quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Marta da Silva - Futebolista, Mito & Vontade de Saber.

                                                                                                    Ubiracy de Souza Braga

     O futebol feminino caminha a passos bem curtinhos e lentos”. Marta Vieira da Silva

                        
As mulheres tem sido importantes para o desempenho e desenvolvimento do futebol. Há outros relatos que indicam que, no décimo quinto século, era usual que as mulheres desempenham jogos de bola, especialmente na França e na Escócia. Em 1863, foram definidas regras para prevenir a violência no jogo, conquanto fosse socialmente aceitável para a formação das mulheres. Segundo dados estatísticos da Fédération Internationale de Football Association (FIFA), a primeira partida oficial entre mulheres foi disputada no dia 23 de março de 1885, em Crouch End, Londres, Inglaterra. Há relatos etnográficos, de disputas anteriores, como, por exemplo, uma competição anual, em Lothian, Escócia em 1790. O documento reconhecido sobre o início do futebol feminino remonta a 1894 quando Nettie Honeyball, um ativista dos direitos da mulher, fundou o primeiro clube desportivo britânico chamado Ladies Football Club. Honeyball, convicta de sua causa feminista declarou que pretendia demonstrar que as mulheres poderiam alcançar a emancipação social e ter um lugar importante na sociedade.
Historicamente a 1ª grande guerra (1914-18) foi chave para a superlotação de futebol feminino na Inglaterra. Em consequência da guerra muitos homens foram para o front, e a mulher conquista espaço na força trabalhadora de muitas fábricas. Lá formaram suas próprias equipes de futebol que até então era privilégio de homens. A mais exitosa destas equipes existente foi Dick, Kerr`s Ladies of Preston, Inglaterra. A equipe foi bem sucedida num jogo contra equipe escocesa que levou um “chocolate” de-0. No entanto, no final da guerra, a Football Association (FA) da Inglaterra não reconheceu o futebol feminino, apesar do sucesso e popularidade. Isto levou à formação da English Ladies Football Association cujo início foi difícil devido ao boicote da FA que levou mesmo a mulheres a jogarem em estádios de Rúgbi. Contudo, após a Copa do Mundo 1966, o interesse dos amadores levou a FA a voltar atrás, decidindo em 1969 criar o ramo feminino da Football Association. Em 1971, a Union of European Football Associations (UEFA) instruiu seus parceiros no âmbito da profissionalização do futebol a gerir e promover o futebol feminino e na Europa ele foi consolidado nos anos seguintes. Assim, países como a Itália, EUA e o Japão têm ligas profissionais cuja popularidade não inveja o que foi conquistado pelos seus similares do sexo masculino.

           
Os primeiros registros de partidas mistas brasileiras, com homens e mulheres juntos datam de 1908 e 1909. Em 1913, houve um evento beneficente, que foi considerado por muitos anos como a primeira partida de futebol feminino no Brasil. Em 1941, aconteceu o primeiro jogo masculino apitado por uma mulher, num amistoso entre o Serrano da cidade de Petrópolis contra o clube América do Rio de Janeiro. Na ocasião, o árbitro passou mal e uma atleta da partida preliminar ao amistoso assumiu a arbitragem do jogo apitando-o.  Em 14 de abril de 1941, durante a presidência autoritária de Getúlio Dornelles Vargas, foi criado o Decreto-Lei 3199, proibindo a “prática de esportes incompatíveis com a natureza feminina”, entre eles o futebol. A ditadura estadonovista postergou seu reconhecimento social e político. Este decreto-lei só seria revogado em 1979. Contudo, o Araguari Atlético Clube é considerado o primeiro do Brasil a formar um time feminino. Em meados de 1958 selecionou 22 meninas para um jogo beneficente em dezembro daquele ano. O sucesso desta partida de futebol foi tão grande que a revista “O Cruzeiro” fez matéria de capa sobre a partida.
Vale lembrar que o Artigo 54 do Decreto Lei 3199, apontava incompatibilidade a “natureza feminina” com alguns esportes, proibindo, assim, a prática dos mesmos pelas mulheres. Assim dizia este artigo: - “Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos (CND) baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país”. Em 2 de agosto de 1965, durante a ditadura militar castellista, a Deliberação n° 7, assinada pelo general Eloy Massey Oliveira de Menezes, Presidente do Conselho Nacional de Desportos (CND), delimitou a linha que segregava o esporte feminino brasileiro: - “Não é permitida [à mulher] a prática de lutas de qualquer natureza, do futebol, futebol de salão, futebol de praia, polo aquático, polo, rúgbi, halterofilismo e baseball”, dizia a deliberação nº 7 do conselho. Segundo a pesquisadora Katia Rubio, da Universidade de São Paulo, a proibição da prática desportiva feminina no Brasil deixou graves consequências, que atrasaram a história social olímpica do país, mesmo depois que deixou de vigorar o decreto discricionário da chamada Era de Getúlio Vargas. 

A concepção sociológica de Axel Honneth, por exemplo, problematiza a “invisibilidade” como uma patologia social caracterizada por formas intencionais de tornar pessoas invisíveis. De forma semelhante à interpretação da análise da reificação, de arl Marx à Georg Lukács, a invisibilidade também é tratada de um ponto de vista epistemológico e moral, a partir da teoria do reconhecimento. Um ato de reconhecimento pressupõe dois elementos: 1) uma identificação cognitiva de uma pessoa como dotada de propriedades particulares em uma situação particular, e: 2) a confirmação da cognição da existência da outra pessoa como dotada de características específicas, através de ações, gestos e expressões faciais positivas manifestados por quem a percebe. A invisibilidade, por outro lado, significa mais do que a negação desses dois elementos. Sintetizada em expressões como a de um “olhar através”, ela nega a existência do outro do ponto de vista perceptual, como se ele não estivesse presente no campo de observação da visão de quem olha. É importante mencionar do ponto de vista técnico-metodológico na análise uma distinção muito sofisticada entre invisibilidade e visibilidade, de modo que, embora ambas as ideias sejam aparentemente espelhadas, elas conteriam em si mecanismos de funcionamento fundamentalmente diferentes, mas associados.
No conceito negativo (“invisibilidade”) as pessoas afetadas sentem-se como se não tivessem sido percebidas. A perceptibilidade corresponde à capacidade de ver alguém, enquanto a visibilidade designa mais do que mera perceptibilidade porque acarreta a capacidade para uma identificação individual elementar. Desse modo, para as pessoas afetadas em particular, a invisibilidade significaria o sentimento de realmente não serem percebidas ou vistas, ao contrário da ideia de que a invisibilidade significaria puramente a ideia negativa de visibilidade, já que esta funciona segundo pressupostos que vão além da capacidade de ver, pois a visibilidade também inclui, além da visão, as capacidades de identificar, conhecer. Em outras palavras, quem é invisibilizado socialmente sente que sequer é visto. Não entra em jogo neste sentido o sentimento de que não é identificado ou conhecido. A discrepância conceitual que se torna aparente entre invisibilidade visual e visibilidade é devido ao fato de que, com a transição para o conceito positivo, as condições governando a sua aplicabilidade são mais exigentes: enquanto a invisibilidade significa apenas o fato de que um objeto não está presente como um objeto no campo perceptivo de uma pessoa, a visibilidade física requer que nós assumamos uma posição cognitiva diante do objeto dentro de uma estrutura espaço-temporal como algo com propriedades visuais relevantes.  
Segundo a concepção do “jogar à brasileira”, com amplificação principalmente no âmbito dos torcedores, domínio no qual se valoriza a emoção, a brincadeira, a festa, o confronto, mas que está no lado oposto de uma concepção técnica, racional e moderna de futebol que marca cada vez mais o nível dos profissionais. Essa concepção se baseia na definição de uma continuidade estrita entre treino e jogo – “treino é treino, jogo é jogo”, com a adoção de esquemas táticos - a arte do fraco - e disciplinares padronizando as equipes, na valorização da rotina como fator decisivo na preparação competitiva de um time, na defesa de padrões gerenciais de administração dos clubes, na cuidadosa e gradativa produção de bons jogadores através das escolinhas de futebol e das categorias de base e assim por diante. Ipso facto, até então, partidas de futebol feminino só ocorriam em circos, em quadras de futsal. Vários jogos do Araguari ocorreram em cidades de Minas Gerais, inclusive na capital, em Goiânia e Salvador. 
Em 1959 a equipe foi desfeita, por pressão dos religiosos conservadores de Minas Gerais. Em 1967, Asaléa de Campos Micheli, mais conhecida por Léa Campos, foi a primeira mulher a diplomar-se em curso de arbitragem. O Decreto-Lei 3199 proibia as mulheres apenas de jogarem, mas não faziam menção sobre arbitragem. Essa brecha garantiu a Léa o direito de participar do curso de árbitros em Minas Gerais, feito no Departamento de Futebol Amador da Federação Estadual. Em entrevista ao popular programa Esporte Espetacular, da Rede Globo de televisão, desde 1973 apresenta entrevistas, reportagens sobre ciência esportiva, personagens históricos e a relação social do esporte. Em 2007, ela informou que não pode participar sequer da formatura do curso, por represálias em torno de um grupo autoritário de machistas. A primeira seleção de futebol feminino, entretanto, foi convocada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em 1988, para disputar e vencer o “Women’s Cup of Spain”, primeira divisão da Liga de Futebol Feminino. Do ponto de vista competitivo o acesso à Liga dos Campeões da Union des Associations Européennes de Football (UEFA) de futebol feminino ocorre através da posição do país no ranking da UEFA. No final da temporada 2016-17, fruto do 27º lugar no ranking, o campeão tem acesso à fase de qualificação no âmbito da competição internacional.
 A UEFA foi fundada a 15 de junho de 1954 em Basileia, na Suíça como consequência de discussões entre as federações da França, Itália e Bélgica. A sede ficou instalada em Paris até 1959, ano em que acabou por mudar-se para a capital suíça Berna. Henri Delaunay foi o primeiro secretário-geral e Ebbe Shwartz o presidente. O seu centro administrativo desde 1995 é em Nyon, Suíça. Era inicialmente composta por 25 federações, mas atualmente representam 55 em sua forma de organização. A Liga dos Campeões é o seu torneio de clubes mais importante. A Liga dos Campeões da União das Associações Europeias de Futebol, originalmente conhecido como a Liga dos Clubes Campeões Europeus é a principal competição interclube da Europa. Participam nela os campeões nacionais dos países filiados à instituição e alguns outros clubes. Acontece paralelamente às competições nacionais, tendo início na segunda metade do ano e terminando no final da primeira metade do ano seguinte. A Liga Europa é a segunda maior competição da Europa. Participam as equipas que ficaram no meio da tabela em campeonatos e equipes que foram terceiras em grupos da champions e as que foram eliminadas das play-offs da champions.
Enfim, a Supercopa da UEFA é a 3ª competição mais importante de futebol da Europa, que se realiza anualmente entre as equipas vencedoras da 1ª e da 2ª competições mais importantes da Europa ao nível de clubes, respectivamente a Liga dos Campeões da UEFA e a Liga Europa da UEFA. A competição realiza-se no início das temporadas nacionais, em Agosto e tem o status de abertura oficial da temporada europeia para os clubes, mesmo com campeonatos e outros certames já iniciados. O Campeonato Europeu é a 2ª competição de seleções mais importante do mundo, e a 3ª competição geral mais bem organizada a perder apenas para Campeonato do mundo e para Liga dos Campeões, a competição foi idealizada no ano de 1927 antes mesmo da UEFA ser criada, mas ela só foi concretizada 10 anos após a criação da UEFA. No inicio a competição tinha apenas 4 seleções representantes no período de 1960 até 1980 quanto o numero de seleções passou a ser 8, dobrando em 1996 quando a competição passou a ter 16 seleções e a partir de 2016 o número de seleções aumentou para 24.
Mesmo com este decreto-lei em vigor, há notícias de algumas práticas do desporto feminino, como, por exemplo, o caso do Araguari Atlético Clube, considerado o primeiro clube do Brasil a formar um time de futebol feminino. Em meados de 1958, este clube selecionou 22 meninas para um jogo beneficente, a ser disputado em dezembro deste mesmo ano. O sucesso desta partida foi tão grande, que a espetacular revista “O Cruzeiro” fez matéria de capa sobre o acontecimento, pois até aqueles dias, partidas femininas de futebol só ocorriam em geral em circos ou quadras de futsal. Com esta divulgação, nos meses seguintes, vários jogos do time feminino do Araguari em cidades de Minas Gerais, Belo Horizonte inclusive, e também em Goiânia e Salvador. Em meados de 1959 a equipe feminina do Araguari foi desfeita, por pressão dos religiosos ultraconservadores de Minas Gerais. Em 1967, Asaléa de Campos Micheli, reconhecida por Léa Campos, foi a primeira mulher a concluir curso de arbitragem. O Decreto-Lei 3199 proibia as mulheres de jogarem, mas não mencionavam arbitragem. Essa brecha na Lei garantiu a Léa participar do Curso de Árbitros em Minas Gerais, realizado no Departamento de Futebol Amador da Federação Estadual. Em entrevista ao Esporte Espetacular, da Rede Globo, em 2007, ela informou que “não pode participar sequer da formatura do curso, por represálias machistas”.
Marta Vieira da Silva, reconhecida como Marta, nasceu em Dois Riachos, no estado de Alagoas, em 19 de fevereiro de 1986. Após atuar no juvenil no Centro Sportivo Alagoano (CSA), Marta iniciou a carreira profissional no Vasco da Gama em 2000 aos 14 anos e também jogou na Associação Atlética Light. Após dois anos no time cruzmaltino, transferiu-se para o mineiro Santa Cruz, onde jogaria por mais duas temporadas, antes de defender o Umeå IK, da Suécia. Por este clube, tornou-se reconhecida na Europa e veio se destacando cada vez mais, até ser considerada a melhor jogadora do mundo. Conquistou, com a seleção brasileira, a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de 2003 e 2007, liderando a artilharia da competição com 12 gols. Fora do Brasil desde 2004 defendeu as cores dos times de futebol feminino do Umeã Ik e Rosengard, da Suécia, do Los Angeles Sol e Western New York Flash, dos Estados Unidos. Marta se consagrou por seu ótimo futebol, sendo eleitas cinco vezes consecutivas a melhor jogadora do mundo, entre os anos de 2006 e 2010. Ganhou o prêmio Bola de Ouro em 2004, 2007 e 2010 e o troféu Chuteira de Ouro em 2007.
Foi ainda medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 2004 e 2008. Em 27 de setembro de 2007, durante a partida de semifinal na Copa do Mundo de Futebol Feminino, realizada na China, contra os EUA, marcou o gol mais bonito da competição e, para alguns, o gol mais bonito marcado durante existência deste torneio e neste ínterim o Brasil a chegar pela primeira vez em sua história social do desporto feminino à final dessa competição. De acordo com Castro (2011) apesar das regras, métodos e do conceito puramente masculino, o futebol desenvolvido através das mulheres surgiu buscando certo grau de independência e identidade próprias. Infelizmente, por conta da alienação a uma sociedade amplamente machista, onde mulheres rotulam mulheres que ousam, o ímpeto de jogar futebol tornou-se um problema, havendo uma relevante melhora no modo como o futebol feminino foi entendido a partir de 2007. Do ponto de vista da análise crítica a modalidade não é reconhecida profissionalmente, goza de pouco prestígio junto aos meios de comunicação massivos, além de ser avaliada no sentido darwinista-evolucionista por falta da perspectiva “bio” e “fisiológica feminina”, que torna o jogo cadenciado e não menos veloz. A necessidade de mudança, se deu  nos anos em que a modalidade titubeava entre a falta de políticas e investimento econômico.
A situação mudou significativamente nos últimos anos, após iniciativa da ex-diretoria do Santos F. C., agremiação tradicional do estado de São Paulo, ao trazer para a equipe, Marta Vieira da Silva. Tal fato social mudou a precária visibilidade do futebol feminino no país. Alguns clubes ressignificaram seu olhar, seus métodos e postura sobre a modalidade feminina. O futebol feminino dos clubes, quando os tem, é vinculado ao Departamento de Esportes Olímpicos, o que implica ainda em parco investimento profissional. Na referida competição Brasil ficou em 2º lugar e Marta foi escolhida a melhor jogadora da Copa recebendo o prêmio Bola de Ouro e também artilheira da competição com 7 gols. Em 12 de janeiro de 2009, durante a coletiva de imprensa que antecedeu a premiação dos melhores jogadores do mundo de 2008, Marta anunciou sua transferência para o Los Angeles Sol dos Estados Unidos. No clube norte-americano, foi artilheira da liga nacional, levando a equipe ao vice-campeonato.
O condado de Los Angeles, incorporado como County of Los Angeles, é o mais populoso dos 58 condados do estado americano da Califórnia e o mais populoso de todo o país, tendo, inclusive, mais habitantes do que 41 estados. Foi incorporado em 18 de fevereiro de 1850, como um dos 27 condados originais. Fato que ocorreu alguns meses antes da Califórnia ser admitida à União, em 9 de setembro de 1850. A sede e cidade mais populosa do condado é Los Angeles. O condado de Los Angeles representou um dos condados importantes e originais da Califórnia, criado no mesmo ano da incorporação do estado que ocorreu em 9 de setembro de 1850. O condado foi incorporado em 18 de fevereiro do mesmo ano. A área do condado incluía grandes partes do que é agora o Condado de Kern, o Condado de San Bernardino, o Condado de Riverside e o Condado de Orange. Estas partes do território foram cedidas ao Condado de San Bernardino (1853), ao Condado de Kern (1866) e ao Condado de Orange (1889). Em 1893, parte do Condado de San Bernardino se tornou parte do Condado de Riverside. Possui 88 cidades incorporadas e muitas áreas não-incorporadas que correspondem a mais de 65% do condado. A parte mais ao sul do condado é a área mais intensamente urbanizada e abriga a maioria da população que vive ao longo da costa do Sul da Califórnia e do interior das bacias e vales. 

A metade norte é uma grande extensão de deserto, menos povoada, que inclui o Vale de Santa Clarita e o Vale Antelope. Esse último abrange a região nordeste do condado e é adjacente ao Condado de Kern. Entre essas duas áreas do condado estão as Montanhas de San Gabriel e o mais vasto deserto conhecido como Floresta Nacional Angeles. Contém mais de um quarto dos habitantes da Califórnia. É um dos condados do país mais diversificados, que detém a maioria das principais cidades que engloba a Grande Los Angeles e é o centro dos cinco condados que compõem essa área. O condado possui uma população de 10. 014. 009 habitantes e uma densidade populacional de 952,5 hab./km², segundo o censo nacional de 2020 realizado pelo Departamento do Censo dos Estados Unidos da América. Em 1° de agosto de 2009 o Santos anunciou sua contratação, por empréstimo de três meses, até o final de 2009, mas sua apresentação só ocorreu após o término da Liga de Futebol Feminino dos Estados Unidos de 2009. Após o período no Santos Futebol Clube, onde disputou e venceu a Copa Libertadores Feminina e a Copa do Brasil, ela retornou ao Los Angeles Sol. Em 10 de setembro foi apresentada e a estreia ocorreu em 16 de setembro, em um amistoso contra o Comercial-MS em Campo Grande, centro-oeste brasileiro. Após o encerramento das atividades do Los Angeles Sol, ficou disponível para o draft, onde os clubes escolhem para contratação as jogadoras deste clube que encerrou suas atividades.

O clube estreante na Liga, Atlanta Beat, após acordo com o St. Louis Athletica trocou sua posição recebendo por isso algumas jogadoras. Por sua vez, o St. Louis Athletica selecionou Shannon Boxx, meia da Seleção dos Estados Unidos. Em seguida, o Philadelphia Independence selecionou a goleira Karina LeBlanc. A seguir, o FC Gold Pride escolheu Marta Vieira da Silva para sua equipe de futebol. Na temporada 2010, ela foi pela segunda vez consecutiva artilheira da liga, e dessa vez, consequentemente como líder levando seu time ao título.  Em 26 de janeiro de 2011, como nova contratada do Western New York Flash para a temporada da Liga de futebol dos Estados Unidos de 2011. Ela foi apresentada dia 25 de fevereiro de 2011. Em 22 de fevereiro de 2012, foi apresentada novamente como jogadora do Tyresö FF participando atualmente no Damallsvenskan - a reconhecida divisão principal do Campeonato Sueco de Futebol Feminino, com contrato social na temporada de dois anos e onde jogara com a camisa 10. Entrou na Calçada da Fama do estádio Maracanã (RJ), sendo a primeira e, até agora, a única mulher a deixar a marca dos pés neste prestigiado local. Homenageada pelo Museu do Futebol em 2015 no projeto “Visibilidade para o Futebol Feminino”. 

Apesar de já fazer parte do acervo do museu desde sua abertura, em 2008, na Sala das Copas do Mundo, e na Sala Números e Curiosidades, Marta foi a primeira jogadora, junto com Formiga, a integrar a Sala Anjos Barrocos, que até então era exclusiva de jogadores masculinos. Após a falência do Tyresö em 2014, Marta foi contratada pelo FC Rosengård, por seis meses, e possibilidade de prorrogação. – “Recebi várias ofertas da Europa e dos Estados Unidos, mas ainda tenho fome de títulos, especialmente a Liga dos Campeões”, disse na entrevista. – “Vejo um grande potencial no Rosengard, uma equipe forte, e vou fazer todo o possível para que se transforme na melhor da Europa”. Com a equipe bem entrosada ela foi bicampeã da Liga da Suécia de Futebol Feminino em 2014 e 2015, além de acabar obtendo o vice-campeonato em 2016. Aliás, lugar de vice só é perigoso  na política brasileira, mas em futebol é muito honroso. Desde 2016, a equipe compete na National Women`s Soccer League, a primeira divisão do futebol feminino nos Estados Unidos da América. O Pride foi o décimo clube a se juntar à liga e é afiliado ao Orlando City SC da Major League Soccer. A equipe manda seus jogos no Orlando City Stadium. Recebeu o maior público da história da NWSL, quando em 23 de abril de 2016, 23. 403 pessoas assistiram a primeira partida do Pride com a derrota do Houston Dash por 3-1. Em 7 de abril de 2017, Marta foi oficialmente anunciada como nova jogadora do Orlando Pride, dos Estados Unidos.

A National Women`s Soccer League é uma liga profissional de futebol feminino dos Estados Unidos. Organizada pela Federação de Futebol dos Estados Unidos é considerada a principal e mais importante liga de futebol feminino do país. A NWSL foi criada em 2012 como uma sucessora da Women`s Professional Soccer (WPS) (2007-2012), que foi ela própria sucessora da Women`s United Soccer Association (WUSA) (2001-2003), a primeira liga de futebol feminino criada no país em 2001. A liga começou seus jogos em 2013 com 8 times, 4 dos quais eram ex-membros da Women`s Professional Soccer. Com a adição de mais dois times em Houston e Orlando e com a saída do Boston Breakers, a liga conta hoje com um total de nove times.  Desde sua temporada inaugural em 2013, quatro times diferentes foram campeões da liga e quatro foram campeões da temporada regular. O atual campeão da liga é o North Carolina Courage, que também é o campeão da temporada regular (NWSL Shield). O Courage foi o primeiro time na história da liga a ganhar ambos os títulos em 2018 e repetida em 2019.

A temporada da NWSL ocorre de abril à setembro, onde cada time joga 24 partidas, sendo 12 em casa e 12 fora. Ao final da temporada regular, o time com o maior número de pontos é reconhecido com o título da temporada regular. Os quatro clubes com mais pontos se classificam para os playoffs da NSWL, que consistem em duas semifinais de jogos únicos em “mata-mata” quando o 1º enfrenta o 4º; o 2º enfrenta o 3º), com o ganhador de cada semifinal indo para a decisão do torneio em uma final na casa do time com mais pontos na temporada regular. Depois que a Women`s Professional Soccer (WPS) cessou suas atividades em abril de 2012, a Federação de Futebol dos Estados Unidos (USSF) anunciou uma mesa apara discutir o futuro do futebol feminino profissional nos Estados Unidos. A reunião, que contou com a presença de representantes da USSF, dos times da WPS, da W-League (que acabou também deixando de existir em 2015) e da Women`s Premier Soccer League (WPSL), aconteceu em junho e resultou no planejamento para o lançamento de uma nova liga em 2013 com 12-16 times, tirados de cada uma das três ligas. Comparado com a WPS, os times teriam um orçamento salarial relativamente baixo de $500,000, valor que foi rebaixado ainda mais para $200,000.

Em novembro de 2012, foi anunciado que haveria oito times na nova liga e que a competição seria subsidiada pela USSF, pela Federação Canadense de Futebol (CSA) e pela Federação Mexicana de Futebol (FMF). As três federações pagariam os salários das jogadoras de suas respectivas seleções (24 dos EUA, 16 do Canadá e entre 12 e 16 do México), ajudando assim os times a criarem elencos de alta classe sem que tivessem que ultrapassar seus orçamentos salariais. As jogadoras seriam distribuídas de forma o mais igualitariamente possível entre os oito times em um processo de alocação. A Federação Americana cuidaria da organização do evento e do calendário de partidas. Em 29 de novembro de 2012, foi anunciado que Cheryl Bailey havia sido nomeada Diretora Executiva da nova liga. Bailey havia sido Diretora Geral da Seleção de Futebol Feminino dos Estados Unidos entre 2007 e 2011, liderando todo o staff de suporte a seleção durante as Copas do Mundo de 2007 e 2011 e durante os Jogos Olímpicos de Verão de 2008. Durante seu tempo como Diretora Geral da seleção americana, ela foi responsável por todas as áreas da administração, incluindo pagamentos, planejamento das viagens do time e relação com a CONCACAF, FIFA e outras federações.  

O primeiro jogo da NWSL aconteceu em 13 de abril de 2013, quando o Portland Thorns visitou o FC Kansas City, em um jogo que terminou empatado em 1 a 1 e foi assistido por 6,784 no Shawnee Mission District Stadium. A atacante méxico-americana Renae Cuéllar marcou o primeiro gol da história da liga. A temporada de 2013 teve uma média de público de 4,270 pessoas com um pico de 17,619 presentes para assistir a revanche entre Kansas City e Portland em Portland em 4 de agosto. A NWSL se tornou a primeira liga profissional de futebol feminino da história dos Estados Unidos a chegar a nove times com a adição do Houston Dash em 2014. O aparecimento de grupos interessados em ter um time na NWSL continuou, principalmente com times da Major League Soccer (MLS) interessados em também ter um time na NWSL. A temporada de 2015, teve um calendário mais enxuto e alguma instabilidade no início da temporada devido a programação da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2015 no Canadá. Contudo, a competição trouxe também mais exposição na mídia para a NWSL, o que causou um aumento significativo no público frequentando os jogos da liga.

Em 2016, a NWSL se tornou também a primeira liga profissional de futebol feminino da história dos Estados Unidos a existir por mais de três temporadas. Dez equipes participam da liga, todas elas baseadas nos Estados Unidos. Cada clube pode ter um mínimo de 18 e um máximo de 20 jogadoras no elenco a qualquer momento na temporada. Originalmente, cada elenco da liga incluía até três jogadoras da seleção americana, até duas jogadoras da seleção mexicana e até duas jogadoras da seleção canadense. Os times podem também contar com até quatro jogadoras internacionais. As outras vagas no elenco devem ser preenchidas por jogadoras americanas. Os clubes também preenchem seus elencos usando um número de drafts. Após 2017, a Federação Mexicana não aloca mais jogadoras para a NWSL, já que os mexicanos criaram sua própria liga de futebol feminino e o número de jogadoras alocadas e jogadoras internacionais em cada time varia devido a evidente troca de jogadoras entre os times. O condado possui uma extensa rede de via expressa de lendário tamanho e complexidade, que é mantida pelo Caltrans e patrulhada pela Patrulha Rodoviária da Califórnia.

Possui também uma vasta rede de ruas urbanas e suburbanas, a maioria das quais é mantida pelas prefeituras. O condado e a maioria das cidades geralmente fazem um trabalho decente de manutenção e limpeza das ruas. Ambas as estradas e as ruas são conhecidas pelos congestionamentos de tráfego severos. Além do serviço de ônibus metropolitano, inúmeras cidades do condado também operam suas próprias empresas de ônibus e linhas de transporte. O principal aeroporto comercial do condado é o Aeroporto Internacional de Los Angeles (LAX), em Los Angeles. Outros aeroportos importantes incluem o Aeroporto de Long Beach, em Long Beach e o Aeroporto Bob Hope em Burbank. O Aeroporto Regional Los Aangeles/Palmdale está previsto para expandir o serviço comercial. Há também outros aeroportos de aviação geral em Los Angeles, incluindo aeroportos em Van Nuys e Pacoima. Outros aeroportos existem em Santa Mônica, Compton, Torrance, El Monte, Lancaster, La Verne e Hawthorne. Los Angeles é um importante centro de transporte ferroviário de mercadorias, principalmente devido aos grandes volumes de mercadorias que entram e saem das instalações portuárias do condado. Os portos estão ligados à pátios ferroviários e as principais linhas da Union Pacific e da Burlington Northern Santa Fe que conduzem ao leste através de um corredor ferroviário conhecido como o Corredor Alameda. Serviço ferroviário de passageiros é prestado no condado pela Amtrak, pelo Metrô de Los Angeles e pela Metrolink.

Os dois principais portos do condado são o Porto de Los Angeles e o Porto de Long Beach. Juntos, eles controlam mais de um quarto de todo o tráfego de contêiner que entra nos Estados Unidos, tornando o complexo o maior e mais importante do país, e o terceiro maior porto do mundo em volume de transporte marítimo. O Porto de Los Angeles é o maior centro de navios de cruzeiro na costa oeste, por onde passam mais de 1 milhão de passageiros anualmente. Los Angeles é comumente associada com a indústria do entretenimento; todos os seis grandes estúdios: Paramount Pictures, 20th Century Fox, Sony, Warner Bros., Universal Pictures e Walt Disney Studios, estão localizadas dentro do condado. Além do cinema e produção de programas de televisão, outras grandes indústrias do Condado de Los Angeles são o comércio internacional apoiado pelo Porto de Los Angeles e pelo Porto de Long Beach, gravação e produção musical, aeroespacial e de serviços profissionais, tais como direito e medicina. O parque mais visitado do condado é o Parque Griffith, propriedade da cidade de Los Angeles. O condado é também conhecido pelo anual Rose Parade em Pasadena, o anual Los Angeles County Fair em Pomona, o Museu de Arte do Condado de Los Angeles, o Zoológico de Los Angeles, o Museu de História Natural do Condado de Los Angeles, o La Brea, o Jardim Botânico do Condado de Los Angeles, duas pistas de corrida de cavalo e duas pistas de corrida de carro, a Pomona Raceway e a Irwindale Speedway, o RMS Queen Mary localizado em Long Beach, e o Grand Prix of Long Beach, além de quilômetros de praias de Zuma a Cabrillo. 

Bibliografia geral consultada.

GADAMER, Hans-Georg, A Atualidade do Belo: A Arte como Jogo, Símbolo e Festa. Rio de Janeiro: Editor Tempo Brasileiro, 1985; DEJOURS, Christophe, O Corpo entre a Biologia e a Psicanálise. São Paulo: Editora Artes Médicas, 1988; DEBUISSON, Daniel, l`Occident et la Religion: Mythe, Science et Idéologie. Bruxelles: Éditions Complexe, 1998; GIRARD, René, A Violência e o Sagrado. São Paulo: Editora Paz e Terra; Editora Unesp, 1990; RUBIO, Kátia, “A Psicologia do Esporte: Histórico e Áreas de Atuação e Pesquisa”. In: Psicol. cienc. prof. Vol.19 n°3. Brasília, 1999; DECLOS, Marie-Laurence (dir.), Le Rire des Grecs. Grenoble: Éditions Jérôme Million, 2000;  TOLEDO, Luiz Henrique de,  Lógicas do Futebol. Dimensões Simbólicas de um Esporte Nacional. Tese de Doutorado. Departamento de Antropologia. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2000; MOURA, Eriberto José Lessa de, Relações entre Lazer, Futebol e Gênero. Dissertação de Mestrado em Educação Física. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2003; CICERO, Sulla Natura degli Dei. Milano: Oscar Mandadori Editore, 2004; GOELNER, Silvana Vilodre, “Mulheres e Futebol no Brasil: Entre Sombras e Visibilidades”. In: Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. Vol. 19, n° 2, pp. 143-151, 2005; GARRIGA ZUCAL, José, Nosotros nos peleamos: violência e identidad de una hinchada de fútbal. Buenos Aires: Prometeo Libros, 2010; AGUIAR, Leonel Azevedo de; PROCHNIK, Luisa, Quanto Vale uma Partida de Futebol? A Relação entre Televisão e Futebol no Cenário Midiático Contemporâneo. In: Revista Logos. Rio de Janeiro. Comunicação e Esporte. Volume 17, nº 02, 2º semestre de 2010; CASTRO, Luciane de, “Brasilien: Frauenfußball zwischen Aufstieg und Machismo in Brasilien”. In:  https://www.boell.de/de/navigation/20mai2011; SALVIANI, Leila; MARCHI JÚNIOR, Wanderley, “O Futebol de Marta na Revista Placar: Recortes de uma História”. In: Espaço Plural. Ano XIV, n° 29, 2° semestre 2013, pp. 298-313; SILVA, Giovana Capucim e, Narrativas sobre o Futebol Feminino na Imprensa Paulista entre a Proibição e a Regulamentação (1941-1983). Dissertação de Mestrado. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2015; PEREIRA, Marcela Caroline, Às Margens de uma Revista Esportiva: A Seleção Brasileira de Futebol Feminina nas Páginas da Placar (1991 – 2015). Dissertação de Mestrado em Ciências Sociais Aplicadas. Ponta Grossa: Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2018; entre outros.

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