segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Camilismo – Ideologia Política & Utilidade de Uso do Estado.

                                                                                                             Ubiracy de Souza Braga*

 “Amici favori, per i nemici la legge”. Maquiavel

        
                 
Na linguagem teórica, as palavras e expressões funcionam como conceitos teóricos. Mas em sua periodização histórica, teórica e ideológica as palavras e expressões funcionam sempre de forma distinta, porque se referem a concepção de uma determinada teoria da história. A dificuldade própria da terminologia teórica consiste, pois, em que, por detrás do significado usual da palavra, é preciso sempre discernir o seu significado conceptual, que é sempre diferente do significado usual corrente nas fontes, nas atas, nos documentos oficiais, no âmbito da formação discursiva. Na sua significação mais geral deve nos permitir a compreensão que tem por efeito o conhecimento de um objeto: a narrativa da história. É assim que a história abstrata ou a história em geral não existem, no sentido exato do termo, mas apenas a história real, ou “como efetivamente ocorreu” (“essen Sie tatsächlich, es passierte”), desses objetos concretos e singulares que enformam a experiência da humanidade.    
A tradição marxista concebe o Estado como um “aparelho repressivo”, uma “máquina de repressão”, ou, “comitê executivo da classe dominante” que permite às classes dominantes assegurar a sua dominação sobre a classe operária, extorquindo desta última a mais-valia. O Estado é, antes de tudo, o “Aparelho de Estado”, termo que compreende não somente o “aparelho especializado”, mas também o exército que intervém como força repressiva de apoio em última instância, o Chefe de Estado, o Governo e a Administração, definindo o Estado como força de execução e de intervenção repressiva a serviço das frações da classe dominante. A rejeição filosófica hegeliana parte da própria negação de “estruturas hegelianas” reproduzidas em Marx, onde a totalidade expressiva de Hegel cede lugar, na análise crítica de Althusser, ao todo-estruturado. É sobredeterminado com níveis de análise e instâncias (instare) relativamente autônomas. Na configuração das esferas de ação há, diferente da lógica dialética, “todos parciais”, sem prioridade de um “centro”. Em nível de análise do econômico opera-se a rejeição da “unicausalidade econômica” da história e das lutas sociais e políticas atribuindo-se a instâncias do discurso como o político e ideológico, o “peso” de instâncias decisivas, dominantes em ser determinantes. 


       Citando o caso da morte do policial civil Alisson Mendonça em uma tentativa de assalto, o governador Camilo Santana do Partido dos Trabalhadores (PT) fez críticas ao Código Penal Brasileiro junto ao “Comitê de Governança do Pacto por um Ceará Pacífico” no Palácio da Abolição (CE). Para o gestor as leis “são frouxas” e permitem que criminosos presos pela Polícia do Estado do Ceará sejam liberados e cometam novos delitos. Camilo Santana citou o homem envolvido na morte do policial, que trocou tiros com Alisson e morreu no local, para exemplificar a crítica. - “Esse cidadão já tinha sido preso várias vezes. Ele tem seis condenações, sendo dois homicídios, e estava solto. Enquanto a Polícia prende, as leis são frouxas. É preciso rever as leis desse país para não permitir que criminosos presos voltem para as ruas e cometam este tipo de crime”.  Mais uma vez o chefe do executivo estadual prometeu marcar uma reunião com a bancada dos deputados federais do Estado para sugerir que apresentem mudanças “mais rigorosas” no Código Penal, na Câmara Federal. 
            A candidatura de Camilo Santana pelo Partido dos Trabalhadores (PT) foi oficializada no dia 29 de junho, em Fortaleza, durante convenção coletiva do PROS, PT e outros partidos aliados à inédita coligação liderada pelo então governador Cid Ferreira Gomes (PRB / PP / PDT / PT / PTB / PSL/PRTB / PHS / PMN / PTC / PV / PEN / PPL / PSD / PC do B / PT do B / SD / PROS). A convenção foi marcada, entretanto, pela indefinição a respeito das indicações aos cargos de senador e vice-governador da coligação. Camilo Santana já havia sido cogitado para o cargo do executivo do Estado, mas não figurava a lista dos favoritos para o cargo, dominado por integrantes do PROS. Camilo Santana foi eleito governador do Ceará em 26 de outubro de 2014. Camilismo é uma ideologia política. Sua vitória foi dada como matematicamente certa antes mesmo da confirmação oficial pelo Tribunal Superior Eleitoral. Faz parte do processo de celular de cooptação estatal. É professor e coordenador da FATEC Cariri. Servidor público federal por concurso público de provas e títulos, ocupou a superintendência adjunta do IBAMA no Ceará em 2003 e 2004. É cidadão honorário dos municípios cearenses de Barbalha, Juazeiro do Norte e Quixeramobim. Foi o deputado estadual mais votado do Ceará em outubro de 2010, com 131.171 votos.  Em 2014, foi eleito o governador do Estado do Ceará. Enfrenta a mais densa greve de professores na Universidade Estadual do Ceará que já ultrapassa 100 dias.               
Camilo Santana chama greve dos professores de “politicagem” e diz que irá acionar a Justiça. Em evento neste sábado (6/09/2016), governador do Estado afirmou que, caso a paralisação dos docentes estaduais não seja encerrada, irá acionar a Justiça para garantir o retorno das aulas. Greve já dura mais de 100 dias. Contraditoriamente Camilo Santana participou da abertura do “Seminário dos Conselhos Comunitários de Defesa Social” em Fortaleza.  Contabilizando mais de 100 dias de duração, a greve dos professores estaduais no Ceará foi comentada pelo governador Camilo Santana, em Fortaleza. Questionado sobre o retorno das aulas durante a abertura do Seminário o governador afirmou que, “caso os docentes da rede de ensino do Estado não retomem as atividades, irá acionar a Justiça para intervir” (Cf. Diário do Nordeste, 06.08.2016). O governador declarou, ainda, que parte da categoria estaria transformando a paralisação em “politicagem”. Segundo ele, em 2015, a categoria recebeu em torno de 13% de aumento salarial. Neste ano, a reivindicação é de 12% de reajuste. Segundo Camilo, dentre as propostas pelo governo do Estado, estão a implantação da lei que reformula o sistema de promoção dos docentes, reajuste de 4% e aumento de 5% na regência dos professores. - Já oferecemos 9% de aumento e eles não aceitaram porque estão transformando essa greve em uma politicagem por conta das eleições e eu não vou aceitar isso. Não vou permitir que isso prejudique o ano letivo dos alunos do Ceará por essa intransigência de um grupo, uma minoria, que vai lá para a Assembleia, porque o próprio sindicato é contra a greve, alegou Camilo. – “Se eles não voltarem, vou ter que ir à Justiça. Não posso ficar pagando salário das pessoas sem trabalhar”.       
Metodologicamente falando, virtù é justamente a capacidade do indivíduo de controle das ocasiões e acontecimentos históricos, no âmbito da vida cotidiana, ou seja, da “fortuna”. O político com grande virtù vê justamente na fortuna as condições e possibilidades reais da construção de uma estratégia para controlá-la e alcançar determinada finalidade, agindo frente a uma determinada circunstancia, percebendo seus limites e explorando as possibilidades perante os mesmos. A virtù está sempre analisando a “fortuna” e, portanto, não existe em abstrato, não existe uma fórmula, ela varia de acordo com a situação determinada historicamente. Pois, os fins justificam os meios dentro de uma determinada conjuntura política que sofre influência de outras dimensões como a representação social, a econômica e a moral e cabe ao político com as suas capacidades de análise e de estratégia achar um meio mediante o qual essa conjuntura para realização de um determinado fim.    
No livro “Il Principe” (cap. 25): - “Quanto pode a fortuna influenciar as coisas humanas e como se pode resistir a ela”, em que Maquiavel explica esses conceitos, ele fala sobre a crença que há em sua época em um “determinismo divino”, o desenvolvimento dos mesmos se opõe a esse determinismo, porém devemos cuidar, pois assim como a fortuna não é determinada e fatalista, mas sim muda de acordo com a conjuntura, a virtù não o simples livre arbítrio, mas sim a escolha certa na hora certa. Nos “Discorsi sopra la prima deca di Tito Livio”, Maquiavel defende a forma de governo republicana com uma constituição mista, de acordo com o modelo da República de Roma Antiga. Defende também a necessidade de uma cultura política sem corrupção, pautada por princípios morais e éticos. Foram pensados como análise e comentário a toda a obra de Tito Lívio, mas permaneceram incompletos, não passando da primeira década. Esta obra surgiu da vontade do autor de comparar as instituições da Antiguidade, em especial às da Roma clássica, com as de Florença no período. Assim, seguindo a obra de Tito Lívio, analisa como surgem, se mantém e se extinguem os Estados. Ficou assim dividido em três partes, estudando na primeira a fundação e a organização, em seguida o enriquecimento e a expansão e por fim sua decadência. 
Para ele, a “natureza humana” seria “essencialmente má” e os seres humanos querem obter os máximos ganhos politicamente a partir do menor esforço, apenas fazendo o bem quando forçados a isso, contrariando Thomas Hobbes, para quem a “condição da natureza humana e as leis divinas exigem um cumprimento inviolável”, ou, John Locke, “dentro dos limites da lei da natureza, sem pedir permissão ou depender da vontade de qualquer outro homem”. De acordo com o conceito aceito pela ciência moderna, “natureza humana” é a parte do comportamento humano que se acredita que seja normal e/ou invariável através de longos períodos de tempo e de contextos culturais dos mais variados. Assim a chamada “natureza humana” também não se alteraria ao longo da história social do ocidente fazendo com que seus intérpretes e debatedores contemporâneos agissem da mesma maneira que os antigos romanos e que a história dessa e de outras civilizações servissem de exemplo. Falta-lhe quiçá um senso das mudanças históricas. Como consequência acha inútil imaginar Estados utópicos, nunca antes postos em prática, se já não é um truísmo e prefere pensar no real concreto.
           O governador do estado do Ceará está estatisticamente enfrentando alguns dos piores indicadores sociais do país. Com 8,7 milhões de habitantes, o Estado do Ceará tem o 3º maior índice de homicídios do Brasil, com taxa de 44,6% de mortes por 100 mil habitantes, segundo dados comparativos do Mapa da Violência (cf. WISELFISZ, 1998; 2014), do Instituto Sangari. A média nacional é de 29 mortes a cada 100 mil habitantes. Em seu plano de governo registrado no Tribunal Superior Eleitoral, Camilo Sobreira Santana tem afirmado que vai criar o programa: “Em Defesa da Vida”, interiorizando o policiamento. O político petista também vem reiterando que vai atuar “de forma integrada, com as demais políticas públicas, atuando de forma sistêmica no território, criando nos locais mais vulneráveis ações relacionadas a segurança, saúde, educação, emprego e infraestrutura pública, envolvendo as secretarias de governo”. Igualmente na economia de renda e empregos, o governador eleito fala em interiorizar as oportunidades e fazer o Estado crescer de forma “mais equitativa, do ponto de vista geográfico”.  O governador tem afirmado que vai “ampliar e fortalecer as ações articuladas com o governo federal, governos estaduais e governos municipais, visando a consolidação de programas e projetos estratégicos para a economia e o desenvolvimento regional e local”.
Desnecessário dizer, que o filósofo Benedito de Espinoza, também  chamado Bento de  Espinoza, foi o primeiro em todos os tempos a suscitar o problema do ler, e, por conseguinte do escrever, tenha sido também o primeiro no mundo a propor simultaneamente uma teoria da história e uma filosofia da opacidade do imediato. Que temos nele pela primeira vez no mundo que um homem tenha ligado a essência do ler e a essência da história numa teoria da diferença entre o imaginário e o verdadeiro - eis o que nos faz compreender por que é por uma razão necessária que Marx só pôde se tornar Marx fundando uma teoria da história e uma filosofia da distinção histórica entre a ideologia e a ciência e que em última análise essa fundação se tenha consumado na dissipação do que se chama “mito religioso da leitura”. Por mais paradoxal que possa parecer a expressão “o que é ler”, é possível afirmar que na cultura ocidentalizada da história humana nosso presente corre o risco de aparecer um dia como que assinalado pela provação mais dramática e mais laboriosa possível.
            A descoberta e o aprendizado do sentido dos atos mais “simples” da existência: ver, escutar, falar, ler. Não é à psicologia que devemos estes conceitos perturbadores, mas a homens como Marx, Nietzsche e Freud. Depois de Freud é que começamos a suspeitar do quer-dizer o escutar, e, portanto o falar (e o calar) e o que quer-dizer do falar e do escutar revela, sob a inocência do falar e do escutar, a profundidade de uma fala inteiramente diversa, a fala do inconsciente.  Para Louis Althusser, ou Michel Foucault, deveríamos começar a suspeitar do que, pelo menos em teoria, ler e, portanto escrever “quer dizer” (“veut-dire”). Isto porque podemos justamente apreender nele, não somente no que ele diz, mas no que faz a própria passagem de uma primeira ideia e prática de leitura a uma nova prática de leitura e a uma teoria da história capaz de nos fornecer uma nova teoria do ler. E melhor, “deixar que se diga” implica que se renunciou ao projeto de deter, em qualquer nível que seja, o que o enunciado do texto “quer dizer” ou “queria dizer”. Melhor dizendo  enquanto a Representação acredita “falar-sobre”, essa fala sempre é situável no desenvolvimento daquilo “que se fala”. Ou noutra possibilidade do que é que se dizia, portanto, no que era dito? Ou ainda a possibilidade do dito: no que é que aquilo que era dito, era portanto, fatalmente (mal)dito, pelo fato de que ele era expresso?
            Daí, toda a fragilidade no sistema de interpretação de categorias e conceitos, que constitui o conhecimento, reduzir-se à fraqueza psicológica do “ver”. São as omissões do ver que explicam as suas equívocos, do mesmo modo, por uma necessidade peculiar, será a acuidade do “ver” o que há a explicar suas visões: de todos os conhecimentos reconhecidos. Atingimos assim a compreensão da determinação do visível como visível, e conjuntamente do invisível como invisível, e do vínculo orgânico que une o invisível ao visível concreto. Assim, é visível todo objeto ou problema que se situa no terreno, e no horizonte, isto é, no campo estruturado definido da problemática teórica de determinada disciplina teórica. Impõe-se-nos tomar essas palavras ao pé da letra. Alguns autores ajudam-nos a elucidar esses termos. A visão já não é então o fato de uma pessoa individual, dotada da faculdade de “ver” a qual é exercida quer da atenção, quer da distração. A  vista é o fato imediato de suas condições estruturais. A vista é a relação de reflexão imanente do campo da problemática sobre seus objetos e seus problemas. A visão perde então seus privilégios religiosos da “leitura sagrada”. Nada mais é que a reflexão da necessidade imanente que liga o objeto ou o problema às suas condições de existência, que têm a ver com as condições de sua produção. Não é mais o olho do espírito que vê o que existe no campo definido por uma problemática teórica. E esse próprio campo que se vê nos objetos, ou nos problemas que ele define, sendo a visão apenas a reflexão necessária do campo de análise em seus objetos.
Esta renovação na explicação marxista dos processos sociais “superou” efetivamente os extremismos de se imputar invariavelmente a “causa econômica” a todos os acontecimentos sociais e políticos, negando-se a realidade dos fatos sociais ou invertendo-se a sua lógica. A rejeição da totalidade expressiva hegeliana, que nos marxistas anteriores significava “determinação e dominância” só do econômico, ganha assim estatuto teórico e respeitabilidade na análise social. Althusser interpreta o político dominando historicamente sobre (às vezes até contra) o econômico na sociedade. Isto é importante do ponto de vista analítico e opera uma distinção no âmbito da formação de uma Teoria das Ideologias. Seu ensaio mais conhecido é “Idéologie et appareils idéologiques d'état”(1970), onde precisa: a) o conceito de ideologia, e, b) relaciona o marxismo com a psicanálise. A ideologia, deriva dos conceitos do inconsciente e da “fase do espelho” de Freud e Lacan, respectivamente, e, c) descrevendo as estruturas e sistemas sociais que permitem um conceito significativo do Eu. Estas estruturas são tanto agentes de repressão quanto são inevitáveis - é impossível escapar das ideologias ou não ser-lhes subjugado: a) pela interpelação, b) o reconhecimento, c) a sujeição e d) os Aparelhos Ideológicos de Estado (AIE), são quatro categorias básicas.
 
Bibliografia geral consultada.

ALTHUSSER, Louis, “Idéologie et Appareils Idéologiques d'Etat. Notes pour une Recherché”. In: La Pensée, nº 151, 1970; LACLAU, Ernesto, Política e Ideología en la Teoría Marxista: Capitalismo, Fascismo, Populismo. México: Siglo Veintiuno Editores, 1978; Idem, La Razón Populista. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2005; LUHMANN, Niklas, “L’Opinione Pubblica”. In: Stato di Diritto e Sistema Sociale. Napoli: Guida Editori, 1978; Idem, “Remarques Préliminaries en Vue d’une Théorie des Systèmes Sociaux”. In: Critique, nº 413; 1981; Idem, La Sociedad de la Sociedad. México: Editor Herder, 2007; Idem, Risk: A Sociological Theory. New Brunswick/New Jersey: Transaction Publishers, 2008; MICHELS, Robert, Los Partidos Políticos. Un Estudio Sociológico de las Tendencias Oligárquicas de la Democracia Moderna. 2ª edición. Buenos Aires: Amorrortu Editores, 2008; HOBSBAWM, Eric, “Perché Marx Sopravvive alla Fine del Comunismo”. In: http://www.corriere.it/11_maggio_2011; WAISELFISZ, Julio Jacobo, Mapa da Violência 2014. Os Jovens do Brasil. Rio de Janeiro: Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales, 2014; Artigo: “Camilo Chama Greve dos Professores de Politicagem e Diz que irá Acionar a Justiça”. In: http:diariodonordeste.verdesmares.com.br/06/08/2016; MONTE, José Cleyton Vasconcelos, Os Caminhos do Poder no Ceará: A Política de Alianças nos Governos Cid Gomes (2007-2014). Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2016; entre outros.

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* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais.Centro de Humanidades. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará (UECE). 

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