Ubiracy de Souza Braga*
“La guitarra me ha ofrecido la capacidad de expresarme... sin utilizar la palabra”. Paco de Lucía (1947-2014)
A
guitarra flamenca ou violão flamenco é um violão similar a um violão clássico.
Ele é utilizado para acompanhamento do canto flamenco e para solos. Os luthiers
da Andaluzia fazem instrumentos em uma ampla gama de preços, em grande parte
pelos materiais utilizados e sua decoração. é um profissional especializado na
construção e no reparo de instrumentos de cordas, com caixa de ressonância.
Isto inclui o violão, violinos, violas, violoncelos, contrabaixos, violas da
gamba e todo tipo de guitarras acústica, elétrica, clássica, alaúdes,
archilaúdes, tiorbas e bandolins. Os violões mais baratos eram muitas vezes
simples, feitos a partir de madeiras locais mais baratas, tais como cipreste,
em vez de jacarandás importados. Antonio de Torres, um dos luthiers mais
renomados, não diferenciava entre o violão flamenco e o clássico. Só mais
tarde, depois de Andrés Segovia e outros popularizarem a música de violão
clássico, fez surgir esta distinção. No século XIX desenvolveram-se núcleos de
produção com intensa atividade em várias cidades cobrindo as principais regiões
do país, dando origem a verdadeiras “escolas” de violaria, geralmente
reconhecidas como a “escola” do Porto, a de Coimbra e a de Lisboa.
Originalmente,
em português, o nome mais usual para designar o ofício de construtor de violas
é o de “violeiro”, existindo também a forma “guitarreiro” desde os séculos XV e
XVI, pela simples razão de que a palavra Guitarra designava nessa época uma das
variantes da viola de mão. Todos os documentos oficiais mencionando artesãos
que constroem ou reparam instrumentos de cordas desde o século XVI até o início
do século XIX no Brasil Colônia e em Portugal, e depois em Portugal, nos Palop,
em Macau e em Timor, adoptam a forma “Violeiro” até ao início do século XXI,
insistindo ainda em 2016 Antônio Luciano, violeiro famoso do Porto que exporta
para todos os continentes, em usar o qualificativo português “violeiro”, e não
luthier, que é a mesma coisa “mas para quem é francês”. A palavra Luthier é de grande ocorrência no
Brasil contemporâneo, mas é de introdução mais recente nos dicionários
especializados da língua portuguesa, e ainda não sistemática devido ao seu
caráter contido de galicismo, havendo termo vernáculo equivalente em língua
portuguesa. Em contrapartida, no Brasil a palavra “Violeiro” é frequentemente
empregada para designar o próprio tocador dum instrumento de cordas, sendo essa
variação de léxico específica ao português brasileiro pelo menos desde fins do
século XIX, e admitida pelos dicionários. Em Portugal o tocador de viola é
chamado de “Violista”, ou “Guitarrista”. No entanto historicamente não é raro que jornais
quotidianos brasileiros tradicionais como ocorre com a Folha de S. Paulo empregarem também a palavra
“Violista”.
Sobre a história social e a tragédia registrada na música flamenca, ninguém é maior, dinâmico e mais atual do que Francisco Sánchez Gómez, o famoso violonista flamenco Paco de Lucía, nascido na cidade de Algeciras, comunidade autônoma de Cádiz, Espanha. – “Cuando compongo pienso en los guitarristas, ellos son el termómetro, soy quien soy porque ellos me han puesto donde estoy. Se han criado oyendo mi música”. O nome artístico foi herdado ainda criança em seu bairro em Algeciras. Como havia diversos “Pacos” e “Pepes”, apelidos comuns para crianças, a população da região costumava acrescentar o nome da mãe ao apelido. “Paco, el de Lucía” – de Lucía Gómez “La Portuguesa”, sua mãe. O nome que lhe deu a fama. Notadamente existe guitarras clássicas e guitarras flamencas em vários lugares e espaços do mundo ocidental, em várias fábricas de violão/guitarra e até mesmo luthieres diferenciando a tradição técnica e cultural dos modelos. No caso de Paco o gosto pela guitarra flamenca veio de seu pai e irmãos, todos estes músicos flamencos. Em verdade em sua formação desde criança já tomava aulas de violão, denominada guitarra em espanhol, disciplinarmente durante muitas horas por dia. Seus irmãos, o cantor flamenco Pepe de Lucía e o guitarrista Ramón de Algeciras tocaram na banda durante algum tempo.
O
moderno porto de Algeciras é o 24º mais movimentado do mundo (5º da Europa e 1º
do Mar Mediterrâneo e da Espanha), com bastante tráfego de e para África. Ainda
existe uma linha regular de navios porta-contêiners para a América do Sul: Santos,
Montevidéu, Buenos Aires. Existe um serviço regular de ferry-boats para Tânger
(Marrocos) e para o enclave espanhol de Ceuta. Devido a esses transportes,
existem bastantes hotéis e estalagens. Uma importante indústria é a refinaria
da CEPSA que fornece tanques na baía de Algeciras, tanques esses que uma vez
cheios se deslocam para as águas de Gibraltar para venderem o combustível com
taxas mais baratas. A cidade foi palco da Conferência de Algeciras, em 1906. A
área da cidade foi povoada desde a pré-história, e os primeiros vestígios
pertencem a populações neandertais da era paleolítica. Devido à sua posição
estratégica foi um importante porto sob os fenícios, e foi o local do
importante porto romano de Portus Albus (“Porto Branco”), com duas
cidades próximas chamadas Caetaria (possivelmente fundada pelos ibéricos) e
Iulia Traducta, fundada pelos romanos. Recentemente, foi proposto que o local
de Iulia Transducta fosse a Villa Vieja de Algeciras.
Depois
de ser destruído pelos godos e seus aliados vândalos, Tarik desembarcou em
Algeciras e Tarifa em abril de 711. No ano de 859 d.C., as tropas vikings a
bordo de 62 drekars e comandadas pelos líderes Hastein e Björn Ironside
cercaram a cidade por três dias e, posteriormente, devastaram grande parte
dela. Depois de saquear as casas dos ricos, queimaram a mesquita de Aljama e a
mesquita de Banderas. Reorganizados perto da medina, os habitantes conseguiram
recuperar a cidade e fazer os invasores fugirem, capturando dois barcos. Gozou
de um breve período de independência como um estado taifa de 1035 a 1058. Foi
nomeado al-Jazirah al-Khadra' ("Ilha Verde") após o offshore Isla
Verde; o nome moderno é derivado deste nome árabe original (compare também
Argel e Al Jazeera). Em 1055, o emir Al-Mutadid de Sevilha expulsou os berberes
de Algeciras, reivindicando-a para os árabes. Prometendo combater a expansão
castelhana iniciada em 1265, Granada Nasrida exigiu assistência de Fez no final
de 1274 e cedeu o lugar de Algeciras (junto com Tarifa) aos Marinidas.
Em
1278, Algeciras foi sitiada pelas forças do Reino de Castela sob o comando de
Afonso X de Castela e seu filho, Sancho. Este cerco foi o primeiro de uma série
de tentativas de tomada da cidade e terminou em fracasso para as forças
castelhanas. Uma armada enviada por Castela também foi aniquilada enquanto
tentava bloquear o porto da cidade. O domínio marinida sobre a cidade aumentou
ainda mais nas décadas seguintes, e o local se transformou em uma fortaleza
marinida a partir da qual razzias foram lançadas nos assentamentos cristãos
ainda incipientes no baixo Guadalquivir e na área de Guadalete. Em julho de
1309, Fernando IV de Castela sitiou Algeciras e Gibraltar. Este último caiu nas
mãos dos cristãos, mas o muçulmano Algeciras manteve-se nas três décadas
seguintes, até que Afonso XI de Castela retomou o cerco. Juan Núñez de Lara,
Juan Manuel, Pedro Fernández de Castro, Juan Alfonso de la Cerda, senhor de Gibraleón,
todos participaram do cerco, assim como cavaleiros da França, Inglaterra e
Alemanha, e até o rei Filipe III de Navarra, rei consorte de Navarra, que veio
acompanhado por 100 cavaleiros e 300 infantes. Em março de 1344, após vários de
cerco, Algeciras rendeu-se.
Ao
conquistar a cidade, Afonso XI fez dela a sede de uma nova diocese,
estabelecida pela bula Gaudemus et exultamus do Papa Clemente VI, de 30 de
abril de 1344, e confiada ao governo do bispo de Cádiz. Os bispos de Cádiz
continuaram a deter o título de Aliezira, como era chamado, até 1851, quando,
de acordo com uma concordata entre a Espanha e a Santa Sé, seu território foi
incorporado à diocese de Cádiz. Não mais um bispado residencial, Aliezira é
hoje listado pela Igreja Católica como sé titular. Deixada relativamente
desprotegida durante a Guerra Civil Castelhana, a cidade foi facilmente tomada
em 1369 pelos Nasridas de Granada com a ajuda de uma frota Marinid. Foi
destruído por ordem de Muhammed V de Granada. Enquanto a tradição afirma que
foi demolido imediatamente após a ocupação de 1369, a política de terra
arrasada de Nasrid também foi datada de 1375, uma vez que os esforços de
repovoamento de Granada deveriam ter falhado. A guarnição foi assim transferida
para Gibraltar, com um porto pior, mas mais facilmente defensável, no controle
de Nasrid após a retirada Marinid da Península Ibérica. Embora a jurisdição
tenha sido cedida a Gibraltar em 1462 após a conquista castelhana deste último
lugar, há indícios sobre a continuação da existência de assentamentos informais
de agricultores e sepherds na área, pelo menos depois de 1466.
Algeciras
foi refundada após 1704 por refugiados de Gibraltar após a captura do
território pelas forças anglo-holandesas na Guerra da Sucessão Espanhola. Já em
1705, o local era descrito como ... um monte de pedras,... apenas alguns
casebres espalhados aqui e ali, em meio a uma infinidade de ruínas". A
sensação de provisoriedade entre a população deslocada e as esperanças de um
retorno a Gibraltar foram destruídas pelo Tratado de Utrecht de 1713. Além dos
gibraltinos, ao longo do século XVIII o repovoamento contou também com a
participação de colonos do resto da Península Ibérica e de outras partes,
destacando-se os italianos neste último aspecto. A população aumentou
rapidamente de 1.845 em 1725 para 6.241 em 1787. A estrutura social dos
Algeciras apresentava um número comparativamente pequeno de nobres e um peso
comparativamente maior do clero. Tal como no resto do Campo de Gibraltar, a
pecuária (o gado em particular) desempenhou um papel importante na economia
durante o século XVIII graças às pastagens ricas. Dada a abundância de
conflitos internacionais na área do Estreito durante o século 18, as atividades
de corsários contra navios beligerantes com a Espanha ou navios neutros que
abastecem o inimigo também se tornaram uma parte importante da economia. Foi
fortificado para se proteger contra ataques britânicos com instalações como o
Fuerte de Isla Verde construído para guardar pontos-chave. A cidade foi
reconstruída em seu plano retangular atual por Carlos III em 1760.
Em
julho de 1801, as marinhas francesa e espanhola lutaram contra a Marinha Real
Britânica na Batalha de Algeciras, que terminou com uma vitória britânica. A
cidade tornou-se palco de uma grande crise internacional ao sediar a
Conferência de Algeciras, em 1906. O fórum internacional para discutir o futuro
do Marrocos, realizado na Casa Consistorial. Confirmou a independência do
Marrocos contra ameaças da Alemanha e deu à França o controle dos interesses
bancários e policiais. Em julho de 1942, homens-rãs italianos se estabeleceram
em uma base secreta no navio-tanque italiano Olterra, que foi internado em
Algeciras, para atacar o transporte marítimo em Gibraltar. Durante a era
Franco, Algeciras passou por um desenvolvimento industrial substancial, criando
muitos novos empregos para os trabalhadores locais desempregados quando a
fronteira entre Gibraltar e Espanha foi selada por Franco entre 1969 e 1982. Em
1982, houve um plano fracassado com o codinome Operação Algeciras, concebido
pelos militares argentinos tendo como objetivo sabotar as instalações militares britânicas em
Gibraltar durante a Guerra das Malvinas. As autoridades espanholas intervieram
pouco antes do ataque e deportaram os dois argentinos Montoneros e o oficial de
ligação militar envolvidos.
O
guitarrista e biógrafo de flamenco Donn Pohren (1929-2007) e o produtor musical José
Torregrosa (1927-2005) compararam o relacionamento de Paco com seu pai ao relacionamento de
Wolfgang Amadeus Mozart e Leopold Mozart na maneira como ambos os pais “moldaram
seus filhos” para se tornarem músicos de classe mundial, e ambos continuaram a
ditar mesmo depois que este último se tornou famoso. O irmão de Paco, Ramón,
idolatrava Niño Ricardo, e ensinava suas complexas falsetas ao irmão mais novo,
que as aprendia com relativa facilidade e as modificava ao seu gosto e as
embelezava. Isso inicialmente irritou Ramón, que considerava as obras de Ricardo
sagradas e achava que seu irmão estava se exibindo; mas logo começou a
respeitar imensamente o irmão e percebeu que ele era um talento prodigioso, fora
de série. Assim como Ramón, Ricardo foi a influência mais importante de Paco e
seu primeiro herói da guitarra; Paco disse que “todos nós, jovens, o
admiraríamos, tentando aprender com ele e copiá-lo”. Em 1958, aos 11 anos, Paco
fez sua primeira aparição pública na Rádio Algeciras. Nesse ano, conheceu
Sabicas pela primeira vez em Málaga. Um ano depois obteve o prêmio especial no
Festival Concurso Internacional Flamenco de Jerez de la Frontera competição de
flamenco.
Jerez
da Fronteira é um município da província de Cádis, na comunidade autónoma da
Andaluzia, na Espanha. Possui área de 1 188,23 km², uma população de 212 876
habitantes (2015) e densidade populacional de 178,61 habitantes por quilómetro
quadrado. O município é famoso pelo xerez, pelos cavalos, pelo flamenco e pelo
motociclismo. A região apresenta ocupação humana desde a Idade do Cobre, quando
o Lacus Ligustinus, antiga enseada marítima formada com as águas do rio
Guadalquivir, era uma grande riqueza natural e poderoso fator de atração para
os seres humanos. A primeira grande civilização que se estabeleceu na região
foi a dos tartessos, por volta de 3000 a.C. Os tartessos fundaram, por volta de
1200 a.C., no atual bairro rural de Mesas de Asta, a oito quilômetros do atual
centro do município, a cidade de Asta Regia, cuja economia se baseava no
comércio de metais. Na época, a região era chamada pelos fenícios de “Xera”. Em
241 a.C., a região foi invadida pelos cartagineses. Com a Segunda Guerra Púnica
(218-201 a.C.), a região foi conquistada pelos romanos.
Na
história romana, destacou-se a zona agrícola de Ager Ceretanus, que se
localizava no território do atual município de Jerez de la Frontera. Em Ager
Ceretanus, se localizava o núcleo urbano de Ceret (ou Seret). Tanto Ceret
quanto Ager Ceretanus eram dedicados a Ceres, a deusa romana das colheitas. Com
a queda do Império Romano do Ocidente (476), a região passou para domínio
visigodo, interrompido por um período de domínio bizantino nos séculos VI e VII.
Os visigodos chamavam a região de Seritium ou Xeritium. Em 711, após a batalha
de Guadalete, a região foi conquistada pelos muçulmanos. Durante o período
muçulmano, a cidade foi reconhecida como Sherish. Em 1231, ocorreu a Batalha de
Jerez, na qual as forças cristãs beligerantes da Coroa de Castela sobrepujaram
as tropas muçulmanas do Reino de Múrcia. A partir de 1248, com a conquista
cristã de Sevilha, a região passou a um protetorado cristão. Em 1264, a região
foi incorporada ao reino de Sevilha e, consequentemente, à Coroa de Castela. No
entanto, investigações recentes sugerem que a incorporação ocorreu somente no
ano de 1266. Com a conquista cristã, Sherish foi alterado para Xeres ou Xerez.
Posteriormente, foi acrescentado o “da Fronteira”, em referência à fronteira
com o Reino nasrida de Granada.
A
partir de 1492, com a descoberta da América, a região se tornou muito próspera
devido à proximidade com os portos de Cádiz e Sevilha. Mas
em verdade chama-se “descobrimento da América” a chegada e ocupação da América
pelo navegador Cristóvão Colombo (1452-1516) em 12 de outubro de 1492. No século XVI, a
pronúncia do topônimo Xerez foi alterada para sua pronúncia atual, com o som de
“r”. No século XVIII, com a reforma ortográfica da Academia Real, o topônimo
adquiriu sua grafia atual: Jerez. A partir do século XVIII, a região se tornou
famosa devido à produção de xerez. Durante a Guerra Peninsular (1807-1814), a
cidade foi saqueada. Os séculos XVIII e XIX foram marcados pela
industrialização da cidade e pela chegada da primeira linha de trens da
Espanha, que uniu Jerez a El Puerto de Santa María em 1854 e à zona do
Trocadero, no município de Puerto Real, em 1856. O século XIX também foi
marcado por grandes tensões sociais entre a classe rica dos grandes
proprietários, exportadores de vinhos e boa parte da nobreza, e a classe
proletária urbana e rural. Essas tensões levaram a vários levantes camponeses,
que o governo reprimiu baseando-se na suposta existência da sociedade
anarquista chamada La Mano Negra que estaria promovendo assassinatos e
incêndios de colheitas e edifícios. Durante os séculos XIX e XX, grandes
músicos flamencos cresceram na cidade, tornando-a o berço do flamenco. No
início do século XX, a cidade teve que lutar contra a filoxera, a praga que
destroçou as vinhas europeias.
Os
danos provocados pela filoxera nas vinhas dependem da susceptibilidade da
espécie ou casta de videira utilizada. Para medir essa susceptibilidade foi
criada uma escala de 20 pontos, denominada índice de Ravaz. Em geral, as
espécies americanas de vide, que coevoluíram com a filoxera, mas cujos frutos
em geral não são adequados para a produção de vinho, são as que apresentam
maior índice, revelando uma menor susceptibilidade. A escala vai desde a
resistência total (20 pontos) apresentada pelos cultivares da Vitis
rotundifolia, até à resistência nula (0 pontos) da Vitis vinifera
europeia. A infestação com a filoxera de uma videira com índice de Ravaz
inferior a 12 pontos leva em geral à morte da planta em cerca de três anos. São
as gerações radícolas do inseto aquelas que mais dano provocam à planta, já que
as tuberosidades formadas pelo intumescimento dos tecidos atacados são em geral
infectadas por fungos, levando à morte da zona apical da raiz, provocando a
redução do seu crescimento e a perda da capacidade de absorção de água e
nutrientes, o que, por sua vez leva, à rápida deterioração do estado vegetativo
da planta. As infestações galícolas, embora possam levar a uma drástica redução
da área foliar, ao amarelecimento e à perda de capacidade fotossintética, em
geral não são fatais, embora reduzam grandemente a produtividade das videiras e
a qualidade das uvas produzidas. Nas situações mais graves, as gavinhas e os
caules mais tenros são afetados, podendo morrer ou impedir o crescimento da
planta. As vinhas susceptíveis infestadas perdem rapidamente capacidade
produtiva, com a morte de muitas videiras, em geral não podem ser recuperadas
sem o arranque e replantio com plantas resistentes, o que
implica perda de rendimento durante anos.
Do ponto de vista da música flamenca seguiram suas carreiras como solista, tocando com outros músicos. Mas ao fim da década de 1960 ele conhece a voz de seu flamenco: o cantor Camarón de la isla. Paco de Lucía morreu na madrugada do dia 25 de fevereiro no México, aos 66 anos. Analogamente costuma-se dizer que a música e sonoridade “do flamenco capta a alma da Espanha como o fado, a de Portugal e o samba, a do Brasil”. Como
ele mesmo apareceu em “Carmem”, na adaptação da tragédia clássica do ciúme, baseada
na obra de Prosper Merimée adaptada por Carlos Saura no cinema. Mérimée gostava
do misticismo, da história e das coisas incomuns. Influenciado diretamente pela
ficção histórica de Sir Walter Scott (1771-1832) e pelo drama psicológico e cruel de Pushkin,
seu estilo, porém era conciso, bastante objetivo - apesar de marcadamente
dramático. Muitas de suas obras fictícias retratam lugares de forma bastante
exótica - dedicando-se particularmente à Espanha e à Rússia. Antes, já tocara em “Bodas de Sangue”,
também do extraordinário Carlos Saura, baseado na literatura de Federico Garcia Lorca (1898-1936). Ainda colaboraria no
cinema com o diretor em “Sevillanas”, que podem ser ouvidas no Sul de Espanha, em feiras comunitárias e festivais, incluindo na famosa La Feria de Sevilla. Há uma dança associada à música, intitulada: Baile de Sevilhanas, que na exposição consiste em quatro partes distintas.
Antropologicamente,
concordamos com a démarche registrada
em tempos e rituais em que a música flamenca começou só cantada, depois sim, acompanhada
com o violão ou guitarra e, finalmente, no ambiente formal da dança concebido
como baile. Esses três movimentos – “cante, toque e baile” - podem,
eventualmente, ser dissociados. Existe flamenco “sem cante”, mas, “sem toque e
baile é difícil”. É tudo muito cinematográfico. E o cinema muitas vezes faz apelo da consciência à Paco de Lucía
como ocorre no filme: “Paco de Lucia - flamenco Carlos Saura”. A inserção
melancólica do cinema espanhol se confirmaria em parte de seus filmes pela
narrativa alegórica, traduzidas nas tensões dos quase 40 anos de ditadura do
General Franco. As
inquietudes e sofrimentos, que se traduzem em profunda melancolia, revelam ao
mesmo tempo as vicissitudes da condição humana em seu contexto sócio-histórico
– a Espanha devastada pelo regime franquista. O roteiro do filme “Elisa, vida
mía” (1977), escrito após o fim da guerra, desvelaria os resquícios da guerra
civil na população espanhola. O romance, escrito 27 anos depois, mantém a
história e a melancolia dos personagens do filme. Embora Carlos Saura faça
menção à guerra civil (1936) e à Espanha pós-franquista (1939), ele escreveu o romance
em um período em que já não existia mais a tensão política em que o filme foi rodado.
No romance de 2004, Saura inserem aspectos da contemporaneidade, próprios da
Espanha moderna. A mesma melancolia do filme de 1977, permeia o
romance de 2004, ersatz da melancolia
que se cristaliza na cultura espanhola desde o chamado “Século de Ouro
Espanhol” (cf. Bartra, 2001; 2004; Bongestab, 2011: 54).
Devemos
levar em consideração que a guerra civil espanhola foi interpretada como o episódio
mais cruel e sangrento do processo de modernização espanhol. Identificamos
essas marcas da guerra civil no texto de Saura. Às vezes, elas aparecem explicitamente,
outras de maneira implícita, mas o fato é que estão presentes em toda a narrativa
do filme e do romance. Para que pudéssemos esclarecer essas marcas da guerra civil
no filme: “Elisa, vida mía”, tomamos por base as contribuições de Josep M. Buades,
que demonstra o papel dos artistas espanhóis e trata dos desafios da Espanha de
hoje quando dedica um capítulo exclusivamente para retratar o trauma da guerra
civil. Assim como no que tange à articulação entre a perspectiva de Carlos Saura
e a guerra civil, como se refere ainda Antony Beevor (2007), no ensaio intitulado:
“A batalha pela Espanha: A guerra civil espanhola 1936-1939”. Neste texto,
descreve as atrocidades da guerra civil, as esperanças e os medos diante do conflito
que levou ao caos a Espanha. Identificado
com a região de Andaluzia, o flamenco não é só uma música, mas uma
dança. A sua capital é a cidade de Sevilha, onde tem, a sua sede, a Junta de
Andaluzia, enquanto que o Tribunal Superior de Justiça de Andaluzia tem a sua
sede na cidade de Granada.
O seu nome provém de Al-Andalus, palavra que os
muçulmanos davam à Península Ibérica no século VIII. É a segunda maior
comunidade autônoma espanhola e a mais populosa. Tornou-se comunidade autônoma
em 1982. Segundo o qeu estabelece seu estatuto autonômico, possui a condição de “nacionalidade
histórica”. Suas origens remontam a diferentes culturas - cigana, mourisca,
árabe e judaica. Mas é um produto impuro, fruto da feliz miscigenação, do “mestiço é que bom”, na interpretação de Darcy Ribeiro, o “antropólogo das civilizações”.
Dançarinos de flamenco são especiais – “os homens são másculos, as mulheres
exalam sensualidade. E as mãos - elas executam uma dança própria no ar”.
Esteticamente pode-se ficar magnetizado só com os movimentos das mãos, enquanto
a dança é executada em corpo e alma. A
cultura do flamenco é associada principalmente à região da Andaluzia na
Espanha, assim como Múrcia e Estremadura, e tornou-se um dos símbolos da
cultura espanhola. Mais recentemente outros instrumentos como o “cajón”, ou “adufe”,
foram também introduzidos. Muitos dos detalhes do desenvolvimento do flamenco
foram perdidos na história social da Espanha e existem várias razões para essa aparente
falta de evidências históricas, ou mesmo indiciárias (cf. Ginzburg e Poni, 1979),
entre elas, o fato social, mas, sobretudo cultural, de que o flamenco não foi
considerado uma forma de arte, sobre a qual valesse a pena escrever durante
muito tempo. Em sua existência, histórica e melancólica, esteve dentro e fora de moda por diversos períodos,
até que o cinema o capturou de forma definitiva a tragédia clássica com o filme Carmen que representa a trajetória de um grupo de dançarinos flamencos que prepara uma versão da ópera “Carmen”, do compositor francês Georges Bizet.
A trama é construída durante os ensaios da ópera, tendo como background a Espanha da década dos anos 1980.
A jovem dançarina Carmen (Laura Del Sol) disputa com Cristina (Cristina Hoyos)
o papel principal do espetáculo, mas durante os ensaios, o coreógrafo (Antônio
Gades) se apaixona por Carmen e começa a agir de forma obcecada, como o personagem
que interpreta na adaptação, misturando ficção e realidade como arquétipo do
realismo fantástico. Ipso facto o
romance do casal se confunde com a história original de Bizet. Os
acontecimentos da peça, o amor, ciúme, ódio e tragédia, vão se transformando em
realidade concreta nas vidas dos dançarinos. Seu
nome de batismo era Francisco Sánchez Gómez, mas virou através do apelo Paco. Era o mais
novo de cinco irmãos, filhos do também guitarrista de flamenco Antônio Sánchez.
Os seus irmãos Pepe de Lucía e Ramón de Algeciras também são músicos de
flamenco. Pepe é cantor e Ramón é também guitarrista.
Em Algeciras, e de uma
forma geral na maior parte da região da Andaluzia, é costume os rapazes adotarem
o nome da mãe por tradição de serem corretamente identificados como, por exemplo: “Paco de (la)
Carmen”, ou “Paco de (la) María”, deste modo, o seu nome artístico foi adotado em honra de sua mãe Luzia, de origem portuguesa,
que por sua vez adotou o nome de Lucía Gómez. Mas obteve a técnica e o domínio
do instrumento guitarra, com seu pai e seu irmão Ramón quando aprendeu, obtendo
o dom de tocar guitarra. Em
1958, com apenas onze anos de idade, fez a sua primeira aparição pública na
Rádio Algeciras, e no ano seguinte recebeu “um prêmio especial numa competição
de flamenco em Jerez de la Frontera”, acompanhado pelo seu irmão Pepe num “duo”
que se chamava “Los chiquitos de Algecira”. Como consequência do êxito entrou
para a trupe de José Greco em 1961, com o qual realizou uma digressão. Entre
1968 e 1977 participou de uma frutuosa colaboração com Camarón de la Isla,
outro músico inovador do chamado “novo flamenco”; juntos gravaram nove discos. Em
1991 gravou o “Concierto de Aranjuez”, de Joaquin Rodrigo com a Orquestra de
Cadaques. Nas gravações, teria dito que “nadie
había tocado su obra con tanta pasión
e intensidad como Paco de Lucía”.
Escrito
no início de 1939, em Paris, longe da atmosfera tensa da última fase da Guerra
Civil na Espanha e o presságio da 2ª guerra mundial, sua estreia ocorreu em 9
de novembro de 1940 e o solista foi o guitarrista Regino Sainz de la Maza, acompanhado
pela Orquestra Filarmônica de Barcelona, dirigida por César Mensoza Lasalle, no
“Palau de la Musica Catalana”, em Barcelona, sendo o primeiro concerto de
guitarra e orquestra da história da música. Este concerto é dividido em três movimentos:
“Allegro con spirito”, “Adagio” e “Allegro gentile”. O segundo movimento – “Adagio”,
o mais conhecido dos três - é marcado pelo seu ritmo lento e melodia calma, com
um acompanhamento suave de guitarra e cordas. Apesar de uma sensação de calma
que permeia a peça, desde o começo acordes são adicionados gradualmente à
melodia e um trinado da guitarra e cordas cria as primeiras sementes de tensão,
que vão crescendo com o acompanhamento dos instrumentos de sopro, mas
gradualmente relaxando para a melodia com arpejos de calma da guitarra.
As
origens do Palácio Real de Aranjuez remontam ao reinado de Filipe II. Foi este
monarca quem o mandou edificar, em 1561, sendo os planos definitivos da autoria
de Juan Bautista de Toledo, o arquiteto do El Escorial. Quando Toledo
faleceu, em 1567, o seu discípulo Juan de Herrera foi encarregado de rematar a
obra. Depois da conclusão de uma parte do palácio, o projeto foi abandonado até
ao reinado de Filipe V, o primeiro rei da Casa de Bourbon. Poucos anos depois
de se concluir o projeto segundo os planos originais, o palácio sofreu um
incêndio. Foi então que o filho de Filipe V, Fernando VI, encarregou o
arquiteto Santiago Bonavía da sua reconstrução, o qual respeitou a estética do
edifício, embora tenha introduzido algumas alterações que ainda hoje são visíveis.
Com Carlos III o palácio teve a última grande intervenção. Este rei encarregou
Sabatini de ampliar o palácio, tendo este construído duas novas alas na fachada
principal, criando assim um amplo pátio de armas semelhante à do Palácio Real
de Madrid. O palácio adquiriu, assim, o aspecto que se pode observar na
atualidade. O Palácio Real de Aranjuez é uma das residências do Rei de Espanha.
Fica situado no Real Sítio e Vila de Aranjuez, na Comunidade de Madrid,
aproximadamente em torno de 20 km da capital espanhola, e como tal é gerido e
mantido pelo Patrimônio Nacional.
O complexo é constituído, para além do
palácio, por um vasto conjunto complexo de parques integrados na cidade que se
desenvolvem em volta dele. Está situado nas margens do rio Tejo. Em 2001 este
ambiente foi declarado Paisagem Cultural do Patrimônio da Humanidade pela United
Nations Educational, Scientific and Cultural Organization - UNESCO,
integrado no sítio Paisagem Cultural de Aranjuez. Numas das alas mandadas
construir por Carlos III foi instalada a capela, com afrescos de Francisco
Bayeu y Subias, enquanto na outra foi disposto um grande salão de baile. Nos
interiores, merece destaque o Salão do Trono, decorado com veludo encarnado.
Próximo dele encontra-se o exuberante Gabinete de Porcelana, um prodígio das
artes decorativas. A totalidade das paredes e dos tetos apresenta uma
riquíssima ornamentação de porcelana em relevo, mistura de estilo rococó e
chinês. Foi realizada por Giuseppe Gricci entre 1763 e 1765 por encomenda de
Carlos III, representando a obra cimeira da Real Fábrica de Porcelanas do Bom
Retiro, atualmente desaparecida. Bonavia foi também o autor da magnífica
escadaria de estilo imperial, com uma formosa balaustrada rococó em ferraria e
dourados, a qual é um verdadeiro labirinto com múltiplas rampas de acesso.
Outras são a de Jantar de Gala, o Salão de Baile, o Quarto da Rainha, o
Oratório, coberto por afrescos, a Sala China e a Sala dos Espelhos, as quais
intervieram pintores como Jacopo Amigoni
ou Giacomo Amiconi, Francisco Bayeu e Luca Giordano, para citarmos os
mais célebres.
O
Concerto de Aranjuez foi composto para descrever os jardins do Palácio Real de Aranjuez, a residência do Rei Felipe II na
primavera na segunda metade do século XVI, e mais tarde reconstruído em meados
do século XVIII por Fernando VI. Segundo o compositor, o segundo movimento “representa
um diálogo entre a guitarra e instrumentos de solo, como o corne inglês,
fagote, oboé, trompa”. Ele descreve etnograficamente
o concerto como a captura “da fragrância das magnólias, cantos dos pássaros e
um fluxo de fontes” dos jardins de Aranjuez. As origens do Palácio Real de
Aranjuez remontam ao reinado de Filipe II. Foi este monarca quem o mandou
edificar, em 1561, sendo da autoria de Juan Bautista de Toledo, o arquiteto do
El Escorial.
Quando
Toledo faleceu, em 1567, o seu discípulo Juan de Herrera foi encarregado de
rematar a obra. Depois da conclusão de uma parte do palácio, o projeto foi
abandonado até ao reinado de Filipe V, o primeiro rei da Casa de Bourbon.
Poucos anos depois de se concluir o projeto segundo os planos originais, o
palácio sofreu um incêndio. Foi então que o filho de Filipe V, Fernando VI,
encarregou o arquiteto Santiago Bonavía da sua reconstrução, o qual respeitou a
estética do edifício, embora tenha introduzido algumas alterações que ainda
hoje são visíveis. Com Carlos III o palácio passou por reforma, tendo assim a
última grande intervenção. Este rei encarregou Sabatini de ampliar o palácio,
tendo este construído duas novas alas na fachada principal, criando assim um
amplo pátio de armas semelhante à do Palácio Real de Madrid. O palácio
adquiriu, o aspecto que se pode observar. Quando
Francisco Sánchez Gomes tinha 20 anos foi fazer uma apresentação na TV sendo
assim “afiançado” aos espectadores: “ele possui todos os segredos da grande
guitarra espanhola” (“tiene todos los secretos de la gran guitarra española”).
Sentado num banquinho com o violão no colo ritmou sua interpretação flamenca do
chorinho: “Tico-tico no fubá”. Nas quatro décadas seguintes de sua prestigiada carreira,
aperfeiçoaria novos segredos ao instrumento e se tornaria solista de reconhecimento
no mundo inteiro.
Em 2010 se tornou “doutor
honoris causa” pelo Berklee College de Boston, abrindo as portas da música
flamenca para o mundo. Antes dos 30 anos já era um artista revolucionário, como
músico do flamenco ao lado de cantores como: Camarón de la Isla e Tomatito. Ao
final da década já começava a esticar suas cordas para além da Espanha, tocando
com talentosos artistas como Carlos Santana, Larry Coryell, John Mac Laughlin,
Al Di Meola e outros guitarristas de jazz e rock. Foram
muitas trilhas: para Stephen Frears (“The Hit”), um dos mais respeitáveis
diretores de cinema da Hollywood, e tem em seu currículo realizações
diversas e premiadas. Foi
dele o score de Vicky Cristina Barcelona (2008), o filme de Woody Allen
e ele também tocou a música “Malagueña Salerosa” em “Kill Bill, vol. 1”, do
magnânimo Quentin Tarantino. O enredo gira em torno de duas mulheres
norte-americanas, Vicky e Cristina, que passam um verão em Barcelona, onde
encontram um artista, Juan Antonio, que se sente atraído por ambas, ainda
enamorado de sua ex-mulher mentalmente e emocionalmente instável, María Elena.
O filme foi rodado na Espanha em Barcelona, Avilés e Oviedo, e foi o quarto filme
consecutivo de Allen filmado fora dos Estados Unidos da América.
Em 2004, Paco
de Lucía recebeu o prêmio Príncipe de Astúrias por sua contribuição à arte da Espanha.
São prêmios anuais atribuídos pela Fundación Príncipe de Asturias, a indivíduos
ou instituições de todo o mundo que tenham produzido contribuições notáveis no
campo das artes, ciência e literatura. Como artista permanecia enraizado na tradição,
mas buscava novos campos e territorialidades. Em 2010, o estilo e a marca flamenca
foram declarados patrimônio da humanidade pela Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura. Na tela com o cinema e
no tablado, com a dança, Paco de Lucía contribuiu para esse nível de reconhecimento
pelo seu extraordinário talento e como pessoa humana. Tradição é seguida
conservadoramente e com respeito através das seguidas gerações. Seu
representante, José
Emilio Navarro, relatou à Agence France-Presse, considerada mais
prestigiadas do mundo, fundada em 1835, que o músico sofreu um ataque
cardíaco em praia próxima de Playa del Caramen, onde passava
férias. O artista começou a passar mal “quando jogava futebol com seu filho de
8 anos”, informou Navarro. – “Paco de Lucía estava morando em Cuba, mas tinha
viajado com sua esposa e dois filhos para passar suas férias na Playa del
Carmen”. A prefeitura de Alegeciras confirmou o falecimento decorrente de infarto, e anunciou luto oficial de três dias. – “A morte do músico representa
uma perda irreparável para o mundo da cultura, para a Andaluzia”, declarou o
prefeito de Algeciras, José Ignacio Landaluce.
Bibliografia
geral consultada.
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Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1997; GARCÍA, Francisco, Flamenco, Tecnología y Cultura de Massas: Impulsos
y Aversiones Contitutivas. Sevilla: Editor Arte/Facto, 2004; BARTRA, Roger, Cultura
y Melancolía: Las Enfermedades del Alma en la España del Siglo de Oro. Barcelona:
Editorial Anagrama, 2001; Idem, El Duelo
de los Ángeles: Locura Sublime, Tedio y Melancolía en el Pensamento Moderno.
Valencia: Ediciones Pré-textos, 2004; ESTEBAN, José María, Breve Enciclopedia del Flamenco. Madrid: Libsa, 2007; BEEVOR,
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Civil Espanhola (1936-1939). 2ª edição. Rio de Janeiro: Editora Record,
2007; ALONSO, Chefia, Improvisacion Livre. La Composición em Movimiento. Baiona: Espanha: Editor Dos Acordes, 2008; FRAYSSINET SAVY, Corinne, Danser le Silence. Une Antropologie Historique
de la Danse Flamenca.
París: Actes Sud, 2009; BONGESTAB, Cristina, Memória e
Melancolia na Obra de Carlos Saura. Tese de Doutorado. Programa de
Pós-Graduação em Letras Neolatinas. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro,
2011; SARDO, Fábio, A Utilização da Improvisação como Estratégia no Ensino da Guitarra Flamenca. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Música. Escola de Comunicações e Artes. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2012; Artigo: “Morreu o Mito da Guitarra Flamenca Paco de Lucía”. In: http://www.rtp.pt/noticias/; Artigo: “Morte de
Paco de Lucía Rouba Atenções em Espanha ao Debate do Estado da Nação”. In: http://www.rtp.pt/noticias/; Artigo: “Morre o Violonista Paco de Lucia, Ícone do Flamenco”. In: https://epoca.globo.com//2014/02/26; SILVA, Luciano
Augusto Câmara da, Di Menor e Cepa Andaluza: Tradição e Construção de Conhecimento
Musical em Guinga e Paco de Lucia. Dissertação de Mestrado em Música. Programa de Pós-Graduação em Música. Centro de
Letras e Artes. Rio de Janeiro: Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro, 2015; entre outros.
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* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes. São Paulo: Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais. Centro de Humanidades. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará (UECE).
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