Ubiracy de Souza Braga*
“Estamos
há 13 anos no governo, mas eu tenho pós-doutorado em oposição”. Senador Aloizio Mercadante (PT)
Uma
pesquisa de pós-doutorado ou pós-doutoramento, no caso europeu, consiste em uma
atividade especializada ou estágio supervisionado de pesquisa em universidade,
realizado após a conclusão do doutorado. Quem termina um doutorado e quer
continuar se aprimorando como pesquisador tem a opção de fazer um
pós-doutorado, que lhe dará um nível aparente
de excelência em determinada área do conhecimento. Ao contrário da
pós-graduação (mestrado e doutorado), o estágio de pós-doutorado não visa
obtenção de um título. Em outras
palavras não existe o título pós-doutor.
O pesquisador de pós-doutorado não tem vínculo trabalhista com a instituição
que o recepciona e pode ou não ter bolsa de estudos que o financiará. É comum
haver um professor supervisor na instituição, que será responsável por “fiscalizar”
a realização dos objetivos da pesquisa. O objetivo maior é o “aprofundamento da
pesquisa em dada área do conhecimento”. Mas pode haver também a possibilidade do
“pós-doutorando” ter atividades paralelas, tais como oferecer cursos, aulas e
palestras, assim como participar em bancas como no caso
de avaliações de mestrados e doutorados.
Desnecessário
dizer que o pós-doutorado, também chamado de estágio pós-doutoral, é
considerado um complemento na carreira acadêmica do professor, pois não se
trata de curso de formação, e sim de atualização
de professores e pesquisadores já formados diante do processo de globalização.
É um processo de interação entre universidades, com a intenção de atualização
dos conhecimentos em determinada perspectiva de pesquisa. Nesse período, os
pesquisadores têm a chance de interagir com instituições envolvidas com o
estado da arte de uma determinada área. Uma das características na
partilha de conhecimento entre os pesquisadores no que concerne ao
estágio pós-doutoral, é a qualidade tácita em que ocorre a
interação social de conhecimentos. A pesquisa de pós-doutorado,
mundialmente conhecido como “postdoc”, tem várias faces.
O
que é exigido de você e o que você tem a ganhar dependem principalmente do país
em que você está, mas algumas características valem em toda parte. Em primeiro
lugar, o “postdoc” não é um curso e não
dá um título, apesar do que muitos acadêmicos pensam como status de poder. Outros ainda o
confundem com o título de Ph.D., que na verdade é a mesma coisa que o D.Sc. brasileiro,
ou o “Doctor rerum naturalium” alemão, de forma abreviada na sigla: “Dr. rer. Nat”., literalmente o "Doctor of the
things of nature", “Doctor of Natural Sciences”, pois, todos são concebidos
na nomenclatura títulos de doutor equivalentes. É realizado tipicamente por
recém-doutores, i.e., com menos de 10 anos desde a defesa da tese. Quando um
professor pede licença por um ano ou mais para deixar a universidade dele e
desenvolver um projeto em outra instituição, ele está fazendo um sabático, e
não um “postdoc”, ao contrário do que se diz erroneamente no Brasil. Não exige
cursar disciplinas. Não exige defender uma tese. Seu escopo é a pesquisa,
estamos falando de pesquisa empírica, metódica visando descrever algum problema avançado, e gerando publicações mais
amadurecidas nas humanidades ou nas ciências aplicadas de base tecnológica de
dita de ponta.
O “Green card”, oficialmente:
“United States Permanent Resident Card” é um “visto permanente de imigração”
concedido pelas autoridades daquele país. Diferentemente dos outros tipos de
vistos ele não restringe ou “limita as ações de quem o tem”. Todos os outros
tipos de visto são temporários e
atrelados à sua especificidade, enquanto o “green card” é permanente e sem
vínculos. Por exemplo, o visto de estudo não lhe permite trabalhar, o visto de
trabalho só permite que se viva nos EUA enquanto se trabalhar para a empresa
que patrocinou o visto. Já o “green card” dá a quem o tem praticamente todos os
direitos de um cidadão americano. O portador do “green card” poderá sair e
entrar nos Estados Unidos, trabalhar em qualquer região e estudar por preços
mais acessíveis. A única restrição é não ficar mais de um ano ou sucessivos
períodos muito longos fora dos Estados Unidos pois, como é um visto de
imigração permanente, pressupõe-se que a pessoa que o possui deseja
efetivamente fixar residência nos Estados Unidos. Apesar do nome, o “green
card” não é um cartão verde e sim branco. Anteriormente, o documento era verde,
o que lhe conferiu o título.
O governo norte-americano, todos os
anos, desde 1991, sorteia de 50 mil a 55 mil vistos entre diversos países do
mundo que são tidos como de baixa representação no país, por meio do “Programa
de Diversidade de Vistos”, a Loteria de “Green cards”. Para participar, é
necessário ter o 2º grau completo ou ter trabalhado pelo menos dois anos, nos
últimos cinco anos, em algum tipo de emprego que necessite de 2 anos ou estar
terminando este ano. Um total de 100 mil pessoas são selecionadas e recebem a “carta
informativa de sorteio e diversos formulários”. Destas, as 50 mil primeiras que
enviarem de volta estes formulários preenchidos corretamente serão chamadas
para uma entrevista no consulado norte-americano. Nesta, deve-se levar toda a
documentação exigida e, em caso de aceitação, a pessoa sorteada e sua família
(cônjuge e filhos solteiros menores de 21 anos) receberão o protocolo do “Green
card” e terão 6 meses para providenciar a mudança de residência para os Estados
Unidos da América. Existem outras formas de se conseguir o “Green card”. Todas,
porém, são incertas e em caso de sucesso demoram relativamente alguns anos e
por vezes são muito dispendiosas.
Na análise comparada na Europa e nos
EUA, o ”postdoc” é considerado um pesquisador associado. Ao contrário do “Green
card”, o contrato social para a pesquisa de “postdoc” pode ser tanto realizada como bolsista de alguma fundação, quanto ter a
carteira assinada pela universidade, uma agência de fomento ou um grande
projeto. .Nesses países, o “postdoc” é condicionado como uma fase necessária
para o amadurecimento do doutor já independente, que em geral é imaturo como
recém- doutorado em qualquer lugar e espaço do mundo. Antes de dois ou mais “postdocs”
em instituições diferentes, nem pensar em se candidatar a um emprego estável
como professor ou pesquisador. Em outros lugares, incluindo o Brasil e a
maioria dos países latino-americanos, o “postdoc” raramente é visto como um
cientista independente, sendo muitas vezes tratado como aluno ou agindo como
tal. O
poder aquisitivo da bolsa ou salário de “postdoc” varia muito entre países e
mesmo entre cidades de um mesmo país, dependendo também da agência que custeia
o benefício.
Por exemplo, as bolsas de “postdoc” da FAPESP – Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado de São Paulo são muito mais bem pagas comparativamente do que as do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, mas o quanto a bolsa rende na prática varia muito em função de você morar na capital São Paulo ou no interior. Contudo, em um país pobre e desigual regionalmente como o Brasil, não dá para reclamar nem das bolsas menos valorizadas economicamente. Há ainda a questão da duração. No Brasil, o “postdoc” clássico dura no máximo 2 anos na maioria das agências de fomento como as FAPs, Capes, CNPq etc., mas pode-se fazer mais de um “postdoc”, desde que por agências diferentes, e geralmente em instituições diferentes. Contudo, há alguns programas antigos, como o JP da FAPESP e novos, como o PNPD da CAPES, que têm perfil de pós-doutorado e duram até 5 anos. Na Europa, um contrato de “postdoc” em geral dura dois anos para a realização da pesquisa, mas pode se estender por até 6 anos, e a regra é fazer mais de um “postdoc” em locais diferentes, tendo em vista a diversidade institucional e cultural etc.
Por exemplo, as bolsas de “postdoc” da FAPESP – Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado de São Paulo são muito mais bem pagas comparativamente do que as do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, mas o quanto a bolsa rende na prática varia muito em função de você morar na capital São Paulo ou no interior. Contudo, em um país pobre e desigual regionalmente como o Brasil, não dá para reclamar nem das bolsas menos valorizadas economicamente. Há ainda a questão da duração. No Brasil, o “postdoc” clássico dura no máximo 2 anos na maioria das agências de fomento como as FAPs, Capes, CNPq etc., mas pode-se fazer mais de um “postdoc”, desde que por agências diferentes, e geralmente em instituições diferentes. Contudo, há alguns programas antigos, como o JP da FAPESP e novos, como o PNPD da CAPES, que têm perfil de pós-doutorado e duram até 5 anos. Na Europa, um contrato de “postdoc” em geral dura dois anos para a realização da pesquisa, mas pode se estender por até 6 anos, e a regra é fazer mais de um “postdoc” em locais diferentes, tendo em vista a diversidade institucional e cultural etc.
Na
verdade, a cultura científica, mesmo considerando-se apenas uma de suas comunidades
especializadas, por exemplo, a Ecologia, varia até mesmo entre universidades de
uma mesma cidade. Assim, um bom “networking”, feito através de estágios
temporários e visitas a outras instituições, é fundamental para um cientista
tornar-se reconhecido pela sua comunidade, aumentando o seu acesso em primeira
mão a novidades e melhorando a chance de os seus trabalhos e ideias não
passarem despercebidos em um nível internacional. Terceiro, porque, se a
instituição ou o país em que o aspira se “entocar” tiverem sérios problemas de infraestrutura
ou mentalidade, isso pode causar uma falsa impressão de que a ciência como um
todo é determinada. Portanto, a maior barreira cultural entre comunidades
científicas se dá no país, criado por diferenças entre cientistas,
especialmente entre países caracterizados por regionalismos secularizados como,
p. ex., no caso do Nordeste brasileiro.
O
secularismo refere-se ao princípio da separação entre instituições
governamentais e as pessoas mandatadas para representar o Estado a partir de
instituições religiosas e dignitários religiosos. Em certo sentido, o secularismo
pode afirmar o direito de ser livre do jugo e ensinamento religioso, bem como o
direito à liberdade da imposição governamental de uma religião sobre o povo
dentro de um Estado que é neutro em matéria de crença. Em outro sentido,
refere-se à visão de que as atividades humanas e as decisões, especialmente as
políticas, devem ser imparciais em relação à influência religiosa. Alguns
estudiosos argumentam que a própria ideia do secularismo tende a mudar. Contudo,
os propósitos e argumentos sociológicos e filosóficos em apoio ao secularismo
variam amplamente. No
laicismo europeu, comparativamente tem-se argumentado que o secularismo é um
movimento social em direção à modernização, longe de valores religiosos
tradicionais, também conhecidos como “secularização”.
Este tipo de secularismo, a nível ideológico, constituído em sujeitos ou social e filosófico, tem frequentemente ocorrido, mantendo-se uma igreja oficial do Estado ou apoiando oficialmente uma religião. Nos Estados Unidos da América, por exemplo, alguns argumentam que o Estado secular tem servido, em uma maior medida, para proteger a religião da interferência governamental, enquanto o secularismo em nível social é menos prevalente. Diferentes países, bem como diferentes movimentos políticos, apoiam o secularismo por razões variadas. Portanto, é feita a distinção entre secularismo e secularidade. Secularismo é mais radical. – distingue-se do laicismo por ser muito tolerante em relação à visibilidade pública da religião, e permitir a exposição dos símbolos religiosos no domínio público. Implica restringir a religião ao espaço privado exclusivamente. Já a secularidade supõe a permissão das expressões religiosas controladas no espaço público como afirmação da própria liberdade em geral reconhecida como aquelas de todos os cidadãos.
Este tipo de secularismo, a nível ideológico, constituído em sujeitos ou social e filosófico, tem frequentemente ocorrido, mantendo-se uma igreja oficial do Estado ou apoiando oficialmente uma religião. Nos Estados Unidos da América, por exemplo, alguns argumentam que o Estado secular tem servido, em uma maior medida, para proteger a religião da interferência governamental, enquanto o secularismo em nível social é menos prevalente. Diferentes países, bem como diferentes movimentos políticos, apoiam o secularismo por razões variadas. Portanto, é feita a distinção entre secularismo e secularidade. Secularismo é mais radical. – distingue-se do laicismo por ser muito tolerante em relação à visibilidade pública da religião, e permitir a exposição dos símbolos religiosos no domínio público. Implica restringir a religião ao espaço privado exclusivamente. Já a secularidade supõe a permissão das expressões religiosas controladas no espaço público como afirmação da própria liberdade em geral reconhecida como aquelas de todos os cidadãos.
Mergulhando-se
especificamente em como o estágio de pós-doutorado pode seguir influenciando e desenhando desempenhos
diferenciados em função da principal variável preditora, "nota-se uma tendência
do pós-doutorado apresentar resultados pífios quando existe menor o interstício
entre a conclusão do doutorado e a realização do pós-doc e resultados mais
expressivos à medida que o tempo após a conclusão se amplia” (cf. Calvosa;
Repossi; Castro, 2011). Chama a atenção o dado de que os pós-doutorados que
foram realizados pelos recém-doutores tendem a não diferenciá-lo positivamente
em relação a seus pares no que diz respeito à produção científica. Com
interstícios menores que cinco anos após a titulação de doutorado, a tendência
é de variação negativa; essa informação que pode ser visualizada nitidamente
nos dados da pesquisa mostra que para essas quatro áreas investigadas um, dois,
três ou quatro anos de interstício entre doutorado e pós-doutorado ainda é
pouco, sugerindo a não necessidade de realização do “pós-doc” de forma
imediata. Análise que faz sentido e é plausível resgatando-se a perspectiva de
que o que se espera de um recém-titulado em nível de doutorado é que o
mesmo esteja atualizado e em consonância com o estado da arte.
Enfim,
em recente diagnóstico, intitulado: “Pós-Doutorado,
essencial ou opcional? Uma radiografia crítica no que diz respeito às
contribuições para a produção científica” (2013), com base nos resultados
empíricos de pesquisa, que parecem colocar o pós-doutorado em uma região
híbrida ou intermediária, uma primeira resposta precipitada seria a de que o
estágio pós-doutoral em nada contribui para o incremento da produção, vez que,
realizar ou não realizá-lo, não embute nenhum acréscimo ou melhora, não sendo
um diferencial sobre o desempenho no que tange aos produtos científicos. Uma
segunda resposta para os pesquisadores, ainda precipitada seria, então, a de
que o pós-doutorado passaria a ser imprescindível e essencial a partir de um
determinado estágio da carreira docente, contrariando os órgãos fomentadores de
pesquisa no Brasil. Notadamente, pelo fato de mesmo após um maior tempo de
conclusão do doutorado, diversos pesquisadores com e sem realização de estágio
pós-doutoral encontrarem-se com desempenhos em termos de produção praticamente
nos mesmos patamares, e também os altos escores das constantes (interceptos),
abre espaço para a discussão de que além do pós-doutorado outros quesitos, que
não foram aqui não objeto de estudo, podem sim contribuir para a qualificação e
atualização do docente.
Portanto,
para os pesquisadores no que tange à influência da realização do pós-doutorado
sobre as publicações científicas, essa não é tão forte e incisiva, mas o
resultado que mais se destaca “é que o pós-doutorado possui influência mais
visível sobre a produção quando em maiores interstícios”. No cenário exposto,
os dados reforçam o caráter opcional do pós-doutorado e inserem a pesquisa na
proposição da qualificação docente como importante nas discussões sobre a
quantidade e a qualidade dos serviços de pesquisa que são executados pela
universidade. Por fim, é indispensável reconhecer que no caso do pós-doutorado
a ênfase restrita a recursos financeiros, econômicos e/ou tecnológicos não é
suficiente para proporcionar a dinâmica e a capacidade da ação universitária no
subsistema pós-graduação. Uma das chaves para o aumento de produtividade é o
investimento no fator humano, que no caso da pós-graduação se traduz em uma palavra-crucial:
os docentes, no sentido de que a produção científica resulta em produtos como livros,
artigos, etc., mas o tempo-espaço do trabalho não há separação do produto do
ato humano de produção.
Bibliografia geral consultada.
Bibliografia geral consultada.
VELLOSO, Jacques
(Org.), Formação no País ou no Exterior? Doutores na Pós-Graduação de Excelência.
Brasília-DF: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, 2002;
CASTRO, Pedro Marcos Roma; PORTO, Geciane Silveira, “Retorno ao Exterior Vale a
Pena? A Questão dos Estágios Pós-doutorais sob a Perspectiva da Produção em
C&T”. Disponível em: Organizações
& Sociedade. Salvador, Vol. 15, n° 47, pp. 155-173, 2008; CALVOSA,
Marcello Vinicius Doria; REPOSSI, Melina Garcia; CASTRO, Pedro Marcos Roma, Avaliação de Resultados da Capacitação
Docente: O Pós-doutorado na Universidade Federal Fluminense sob a ótica da
Produção Científica e Bibliográfica. Avaliação. Campinas; Sorocaba, vol. 16, n° 1, pp.
99-122, 2011; MONTEIRO, Rose Cleide Mendes, Inserção
Internacional da Produção de Docentes da Pós-graduação: Um Estudo na Economia,
Ciência da Computação e Educação. Tese de Doutorado. Programa de Pós-graduação
em Educação. Faculdade de Educação. Universidade de Brasília, 2012; CASTRO,
Pedro Marcos Roma de; PORTO, Geciane Silveira; KANNEBLEY JÚNIOR, Sérgio, Pós-Doutorado, Essencial ou Opcional? Uma
Radiografia Crítica no que diz respeito às Contribuições para a Produção
Científica. Avaliação
(Campinas). Vol. 18, n° 3. Sorocaba,
nov. 2013; BEAL, Marcos Antônio, Fernando Henrique Cardoso e o Pensamento Político Brasileiro. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2015; FIGUEIREDO, Thaisa, “Cientista admite que não estudou em Harvard,
mas nega falsificação de diploma de pós-doutorado”. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/2019/05/15;
entre outros.
____________* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais do Centro de Humanidades da Universidade Estadual do Ceará (UECE).
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