Trumpismo Irradiado - Símbolos e Práticas Populistas de Poder.
Ubiracy de Souza Braga
“Donald
Trump is going to make America great!”. Jordan Brown
Donald
Trump nasceu no Queens, em Nova York, o quarto filho do casal Fred e Mary Anne.
Fred é filho de dois imigrantes alemães que se mudaram para os Estados Unidos
no final do século 19. Em uma festa, ele conheceu Mary Anne, uma escocesa que
imigrou para o país em 1930. A família sempre teve uma vida financeira
confortável, graças ao sucesso da construtora de casas e prédios residenciais
dos Trump. Eles moravam em uma mansão de 23 cômodos, construída pela empresa de
Fred, no bairro de classe média alta de Jamaica Estates, onde também ficava a
escola privada Kew-Forest, onde Donald estudou até os 12 anos. Jamaica Estates
é um bairro no bairro de Queens, em Nova York que faz parte do Queens Community
District 8 e está localizada na porção norte da Jamaica. É limitado pela Union
Turnpike ao norte, Hillside Avenue ao sul, Utopia Parkway e Homelawn Street ao
oeste e 188th Street ao leste. A estrada principal através do bairro é Midland
Parkway. A área é por casas de milhões de dólares e uma delas de árvores.
Midland Parkway uma avenida aberta de quatro faixas com uma faixa ampla
ajardinada cuja reforma foi completa em 2007, principal artéria central da
área.
O
bairro é composto principalmente por moradores de classe média alta. A maioria
das casas são casas unifamiliares nos estilos Tudor, Craftsman, Cape Cod ou
Mediterrâneo. Dos 14.000 residentes, 45% são estrangeiros. No Censo dos Estados
Unidos de 2000, 3% dos residentes eram, os bengaleses brancos 11% dos
residentes 10% dos residentes, os haitianos 7%, os guianeses 5% e os russos 4%.
Uma população de mais de 1.000 pessoas vive na área de Bukharan. Jamaica
Estates tem populações judias americanas ortodoxas modernas significativas e
populações sul-asiáticas americanas. Os únicos apartamentos e residências
multifamiliares ficam perto da fronteira sul, alguns quarteirões e ao longo da
Hillside Avenue. Os corredores comerciais estão ao longo da Hillside Avenue e
da Union Turnpike. A Jamaica Estates foi criada em 1907 pela Jamaica Estates Corporation,
que desenvolveu os 503 acres, preservando muitas das árvores que ocupavam o
local. A empresa foi fundada por Ernestus Gulick e Felix Isman, ambos da
Filadélfia. Em 2007, após a destruição do telhado da Portaria Histórica no Furacão
Isabel, foi a restauração e embelezamento da Portaria e dos Shoppings.
A
Jamaica Estates Association, fundada em 1929, continua sendo uma organização
cívica ativa e vital que representa a comunidade. Uma placa histórica foi
revelada em 23 de abril de 2010, no Midland Mall, pela Sociedade de Honra de
Aquino da Escola Imaculada Conceição, agora a Academia Católica Imaculada
Conceição e pelo patrocinador da placa, senador Frank Padavan. Trump cresceu fisicamente
cedo, alcançando seus 1,90 metros logo na adolescência. Com seu porte físico e
perfil dominador, esbanjava autoconfiança. Mas seu espírito competitivo frequentemente
se transformava em agressividade e violência. Após uma briga com seu professor
de música – que Trump disse ter deixado de olho roxo, mas depois voltou atrás –
seu pai resolveu agir. Fred participava pouco do cotidiano da família, mas é
descrito como um pai rigoroso, que ficava sabendo do comportamento dos filhos a
partir de “relatórios” de Mary Anne. Assim, o esquentado Donald foi enviado
para um internato militar. A escola aplicava punições corporais, fazia
inspeções diárias nos quartos e tinha horários rígidos. Trump precisaria
acordar com a alvorada, compartilhar banheiros e refeições, limpar seu quarto e
áreas comuns e manter os sapatos sempre engraxados. No começo, a falta de disciplina, como destruir um bastão de beisebol, ou precisar ser contido para não jogar um colega da janela do segundo andar da escola lhe rendeu diversas punições.
Mas, para um ser competitivo como ele, seguir as
regras virou obsessão. E ele ganhou elogios e medalhas por isso. Passou a ser
chamado de “Senhor Meticuloso”. Trump também se destacou no esporte,
especialmente beisebol e futebol americano – e chamava a atenção de seus
colegas pelas belas namoradas que levava para o campus. Ao terminar a escola
militar, Trump voltou a morar com os pais, indeciso entre seguir os passos do
pai ou tentar sua chance em Hollywood. A rejeição da Universidade Southern
California acabou o empurrando para os negócios e ele decidiu se matricular na
faculdade de Fordham em Nova York. Após dois anos de estudo pediu transferência
para a renomada faculdade de negócios da Wharton School, da Universidade da
Pensilvânia, onde se formou em Administração. Entre seus colegas de faculdade,
a impressão que deixou era de um jovem confiante com opiniões fortes, duras – e
arrogantes – e pouco participativo nas atividades extracurriculares. Como não
bebia ou fumava, ele também evitava as festas das fraternidades.
O
45º presidente dos Estados Unidos da América Donald Trump nasceu em uma família
bem-sucedida no mercado imobiliário de Nova York. Seu pai construiu mais de 27
mil apartamentos para classe média e baixa com apoio de programas de habitação
do governo. Com a fortuna do pai dando um conforto à família, Trump estudou em
boas escolas privadas, mas seu comportamento desafiador e indisciplinado fez
com que seu pai optasse por transferi-lo para um internato militar. Ele se
formou em Administração na Universidade da Pensilvânia e entrou para o negócio
da família. Sob sua liderança, a empresa expandiu suas atividades para o
mercado de luxo com hotéis, arranha-céus, cassinos e campos de golfe. O sucesso
nos negócios transforma o nome Trump em uma marca de valor ao ponto de
Donald passar a licenciar seu sobrenome para centenas de projetos. Na década de
2000, ele se torna ainda mais conhecido com a apresentação do reality show
“O Aprendiz”, uma competição entre aspirantes a executivos de negócios, que, ao
final dos episódios apresentava Trump demitindo um dos competidores. O programa
faz Trump se tornar um nome reconhecido nacionalmente.
O
passo seguinte foi ampliar sua participação social na política com entrevistas
e uma aproximação de organizações conservadoras. Em eventos, era comum que Donald
Trump fizesse discursos com duras críticas às políticas do então presidente
Barack Obama, repetindo, inclusive, o boato – diversas vezes desmentido
com documentos oficiais – de que Obama não havia nascido no país e tinha sido
educado em uma mesquita. Sua decisão de se candidatar à presidência foi tratada
como piada por parte da mídia e até por integrantes de seu próprio partido. Mas
seu discurso nacionalista e populista, combinado com a imagem de empresário
bem-sucedido e outsider atraiu o público conservador, que o alçou para a
indicação para concorrer à presidência pelo partido Republicano. Atrás nas
pesquisas ao longo de toda a disputa com a democrata Hillary Clinton, Donald
Trump surpreendeu o mundo ao vencer a eleição de 2016 e assumir a presidência
dos Estados Unidos da América, em uma campanha marcada por famosos escândalos,
ataques pessoais e interferência na superpotência russa.
O
aspecto singular do populismo nos Estados Unidos da América é sua perspectiva
ideológica de que não existem classes sociais na sociedade. Esta ideia se
baseia na proposta de DeclaraçãodeIndependência,
de 1776, em que “todos os homens são iguais” e que a história oficial dos
Estados Unidos se tem encarregado de reforçar. Esta história tem incluído
movimentos políticos para empreender reformas, dentro de segmentos de
diferentes classes sociais tem formado alianças políticas temporais. O centro
da ideologia populista tem como representação social a ideia de “um povo” que
luta contra alguma instituição fabulosa, tais como os bancos, os detentores da
riqueza e a burocracia governamental. O populismo norte-americano reúne aspectos
multiculturais de segmentos capitalistas, da “classe média” sob um só
estandarte. Ideologicamente, o populismo não se coloca contrário ao sistema capitalista.
Historicamente o movimento que comumente se associa com a ascensão do populismo
é a luta dos pequenos agricultores desde a década de 1890 até os anos 1930. Sua
mobilização se dirigiu contra as ferrovias, os grandes bancos e as empresas de
produtos agropecuários. Este foi um movimento de agricultores pobres, pequenos
comerciantes rurais e alguns grupos da classe operária. Para os
norte-americanos, a palavra populismo não tem conotações positivas nem
negativas. Não é progressista nem conservadora. Para Michael Kazin no ensaio: “The
Populist Persuasion" (1995), mais do que uma ideologia, é uma retórica que
define o terreno em termos de enfrentamento sociológico entre os debaixo e os
de cima, o “povo” e as “elites”.
No
âmbito da batalha das ideias e efeitos de poder Donald Trump amplificou a
verborragia aparente de um falastrão inconsequente em busca de popularidade e
votos a qualquer custo. Finalmente ele foi o mais votado da história nas
primárias republicanas - o recorde anterior era de George W. Bush, em 2000. Conhecida
por prever o futuro, a série “Os Simpsons” exibiu no ano 2000 um episódio
chamado de “Bart no Futuro”, no qual que Donald Trump de fato chegou à
presidência dos EUA. Mais de 40 milhões de norte-americanos mantiveram-se fiéis
a ele, ignorando seus comentários ideológicos desastrosos, racistas, xenófobos,
machistas, além de sua aparente inexperiência política, as acusações que recaem
sobre ele, da sonegação de impostos aos abusos sexuais. Nas últimas semanas,
líderes republicanos desembarcaram da campanha de Trump, doadores pediram o
dinheiro de volta, um representante da ONU declarou que o candidato, se eleito,
seria uma ameaça ao mundo.
A atitude de candidato que não joga
segundo as regras políticas tradicionais agradou a uma boa parcela de eleitores
conservadores, principalmente aos que pertencem à minguante classe média
americana. O magnata do setor imobiliário não foi o único a despontar, apesar -
ou por causa - das ideias estapafúrdias. Um de seus concorrentes, o cirurgião
Bem Carson, acredita que as teorias de Charles Darwin são “coisas do demônio”.
Pesquisas errôneas feitas naquele período demostravam que Donald Trump perderia
a eleição de 2016 para a democrata Hillary Clinton. Os resultados de 1º de
fevereiro em Iowa se desviaram em uma direção satisfatória para os
republicanos, mas desconfortável para os democratas. Não ainda em termos de
eleição de novembro propriamente dita, mas por seu significado para as disputas
internas até julho, Donald Trump, um possível pesadelo para a máquina
burocrática republicana e para quem tenha um mínimo de bom senso político, saiu
diminuído pela derrota para Ted Cruz e pelo quase empate com o
terceiro colocado Marco Rubio. Hillary conseguiu um mero empate com Bernie
Sanders e isso fez prever uma disputa desgastante.
Eleitores de Hillary Clinton assistem estarrecidos a vitória de Donald Trump. Os resultados de Iowa repõem a
disputa em um curso familiar, mas o consenso ideológico ainda está abalado.
Apesar de Iowa ser um Estado tão pequeno, em que as comunidades se reúnem para
debater em espaços públicos durante as primárias, seus resultados têm forte
influência sobre o financiamento das campanhas e a estratégia dos
pré-candidatos à presidência. A vantagem das convenções partidárias de Iowa é
que permite que um grupo de eleitores avalie os candidatos de perto e faça
escolhas mais bem informadas do que numa primária nacional. À espera do
discurso de Donald Trump na Pensilvânia, um homem bradava o slogan da campanha:
- “Donald Trump is going to make America great!”. Em outro palanque, uma mulher
esperava para ouvir o candidato vestindo uma camiseta com a frase: - “Hey
Trump, talk dirty to me!” e a estampa de lábios pintados com batom cor de rosa.
Isso, um dia depois de publicados no “New York Times” depoimentos de duas
mulheres que disseram terem sido abusadas sexualmente por ele. Lou Dobbs,
âncora da emissora “Fox Business Network”, compartilhou nas redes sociais para
seus quase 800 mil seguidores o link
de um site conservador e o post de um
apoiador de Donald Trump que revelavam o endereço e o telefone de Jessica
Leeds, uma das vítimas. Criticado, ele apagou os posts em seguida. A página disponível da Wikipédia da candidata democrata, Hillary Clinton, “foi invadida e
vandalizada com imagens de pornografia e mensagens pró-Trump”.
Politicamente
falando é preciso compreender o simbolismo contido no Trumpismo. As mulheres
que o acusaram de “abuso” o fizeram após o candidato declarar, durante o
segundo debate presidencial, que o áudio em que foi flagrado contando vantagem
por abusar de mulheres era tecnicamente “conversa de vestiário” e não ato. Duas
falaram ao “New York Times”, e uma ex-repórter da revista “People” revelou que
Donald Trump tentou abusar dela num encontro profissional, em 2005, quando a
mulher grávida dele estava nas proximidades, enquanto uma ex-candidata a Miss
Teen EUA disse ao “BuzzFeed” que ele invadiu o camarim onde elas se trocavam.
Trump reagiu às acusações desenterrando casos de abuso sexual envolvendo o
ex-presidente Bill Clinton. Seus eleitores logo saíram às ruas exibindo
cartazes e inundaram as redes sociais com posts dizendo: - “Hillary é casada
com um estuprador”, mas ignorando completamente as acusações contra o próprio
Trump. Sobre o áudio, de 2005, em que ele bravateia sobre poder fazer o que
quiser com as mulheres, beijá-las e “agarrá-las” pela genitália por ser um
“astro”, um engenheiro elétrico, eleitor de Trump, comenta: - “A única coisa
que a gravação mostra é que ele é um heterossexual saudável”.
Os Simpsons previu a vitória de Trump.
Em
uma rápida sequência programada de entrevistas gerenciadas pelo New York Times, quase todos
declararam desconsiderar as acusações contra Donald Trump, contrapondo em seu
lugar as intenções das acusadoras. Uma das entrevistadas disse acreditar que
Trump agiu “como todos os homens ricos agiam décadas atrás”, referindo-se ao
relato de uma mulher que o acusou de tocar seus seios e colocar a mão por baixo
de sua saia. - “São oportunistas. Ouça, nenhum homem ataca uma mulher a menos
que ela pareça estar pedindo isso”, disse outra. A maioria dos eleitores se
mostrou cética em relação às denúncias. Alguns justificaram as acusações com “teorias
conspiratórias”. Outros disseram que o comportamento de Trump não importava e
que ele deveria ser eleito por tudo o que representa. Mas o que nos interessa
saber é o que Donald Trump representa no plano da globalização da política e
internamente nos EUA. Para o filósofo Slavoj Žižek, que preferiu a candidatura
do republicano frente à Hillary Clinton, o presidente eleito é uma fenômeno
ambíguo. – “Por um lado, é racista, nojento, mas ele quase não fala sobre
mudanças concretas. Para mim, o verdadeiro monstro era Ted Cruz, pré-candidato
republicano”. Para o cientista político Boaventura de Sousa Santos afirma a
política partidária no mundo abre caminho para candidatos não terem a
necessidade de apresentar qualificações específicas para serem dirigentes
políticos. – “A notoriedade pública em qualquer domínio, seja espetáculo,
futebol ou cinema, pode ser qualificação suficiente”.
Donald
Trump, nascido em 1946, foi eleito o 45º presidente dos Estados Unidos, após
derrotar a ex-secretária de Estado Hillary Clinton. O empresário republicano
torna-se o primeiro presidente dos EUA sem uma carreira política tradicional, o
mais velho já eleito e também o mais rico. O bordão de Trump no reality da campanha “O Aprendiz” foi um
dos vários gritos que ecoaram entre milhares de manifestantes em Nova York e em
pelo menos outras seis cidades dos EUA na noite de quarta-feira (9/11/2016),
menos de 24 horas após o republicano ser escolhido como o novo chefe da Casa
Branca. A candidata derrotada Hillary Clinton, não teve apoio em massa dentro
do gênero. Em percentuais, a democrata conquistou 54% dos votos femininos,
menos que os 55% conquistados pelo também democrata Barack Obama em 2012.
Eleitoras brancas da classe média trabalhadora sem diploma universitário
representando 17% do total aderiram em peso a Trump: foram 62% dos votos para o
republicano contra os 34% de Hillary. As mulheres representam 52% do eleitorado
do país.
Donald
John Trump, 70, tem gosto por entradas triunfais. Anunciou sua candidatura à
Casa Branca com um delas, descendo a escada rolante da “Trump Tower”. Nos anos
1990, combinou smoking e luvas de
boxe para chegar numa festa que deu para si, num período em que se reerguia
após a ruína de vários negócios. O presidente eleito dos EUA não gosta de ir à
lona. – “Nunca fracassei, porque sempre transformei fracassos em êxitos”, disse
a seu biógrafo Michael D'Antonio em 2014. A vitória de Donald Trump e seu nacional-populismo
politicamente correto representa uma derrota das elites políticas profissionais,
uma sacudida no sistema eleitoral no país com o qual se mede, por emulação ou
oposição, o resto do mundo ocidental. É uma prova de que as
salvaguardas dos sistemas democráticos são suficientes para o poder
de um político com um discurso populista de direita.
O grupo supremacista Ku Klux Klan declarou apoio a Donald Trump na corrida presidencial. O
dólar comercial de mais de 1%, para a casa dos R$ 3,21. Depois da invasão ao
Congresso americano por apoiadores de Donald Trump em janeiro, a Professional
Golfers Association (PGA) da América do Norte encerrou um acordo para
sediar o torneio do campeonato de 2022 no campo de golfe de Trump em Nova
Jersey, situado na região Nordeste dos Estados Unidos, limitando-se com o
Estado de Nova York ao Norte, com o Oceanos Atlântico a Leste, e com Delaware a
Oeste e Sul. Com uma população de 8. 414. 350 habitantes e uma área de 22 608
km², o Estado é o mais densamente povoado dos Estados Unidos. A medida foi
adotada para evitar prejuízos à marca da competição. O Deutsche Bank, único
banco disposto a emprestar dinheiro a ele depois de sua falência na década de
1990, também disse que, depois da invasão do Capitólio, não faria negócios com
ele novamente. Trump também possui uma frota de aviões que inclui um Boeing
757. Esses aviões têm décadas e perderam valor ao longo dos anos, de acordo com
divulgações financeiras analisadas pela Bloomberg. Sete aviões eram avaliados
em quase US$ 59 milhões em 2015, hoje em torno de R$ 330 milhões em valores,
mas em 2020 o valor de cinco deles juntos caiu para US$ 6,5 milhões.
Seu patrimônio nesse quesito também caiu porque ele vendeu
parte de sua frota.Vale
lembrar que naquela rodada de entrevistas, Donald Trump também afirmou ser um
homem “sem heróis”, com dificuldade de reverenciar terceiros (“a maioria das pessoas
não é digna de respeito”) e com paixão por brigas - em seu best-seller: “A Arte da
Negociação” (1987), ele rememora quando deixou um olho roxo num professor de
música porque achou que ele não sabia muito do ofício. – “Desde cedo eu tinha a
tendência em defender minhas opiniões de um jeito muito enérgico”. Os
investidores capitalistas reagiram à vitória de Donald Trump. No continente
asiático, as Bolsas de Valores fecharam em queda - o índice Nikkei da Bolsa de
Tóquio, por exemplo, recuou mais de 5%. O índice S&P 500 futuro da Bolsa de
NY caiu mais de 5%, enquanto que analogamente o peso mexicano
perdeu até 13% durante a madrugada de sua chegada à Casa Branca. Entretanto, já
no primeiro discurso do republicano, pregando a união, ipso facto considerado um populista conciliador, contribuiu para diminuir
a tensão nos mercados. O resultado é que em Nova York, os índices acionários
inverteram a tendência de queda e subiam mais de 1%. As principais Bolsas de
Valores europeias viraram e encerraram o pregão em alta. No Brasil, o Ibovespa
recuou 1,4%. No mercado de câmbio, a moeda norte-americana valorizou à maior
parte das moedas, inclusive o real.
Bibliografia geral consultada.
MILIBAND, Ralph “et al”, El
conservadorismo en Gran-bretaña y Estados Unidos - Retórica y Realidad.
Valência: Alfonso el Magrianin Editor, 1992; SCHLESINGER Jr, Arthur, The Disuniting of America (reflection on a multicultural society). New York, 1992; BAILYN, Bernard, As Origens Ideológicas da Revolução
Americana. Bauru (SP): EDUSC, 2003; MIGUEL, Luis Felipe, “Teoria democrática atual: esboço de mapeamento”. In:
BIB. São Paulo, n° 59, 1º semestre de 2005, pp. 5-42; LACLAU, Ernesto, Política e Ideología en la Teoría Marxista: Capitalismo, Fascismo, Populismo.
México: Siglo Veintiuno Editores, 1978; Idem, La Razón Populista. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2005;
TOCQUEVILLE, Alexis de, De la Démocratie
en Amérique. Paris: Éditions Gallimard,
2006; CIMINO, Laur Fernanda, A Natureza da Comunicação Bios Midiática. Tese de Doutorado em Comunicação. Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2010; HOBSBAWM, Eric, “Perché Marx Sopravvive alla Fine del Comunismo”. In: http://www.corriere.it/11_maggio_2011; SOUZA, Marco Aurélio Dias de, O Fim da Guerra Cultural e o Conservadorismo
Estadunidense? Uma Leitura sobre a Trajetória de Ascensões e Quedas da Direita Religiosa
Americana. Tese de Doutorado. Faculdade
de Ciências e Letras. Araraquara: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho, 2014; TREVISAN, Cláudia,
“Trump, que prometeu ajudar operários pobres, terá gabinete mais rico da
história”. In: O Estado de S. Paulo, A16, 18/12/2016; BUTLER, Judith, “Quem
são os eleitores de Trump?”. In: Blog da
Boitempo, 11/11/16; MÜLLER, Jan-Werner, What is populism?
Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2016; entre outros.
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