Organização da Cultura - Político Biônico & Ressentimento no Brasil.
Ubiracy de Souza Braga*
“Como é que alguns optam por
corrupção, onde há tantas maneiras legais de serdesonesto”. Brenon Salvador
A
cultura, que caracteriza as sociedades humanas, é organizada/organizadora pela via
do conhecimento ou veículo cognitivo da
linguagem, a partir, segundo Morin, do “capital cognitivo coletivo” dos
conhecimentos adquiridos, das competências aprendidas, das experiências
vividas, da memória histórica, das crenças míticas de uma sociedade. E,
dispondo de seu capital cognitivo, a cultura institui as regras/normas que
organizam a sociedade e governam os comportamentos individuais. Estas regras
geram processos sociais e regenera globalmente a complexidade social adquirida
por essa mesma cultura. Assim, a cultura não deve ser compreendida pelas
metáforas estruturais, que são termos impróprios em uma organização recursiva
onde o que é produzido e gerado torna-se produtor e gerador daquilo que o
produz ou gera. Isso facto, cultura e sociedade estão em relação geradora
mútua; nessa relação, não podemos esquecer as interações entre indivíduos, eles
próprios portadores ou transmissores de cultura, que regeneram a sociedade, a
qual regenera a cultura. Daí a tese sociológica segundo a qual, “se a cultura
contém um saber coletivo acumulado em uma memória social, se é portadora de
princípios, modelos, esquemas de conhecimento, se gera uma visão de mundo, se a
linguagem e o mito são partes constitutivas da cultura, então a cultura não
comporta somente uma dimensão cognitiva: é uma máquina cognitiva cuja práxis é
cognitiva”.
É
neste sentido próprio de saber cognitivo que uma cultura abre e fecha as
potencialidades bioantropológicas do conhecimento. Ela as abre e atualiza
fornecendo aos indivíduos o seu saber acumulado, a sua linguagem, os seus
paradigmas, a sua lógica, os seus esquemas, os seus métodos de aprendizagem,
métodos de investigação, de verificação, etc., mas, ao mesmo tempo, ela as
fecha e inibe com as suas normas, regras, proibições, tabus, o seu
etnocentrismo, a sua autossacralização, a sua ignorância de ignorância. Ainda
aqui, o que abre o conhecimento é o que fecha o conhecimento. Desde o seu
nascimento, o ser humano conhece não só por si, para si, em função de si, mas,
também pela sua família, pela sua tribo, pela sua cultura, pela sua sociedade,
para elas, em função delas. Assim, o conhecimento de um indivíduo alimenta-se
de memória biológica e de memória cultural, associadas na própria memória, que
obedece a várias entidades de referência, diversamente presentes nela. Tudo o
que é linguagem, lógica, consciência, tudo o que é espírito e pensamento,
constitui-se na encruzilhada dialógica entre dois princípios de tradução, um
contínuo, o outro descontínuo (binário).
As
aptidões individuais organizadoras na formação do cérebro humano necessitam de
condições socioculturais para se atualizarem, as quais necessitam das aptidões
do espírito humano para se organizarem individual e socialmente. A cultura está
nos espíritos, vive nos espíritos, os quais estão na cultura, vivem na cultura.
Meu espírito conhece através da minha cultura, vivem na cultura. Meu espírito
conhece através da minha cultura, mas, em certo sentido, a minha cultura
conhece através do meu espírito. Assim, portanto, as instâncias produtoras do
conhecimento se coproduzem umas às outras; há uma unidade recursiva complexa
estabelecida entre produtores e produtos do conhecimento, ao mesmo tempo em que
há relação hologramática entre cada uma das instâncias, cada uma contendo as
outras e, nesse sentido, cada uma contendo o todo enquanto todo. Falar em
complexidade é falar em relação de interação simultaneamente complementar,
concorrente, antagônica, recursiva e hologramática entre essas instâncias
cogeradoras do reconhecimento humano. Mas não é apenas essa complexidade que
permite compreender a possível autonomia relativa do espírito e no sentido
técnico do cérebro individual.
Mas
é assim mesmo que o espírito individual pode autonomizar-se em relação à sua
determinação biológica. Recorrendo às suas fontes e recursos socioculturais. Em
relação à determinação cultural utilizando sua aptidão bioantropológicas para
organizar o conhecimento. O espírito individual pode alcançar a sua autonomia
jogando com a dupla dependência que, ao mesmo tempo, o constrange, limita e
alimenta. Pode jogar, pois há margem, entre hiatos, aberturas, defasagens.
Entre o bioantropológico e o sociocultural, o ser individual e a sociedade.
Assim, a possibilidade de autonomia do espírito individual está inscrita no
princípio de seu conhecimento. E isso em nível de seu conhecimento cotidiano,
quanto em nível de pensamento filosófico ou científico. A cultura fornece ao
pensamento as suas condições sociais e materiais de formação, de concepção, de
conceptualização. Impregna, modela e eventualmente governa os conhecimentos
individuais. A cultura e, exatamente pela via da cultura, a sociedade está no
interior do conhecimento. O conhecimento está na cultura e a cultura está na
representação do conhecimento. Um ato cognitivo per se é, essencialmente
um elemento persuasivo do complexo cultural coletivo que se atualiza em um ato
cognitivo individual.
As
nossas percepções ou mesmo concepções estão sob um controle, não apenas de
constantes fisiológicas e também psicológicas, mas níveis de variáveis
culturais e históricas. A percepção é submetida a categorizações,
conceptualizações, taxinomias, que influenciarão o reconhecimento e a
identificação das cores, das formas, dos objetos. O conhecimento intelectual
organiza-se em função de paradigmas que selecionam, hierarquizam, rejeitam as
ideias sociais e as informações técnicas, bem como em função de significações
mitológicas e de projeções imaginárias. Assim se opera a “construção social da
realidade”, ou antes, a “co-construção social da realidade”, visto que a
realidade se constrói também a partir de dispositivos cerebrais, em que o real
(imagem) se consubstancializa e se dissocia do irreal (ficção), que constitui a
visão de mundo, que se concretiza em verdade, em erro, na mentira. Para a sociologia do conhecimento, é necessário, segundo Morin, conceber
não só o enraizamento do conhecimento na sociedade e a interação do
conhecimento/na sociedade. Mas no anel recursivo no qual o é produto/produtor
sociocultural que comporta uma dimensão própria cognitiva.
Os
homens de uma cultura, pelo seu modo de conhecimento, produzem a cultura que
produz seu reconhecimento. A cultura gera os conhecimentos que regeneram a
cultura. Ao considerar-se a que ponto o conhecimento é produzido por uma
cultura, dependente de uma cultura, integrado a uma cultura, pode-se ter a
impressão de que nada seria capaz de libertá-lo. Mas isso seria, sobretudo,
ignorar as potencialidades de autonomia relativa, no interior de todas aquelas
culturas, dos espíritos individuais. Os indivíduos não são todos, e nem sempre,
mesmo nas condições culturais mais fechadas, máquinas triviais obedecendo
impecavelmente à ordem social e às injunções culturais. Isso seria ignorar que
toda cultura está vitalmente aberta ao mundo exterior, de onde tira conhecimentos
objetivos e que conhecimentos e ideias migram entre as culturas. Seria ignorar
que aquisição de uma informação, a descoberta de um saber, a invenção de uma
ideia, podem modificar e transformar uma sociedade, mudar o curso da história.
Assim, o conhecimento está ligado, por todos os lados, à estrutura da cultura,
à organização social, à práxis histórica. Sempre por toda parte, o conhecimento
científico transita pelos espíritos individuais, que dispõem de autonomia
potencial, a qual pode em certas condições sociais e políticas atualizarem-se e
tornar-se um pensamento pessoal crítico.
Sobre
a aquisição do conhecimento pesa um formidável determinismo. Ele nos impõe o
que se precisa conhecer, como se deve conhecer, o que não se pode conhecer.
Comanda, proíbe, traça os rumos, estabelece os limites, ergue cercas de arame
farpado e conduz-nos ao ponto onde devemos ir. E também que conjunto prodigioso
de terminações sociais, culturais e históricas é necessário para o nascimento
da menor ideia, da menor teoria. Não bastaria limitarmo-nos a essas
determinações que pesam do exterior sobre o conhecimento. É necessário
considerar, também, os determinismos intrínsecos ao conhecimento, que
são, segundo Morin, muito mais implacáveis. Em primeiro lugar, princípios
iniciais, comandam esquemas e modelos explicativos, os quais impõem uma visão
de mundo e das coisas que governam/e controlam de modo imperativo e proibitivo
a lógica dos discursos, pensamentos, teorias. Ao organizar os paradigmas e
modelos explicativos associa-se o determinismo organizado dos sistemas de
convicção e de crença que, quando reinam em uma sociedade, impõem a todos a
força imperativa do sagrado, a força normalizadora do dogma, a força proibitiva
do tabu. As doutrinas e ideologias dominantes dispõem também da força
imperativa e coercitiva que leva a evidência aos convictos e o temor inibitório
aos desalmados.
Em
primeiro lugar o termo “biônico” foi ideologizado no Brasil devido ao seriado The
Six Million Dollar Man produzido e exibido entre 1974 e 1978 pelo canal norte-americano
ABC. Nele o coronel Steve Austin, interpretado por Lee Majors recebeu “implantes
cibernéticos” que lhe salvaram a vida após um grave acidente. Como compensação
passou a trabalhar como “agente especial” do governo utilizando para isso suas
capacidades ampliadas. Transposta para o mundo político, analogamente, tal designação
serviu para quem “ascendeu ao poder sem o desgaste de uma campanha eleitoral”. Neste
período surgiram os governadores biônicos, prefeitos biônicos em certas categorias
de municípios e senadores biônicos. No caso dos senadores o termo “biônico”
derivou também do “Pacote de Abril” de 1977 que alterou as regras para o pleito
de 1978. Nele, cada Estado escolheria um nome pela “via indireta” na renovação
de 2/3 das cadeiras mediante votação de um famigerado Colégio Eleitoral, o que
deu à ARENA 21 das 22 cadeiras em jogo impedindo a repetição da rotunda vitória
do MDB em 1974. Das 23 vagas a serem preenchidas por voto direto os arenistas
conquistaram 15 vagas. No total o placar das eleições foi 36 a 9 para o golpe
de classe.
Após
a queda do presidente João Goulart em 1° de abril de 1964, as Forças Armadas e
seus “aparelhos de Estado” na sociedade civil inseriram na vida política institucional
do país diretrizes capazes de assegurar seu controle e resistência parlamentar ao
novo regime. Cânones que deram arrimo à deposição de 7 dos 22 governadores de Estado
eleitos em 1960, com anos de mandato, em 1962 para um quatriênio e cujos
mandatos estavam em curso, tudo isso no bojo das cassações dos direitos civis e
políticos de adversários do novo regime militar golpista. Exemplos dessa
alternância forçada nos portentos estaduais representaram a deposição de Arraes
(1965; 1970; 1985) em Pernambuco, a cassação de Badger da Silveira no Rio de
Janeiro e a subida de Jarbas Passarinho ao governo do Pará nos dias do golpe militar.
Com
a Anistia Política brasileira de fins da década de 1970, retornou ao Brasil.
Com a reversão do sistema bipartidário antes imposto pelo regime militar,
Brizola quis assumir a antiga legenda PTB - Partido Trabalhista Brasileiro, mas
perdeu a disputa do registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral - TSE para
Ivete Vargas, sobrinha de Getúlio Vargas. Fundou, então, juntamente com outros
trabalhistas históricos e novos simpatizantes, o PDT – Partido Democrático
Trabalhista. O partido viria a se unir à Internacional Socialista, em 1986,
quando Brizola foi elevado a vice-presidente da entidade. Poucos meses antes de
morrer, Brizola foi feito presidente de honra da Internacional Socialista. Na
primeira eleição de que participa após o exílio, Brizola é eleito governador do
Rio de Janeiro no ano de 1982. A eleição vinha sendo disputada por Sandra
Cavalcanti (PTB), Lysâneas Maciel (PT), Moreira Franco (PDS) e Miro Teixeira
(PMDB), que perdem força com a entrada de Leonel de Moura Brizola.
Em 1979, o Brasil teve a Anistia e
os que foram exilados pelo regime golpista militar puderam retornar ao país.
Brizola retorna e, com a nova lei partidária, tenta reorganizar seu antigo PTB.
Porém, Ivete Vargas a derrota na justiça e consegue para si a sigla partidária.
De acordo com a avaliação de Leonel Brizola e demais dirigentes do PDT, o PTB de Ivete
Vargas passou a ser um partido de direita, como de fato acabou por
distanciar-se do seu glorioso passado trabalhista. Em 1982 a legenda de Ivete
lança como candidato ao governo paulista Jânio Quadros e para o fluminense
Sandra Cavalcanti. Ambos militaram na antiga UDN, partido de direita rival dos
trabalhistas. O atual Partido Trabalhista Brasileiro nega, sem razão, que seja
um partido político de direita, embora tenha uma postura identificada como tal
desde seu ressurgimento, em 1980. A cena em que Brizola rasga uma folha de
papel com a inscrição PTB, numa coletiva à imprensa, é a marca simbólica, correta do fim de um sonho para os brizolistas.
O projeto principal e mais polêmico
de suas duas gestões no governo fluminense foram os Centros Integrados de
Educação Pública (CIEPS). Trata-se de escolas idealizadas, na sua concepção
pedagógica, pelo professor e antropólogo Darcy Ribeiro. Seus prédios
diferenciam-se bastante dos prédios de escolas tradicionais. Têm o desenho
arquitetônico de Oscar Niemeyer. Foram construídos, na sua maioria, em favelas
e periferia da capital e do estado do Rio de Janeiro. Isso consolidou o que se
poderia denominar de brizolismo entre os eleitores destas áreas que batizaram
os CIEPS de Brizolões. Os opositores diziam que os CIEPS eram “caros, de
custosa manutenção”, ignorando a importância do projeto, que visava manter as
crianças dentro do ambiente escolar durante a maior parte do dia. E ainda
acusavam Brizola de “utilizar os centros como arma de propaganda eleitoral”,
visando à conquista do eleitorado de outros estados, pois muitos foram erguidos
na beira de rodovias. Após o governo Brizola, os CIEPs foram, em grande parte,
sucateados pela ignorância e má fé de seus sucessores.
O
projeto arquitetônico dos edifícios é da autoria do arquiteto comunista Oscar
Niemeyer, tendo sido erguidas mais de 500 unidades. Uma de suas características
é a utilização de peças pré-moldadas de concreto, barateando a sua construção.
As escolas são constituídas por três estruturas: o edifício principal,
erguendo-se em três pavimentos, abrigando as salas de aula, centro médico,
cozinha, refeitório, banheiros, áreas de apoio e recreação; o ginásio
esportivo, que também pode receber atividades artísticas e culturais; o
edifício da biblioteca e dos dormitórios. No segundo governo de Leonel Brizola,
alguns CIEPs passaram a contar com piscinas. Um projeto com características
parecidas são os Centros de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente
(CAICs), adotado em âmbito nacional a partir da década de 1990. O projeto
objetivava, adicionalmente, “tirar crianças carentes das ruas”, oferecendo-lhes
os “pais sociais”, funcionários públicos residentes nos CIEPs que cuidavam de
crianças ali residentes. Leonel Brizola era reconhecido por sua forma de falar
e pensamento. Sua fala, carregada do sotaque e de expressões gaúchas que parecia
cultivar, era quase que uma marca registrada. Não era difícil imitá-lo. Sua
retórica era inflamada.
Não
perdia oportunidade para criar caricaturas verbais significativas de seus
oponentes, como obteve pregnância ao chamar Lula, de “sapo barbudo”, Paulo
Maluf, de “filhote da ditadura” e Moreira Franco, de “gato Angorá”. Era um
orador par excellence, carismático, capaz de provocar reações fortes entre
partidários e adversários. Seu discurso era baseado concretamente em pontos
nevrálgicos da sociedade brasileira, como a valorização da péssima educação
pública e a questão nacionalista das perdas internacionais, pagamento de
encargos da dívida externa e envio de lucros ao exterior. Dilson Domingos
Funaro (1933-1989) foi um empresário brasileiro do ramo de plásticos,
proprietário da fábrica de brinquedos Trol. Foi presidente do BNDES e ministro
da Fazenda do Brasil durante o governo José Sarney (1985-1987), tomando posse
em 26 de agosto de 1985 e deixou o ministério em 29 de abril de 1987. O Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) é uma empresa pública
federal com sede no Rio, cujo principal objetivo representa o financiamento num
período de longo prazo e investimento nos segmentos da economia brasileira.
Durante seu cargo como ministro da Fazenda, foi responsável pela criação de um
plano de estabilização financeira, o Plano Cruzado. Durante seu cargo como
ministro da Fazenda, foi responsável pela criação de um plano de estabilização
financeira, o Plano Cruzado. Também foi o responsável pela assinatura da
moratória unilateral da dívida externa brasileira, conferida em 20 de fevereiro
de 1987.
Em
virtude de tais mudanças sociais e observando critérios como a data da
investidura (4
de maio) e a quebra da linha sucessória em que recebeu o governo das mãos do
presidente da Assembleia Legislativa, o
primeiro governador biônico do país foi o fluminense Paulo Torres. Com os
governos estaduais entregues a prepostos ou simpatizantes dos militares, a sucessão
obedeceu ao crivo das eleições diretas que renovaram o governo de dez estados
em 3de outubro de 1965 entrementes a vitória de adversários dos militares em
Minas Gerais e na Guanabara cimentaram a alternativa pela eleição indireta dos
governadores de estado a partir de 1966 com o AI-3, na verdade uma mera
ratificação dos nomes anunciados por Brasília. Durante todo esse período o
único mandatário pertencente ao MDB foi Chagas Freitas governador da Guanabara
(1971-75) e do Rio de Janeiro (1979-83). Seu nome deu origem ao termo “chaguismo”,
que designou sua forma particular de utilizar a máquina pública estatal para
vencer as eleições e que dominou a política carioca e fluminense de 1970 a
1982.
Em 1964, Chagas Freitas apoiou
ativamente o movimento militar que deu o golpe de estado que depôs o presidente
eleito João Goulart. No entanto, vendo que a ARENA, partido criado para apoiar
e dar ilusão de legalidade para os militares, estava sob controle dos
lacerdistas, preferiu filiar-se ao MDB, aproveitando a forte inclinação
oposicionista do eleitorado da Guanabara. Como antiga capital federal o Rio de
Janeiro ainda sediava diversos órgãos e autarquias e Chagas Freitas,
vislumbrando esse fato, aproximou-se dos interesses do funcionalismo público e
foi o mentor de uma política clientelista que buscava não hostilizar o governo
da ditadura militar. A tranquila eleição de 1966 representou não só a conquista
do quarto mandato de Chagas Freitas, mas a consolidação do seu domínio dentro
do MDB com o predomínio de seus aliados políticos no partido. Em 1970, com
apoio da maioria na Assembleia Legislativa, foi eleito governador da Guanabara
por “via indireta”, o único eleito pela oposição durante todo o regime militar.
No entanto, a cúpula nacional do MDB criticou a sua posição dúbia em relação ao
governo militar do qual era, na prática, aliado regional.
Sou sociólogo, mas se a razão –
como diz Hegel – “é a certeza consciente de ser toda a realidade”, a verdade
reside apenas no todo quando as partes se tornam racionais à medida que
participam de forma consciente. O Estado para Hegel é um todo “ético
organizado”, o verdadeiro, porque é a unidade da vontade universal e da
representação das subjetividades. Entretanto, todos esses elementos, tomados um
a um ou em conjunto, são insuficientes para explicar ou compreender
satisfatoriamente determinada época histórica. Principalmente quando permanece
simbolizada pelo poder e pelas formas contemporâneas de oligarquização de
governos em que o poder político está concentrado num pequeno número de
pessoas. Os problemas sociais e políticos provocados pela oligarquização da educação no Ceará, por
outro lado, tem engessado a “máquina burocrática”, toldando negativamente a
educação de nível superior.
Em segundo lugar, numa aproximação
conceitual e metodológica não devemos perder de vista que a Fenomenologia dello Spirito, de G. W.
Friedrich Hegel (1973) representa a elaboração inicial de um julgamento
filosófico a respeito da história, e isto é importante na medida em que a noção
de consciência (“Bewusstsein”), formulada assim, sugere ser tema central do
mundo contemporâneo. O espírito, dizia Hegel, não pode conhecer-se diretamente.
É preciso que negue previamente, de certo modo, que saia de si e se torne
“estranho a si mesmo”, exteriorizando-se e produzindo sucessivamente todas as
formas do real – quadros do pensamento, natureza, história; e depois que reverta
à origem, alcançando assim o conhecimento verdadeiro, a filosofia do espírito
absoluto. Afastando-se de si, exteriorizando-se, para voltar depois a si mesma,
a Ideia triunfa do que a limitava, afirmando-se na negação das suas negações
sucessivas. A “Fenomenologia do Espírito”, entendida assim, demonstra como a
consciência se eleva, pouco a pouco, desde as formas elementares da sensação
até à ciência, identificada por Hegel, aliás, com a racionalidade da religião –
tal como o valor absoluto da religião cristã se integra na verdade do saber na
esteira social da vida.
Se levarmos a sério a percepção
central em Hegel de que toda reflexão, e isso significa também toda
investigação do objeto, no campo da filosofia (e da realidade) pressupõe
inevitavelmente categorias lógicas,
não poderemos deixar de reconhecer que a Fenomenologia do Espírito implica
algum tipo de lógica, a qual se legitima a si mesma, e que pressupõe aquelas
outras formas de consciência e sua destruição em um sentido
histórico-psicológico, assim como histórico-sociológico, não em um sentido
teórico de validade para Hegel, segundo o qual “o objetivo de uma introdução à
filosofia só poderia se aclarar esses pontos de vista objetivo da filosofia”. A
filosofia também tem a tarefa de conduzir a consciência ainda não formada pelo
caminho que a ela conduz, e lhe facilitar o elemento, que não lhe é dado
imediatamente, no qual ela se movimenta como ciência pura, em que a forma
pronta da filosofia hegeliana está dada com a Lógica e a Enciclopédia. Somente
aqui ausência de pressupostos, fundamentação última do método forma realizados
de maneira pura.
Em terceiro lugar a noção de “desenvolvimento”
passa a ser central depois dessa concepção e, para o bem ou para o mal até os
dias de hoje. Mesmo a ideia de progresso, que implicava que o depois pudesse
ser explicado em função do antes, encalhou, de certo modo nos recifes do século
XX, ao sair das esperanças ou das ilusões que acompanharam a travessia do mar
aberto pelo século XIX. Esse questionamento refere-se a várias ocorrências
distintas entre si que não atestam um progresso moral da humanidade, e sim, uma
dúvida sobre a história como portadora de sentido, dúvida renovada,
essencialmente no que se refere ao seu método, objeto e fundamentalmente nas
grandes dificuldades não só em fazer do tempo um princípio de inteligibilidade,
como ainda em inserir aí um princípio de identidade. A história: isto é, uma
série de acontecimentos reconhecidos como acontecimentos por muitos,
acontecimentos que podemos pensar que importarão aos olhos dos historiadores de
amanhã e, ao qual cada um de nós, por mais consciente que seja de nada representar
pode vincular algumas circunstâncias ou imagens particulares, como se fosse a
cada dia menos verdadeiro que os homens, que fazem a história (pois, senão,
quem mais?), não sabem que a fazem.
O novo conceito de dialética desenvolvido por Friedrich Hegel é mais do que a mera
“síntese de opostos” em sua complementaridade para caracterizá-lo: é todo um
complexo sistema, baseado numa original concepção do absoluto que na filosofia
de Hegel, precisa incorporar todos os momentos significativos do movimento pelo
qual se realiza, assimilando tanto o positivo como o negativo, superando-o numa
capacidade de síntese viva, para pode se estruturar, rigorosamente, como ocorre
no sistema científico: - “A verdadeira figura em que a verdade existe”, afirma
Hegel, “só pode ser o sistema científico dela”. O sentido desse movimento
realizado e expresso no “sistema” – só pode ser compreendido do ângulo do
resultado alcançado. Na obra: “Fenomenologia do Espírito”, o “saber absoluto”
pressupõe – e simultaneamente elucida – a “experiência da consciência” em todas
as suas “figuras”, desde a “certeza sensível” e da “percepção” até o ponto de
chegada da análise dialética proporcionado pelo “espírito”, que adquire a plena consciência de si
mesmo, depois de superar as limitações em termos do “discernimento” (“Verstand”), da “consciência
de si” e da “razão” (“Vernunft”).
Pelo que depreendemos, teremos uma
única vida a qual está oculta. Mas depois entra na existência e separadamente,
na multiplicidade das determinações, e que a partir de determinados graus
distintos, são em essência, necessárias. E juntas de novo, constituem um
sistema. Essa representação é uma imagem da história da filosofia. O primeiro
momento era o “em si” da realização, e “em si” do gérmen etc. O segundo é a
existência, aquilo se exalta e que resulta. Assim, o terceiro é a identidade de
ambos, mais precisamente agora o fruto e movimento da própria evolução, o
resultado de todo este movimento em torno do conhecimento. E a isto Hegel chama abstratamente “o ser por
si”. É o “por si” do homem, do espírito mesmo. Somente o espírito chega a ser
verdadeiro “por si”, idêntico consigo. O que o espírito produz seu objeto, é
ele mesmo. É um desembocar em seu outro reconhecimento. O desenvolvimento é um
desprendimento, um desdobrar-se, e ao mesmo tempo, um desafogo.
O conceito de evolução não
somente faz aparecer o interior originário, exterioriza o concreto contido já
no “em si”, e este concreto chega a ser “por si” através dela, impulsiona-se a
si mesmo a este ser “por si”. O concreto é “em si” diferente, mas logo só “em
si”, pela aptidão, pela potência, pela possibilidade. O diferente está posto
ainda em unidade, ainda não como diferente antropologicamente. É em si distinto
e, contudo, simples. É em si mesmo contraditório. Posto que é através desta
contradição impulsionado da aptidão, deste este interior à qualidade, à
diversidade; logo cancela a unidade e com isto faz justiça às diferenças.
Também a unidade das diferenças ainda não postas como diferentes é impulsionada
para a dissolução de si mesma. O distinto vem assim a ser atualmente, na
existência. Porém, do mesmo modo que se faz justiça à unidade, pois o diferente
que é posto como tal é anulado novamente. Tem que regressar à unidade; porque a
unidade do diferente consiste em que o diferente seja um. E somente por este
movimento é a unidade verdadeiramente concreta.
Um discurso político, no âmbito da consciência, tem uma estrutura e
finalidade muito diferente do discurso econômico, mas politicamente pode operar
no nível da análise a dimensão econômica produzindo efeitos sociais específicos
em termos de persuasão. Não queremos perder de vista que a Fenomenologia é a
história concreta da consciência, sua saída da caverna e sua ascensão como
procedimento da Ciência. Daí a analogia
que em Hegel existe de forma coincidente entre a história da filosofia e a
história do desenvolvimento do pensamento, mas este vir-a-ser é necessário, como força irresistível que se manifesta
lentamente através dos filósofos, que são instrumentos de sua manifestação.
Ipso facto quando Hegel afirma sobre a filosofia em geral, que “a coruja de
Minerva só levanta voo ao anoitecer” (“die Eule der Minerva beginnt erst mit
der einbrechenden Dämmerung ihren Flug”), ele quer dizer categoricamente que
vale somente para uma filosofia da história, ou seja, que é verdadeiro para a
concepção científica de história e que, além disso, corresponde à “weltanschauung”
dos historiadores como ofício descrever metodologicamente a história real.
Entende-se por carreira, a sucessão
de cargos efetivos, estruturados em níveis e graus segundo sua natureza,
complexidade e grau de responsabilidade, de acordo com o plano definido por lei
de cada ente federativo. Segundo as disposições constitucionais em vigor,
“servidores públicos” são todos aqueles que mantêm vínculo de trabalho
profissional com os órgãos e entidades governamentais, integrados em cargos ou
empregos de qualquer delas: União, Estados, Distrito Federal, municípios e suas
respectivas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia
mista. Trata-se de designação genérica e abrangente, introduzida pela
Constituição Federal de 1988, uma vez que, até a promulgação da Carta hoje em
vigor, prevalecia a denominação de “funcionário público” para identificação dos
titulares de cargos na administração, aos quais se estendia o regime
estatutário.
A
vida política do amazonense Luís Antônio de Medeiros, deputado federal pelo
PL-SP, é marcada por uma “virada da esquerda para a direita”. Depois de
envolver-se com a luta armada, em 1971, refugiou-se no Chile e filiou-se ao
Partido Comunista Brasileiro (PCB). Na década de 70, viveu em Cuba e na União
Soviética. Quando voltou ao Brasil, em
1977, foi trabalhar como metalúrgico em São Paulo e, dois anos depois, entrou
para o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (SinMet). Em 1981, já como
primeiro-secretário do SinMet, abandonou a direção estadual do PCB e começou
sua guinada de centro- direita. Em 1986, assumiu a presidência do sindicato e
aderiu à recém-criada Confederação Geral dos Trabalhadores, que reunia a ala
mais conservadora do sindicalismo e se opunha à CUT - Central Única dos Trabalhadores. À frente do SinMet, Medeiros tornou-se
o principal expoente do “sindicalismo de resultados”, de melhoria salarial em
detrimento da política.
Em
1981 Rondônia foi elevada ao patamar de estado, mas só elegeu seu primeiro
governador em 1986 na pessoa de Jerônimo Santana. Meses antes a Paraíba ungiu o
derradeiro governador biônico do país quando a Assembleia Legislativa elegeu o
senador Milton Cabral em 1986 após a renúncia do governador e de seu
vice-governador e após um mês de interinidade do presidente do Tribunal de
Justiça. Após a Constituição de 1988 todas as unidades federativas passaram a escolher
seus governadores pelo voto direto graças a concessão de autonomia política ao
Distrito Federal, a transformação do Amapá e de Roraima em estados e a
incorporação de Fernando de Noronha a Pernambuco. Hoje a única hipótese para a
existência de governadores ditos “biônicos” é a criação de territórios
federais, visto que estes são uma divisão administrativa da União. Tal
definição, porém, não afasta as discussões sobre a natureza, a origem e o
significado dos partidos políticos para os governadores. Há uma natureza constitutivamente autoritária
em nossa sociedade. A Constituinte de 1988 criou meios para contê-la, entre os
quais o Ministério Público, a ação popular e a ação direta de
inconstitucionalidade. Mas não apostou
todas as suas fichas no sistema de representação.
Nas
eleições de 1989, apoiou à candidatura de Fernando Collor de Melo à Presidência
da República e, em 1990, começou a articular a formação da “Força Sindical”,
fundada no ano seguinte. Em 1992, declarou apoio ao impeachment de Fernando Collor e teve seu nome ligado a um
inquérito que apurava o desvio de US$ 118 mil de uma verba repassada, em 1990,
pela Secretaria Estadual do Trabalho ao Instituto
Brasileiro de Estudos Sindicais, do qual era presidente. O inquérito foi
concluído em 1995 e acabaria por condená-lo a restituir US$ 30 mil ao governo
de São Paulo. Em 1993, Medeiros filiou-se ao Partido Progressista (PP) e, em
1994, lançou-se candidato para o governo de São Paulo - quando Mário Covas foi
eleito. Ainda em 1994, apoiou a candidatura de FHC à Presidência da República.
No ano seguinte, reportagem do jornal Folha
de S. Paulo trouxe novas acusações ligadas ao IBES. Wagner Cinchetto,
ex-tesoureiro do Instituto, acusava Medeiros de um esquema paralelo de
arrecadação de recursos econômicos para
viabilizar o funcionamento da Força
Sindical.
Em
1995, foi para o PTB, aliado de FHC e, em 1998, foi para o PFL, elegendo-se
deputado federal. Em 2001, foi para o PL, partido que pode apoiar a candidatura
de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência. As Centrais Sindicais instituídas pela Lei
11.648, de 31 de março de 2008 que introduziu essa figura em nossa estrutura
sindical que anteriormente só existiam
no plano institucional através de algumas entidades conhecidas pela sociedade,
tais como a CUT - Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical, CONLUTAS - Coordenação
Geral de Lutas, USB - União Sindical
Brasileira e outras – last but not
least – consideradas erroneamente de menor expressão. Com efeito, a Lei nº
11.648/08 demarca uma importante mudança de simbólica do sistema sindical
brasileiro, em que as Centrais Sindicais que atinjam os critérios de
representatividade passarão a ocupar um espaço importante de diálogo social,
como na indicação de integrantes de alguns Órgãos públicos ou “Fóruns
Tripartites”, que estejam discutindo questões de interesse geral dos
trabalhadores.
A
CSP Conlutas – Central Sindical e Popular ou, simplesmente, CSP Conlutas é uma
organização sindical brasileira que se propõe a construir uma alternativa de
luta à Central Única dos Trabalhadores, à União Nacional dos Estudantes (UNE) e
ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MTST). Segundo seus fundadores, essas
organizações não mais representariam os trabalhadores e a base dos seus
sindicatos e movimentos: a) “por sua estreita ligação ao governo”, b) “pelos
seus métodos burocráticos” e, por não c) “defender consequentemente os trabalhadores”.
Foi fundada no Congresso Nacional da Classe Trabalhadora – CONCLAT – ocorrido
em Santos, São Paulo, nos dias 5 e 6 de junho de 2010, a partir da fusão e
filiação de várias entidades sindicais existentes, entre elas, a então Conlutas
- Coordenação Nacional de Lutas, que se organizava desde 2004, e de onde veio a
maior parte da base sindical da nova entidade. A CSP Conlutas surge a partir da
unidade de vários setores do movimento sindical na luta contra as reformas
neoliberais aplicadas pelo governo Lula.
Em
21 setembro de 2010, o jornal elitista Estado
de São Paulo contabilizava a central como formada por 140 sindicatos e 2 milhões
de trabalhadores. Embora, a CSP-Conlutas defende uma política de diálogo,
compondo mesas de negociação com governo e empresários, conhecidas como “comissões
tripartites”, e adotando um discurso político moderado, em defesa de um “sindicalismo
responsável”, mantém-se aparentemente independente do governo e dos patrões,
sem prejuízo da ação direta como instrumento prioritário. Ao mesmo tempo,
desenvolve uma política de unidade com o restante do movimento sindical e
popular, especialmente com as demais centrais sindicais, como a CUT e a CTB,
reforçando o assim chamado “Espaço de Unidade e Ação” que orientará a campanha
contra o Programa de Proteção ao Emprego, o ajuste fiscal e em apoio às greves
e mobilizações que estão acontecendo. A
reunião teve representatividade de 250 pessoas, representantes de nove Estados
e o DF, 65 organizações sindicais, populares, estudantis, políticas e
partidárias estiveram na reunião que ocorreu na quadra do Sindicato dos
Metroviários de São Paulo.
Enfim,
Hegel dizia que a verdade é o todo. Que se não enxergamos o todo, podemos
atribuir valores exagerados a verdades limitadas, prejudicando a compreensão de
uma verdade geral. Essa visão é sempre provisória, nunca alcança uma etapa
definitiva e acabada, caso contrário a dialética estaria negando a si própria.
O método dialético nos incita a revermos o passado, à luz do que está
acontecendo no presente, ele questiona o presente em nome do futuro, o que está
sendo em nome do que “ainda não é”. Para Hegel, o trabalho é o conceito chave para compreensão da superação da
dialética, atribuindo o verbo suspender (com três significados): negação de uma
determinada realidade, conservação de algo essencial dessa realidade e elevação
a um nível superior. A filosofia descreve a realidade e a reflete, portanto, a
dialética pretende não interpretar, mas refletir acerca da realidade. A
dialética é a história das contradições. Em alemão: “aufheben” significa
supressão (ou, “suprassunção”) e ao mesmo tempo manutenção da coisa suprimida.
O reprimido ou negado permanece dentro da totalidade. Hegel, um dos filósofos
que mais brilhantemente tratou da dialética, esta contradição não é apenas do
pensamento, mas da realidade. Então, tudo está em processo [social] de
constante devir.Bibliografia
geral consultada:
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Bompian Editore, 1964; ARRAES, Miguel, Palavra
de Arraes. Textos de Miguel Arraes; depoimentos de Antônio Callado “et al”.
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1965; Idem, Le Brésil: Le peuple et le
pouvoir. Paris: Éditions François Maspéro, 1970; Idem, A Democracia e a Questão Nordestina. Recife: Editora ASA, 1985; DREIFUSS, René
Armand, 1964: A Conquista do Estado. Ação
Política, Poder e Golpe de Classe. 2ª edição revista. Petrópolis (RJ): Editoras
Vozes, 1981; TUCCARI, Francesco, I dilemmi della
democrazia moderna. Max Weber e Robert Michels. Roma-Bari: Editore Laterza,
1993; MONTCLAIRE, Stéphane, “Lula et les Candidats du PT: Ampleur et limites d`un succès électoral, article présenté au débat Le Brésil des Réformes”. IHEAL - Paris III. Sorbonne Nouvelle, 13 juin 2003; BOBBIO, Norberto, Il Futuro della Democrazia. 1ª ed. Itália: Einaudi Editore, 2005; GOMES, Rita
Helena, A Desobediência em Hobbes.
Tese de Doutorado em Filosofia. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas
Gerais, 2007; MORIN, Edgar, As Estrelas. Mito e Sedução no Cinema. 1ª edição.
Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1972; Idem, Introducción al
Pensamiento Complejo. Barcelona: Editorial Gedisa, 1998; Idem, O Método
4 – As Ideias. Habitat, Vida, Costumes, Organização. 4ª edição. Porto
Alegre: Editora Sulina, 2008; COUTINHO, Célio
Ribeiro, Formação Político-educativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra (MST) no Contexto do Governo Lula (2003 a 2010). Tese de Doutorado.
Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira. Fortaleza: Universidade
Federal do Ceará, 2014; MESQUITA, Lucas Ribeiro, Itamaraty, Partidos Políticos e Política Externa Brasileira: Institucionalização de Projetos Partidários nos Governos FHC e Lula. Dissertação de Mestrado em Ciência Política. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2013; TISESCU, Alessandra Devulsky da Silva, Aglietta e a Teoria da Regulação: Direito e Capitalismo. Tese de Doutorado. Faculdade de Direito. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2014; FIUZA, Guilherme, Não é A Mamãe: Para Entender A Era Dilma. Rio de Janeiro: Editor Record, 2014; Idem, “Pixuleco 171, O Herói Inflável”. In: Revista Época, 24 de agosto de 2015, pp. 26 e ss.; VIANNA, Luiz Jorge Werneck. “A Cultura do Ressentimento é
Venenosa”. In: IHU - Instituto Humanitas Unisinos, volume 476, pp. 15-20, 2015; LÖWY, Michael, “O Golpe de Estado de 2016 no Brasil”. Disponível em: blogdaboitempo.com.br/2016/05/17; entre
outros.
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* Sociólogo (UFF), Cientista Político
(UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais do Centro de
Humanidades da Universidade Estadual do Ceará (UECE).
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