domingo, 12 de abril de 2015

Apresentação do Blog ¡No Pasarán!


                                   

Escólio: Do ponto de vista técnico-metodológico o termo weblog foi criado por Jorn Barger em 17 de dezembro de 1997. A abreviação blog, por sua vez, foi criada por Peter Merholz, que, de “brincadeira”, desmembrou a palavra weblog para formar a frase We blog (“nós blogamos”) na barra lateral de seu blog Peterme.com, em abril ou maio de 1999. Pouco tempo depois, Evan Williams do Pyra Labs usou blog tanto como substantivo quanto verbo (to blog ou “blogar”, significando “editar ou postar em um weblog”), aplicando a palavra blogger em conjunção com o serviço Blogger, da Pyra Labs, o que levou à popularização dos termos. Historicamente antes do formato blog se tornar amplamente reconhecido, havia vários formatos de comunidades digitais como o Usenet, serviços comerciais online como o GEnie, BiX e Compuserve, além das listas de discussão e do Bulletim Board System (BBS). Em 1990, softwares de fóruns de discussão como o WebEx criaram os diálogos via threads. O blog atualmente tem como representação sociológica uma evolução dos diários online, “onde pessoas mantinham informações constantes sobre suas vidas pessoais”. Estes primeiros blogs eram componentes de sites, atualizados manualmente no próprio código da página. A evolução e desenvolvimento real das ferramentas que facilitavam a produção e manutenção de artigos objetivamente postados em ordem cronológica facilitaram o processo de publicação, ajudando em muito na popularização do formato. Isso levou ao aperfeiçoamento de ferramentas e hospedagem próprios para blogs.

Berners-Lee também criou o que é considerado pela Encyclopædia Britannica como “o primeiro blog” em 1992 para discutir o progresso realizado na criação da World Wide Web e software tecnologicamente usado para isso. A partir de 14 de junho de 1993, a Mosaic Communications Corporation manteve sua lista What`s New de novos sites, atualizada diariamente e arquivada mensalmente. A página era acessível por um botão especial “O que há de novo” no navegador Mosaic. A instância mais antiga de um blog comercial ocorreu no primeiro site de negócios para consumidor criado em 1995 pela Ty, Inc., que apresentava um blog em uma seção chamada “Diário Online”. As inscrições foram mantidas por Beanie Babies em destaque, votadas mensalmente pelos visitantes do site. O blog moderno evoluiu do diário on-line, onde as pessoas mantinham um registro contínuo dos eventos sociais de suas vidas pessoais. A maioria desses escritores se autodenominam diaristas, jornalistas ou jornalistas. Justin Hall, que começou a blogar pessoal em 1994 enquanto estudante no Swarthmore College, é geralmente reconhecido como um dos primeiros blogueiros, assim como Jerry Pournelle.  O Scripting News de Dave Winer também é considerado um dos weblogs mais antigos. A revista australiana Netguide manteve o Daily Net News em seu site desde 1996. O Daily Net News publicou links e análises diárias de novos sites, principalmente na Austrália.

Outro blog inicial representado pelo Wearable Wireless Webcam, um diário on-line da vida pessoal de uma pessoa combinando texto, vídeo digital e imagens digitais transmitidas ao vivo de um computador vestível e dispositivo EyeTap para um site da Web em 1994. Essa prática de blogging semiautomática, isto é, a prática de poder criar e gerenciar um site ou parte de um site, chamado de blog, para compartilhar conteúdo regularmente, como artigos, fotos ou vídeos. Essencialmente, é a criação de postagens de blog (“blog posts”) que são organizadas em ordem cronológica inversa, com o objetivo de informar, entreter ou expressar opiniões para um público específico, per se com o vídeo “ao vivo” junto com o texto era reconhecido como sousveillance, e esses diários também eram usados como prova em questões legais. Alguns dos primeiros blogueiros, como The Misanthropic Bitch, que desde 1997, se referiam à sua presença online como um zine, antes que o termo blog entrasse no uso popularmente comum. O primeiro trabalho de pesquisa sobre blogs foi socialmente representado pelo artigo “Blogging Thoughts” (2002) de Torill Mortensen e Jill Walker Rettberg, que analisou como “os blogs estavam sendo usados para promover comunidades de pesquisa e a troca de ideias e estudos, e como esse novo meio de networking derruba as estruturas de poder tradicionais”.

A mensagem passou a modelar o meio, tardiamente, quando no início de 2000, o Blogger introduziu uma inovação – o permalink, conhecido em português como ligação permanente ou apontador permanente – que transformaria o perfil dos blogs. Os permalinks garantiam a cada publicação num blog uma localização permanente - uma URL – que poderia ser referenciada. Anteriormente, a recuperação em arquivos de blogs só era garantida através da navegação livre (ou cronológica). O permalink permitia então que os blogueiros pudessem referenciar publicações específicas em qualquer blog. Em seguida, hackers criaram programas de comentários aplicáveis aos sistemas de publicação de blogs que ainda não ofereciam tal capacidade. O processo de se comentar em blogs significou uma democratização da publicação, consequentemente reduzindo as barreiras para que leitores se tornassem escritores. A blogosfera, termo que representa o mundo dos blogs, ou os blogs como uma comunidade ou rede social, cresceu em ritmo espantoso. Em 1999 o número de blogs era estimado em menos de 50; no final de 2000, a estimativa era de poucos milhares. Menos de três anos depois, os números saltaram para algo em torno de 2,5 a 4 milhões. Atualmente existem cerca de 112 milhões de blogs e cerca de 120 mil são criados diariamente, de acordo com o estudo State of Blogosphere. No dia 31 de agosto, comemora-se o Dia do Blog, devido a semelhança da data 31.08 com a palavra blog, que se propõe “a promover a descoberta de novos blogues e de novos blogueiros”.

Vale lembrar que a expressão “o meio é a mensagem” foi criada pelo Filósofo canadense Marshall McLuhan. Tal expressão surgiu a partir do momento em que McLuhan se propôs a analisar e explicar os fenômenos dos meios de comunicação e sua relação com a sociedade contemporânea. McLuhan, em sua obra Os Meios de Comunicação como Extensão do Homem, preocupou-se em demonstrar que “o meio é um elemento importante da comunicação e não somente um canal de passagem ou um veículo de transmissão”, antevisto por Marx hic et nunc. Este foi o ponto que gerou maior controvérsia em sua obra, pois era comum se estudar o efeito do meio quanto ao conteúdo, sem que se atentasse para as diferenças evidenciadas por cada suporte midiático: jornal, rádio, televisão, cinema, etc. Cada meio de difusão tem as suas características próprias, e por conseguinte, os seus efeitos específicos. Qualquer transformação do meio é mais determinante do que uma alteração no conteúdo. Para McLuhan, portanto, o mais importante não é o conteúdo da mensagem, mas o veículo de comunicação através do qual a mensagem é transmitida, isto é, o meio, que independente da sua utilidade de uso, afeta a sociedade de algum modo além da finalidade para a qual foi criado. Diante disso tudo, McLuhan inova ressaltando a ideia segundo a qual proporcionalmente de que o conteúdo de um meio será outro meio. Paulo Serra em seu livro Manual de Teoria da comunicação, exemplifica que, os que estão preocupados com o conteúdo da mensagem e com os seus “efeitos”, deixando de lado o próprio meio, fazem lembrar um médico que se preocupa com a “doença”, mas esquece do doente.

Herbert Marshall McLuhan em (Edmonton, em 21 de julho de 1911 e morto em Toronto, em 31 de dezembro de 1980, foi um filósofo e educador canadense e obteve os títulos de mestre e doutor em Filosofia pela Universidade de Cambridge. Seu trabalho é visto como um dos pilares do estudo da teoria da mídia, além de ter aplicações cognitivas práticas nas indústrias de publicidade e televisão. Publicou aproximadamente 15 obras, dentre as quais: O Meio é a Mensagem, Guerra e Paz na Aldeia Global e Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem. Em uma tentativa de analisar e explicar os fenômenos dos meios de comunicação e o seu papel na sociedade, Marshall McLuhan, em uma das suas principais obras, Understanding Media: The Extensions of Man (1964), criou a expressão “o meio é a mensagem”, como metáfora de poder para a sociedade contemporânea. Ele defendia no âmbito da teoria que “a mensagem é o próprio meio”, e o conteúdo que ela carrega são as mudanças comportamentais e sociais que provocam nos indivíduos. O seu escopo de estudo eram os veículos de comunicação de massa, qual o meio utilizado para difundir determinada mensagem, qual a capacidade de disseminação desses meios e qual o efeito de poder causado na vida das pessoas. Tomemos como exemplo a estrada de ferro, segundo a qual, de acordo com o pesquisador, mudanças significativas ocorreram na vida das pessoas e nas comunidades localizadas ao seu redor. Para McLuhan, o conteúdo de qualquer meio ou veículo é sempre outro meio ou veículo. 

Ele afirma ainda que independentemente do conteúdo que os meios veiculam, a preocupação deve ser com as suas consequências, que esses conteúdos vêm para somar ao que já somos e pensamos. Assim, os meios é que carregam a própria mensagem e isso é o que deve ser analisado, e não a “mensagem” por eles veiculadas. Para McLuhan, o conteúdo da mensagem é o que menos importa. ,Last but no least, lembramos que existem diversos tipos de blogs atualmente. Entretanto é possível dividi-los esquematicamente em três grandes ramos: 1. Pessoais — Os blogs pessoais são os mais populares, normalmente são usados como um gênero de diário ou com temas definidos, com postagens voltadas para os acontecimentos da vida e as opiniões do usuário. Também são largamente utilizados por celebridades que buscam manter um canal de comunicação com seus fãs; 2. Corporativos e organizacionais — Muitas empresas vêm utilizando blogs como ferramentas de divulgação e contato com clientes. Tanto é assim que já existe a profissão de blogueiro, ou seja, profissionais são contratados pelas empresas com o cargo de blogueiro para a realização de blogs internos ou externos para registrar as diversas atividades corporativas respectivamente para públicos internos (colaboradores) de forma mais privativa e externos como clientes e fornecedores. A empresa líder em blogs pelo mundo é a Microsoft com um total de 4 500 blogs; 3. Temáticos — Por fim há blogs com um gênero específico, que tratam de um assunto dominado pelo usuário, ou grupo de usuários. Estes são os blogs com o maior número de acessos aos conteúdos sociais. Sendo que eles podem apresentar conteúdos variados, como humorísticos, notícias, informativos ou o de variedades temáticas, com contos, opiniões políticas e poesias. Algumas categorias de blogs recebem denominações específicas, como: blogs educativos, blogs literários, metablogs, e assim por diante.

O “punho erguido”, também reconhecido como o “punho cerrado”, é um símbolo de solidariedade política. Também é utilizado como uma saudação para expressar unidade, força, desafio ou resistência político-social. A saudação remonta a antiga Assíria como um símbolo em face na violência política. A Assíria foi um reino acádio semita em torno da região do alto rio Tigre, no norte da Mesopotâmia, atual norte do Iraque, e que dominou por diversas vezes ao longo da história política os impérios existentes naquela região, desde a tomada da Babilônia até as suas reconquistas. Localizada numa região fértil e num entroncamento de importantes rotas comerciais, Babilônia tornou-se um destacado centro econômico e cultural, desenvolvendo uma civilização complexa, sofisticada e cosmopolita, documentada por muitos registros arqueológicos que atestam o cultivo da educação, do comércio, da ciência, da utilização de diversas técnicas e da arte, florescendo num vasto conjunto urbanístico cortado por canais e rico em monumentos, templos e edificações imponentes. Seu nome vem de sua capital original, a cidade de Assur. O termo também pode se referir à região, ou, mais precisamente, ao centro da região onde estes reinos se localizavam, pois Babilônia aparece tardiamente na história política da Mesopotâmia antiga, em comparação com outras grandes cidades dessa civilização, como Quixe, Uruque, Ur, Nipur ou Nínive. Os descendentes dos assírios habitam o lugar e espaço, histórico de sua origem determinada, como sobrevivência, formando uma minoria cristã no Iraque. 

Na sociedade contemporânea o “punho cerrado” é usado principalmente por ativistas de esquerda. No espectro político, a esquerda se caracteriza pela defesa de uma maior igualdade social. Normalmente, envolve uma preocupação com os cidadãos que são considerados em desvantagem em relação aos outros e uma suposição de que há desigualdades injustificadas que devem ser reduzidas ou abolidas tendo como representação poderosos emblemas tais como: grupos marxistas, anarquistas, comunistas e pacifistas. A saudação com o “punho fechado” tem sido mais usada ao longo da história social por grupos de esquerda e de defesa de grupos politicamente oprimidos. A saudação junta sinais de resistência, solidariedade, orgulho e militância num gesto simples. O “punho fechado” simboliza a luta por melhores condições de vida e a resistência contra o fascismo e contra o capitalismo. O gesto alude à resistência, à vitória, ao êxito na batalha. Já o slogan “¡No pasarán!”, teve sua origem e significado quando obteve a sua cunhagem em francês durante a 1ª grande guerra (1914-18), mas, sobretudo, quando foi apropriado historicamente por ativistas na variedade de movimentos históricos e políticos.

O uso do espanhol Tolokonnikova do slogan tem origem na Guerra Civil Espanhola (1936-39) - especificamente a partir de um discurso empolgante dado pelo líder republicano Dolores Ibárruri-Gómez, conhecido como “La Pasionaria”, durante o cerco contra a nacionalista falange de Madrid em 18 de julho de 1936. Como resultado, a própria expressão “Não passará!” tornou-se emblemática para a resistência da República contra Franco. Ibárruri-Gómez foi um membro co-fundador do Partido Comunista Espanhol e do movimento social “Mujeres Antifascistas” - uma organização de mulheres em oposição ao fascismo e de militância revolucionária. No entanto, essa heroica forma de resistência iria acabar em fracasso, para que a vitória franquista e os anos de repressão e censura viesse a depô-la. O slogan continuou a se propagar, em última análise, sendo adotado pelos aliados durante a 2ª guerra mundial como universal de luta política antifascismo. 

Por que é significativo que a ativista Nadezhda Andréievna Tolokonnikova tenha se apropriado deste slogan na Rússia em agosto de 2012? Consciente ou inconscientemente, a sua T-shirt fala de uma história cultural e política compartilhada entre a Espanha e a União Soviética no início do século 20. “La Pasionaria” - ela mesma uma militante feminista e revolucionária - admirou a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e citou Moscou como uma Meca para a esquerda, onde “pode-se receber e perceber a marcha da humanidade rumo ao comunismo”. A ascensão da ativista política feminina durante a Segunda República da Espanha - outros incluem María de la O Lejarraga e María Teresa León - aponta para um manifesto feminista compartilhado de resistência política. Esta imagem talvez capture a reflexão do público de forma mais intensa, porque alimenta a imagem profundamente arraigada das mulheres como personificação da nação, da Pátria. E também parece explicar que as próprias mulheres podem ser vistas e tornarem-se a representação de uma nação reprimida. Este é, em particular, pertinente para Nadezhda Tolokonnikova, que é mãe.

Desse modus operandi resulta o que se refere a um conjunto de práticas e saberes sociais, em torno de filosofias individualistas que estão frequentemente em conflito e dizem respeito à criminalização dos movimentos sociais contemporâneos. Pussy Riot é um grupo de punk rock feminista russo que encena, em Moscou, “performances” extemporâneas, de provocação política sobre o estatuto das mulheres representado pelas jovens Nadezhda Andreyevna Tolokonnikova, Yekaterina Samutsevich e Maria Alyokhina, contra a campanha do Primeiro-ministro Vladimir Putin para a presidência da Rússia. Em março de 2012, durante um concerto improvisado e não autorizado na Catedral de Cristo Salvador de Moscou, as ativistas da banda foram presas e acusadas de “vandalismo motivado por intolerância religiosa”. Elas representam um movimento social que conseguiu dar voz à crítica política reprimida contra o sistema de poder autocrático: a) vigente na Rússia e contra a diluição da linha que o separa da Igreja Ortodoxa Russa, b) espetacular e criativa na Catedral de Cristo Salvador em Moscovo, c) um local sagrado utilizado como tática e estratégia do grupo onde se esperava que as “manifestações de vida”, no sentido que emprega o filósofo Georg Simmel, tivessem impacto social e político em termos globais de ativismo político. Nadezhda representa o diminutivo de Nádia e significa esperança.

Um sistema de ideias constitui-se de uma constelação de conceitos associados de maneira solidária, cujo agenciamento é estabelecido por vínculos lógicos, em virtude de axiomas, postulados e princípios de organização subjacente; tal sistema produz o seu campo de competência, enunciados com valor de verdade e, eventualmente, previsões quanto a fatos e acontecimentos que deverão manifestar-se. Mediadores entre os espíritos humanos e o mundo, os sistemas de ideias ganham consistência e realidade objetiva a partir de sua organização.  Ipso facto, todo sistema de ideias, seguindo Edgar Morin, é simultaneamente fechado e aberto. É fechado porque se protege e defende contras as degradações ou agressões externas. É aberto porque se alimenta de confirmações e verificações vindas do mundo exterior. Embora abstratamente não exista fronteira clara e estável entre uns e outros, podemos distinguir e opor dois tipos ideais: os sistemas de prioridade à abertura, que denominaremos teorias, e os sistemas que priorizam o fechamento, ou doutrinas. É próprio da teoria admitir a crítica, conforme as regras aceitas pela comunidade que cuida, suscita e analisa as teorias sociais. O campo de existência das teorias é recente e frágil. Constitui-se, pela primeira vez, há 20 séculos, em Atenas, onde a instauração da filosofia abriu uma esfera de livre debate de ideias sem sanção, nem liquidação dos participantes.

Posteriormente, a ciência europeia criou o seu próprio campo abstrato, onde toda teoria deve obedecer às regras empíricas ou de concepções lógicas limitadoras e aceitar as formas de verificações ou refutações que poderiam desmenti-las. Assim, um sistema de ideias permanece teoria enquanto aceita a regra do jogo competitivo e crítico, enquanto manifesta maleabilidade interna, isto é, capacidade de adaptação e modificação na articulação entre os seus subsistemas sociais, assim como a possibilidade de abandonar um subsistema e de substituí-lo por outro. Noutros termos, uma teoria é capaz de modificar as suas variáveis que se definem em seu sistema. Em consequência, as características fechadas de uma teoria são contrabalanceadas pela busca de concordância entre a coerência interna e os dados empíricos que evidencia: é isso que constitui a sua racionalidade. A teoria é aberta por ser codependente. Depende do mundo empírico onde se aplica. A teoria vive em suas trocas com o mundo: metaboliza o real para viver. É tipo aberto de auto-eco-organização, segundo Edgar Morin que dá à teoria uma resistência constitutiva ao dogmatismo e à racionalização. Mas esse tipo aberto está correlativamente ligado às regras pluralistas do meio que a alimenta, isto é, as sociedades ou comunidades filosóficas ou, melhor, especificamente as sociedades científicas. As esferas filosóficas e científicas do ponto de vista da sociedade são esferas de existência democrática ou liberal para as teorias. Uma teoria aberta é uma teoria que aceita as ideias de sua própria morte: a experiência de opressão alimenta a ideia de liberdade. A principal diferença entre blogs e redes sociais é que os blogs são sites que publicam “conteúdos de sentido”, enquanto as chamadas “redes sociais são estruturas sociais” formadas por pessoas e marcas: Blogs, são sites ou partes de sites que publicam conteúdos, como artigos e fotos, sobre um ou mais tópicos.

O conteúdo é atualizado com frequência e é publicado em páginas individuais chamadas postagens próprias em blog. Ipso facto, os blogs podem ser classificados, sociologicamente, em diários pessoais, periódicos ou empresariais. Redes sociais, são “estruturas sociais” formadas por pessoas e marcas que compartilham interesses similares e usam diferentes formatos de conteúdo. Uma rede social não precisa de rede internet de comunicação para existir, afinal, um grupo de amigos também pode ser considerado uma rede social. Os primeiros relatos etnográficos do surgimento do blog são do ano de 1983, a partir da criação de uma página de notícias moderada. Cerca de três em cada quatro internautas japoneses têm o costume de ler blogs e fazem isso com uma frequência média de cinco vezes por semana, de acordo com uma pesquisa realizada pela empresa multinacional de relações públicas Edelman. O Japão é seguido no ranking, de longe, por outros dois países asiáticos: Coréia do Sul, onde 43% dos internautas dizem ler blogs; e China, onde a parcela é de 39%. Os Estados Unidos da América aparecem em quarto lugar, com 27% da população afirmando ler blogs. A pesquisa, que mediu hábitos de leitura de blogs em dez países, não incluiu o Brasil onde temos mais de 50 mil leitores. O percentual de leitores de blogs no Japão: 74%; Coréia do Sul: 43%; China: 39%; Estados Unidos: 27%; Grã-Bretanha: 23%; França: 22%; Itália: 16%; Polônia: 16%; Alemanha: 15%; Bélgica: 14%; O japonês, diz a pesquisa empresarial, também é o segundo idioma em quantidade de posts em blogs, com 33%, atrás apenas do inglês (39%). O chinês aparece em terceiro lugar, com 10% do número de posts na blogosfera, de acordo com dados de 2006. O estudo também foi conduzido na Grã-Bretanha, França, Itália, Polônia, Alemanha e Bélgica. Em nosso caso, o lugar praticado do blog !No Pasarán! está prosseguindo as análises políticas, ou análises marxistas de conjuntura global, com a publicação per se de mais de 850 artigos, realizada entre os anos de 2015 e no ano de 2024 com 605. 945 acessos de leitores (as) diariamente.

O “punho erguido”, também reconhecido como o “punho cerrado”, é um símbolo de solidariedade política. Também é utilizado como uma saudação para expressar unidade, força, desafio ou resistência político-social. A saudação remonta a antiga Assíria como um símbolo em face na violência política. A Assíria foi um reino acádio semita em torno da região do alto rio Tigre, no norte da Mesopotâmia, atual norte do Iraque, e que dominou por diversas vezes ao longo da história política os impérios existentes naquela região, desde a tomada da Babilônia até as suas reconquistas. Localizada numa região fértil e num entroncamento de importantes rotas comerciais, Babilônia tornou-se um destacado centro econômico e cultural, desenvolvendo uma civilização complexa, sofisticada e cosmopolita, documentada por muitos registros arqueológicos que atestam o cultivo da educação, do comércio, da ciência, da utilização de diversas técnicas e da arte, florescendo num vasto conjunto urbanístico cortado por canais e rico em monumentos, templos e edificações imponentes. Seu nome vem de sua capital original, a cidade de Assur. O termo também pode se referir à região, ou, mais precisamente, ao centro da região onde estes reinos se localizavam, pois Babilônia aparece tardiamente na história política da Mesopotâmia antiga, em comparação com outras grandes cidades dessa civilização, como Quixe, Uruque, Ur, Nipur ou Nínive. Os descendentes dos assírios habitam o lugar e espaço, histórico de sua origem determinada, como sobrevivência, formando uma minoria cristã no Iraque. Na sociedade contemporânea o “punho cerrado” é usado principalmente por ativistas de esquerda.

No espectro político, a esquerda se caracteriza pela defesa de uma maior igualdade social. Normalmente, envolve uma preocupação com os cidadãos que são considerados em desvantagem em relação aos outros e uma suposição de que há desigualdades injustificadas que devem ser reduzidas ou abolidas tendo como representação poderosos emblemas tais como: grupos marxistas, anarquistas, comunistas e pacifistas. A saudação com o “punho fechado” tem sido mais usada ao longo da história social por grupos de esquerda e de defesa de grupos politicamente oprimidos. A saudação junta sinais de resistência, solidariedade, orgulho e militância num gesto simples. O “punho fechado” simboliza a luta por melhores condições de vida e a resistência contra o fascismo e contra o capitalismo. O gesto alude à resistência, à vitória, ao êxito na batalha. Já o slogan “¡No pasarán!”, teve sua origem e significado quando obteve a sua cunhagem em francês durante a 1ª grande guerra (1914-18), mas, sobretudo, quando foi apropriado historicamente por ativistas na variedade de movimentos históricos e políticos. 

O uso do espanhol Tolokonnikova do slogan tem origem na Guerra Civil Espanhola (1936-39) - especificamente a partir de um discurso empolgante dado pelo líder republicano Dolores Ibárruri-Gómez, conhecido como “La Pasionaria”, durante o cerco contra a nacionalista falange de Madrid em 18 de julho de 1936. Como resultado, a própria expressão “Não passará!” tornou-se emblemática para a resistência da República contra Franco. Ibárruri-Gómez foi um membro co-fundador do Partido Comunista Espanhol e do movimento social “Mujeres Antifascistas” - uma organização de mulheres em oposição ao fascismo e de militância revolucionária. No entanto, essa heroica forma de resistência iria acabar em fracasso, para que a vitória franquista e os anos de repressão e censura viesse a depô-la. O slogan continuou a se propagar, em última análise, sendo adotado pelos aliados durante a 2ª guerra mundial como universal de luta política antifascismo.


Por que é significativo que a ativista Nadezhda Andréievna Tolokonnikova tenha se apropriado deste slogan na Rússia em agosto de 2012? Consciente ou inconscientemente, a sua T-shirt fala de uma história cultural e política compartilhada entre a Espanha e a União Soviética no início do século 20. “La Pasionaria” - ela mesma uma militante feminista e revolucionária - admirou a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e citou Moscou como uma Meca para a esquerda, onde “pode-se receber e perceber a marcha da humanidade rumo ao comunismo”. A ascensão da ativista política feminina durante a Segunda República da Espanha - outros incluem María de la O Lejarraga e María Teresa León - aponta para um manifesto feminista compartilhado de resistência política. Esta imagem talvez capture a reflexão do público de forma mais intensa, porque alimenta a imagem profundamente arraigada das mulheres como personificação da nação, da Pátria. E também parece explicar que as próprias mulheres podem ser vistas e tornarem-se a representação de uma nação reprimida. Este é, em particular, pertinente para Nadezhda Tolokonnikova, que é mãe.
Desse modus operandi resulta o que se refere a um conjunto de práticas e saberes sociais, em torno de filosofias individualistas que estão frequentemente em conflito e dizem respeito à criminalização dos movimentos sociais contemporâneos. Pussy Riot é um grupo de punk rock feminista russo que encena, em Moscou, “performances” extemporâneas, de provocação política sobre o estatuto das mulheres representado pelas jovens Nadezhda Andreyevna Tolokonnikova, Yekaterina Samutsevich e Maria Alyokhina, contra a campanha do Primeiro-ministro Vladimir Putin para a presidência da Rússia. Em março de 2012, durante um concerto improvisado e não autorizado na Catedral de Cristo Salvador de Moscou, as ativistas da banda foram presas e acusadas de “vandalismo motivado por intolerância religiosa”. Elas representam um movimento social que conseguiu dar voz à crítica política reprimida contra o sistema de poder autocrático: a) vigente na Rússia e contra a diluição da linha que o separa da Igreja Ortodoxa Russa, b) espetacular e criativa na Catedral de Cristo Salvador em Moscovo, c) um local sagrado utilizado como tática e estratégia do grupo onde se esperava que as “manifestações de vida”, no sentido que emprega o filósofo Georg Simmel, tivessem impacto social e político em termos globais de ativismo político. Nadezhda representa o diminutivo de Nádia e significa esperança. 
Um sistema de ideias constitui-se de uma constelação de conceitos associados de maneira solidária, cujo agenciamento é estabelecido por vínculos lógicos, em virtude de axiomas, postulados e princípios de organização subjacente; tal sistema produz o seu campo de competência, enunciados com valor de verdade e, eventualmente, previsões quanto a fatos e acontecimentos que deverão manifestar-se. Mediadores entre os espíritos humanos e o mundo, os sistemas de ideias ganham consistência e realidade objetiva a partir de sua organização.  Ipso facto, todo sistema de ideias, seguindo Edgar Morin, é simultaneamente fechado e aberto. É fechado porque se protege e defende contras as degradações ou agressões externas. É aberto porque se alimenta de confirmações e verificações vindas do mundo exterior. Embora abstratamente não exista fronteira clara e estável entre uns e outros, podemos distinguir e opor dois tipos ideais: os sistemas de prioridade à abertura, que denominaremos teorias, e os sistemas que priorizam o fechamento, ou doutrinasÉ próprio da teoria admitir a crítica, conforme as regras aceitas pela comunidade que cuida, suscita e analisa as teorias sociais. O campo de existência das teorias é recente e frágil. Constitui-se, pela primeira vez, há 20 séculos, em Atenas, onde a instauração da filosofia abriu uma esfera de livre debate de ideias sem sanção, nem liquidação dos participantes. 

Posteriormente, a ciência europeia criou o seu próprio campo abstrato, onde toda teoria deve obedecer às regras empíricas ou de concepções lógicas limitadoras e aceitar as formas de verificações ou refutações que poderiam desmenti-las. Assim, um sistema de ideias permanece teoria enquanto aceita a regra do jogo competitivo e crítico, enquanto manifesta maleabilidade interna, isto é, capacidade de adaptação e modificação na articulação entre os seus subsistemas sociais, assim como a possibilidade de abandonar um subsistema e de substituí-lo por outro. Noutros termos, uma teoria é capaz de modificar as suas variáveis que se definem em seu sistema. Em consequência, as características fechadas de uma teoria são contrabalanceadas pela busca de concordância entre a coerência interna e os dados empíricos que evidencia: é isso que constitui a sua racionalidade. A teoria é aberta por ser codependente. Depende do mundo empírico onde se aplica. A teoria vive em suas trocas com o mundo: metaboliza o real para viver. É tipo aberto de auto-eco-organização, segundo Edgar Morin que dá à teoria uma resistência constitutiva ao dogmatismo e à racionalização. Mas esse tipo aberto está correlativamente ligado às regras pluralistas do meio que a alimenta, isto é, as sociedades ou comunidades filosóficas ou, melhor, especificamente as sociedades científicas. As esferas filosóficas e científicas do ponto de vista da sociedade são esferas de existência democrática ou liberal para as teorias. Uma teoria aberta é uma teoria que aceita as ideias de sua própria morte: a experiência de opressão alimenta a ideia de liberdade. A principal diferença entre blogs e redes sociais é que os blogs são sites que publicam “conteúdos de sentido”, enquanto as chamadas “redes sociais são estruturas sociais” formadas por pessoas e marcas: Blogs, são sites ou partes de sites que publicam conteúdos, como artigos e fotos, sobre um ou mais tópicos. 

Enfim, a história contemporânea, na historiografia de língua inglesa, é um subconjunto da história moderna que descreve o período histórico de aproximadamente 1945 até o presente. Nas ciências sociais, a história contemporânea também é contínua e relacionada à ascensão da pós-modernidade. A história contemporânea é politicamente dominada pela Guerra Fria (1947-1991) entre o Bloco Ocidental, liderado pelos Estados Unidos, e o Bloco Oriental, liderado pela União Soviética. O confronto gerou temores de uma guerra nuclear. Uma guerra “quente” total foi evitada, mas ambos os lados intervieram na política interna de nações menores em sua tentativa de influência global e por meio de “guerras por procuração”. A Guerra Fria finalmente terminou com as Revoluções de 1989 e a dissolução da União Soviética em 1991. Os últimos estágios e consequências da Guerra Fria permitiram a democratização de grande parte da Europa, África e América Latina. A descolonização foi outra tendência importante no Sudeste Asiático, Oriente Médio e África, à medida que novos estados conquistaram a independência dos impérios coloniais europeus durante o período de 1945 a 1975. O Oriente Médio também viu um conflito envolvendo o novo Estado de Israel, a ascensão da política do petróleo, a proeminência contínua, mas posterior declínio do nacionalismo árabe e o crescimento do islamismo. 

As primeiras organizações supranacionais de governo, como as Nações Unidas e União Europeia, surgiram no período posterior a 1945. As contraculturas surgiram e a revolução sexual transformou as relações sociais nos países ocidentais entre as décadas de 1960 e 1980, como visto nos protestos de 1968. Os padrões de vida aumentaram acentuadamente em todo o mundo desenvolvido por causa do boom econômico do pós-guerra. O Japão e a Alemanha Ocidental emergiram como economias excepcionalmente fortes. A cultura dos Estados Unidos se espalhou amplamente, com a televisão e os filmes norte-americanos se espalhando pelo mundo. Alguns países ocidentais começaram um processo de desindustrialização na década de 1970; a globalização levou ao surgimento de novos centros financeiros e industriais na Ásia. O milagre econômico japonês foi posteriormente seguido pelos economicamente chamados Quatro Tigres Asiáticos de Hong Kong, Cingapura, Coreia do Sul e Taiwan. A China lançou grandes reformas econômicas a partir de 1979, tornando-se um grande exportador de bens de consumo no mundo. A utilidade de uso da ciência & tecnologia realizou novos avanços após 1945, incluindo voos espaciais, tecnologia nuclear, lasers, semicondutores, biologia molecular, genética, física de partículas e o Modelo Padrão da teoria quântica de campos. Os primeiros computadores comerciais foram criados, seguidos pela Internet, dando início à Era da Informação.

O conteúdo é atualizado com frequência e é publicado em páginas individuais chamadas postagens próprias em blog. Não pore acaso, os blogs podem ser classificados, sociologicamente, em diários pessoais, periódicos ou empresariais. Redes sociais, são “estruturas sociais” formadas por pessoas e marcas que compartilham interesses similares e usam diferentes formatos de conteúdo. Uma rede social não precisa de rede internet de comunicação para existir, afinal, um grupo de amigos também pode ser considerado uma rede social. Os primeiros relatos etnográficos do surgimento do blog são do ano de 1983, a partir da criação de uma página de notícias moderada. Cerca de três em cada quatro internautas japoneses têm o costume de ler blogs e fazem isso com uma frequência média de cinco vezes por semana, de acordo com uma pesquisa realizada pela empresa multinacional de relações públicas Edelman. O Japão é seguido no ranking, de longe, por outros dois países asiáticos: Coréia do Sul, onde 43% dos internautas dizem ler blogs; e China, onde a parcela é de 39%. Os Estados Unidos da América aparecem em quarto lugar, com 27% da população afirmando ler blogs. A pesquisa, que mediu hábitos de leitura de blogs em dez países, não incluiu o Brasil onde temos mais de 50 mil leitores. O percentual de leitores de blogs no Japão: 74%; Coréia do Sul: 43%; China: 39%; Estados Unidos: 27%; Grã-Bretanha: 23%; França: 22%; Itália: 16%; Polônia: 16%; Alemanha: 15%; Bélgica: 14%; O japonês, diz a pesquisa empresarial, também é o segundo idioma em quantidade de posts em blogs, com 33%, atrás apenas do inglês (39%). O chinês aparece em terceiro lugar, com 10% do número de posts na blogosfera, de acordo com dados de 2006. O estudo também foi conduzido na Grã-Bretanha, França, Itália, Polônia, Alemanha e Bélgica. Em nosso caso, o lugar praticado do !No Pasarán! está prosseguindo as análises políticas, ou análises marxistas de conjuntura global, com a publicação per se de 850 artigos, realizada entre os anos de 2015 e presentemente no ano de 2024 com 605. 945 acessos de leitores (as). 


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