quinta-feira, 30 de abril de 2015

Paco de Lucía – Guitarra Flamenca & Cinema de Carlos Saura.

Ubiracy de Souza Braga*

La guitarra me ha ofrecido la capacidad de expresarme... sin utilizar la palabra”. Paco de Lucía (1947-2014)

A guitarra flamenca ou violão flamenco é um violão similar a um violão clássico. Ele é utilizado para acompanhamento do canto flamenco e para solos. Os luthiers da Andaluzia fazem instrumentos em uma ampla gama de preços, em grande parte pelos materiais utilizados e sua decoração. é um profissional especializado na construção e no reparo de instrumentos de cordas, com caixa de ressonância. Isto inclui o violão, violinos, violas, violoncelos, contrabaixos, violas da gamba e todo tipo de guitarras acústica, elétrica, clássica, alaúdes, archilaúdes, tiorbas e bandolins. Os violões mais baratos eram muitas vezes simples, feitos a partir de madeiras locais mais baratas, tais como cipreste, em vez de jacarandás importados. Antonio de Torres, um dos luthiers mais renomados, não diferenciava entre o violão flamenco e o clássico. Só mais tarde, depois de Andrés Segovia e outros popularizarem a música de violão clássico, fez surgir esta distinção. No século XIX desenvolveram-se núcleos de produção com intensa atividade em várias cidades cobrindo as principais regiões do país, dando origem a verdadeiras “escolas” de violaria, geralmente reconhecidas como a “escola” do Porto, a de Coimbra e a de Lisboa.

Originalmente, em português, o nome mais usual para designar o ofício de construtor de violas é o de “violeiro”, existindo também a forma “guitarreiro” desde os séculos XV e XVI, pela simples razão de que a palavra Guitarra designava nessa época uma das variantes da viola de mão. Todos os documentos oficiais mencionando artesãos que constroem ou reparam instrumentos de cordas desde o século XVI até o início do século XIX no Brasil Colônia e em Portugal, e depois em Portugal, nos Palop, em Macau e em Timor, adoptam a forma “Violeiro” até ao início do século XXI, insistindo ainda em 2016 Antônio Luciano, violeiro famoso do Porto que exporta para todos os continentes, em usar o qualificativo português “violeiro”, e não luthier, que é a mesma coisa “mas para quem é francês”.  A palavra Luthier é de grande ocorrência no Brasil contemporâneo, mas é de introdução mais recente nos dicionários especializados da língua portuguesa, e ainda não sistemática devido ao seu caráter contido de galicismo, havendo termo vernáculo equivalente em língua portuguesa. Em contrapartida, no Brasil a palavra “Violeiro” é frequentemente empregada para designar o próprio tocador dum instrumento de cordas, sendo essa variação de léxico específica ao português brasileiro pelo menos desde fins do século XIX, e admitida pelos dicionários. Em Portugal o tocador de viola é chamado de “Violista”, ou “Guitarrista”. No entanto historicamente não é raro que jornais quotidianos brasileiros tradicionais como ocorre com a Folha de S. Paulo empregarem também a palavra “Violista”.  

        Sobre a história social e a tragédia registrada na música flamenca, ninguém é maior, dinâmico e mais atual do que Francisco Sánchez Gómez, o famoso violonista flamenco Paco de Lucía, nascido na cidade de Algeciras, comunidade autônoma de Cádiz, Espanha. – “Cuando compongo pienso en los guitarristas, ellos son el termómetro, soy quien soy porque ellos me han puesto donde estoy. Se han criado oyendo mi música”. O nome artístico foi herdado ainda criança em seu bairro em Algeciras. Como havia diversos “Pacos” e “Pepes”, apelidos comuns para crianças, a população da região costumava acrescentar o nome da mãe ao apelido. “Paco, el de Lucía” – de Lucía Gómez “La Portuguesa”, sua mãe. O nome que lhe deu a fama. Notadamente existe guitarras clássicas e guitarras flamencas em vários lugares e espaços do mundo ocidental, em várias fábricas de violão/guitarra e até mesmo luthieres diferenciando a tradição técnica e cultural dos modelos. No caso de Paco o gosto pela guitarra flamenca veio de seu pai e irmãos, todos estes músicos flamencos. Em verdade em sua formação desde criança já tomava aulas de violão, denominada guitarra em espanhol, disciplinarmente durante muitas horas por dia. Seus irmãos, o cantor flamenco Pepe de Lucía e o guitarrista Ramón de Algeciras tocaram na banda durante algum tempo. 
                                            
                                      
         
          O moderno porto de Algeciras é o 24º mais movimentado do mundo (5º da Europa e 1º do Mar Mediterrâneo e da Espanha), com bastante tráfego de e para África. Ainda existe uma linha regular de navios porta-contêiners para a América do Sul: Santos, Montevidéu, Buenos Aires. Existe um serviço regular de ferry-boats para Tânger (Marrocos) e para o enclave espanhol de Ceuta. Devido a esses transportes, existem bastantes hotéis e estalagens. Uma importante indústria é a refinaria da CEPSA que fornece tanques na baía de Algeciras, tanques esses que uma vez cheios se deslocam para as águas de Gibraltar para venderem o combustível com taxas mais baratas. A cidade foi palco da Conferência de Algeciras, em 1906. A área da cidade foi povoada desde a pré-história, e os primeiros vestígios pertencem a populações neandertais da era paleolítica. Devido à sua posição estratégica foi um importante porto sob os fenícios, e foi o local do importante porto romano de Portus Albus (“Porto Branco”), com duas cidades próximas chamadas Caetaria (possivelmente fundada pelos ibéricos) e Iulia Traducta, fundada pelos romanos. Recentemente, foi proposto que o local de Iulia Transducta fosse a Villa Vieja de Algeciras.

Depois de ser destruído pelos godos e seus aliados vândalos, Tarik desembarcou em Algeciras e Tarifa em abril de 711. No ano de 859 d.C., as tropas vikings a bordo de 62 drekars e comandadas pelos líderes Hastein e Björn Ironside cercaram a cidade por três dias e, posteriormente, devastaram grande parte dela. Depois de saquear as casas dos ricos, queimaram a mesquita de Aljama e a mesquita de Banderas. Reorganizados perto da medina, os habitantes conseguiram recuperar a cidade e fazer os invasores fugirem, capturando dois barcos. Gozou de um breve período de independência como um estado taifa de 1035 a 1058. Foi nomeado al-Jazirah al-Khadra' ("Ilha Verde") após o offshore Isla Verde; o nome moderno é derivado deste nome árabe original (compare também Argel e Al Jazeera). Em 1055, o emir Al-Mutadid de Sevilha expulsou os berberes de Algeciras, reivindicando-a para os árabes. Prometendo combater a expansão castelhana iniciada em 1265, Granada Nasrida exigiu assistência de Fez no final de 1274 e cedeu o lugar de Algeciras (junto com Tarifa) aos Marinidas.

Em 1278, Algeciras foi sitiada pelas forças do Reino de Castela sob o comando de Afonso X de Castela e seu filho, Sancho. Este cerco foi o primeiro de uma série de tentativas de tomada da cidade e terminou em fracasso para as forças castelhanas. Uma armada enviada por Castela também foi aniquilada enquanto tentava bloquear o porto da cidade. O domínio marinida sobre a cidade aumentou ainda mais nas décadas seguintes, e o local se transformou em uma fortaleza marinida a partir da qual razzias foram lançadas nos assentamentos cristãos ainda incipientes no baixo Guadalquivir e na área de Guadalete. Em julho de 1309, Fernando IV de Castela sitiou Algeciras e Gibraltar. Este último caiu nas mãos dos cristãos, mas o muçulmano Algeciras manteve-se nas três décadas seguintes, até que Afonso XI de Castela retomou o cerco. Juan Núñez de Lara, Juan Manuel, Pedro Fernández de Castro, Juan Alfonso de la Cerda, senhor de Gibraleón, todos participaram do cerco, assim como cavaleiros da França, Inglaterra e Alemanha, e até o rei Filipe III de Navarra, rei consorte de Navarra, que veio acompanhado por 100 cavaleiros e 300 infantes. Em março de 1344, após vários de cerco, Algeciras rendeu-se.

Ao conquistar a cidade, Afonso XI fez dela a sede de uma nova diocese, estabelecida pela bula Gaudemus et exultamus do Papa Clemente VI, de 30 de abril de 1344, e confiada ao governo do bispo de Cádiz. Os bispos de Cádiz continuaram a deter o título de Aliezira, como era chamado, até 1851, quando, de acordo com uma concordata entre a Espanha e a Santa Sé, seu território foi incorporado à diocese de Cádiz. Não mais um bispado residencial, Aliezira é hoje listado pela Igreja Católica como sé titular. Deixada relativamente desprotegida durante a Guerra Civil Castelhana, a cidade foi facilmente tomada em 1369 pelos Nasridas de Granada com a ajuda de uma frota Marinid. Foi destruído por ordem de Muhammed V de Granada. Enquanto a tradição afirma que foi demolido imediatamente após a ocupação de 1369, a política de terra arrasada de Nasrid também foi datada de 1375, uma vez que os esforços de repovoamento de Granada deveriam ter falhado. A guarnição foi assim transferida para Gibraltar, com um porto pior, mas mais facilmente defensável, no controle de Nasrid após a retirada Marinid da Península Ibérica. Embora a jurisdição tenha sido cedida a Gibraltar em 1462 após a conquista castelhana deste último lugar, há indícios sobre a continuação da existência de assentamentos informais de agricultores e sepherds na área, pelo menos depois de 1466.

Algeciras foi refundada após 1704 por refugiados de Gibraltar após a captura do território pelas forças anglo-holandesas na Guerra da Sucessão Espanhola. Já em 1705, o local era descrito como ... um monte de pedras,... apenas alguns casebres espalhados aqui e ali, em meio a uma infinidade de ruínas". A sensação de provisoriedade entre a população deslocada e as esperanças de um retorno a Gibraltar foram destruídas pelo Tratado de Utrecht de 1713. Além dos gibraltinos, ao longo do século XVIII o repovoamento contou também com a participação de colonos do resto da Península Ibérica e de outras partes, destacando-se os italianos neste último aspecto. A população aumentou rapidamente de 1.845 em 1725 para 6.241 em 1787. A estrutura social dos Algeciras apresentava um número comparativamente pequeno de nobres e um peso comparativamente maior do clero. Tal como no resto do Campo de Gibraltar, a pecuária (o gado em particular) desempenhou um papel importante na economia durante o século XVIII graças às pastagens ricas. Dada a abundância de conflitos internacionais na área do Estreito durante o século 18, as atividades de corsários contra navios beligerantes com a Espanha ou navios neutros que abastecem o inimigo também se tornaram uma parte importante da economia. Foi fortificado para se proteger contra ataques britânicos com instalações como o Fuerte de Isla Verde construído para guardar pontos-chave. A cidade foi reconstruída em seu plano retangular atual por Carlos III em 1760.

Em julho de 1801, as marinhas francesa e espanhola lutaram contra a Marinha Real Britânica na Batalha de Algeciras, que terminou com uma vitória britânica. A cidade tornou-se palco de uma grande crise internacional ao sediar a Conferência de Algeciras, em 1906. O fórum internacional para discutir o futuro do Marrocos, realizado na Casa Consistorial. Confirmou a independência do Marrocos contra ameaças da Alemanha e deu à França o controle dos interesses bancários e policiais. Em julho de 1942, homens-rãs italianos se estabeleceram em uma base secreta no navio-tanque italiano Olterra, que foi internado em Algeciras, para atacar o transporte marítimo em Gibraltar. Durante a era Franco, Algeciras passou por um desenvolvimento industrial substancial, criando muitos novos empregos para os trabalhadores locais desempregados quando a fronteira entre Gibraltar e Espanha foi selada por Franco entre 1969 e 1982. Em 1982, houve um plano fracassado com o codinome Operação Algeciras, concebido pelos militares argentinos tendo como objetivo sabotar as instalações militares britânicas em Gibraltar durante a Guerra das Malvinas. As autoridades espanholas intervieram pouco antes do ataque e deportaram os dois argentinos Montoneros e o oficial de ligação militar envolvidos.

O guitarrista e biógrafo de flamenco Donn Pohren (1929-2007) e o produtor musical José Torregrosa (1927-2005) compararam o relacionamento de Paco com seu pai ao relacionamento de Wolfgang Amadeus Mozart e Leopold Mozart na maneira como ambos os pais “moldaram seus filhos” para se tornarem músicos de classe mundial, e ambos continuaram a ditar mesmo depois que este último se tornou famoso. O irmão de Paco, Ramón, idolatrava Niño Ricardo, e ensinava suas complexas falsetas ao irmão mais novo, que as aprendia com relativa facilidade e as modificava ao seu gosto e as embelezava. Isso inicialmente irritou Ramón, que considerava as obras de Ricardo sagradas e achava que seu irmão estava se exibindo; mas logo começou a respeitar imensamente o irmão e percebeu que ele era um talento prodigioso, fora de série. Assim como Ramón, Ricardo foi a influência mais importante de Paco e seu primeiro herói da guitarra; Paco disse que “todos nós, jovens, o admiraríamos, tentando aprender com ele e copiá-lo”. Em 1958, aos 11 anos, Paco fez sua primeira aparição pública na Rádio Algeciras. Nesse ano, conheceu Sabicas pela primeira vez em Málaga. Um ano depois obteve o prêmio especial no Festival Concurso Internacional Flamenco de Jerez de la Frontera competição de flamenco. 

Jerez da Fronteira é um município da província de Cádis, na comunidade autónoma da Andaluzia, na Espanha. Possui área de 1 188,23 km², uma população de 212 876 habitantes (2015) e densidade populacional de 178,61 habitantes por quilómetro quadrado. O município é famoso pelo xerez, pelos cavalos, pelo flamenco e pelo motociclismo. A região apresenta ocupação humana desde a Idade do Cobre, quando o Lacus Ligustinus, antiga enseada marítima formada com as águas do rio Guadalquivir, era uma grande riqueza natural e poderoso fator de atração para os seres humanos. A primeira grande civilização que se estabeleceu na região foi a dos tartessos, por volta de 3000 a.C. Os tartessos fundaram, por volta de 1200 a.C., no atual bairro rural de Mesas de Asta, a oito quilômetros do atual centro do município, a cidade de Asta Regia, cuja economia se baseava no comércio de metais. Na época, a região era chamada pelos fenícios de “Xera”. Em 241 a.C., a região foi invadida pelos cartagineses. Com a Segunda Guerra Púnica (218-201 a.C.), a região foi conquistada pelos romanos.

Na história romana, destacou-se a zona agrícola de Ager Ceretanus, que se localizava no território do atual município de Jerez de la Frontera. Em Ager Ceretanus, se localizava o núcleo urbano de Ceret (ou Seret). Tanto Ceret quanto Ager Ceretanus eram dedicados a Ceres, a deusa romana das colheitas. Com a queda do Império Romano do Ocidente (476), a região passou para domínio visigodo, interrompido por um período de domínio bizantino nos séculos VI e VII. Os visigodos chamavam a região de Seritium ou Xeritium. Em 711, após a batalha de Guadalete, a região foi conquistada pelos muçulmanos. Durante o período muçulmano, a cidade foi reconhecida como Sherish. Em 1231, ocorreu a Batalha de Jerez, na qual as forças cristãs beligerantes da Coroa de Castela sobrepujaram as tropas muçulmanas do Reino de Múrcia. A partir de 1248, com a conquista cristã de Sevilha, a região passou a um protetorado cristão. Em 1264, a região foi incorporada ao reino de Sevilha e, consequentemente, à Coroa de Castela. No entanto, investigações recentes sugerem que a incorporação ocorreu somente no ano de 1266. Com a conquista cristã, Sherish foi alterado para Xeres ou Xerez. Posteriormente, foi acrescentado o “da Fronteira”, em referência à fronteira com o Reino nasrida de Granada.

A partir de 1492, com a descoberta da América, a região se tornou muito próspera devido à proximidade com os portos de Cádiz e Sevilha. Mas em verdade chama-se “descobrimento da América” a chegada e ocupação da América pelo navegador Cristóvão Colombo (1452-1516) em 12 de outubro de 1492. No século XVI, a pronúncia do topônimo Xerez foi alterada para sua pronúncia atual, com o som de “r”. No século XVIII, com a reforma ortográfica da Academia Real, o topônimo adquiriu sua grafia atual: Jerez. A partir do século XVIII, a região se tornou famosa devido à produção de xerez. Durante a Guerra Peninsular (1807-1814), a cidade foi saqueada. Os séculos XVIII e XIX foram marcados pela industrialização da cidade e pela chegada da primeira linha de trens da Espanha, que uniu Jerez a El Puerto de Santa María em 1854 e à zona do Trocadero, no município de Puerto Real, em 1856. O século XIX também foi marcado por grandes tensões sociais entre a classe rica dos grandes proprietários, exportadores de vinhos e boa parte da nobreza, e a classe proletária urbana e rural. Essas tensões levaram a vários levantes camponeses, que o governo reprimiu baseando-se na suposta existência da sociedade anarquista chamada La Mano Negra que estaria promovendo assassinatos e incêndios de colheitas e edifícios. Durante os séculos XIX e XX, grandes músicos flamencos cresceram na cidade, tornando-a o berço do flamenco. No início do século XX, a cidade teve que lutar contra a filoxera, a praga que destroçou as vinhas europeias.

Os danos provocados pela filoxera nas vinhas dependem da susceptibilidade da espécie ou casta de videira utilizada. Para medir essa susceptibilidade foi criada uma escala de 20 pontos, denominada índice de Ravaz. Em geral, as espécies americanas de vide, que coevoluíram com a filoxera, mas cujos frutos em geral não são adequados para a produção de vinho, são as que apresentam maior índice, revelando uma menor susceptibilidade. A escala vai desde a resistência total (20 pontos) apresentada pelos cultivares da Vitis rotundifolia, até à resistência nula (0 pontos) da Vitis vinifera europeia. A infestação com a filoxera de uma videira com índice de Ravaz inferior a 12 pontos leva em geral à morte da planta em cerca de três anos. São as gerações radícolas do inseto aquelas que mais dano provocam à planta, já que as tuberosidades formadas pelo intumescimento dos tecidos atacados são em geral infectadas por fungos, levando à morte da zona apical da raiz, provocando a redução do seu crescimento e a perda da capacidade de absorção de água e nutrientes, o que, por sua vez leva, à rápida deterioração do estado vegetativo da planta. As infestações galícolas, embora possam levar a uma drástica redução da área foliar, ao amarelecimento e à perda de capacidade fotossintética, em geral não são fatais, embora reduzam grandemente a produtividade das videiras e a qualidade das uvas produzidas. Nas situações mais graves, as gavinhas e os caules mais tenros são afetados, podendo morrer ou impedir o crescimento da planta. As vinhas susceptíveis infestadas perdem rapidamente capacidade produtiva, com a morte de muitas videiras, em geral não podem ser recuperadas sem o arranque e replantio com plantas resistentes, o que implica perda de rendimento durante anos. 

Do ponto de vista da música flamenca seguiram suas carreiras como solista, tocando com outros músicos. Mas ao fim da década de 1960 ele conhece a voz de seu flamenco: o cantor Camarón de la isla. Paco de Lucía morreu na madrugada do dia 25 de fevereiro no México, aos 66 anos. Analogamente costuma-se dizer que a música e sonoridade “do flamenco capta a alma da Espanha como o fado, a de Portugal e o samba, a do Brasil”. Como ele mesmo apareceu em “Carmem”, na adaptação da tragédia clássica do ciúme, baseada na obra de Prosper Merimée adaptada por Carlos Saura no cinema. Mérimée gostava do misticismo, da história e das coisas incomuns. Influenciado diretamente pela ficção histórica de Sir Walter Scott (1771-1832) e pelo drama psicológico e cruel de Pushkin, seu estilo, porém era conciso, bastante objetivo - apesar de marcadamente dramático. Muitas de suas obras fictícias retratam lugares de forma bastante exótica - dedicando-se particularmente à Espanha e à Rússia.  Antes, já tocara em “Bodas de Sangue”, também do extraordinário Carlos Saura, baseado na literatura de Federico Garcia Lorca (1898-1936). Ainda colaboraria no cinema com o diretor em “Sevillanas”, que podem ser ouvidas no Sul de Espanha, em feiras comunitárias e festivais, incluindo na famosa La Feria de Sevilla. Há uma dança associada à música, intitulada: Baile de Sevilhanas, que na exposição consiste em quatro partes distintas. 
          Antropologicamente, concordamos com a démarche registrada em tempos e rituais em que a música flamenca começou só cantada, depois sim, acompanhada com o violão ou guitarra e, finalmente, no ambiente formal da dança concebido como baile. Esses três movimentos – “cante, toque e baile” - podem, eventualmente, ser dissociados. Existe flamenco “sem cante”, mas, “sem toque e baile é difícil”. É tudo muito cinematográfico. E o cinema muitas vezes faz apelo da consciência à Paco de Lucía como ocorre no filme: “Paco de Lucia - flamenco Carlos Saura”. A inserção melancólica do cinema espanhol se confirmaria em parte de seus filmes pela narrativa alegórica, traduzidas nas tensões dos quase 40 anos de ditadura do General Franco. As inquietudes e sofrimentos, que se traduzem em profunda melancolia, revelam ao mesmo tempo as vicissitudes da condição humana em seu contexto sócio-histórico – a Espanha devastada pelo regime franquista. O roteiro do filme “Elisa, vida mía” (1977), escrito após o fim da guerra, desvelaria os resquícios da guerra civil na população espanhola. O romance, escrito 27 anos depois, mantém a história e a melancolia dos personagens do filme. Embora Carlos Saura faça menção à guerra civil (1936) e à Espanha pós-franquista (1939), ele escreveu o romance em um período em que já não existia mais a tensão política em que o filme foi rodado. No romance de 2004, Saura inserem aspectos da contemporaneidade, próprios da Espanha moderna. A mesma melancolia do filme de 1977, permeia o romance de 2004, ersatz da melancolia que  se cristaliza na cultura espanhola desde o chamado “Século de Ouro Espanhol” (cf. Bartra, 2001; 2004; Bongestab, 2011: 54).
Devemos levar em consideração que a guerra civil espanhola foi interpretada como o episódio mais cruel e sangrento do processo de modernização espanhol. Identificamos essas marcas da guerra civil no texto de Saura. Às vezes, elas aparecem explicitamente, outras de maneira implícita, mas o fato é que estão presentes em toda a narrativa do filme e do romance. Para que pudéssemos esclarecer essas marcas da guerra civil no filme: “Elisa, vida mía”, tomamos por base as contribuições de Josep M. Buades, que demonstra o papel dos artistas espanhóis e trata dos desafios da Espanha de hoje quando dedica um capítulo exclusivamente para retratar o trauma da guerra civil. Assim como no que tange à articulação entre a perspectiva de Carlos Saura e a guerra civil, como se refere ainda Antony Beevor (2007), no ensaio intitulado: “A batalha pela Espanha: A guerra civil espanhola 1936-1939”. Neste texto, descreve as atrocidades da guerra civil, as esperanças e os medos diante do conflito que levou ao caos a Espanha. Identificado com a região de Andaluzia, o flamenco não é só uma música, mas uma dança. A sua capital é a cidade de Sevilha, onde tem, a sua sede, a Junta de Andaluzia, enquanto que o Tribunal Superior de Justiça de Andaluzia tem a sua sede na cidade de Granada.
O seu nome provém de Al-Andalus, palavra que os muçulmanos davam à Península Ibérica no século VIII. É a segunda maior comunidade autônoma espanhola e a mais populosa. Tornou-se comunidade autônoma em 1982. Segundo o qeu estabelece seu estatuto autonômico, possui a condição de “nacionalidade histórica”. Suas origens remontam a diferentes culturas - cigana, mourisca, árabe e judaica. Mas é um produto impuro, fruto da feliz miscigenação, do “mestiço é que bom”, na interpretação de Darcy  Ribeiro, o “antropólogo das civilizações”. Dançarinos de flamenco são especiais – “os homens são másculos, as mulheres exalam sensualidade. E as mãos - elas executam uma dança própria no ar”. Esteticamente pode-se ficar magnetizado só com os movimentos das mãos, enquanto a dança é executada em corpo e alma. A cultura do flamenco é associada principalmente à região da Andaluzia na Espanha, assim como Múrcia e Estremadura, e tornou-se um dos símbolos da cultura espanhola. Mais recentemente outros instrumentos como o “cajón”, ou “adufe”, foram também introduzidos. Muitos dos detalhes do desenvolvimento do flamenco foram perdidos na história social da Espanha e existem várias razões para essa aparente falta de evidências históricas, ou mesmo indiciárias (cf. Ginzburg e Poni, 1979), entre elas, o fato social, mas, sobretudo cultural, de que o flamenco não foi considerado uma forma de arte, sobre a qual valesse a pena escrever durante muito tempo. Em sua existência, histórica e melancólica,  esteve dentro e fora de moda por diversos períodos, até que o cinema o capturou de forma definitiva a tragédia clássica com o filme Carmen que  representa a trajetória de um grupo de dançarinos flamencos que prepara uma versão da ópera “Carmen”, do compositor francês Georges Bizet.
 A trama é construída durante os ensaios da ópera, tendo como background a Espanha da década dos anos 1980. A jovem dançarina Carmen (Laura Del Sol) disputa com Cristina (Cristina Hoyos) o papel principal do espetáculo, mas durante os ensaios, o coreógrafo (Antônio Gades) se apaixona por Carmen e começa a agir de forma obcecada, como o personagem que interpreta na adaptação, misturando ficção e realidade como arquétipo do realismo fantástico. Ipso facto o romance do casal se confunde com a história original de Bizet. Os acontecimentos da peça, o amor, ciúme, ódio e tragédia, vão se transformando em realidade concreta nas vidas dos dançarinos. Seu nome de batismo era Francisco Sánchez Gómez, mas virou através do apelo Paco. Era o mais novo de cinco irmãos, filhos do também guitarrista de flamenco Antônio Sánchez. Os seus irmãos Pepe de Lucía e Ramón de Algeciras também são músicos de flamenco. Pepe é cantor e Ramón é também guitarrista.
Em Algeciras, e de uma forma geral na maior parte da região da Andaluzia, é costume os rapazes adotarem o nome da mãe por tradição de serem corretamente identificados como, por exemplo: “Paco de (la) Carmen”, ou “Paco de (la) María”, deste modo, o seu nome artístico foi adotado em honra de sua mãe Luzia, de origem portuguesa, que por sua vez adotou o nome de Lucía Gómez. Mas obteve a técnica e o domínio do instrumento guitarra, com seu pai e seu irmão Ramón quando aprendeu, obtendo o dom de tocar guitarra. Em 1958, com apenas onze anos de idade, fez a sua primeira aparição pública na Rádio Algeciras, e no ano seguinte recebeu “um prêmio especial numa competição de flamenco em Jerez de la Frontera”, acompanhado pelo seu irmão Pepe num “duo” que se chamava “Los chiquitos de Algecira”. Como consequência do êxito entrou para a trupe de José Greco em 1961, com o qual realizou uma digressão. Entre 1968 e 1977 participou de uma frutuosa colaboração com Camarón de la Isla, outro músico inovador do chamado “novo flamenco”; juntos gravaram nove discos. Em 1991 gravou o “Concierto de Aranjuez”, de Joaquin Rodrigo com a Orquestra de Cadaques. Nas gravações, teria dito que “nadie había tocado su obra con tanta pasión e intensidad como Paco de Lucía”.
Escrito no início de 1939, em Paris, longe da atmosfera tensa da última fase da Guerra Civil na Espanha e o presságio da 2ª guerra mundial, sua estreia ocorreu em 9 de novembro de 1940 e o solista foi o guitarrista Regino Sainz de la Maza, acompanhado pela Orquestra Filarmônica de Barcelona, dirigida por César Mensoza Lasalle, no “Palau de la Musica Catalana”, em Barcelona, sendo o primeiro concerto de guitarra e orquestra da história da música. Este concerto é dividido em três movimentos: “Allegro con spirito”, “Adagio” e “Allegro gentile”. O segundo movimento – “Adagio”, o mais conhecido dos três - é marcado pelo seu ritmo lento e melodia calma, com um acompanhamento suave de guitarra e cordas. Apesar de uma sensação de calma que permeia a peça, desde o começo acordes são adicionados gradualmente à melodia e um trinado da guitarra e cordas cria as primeiras sementes de tensão, que vão crescendo com o acompanhamento dos instrumentos de sopro, mas gradualmente relaxando para a melodia com arpejos de calma da guitarra. 

As origens do Palácio Real de Aranjuez remontam ao reinado de Filipe II. Foi este monarca quem o mandou edificar, em 1561, sendo os planos definitivos da autoria de Juan Bautista de Toledo, o arquiteto do El Escorial. Quando Toledo faleceu, em 1567, o seu discípulo Juan de Herrera foi encarregado de rematar a obra. Depois da conclusão de uma parte do palácio, o projeto foi abandonado até ao reinado de Filipe V, o primeiro rei da Casa de Bourbon. Poucos anos depois de se concluir o projeto segundo os planos originais, o palácio sofreu um incêndio. Foi então que o filho de Filipe V, Fernando VI, encarregou o arquiteto Santiago Bonavía da sua reconstrução, o qual respeitou a estética do edifício, embora tenha introduzido algumas alterações que ainda hoje são visíveis. Com Carlos III o palácio teve a última grande intervenção. Este rei encarregou Sabatini de ampliar o palácio, tendo este construído duas novas alas na fachada principal, criando assim um amplo pátio de armas semelhante à do Palácio Real de Madrid. O palácio adquiriu, assim, o aspecto que se pode observar na atualidade. O Palácio Real de Aranjuez é uma das residências do Rei de Espanha. Fica situado no Real Sítio e Vila de Aranjuez, na Comunidade de Madrid, aproximadamente em torno de 20 km da capital espanhola, e como tal é gerido e mantido pelo Patrimônio Nacional.

  O complexo é constituído, para além do palácio, por um vasto conjunto complexo de parques integrados na cidade que se desenvolvem em volta dele. Está situado nas margens do rio Tejo. Em 2001 este ambiente foi declarado Paisagem Cultural do Patrimônio da Humanidade pela United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization - UNESCO, integrado no sítio Paisagem Cultural de Aranjuez. Numas das alas mandadas construir por Carlos III foi instalada a capela, com afrescos de Francisco Bayeu y Subias, enquanto na outra foi disposto um grande salão de baile. Nos interiores, merece destaque o Salão do Trono, decorado com veludo encarnado. Próximo dele encontra-se o exuberante Gabinete de Porcelana, um prodígio das artes decorativas. A totalidade das paredes e dos tetos apresenta uma riquíssima ornamentação de porcelana em relevo, mistura de estilo rococó e chinês. Foi realizada por Giuseppe Gricci entre 1763 e 1765 por encomenda de Carlos III, representando a obra cimeira da Real Fábrica de Porcelanas do Bom Retiro, atualmente desaparecida. Bonavia foi também o autor da magnífica escadaria de estilo imperial, com uma formosa balaustrada rococó em ferraria e dourados, a qual é um verdadeiro labirinto com múltiplas rampas de acesso. Outras são a de Jantar de Gala, o Salão de Baile, o Quarto da Rainha, o Oratório, coberto por afrescos, a Sala China e a Sala dos Espelhos, as quais intervieram pintores como Jacopo Amigoni  ou Giacomo Amiconi, Francisco Bayeu e Luca Giordano, para citarmos os mais célebres.   

O Concerto de Aranjuez foi composto para descrever os jardins do Palácio Real  de Aranjuez, a residência do Rei Felipe II na primavera na segunda metade do século XVI, e mais tarde reconstruído em meados do século XVIII por Fernando VI. Segundo o compositor, o segundo movimento “representa um diálogo entre a guitarra e instrumentos de solo, como o corne inglês, fagote, oboé, trompa”.  Ele descreve etnograficamente o concerto como a captura “da fragrância das magnólias, cantos dos pássaros e um fluxo de fontes” dos jardins de Aranjuez. As origens do Palácio Real de Aranjuez remontam ao reinado de Filipe II. Foi este monarca quem o mandou edificar, em 1561, sendo da autoria de Juan Bautista de Toledo, o arquiteto do El Escorial.
Quando Toledo faleceu, em 1567, o seu discípulo Juan de Herrera foi encarregado de rematar a obra. Depois da conclusão de uma parte do palácio, o projeto foi abandonado até ao reinado de Filipe V, o primeiro rei da Casa de Bourbon. Poucos anos depois de se concluir o projeto segundo os planos originais, o palácio sofreu um incêndio. Foi então que o filho de Filipe V, Fernando VI, encarregou o arquiteto Santiago Bonavía da sua reconstrução, o qual respeitou a estética do edifício, embora tenha introduzido algumas alterações que ainda hoje são visíveis. Com Carlos III o palácio passou por reforma, tendo assim a última grande intervenção. Este rei encarregou Sabatini de ampliar o palácio, tendo este construído duas novas alas na fachada principal, criando assim um amplo pátio de armas semelhante à do Palácio Real de Madrid. O palácio adquiriu, o aspecto que se pode observar. Quando Francisco Sánchez Gomes tinha 20 anos foi fazer uma apresentação na TV sendo assim “afiançado” aos espectadores: “ele possui todos os segredos da grande guitarra espanhola” (“tiene todos los secretos de la gran guitarra española”). Sentado num banquinho com o violão no colo ritmou sua interpretação flamenca do chorinho: “Tico-tico no fubá”.  Nas quatro décadas seguintes de sua prestigiada carreira, aperfeiçoaria novos segredos ao instrumento e se tornaria solista de reconhecimento no mundo inteiro.  
Em 2010 se tornou “doutor honoris causa” pelo Berklee College de Boston, abrindo as portas da música flamenca para o mundo. Antes dos 30 anos já era um artista revolucionário, como músico do flamenco ao lado de cantores como: Camarón de la Isla e Tomatito. Ao final da década já começava a esticar suas cordas para além da Espanha, tocando com talentosos artistas como Carlos Santana, Larry Coryell, John Mac Laughlin, Al Di Meola e outros guitarristas de jazz e rock. Foram muitas trilhas: para Stephen Frears (“The Hit”), um dos mais respeitáveis diretores de cinema da Hollywood, e tem em seu currículo realizações diversas e premiadas. Foi dele o score de Vicky Cristina Barcelona (2008), o filme de Woody Allen e ele também tocou a música “Malagueña Salerosa” em “Kill Bill, vol. 1”, do magnânimo Quentin Tarantino. O enredo gira em torno de duas mulheres norte-americanas, Vicky e Cristina, que passam um verão em Barcelona, onde encontram um artista, Juan Antonio, que se sente atraído por ambas, ainda enamorado de sua ex-mulher mentalmente e emocionalmente instável, María Elena. O filme foi rodado na Espanha em Barcelona, Avilés e Oviedo, e foi o quarto filme consecutivo de Allen filmado fora dos Estados Unidos da América.
Em 2004, Paco de Lucía recebeu o prêmio Príncipe de Astúrias por sua contribuição à arte da Espanha. São prêmios anuais atribuídos pela Fundación Príncipe de Asturias, a indivíduos ou instituições de todo o mundo que tenham produzido contribuições notáveis no campo das artes, ciência e literatura. Como artista permanecia enraizado na tradição, mas buscava novos campos e territorialidades. Em 2010, o estilo e a marca flamenca foram declarados patrimônio da humanidade pela Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura. Na tela com o cinema e no tablado, com a dança, Paco de Lucía contribuiu para esse nível de reconhecimento pelo seu extraordinário talento e como pessoa humana. Tradição é seguida conservadoramente e com respeito através das seguidas gerações. Seu representante, José Emilio Navarro, relatou à Agence France-Presse, considerada mais prestigiadas do mundo, fundada em 1835, que o músico sofreu um ataque cardíaco em praia próxima de Playa del Caramen, onde passava férias. O artista começou a passar mal “quando jogava futebol com seu filho de 8 anos”, informou Navarro. – “Paco de Lucía estava morando em Cuba, mas tinha viajado com sua esposa e dois filhos para passar suas férias na Playa del Carmen”. A prefeitura de Alegeciras confirmou o falecimento decorrente de infarto, e anunciou luto oficial de três dias. – “A morte do músico representa uma perda irreparável para o mundo da cultura, para a Andaluzia”, declarou o prefeito de Algeciras, José Ignacio Landaluce.
Bibliografia geral consultada. 
REGUERRA, Rogelio, Historia y Tecnica de la Guitarra Flamenca. Madrid: Editorial Alpuerto, 1990; LAVERNIA, Joaquim García, El Livro del Cante Flamenco. Madrid: Editorial Rialt, 1991; CANCLINI, Nestor Garcia, Culturas Híbridas: Estratégias para Entrar e Sair da Modernidade. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1997; GARCÍA, Francisco, Flamenco, Tecnología y Cultura de Massas: Impulsos y Aversiones Contitutivas. Sevilla: Editor Arte/Facto, 2004; BARTRA, Roger, Cultura y Melancolía: Las Enfermedades del Alma en la España del Siglo de Oro. Barcelona: Editorial Anagrama, 2001; Idem, El Duelo de los Ángeles: Locura Sublime, Tedio y Melancolía en el Pensamento Moderno. Valencia: Ediciones Pré-textos, 2004; ESTEBAN, José María, Breve Enciclopedia del Flamenco. Madrid: Libsa, 2007; BEEVOR, Antony, A Batalha pela Espanha: A Guerra Civil Espanhola (1936-1939). 2ª edição. Rio de Janeiro: Editora Record, 2007; ALONSO, Chefia, Improvisacion Livre. La Composición em Movimiento. Baiona: Espanha: Editor Dos Acordes, 2008; FRAYSSINET SAVY, Corinne, Danser le Silence. Une Antropologie Historique de la Danse Flamenca. París: Actes Sud, 2009; BONGESTAB, Cristina, Memória e Melancolia na Obra de Carlos Saura. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Letras Neolatinas. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2011; SARDO, Fábio, A Utilização da Improvisação como Estratégia no Ensino da Guitarra Flamenca. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Música. Escola de Comunicações e Artes. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2012;  Artigo: “Morreu o Mito da Guitarra Flamenca Paco de Lucía”. In: http://www.rtp.pt/noticias/; Artigo: “Morte de Paco de Lucía Rouba Atenções em Espanha ao Debate do Estado da Nação”. In: http://www.rtp.pt/noticias/; Artigo: “Morre o Violonista Paco de Lucia, Ícone do Flamenco”. In: https://epoca.globo.com//2014/02/26SILVA, Luciano Augusto Câmara da, Di Menor e Cepa Andaluza: Tradição e Construção de Conhecimento Musical em Guinga e Paco de Lucia. Dissertação de Mestrado em Música.  Programa de Pós-Graduação em Música. Centro de Letras e Artes. Rio de Janeiro:  Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, 2015;  entre outros.   
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* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes. São Paulo: Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais. Centro de Humanidades. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará (UECE).

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