quarta-feira, 9 de março de 2016

Naná Vasconcelos – Mito & Bricoleur da Percussão Corporal.

                                             Ubiracy de Souza Braga

 Naná usava muita percussão corporal, e isso pros gringos era uma coisa que não existia na década de 1970”. Hoto Júnior
    

O momento histórico das disciplinas é o momento em que nasce uma arte do corpo humano, que visa não unicamente o aumento técnico de suas habilidades, nem tampouco aprofundar sua sujeição, mas a formação de uma relação que no mesmo mecanismo o torna tanto uma política das coerções que são um trabalho sobre o corpo, uma manipulação calculada de seus elementos, de seus gestos, de seus comportamentos. O corpo humano entra numa maquinaria de poder que o esquadrinha, o desarticula e o recompõe. Uma “anatomia política”, que é também igualmente uma “mecânica do poder”, está nascendo; ela define como se pode ter o domínio sobre o corpo dos outros, não simplesmente para que façam o que se quer, mas ara que operem como se quer, com as técnicas segundo a rapidez e a eficácia que se determina. A disciplina fabrica assim corpos submissos e exercitados, corpos dóceis.  A disciplina aumenta as forças do corpo (em termos econômicos de utilidade) e diminui essas mesmas forças (em termos políticos de obediência). Em uma palavra: ela associa o poder do corpo; faz dele por um lado uma “aptidão”, uma “capacidade” que ela procura aumentar; e inverte por outro lado a energia, a potência que poderia resultar disso, e dela a relação de sujeição estrita.

O corpo, notoriamente, percorre a história da ciência e da filosofia. De Platão a Bergson, passando por Descartes, Espinosa, Merleau-Ponty, Freud, Marx, Nietzsche, Weber e Foucault, a definição de corpo demonstra um puzzle. Quase todos reconhecem a profusão da visão dualista de Descartes, que define o corpo como uma substância extensa em oposição à substância pensante. Podemos perceber que seguindo este modo de compreensão, sobretudo com o advento da modernidade, o corpo foi facilmente associado a uma máquina. O corpo foi pensado como um mecanismo elaborado por determinados princípios que alimentam as engrenagens desta máquina promovendo o seu bom funcionamento. Isto quer dizer que através dos exercícios de abstinência e domínio que constituem a ascese necessária, o lugar atribuído ao conhecimento de si torna-se mais importante: a tarefa de se pôr à prova, de se examinar, de controlar-se numa série de exercícios bem definidos, coloca a questão da verdade – da verdade do que se é, do que se faz e do que é capaz de fazer na constituição do sujeito moral. O ponto de chegada dessa elaboração é na e pela soberania do indivíduo sobre si mesmo.

Se a exploração econômica separa a força e o produto do trabalho, a coerção disciplinar estabelece no corpo o elo coercitivo entre uma aptidão aumentada e uma dominação acentuada. Entendida como consumo cultural, a prática do culto ao corpo situa-se como preocupação geral de mobilidade social, que perpassa a estratificação de classes sociais e faixas etárias, apoiada num discurso clínico difuso que se refere tanto a questão estética, quanto a preocupação alimentar com a saúde. Nas sociedades contemporâneas há uma crescente apropriação do corpo, com a dieta alimentar e o consumo excessivo de cosméticos, impulsionados pelo processo de massificação da propaganda/consumo a desde o desenvolvimento econômico dos anos 1980, onde o corpo ganha mais espaço, principalmente nos meios midiáticos. As fábricas de imagens estéticas do vencedor no cinema, televisão, publicidade, revistas etc., têm contribuído para isso. Ipso facto, nos leva a pensar que a imagem da eterna “fonte de juventude”, associada ao corpo perfeito ideal, ao sucesso na educação, no trabalho e na vida amorosa atravessa as etnias e classes sociais de maneiras diferentes em diversos estilos de vida.

            Para compreendermos a relação entre mito e música, em que Claude Lévi-Strauss desenvolve na parte inicial de Le Cru et le Cuit e também na parte final de L’Homme Nu (1971), na verdade, só ocorre quando o pensamento mitológico passou para segundo plano no pensamento ocidental da Renascença e do século XVIII, em que começaram a aparecer as primeiras novelas, em vez de histórias ainda elaboradas segundo o modelo da mitologia. Foi precisamente por essa altura que testemunhamos o aparecimento dos grandes estilos musicais, característicos do século XVII e, principalmente, dos séculos XVIII e XIX. Mais do que isso, o tema que deu origem à maior parte dos mal-entendidos, seja no mundo de língua inglesa, mas também em França, representado na ideia de que não havia uma única relação, mas dois tipos de relação – uma de similaridade e outra de contiguidade, possível para compreender um mito como uma sequência contínua. Fundamento da verdade não é, então, o mundo “material empírico”, mas o “mundo do pensamento”, que apreende a estrutura inteligível do real de análise. O espírito humano é compreendido como coextensivo ao mundo em que as leis da lógica exprimem as leis que estruturam a realidade.
Há cerca de duzentos anos, a ideia de que a verdade era produzida, e não descoberta começou a tomar conta do imaginário individual (o sonho) e coletivo (os mitos, os ritos, os símbolos) europeu. O precedente estabelecido pelos românticos conferiu a seu pleito uma plausibilidade inicial. O papel efetivo de romances, poemas, peças teatrais, quadros, estátuas e prédios no movimento social dos últimos 150 anos deu-lhe uma plausibilidade ainda maior, obtendo legitimidade, já que as ideias adquirem  força na história. Chamado de “el señor percusión” na Argentina e, reconhecido como “world`s most famous virtuoso of the berimbau” nos Estados Unidos da América, o pernambucano Juvenal de Holanda “Naná” Vasconcelos, tocou no Rio de Janeiro com Milton Nascimento no fim dos anos 1960 e, se apresentou em São Paulo com Geraldo Vandré - no III Festival Internacional da Canção, quando surgiram os “Especiais do Festival de Música Popular Brasileira”, pela TV Record, até o final da década de 1980, a televisão brasileira foi marcada pelo sucesso dos espetáculos transmitidos internacionalmente. Na década de 1970, Naná Vasconcelos ainda acompanhou jazzistas como Egberto Gismonti e Pat Metheny, entre outros, além de formar o grupo de jazz Codona, com o qual lançou 3 álbuns. Naná tem uma extensa carreira no exterior: atuou como percussionista ao lado de diversos e talentosos artistas representados por singularmente por B. B. King, Jean-Luc Ponty, David Byrne, Jon Hassell, Egberto Gismonti, Pat Metheny, Evelyn Glennie e Jan Garbarek.           

Formou entre os anos de 1978 e 1982, ao lado de Don Cherry e Collin Walcott, o grupo de jazz Codona. Em 1981, tocou no Woodstock Jazz Festival, realizado em 1981 em Woodstock, Nova York em comemoração ao 10º aniversário do Creative Music Studio. Em 1998, contribuiu com a música “Luz de Candeeiro” para o álbum “Onda Sonora: Red Hot + Lisbon”, compilação beneficente em prol do combate à AIDS, produzida pela Red Hot Organization, entidade internacional, sem fins lucrativos, dedicada ao combate à Aids através da cultura pop. No dia 9 de dezembro de 2015, Naná Vasconcelos recebeu o título de Doutor Honoris Causa na cidade de Recife junto à Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRuPE). E, por oito anos consecutivos (1983-1990), o prêmio de “Melhor Percussionista do Ano” da conceituada revista Down Beat, dedicada ao jazz. Seu primeiro número foi lançado em 1935, em Chicago. O seu nome deriva da expressão musical downbeat, também interpretado como ruído de “uma batida”. A Down Beat publica os resultados das enquetes anuais realizadas entre os seus leitores e críticos sobre uma grande variedade de categorias musicais. A Down Beat Jazz Hall of Fame inclui os vencedores das pesquisas feitas tanto entre os críticos como entre os leitores. Os resultados da enquete entre os leitores são publicados em dezembro e dentre os críticos em agosto; é considerada a “bíblia do jazz”. Em 2013, o músico fez a trilha sonora: “O Menino e o Mundo”, quando disputou o Óscar de melhor filme de animação em 2016.
       Esta é a razão por que devemos estar atentos e conscientes de que se tentarmos ler um mito da mesma maneira que lemos uma novela ou um artigo de jornal, ou seja linha por linha, da esquerda para a direita, não poderemos chegar a entender o mito. Isto porque, metodologicamente, seguindo a trilha aberta por Lévi-Strauss (1964; 1976; 1985; 1989) temos de apreendê-lo como uma totalidade e descobrir que o significado básico do mito não está ligado à sequência em que ocorrem os acontecimentos. Mas antes, se assim se pode dizer, a grupos de acontecimentos, ainda que tais acontecimentos ocorram em momentos distintos na história. Portanto, temos de ler o mito mais ou menos como leríamos uma partitura musical, pondo de parte as frases musicais e tentando entender a página inteira. Melhor dizendo, não só temos de apreedê-la da esquerda para a direita, mas simultaneamente, na vertical, de cima para baixo. Temos de perceber cada página como uma totalidade. E só considerando o mito como se fosse uma partitura orquestral. Escrita frase por frase, é que o podemos entender e descrever como uma totalidade e extrair o seu significado.            
       O objetivo de Claude Lévi-Strauss foi permanentemente o da consolidação de uma ciência social com um grau de objetividade e rigor presente nas ciências em geral. Para isso, seu programa estruturalista se fundamentava sob uma concepção metodológica interdisciplinar, sendo que a linguística se transformou em uma das principais disciplinas que inspiraram o estruturalismo lévi-straussiano. Sob a influência do linguista Roman Jakobson, de quem se torna colega nos Estados Unidos da América (EUA) nos anos 1940, e da obra de Ferdinand de Saussure, Lévi-Strauss concebe a idéia de que tanto na etnologia quanto na linguística, não é a análise comparativa que fundamenta a generalização, mas sim o contrário, uma vez que a atividade inconsciente do espírito é a de impor formas a um conteúdo, formas estas através de dimensões iguais para todos os espíritos. Por isso, seu objetivo principal através de um meticuloso exercício interpretativo é o de atingir a estrutura inconsciente, através de um encontro entre o método etnológico e o método linguístico. Não por acaso, para o autor a linguística é, dentre as ciências sociais, a que alcançou maiores progressos, isto porque esta ciência se preocupa em atingir a estrutura inconsciente (a da linguagem) e, toma como base da análise a relação entre os termos, além de introduzir a noção de sistema e de buscar descobrir leis gerais através de um processo cognitivo de indução.           
 
Naná Vasconcelos recebeu, na quarta-feira, dia 9/12/2015, o título de doutor honoris causa da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), localizada no bairro de Dois Irmãos, Zona Norte do Recife. O título foi concedido durante solenidade no salão nobre da universidade. Com o título, o doutor honoris causa recebe o mesmo tratamento que daquelas pessoas que fizeram tradicionalmente doutorado acadêmico. A iniciativa de entregar o título a Naná, considerado um dos grandes nomes da cultura pernambucana, brasileira e mundial, foi do Núcleo de Estudos Afro Brasileiros (Neab/UFRPE). Compareceram à solenidade amigos e parentes do artista, além da Ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes. Nascido no dia 2 de agosto de 1944, em Recife, Naná Vasconcelos é responsável por unir três continentes: Europa, África e América do Sul, com sua música através do berimbau. Ganhou 8 prêmios Grammy e, como vimos, menção da revista “Down Beat”, e outras notáveis publicações especializadas.
Não há na música e percussão brasileira trajetória igual. Naná Vasconcelos é dos poucos artistas brasileiros que subiu dialeticamente nos palcos do mundo quando não brilha num papel de relevo é porque está desempenhando o papel principal. Quando partiu para os mais famosos palcos da Europa e dos Estados Unidos da América (EUA), Naná já havia redesenhado, na falta de melhor expressão, com a mediação complexa entre cores vibrantes o papel e singularidade instrumental do “berimbau” na música popular mundial brasileira. O berimbau é um elemento fundamental na capoeira, sendo reverenciado pelos capoeiristas antes de iniciarem um jogo. Antropologicamente alguns praticantes o consideram um instrumento sagrado. Ele comanda a roda de capoeira, a jinga do corpo, dita o ritmo e o estilo de jogo. São dados nomes às variações de toques mais conhecidas, e quando se toca repetidamente um mesmo toque, diz-se que está jogando a capoeira daquele estilo. As variações mais comuns são “Angola” e “São Bento Grande”. Na capoeira, até três berimbaus podem ser tocados conjuntamente, cada um com uma função técnica mais ou menos definida.
Esteticamente o berimbau (Brasil) ou “hungo” (Angola) é um instrumento de corda de origem angolana, também conhecido como “berimbau de peito”, em Portugal, ou como “hungu” em Angola e em grande parte do continente africano. Em Angola, também é conhecido por “m`bolumbumba” e é utilizado entre os quimbundos, “ovambos”, “nyanekas”, “humbis” e “khoisan”. Este instrumento foi levado pelos escravos angolanos para o Brasil, onde é utilizado para acompanhar uma dança/luta acrobática chamada capoeira. No sul de Moçambique, tem o nome de “xitende”. O instrumento é internacionalmente conhecido por ser tema de uma canção popular de Baden Powell, grande violonista brasileiro. A letra da música foi escrita por Vinícius de Moraes. Considerado um dos maiores percussionistas do planeta, Naná Vasconcelos especializou-se em instrumentos brasileiros, em especial o berimbau, inclusive expandindo a sua técnica. Preservado na Bahia até o presente, o “berimbau” sempre foi um souvenir típico do Estado, vendido aos turistas muito mais como adorno que como instrumento - colorido e enfeitado, bem diferente daquele que os capoeiristas utilizam.
Naná, que aos 12 anos tocava profissionalmente em bares e clubes noturnos (onde lhe exigiam autorização judicial), ao lado do pai, aprendeu a tocar sozinho, usando as panelas de casa, ainda na infância. Não frequentou aulas de música, não ingressou na faculdade. Em entrevista concedida ao “Viver”, ele afirmou: - “Quando você aprende teoria musical por livros, precisa sempre consultar os textos. Quando você aprende com o corpo, é como andar de bicicleta. Seu corpo se lembra”. Em 2015, ele passou quase um mês internado para tratar do câncer no pulmão esquerdo, no mesmo centro médico onde veio a falecer. Um de seus últimos projetos foi o “Café no bule”, em parceria com Zeca Baleiro e Paulo Lepetit. Compostas a distância, por telefone e e-mail, e em encontros em São Paulo, as 10 faixas mesclam referências de vários ritmos, como jazz, afoxé, samba, maracatu e jazz. Entre elas, três vinhetas, espécie de “gole d’água ou de vinho”, ideia conspícua de Naná Vasconcelos, que gostava de brincar com construções onomatopeicas dentre a realidade que a mesma representa. A palavra tenta imitar, pois, o som natural da coisa significada. Traduz ruídos, gritos, a linguagem sonora dos animais, o som de máquinas, a voz humana, expressão de alguns sentimentos como a dor, o riso, o barulho que acompanha os fenômenos da natureza, instrumentos musicais, etc.
 
O governador pernambucano Paulo Câmara decretou luto oficial de três dias no Estado. - “Pernambuco acordou triste. O silêncio causado pelo desaparecimento de Naná Vasconcelos em nada combina com a força da sua música, dos ritmos brasileiros que ele, como poucos, conseguiu levar a todos os continentes. Naná era um gênio, um autodidata que com sua percussão inventiva e contagiante conquistou as ruas, os teatros, as academias. Meus sentimentos e a minha solidariedade para com os seus familiares”, diz o documento assinado pelo político. O prefeito do Recife, Geraldo Júlio, também lamentou o falecimento do mestre Naná Vasconcelos, homenageado do Carnaval do Recife (2013) e lembrou que, por 15 anos, o percussionista fez a abertura oficial da folia do Recife. Nas redes sociais, amigos e artistas de Naná Vasconcelos prestaram as últimas homenagens, incluindo o rapper Emicida, que colaborou com Naná na trilha da animação “O menino e o mundo”, e Gilberto Gil, que publicou uma foto antiga dos dois juntos. Eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo pela revista americana Down Beat(votação feita pelos críticos musicais da revista) e ganhador de oito prêmios Grammy (brasileiro com mais prêmio Grammy), era considerado uma autoridade mundial em percussão. Dotado de uma curiosidade intensa, indo da música erudita do brasileiro Villa-Lobos ao roqueiro Jimi Hendrix, Naná Vasconcelos aprendeu a tocar praticamente todos os instrumentos de percussão, embora nos anos 1960 tenha se especializado no berimbau.
Bibliografia geral consultada:
LÉVI-STRAUSS, Claude, O Cru e o Cozido (Mitológicas I). São Paulo: Editora Brasiliense, 1964;  Idem, “O Descobrimento da Representação nas Artes da Ásia e da América”. In: Antropologia Estrutural. Rio de Janeiro: Editor Tempo Brasileiro, 1985; Idem, Mito e Significado. Lisboa: Edições 70, 1989; BACHMANN, Marie Laurie, La Rítmica Jacques-Dalcroze: Una Educación por la Música y para la Música. Madrid: Ediciones Pirámide, 1998;   ALMEIDA, Jorge, Ensino e Aprendizagem dos Alabês: Uma Experiência nos Terreiros Ilê Axé Oxumarê e Zoogodô Bogum Malê Rundô. Tese de Doutorado em Música. Salvador: Universidade Federal da Bahia,  2009; DI LUCA, Thiago, O Desenvolvimento de Competências Musicais a partir de Práticas Corporais e Criativas no Fazer Música em Grupo. Novo Hamburgo: Feevale, 2011; BOZZO JR., Carlos, “De como Juvenal se Tornou o Fenômeno Naná Vasconcelos”. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2013/05/11; DEMENECK, Ben-Hur, “Naná Vasconcelos - O Berimbau Global”. Disponível em: Revista Internacional de Folkcomunicação. Volume 11, nº 22, 2013; SOUZA FILHO, Florival José de, Candomblé na Cidade de Aracaju: Território, Espaço Urbano e Poder Público. Dissertação de Mestrado em Sociologia. Núcelo de Pós-Graduação em Ciências Sociais. Aracaju: Universidade Federal de Sergipe, 2013; CRUZ, Norval Batista, Corpo, Ancestralidade, Oralidade e Educação no Ile Aiê Omo Tifê: O Corpo de Xangô. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira. Faculdade de Educação. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2013; AMORIM, Roberto Ricardo Santos de, Batucadeiros: Educação Musical por Meio da Percussão Corporal. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação. Faculdade de Educação. Brasília: Universidade de Brasília, 2016; CHAGAS, Paulo Henrique Barbosa Souza, O Berimbau de Naná Vasconcelos na Música Contemporânea. Dissertação de Mestrado. Departamento de Música. Universidade de Évora, 2016; entre outros.   
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* Sociólogo (UFF), Cientista político (UFRJ) e Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes. São Paulo: Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais. Centro de Humanidades. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará (UECE).

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