Trabalho & Combustível: A Resiliência do Transporte de Cargas.
Ubiracy de Souza Braga
“Agora é uma questão de desespero”. Walace Landim, o Chorão, presidente da Abrava.
A
resiliência é a capacidade do indivíduo lidar com problemas, adaptar-se
a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas -
choque, estresse, algum tipo de evento traumático, entre outros. Sem entrar em
surto psicológico, emocional ou físico, por encontrar soluções estratégicas
para enfrentar e superar as adversidades. Nas organizações, a resiliência se
trata de uma tomada de decisão quando alguém se depara com um contexto entre a
tensão do ambiente e a vontade de vencer. Essas decisões propiciam forças
estratégicas na pessoa para enfrentar a adversidade. Manter a imunidade mental
é a base para criar resiliência emocional. O indivíduo condiciona a mente a
tolerar os pensamentos assustadores e consegue esquivar-se do sofrimento ao
entender que a dor fará, inevitavelmente, parte da trajetória da vida. É a habilidade
de se manter sereno diante de uma situação de estresse. Pessoas
resilientes quanto a esse fator são capazes de utilizar as pistas que leem nas
outras pessoas para reorientar o comportamento, promovendo a questão tópica da autorregulação.
Quando
essa habilidade é rudimentar, as pessoas encontram dificuldades em cultivar
vínculos e com frequência desgastam, no âmbito emocional, aqueles com quem
convivem em família ou no trabalho. É a capacidade de regular a intensidade de
seus impulsos no sistema neuromuscular (nervos e músculos), não se deixando
levar impulsivamente pela experiência de uma emoção. As pessoas podem exercer
um controle frouxo ou rígido do seu sistema muscular, visto que esse sistema
está vinculado à regulação da intensidade das emoções. Dessa forma, a pessoa
poderá viver uma emoção de forma exacerbada ou inibida. O controle de impulso
garante a autorregulação dessas emoções ou a possibilidade de dar a devida
força à vivência de emoções, tornando o grau de compreensão do autor mais
sensível e apurado mediante a situação histórica e pontual. É a crença otimista
de que determinada ordem de coisas pode mudar para melhor. Há investimento
contínuo de esperança e, por isso mesmo, a convicção da capacidade de controlar
o destino da vida, mesmo quando o poder de decisão esteja fora das mãos. O
otimismo se alia à competência social e à proatividade, tendo por base a
autoeficácia.
O
Congresso Nacional passou a governar diante da falta de responsabilidade e de respostas do governo golpista de Michel Temer (PMDB) para
os caminhões parados, num misto de greve dos autônomos com lockout das empresas do setor. Na quinta-feira o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aprovou dispositivo zerando a incidência de “PIS-COFINS” -Programas de Integração Social e de Formação do
Patrimônio do Servidor Público. COFINS – Contribuição para Financiamento
da Seguridade Social,sobre o diesel, atropelando literalmente o enviado do Planalto. Ontem quem se
vestiu de primeiro-ministro foi o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE),
reunindo às pressas os líderes para tentar aprovar a medida. Michel Temer (2016-2019) participava de “uma inacreditável distribuição de carros para conselhos
tutelares numa montadora”. No final do dia, começou a chuva de liminares
autorizando o desbloqueio das rodovias com autorização do uso da força. Aí mora
o perigo de tudo descambar para uma aventura autoritária, dizia a paúra
instalada nas redes da esquerda, desconfiada de uma paralisação que partiu também dos patrões, e não apenas do
terço de caminhoneiros autônomos na composição da frota nacional. Os pregadores em geral reacionários e considerados de plantão da intervenção militar atuaram com afinco alarmista nas redes sociais.
O presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia
(DEM-RJ), reeleito para o biênio 2017-2019 só pode aprovar o projeto da reoneração da folha de pagamento das empresas,
parado há tantos meses, e nele inserir a zeragem do PIS-COFINS para o diesel,
porque fez um acordo nestes dias com a oposição: em troca da suspensão da obstrução,
mandou para o espaço uma Medida Provisória essencial à privatização da
Eletrobrás, impondo séria derrota ao governo. A reoneração da
folha de pagamento foi uma medida do governo para equilibrar as contas do país,
devido à redução dos impostos nos combustíveis. Empresas podiam
optar por uma carga tributária menor. No Senado, seu correligionário
Ronaldo Caiado (DEM) chegou à reunião dizendo: - “a incompetência deste governo
virou ingovernabilidade”. Se ao governo restou usar a força, o Congresso
avançará com a tutela que terá um alto custo fiscal. Outra escolha de M. Temer
é a negação da independência empresarial que deu à Petrobras, arranhada com a
redução de 10% no preço do diesel, apresentada como voluntária pelo presidente,
Pedro Parente. Não apenas petistas lembravam que o presidente eleito pelo voto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alterou o preço dos
combustíveis oito (8) vezes em oito anos de mandato, ao passo que sob
Temer-Parente, de forma estapafúrdia a gasolina subiu 229 vezes em dois anos.
A
distribuição espacial da logística de transportes no território brasileiro
revela uma predominância do modal rodoviário, bem como sua concentração na
região Centro-sul com destaque para o estado de São Paulo. Mesmo com
distribuição desigual pelo território nacional, a malha rodoviária tem
vascularização e densidade muito superiores às dos outros modais de transporte
e só não predomina na região amazônica, onde o transporte por vias fluviais tem
grande importância, devido à densa rede hidrográfica natural. Por outro lado, a
distribuição das ferrovias e hidrovias é bem reduzida e tem potencial muito
pouco explorado, especialmente em um País das dimensões do Brasil. Esse é o
cenário ilustrado pelo mapa mural “Logística dos Transportes no Brasil”, do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representado, na escala
de 1:5.000.000 (1 cm = 50 km), que exibe as principais estruturas de transporte
do país (rodovias, ferrovias, hidrovias etc.), bem como equipamentos associados
à logística do transporte de cargas e pessoas no Brasil, como armazéns,
estações aduaneiras de interior (“portos secos”), pontos de fronteira,
aeródromos públicos e terminais hidroviários.
A
distribuição espacial da logística de transportes no território brasileiro
apresenta predominância de rodovias,
concentradas principalmente no Centro-Sul do país, em especial no estado de São
Paulo. Em 2009, segundo a Confederação
Nacionalde Transportes (CNT),
61,1% de toda a carga transportada no Brasil usou o sistema modal rodoviário;
21,0% passaram por ferrovias, 14% pelas hidrovias e terminais portuários
fluviais e marítimos e apenas 0,4% por via aérea. Infraestrutura paulista de
transportes conjuga ferrovias, rodovias e hidrovia. São Paulo é o único estado
com uma infraestrutura de transportes na qual as cidades do interior estão
conectadas à capital por uma vasta rede, incluindo rodovias duplicadas,
ferrovias e a hidrovia do Tietê. O estado ainda comporta o maior aeroporto
(Guarulhos) e o porto com maior movimentação de carga (Santos) do País. Também
chama atenção a extensão de rodovias pavimentadas não duplicadas no noroeste do
Paraná, Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais e Distrito Federal e seu entorno,
bem como no litoral da Região Nordeste, entre o Rio Grande do Norte e Salvador
(BA). Esta distribuição evidencia a importância econômica dessas regiões, que
demandam por maior acessibilidade e melhor infraestrutura de transporte.
A
malha ferroviária serve, pois, principalmente ao transporte de commodities. A malha ferroviária
acompanhou a expansão da produção cafeeira até o oeste paulista do século XIX
(1830) até o início do século XX (1930). Porém, os principais eixos ferroviários da
atualidade são usados para o transporte das chamadas commodities, principalmente minério
de ferro e grãos provenientes da agroindústria. Algumas das poucas ferrovias mais
importantes são: a Ferrovia Norte-Sul, que liga a região de Anápolis (GO) ao
Porto de Itaqui em São Luís (MA), transportando predominantemente soja e farelo
de soja; a Estrada de Ferro Carajás, que liga a Serra dos Carajás ao Terminal
Ponta da Madeira, em São Luís (MA), levandoprincipalmente minério de ferro e manganês e a Estrada de Ferro Vitória-Minas,
que carrega predominantemente minério de ferro para o Porto de Tubarão.
As
hidrovias, comparativamente como os transportes das ferrovias, são predominantemente utilizadas para
transporte de commodities, como grãos e minérios, insumos agrícolas, bem como
petróleo e derivados, produtos de baixo valor agregado e cuja produção e
transporte em escala trazem competitividade. A exceção é a região Norte, onde o
transporte por pequenas embarcações de passageiros e cargas é de histórica
importância. Além das hidrovias do Solimões/Amazonas e do Madeira, essa região
depende muito de outros rios navegáveis para a circulação inter-regional. Outras
hidrovias de extrema importância para o país são as hidrovias que permite o
processo de comunicação do Tietê-Paraná e do Paraguai, que possuem importante
papel na circulação de mercadorias e de produtos agrícolas no estado de São
Paulo e parte da Região Centro-Oeste.
A
gasolina é um subproduto natural da indústria do petróleo, sendo que o querosene
representa o principal produto resultante do refino do petróleo. A gasolina é
produzida por destilação, separação das frações mais valiosas e voláteis do
petróleo bruto. Inúmeros processos e agentes necessários foram inventados para
melhorar a qualidade da gasolina. Curiosamente a palavra gasolina foi usada
pela primeira vez como uma marca do
novo destilado de petróleo no final de 1800, tendo em vista que ele não era
realmente um combustível até o momento. Um fato pouco conhecido é que ela foi
inicialmente utilizada como “um medicamento tópico para livrar pessoas de
piolhos”. Inicialmente, a gasolina foi, na verdade, uma marca, da mesma forma
que a vaselina representa uma marca de produto. E enquanto a palavra gasolina
ainda não tinha sido registrada como marca, não é realmente um gás, não no
sentido de química de qualquer maneira - ou é um líquido, não um vapor – não
havia sua mercantilização.
MST se solidariza aos caminhoneiros.
Para
os Estados defensores dos direitos civis, um dos maiores erros da Europa na
crise migratória do Mediterrâneo ocorreu com o fim do programa italiano de
patrulha e salvamento chamado “mare Nostrum”. Sob a liderança da Marinha, o
programa salvou milhares de migrantes no mar. Mas seu fim, em grande parte por
razões econômicas e em parte por razões ideológicas, teve efeitos políticos e
sociais que vão muito além da redução dos esforços humanitários. “Mare Nostrum”
era o nome dado pelos antigos romanos para o mar Mediterrâneo. Após a
unificação da Itália, em 1861, o termo foi revivido por nacionalistas, que se
acreditavam como sucedâneo do Império Romano os territórios que pertenceram a
Roma em sua fase imperialista por todo o Mediterrâneo.
Historicamente
o termo latino “mare Nostrum” foi usado originalmente pelos antigos romanos
para se referir ao mar Tirreno, logo após a conquista da Sicília, Sardenha e
Córsega, duranteGuerras Púnicas,
ocorridas contra Cartago. Em 30 a. C., a dominação romana já se estendia da
Hispânia ao Egito, e a expressão “mare Nostrum” passou a ser utilizado no
contexto de todo o mar Mediterrâneo. A ascensão do nacionalismo italiano
durante a chamada “Partilha da África” da década de 1880 gerou o desejo geral
da nação do estabelecimento de um império colonial italiano. A expressão teria
sido utilizada pela primeira vez pelo poeta Gabriele d Annunzio, símbolo do
decadentismo e herói de guerra. Além de sua carreira literária, teve também uma
excêntrica carreira política. A África é o terceiro continente mais extenso,
somente atrás da Ásia e da América do Norte, com cerca de 30 milhões de km²
cobrindo 20,3 % da área total da terra firme do planeta. É o segundo continente
mais populoso, apenas atrás da Ásia com 1 bilhão de habitantes (dados de 2005),
representando cerca de 1/7 da população mundial, contando com 54 países
independentes no processo civilizatório.
Devido
ao regime colonialista estabelecido
no continente, foram destruídas e modificadas as estruturas sociais,
econômicas, políticas e religiosas da maioria do território da África negra. As
colônias que proclamaram sua Independência, processo emancipatório que se
iniciou após a 2ª guerra mundial e concluiu-se principalmente de 1960 até 1975,
estiveram sob a ameaça da gravidade de problemas de integração nacional, que
resultaram das fronteiras arbitrárias como legado do sistema colonialista, além
da pobreza, sendo que o rápido crescimento da população africana é mais elevado
do que o número de alimentos produzidos. Como dependem econômica e
politicamente das antigas metrópoles, a ineficiência da administração, as
tribos e as ideologias conflitantes entre si, todos esses fatores agravantes
fizeram com que a população das cidades crescesse. Estas são as principais
barreiras que impedem que os novos países desenvolvam-se. A cooperação coletiva
para a solução desses problemas deu origem a uma diversidade de organizações
supranacionais que se baseiam na ideia do pan-africanismo,
ou a totalidade dos povos africanos unidos no entorno dos interesses comuns; a
de maior importância é a Organização da
Unidade Africana (OUA).
Com
a Revolução Industrial, a exploração das fontes de energia sofreu uma de suas
mais importantes guinadas. O desenvolvimento de novas tecnologias e a produção
em larga escala motivou a busca por novos combustíveis. Nesse contexto, entre
os séculos XVIII e XIX, o carvão mineral se tornou indispensável para o
funcionamento dos primeiros motores movidos a vapor. Nos dias de hoje, após
sofrer uma acentuada queda em seu uso, o carvão mineral dá sinais de
recuperação com as crises do setor petrolífero. Nos primeiros anos do século
XX, a popularização dos automóveis ampliou ainda mais a demanda internacional
por combustíveis de alto desempenho. Dessa forma, os combustíveis fósseis somente
empregados na obtenção do querosene passaram a ser fonte de obtenção da
gasolina. Algumas décadas mais tarde, essa mesma tendência transformou o diesel
em um combustível de grande uso a partir da 2ª guerra mundial.
Os
economistas assumiram que o estudo das ações econômicas do homem poderia ser
feito abstraindo-se as outras dimensões culturais do comportamento humano:
dimensões morais, éticas, religiosas, políticas, etc., e concentraram seu
interesse naquilo que eles identificaram como as duas funções elementares
exercidas por todo e qualquer indivíduo: o consumo e a produção. O homo economicus nada mais é do que um
fragmento de ser humano, a sua parcela que apenas produz e consome no mundo das
mercadorias, cujo único critério de verdade apoiava-se na evidência. O conceito
de homo economicus é um postulado da racionalidade global vigente. É
caracterizada pelo triunfo dos economistas que encontraram nele, a semelhança
dos biólogos no que se refere ao darwinismo social, e na psicologia propriamente dita sustentada na explicação de uma teoria do comportamento
coerente. No
século XIX, gás, carvão e querosene feitos de petróleo eram usados como
combustíveis e em lâmpadas. Os motores dos carros novos pediam quantidades sem
precedentes de petróleo. Nos primeiros anos do século XX, o automóvel estava no
caminho para se tornar o principal meio de transporte no ambiente urbano.
Surgiu, então, uma necessidade por novos combustíveis. Os motores de automóveis
usavam combustíveis que tinham o petróleo como matéria-prima. Refinarias não
poderiam converter petróleo em gasolina suficientemente rápido conforme os
carros e outros veículos iam saindo da linha de montagem das fábricas. Além
disso, o que restava do processo de refinamento era desperdiçado ou derramado
no meio ambiente. A invenção e desenvolvimento do automóvel exigiam em paralelo
com os combustíveis. Havia uma necessidade crescente na economia de melhoria no
processo de refino de combustíveis que impedisse batidas do motor e aumentassem
sua eficiência - especialmente para os novos motores de alta compressão de
automóveis que estavam sendo projetados.
Os
processos para melhorar o rendimento da gasolina a partir de petróleo bruto são
conhecidos como cracking. No refino
de petróleo, cracking é um processo
pelo qual moléculas de hidrocarbonetos pesados são quebradas, por meio de
calor, pressão e catalisadores tornando-se o principal processo da produção de
gasolina. Em 1913, o “craqueamento” térmico foi inventado por William Meriam
Burton, um processo que empregava calor e altas pressões. Em 9 de dezembro de
1921, o engenheiro Thomas Midgley Jr. da General
Motors descobriu que adicionando chumbo a gasolina se reduz a trepidação e
o barulho na combustão interna do motor. O recém-inventado sistema de ignição
por fagulha não suportava a pressão explosiva da gasolina, que fazia os carros
superaquecerem, gerando trepidação e barulho ao motor parecendo que partes
estavam soltas. Midgley descobriu que adicionando chumbo tetraetílico a
gasolina torna a redução da reação química menos combustível, fazendo com que o
motor trabalhe com mais suavidade. Apesar de outros compostos encontrados terem
o mesmo efeito, o chumbo era o composto mais barato e assim a mistura podia ser
patenteada com maior margem de lucros. Midgley foi envenenado por chumbo devido
ao manuseio e não pôde estar presente na compra de gasolina com adição de chumbo
em 1923 por estar doente.
Dois
de seus assistentes também morreram de envenenamento por chumbo e cerca de
quarenta empregados da fábrica que trabalhava sofrerem severos danos neurológicos
pelo contato com o produto químico. Somente após décadas de insistente utilização
por empresas de óleo e automobilística foi admitido que o chumbo fosse muito perigoso.
Embora a gasolina com chumbo tenha sido substituída nos Estados Unidos da
América (EUA) e outros países competitivos na década de 1970, a gasolina com
chumbo ainda está em uso em algumas partes autônomas da Europa Oriental,
América do Sul e no Oriente Médio. Combustíveis alternativos, também conhecidos
como combustíveis não convencionais, são materiais ou substâncias que podem ser
utilizados como combustíveis, com exceção ou em substituição dos combustíveis
convencionais, ou seja, são uma alternativa aos combustíveis fósseis (petróleo,
carvão, propano e gás natural), e de materiais nucleares, como urânio. O
impulso que estas novas fontes de energia receberam nos últimos tempos, melhor dizendo, desde a década de 1950, devem-se, sobretudo na diminuição dos impactos ambientais devidos ao uso de
combustíveis fósseis, assim como uma maior racionalização de meios e recursos
técnicos, humanos e financeiros.
O
termo discurso pode também ser definido do ponto de vista formal lógico. Quando
pretendemos significar algo a outro é porque temos a intenção de lhe transmitir
um conjunto de informações coerentes - essa coerência é uma condição essencial
para que o discurso seja entendido. São as mesmas regras gramaticais utilizadas
para dar uma estrutura compreensível ao discurso que simultaneamente funcionam
com regras lógicas para estruturar o pensamento. Um discurso político, por
exemplo, tem uma estrutura e finalidade muito diferente do discurso econômico,
mas politicamente pode operar a dimensão econômica produzindo efeitos sociais
específicos em termos de persuasão. Os economistas assumiram que o estudo das
ações econômicas do homem poderia ser feito abstraindo-se as outras dimensões
culturais do comportamento humano: dimensões morais, éticas, religiosas,
políticas, etc., e concentraram seu interesse naquilo que eles identificaram
como as duas funções elementares exercidas por todo e qualquer indivíduo e as formas de reprodução da existência: o consumo e a produção. O “homo
economicus” nada mais é do que um fragmento de ser humano, a sua parcela que
apenas produz e consome no mundo das mercadorias, cujo único critério de
verdade apoiava-se na evidência. O conceito de “homo economicus” é um postulado
da racionalidade global vigente na modernidade. É caracterizada pelo triunfo
dos economistas que encontraram nele, a semelhança dos biólogos no darwinismo,
e na psicologia uma teoria do comportamento coerente.
O
trabalho dos frentistas situa-se em um contexto de serviço de atendimento ao
público consumidor de gasolina com a utilização de veículos automotivos. A atividade
sintetiza e integra os diferentes fatores técnicos e sociais que estruturam o
processo de trabalho. É na situação real de trabalho que a atividade produtiva dá
visibilidade aos determinantes que condicionam a sua interação com o ambiente. A
função de uma bomba de combustível diz respeito ao deslocamento do combustível
que está no tanque para o sistema de alimentação do motor, subsumindo, assim,
todas as suas condições nas etapas do processo de trabalho e comunicação, como
carga, rotação e temperatura. Existem dois tipos de bombas: a mecânica,
presente nos carros carburados e movidos por um eixo; e a elétrica, que equipa
os veículos com injeção eletrônica e é acionada por um motor elétrico. Entre os
modelos de bombas elétricas estão as do tipo interna e externa ao tanque. A
primeira fica submersa e aspira ao combustível do fundo do tanque,
impulsionando-o através de um tubo de abastecimento aos bicos injetores. A
segunda, do tipo externa, está fixada no chassi do veículo, próxima ao tanque
ou ao motor, e suga o combustível por um tubo coletor dentro do próprio tanque.
Até
meados da década de 1990, houve a interferência do Estado brasileiro na
distribuição e revenda de combustíveis automotivos contemplava o controle de
preços, margens de comercialização e fretes. Depois, iniciou-se um processo de
liberalização de preços em toda a cadeia produtiva de petróleo, gás natural e
combustível, além de gradual redução dos subsídios governamentais. Mas foi
somente a partir da Lei do Petróleo nº 9.478/1997 que a liberalização no
mercado de combustíveis automotivos se deu de modo mais efetivo, tendo sido
concluída em 31 de dezembro de 2001. A partir dessa data, os reajustes nos
preços dos combustíveis passaram a caber exclusivamente a cada agente econômico
– do poço ao posto revendedor –, que estabelecem seus preços de venda e margens
de comercialização em cenário de livre concorrência. A Lei do Petróleo também
criou a ANP e conferiu-lhe a competência para desenvolver uma política
energética nacional no que se refere a petróleo, gás natural e combustível, com
ênfase na garantia do suprimento de derivados de petróleo, de gás natural e
seus derivados e de biocombustíveis em todo o território nacional, e na
proteção dos interesses do consumidor quanto a preço, qualidade e oferta desses
produtos.
Dado
que a Agência não controla preços ou quantidades de quaisquer produtos, essas
atribuições legais devem ser exercidas por meio da proteção do processo
competitivo nos mercados, uma vez que a Lei do Petróleo estabelece, também, a
promoção da livre concorrência de mercado entre os princípios e objetivos da
política energética nacional. Desde a década de 1990 tem ocorrido a liberação
dos preços de gasolina automotiva e etanol hidratado combustível nas unidades
de comércio atacadista e varejista, bem como das margens de comercialização dos
postos revendedores e das distribuidoras nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste,
nos estados de Goiás e do Mato Grosso do Sul, no Distrito Federal e na Base de
Barra do Garça (MT), conforme Portaria MF nº 59/1996), tendo em vista que é município
brasileiro, localizado na Região Centro-Oeste, no estado de Mato Grosso, do
qual é o nono município mais populoso, com população de 58 974 habitantes,
conforme a estimativa do IBGE de 2017. Extensão dessas medidas aos estados de
Tocantins e do Mato Grosso e aos municípios de Porto Velho (RO), Manaus (AM) e
Belém (PA) - (Portaria MF nº 292/1996). Houve o estabelecimento do prazo de 36
meses para conclusão do processo de liberalização dos preços dos combustíveis
automotivos, em agosto de 2000 (Lei do Petróleo), e liberalização das margens de
distribuição e de revenda de óleo diesel em todo o território nacional
(Portaria Interministerial MF/MME nº 293/1997).
Assim
como a liberação dos preços de gasolina automotiva e etanol hidratado
combustível nas unidades de comércio atacadista e varejista, bem como as
margens de comercialização dos postos revendedores e das distribuidoras nas
localidades não contempladas anteriormente, conforme a portaria Interministerial
MF/MME nº 28/1999. A Lei nº 9.990, de 21 de julho, estende o prazo estipulado
pela Lei do Petróleo e estabelece nova data para que se finalize o processo de
liberalização de preços de combustíveis: 31 de dezembro de 2001. A Portaria
Interministerial MF/MME nº 240, de 27 de julho de 2001, libera os preços de
venda, em todo o País, de óleo diesel nas unidades de comércio atacadista e
varejista. O processo de abertura do mercado brasileiro de combustíveis é
finalizado na data prevista, 31 de dezembro de 2001, com a liberação dos preços
nas unidades produtoras onde ainda vigorava controle. De 1º de janeiro de 2002 em
diante passou a vigorar o regime de liberdade de preços no mercado de
combustíveis automotivos. É neste sentido que transparece o véu da noiva.
Do
ponto de vista da análise de conjuntura poder de barganha significa no mercado
o poder de troca; permuta. Mas barganhar que representa o ato de trocar pode
definir na formação do nível de análise econômica de forma fraudulenta não um
objeto por outro. Mas a força de uma pessoa (monopólio) ou grupo (oligopólio)
ao discutir preços, colocando pressão e exigindo, por exemplo, maior qualidade
em menor preço. Barganha tem origem na palavra inglesa bargain, que
representa o verbo barganhar em português. Em sentido figurado, barganha com o
“jeitinho” brasileiro pode ser sinônima de trapaça, porque pode representar uma
transação fraudulenta. Poder de barganha comparativamente compõe dois dos
fatores deste modelo. O poder de barganha dos compradores é uma das cinco
forças, é a capacidade de barganha dos clientes para com as empresas do setor.
Este “campo” tem a ver com o poder de decisão dos compradores sobre os
atributos do produto. Principalmente quanto a preço e qualidade, quando
clientes exigem qualidade por um menor preço de bens e serviços, forçando os
preços, aumentando o consumo e concorrentes uns contra os outros.
Neste
sentido, os setores variam de acordo com as forças competitivas básicas e a
compreensão dessas forças torna-se fundamental para se elaborar a estratégia e
garantir uma vantagem. Michael Porter (1979) argumentava que, embora a melhor
estratégia para qualquer dada empresa dependesse de suas circunstâncias
específicas, no nível mais amplo uma empresa só pode assumir três posições
defensáveis que lhe permitirão lidar com sucesso com as cinco forças
competitivas, assegurar um retorno superior sobre os investimentos para seus acionistas
e ter um desempenho superior ao de seus concorrentes no longo prazo.
Finalmente, do ponto de vista meramente econômico a análise das fontes da
vantagem competitiva tinha que ocorrer não no nível da empresa como um todo,
mas no nível das atividades distintas que uma empresa realiza para projetar,
produzir, comercializar, entregar e oferecer suporte ao seu produto. Em suma,
em todas as empresas haveria uma cadeia de atividade que gerava valor para seus
clientes, e somente por meio da cuidadosa análise nessa “cadeia de valor” é que
a empresa poderia encontrar fontes de vantagem competitiva, concorrencial e
sustentável.
O
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST) se solidarizou, nesta quinta-feira (24/05/2018), com
caminhoneiros que estão encampando uma paralisação desde segunda-feira (21/05)
contra os sucessivos aumentos no preço do combustível impostos pela
radicalização política do governo golpista de Michel Temer. Militantes do
movimento improvisaram uma cozinha em plena rodovia Presidente Dutra, em São
Paulo, e cozinharam em solidariedade para os grevistas. O gesto de
solidariedade do movimento, acostumado com marchas em estradas e grandes
mobilizações, vem independente da opinião dos caminhoneiros com relação ao
próprio Movimento dos Trabalhadores Sem Terras. Entre os grevistas há as mais variadas opiniões políticas até
mesmo contraditórias, como aquelas que vêm sendo formulada desde o golpe de
Estado de 2016 pela rede Globo de televisão que dão conta de apoiar uma intervenção cirúrgica civil-militar,
ideia que é rechaçada pelos sem-terra.
Bibliografia
geral consultada.
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Industriais no Brasil: Uma análise setorial do período 1999-2013. Tese de
Doutorado. Instituto de Economia. Universidade Estadual de Campinas, 2016; MEDEIROS, Wesley José Nogueira, Modelo para Determinação de Resiliência em Sistemas de Transportes: Uma Aplicação no Sistema de Tráfego Aéreo. Dissertação de Mestrado. Escola Politécnica. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2018; entre outros. entre
outros.
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