dona Flor e Seus Dois Maridos” até então recordista de público do cinema brasileiro. Raul Julia foi seu parceiro em quatro filmes. O ator porto-riquenho morreu em 1994 e foi um dos colegas mais especiais da vida de Sonia Braga. São púbicos seus flertes e namoros com Robert Redford, Clint Eastwood, Caetano Veloso, Warren Beatty, Chico Buarque, Djavan, Pelé, Mick Jagger e Pat Metheny. Grande sucesso de público nos anos 1980, Eu Te Amo é uma fantasia romântica sobre o desejo e a paixão. Tudo se passa dentro de um apartamento fantástico, como um caleidoscópio ou um palácio de espelhos, onde “os delírios do amor e do sexo se refletem num ritmo alucinante”. É a história de um homem, industrial falido no chamado “milagre econômico” dos anos 1970, e de uma mulher que deseja desesperadamente se amar e que, ao mesmo tempo, têm um medo brutal desse encontro. O filme Eu Te Amo começa como drama psicológico, evolui para a comédia e erotismo e acaba como um grande delírio musical. Mas o que há de fantástico/mágico é que este filme tendo sido rodado em 1981 atravessa duas décadas e continua com uma projeção atual, não apenas nos discursos amorosos, mas, sobretudo nos sentimentos que deveríamos todos ter o sentimento à flor da pele, a sede de amar e de descobrir um mundo novo atrás do amor.
       Enfim, A Dama do Lotação é um filme brasileiro de 1978 do gênero drama erótico, dirigido por Neville de Almeida baseado em uma história de Nélson Rodrigues. O filme é “a quarta maior bilheteria da história do cinema brasileiro, com 6 508 182 espectadores”. Na televisão, um de seus primeiros trabalhos deu-se na versão brasileira do programa educativo infantil Vila Sésamo (“Sesame Street”), em que interpretava a professora Ana Maria. Vila Sésamo foi uma série de televisão, uma versão brasileira baseada no programa infantil norte-americano “Sesame Street”, criado pela Children’s Television Workshop de Nova York, baseado em opiniões e conceitos emitidos por técnicos de educação e agência de publicidade norte-americana. Mas seus maiores sucessos foram as telenovelas Gabriela e Dancin`Days, sendo esta uma telenovela brasileira, produzida e exibida pela Rede Globo de 10 de julho de 1978 a 27 de janeiro de 1979, às 20 horas. Foi escrita por Gilberto Braga e dirigida por Daniel Filho, Gonzaga Blota, Dênis Carvalho, Marcos Paulo e José Carlos Pieri, tendo contado com 173 capítulos. Júlia de Souza Matos é uma ex-presidiária, que ganha liberdade condicional após onze anos de prisão. Ela foi presa por atropelar acidentalmente, um homem durante a fuga a um assalto a um banco. Após sair da cadeia, onde sofreu muito, ela tenta se reaproximar da filha, Marisa de Souza Matos, tendo como obstáculo a irmã.

Após vinte anos viver nos Estados Unidos da América, em 2006, Sônia Braga regressou ao Brasil para participar de uma telenovela inteira, Páginas da Vida, de Manoel Carlos, “onde interpretou uma escultora internacionalmente reconhecida”. É uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo no horário nobre da emissora, entre 10 de julho de 2006 e 2 de março de 2007, totalizando 203 capítulos. A novela, que substituiu Belíssima, de Sílvio de Abreu, foi escrita por Manoel Carlos com colaboração de Fausto Galvão, Maria Carolina, Leandra Pires, Juliana Peres, Ângela Chaves e Daisy Chaves, dirigida por Jayme Monjardim, Fabrício Mamberti, Teresa Lampreia, Fred Mayrink e Luciano Sabino e com direção de núcleo de Jayme Monjardim. Sua última participação completa fora em 1980, em Chega Mais. Na trama Tom e Gelly vivem uma relação difícil. Ela se complica ainda mais quando Tom é sequestrado no dia do seu casamento com Gelly deixando-a aflita no altar. Ele planejou o sequestro para a família de Gelly pagar o resgate.
        O que Tom não sabia é que a família composta pelos pais Agda e Belmiro, o irmão Dadá, a tia Lili e a avó Cândida, vivem em uma crise financeira. Depois disso, ela participou dos primeiros quinze capítulos da telenovela dita “de época”: Força de um Desejo, em 1999. No Século XIX, Vale do Paraíba, Rio de Janeiro. Higino Ventura (Paulo Betti) é o ex-mascate que enriqueceu com negócios escusos e que comprou a fazenda Morro Alto, na localidade de Vila de Sant`Anna, para se aproximar de sua antiga paixão, Helena (Sônia Braga), moradora da fazenda vizinha, a Ouro Verde, agora casada com o poderoso Barão Henrique Sobral (Reginaldo Faria). Ele está disposto a tudo para reconquistar Helena, inclusive comprar a Ouro Verde e obter o título de nobreza e o mesmo status do barão. Mas Helena, apesar de amar o marido e desprezar Higino, sofre nas mãos do barão, pois este sabe que Abelardo (Selton Mello), que criou como seu filho, é na verdade filho de Higino. O segredo é uma lei de atração

Bibliografia geral consultada. 
FIGUEIREDO, Eurico de Lima, Os Militares e a Democracia. Rio de Janeiro: Graal Editor, 1980; SODRÉ, Muniz, Samba - O Dono do Corpo. Rio de Janeiro: Editora Mauad, 1998; Idem, Reinventando la Cultura. Barcelona: Ediciones Gedisa, 1998; Idem, Claros e Escuros. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes, 1999; RODRIGUES, Nelson, A Dama do Lotação e outros contos e crônicas. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1992; Idem, Flor de Obsessão. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1997; AMADO, Jorge, Bahia de Tous les Saints. Paris: Éditions Gallimard, 1979; ALBERONI, Francesco, O Erotismo, Fantasias e Realidades do Amor e da Sedução. São Paulo: Editora Circulo do Livro, 1986; RIBEIRO, Darcy, O Povo Brasileiro: A Formação e o Sentido do Brasil. 2ª edição. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1995; CALDAS, Sonia Regina de Araújo, Gabriela, Baiana de Todas as Cores. Tese de Doutorado. Departamento de Letras e Linguística. Salvador: Universidade Federal da Bahia, 2003; SILVA, Marcia Regina Carvalho da, A Canção Popular na História do Cinema Brasileiro. Tese de Doutorado em Multimeios. Instituto de Artes. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2009; HERMAN, Gláucia Jacuk, Os Passos de Gabriela: Adaptação para Televisão (1975-2012). Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Comunicação. São Paulo: Universidade Paulista, 2016; entre outros.   
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* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais do Centro de Humanidades da Universidade Estadual do Ceará (UECE).

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