Ubiracy de Souza Braga
“A primeira lei que a natureza me impõe é gozar à custa seja de quem for”. Marquês de Sade
“A primeira lei que a natureza me impõe é gozar à custa seja de quem for”. Marquês de Sade
Na
Alemanha, o primeiro e legítimo cabaré no sentido etimológico do termo ocorreu com o reconhecimento do “Überbrett”.
Criado pelo barão Ernst von Wolzogen e Otto Julius Bierbaum, em 1901, para
oferecer “uma forma mais elevada de espetáculos de variedades” (“a higher form
of variety shows”) (cf. Senelick, 1993). O seu maravilhoso e afetado
exibicionismo artístico levou Alfred Kerr a criticá-lo por desprezo à chamda “arte
pela arte”. No mesmo ano, o jovem Max Reinhardt e atores do “Deutsches Theater”
inauguravam o “Schall und Rauch” de Berlim, e Frank Wedeking cantava ao violão
seus poemas macabros no “Elf Scharfrichter”. Os escritores e artistas analogamente
vinculados ao “jornalismo satírico”, como ocorre com o barão de Itararé (cf.
Konder, 2007), é uma forma de jornalismo literário. Seu estilo é agressivo e
contundente crítico com uma intenção política ou ideológica clara. Seu objetivo
tem como escopo divertir e difundir novas tendências literárias, assim como as “manifestações
de vida”, de Friedrich Nietzsche à Georg Simmel
expressas sob as formas artísticas, estéticas e inclusivamente filosóficas.
Símbolo
desta época de fausto, do ponto de vista da globalidade/totalidade, e euforia
que feneceu com as guerras do século XX os cabarés constituíram-se como lugares
de glamour onde as elites políticas –
primeiro a europeias, se divertiam com os lucros do espólio imperialista. O “cancan”
era a dança deste lugar onde os janotas bebiam licor e as prostitutas finas
formavam a imagem frenética de um mundo enriquecido e alegre. Uma certeza
inabalável presidia esse mundo: a de que ele era eterno e superior. Nestas casas
os boás eram usados para efeitos
cênicos e para envolver os espectadores pelas cores fortes e beleza. Aí o “fígado
do povo” era desopilado com muito humor, decerto humor sarcástico muitas vezes,
de preferência com ironia, sofisticado para alguns, grosseiro para outros,
agressivo e de alta ferocidade e de alta periculosidade para os tiranos e os
inimigos da liberdade anarco-individualista de todas as equações e conteúdos de
sentido. Os cabarés representavam espaços pequenos e ligados ao submundo das
grandes cidades europeias dedicados a shows, fossem eles de dança, teatro,
música, contadores de piadas, “strippers”, enfim, um grande show de calouros “onde
a fumaça de cigarro nublava os holofotes e enchia as narinas” (“wo
Zigarettenrauch vernebelt das Rampenlicht und die Nasenlöcher gefüllt”).
Do
ponto de vista da memória a concepção de tempo baseada no progresso,
metodologicamente, permanece no pensamento e na emancipação do conceito desde Hegel,
que interioriza no tempo da arte, a relação estruturada entre imagem e história
(cf. Kern, 2005), constituindo uma espécie de duração formadora de ciclos e
destino. Para tal, estabelece a dialética que dirige a continuidade da arte e
se fundamenta, primeiramente, no Espírito, depois no Absoluto e que deve se
encontrar finalmente como Espírito Absoluto. Essa noção de tempo concebida na
duração, em direção a um futuro misterioso, mas inevitável e determinado,
torna-se a base filosófica da historiografia em geral e particularmente da
museologia, a partir do século XIX. Metafisicamente a história da arte revela
essa progressiva evolução do espírito humano. Assim, nesse momento, as grandes
histórias universais da arte emergem estruturadas em narrativas e obras
selecionadas do passado, buscando dar unidade e sentido evolutivo as mesmas,
sendo essas premissas também utilizadas na organização dos museus. Hegel
substitui a filosofia da história pela filosofia do Espírito, elimina a
separação entre sujeito e razão, assim como a ação dos atores sociais e
históricos que são absorvidos pelo Espírito Absoluto, símbolo do devir, do
progresso e da perfeição humana concebida no universo.
As
formas nas quais resulta esse processo social
de comunicação ganham vida própria. São liberadas de todos os laços com os
conteúdos. Existem por si mesmas e pelo fascínio que difundem pela própria
liberação desses laços. É isso precisamente o conceito a que chamamos “sociabilidade”.
Sendo a interação e o contato no plano real/virtual, se quisermos pensar em
termos de sociedade contemporânea o fundamento para realização dos instintos,
desejos, ideias e interesses com o outro, para ou contra ele, a sociabilidade é
despedida do conteúdo objetivo originário. Ela apenas assegura a sucessão das “interações
formais”, das partidas jogadas, que prosseguem perpassando as gerações, para
lembrarmo-nos de Mannheim, ora remodelando-se, ora conservando-se. O âmbito
dessa estrutura estética tem caráter eminentemente lúdico. É regido pela forma de seus participantes conscientes “em
si”, em sua transitoriedade simmeliana.
No
século XIX e parte do XX, domina na historiografia a noção de “espírito do
tempo” que é contestada pelas vanguardas devido ao seu caráter homogêneo, face
à diversidade de suas múltiplas e diferenciadas ações em prol da invenção e da
projeção do devir. Entretanto, a historiografia continua, em geral, articulada
ao historicismo, numa concepção de tempo unitário e evolutivo e de arte universal.
Ela centraliza seus estudos em artistas ou movimentos estéticos e filosóficos,
cujas obras fundam-se nas categorias de autonomia, qualidade e originalidade,
segundo a visão de mundo unitária de seu tempo, assim como exalta os feitos
criativos dos artistas que anunciam o futuro, numa orientação teleológica. As
noções de “progresso” e “espírito absoluto” representam os fins aspirados pelos
artistas e adotados, em parte, pela historiografia. O “espírito do tempo”
aparece muitas vezes interligado ao “querer artístico” de Riegl, ou à ideia de
cosmovisão de mundo na perspectiva de Erwin Panofsky, o que leva alguns
historiadores, críticos de arte e filósofos contestarem essas categorias: a)
tendo em vista a percepção e a necessidade de que o tempo da arte é um tempo
próprio, e, b) que na realidade é pluralista e heterogêneo do ponto de vista da
atividade cultural.
No
plano concreto, histórico e real, propostas semelhantes eram apresentadas no “Els
Quatre Gats”, em Barcelona e no “Zielony Balonik” na Cracóvia, nascidas de
encontros de pintores. Na Rússia, as associações eram mais ligadas ao teatro. O
“Letuchaya Mysh” foi criado por Nikita Baliev e a partir das hilariantes “Festas
do Repolho” promovidas pelo Teatro de Arte de Moscou, rapidamente transformou-se
em um teatro em miniatura apresentando peças e cenas baseadas na literatura
clássica russa e no folclore. Após a revolução de 1905, tornou-se mundialmente
famoso como “Le Chauve-Souris”. O “Krivoe Zerkalo”, fundado em 1908, em São
Petersburgo, sob a direção de Nicolai Evreinov, se destacava pela paródia e
formas experimentais, como por exemplo, o melodrama. O mais literário desses
cabarés era o “Brodyachaya Sobaka” (“O Cão Vadio”, 1913-1915), refúgio de
futuristas. Ele foi sucedido pelo “Prival Komediantov” (“Repouso dos
Comediantes”, 1916-1919), um teatro aconchegante que tinha na presidência
Vsevolod Meyerhold, para ficarmos nestes exemplos.
O
filme: “Burlesque”, objeto de pensamento,
representa o resgate do musical escrito e dirigido por Steven Antin e estrelado
pelas cantoras Christina Aguilera e Cher, e também Eric Dane, Cam Gigandet,
Julianne Hough, Alan Cumming, Peter Gallagher, Kristen Bell, Stanley Tucci e
Dianna Agron. O filme foi lançado em 24 de novembro de 2010 na América do
Norte, e foi o filme de estreia de Aguilera como atriz, e o retorno de Cher á Sétima Arte. Cher e Aguilera
contribuíram para a trilha sonora do filme, com Aguilera cantando oito faixas e
Cher duas. O álbum foi lançado nos Estados Unidos em 22 de novembro de 2010, e
recebeu duas indicações ao Grammy Award.
A canção “You Haven`t Seen the Last of Me”, foi escrita por Diane Warren e
cantada por Cher, e também ganhou o Globo
de Ouro na categoria “Melhor Canção Original” (2011), foi
indicado para o Globo de Ouro de “Melhor Filme - Musical ou Comédia”.
O filme arrecadou 90 milhões dólares em todo o mundo.
Qual o papel social do filme “Burlesque”?
Em primeiro lugar a ambientação de Burlesque é toda inspirada em Chicago (EUA),
em especial pelo estilo de cabaré empregado (cf. Erenberg, 1981; Rago, 1985;
2008; Gavin, 1991; Senelick, 1993). Na 1ª grande guerra, a capacidade
industrial de Chicago foi expandida de modo a atender às necessidades da
economia de guerra, enquanto milhares de afro-americanos, vindos do sul do
país, instalaram-se na cidade para trabalhar nas indústrias em busca de uma
vida melhor. Os afro-americanos eram segregados do restante da população, sendo
que a massiva maioria habitava um bairro pobre na região sul da cidade. A década
de 1920 foi um tempo de prosperidade na cidade, bem como nos Estados Unidos em
geral. A indústria ainda prosperava, os habitantes da cidade gastavam seu
dinheiro sem pensar. A década também foi marcada: a) por altas taxas de
criminalidade, b) diversas gangues lutando entre si, c) pelo controle regional
de drogas e álcool então proibido no país. Assim, um dos shows performáticos chega ao ponto de copiar movimentos cênicos apresentados no filme estrelado por Renée Zellweger e Catherine Zeta-Jones.
Sem a mesma
criatividade nem intensidade, porque não é seu objetivo, a história cultural por
sua vez, é praticamente igual à de “Show Bar” O número musical final lembra
bastante “Nine”, filme “musical-romance” norte-americano de 2009 dirigido por
Rob Marshall, baseado no livro de Arthur Kopit de 1982 para o prêmio Tony
musical de mesmo nome. Foi, igualmente, derivada de um jogo italiano de Mario
Fratti, inspirado pelo filme autobiográfico de Federico Fellini 8 ½. Maury Yeston compôs a música e
escreveu as letras das músicas. O filme ainda conta com uma versão de “Diamonds
are a Girl`s Best Friend”, clássico cantado por Marilyn Monroe em: “Os Homens
Preferem as Loiras”, em que fora da crítica apressada é
completamente desprovido de glamour e
charme. Contudo, nem só de cópias é feito “Burlesque”. Em especial de Cher, a
dona da boate Burlesque. Impressiona perceber que a atriz que levou o Óscar por
“Feitiço da Lua” agora mal consegue mover um músculo facial.
Seu
rosto impávido, como Mohamed Ali, permanece o mesmo ao longo de todo o filme. Seja
para expressar alegria, bronca ou preocupação diante da iminente perda econômica
da boate. Seja lá o que aconteça, Cher está sempre a mesma. Em 1878, em sua
historicidade, Emile Goudeau fundou um clube no “Le Sherry Cobbler”, em Paris,
onde poetas liam suas próprias produções. Foi, porém, no “Chat Noir”, nome
tirado do conto “O gato preto”, de Edgar Allan Poe, que deu origem ao termo
genérico “cabaré artístico” a programas apresentados em cafés e bares. Ele foi
fundado em 1881 pelo pintor Rudolphe Salis, que lhe deu o nome de cabaré porque
as canções e esquetes se sucediam como os pratos de um “menu”. O local que
ocupavam em Montmartre - com 60 lugares e projetado em estilo Luís XIII: a) era
palco não somente de leitura de poesia nas noites de sexta-feira, b) bom como
de complexos jogos de sombra, para os quais renomados artistas escreviam os
textos e elaboravam os projetos artísticos, estéticos e filosóficos, c) além de
fazerem duplamente o acompanhamento musical. Quando o “Chat Noir” mudou-se para
um prédio em 1885, a sua sede antiga abrigou o “Le Mirliton”,
de Aristide Bruant, um dos muitos cabarés de Montmartre por ele nitidamente inspirados.
A atmosfera acolhedora permitiu que muitos artistas, como Yvette Guilbert desenvolvesse uma forma nova e sutil de atuação e tratassem de assuntos gostosamente naturalistas para época que redescobrira as delícias do corpo. Além de Sade, outros autores também foram condecorados com a criação de termos com base em seus nomes, um deles é Sacher Masoch, escritor austríaco que, diferentemente de Sade, escrevia histórias em que os protagonistas, em vez de bater, gostavam de levar umas boas bofetadas, masoquistas. O romance mais clássico do libertino Sacher Masoch, A vênus de peles, traz a narrativa de um escravo sexual e sua dominadora, que mais tarde, com a popularização de ambos os autores, faria nascer uma outra palavra: “Sadomasoquista”. Para além das influências terminológicas, Marquês de Sade também deixou sua marca no mundo ocidental ao ser um ferrenho defensor republicano ainda numa França monarquista. Iluminista radical, pregava a ruptura com práticas concretas da humanidade com seus deuses em troca da felicidade libertina.
A atmosfera acolhedora permitiu que muitos artistas, como Yvette Guilbert desenvolvesse uma forma nova e sutil de atuação e tratassem de assuntos gostosamente naturalistas para época que redescobrira as delícias do corpo. Além de Sade, outros autores também foram condecorados com a criação de termos com base em seus nomes, um deles é Sacher Masoch, escritor austríaco que, diferentemente de Sade, escrevia histórias em que os protagonistas, em vez de bater, gostavam de levar umas boas bofetadas, masoquistas. O romance mais clássico do libertino Sacher Masoch, A vênus de peles, traz a narrativa de um escravo sexual e sua dominadora, que mais tarde, com a popularização de ambos os autores, faria nascer uma outra palavra: “Sadomasoquista”. Para além das influências terminológicas, Marquês de Sade também deixou sua marca no mundo ocidental ao ser um ferrenho defensor republicano ainda numa França monarquista. Iluminista radical, pregava a ruptura com práticas concretas da humanidade com seus deuses em troca da felicidade libertina.
Os
fantásticos figurinos de Burlesque e
a coreografia ousada conquistam Ali, que se promete que, um dia, subirá ao
palco do teatro. Logo, Ali fica amiga de uma dançarina (Julianne Hough),
provoca o ciúme de Nikki, uma dançarina desequilibrada (Kristen Bell) e
conquista o amor de Jack (Cam Gigandet), que trabalha como barman e músico. Com a ajuda de um esperto cenógrafo (Stanley
Tucci) e o apresentador transformista (Alan Cumming), Ali consegue sair do bar
e subir ao palco. Sua voz espetacular ajuda a recuperar a antiga glória do “The
Burlesque Lounge”, porém somente depois que um empresário carismático (Eric
Dane) chega com uma proposta tentadora. Burlesque tem 12 números de música e
dança. Cher canta duas músicas no filme, sendo uma delas a performance de
abertura. Peter Gallagher que já atuou ao lado de Cher há quase 20 anos no
filme de Robert Altman chamado: “The Player”, faz o papel do ex-marido de Cher
e seu parceiro nos negócios do “Burlesque Lounge”.
Aguilera estreou no seu primeiro
filme como personagem principal, uma “garota da cidade com uma grande voz”, que
encontra trabalho em um clube burlesco em Los Angeles, inspirado no “Cabaret”,
de Bob Fosse, um entretenimento burlesco europeu. As gravações de Burlesque começaram
em 9 de novembro de 2009 e terminaram em 3 de março de 2010. Cher por sua vez,
estrelou em seu primeiro papel no cinema desde 2003, em “Stuck on You”. Ela
interpreta Tess, uma ex-dançarina que luta para manter o clube aberto e serve
como uma mentora para o personagem de Aguilera, Ali. O amor de Ali (Aguilera) é
interpretado por Cam Gigandet, Stanley Tucci é o gerente da boate, e Alan
Cumming, Kristen Bell, Eric Dane e Julianne Hough completam o elenco. Dianna
Agron faz uma aparição no filme como noiva de Jack, Natalie. Antin escreveu o
roteiro, e Diablo Cody fez uma revisão, que foi revisto e
editado por Susannah Grant. Burlesque é um dos filmes mais caros da empresa “Screen
Gems”, com exceção dos filmes de “Resident Evil”, com custos de US$ 55 milhões.
Ali é uma jovem de uma cidade do
interior, com uma bela voz, que escapa da vida dura e de um futuro incerto e
vai a Los Angeles para concretizar os seus sonhos. Na cidade grande, ela chega
a um teatro majestoso, porém em péssimo estado de conservação, “The Burlesque
Lounge”, onde está sendo exibido um fantástico musical. Ali é contratada como
garçonete por Tess, dona e administradora do teatro. Os fantásticos figurinos
de Burlesque e a coreografia ousada conquistam Ali, que fará de tudo para subir
ao palco do teatro e se tornar uma grande artista. Em seu primeiro trabalho
como atriz no cinema, Christina Aguilera não trilhou o caminho de outras
cantoras pop, como Mariah Carey e Britney Spears, duramente criticadas por suas
atuações em “Glitter - O Brilho de Uma Estrela” (2001) e “Crossroads - Amigas para
Sempre” (2002). Não recebeu indicação ao Óscar por seu desempenho
em “Burlesque”, mas também escapou de uma marota premiação intitulada:
“Framboesa de Ouro”, que ironicamente escolhia os piores filmes daquele ano. Repleto
de belas, glamourosas e talentosas mulheres, o local se mantém com dificuldades financeiras.
Com números musicais representados com dançarinas bem preparadas e
disciplinadas. Mas que só cantam com a segurança do “playback” – interpretação
em que o cantor ou o ator sincronizam o seus movimentos com sons pré-gravados, com
exceção de Tess, única a fazer a articulação entre os dois. Até Ali usar os
cenários cheios de espelhos, plumas, perucas e brilhos para mostrar suas
habilidades vocais. – “O burlesco dos anos 1920, 30 e 40 é algo que se via nos
livros. Todo o lance dos cabelos, da maquiagem, da sensualidade envolvida na
dança me intrigava. Afirma Aguilera: - “E eu cresci ouvindo músicas como Something`s Got a Hold On Me, cantada
por Etta James, e vi em Paris o número I
am a Good Girl”. Já não se produzem mais tantos musicais como no início do
século. É um gênero que, como o “western”, tem produzido poucas novidades pela chamada
“indústria cultural”. A partir daí, os grandes musicais, com a mudança de
simbólica estética e artística nas sociedades industriais para as sociedades de controle da informação seriam
completamente diferentes. Mais refinados, abordando temas complexos, realistas,
como o racismo, a guerra, o nazismo, a pobreza, a marginalidade de massa, e a complexidade entre a proximidade e distância da morte, para ficarmos em alguns exemplos tais como: “West Side Story” (1961), “Cabaret, All That Jazz” (2002), ou, o
clássico e atualíssimo “O Ovo da Serpente” (“Das Schlangenei”/The Serpent`s Egg”), dirigido
por Ingmar Bergman e ambientado na Berlim protofascista da década de 1920.
Bibliografia geral consultada.
SENELICK, Laurence, Cabaret Performance, Volume II: Europe
1920-1940. Baltimore:
Johns Hopkins University Press, 1993; ROBERTS, Nickie, As Prostitutas na História. Rio de Janeiro: Editora Record/Rosa dos
Tempos, 1998; MALDONADO ALEMÁN, Manuel, El
Expresionismo y las Vanguardias en la Literatura Alemana. Madrid: Editorial
Síntesis, 2006; CASTRO, Clara Carnicero, O Sistema Filosófico do Marquês de Sade: Estudo da Elaboração do Sistema Filosófico do Marquês de Sade a partir das Filosofias Iluministas e Libertinas do Século XVIII na França. Dissertação de Mestrado. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2006; HALBWACHS,
Maurice, A Memória Coletiva. São
Paulo: Centauro, 2006; KONDER, Leandro, “O Barão de Itararé”. In: FERREIRA,
Jorge, REIS FILHO, Daniel Aarão (org.), A
Formação das Tradições (1889-1945). Rio de Janeiro: Editora Civilização
Brasileira, 2007; RAGO, Margareth, Prazeres da Noite. 2ª edição. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2008; NEPOMUCENO, Marco Aurélio Dantas, Discurso Transgressivo e Corpo Policiado: Marques de Sade, um Escritor Libertino nas Malhas do Poder Disciplinar da Modernidade Francesa. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em História. Centro de Humanidades. Campina Grande: Universidade Federal de Campina Grande, 2011; CASTRO, Clara Carnicero de, Os Libertinos de Juliette e a Libertina de Sade. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2012; ARRUDA, Juliana A. de Lima, O Segredo de Justine de Sade: Uma Mais além do Erótico. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em História Social. Departamento de História. Universidade Estadual de Londrina, 2013; ALMEIDA, Luana Aparecida de, Tradução anotada de Les Infortunes de la Vertu (1787), do Marquês de Sade (1740-1814). Dissertação de Mestrado. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis. Universidade Estadual Paulista, 2013; SILVA, Rodrigo D’Avila
Braga, O Marquês de Sade no Brasil: Tradução,
Recepção e Crítica de Historiettes, Contes et Fabliaux. Dissertação de Mestrado.
Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução. Brasília: Universidade de
Brasília, 2016; entre outros.
_______________
* Sociólogo
(UFF), Cientista Político (UFRJ) e Doutor em Ciências junto à Escola de
Comunicações e Artes. São Paulo: Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado
da Coordenação do curso de Ciências Sociais. Centro de Humanidades. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará (UECE).
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