“O amor é passageiro, o coração é o
motorista, um pensamento errado e você sai da pista”. Vinício
Delarmelina
Os
táxis de Nova Iorque caracteristicamente amarelos representam um símbolo
mundialmente conhecido da cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Os táxis
são operados por empresas particulares e licenciados por um órgão municipal
chamado New York City Taxi and Limousine Comission, responsável pelos mais de
13 mil táxis que rodam na cidade. O órgão também é responsável pelo controle
dos mais de 40 mil carros de aluguel disponíveis em Nova Iorque, incluindo as
vans. Os táxis amarelos são os únicos veículos com permissão de pegar
passageiros em Nova Iorque em resposta a um aceno na rua. O modelo mais usado é
o Ford Crown Victoria. O número diário de deslocamentos nos táxis amarelos caiu
em mais de 100 mil em alguns meses desde 2010, à medida que novos aplicativos
vêm ganhando mais usuários. Há mais de 47,5 mil carros ligados a essas bases e
operados por aplicativos próprios, dos quais mais de 46 mil estão ligados ao
Uber, embora também possam ser usados por outras empresas. A título de
comparativo, há atualmente apenas 13.857 táxis amarelos em Nova York.
Os
táxis são operados por empresas particulares e licenciados por um órgão
municipal chamado New York City Taxi and Limousine Comission, responsável pelos
mais de 13 mil táxis que rodam na cidade. O órgão também é responsável pelo
controle dos mais de 40 mil carros de aluguel disponíveis em Nova Iorque,
incluindo as vans. Os táxis amarelos são os únicos veículos com permissão de
pegar passageiros em Nova Iorque em resposta a um aceno na rua. O modelo mais
usado é o Ford Crown Victoria. Sendo uma tradição mais que centenária, os táxis
nova-iorquinos começaram a sua história no ano de 1907, quando o primeiro
automóvel movido a combustível começou a oferecer esse tipo de serviço. Na
década de 1970, esse veículo ficou imortalizado pelo filme “Taxi Driver”, em
que o ator Robert De Niro interpreta o lendário Travis Bickle.
Trata-se
de um jovem taxista frustrado com a vida que enlouquece em meio ao submundo que
só aqueles motoristas conheciam. Na análise comparada o táxi amarelo pode ser
tão sinônimo de Nova York quanto a pizza, a Broadway e o edifício Empire State,
mas cada vez mais, vem deixando de ser a preferência de transporte das pessoas.
Esse símbolo da vida na cidade, elemento da cultura popular presente em filmes
como “Taxi Driver” e o seriado de TV “Taxi”, foi no passado recente a principal
alternativa urbana ao metrô e ao ônibus sendo utilizado tanto por ricos quanto
pobres. Os taxistas eram os “embaixadores da rua”, acolhendo recém-chegados à
cidade, distribuindo informações e conselhos mesmo quando não eram pedidos. Mas
o táxi amarelo vem perdendo espaço para uma frota crescente de automóveis
pretos chamados por aplicativos com nomes curtos e usuários fiéis: Uber, Lyft, Via,Juno, Gett.
Uber
é uma empresa multinacional norte-americana, prestadora de serviços eletrônicos
na área do transporte privado urbano, através de um aplicativo e-hailing que
oferece um serviço semelhante ao táxi tradicional, conhecido popularmente como
serviços de “carona remunerada”. E-hailing é o ato de se requisitar um táxi
através de um dispositivo eletrônico, geralmente um celular ou smartphone. Ele
substitui métodos tradicionais para se chamar táxis, como ligações telefônicas
ou simplesmente esperar ou ir à busca de um táxi na rua. Cerca de cinco anos
após sua fundação a empresa foi avaliada em 18,2 bilhões de dólares, em junho
de 2014, contando com investidores como a empresa Google e Goldman Sachs.
Fundada em 2009 por Garrett Camp e Travis Kalanick, a proposta inicial do Uber
era “ser um serviço semelhante a um táxi de luxo, oferecendo carros como
Mercedes S550 e Escalade na cidade de São Francisco”, nos Estados Unidos. A Lyft foi fundada no verão de 2012 por Logan Green e John Zimmer como uma categoria de serviços do Zimride, “uma empresa de carona solidária” que ambos haviam fundado em 2007.
O Zimride
oferecia caronas solidárias entre longas distâncias, sempre entre duas cidades,
e conectava motoristas e passageiros por meio de uma conexão no Facebook. A
empresa se tornou pouco tempo, “após o lançamento o maior programa de caronas solidárias
dos Estados Unidos”. Logan Green criou o Zimride após dividir o carro com
outros estudantes em uma viagem da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara
até Los Angeles para visitar a namorada. Ele usou um fórum no “Craigslist”, mas
a intenção era eliminar toda ansiedade em não conhecer o motorista ou o
passageiro. Os dois fundadores da empresa foram apresentados por meio de amigos
em comum e inicialmente se conheceram na rede comercial Facebook.
O nome da empresa veio do país Zimbábue, onde durante uma viagem em 2005, Green
observou habitantes locais compartilhando minivans como táxis com esse nome. Em
entrevista, afirmou: - “Voltei aos Estados Unidos inspirados para criar a mesma
forma de transporte aqui”. Se matriculou
em cursos de programação e desenvolveu o site 4 meses depois. A versão de
testes foi lançada inicialmente na Universidade Cornell, onde após seis meses,
tinha mais de 20% de potenciais clientes do campus cadastrado. Usando as informações
do perfil do Facebook, motoristas e
passageiros podiam ter informações uns dos outros. Travis Bickle (Robert De Niro) é um motorista de táxi de Nova York que sofre de insônia e trabalha longas horas todas as noites, na tentativa evitar que sua personalidade paranoica e solitária se torne cada vez mais instável.
Cansado da decadência da
cidade e após ter levado um fora da assistente de campanha do senador Charles
Palatine, Betsy (Cybill Shepherd), ele decide que é hora de mudar. Em 1975, ano
de produção do extraordinário “Taxi Driver”, esta sensação já existia, ainda
mais em uma Nova York suja e movimentada de viciados, criminosos e prostitutas.
Logo no primeiro plano - um close no olhar do solitário taxista, seguido por
imagens das ruas de Nova York - a obra-prima dirigida por Martin Scorsese
demonstra de forma sutil que o efeito social e psicológico do ambiente no
indivíduo será o fio condutor da narrativa. O veterano da dolorosa e fracassada guerra norte-americana contra o regime político do
Vietnã Travis Bickle (Robert De Niro) decide se tornar taxista para ocupar seu
tempo e sua memória, já que não consegue dormir normalmente.
Encarnando
com perfeição o taxista solitário, ele é competente ao transmitir o aumento
gradual da revolta no personagem. Em seu primeiro diálogo, quando consegue o
emprego de taxista, responde as perguntas com um sorriso irônico no rosto, pois
a alegria ainda estava presente em sua vida. Travis Bickle, porém, é alguém com
enorme dificuldade para conviver em sociedade, como podemos perceber no diálogo
com a atendente do cinema. Ele não sabe seguir as regras criadas para se
comportar em público, chegando a ser ingênuo. Mas uma pequena esperança
floresce quando conhece a bela Betsy. Seu modo direto de falar encanta a
garota, que topa sair com ele. De Niro faz um gesto com o braço quando diz que
vai protegê-la. Quando Betsy, por razões óbvias, o abandona na porta do cinema
pornô, a desilusão se torna o estopim de sua eminente revolta: - “Ei, imundos,
aqui tem alguém que não aguenta mais. Sou um revoltado!”. Observe-se, por exemplo,
como ele encara um viciado na rua sem piscar os olhos, demostrando sua
indiferença por aquele mundo social sujo e sua enorme vontade de fazer “justiça
com as próprias mãos”, quando não hesitou em matar um assaltante.
Assim
como o Uber, a Cabify considera os motoristas como parceiros em vez de
funcionários. No entanto, a empresa ainda não revelou a divisão das
porcentagens que ficarão com o aplicativo em cada categoria, o que já causou
até greve entre motoristas do Uber
que acusam a empresa norte-americana de ficar com um valor muito alto da
corrida - o Uber fica com 25% no Uber
X e 20% no Uber Black, que é mais
caro. Além de ser aberta aos táxis, a Cabify possui uma diferença importante em
relação aos rivais: a forma como calcula o preço da corrida. A empresa faz o
cálculo do preço com base apenas na distância espacial, sem levar em conta o
tempo do percurso. Questionado se isso poderia causar irritação entre os
motoristas da empresa em São Paulo, cidade conhecida pelo trânsito caótico, o
executivo afirmou que a empresa acredita muito nessa modalidade. - “A
modalidade é muito boa porque é transparente com o usuário e permite que o
motorista consiga se planejar melhor”. Outra reclamação recente entre os
motoristas do Uber é que a empresa
estaria aceitando muitos novos motoristas, o que estaria aparentemente diminuindo
suas corridas e, consequentemente, os seus ganhos com os aplicativos. A Cabify afirma que, dependendo da
situação concreta de trabalho, pode sim considerar trabalhar com um número
limite de motoristas parceiros na cidade.
O
aplicativo foi lançado em 2010 para Android e iphone. Ele foi um dos pioneiros no conceito de E-hailing. Em 2010 e 2011, o Uber
recebeu quase 50 milhões de dólares em investimentos feitos por “investidores-anjo”
e “venture capitalists”, e em 2012 a empresa expandiu os serviços para Londres
e iniciou testes de incluir a requisição de táxis convencionais através do
aplicativo em Chicago. No mesmo ano, passou a oferecer táxi aéreo por
helicóptero entre a cidade de Nova Iorque e Hamptons por 3000 dólares. Em 2015
o Uber recebeu uma nova rodada de investimento, da qual a Microsoft fez parte,
o que fez seu valor de mercado subir a US$ 51 bilhões. Por oferecer um serviço
análogo aos táxis, mas ao cobrar menos que uma empresa estabelecida no mercado com
frota de táxi tradicional, o Uber despertou críticas da indústria de táxis ao
redor do mundo, pois agindo assim, individualiza um nível relacional de
mercado.
Em
maio de 2011, a empresa recebeu uma notificação judicial do departamento de
trânsito da cidade de São Francisco com essa mesma acusação. Em 2012, um órgão
do estado da Califórnia multou o Uber e outras empresas do ramo em 20 mil
dólares cada. Episódios semelhantes ocorreram em vários locais nos Estados
Unidos, como a cidade de Nova Iorque e o estado da Virgínia. À medida que a
rede do Uber se expande, problemas análogos ocorrem ao redor do mundo. Em maio
de 2014, vários motoristas Uber da Austrália foram multados por não ter a
licença de táxi, e no Canadá o Uber foi acusado de “violar 25 leis municipais
no final de 2012”. Na cidade do México a empresa será obrigada a pagar impostos
de licenciamento de veículos, e os motoristas não poderão receber a corrida
diretamente dos passageiros, mas através de uma central.
A
indústria argumenta que “o Uber
estaria agindo de maneira ilegal ao cobrar por corridas sem ter a licença
apropriada para tal”. É comum que o trabalho de taxista seja regulamentado por
algum órgão específico do governo, com licenças que podem custar caro ao
trabalhador. No caso do Brasil, pelo número de licenças serem limitado e a
demanda ser alta existem um mercado informal de aluguel de licenças que
movimenta atualmente muito dinheiro. Os sindicatos de taxistas alegam que a
empresa estaria violando a legislação nacional que regulamenta a profissão e
preparam protestos contra a empresa. Com a chegada do aplicativo, os atuais
locatários das placas poderiam simplesmente se cadastrar no serviço sem ter que
pagar mais este valor mensal. Segundo a própria empresa, o aplicativo vem
prometendo gerar 30 mil novos empregos no Brasil até o final de 2016. Em 2015,
o Uber contava com 5 mil profissionais credenciados. À medida que a rede do Uber
se expande, problemas análogos ocorrem ao redor do mundo. Uma das polêmicas
quanto à diferença entre Uber e táxis é que para ser um motorista, bastaria
cadastrar-se seguindo uma lista de exigências de segurança.
O
Uber chegou ao ponto de ter superado em número os táxis amarelos que percorrem
as avenidas de Nova York, uma das imagens mais típicas da cidade dos
arranha-céus e uma das que mais bem definem seu frenesi. Como disse um dos
meios de comunicação locais, “o preto é o novo amarelo” em Manhattan. O surgimento
do serviço, em maio de 2011, provocou, além disso, o colapso do valor pago pela
licença para operar um táxi. A concorrência do Uber teve impacto no preço da
licença para operar um táxi amarelo. O “distintivo” era até um ano e meio atrás
um dos investimentos mais seguros em Nova York. Em novembro de 2013 chegou a
ser pago o valor de 2,52 milhões de dólares (oito milhões de reais) por essas
chapas, para dois táxis especiais para deficientes – e elas costumam ser mais
baratas que as dos táxis amarelos normais. As licenças agora estão cerca de 20%
mais baratas. O que ainda não se vê com a invasão mercadológica do sistema de
táxis Uber é algum efeito na rentabilidade dos táxis amarelos. A Medallion Financial calcula que os
proprietários desses carros tenham tido lucro 22% maior no último trimestre de
2014. O prejuízo, dizem nessa empresa que presta serviços financeiros aos
operadores de táxis, vem sendo “relativo”, mesmo admitindo que o Uber é um “bom
produto”, que aumenta a concorrência.
Seguindo
nesta direção o UberEats é um
aplicativo autônomo, e também o primeiro da empresa após o tradicional do Uber.
Disponível na App Store e na Google Play, o serviço de entrega de comida é
disponibilizado em algumas cidades selecionadas pela empresa, com presença em
todos continentes. Nova York é a maior delas, sendo seguida por Los Angeles,
Chicago, Austin, Washington, San Francisco, Atlanta, Houston, Seattle e Dalas.
Com o aplicativo dedicado ao serviço, os usuários tem uma lista com uma série
de restaurantes locais que fazem parte do programa, e a comida é entregue por
um motorista tradicional da Uber ou por motoboys cadastrados na plataforma Uber
apenas para essa especifica função. Esta não é a primeira vez que a empresa
investe em um serviço concorrente e diferente do comum, e também não é a
primeira empresa a ter esta brilhante ideia no mercado globalizado. A Uber
utilizará seus motoristas tradicionais para fazer as entregas e que também
transportam as pessoas, o que pode ser caracterizado com grande vantagem em
relação à concorrência.
A primeira cidade a receber o Uber no Brasil, foi na cidade do Rio de Janeiro, em maio de
2014, seguido da cidade de São Paulo, no eixo histórico industrial do país, no final de junho do mesmo ano, onde foi inaugurada
pela famosa modelo brasileira Alessandra Ambrósio. Em seguida, foi a vez de
Belo Horizonte receber o Uber, em setembro de 2014. Em janeiro de 2016 o Uber
começou a operar em na próspera Campinas, sendo a primeira cidade do interior a
receber esse serviço, seguida pela Baixada Santista que opera desde fevereiro
de 2016. Em 29 de janeiro de 2016 passou a operar também em Goiânia. Em 18 de
março o Uber chegou a Curitiba. No dia 28 de abril de 2015 a Justiça de São Paulo
determinou a suspensão liminar do aplicativo Uber no Brasil, contudo em 04 de
maio de 2015 a liminar foi revogada. Voltando a ser novamente suspensa pela
Câmara de São Paulo no dia 30/06/2015. Em 10 de maio de 2016, o prefeito
Fernando Haddad do Partido dos Trabalhadores (PT) assinou um decreto regularizando
o Uber na Capital.
Até
outubro de 2016, o Uber estava presente nas cidades de Natal, Belo Horizonte,
Brasília, Campinas, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Maceió, Goiânia,
Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Grande São Paulo, Jundiaí,
Londrina, Uberlândia, Vitória, Sorocaba. Em 10 de novembro de 2016, começou a
operar em Juiz de Fora e, em 25 de novembro de 2016, em Cuiabá. O mês comercial
de dezembro foi marcado pelo inicio das operações em várias cidades, como
Campos dos Goytacazes (RJ), Montes Claros (MG), Joinville, Blumenau (SC),
Aracaju (SE), Uberaba (MG) e Região dos Lagos (RJ). Na Região Norte do Brasil o
serviço chegou primeiro em Belém, no dia 08/02/2017. Em Manaus, o serviço foi
disponibilizado oficialmente, em seguida, em 12/04/2017. Em Pelotas e em Rio
Grande cidades do sul do Rio Grande do Sul o serviço foi disponibilizado às
14hs do dia 18 de agosto de 2017. A mobilidade urbana passa por uma profunda transformação devido ao surgimento do serviço de transporte individual privado intermediado por tecnologia. Esta modalidade de transporte urbano tem previsão na Política Nacional de Mobilidade Urbana através da Lei Federal 12.587/2012 e foi regulamentada nacionalmente com a Lei Federal 13.640/2018. Aplicativos como Uber, 99 e Cabify já transportam quase 750 mil
passageiros por dia no Rio contra pouco mais de 233 mil dos táxis. Uma das
explicações para essa diferença está no bolso do usuário: em muitos casos, já é
mais barato se deslocar fazendo uso desses serviços prestados por veículos
particulares do que pelo transporte público, seja por ônibus (R$ 4,05), trens
ou metrô (ambos a R$ 4,60). As conclusões são de um estudo do Núcleo de
Pesquisas em Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ. - Em deslocamentos
curtos, em viagens que levam até 15 minutos, uma corrida por aplicativo, se for
dividida por pelo menos três pessoas, custa menos que se a opção for o
transporte de massa. Esse crescimento dos aplicativos tem vários fatores,
inclusive a falta de uma política efetiva que integre os transportes públicos -
disse o professor Marcelino Araújo Vieira da Silva, que coordenou o
levantamento. A norma ténica,
resultado de um intenso debate no Congresso Nacional, organiza a atividade dos
motoristas parceiros de aplicativos e delega aos municípios a competência para
regular e fiscalizar o transporte individual privado, mas nunca proibi-lo. Durante a discussão no Congresso, foram afastadas restrições que poderiam inviabilizar o modelo – por exemplo, placas vermelhas, autorização prévia para seu funcionamento, necessidade de emplacamento dos veículos no município em que desempenham a atividade ou restrição do número de motoristas por veículo – que não devem fazer parte das regras municipais. Em estudo publicado após a lei entrar em vigor, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) considera que a regulação federal “foi cautelosa ao incluir normas de segurança e não impor grandes barreiras regulatórias à entrada nem restrições à liberdade tarifária”. Segundo o órgão, “os entes municipais também devem evitar medidas que dificultem a operação desses serviços quando regulamentarem o uso desses aplicativos”, sob risco de causar efeitos negativos para os consumidores. No Brasil, mais de 20 municípios já entenderam o impacto positivo que os aplicativos de mobilidade trouxeram tanto para as cidades quanto para as pessoas, e decidiram detalhar as regras localmente para garantir o direito de usuários escolherem como querem se deslocar, e o de motoristas parceiros de gerar renda dignamente.
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Gabriel Costeira; OLIVEIRA, Cristiano Aguiar de, “Alguns (bons) Motivos para
Acreditar que Motoristas de Táxi Odeiam a Uber sem qualquer Motivo”. In: http://mercadopopular.org/2017/07/12; entre outros.
“A propaganda representa para a democracia
o que o cassetete é para o Estado totalitário”. Noam Chomsky
.
Avram
Noam Chomsky é linguista, filósofo, cientista cognitivo, comentarista e
ativista político norte-americano, reverenciado em âmbito acadêmico como “o pai
da linguística moderna”, também é uma das mais renomadas figuras no campo da
filosofia analítica. É Emérito em Linguística no Instituto de Tecnologia de
Massachusetts - MIT, e teve seu nome associado à criação da gramática ge(ne)rativa
transformacional. É autor de trabalhos fundamentais sobre as propriedades
matemáticas das linguagens formais, tendo seu nome associado à chamada
“hierarquia de Chomsky”. Seus trabalhos de pesquisa combinando uma abordagem
matemática da linguagem com uma crítica do behaviorismo, nos quais a linguagem
é conceitualizada como uma propriedade inata do cérebro/mente humanos,
contribui para a formação da psicologia cognitiva, no domínio das ciências
humanas. Além da pesquisa e ensino da linguística, Chomsky é também conhecido
pelas suas posições políticas de esquerda e pela sua crítica da política
externa dos Estados Unidos. Na esfera da política descreve-se como um
“socialista libertário”. Identifica-se com aquilo que é compreendido como
“anarcossindicalismo”, havendo também quem o associe ao “anarcocomunismo” ou ao
“comunismo de conselhos”.
Em
1979, Paul Robinson escreveu no New York Times Book Review que “pelo
poder, alcance, inovação e influência de [representação] de suas ideias, Noam
Chomsky é indiscutivelmente o mais importante intelectual vivo, hoje”. Contudo,
Robinson continua o artigo dizendo que os trabalhos de Chomsky sobre Política
são “terrivelmente simplistas”. Chomsky observa que “se não fosse por esta
segunda afirmação, eu era capaz de pensar que estava fazendo algo errado… é
verdade que o imperador está nu, mas o imperador não gosta que digam isto a
ele, e os cachorrinhos-de-colo do imperador como o The New York Times não vai
gostar da experiência se você o fizer”. A revista Rolling Stone escreveu que
Chomsky “está no nível de Thoreau e Emerson no campo da literatura da rebelião”.
A Village Voice comentou favoravelmente que “com que perspicácia (Chomsky) não
fica enrolando e realmente diz alguma coisa!”. Uma resenha no The Nation
tinha a seguinte observação: - “Não ler (Chomsky)… é cortejar a genuína
ignorância”. Vale lembrar que “Avram” é outra forma de “Abraão”. Na vida tem
como amigos Edward Said, Eqbal Ahmad, Stephen Jay Gould, Alexander Cockburn,
Salvador Luria, Robert Fisk, Morris Halle, Norman Finkelstein, Howard Zinn e
outros.
Noam
Chomsky tem refutado o “desconstrucionismo” e as críticas do
pós-modernismo à Ciência: - “Tenho passado muito tempo da minha vida a
trabalhar em questões como estas, a utilizar os únicos métodos que conheço e
que são condenados aqui como “ciência”, “racionalidade”, “lógica” e assim por
diante”. Portanto, leio esses artigos com certa esperança de que eles me
ajudassem a “transcender” estas limitações, ou talvez me sugerissem um caminho
inteiramente diferente. Temo ter me desapontado. Reconheço que isso pode se
dever às minhas próprias limitações. Muito frequentemente meus olhos se
esgazeiam quando leio discursos polissilábicos de autores do pós-estruturalismo
e do pós-modernismo. Penso que tais textos são, em grande parte, feitos de
truísmos ou de erros, mas isso é apenas um pequeno pedaço dessa coisa
toda. É verdade que há muitas outras
coisas que eu não entendo: artigos nas edições atuais dos periódicos de
Matemática e de Física, por exemplo. Ninguém parece ser capaz de
me explicar que o último artigo “pós-isto-e-pós-aquilo” não seja (em sua maior
parte) outra coisa que não truísmos, erros ou balbucios, de maneira que eu não
sei o que fazer para prosseguir com eles. As críticas à
“ciência masculina branca” são semelhantes aos ataques antissemitas e
politicamente motivados contra a “Física judaica” usada pelos nazistas para
minimizar a pesquisa feita pelos cientistas judeus durante o movimento Deutsche
Physics: - “O mesmo é verdade para o problema de o trabalho ser feito em
sala de aula, no escritório, ou em qualquer outro lugar. Eu duvido que os
estudantes não-masculinos, não-brancos, amigos e colegas com quem que trabalho
não ficassem deveras impressionados com a doutrina de que seu pensamento e sua
compreensão das coisas seriam diferentes da ciência masculina branca por
causa de sua “cultura ou gênero ou raça”.
Aliás,
afirma Chomsky, devo dizer que meus próprios textos políticos costumam ser
denunciados, tanto pela esquerda quanto pela direita, por serem não teóricos -
e isso está absolutamente certo. Mas são exatamente tão teóricos quanto os de
qualquer outra pessoa, eu só não os chamo de “teóricos”, eu os chamo de
“triviais” - que é o que eles são, de fato. Isto é, não é que algumas dessas
pessoas cujo material é considerado “teoria profunda” e assim não tenham coisas
muito interessantes a dizer. É frequente terem coisas muito interessantes a
dizer. Mas não é nada que não se pudesse dizer no nível de um aluno do ensino
médio e nem nada que um aluno do ensino médio não pudesse perceber, se tivesse
tempo, apoio e um pouquinho de preparo. – “Então, marxismo, freudianismo:
qualquer uma destas coisas é, eu acho, um culto irracional. Elas são teologia,
portanto são o que for que vocês acharem de teologia; eu não acho que seja
grande coisa. Para ele “essa é exatamente a analogia certa: noções como
marxismo e freudianismo pertencem à história da religião organizada”.
Esta imagem é realmente profana: um bebê supostamente com desejo de comer um sanduíche desta empresa. A
McDonald`s Corporation representa a maior cadeia mundial de restaurantes
de fast food de hambúrguer no planeta Terra, servindo cerca de 68 milhões de
clientes por dia em 119 países através de 37 mil pontos comerciais de venda.
Com sede nos Estados Unidos, a empresa começou em 1940 como uma churrascaria
operada por Richard e Maurice McDonald. Em 1948, eles reorganizaram seus negócios
como uma hamburgueria que usava os princípios de uma linha de produção. O
empresário Ray Kroc ingressou na empresa como franquiado em 1955. Em seguida,
ele comprou a cadeia de restaurantes dos irmãos McDonald e expandiu a rede de estabelecimentos
comerciais para o mundo. Um McDonald é operado por franqueado, filial ou pela corporação. A receita da McDonald`s Corporation condiz com as
atividades para as quais a empresa foi constituída, seu contrato
social, ou da venda e serviços, antes de qualquer dedução, assim como do aluguel, royalties
e honorários pagos pelos franqueados, com as vendas em restaurantes
operados pela empresa ao redor do mundo capitalizado.
Em 2012, a corporação teve uma receita anual de 27,5
bilhões de dólares e lucros de 5,5 bilhões. De acordo com um relatório de 2012
da BBC, o McDonald's é o segundo maior empregador privado do mundo, atrás
apenas do Walmart, com 1,9 milhão de empregados, sendo que 1,5 milhão trabalha
para franquias. O McDonald`s vende principalmente hambúrgueres, cheeseburgers,
frango, batatas fritas, itens de café, refrigerantes, milk shakes e
sobremesas. Em resposta à evolução dos gostos dos consumidores, a empresa ampliou
o seu menu para incluir saladas, peixes, wraps, smoothies e
frutas. A maior parte dos restaurantes oferece os serviços de balcão e Drive-Thru,
com mesas em locais abertos ou espaços cobertos do próprio estabelecimento. O
Drive-Thru, Auto-Mac, ou McDrive como é reconhecido, frequentemente tem cabines separadas para pedir, pagar e pegar
os produtos. Em alguns países os “McDrive” perto de autoestradas não oferecem
serviço de balcão ou mesas. Mas, lugares com alta densidade
populacional frequentemente não têm o serviço de Drive-Thru.
Também, há
alguns restaurantes localizados, a maioria em regiões comerciais, que oferecem
o serviço de Walk-Thru no lugar do Drive-Thru. Restaurantes
temáticos também existem, como os restaurantes Rock-and-Roll McDonald`s
1950 e o restaurante Mc Movie, em Porto Alegre, em nosso país. Alguns
McDonald`s em áreas suburbanas e certas cidades têm grandes playgrounds
fechados ou ao “ar livre”, chamados McDonald`s PlayPlace ou Playland.
Estes foram criados principalmente na década de 1970 e 1980 nos Estados Unidos
da América, e mais tarde, internacionalmente. O
modelo de negócio da McDonald's Corporation é um pouco diferente da maioria das
outras cadeias de fast-food. Além das taxas normais de franquia, recursos, e
porcentagem das vendas, McDonald's também recebe aluguel, parcialmente ligado
às vendas. Como uma condição do acordo de franquia, a corporação é dona da
propriedade nas quais a maioria das franquias se instalam. No entanto, no Reino
Unido, o modelo não é de tanta concorrência como o modelo global, e menos de
30% dos restaurantes são da franquia, sendo assim, a maioria das unidades são
de propriedade da companhia. O McDonald`s treina seus franqueados e outros na
Hamburger University em Oak Brook, Illinois. De acordo com o Fast Food
Nation de Eric Schlosser (2001), cerca de um (1) em cada dez (10) trabalhadores
nos Estados Unidos foi - em algum momento - empregado pelo McDonald`s. O livro
também afirma que o McDonald`s é o maior operador privado de playgrounds nos
Estados Unidos. Também, o maior comprador de carne bovina, carne de porco,
batatas e maçãs do mundo globalizado.
Já se disse alhures que as regras do método são para a ciência o que as regras do direito são para o comportamento; elas dirigem o pensamento daqueles que cultivam a sabedoria como estas governam as ações dos homens. Se cada ciência tem seu método de interpretação da realidade, a ordem que ela realiza é absolutamente interna. Ela coordena as investigações sociais dos grupos de cientistas que cultivam uma mesma ciência, não são suas relações externas. Existem, em verdade, poucas disciplinas que coordenam os esforços de diferentes ciências em vista de um fim comum. Isto é verdade sobretudo para as ciências morais e sociais; visto que as ciências matemáticas, físico-químicas e biológicas não parece ser a tal ponto estranhas umas das outras. Mas o jurista, o psicólogo, o antropólogo, o economista, o estatístico, o linguista, o historiador procedem em suas investigações como se as diversas ordens de fato que eles estudam, formassem outros tantos mundos independentes. Contudo, na realidade, eles se penetram por todas as partes; em consequência, o mesmo deveria ocorrer com as ciências respectivas. Eis de onde vem a anarquia que se assinalou, não sem exagero aliás, na ciência em geral, mas que é sobretudo verdadeira nessas determinadas ciências. Elas oferecem o espetáculo de uma agregação de partes distintas que não cooperam entre si. Se elas formam pois um todo sem unidade, não porque não tenham uma compreensão suficiente de suas semelhanças; é que elas não são organizadas. São variedades de uma mesma espécie; em todo os casos, se a divisão do trabalho não produz a solidariedade é que as relações sociais dos órgãos de trabalho não são regulamentadas.
Quanto mais acentuado seja o tipo segmentar, os mercados econômicos serão mais ou menos correspondentes aos vários segmentos; consequentemente, cada um deles será muito limitado. Os produtores, estando muito próximos dos consumidores, podem colocar-se mais facilmente a par das necessidade a serem satisfeitas. O equilíbrio se estabelece portanto sem dificuldade e a produção regula-se por si mesma. Ao contrário, na medida em que o tipo de organização de desenvolve, a fusão dos diversos segmentos conduz os mercados a serem um só, que abrange quase toda a sociedade. Ele se estende além mesmo e tende a se tornar universal; pois as fronteiras que separam os povos se reduzem, ao mesmo tempo que aquelas que separavam os segmentos uns dos outros. Resulta que cada indústria produz para consumidores que estão espalhados sobre toda a superfície dos país ou mesmo do mundo globalizado inteiro. O simples contato não é mais suficiente. O produtor não pode mais abranger o mercado pelo olhar, nem mesmo pelo pensamento; ele não pode mais fazer representar seus limites, pois o mercado é por assim dizer ilimitado. Em consequência a produção não tem ferio nem regra; ela só pode tatear ao acaso e, nos curso desses tateamentos, é inevitável que as medidas sejam ultrapassadas, tanto num sentido como no outro. Daí essas crises cíclicas que perturbam periodicamente as funções econômicas. O crescimento destas crises locais e restritas que são as falências é certamente um efeito social específico dessa mesma causa. O operário é colocado sob regulamentos, afastado o dia de sua família; vive separado daquele que o emprega, como ocorre particularmente com a atividade unissexual do homem diante do mar, com as rotas das navegações ou mesmo traineiras.
Avram
Noam Chomsky nasceu na Filadélfia, em 7 de dezembro de 1928. É um linguista,
filósofo, sociólogo, cientista cognitivo, comentarista e ativista político
norte-americano, reverenciado em âmbito acadêmico como “o pai da linguística
moderna”, também é uma das mais renomadas figuras no campo da filosofia
analítica. É Professor Emérito em Linguística no Instituto de Tecnologia de
Massachusetts, e teve seu nome associado à “criação da gramática gerativa
transformacional”. É também o autor de trabalhos fundamentais sobre as
propriedades matemáticas das linguagens formais, tendo seu nome associado à
chamada Hierarquia de Chomsky, é a classificação de gramáticas formais
descrita em 1959 por Noam Chomsky. Depois
do doutoramento, Chomsky leciona no MIT há mais de 40 anos
consecutivos, nomeado para a Cátedra de Línguas Modernas e Linguística
Ferrari P. Ward. Noam Chomsky tornou-se publicamente muito
empenhado no ativismo político e, a partir de 1964, protestou ativamente contra
o envolvimento norte-americano na Guerra do Vietnã, entre 1959 e 1975.
Esta
classificação possui quatro níveis, sendo que os dois últimos níveis (os níveis
2 e 3) são amplamente utilizados na descrição de linguagem de programação de
dados e na implementação de interpretadores e compiladores. Mais
especificamente, o nível 2 é muito utilizado em análise sintática (computação)
e o nível 3 em análise léxica. Seus
trabalhos, combinando uma abordagem matemática dos fenômenos da linguagem com
uma crítica ao behaviorismo, nos quais a linguagem é conceitualizada como uma
propriedade inata do cérebro/mente humanos, contribuem decisivamente para a
formação da psicologia cognitiva, no domínio das ciências humanas. Além da sua
investigação e ensino no âmbito da linguística, é também reconhecido pelas suas
posições políticas associadas aos temas de esquerda e pela sua crítica à
política externa dos Estados Unidos. Como pensador Chomsky descreve-se como “um
socialista libertário”. Identificando-se com aquilo que é modernamente
compreendido como “anarcossindicalismo”, havendo também quem o associe ao “anarcocomunismo”
ou ao “comunismo de conselhos”. Em
1969, publicou o livro American Power and the New Mandarins, um livro de
ensaios sobre essa guerra. Desde então, tornou-se mundialmente conhecido pelas
suas ideias políticas, dando palestras por todo o mundo e publicando inúmeras
obras. A sua ideologia política, classificada como socialismo libertário,
rendeu inúmeros seguidores dentro do campo da esquerda, mas também muitos
detratores no outro extremo do espectro político. Neste tempo, continuou
a pesquisar, escrever e ensinar, contribuindo de forma regular com propostas teóricas que virtualmente definiram os problemas e questões centrais
da investigação linguística nos últimos 50 anos.
Embora
usados como sinônimos, para o que nos interessa, os termos publicidade e propaganda, para alguns
pesquisadores da comunicação social, não significam rigorosamente a mesma coisa embora sejam
semelhantes na sua essência. Para alguns analistas sociais, publicidade
significa o ato de vulgarizar, de tornar público uma mensagem, enquanto a
palavra propaganda, mais abrangente que publicidade, estaria relacionada à
mensagem política e religiosa e compreende a ideia de implantar, de incluir uma
crença na mente da massa, enquanto momento tardio no processo de modernização. Propaganda
é definida como propagação de princípios e teorias. Deriva do latim
“propagare”, por sua vez, deriva de “pangere”, que quer dizer “enterrar,
mergulhar, plantar”. A expressão foi traduzida pelo papa Clemente VII, em 1597,
quando fundou a “Congregação da Propaganda”, com o fim de propagar a fé
católica pelo mundo. No Brasil, as palavras publicidade e propaganda são usadas
indistintamente, e para diferenciar os diversos tipos de publicidade, são
usadas adjetivações, tais como “publicidade comercial”, “publicidade
editorial”, “propaganda política”, “propaganda de utilidade pública” etc. Reconhecido
por Palazzo di Propaganda Fide ou Palácio da Propagação da Fé é uma das
propriedades extraterritoriais da Santa Sé nos rios Trevi e Colonna de Roma,
Itália, localizado na Piazza di Spagna, de frente para a via di Propaganda. Este
edifício foi a primeira sede da Pontifícia Universidade Urbaniana, cujo
objetivo é formar missionários católicos, fundado pelo papa Urbano VIII, e foi
ampliado pelo seu irmão, o cardeal Antônio Barberini, depois de sua morte em
1644. O palácio ainda pertence à congregação, mas a maior parte de suas
atividades é realizada no Nuovo Collegio Urbano De Propaganda Fide. Cedo serviu como sede da Sagrada Congregação para Propagação da Fé (Propaganda Fide), fundada em 1622 através
da bula “Inscrutabili divinae” do papa Gregório XV.
Os
judeus, disse uma vez Léon Poliakov, são franceses que, ao invés de não irem
mais à igreja, não vão mais à sinagoga. Na tradução humorística de Hagadah,
essa piada designava crenças no passado que deixaram de organizar práticas. As
convicções políticas parecem, hoje, seguir o mesmo caminho. Alguém seria
socialista por que foi, sem ir às manifestações, sem reunião, sem palavra e sem
contribuição financeira, em suma, sem pagar. Mas reverencial que
identificatória, a pertença só se marcaria por aquilo que se chama uma voz.
Este resto de palavra, como o voto de quatro em quatro anos. Uma técnica
bastante simples manteria o teatro de operações desse crédito. Basta que as
sondagens abordem outro ponto que não aquilo que liga diretamente os adeptos ao
partido, mas aquilo que não os engaja alhures, não a energia das convicções,
mas a sua inércia. Os resultados da operação contam então com restos da adesão.
Fazem cálculos até mesmo com o desgaste de toda convicção. Pois esses restos,
esses cacos, como insinua o teólogo Leonardo Boff, indicam ao mesmo tempo o
refluxo daquilo em que os interrogados creram na ausência de uma credibilidade
mais forte que os leva para outro lugar. Ora, a capacidade de crer parece estar
em recessão em todo o campo político. A tática é a arte do fraco. O poder se
acha amarrado à sua visibilidade. Mas a vontade de “fazer crer”, de que vive a
instituição, fornecia nos dois casos um fiador a uma busca de amor e/ou de
identidade. Importa então interrogar-se sobre os avatares do crer em nossas
sociedades e sobre as práticas originadas a partir desses deslocamentos.
Durante séculos, supunha-se que fossem indefinidas as reservas de crença.
Aos poucos a crença se poluiu, como o ar e a água. Percebe-se ao mesmo tempo não se saber o que ela é. Tantas polêmicas e reflexões sobre os conteúdos ideológicos em torno do voto e os enquadramentos institucionais para lhe fornecer não foram acompanhadas de uma elucidação acerca da natureza do ato de crer. Os poderes antigos geriam habilmente a autoridade. Hoje são os sistemas administrativos, sem autoridade, que dispõem de mais força em seus “aparelhos” e menos de autoridade legislativa.O
primeiro encarregado das obras foi Gianlorenzo Bernini (1598-1680), que foi
substituído, em 1644, por Francesco Borromini (1599-1667), preferido do papa Inocêncio X (1574-1655), de n° 236 na história da Igreja Católica. A
fachada, de Borromini, está organizada em torno de poderosas pilastras entre as
quais se abrem janelas laterais, côncavas, em contraste com a central, que é
convexa. Uma pronunciada cornija separa o piano nobile do sótão. A sua porção
central é côncava. Por causa deste contínuo movimento entre
formas côncavas e convexas na fachada, este palácio é considerado um dos mais
importantes exemplos da arquitetura barroca de Roma. O palácio, que abrigava a
coleção etnográfica missionária do Museu Bórgio, que depois foi levada para o
Vaticano, é visitado através de apontamento prévio. No interior está a
Cappella dei Re Magi, também de Borromini.
O
termo propaganda tem a sua origem no
gerúndio do verbo latim “propagare”, equivalente ao português propagar, significando
o ato de difundir algo, originalmente referindo-se à prática agrícola de
plantio usada para propagar plantas como a vinha. O uso da palavra “propaganda”
no sentido contemporâneo é uma cunhagem inglesa do século XVIII, nascida da
abreviação de Congregatio de Propaganda Fide de cardeais estabelecida em 1633
pelo Papa Urbano VIII para supervisionar “a propagação da fé cristã nas missões
estrangeiras”. Originalmente o termo não era “ideologia” porque a palavra foi
criada por Antoine-Louis-Claude Destutt, o conde de Tracy, filósofo e soldado no
tempo da Revolução Francesa, com o significado de ciência das ideias, tomando-se
ideias no sentido de “estados de consciência”. Militar de carreira aderiu à
Revolução, destacando-se como deputado. Fez parte do “grupo dos sensualistas”,
com orientação nos pensamentos republicanos do Marquês de Condorcet que
entraram em conflito com os partidários de Bonaparte, que os acusaram de “idéologues”.
Decorrido
cerca de uma década da queda da Bastilha, o filósofo exilado em Bruxelas, começou
a publicar Eléments D`Ideologie
(1801-1815), em 4 volumes, postulando a fundação de um original campo destinado
a formar a base de todas as ciências, denominada por ele a “ciência das ideias”.
Etimologicamente a confusão entre os termos “propaganda” e “publicidade” refere-se
ao problema de distorção ideológica aplicada à tradução dos originais da língua
inglesa. Propaganda é um modo especificamente sistemático de persuadir visando
influenciar com fins ideológicos ou políticos, as emoções, atitudes, opiniões
ou ações do público alvo. As traduções dentro da área de negócios,
administração e marketing utilizam propaganda
para o termo “advertising” e publicidade para o termo “publicity”. Seu uso
primário no contexto político refere-se geralmente à persuasão patrocinada na
esfera pública e política. A propaganda pode ser usada como forma de luta
política, por associação com sua utilização ideológica, embora a propaganda em
seu sentido original represente neutralidade
axiológica, do ponto de vista sociológico, podendo se referir a usos benignos ou inócuos, como por exemplo: recomendações de saúde pública, campanhas para participar de censo ou eleição,
ou mensagens para estimular as pessoas a denunciar crimes à autoridade, entre
outros.
A propaganda possui várias técnicas metodológicas
em conjunto com a publicidade, podendo ser usada tanto para promover um produto
comercial quanto para divulgar crenças e ideias religiosas, políticas ou
ideológicas. Exemplos de propaganda são panfletos e programas falados ou
escritos, preparados para a audiência do inimigo durante as guerras
convencionais e a maior parte das publicidades nos partidos e campanhas
políticas. A propaganda é também um dos métodos usados primordialmente na
guerra psicológica pelos Estados Unidos da América. Neste sentido estrito e
mais comum do termo, a propaganda usada na guerra psicológica se refere à
informação deliberadamente falsa ou incompleta, que apoia uma causa política ou
os interesses meramente midiáticos daqueles que visam a propaganda comercial ou
dos que querem o poder. O publicitário procura mudar a forma como as pessoas
entendem uma situação ou problema, com o objetivo de mudar suas ações e
expectativas para a direção que interessa ao publicitário. Nesse sentido, a
propaganda serve como corolário à censura, na qual o mesmo objetivo é obtido,
não por colocar falsas informações nas mentes das pessoas, mas fazendo com que
estas não se interessem pela informação dita verdadeira.
O
que diferencia a propaganda como arma psicológica de outras formas de
argumentação é o desejo do publicitário em mudar o entendimento das pessoas
através do logro e da confusão, mais
do que pela persuasão e entendimento. Esse tipo de propaganda é muito comum em
campanhas eleitorais e religiosas, com o propósito de embutir uma ideia na
cabeça das pessoas e causar repulsa por informações novas, gerando preconceito
e intolerância como efeito prático. A propaganda é, também, uma poderosa arma
na guerra. Constitui-se como ideologia, ou seja, enquanto ilusão/alusão em
relação á realidade social. Mas a ideologia
nem é exclusivamente falsidade, assim como não é exclusivamente verdade. Mas a
sua função pode ter a prevalência repressiva de desumanizar e criar aversão
contra um grupo em especial. A técnica é criar uma imagem falsa desse grupo. Isso pode ser feito usando-se palavras
específicas, lacunas de palavras ou afirmando-se que o inimigo é responsável
por certas coisas que nunca fez.
A
propaganda é uma atividade humana tão antiga quanto os registros de que algo
acontece ou aconteceu. Em política, tem o objetivo de divulgar um candidato,
legenda ou coligação partidária. Mesmo que a mensagem traga informação
verdadeira, é possível que esta seja partidária, não apresentando um quadro
completo e balanceado de seu escopo. Seu uso primário advém de contexto
político, referindo-se geralmente aos esforços patrocinados por governos e
partidos políticos. Uma manipulação ideológica semelhante de informações é bem
conhecida, a publicidade, mas normalmente não é chamada de propaganda. As
técnicas de propaganda foram ideologicamente organizadas e aplicadas
primeiramente pelo jornalista e ideólogo Walter Lippman e pelo psicólogo Edward
Bernays, não por acaso, sobrinho de Sigmund Freud, no início do século XX.
Durante
a guerra europeia de 1914-18, Lippman e Bernays foram contratados pelo
presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, para influenciar a opinião
pública para entrar na guerra formando um “consórcio” ao lado da Inglaterra. A
campanha de propaganda de guerra de Lippman e Bernays produziu, em seis meses,
uma histeria coletiva anti-alemã tão intensa que marcou definitivamente os
negócios estadunidenses, e o sanguinário Adolf Hitler e outros, com o potencial
da propaganda de larga escala em controlar a opinião pública. Edward Bernays
cunhou os termos “mente coletiva” e “consenso fabricado”, como categorias
usadas na prática da propaganda. As relações públicas é uma derivação direta do
trabalho de Lippman e Bernays e continua a ser usada pelo governo dos Estados
Unidos. Durante a metade do século XX, os próprios Bernays e Lippman tiveram
uma bem-sucedida empresa de relações públicas. A propaganda e publicidade na
Alemanha nazista foram produzidas pelo chamado Ministério da Conscientização
Pública e Propaganda. Joseph Goebbels foi encarregado desse ministério logo
após a ascensão e tomada do poder por Hitler, em 1933.
No
seu primeiro ano à frente do governo do TerceiroReich, Hitler fez cerca de 50
comunicados via rádio, número que é referido quer no estudo de David Welch,
quer no do espanhol Alejandro Quintero. Este autor refere ainda que muitos
destes discursos eram realizados em pleno horário de trabalho, o que obrigava a
que todos os trabalhadores suspendessem as suas funções para ouvirem as
palavras do Führer. O esforço de Goebbels para consolidar o poder da rádio era
enorme. David Welch faz referência a um discurso do Ministro da Propaganda onde
este tece elogios à rádio e aos seus ouvintes. Quando havia discursos de
importantes personalidades do regime transmitidos via rádio, várias colunas
eram espalhadas pelos vários jardins e espaços públicos, fábricas, escritórios
e escolas. Momentos antes de o discurso começar soavam sirenes que serviam de alarme
para que todos parassem suas atividades, e ouvissem a transmissão, numa
perspectiva para promover a união do cidadão comum com a Nação.
A
rádio, desde cedo se tornou o principal meio de difusão da propaganda do Estado
nacional-socialista e de criação e formação de uma única opinião pública. De
forma a personalizar as transmissões, as rádios alemãs associavam aos
diferentes dirigentes nazis e aos seus discursos, diferentes estilos musicais,
de acordo com as suas preferências. Alejandro Pizarroso Quintero também faz
referência a esta questão, tal como o faz David Welch. O teórico
norte-americano refere, a título meramente exemplificativo, que os discursos do
Führer eram precedidos pela sua marcha preferida, a “Baden Weiller”, o discurso
anual que Goebbels fazia em honra de Hitler pela ocasião do seu aniversário era
iniciado após ser transmitido o “Meistersinger” de Wagner. Diz Welch que
Goebbels, com o seu objetivo de alcançar uma só opinião em toda a sociedade
alemã, uma só opinião pública, sempre manteve que era imperativo que a rádio ou,
a “arma espiritual do Estado totalitário”, gozasse da confiança do público, já
que com ele “destruímos o espírito de rebelião”, dizia o Ministro da Propaganda.
Os
jornalistas, escritores e artistas foram convocados para registrarem-se em uma
das câmaras subordinadas ao ministério: imprensa, artes, música, teatro,
cinema, literatura ou rádio. Até o final da Batalha de Stalingrado, em 4 de
fevereiro de 1943, a propaganda alemã enfatizava cuidadosamente o progresso das
tropas alemãs e a humanidade dos soldados alemães para com os povos das nações
e nacionalidades dos territórios ocupados. Em comparação, os ingleses e aliados
eram descritos como assassinos covardes, e os estadunidenses em particular como
sendo bandidos comparativamente como fora considerado Al Capone, Nos estados
Unidos. Ao mesmo tempo, a propaganda alemã procurou afastar os estadunidenses e
os ingleses uns dos outros, e ambos dos soviéticos. Depois de Stalingrado, o tema principal da
propaganda mudou para afirmar a Alemanha como a única defensora da cultura
ocidental Europeia contra as “hordas bolchevistas”. Enfatizou-se a criação das
“armas de vingança” V-1 e V-2 para convencer os bretões da inutilidade em
tentar vencer a Alemanha. Na historiografia consta que Goebbels cometeu suicídio
logo após Adolf Hitler em 30 de abril de 1945. Em seu lugar, fora substituído
por Hans Fritzsche, que havia sido o executivo da Câmara do Rádio, foi julgado
e absolvido pelos Tribunais de Nuremberg. A rejeição da totalidade expressiva hegeliana, que nos marxistas anteriores significava categorias sociais como “determinação e dominância” só do plano de análise reducionista econômico, ganha assim estatuto teórico e respeitabilidade na análise social.
O filósofo Louis Althusser interpreta o político
dominando historicamente sobre (às vezes até contra) o econômico na sociedade.
Isto é importante do ponto de vista analítico e opera uma distinção no âmbito
da formação de uma Teoria das Ideologias. Seu ensaio mais conhecido é “Idéologie
et Appareils Idéologiques d'État”(1970), onde precisa: a) o conceito de
ideologia, e, b) relaciona o marxismo com a psicanálise. A ideologia, deriva
dos conceitos do inconsciente e da “fase do espelho” de Freud e Lacan,
respectivamente, e, c) descrevendo as estruturas e sistemas sociais que
permitem um conceito significativo do Eu. São tanto agentes sociais
de repressão quanto são inevitáveis - é impossível escapar das ideologias ou
não ser-lhes subjugado: a) pela interpelação, b) pelo reconhecimento, c) pela
sujeição e d) os Aparelhos Ideológicos de Estado (AIE), são quatro categorias
básicas da teoria.
Portanto, em seu discurso sobre a Ideologia é
patente sua preocupação em encontrar o lugar da “submissão espontânea”, o seu
funcionamento e suas consequências lógicas para o movimento social, conforme a
representação abaixo de sua teoria e prática. A “dominação burguesa” só se
estabiliza pela autonomia dos aparelhos de produção e reprodução isolados. O
mito do Estado, como entidade incorporada pelos cidadãos e como instituição
“acima da sociedade”, aparece também no estruturalismo marxista de Althusser
sob a forma de “a instituição além das classes e soberana”. Os “Aparelhos
Ideológicos do Estado” (AIE) são vistas como a espinha dorsal de sua teoria em
que se descreve uma visão monolítica e de organização social, onde tudo é
rigidamente organizado, planejado e definido pelo Estado, de tal sorte que não
sobra mais nada para os cidadãos. Não há mais nenhuma alternativa a não ser a
resignação weberiana do Estado onipresente e dominante nas sociedades
contemporâneas.
A
visão aparentemente simplista dos aparelhos ideológicos como meros agentes para
garantir o desempenho do Estado e da ideologia atraiu para Althusser as
frequentes críticas de funcionalismo de Merton à Niklas Luhmann. Isto se
deve ao fato social de que ele não inclui nas suas preocupações,
questionamentos sobre o surgimento desses aparelhos ideológicos e sobre sua
lógica historicista. Não há a noção de continuidade histórica e cada fase é uma
fase “em si”, no sentido hegeliano, dentro da qual as diferentes instituições
se articulam, sempre de forma relativa. Assim a igreja - ou a religião -, por
exemplo, não é o resultado de uma sedimentação histórico-cultural de ideias e
visões do mundo, trabalho de séculos dos organizadores da cultura; não! A
igreja é a instituição e seu funcionamento só é captado dentro da lógica
respectiva do momento conjuntural analisado. A dimensão, portanto, da “la
tradition de toutes les générations mortes pèse comme un cauchemar le cerveau
de la vie” desaparece.
Tanto
os Estados Unidos como a União Soviética, utilizaram amplamente a propaganda
durante a Guerra Fria. Os dois lados
usaram filmes, programas de televisão e de rádio para influenciar seus próprios
cidadãos, o outro e as nações do chamado “Terceiro Mundo”. A Agência de
Informação dos Estados Unidos operava a Voz
da América como uma estação oficial do governo. A Rádio Free Europe e a Rádio
Liberty, em parte apoiadas pela Central
Intelligence Agency, emitiam propaganda cinza nas notícias e entretenimento na Europa Ocidental e União Soviética
respetivamente. A disputa ideológica e de fronteira entre a União Soviética e a
República Popular da China resultou em inúmeras operações pós-fronteira. Uma
técnica de propaganda efetivamente desenvolvida durante esse período era a
transmissão “ao contrário”, na qual o programa de rádio era gravado e transmitido
“de trás para frente”.
O
homem que foi o maior símbolo ideológico do terrorismo internacional durante a chamada
Guerra Fria nasceu Illich Ramírez Sánchez em Caracas, em 1949. O pai, um
advogado comunista, deu aos três filhos os nomes de Lenine - os dois irmãos
mais novos de Carlos foram batizados Lenine e Vladimir, apesar do pedido da mãe
para poupar o mais velho. Illich juntou-se à Juventude Comunista do PC
venezuelano aos dez anos e, na década de 1960, terá frequentado um campo de
férias em Cuba onde ensinavam técnicas de guerrilha. Era, portanto, uma lenda do terrorismo internacional. Durante
mais de duas décadas, Carlos, o “Chacal” foi o homem mais procurado pelas
polícias secretas dos países imperialistas ocidentais, comparativamente como
Osama bin Laden, depois dos ataques fatais às duas torres gêmeas (2001). Acusado
de envolvimento em mais de 80 mortes violentas nas décadas de 1970 e 1980 e em
alguns dos mais espetaculares atentados do período da guerra fria, acabou sendo
detido, julgado e condenado à prisão perpétua pelas autoridades francesas.
A
decisão da Justiça francesa de condená-lo à prisão perpétua por um atentado em
1974 no centro de Paris praticamente não alterou Illich Ramírez Sánchez, caracterizado
pelo jornalismo Carlos, o Chacal. Afinal, seriam necessárias várias vidas para
cumprir todas as sentenças que acumula por atos terroristas cometidos nas
décadas de 1970 e 1980, uma época em que a mera menção de seu nome causava
calafrios na direita. Autodenominado ativista da causa palestina, Chacal foi
durante anos um dos terroristas mais procurados do mundo, responsável por
dezenas de mortes e feridos. Uma figura retratada em livros, filmes e que
cultivou uma imagem de vilão glamoroso; seu apelido vem do terrorista criado
por Frederick Forsyth no livro: O Dia do
Chacal (1971). A República Cuba serviu como a maior fonte e objeto de propaganda por estações
tanto “negras” como “brancas”, operadas pela CIA e grupos cubanos exilados. A
Rádio Havana Cuba, por sua vez, difundia propaganda produzida pela Coreia do
Norte, Vietnã do Norte e União Soviética. Entre 1961 e 1965, a Rádio Free Dixie
foi transmitida de Havana para o leste dos Estados Unidos pregando a luta
contra o racismo. Os livros de George Orwell “Animal Farm” (1945) e “Nineteen
Eighty-Four” (1948) são exemplos do uso da propaganda.
Embora não
ambientados na União Soviética, seus personagens vivem em regimes autoritários
nos quais a linguagem é constantemente corrompida para propósitos políticos.
Essas obras foram utilizadas como propaganda explícita. A CIA, por exemplo,
financiou secretamente uma adaptação para cinema de animação do livro “Animal
Farm”, nos anos 1950. Há várias técnicas de propagandas que são utilizadas para
criar mensagens que sejam persuasivas, sejam verdadeiras ou falsas. Muitas
dessas técnicas podem ser baseadas em falácias, já que os publicitários usam
argumentos que, embora às vezes sejam convincentes, não são necessariamente
válidos. Entende-se por “propaganda enganosa” a que induz a
um erro, ao mostrar características e vantagens que um produto não
tem. É importante distinguir a propaganda enganosa abusiva. Esta
é mais grave porque tem a função de induzir o consumidor a um comportamento
prejudicial, incitando à violência, explorando o medo, entre outros.
Grosso modo, pode-se afirmar que a propaganda se refere à “mensagem” a ser
veiculada (“conteúdo”), enquanto a publicidade se refere aos “meios” (o “como”)
essa mensagem será veiculada nos diferentes meios.
Identificar a mensagem da
propaganda é um pré-requisito para estudar os métodos utilizados para divulgação desta mensagem. Métodos usuais
para transmitir mensagens de propaganda incluem noticiários, comunicações
oficiais, revistas, comerciais, livros, folhetos, filmes de propaganda, rádio,
televisão e pôsteres, que relacionem o produto/serviço oferecido às suas
características e custos-benefícios. No caso da divulgação de uma ideia,
categoria ou conceito, o meio utilizado deve corresponder socialmente ao público-alvo da campanha e acompanhado
da linha de pensamento ideológico ou político do seu criador, a fim de
instigar, no público-alvo, o interesse e a aderência à ideia, categoria ou
conceito. Basicamente,
diferenciar os termos publicidade e propaganda não é simples. Publicidade é tornarmos
público uma ideia, sem que isso implique necessariamente em persuasão de quem
recebe essa ideia. Como? A propaganda busca divulgar um produto ou serviço para
que o consumidor o conheça e objetiva induzir o consumidor a comprar o produto
ou serviço. A propaganda atua através dos meios sociais de comunicação
veiculando mensagens sobre produtos ou serviços para diversos nichos do
mercado. Publicidade é uma técnica de
comunicação em massa cuja finalidade precípua é fornecer informações sobre
produtos ou serviços com fins lucrativos e comerciais. É, sobretudo, um meio de
comunicação massificado com o propósito de condicioná-lo para o ato da compra
no mercado de bens simbólicos. A publicidade além de estimular a ação de
compra, estabelecendo a relação emissor-receptor tem o propósito de identificar
um produto ou à empresa; torna os
benefícios do produto e aumenta a convicção racional ou
emocional do consumidor em relação ao produto ou mercadoria.
Bibliografia
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Criação Publicitária, pela Perspectiva do Habitus e dos Capitais Social, Cultural e Econômico. Tese
de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação. São
Leopoldo: Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2011; SILVA, Fábio José da, A Capacidade para o Trabalho e a Fadiga entre Trabalhadores de Enfermagem. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Gerenciamento em Enfermagem. Escola de Enfermagem. São Paulo; Universidade de São Paulo, 2011; BARROS, Roberta Coelho, Comunicação e Pós-Modernidade: Estudo das Imagens Não-comerciais na Sociedade Contemporânea. Tese de Doutorado. Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2013; COELHO, Débora Ferreira, O Vínculo como Estratégia de Comunicação Marcária: Um Olhar sobre a Relação entre Marcas e Consumidores na Contemporaneidade. Dissertação de Mestrado. Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2014; CAMPANIÇO, Cátia Sofia Nogueira, Criação e Solidão - Uma Reflexão sobre a Experiência Estética. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, 2014; PIRES, Daniela de Oliveira, A Construção Histórica da Relação Pública-Privada na Promoção do Direito à Educação no Brasil. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Educação. Faculdade de Educação. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2015; BARCELLOS, Renata do Amaral, A Visão dos Publicitários sobre a Circulação de Estereótipos: Entre Interesses Econômicos e Demandas Sociais. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação. Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2017; MITRAUD, Francisco Silva, Comunicação, Consumo e Mobilizações Contemporâneas: Representações Midiáticas da Multidão em Contextos de Resistência. Tese de Doutorado. Programa de Doutorado em Comunicação e Práticas de Consumo. São Paulo: Escola Superior de Propaganda e Marketing, 2017; entre outros.