terça-feira, 22 de novembro de 2016

Londres Operária - Lugar da Teoria e do Pensamento de Marx.

                                                                                    Giuliane de Alencar & Ubiracy de Souza Braga

 Sou uma máquina condenada a devorar livros”. Carta de Marx a Engels, de 11 de abril de 1868.

    

   Karl Marx escreveu seu famoso livro: O Capital - Crítica da Economia Política, na sala de leitura da Biblioteca Britânica. A British Library é a Biblioteca Nacional do Reino Unido, uma das maiores do mundo. Atualmente, o seu acervo possui aproximadamente 150 milhões de itenscatalogados e a cada ano incorporam-se à coleção cerca de três milhões de itens novos. A Biblioteca Britânica contém, além de livros, mapas, jornais, partituras, patentes, manuscritos, selos, dentre outros materiais. Todos estão dispostos sobre 625 km de prateleiras que crescem 12 km a cada ano. O espaço físico para a leitura possui capacidade para mil e duzentos leitores. Entre as coleções especiais da Biblioteca Britânica, consta o caderno de anotações de Leonardo da Vinci, material de 300 a. C. aos jornais atuais, a Carta Magna, a gravação do discurso experimental do líder negro Nelson Mandela, cerca de 50 milhões de patentes, 310 mil volumes de manuscritos, de Jane Austen a James Joyce, de Händel aos Beatles, e aproximadamente mais de 260 mil títulos de jornais e mais de quatro milhões de mapas. A biblioteca disponibiliza informações para estudantes, pesquisadores de ciências específicas e para executivos no Reino Unido e ao redor do mundo. A cada ano seis milhões de buscas são geradas pelo catálogo online e mais de 100 milhões de itens são fornecidos aos leitores de todo o mundo.
        A palavra laboratório origina-se do latim através da junção das palavras labor (trabalho) e orare (orar) misturando aspectos da “oralidade” e experimentação. A importância do laboratório na pesquisa social baseia-se no exercício de suas atividades repetitivas em condições ambientais controladas e normatizadas, de modo a assegurar que não ocorram influências ideológico-culturais que alterem o resultado da pesquisa, de modo a garantir que o experimento seja repetível em outro laboratório e obtenha o mesmo resultado. Um exemplo paradigmático de laboratório surge com a biblioteca do Museu Britânico, nos tempos de Marx, ao contrário de um centro de ideias e artes criativas como Paris ou mesmo Berlim era em Londres a capital da ciência. Sua rotunda, sala de leitura circular nos dias de hoje, uma sala de exposição na qual os turistas conhecem a cadeira preferida de Marx, logo viria a se tornar o “lar de Marx” fora de sua casa. A Dean Street, onde a família de Marx morou, juntamente com a empregada, Lenchen, de 1850 a 1856, ficava no coração do Soho. Numa Londres que se tornara a capital política e administrativa do mais importante império colonialista de além-mar que existiu no mundo ocidental durante os três primeiros quartos do século XIX, Londres era também o centro nevrálgico do capitalismo transnacional globalizado. 
            Numa Londres que se tornara a grande cidade de refúgio para exilados de todos os países, o Soho era o centro preferido pelos alemães, particularmente os democratas, republicanos e socialistas. Enquanto os alemães sem qualificação profissional que trabalhavam em padarias moravam no East End, e os mais sofisticados frequentavam os salões de St. John`s Wood, para os radicais - especialmente artesãos - o Soho, com sua Associação Educacional dos Trabalhadores Alemães na Great Windmill Street, era um óbvio ponto de atração. Era mais fácil encontrar esses alemães nas vizinhanças de Oxford Street, perto de Leicester Square, ou no centro daquele labirinto de ruelas tortas entre Saint Martin`s Lane e a igreja de Santa Ana, no Soho. Nos anos 1850 era uma região superlotada, com uma média de catorze pessoas por casa, e particularmente insalubre, uma vez que o abastecimento de água em algumas partes era contaminado. Como disse Marx, era “um distrito excelente para a cólera” e foco de um surto isolado em Londres em 1854. Marx e Jenny não tinham planejado morar no Soho. Depois de penhorar sua prataria em Frankfurt, vender a mobília em Colônia e ser obrigada a deixar Paris, Jenny tinha chegado a Londres com três crianças e esperando uma quarta dentro de um mês. Ao desembarcar, foi recebida por um dos amigos do grupo do Newe Rheinische Zeitung, Georg Weerth, que a instalou numa pensão em Leicester Square.  A descrição de Friedrich Engels assenta ao mesmo tempo em observações concretas e nas obras que ele tinha a sua disposição. Ele reconhece Lancashire industrial e sobretudo a região de Manchester, e que visitou as principais cidades industriais do Yorkshire: Leeds, Bradford, Sheffield, assim como passou várias semanas em Londres, Inglaterra.

              

             Representou o maior império em extensão de terras descontínuas do mundo contemporâneo. Um império composto por relações de domínios, representação de colônias, protetorados, mandatos e territórios governados ou administrados exatamente pelo Reino Unido. Originou-se com as conquistas das colônias ultramarinas e entrepostas estabelecidas pela Inglaterra durante o final do século XVI e início do século XVII. No seu auge, foi o maior império da história política e, por mais de um século, foi a principal potência mundial. Em 1920 o Império Britânico dominava cerca de 458 milhões de pessoas, ¼ da população do mundo ocidental e oriental e abrangeu mais de 35 500 000 km², quase 24% da área geográfica total da Terra. Como resultado, seu legado político, cultural e linguístico é generalizado, globalizado. No auge do seu poder, foi dito muitas vezes que “o sol nunca se põe no Império Britânico” devido à sua extensão de poder geopolítico ao redor do mundo garantir que o Sol sempre estivesse brilhando em pelo menos um de seus numerosos territórios invadidos e colonizados. Representou um período histórico de colapso dos impérios mediante o processo civilizatório da Espanha, China, França, Sacro Império Romano-Germânico e Mongol. Testemunhou o crescimento dos impérios britânico, russo, Alemão, Japonês e Americano, estimulando conflitos militares e avanços técnico-científicos.

          A rota comercial do Volga foi estabelecida pelos varegues (víquingues) que se fixaram no noroeste da Rússia no início do século IX. A Rota da Seda era a principal rota de comércio que iniciava no planalto iraniano e seguia até alcançar a parte ocidental da China, indo de oásis a oásis e margeando os desertos da Ásia Central, sendo muito utilizada mesmo antes de ser oficialmente autorizada. Cerca de 10 km ao sul da entrada do rio Volkhov no lago Ladoga, eles estabeleceram um assentamento chamado Velha Ladoga. Esta, ligou o norte da Europa e o noroeste da Rússia com o mar Cáspio, através do rio Volga. Os Rus` usaram esta rota para negociar com países muçulmanos na costa sul do mar Cáspio, às vezes penetrando até Bagdá. A rota funcionou concomitantemente com a rota comercial do rio Dniepre, reconhecida como a rota comercial entre os vareques e os gregos, e perdeu sua importância no século XI. Sacaliba (cf. Tchékhov, 2018) refere-se a escravos eslavos, sequestrados das costas da Europa, ou em guerras no mundo muçulmano medieval, no Oriente Médio, Norte da África, Sicília e Alandalus. Eles serviam, ou eram forçados a servir, os muitos servos, concubinas de harém, eunucos, artesãos, escravos militares e como guardas do califa. Almutaz foi o califa abássida entre 866 e 869 durante o período que ficou reconhecido como “anarquia em Samarra”.
             Alçado ao trono pelos turcos (os gulans), ele se demonstrou hábil demais para os seus tutores. Ele tinha apenas 19 anos e foi o califa mais jovem a reinar e à sua volta estavam diversos partidos em conflito. Em Samarra, os turcos estavam tendo problemas com os “ocidentais” (berberes e mouros). Em Bagdá, árabes e persas consideravam os dois grupos com igual desprezo. Almutaz estava “rodeado de grupos que constantemente conspiravam uns contra os outros e contra o próprio califa”. E ele escolheu o mesmo caminho de traição e derramamento de sangue que eles. Na Península Ibérica, Marrocos, Damasco e Sicília, seu papel militar pode ser comparado ao dos mamelucos no Império Otomano. Na Espanha, os eunucos eslavos eram tão populares e amplamente distribuídos que se tornaram sinônimo de Sacaliba. O imposto pençik, ou pençyek, que significa “um quinto”, era uma tributação baseada em um verso do Alcorão pelo qual um quinto dos despojos de guerra pertencia a Deus, a Maomé e sua família, aos órfãos, aos necessitados e aos viajantes. Isso incluiu “escravos e prisioneiros de guerra que eram dados aos soldados e oficiais para ajudar a motivar sua participação nas guerras”. Cristãos e Judeus, reconhecidos como Povos do Livro no Islã, eram considerados dhimmis em territórios sob domínio muçulmano, um status de cidadãos de segunda classe que tinham liberdade limitada, proteção legal, segurança pessoal e permissão para “praticar sua religião, sujeita a certas condições, e desfrutar de uma medida de autonomia comunal”.
             Para manter essas proteções e direitos, os dhimmis eram obrigados a pagar os impostos de Jizia e Caraje como um reconhecimento do domínio muçulmano. De acordo com Abu Yusuf, a falta de pagamento destes impostos deveria tornar a vida e propriedade do dhimmis nulas e submete-los à conversão forçada, escravidão, prisão ou morte. Se alguém tivesse concordado em pagar a Jizia, deixar o território muçulmano para a terra inimiga seria punível com escravidão se fosse capturado. A falta de pagamento da Jizia era comumente punida com prisão domiciliar e algumas autoridades permitiram a escravização de dhimmis por falta de pagamento de impostos. No sul da Ásia, por exemplo, a captura de famílias dhimmis por não pagar a jizia anual foi uma das duas fontes significativas de escravos vendidos nos mercados de escravos do Sultanato de Déli, as cinco dinastias de curta duração, atualmente a capital da Índia, compostas por turcos e pastós na Índia medieval. Governaram do Sultanato de Déli entre 1206 e 1526, quando a última dinastia foi derrotada pelo Império Mongol. Os mongóis constituíram uma tribo de nômades da Ásia Central ou Norte da Ásia. Eles viviam nas estepes, contando com um estilo de vida de movimento constante, como um modus operandi.
              Eles sempre foram dependentes e anexados aos seus cavalos, que representava o principal meio de transporte. Religiosamente, eram “animistas politeístas”. Isabelle Stengers vai além da analogia entre fatos (“fatiches”) e fetiches para buscar na história das ciências modernas a tensão constitutiva com as práticas ditas mágicas. Segundo ela, as ciências modernas se estabelecem a partir da desqualificação de outras práticas, acusadas de equívoco ou charlatanismo. Ela acompanha, por exemplo, como a química se divorciou da alquimia, e a psicanálise, do magnetismo e da hipnose. Em suma, as ciências modernas desqualificam aquilo que está na sua origem. Eles nunca estabeleceram um grande império, organizado, e em vez disso ficaram como uma coalizão de tribos no norte da China. Historicamente eles entravam geralmente em guerra com seus vizinhos. A China ao sul de fato construiu a Grande Muralha da China durante o reinado do Imperador Shi Huang (247-221 a. C.) como um meio para manter os mongóis e outros para longe de suas aldeias. Os mongóis também rivalizaram com outros grupos tribais na Ásia Central, como tribos turcas e os tártaros. A história social Mongol mudou para sempre durante o reinado de Genghis Khan. Ele transformou-se em chefe tribal dos mongóis entre 1206 e 1227. Em seu reinado, ele conseguiu unificar as diversas tribos mongóis, juntamente com inúmeras tribos turcas existentes.
            Com um grupo grande, unificado, começou a conquistar toda e qualquer terra onde os cavaleiros mongóis poderiam alcançar.  Genghis Khan conquistou a maior parte do norte da China em 1210. Ao fazê-lo, ele destruiu as dinastias Xia, também reconhecida como dinastia Hsia, a primeira dinastia descrita pela historiografia tradicional chinesa. Reinou cerca século XXI a. C. – século XVI a. C. A historiografia lista os nomes de 9 (nove) reis por 14 (catorze) gerações e Jin, também reconhecida como a dinastia Jurchen, fundado pelos Waynan, clã dos Jurchen, antepassados dos manchus que estabeleceram a dinastia Qing, 500 anos mais tarde. O nome é algumas vezes escrito como Jinn para ser diferenciado da primeira dinastia Jin, cujo nome é igual ao desta dinastia no alfabeto latino. Fundada em 1115, no norte da Manchúria, aniquila a dinastia Liao no ano 1125. Esta última tinha existido entre a Manchúria e a fronteira norte da China durante vários séculos. Em 9 de janeiro de 1127, as forças Jin saquearam Kaifeng, a capital da dinastia Song do norte, capturando o novo imperador Qinzong (1100-1161), que havia subido ao trono após a abdicação do pai, o imperador Huizong (1082-1135), ao ver a necessidade de organização social e política com o objetivo claro de enfrentar o exército Jin.  

             Depois da queda da capital de Kaifeng, os Song (960-1279), sob a liderança da herdeira dinastia Song do sul, continuaram a luta por conquista de territórios durante mais de uma década contra os Jin, assinando por fim um Tratado de Paz em 1141, e cedendo todo o norte da China aos Jin em 1142, a fim de obter a paz. Ele também conseguiu conquistar a maioria das tribos turcas da Ásia Central, abrindo todo o território para a geopolítica da Pérsia. Isso o levou a enviar exércitos para o Leste da Europa, bem como, a atacar terras russas, inclusive as fronteiras de Estados alemães da Europa Central. Mais importante do que o processo civilizatório é entender como Genghis Khan o conquistou. Na esfera política ele usou deliberadamente o “terror como arma de guerra”. Se uma cidade que ele estava sitiando desistisse sem lutar, o povo normalmente seria poupado, mas teria que ficar sob controle Mongol. Se a cidade lutou contra os mongóis, todos, incluindo civis, seriam massacrados. Este reinado de terror é uma grande parte da razão pela qual ele irá se tornar um “conquistador consagrado”. Os povoados estavam mais dispostos a desistirem do que sofrerem massacres em suas mãos. Por exemplo, quando ele sitiou a cidade de Herat, no atual Afeganistão, matou mais de 1,6 milhões de pessoas.
  No Norte da África e no Oriente Próximo, algumas dinastias principais, como os Fatímida (909-1171), surgiram e governaram uma área que inclui as regiões atuais do Egito, Sicília, Argélia, Tunísia e partes da Síria.  Foi também neste período que algumas das principais dinastias turcas e povos da Ásia central tomaram a vanguarda da política e da criatividade artística do mundo islâmico. Os seljúcidas eram nômades da Ásia central que governaram terras do oriente islâmico e eventualmente controlaram o Irã, o Iraque e grande parte da Anatólia, embora tenha sido um império de curta duração. O ramo principal dos seljúcidas, o Império Seljúcida, manteve o controle sobre o Irã. Esse foi também o período das cruzadas cristãs europeias, que tinham por objetivo reconquistar a Terra Santa dos muçulmanos. Uma série de pequenos reinos cristãos surgiram no século XII, bem como dinastias muçulmanas, como o Império Aiúbida (1179-1260), cujo líder mais famoso, Salah al-Din (r.1169-93), conhecido no ocidente como Saladino, terminou a dinastia Fatímida. Por fim, os soldados escravizados, responsáveis pela proteção militar da dinastia Aiúbida, derrubaram o último sultão Aiúbida em 1249-1250. Esses escravos, denominados em árabe mamluk, que significa “possuídos”, ficaram reconhecidos como mamelucos e controlaram a Síria e o Egito até 1517.
Representavam soldados de uma milícia egípcia constituída por escravos turcos. Formaram uma casta militar, vindo a conquistar o poder no Egito. Giocangga (1526-1583) era filho de Fuman e avô paterno de Nurhaci, o homem que unificou os povos Jurchen e fundou a dinastia Jin posterior da China. Tanto ele quanto seu filho Taksi atacaram o forte de Atai, que estava sendo sitiado por um chefe rival de Jurchen, Nikan Wailan, que prometeu o governo da cidade a quem matasse Atai. Um dos subordinados de Atai se rebelou e o assassinou. Ambos Giocangga e Taksi foram mortos por Nikan Wailan em circunstâncias pouco claras. Giocangga, Taksi e Nikan estavam todos sob o comando de Li Chengliang. Giocangga recebeu o nome de templo Jǐngzǔ e o nome póstumo Imperador Yi pela dinastia Qing. Em 2005, um estudo liderado por um pesquisador do Instituto britânico Wellcome Trust Sanger sugeriu que Giocangga pode ser um ancestral direto de gênero de mais de 1,5 milhão de homens, principalmente no nordeste da China.  Isso foi atribuído às muitas esposas e concubinas de Giocangga e seus descendentes. Os descendentes de Giocangga na linha patrilinear estão concentrados entre várias minorias étnicas que faziam parte do sistema Manchu Eight Banners, e não são encontrados na população Han. Giocangga pode ter deixado cerca de 1,5 milhão de descendentes homens na China e na Mongólia, de acordo com uma pesquisa baseada na análise do cromossomo Y, exclusivo dos homens.
A análise é similar a um estudo de 2003, segundo o qual cerca de 16 milhões de homens descendiam do conquistador mongol Genghis Khan. Giocangga viveu em meados do século 16 e seu neto fundou a dinastia Qing, que reinou na China de 1644 a 1912. Seus descendentes homens, tal qual os filhos e netos de Genghis Khan, espalharam-se e levavam uma vida extravagante, com muitas mulheres e concubinas. A pesquisa, publicada no American Journal of Human Genetics, sugere que essa seja uma boa estratégia de sucesso reprodutivo. Esse tipo de vantagem reprodutiva dos homens é talvez o traço mais importante da genética humana, segundo Chris Tyler-Smith, do Instituto Sanger, do Reino Unido, que coordenou os dois estudos. Geneticistas britânicos e chineses examinaram o cromossomo Y de cerca de mil homens e encontraram 3,3% de similaridade de que compartilhavam o mesmo ancestral masculino Giocangga. Uma classe de nobres, descendentes diretos de Giocangga, reinou até 1912 – o menos nobre deles tinha muitas concubinas e “era presumivelmente um especialista em disseminar o cromossomo Y herdado de Giocangga”. O Y de Gengis Khan é o que mais se aproxima dessa prevalência: é encontrado em cerca de 2,5% dos homens do leste da Ásia.

Historicamente em 1798, foram derrotados por Napoleão na batalha das Pirâmides. A Batalha das Pirâmides teve lugar a 21 de julho de 1798 entre o exército francês no Egito comandado por Napoleão Bonaparte e as forças locais mamelucas e foi a batalha onde Napoleão usou a formação em quadrados. Em julho de 1798, Napoleão ia na direção do Cairo, depois de invadir e capturar Alexandria. Pelo caminho encontrou as forças dos mamelucos a 15 km das pirâmides, e a apenas 6 km do Cairo. Os mamelucos eram comandados por Murade Bei e Ibraim Bei e tinham uma poderosa cavalaria. Apesar de serem superiores em número, estavam equipados com uma tecnologia antiga, possuíam espadas, arcos e flechas; ainda por cima as suas forças militares ficaram divididas pelo Nilo, com Murade entrincheirado em Embebeh e Ibrahim em campo aberto. Napoleão deu conta de que a única tropa egípcia de grande valor era a cavalaria. Ele possuía pouca cavalaria a seu mando e era superado em número pelos mamelucos. Viu-se, pois, estrategicamente forçado a ir na defensiva militar das tropas, e formou o seu exército em quadrados com o suporte da artilharia, cavalaria e equipes no centro de cada uma, dispersando assim o ataque da cavalaria mameluca com fogo de artilharia de apoio simulado.  O povo nômade mongol tem uma relação profunda com os cavalos, tanto na paz, quanto na guerra para a construção da sociedade. Símbolo de força, resistência, velocidade, liberdade e espiritualidade, é um animal que tem conexão com o sagrado.
De outra parte, historicamente, Napoleão (1769-1821) foi um estadista e líder militar francês que ganhou destaque durante a Revolução Francesa e liderou várias campanhas militares de sucesso durante as Guerras Revolucionárias Francesas. Foi imperador dos franceses como Napoleão I de 1804 a 1814 e brevemente em 1815 durante os Cem Dias. Napoleão dominou os assuntos europeus e globais por mais de uma década, enquanto liderava a França contra uma série de coalizões nas guerras napoleônicas. Ele venceu a maioria desses conflitos e a grande maioria de suas batalhas, construindo um grande império que governava grande parte da Europa continental antes de seu colapso final em 1815. Ele é considerado um dos maiores comandantes da história e suas guerras e campanhas são estudadas em escolas militares em todo o mundo globalizado. O legado político e cultural de Napoleão perdurou como um dos líderes mais célebres e controversos da história da humanidade. Ele nasceu na Córsega de uma família italiana relativamente modesta, da nobreza menor. Ele estava servindo como oficial de artilharia no exército francês quando a Revolução Francesa eclodiu em 1789. 

Ele rapidamente subiu nas fileiras dos militares, aproveitando as novas oportunidades apresentadas pela Revolução e tornando-se general aos 24 anos. O Diretório Francês acabou por lhe dar o comando do Exército da Itália depois que ele suprimiu a revolta dos 13 Vendémiaire contra o governo dos insurgentes realistas. Aos 26 anos, ele iniciou sua primeira campanha militar contra os austríacos e os monarcas italianos alinhados com os Habsburgos, sendo que venceu praticamente todas as batalhas e conquistou a Península Italiana em um ano, enquanto estabelecia “Repúblicas irmãs” com apoio local e regional se tornando um herói de guerra na França. Em 1798, ele liderou uma expedição militar ao Egito que serviu de trampolim para o poder político. Ele orquestrou um golpe em novembro de 1799 e se tornou o primeiro cônsul da República. Na primeira década do século XIX, o império francês sob comando de Napoleão se envolveu em uma série de conflitos com todas as grandes potências europeias, as Guerras Napoleônicas. Após uma sequência de vitórias garantiu posição dominante na Europa continental, e manteve a esfera de influência da França, através da formação de amplas alianças e a nomeação de amigos e familiares para governar os outros países europeus como dependentes da França.
As campanhas de Napoleão são até hoje estudadas nas academias militares de quase todo o mundo. A Campanha da Rússia em 1812 marcou uma virada na sorte de Napoleão. Seu Grande Armée foi seriamente danificado na campanha e nunca se recuperou totalmente. Em 1813, a Sexta Coligação derrotou suas forças em Leipzig. No ano seguinte, a coligação invadiu a França, forçou Napoleão a abdicar e o exilou na ilha de Elba. Napoleão escapou de Elba em fevereiro de 1815 e assumiu o controle da França mais uma vez. Os Aliados responderam formando uma Sétima Coalizão que o derrotou na Batalha de Waterloo, em junho. Os britânicos o exilaram para a remota ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, onde morreu seis anos depois, aos 51 anos. A influência de Napoleão no mundo moderno trouxe reformas liberais para os vários territórios que ele conquistou e controlou, como os Países Baixos, a Suíça e grandes partes da Itália e da Alemanha modernas. Ele implementou políticas liberais fundamentais na França e em toda a Europa Ocidental. Seu Código Napoleônico influenciou os sistemas legais de mais de 70 nações em todo o mundo globalizado.
O Império Britânico representou o maior império na história da humanidade, chegando a dominar quase 1/4 do planeta. Era tanto território que foi apelidado de “o império no qual o Sol nunca se põe”. A atividade imperial na Grã-Bretanha começou no fim do século XVI, muito motivada pela explorações portuguesas e espanholas pelas Américas e pelo Sudeste Asiático. Outras potências europeias, entre elas França e Holanda, também se interessaram pelo prestígio e riqueza que tais explorações traziam, com a extração de metais preciosos e especiarias asiáticas. No período, a rainha Elizabeth I adotou uma política de exploração das Américas e chegou a se envolver em conflitos navais com a Espanha. O Império Britânico é geralmente dividido em duas fases. Na primeira, o escopo foi em estabelecer colônias na América do Norte e no Caribe. A Inglaterra chegou a assinar um acordo com a Espanha para colonizar a região, mas a adoção de uma política protecionista, impedindo o comércio com outras nações, gerou conflitos com países como a Holanda. A colonização prosperou até o fim do século 18, com a Independência dos Estados Unidos. da América (EUA). Os britânicos então mudaram seu escopo militarista, apostando no Pacífico e na África, conquistando a Índia, ipso facto, sua colônia mais importante, Austrália e Nova Zelândia. O período entre 1815 e 1914, pós-Independência dos Estados Unidos, foi o mais próspero para o império, muitas vezes chamado de “o século britânico”. 

O império também foi fortalecido pela revolução industrial: ele usava recursos das colônias para fabricar produtos que eram então vendidos no mundo todo. O processo era facilitado pelo controle britânico sobre as rotas do processo civilizatório de navegação, muitas colônias, foram estabelecidas pelas posições estratégicas. A administração do Império Britânico nem sempre era bem recebida, seja pelos colonos que se mudaram para as novas províncias ou pelas populações que foram dominadas, quando não dizimadas ou escravizadas. O império começou a declinar após as duas guerras mundiais, quando a Grã-Bretanha saiu enfraquecida e endividada, ainda que vitoriosa. Houve também uma série de movimentos por Independência, entre elas a da Índia, em rebelião massiva e pacífica liderada por Mahatma Gandhi (1869-1948). A Índia finalmente obteve Independência em 1947, dando início a uma onda de movimentos por Independência. O fim formal do Império Britânico ocorreu em 1997, com a devolução de Hong Kong à China. Vale lembrar que Marx passou os últimos 34 anos de sua vida com sua família em Londres. Mudou-se da Prússia em 1849, para Londres, lá morrendo em 1883.
         As ideias revolucionárias no plano de análise teórico, prático e afetivo o fizeram indesejado primeiro na sua Prússia e depois em Paris, onde se asilou. Londres era para ser uma passagem temporária, mas se tornaria sua cidade definitiva. Sem Londres Marx não se tornaria um notável filósofo social e pesquisador. Foi na opulência literária incomparável do British Museum, que ele pôde ler avidamente os livros de Filosofia, Arte e Economia Política que o habilitariam com um estilo literário a escrever sua obra máxima: O Capital. Jenny Marx, sua mulher companheira solícita e culta “passava a limpo” os manuscritos que o marido trazia da lendária “Reading Room” do museu (e biblioteca) de Londres, a mesma que o russo Vladimir Lênin frequentaria sob o codinome de Jacob Richter. Nesse período áureo também Charles Darwin conviveu com suas agruras na fantástica cidade de Londres. Quando o navio chegou na Cornualha, Inglaterra, em 2 de outubro de 1836, Darwin já tinha prestígio entre os círculos acadêmicos e científicos; em 1835 o mentor Henslow já tinha oferecido cartas de seu ex-pupilo para vários naturalistas renomados, melhorando ainda mais a sua reputação sobre conhecimento geológico. Assim que chegou na Inglaterra, Darwin visitou sua casa em Shrewbury, uma cidade localizada no condado de Shopshire, na região das Midlands Ocidentais, Inglaterra e reencontrou parentes. Dali partiu apressadamente para Cambridge para ver Henslow, que o aconselhou a encontrar naturalistas dispostos a catalogar as coleções e concordou em catalogar os espécimes botânicos ele mesmo. O pai de Darwin organizou investimentos que permitiram que o seu filho fosse autossuficiente em sua pesquisa científica e Darwin não perdeu tempo para divulgar e estudar os materiais coletados através de especialistas de Londres.
          Morreu em 1882 tendo sido sepultado com todas as honrarias na abadia de Westminster como um dos grandes filhos da Inglaterra. Mas não foi apenas no tempo e no espaço que os caminhos de Marx e Darwin se cruzaram. Marx quis dedicar a edição inglesa de sua obra, “O Capital” a Darwin, mas este recusou, sendo dedicado: - “A mi inovidable amigo, al pioneiro intrépido, fiel y noble del proletariado, Wilhelm Wolff, nascido en Tarnau el 21 de junio de 1809, muerto en el exílio, en Manchester, el 9 de mayo de 1864” (cf. Marx, 1973: 19). Quando Marx morreu, um ano após Charles Darwin, o seu amigo Friedrich Engels escreveu: - “Tal como Darwin descobriu a lei da evolução da natureza orgânica, também Marx descobriu a lei da evolução da história humana”. Contudo, Darwin adota basicamente com sua descoberta no âmbito da evolução o conceito de “descent with modification”, restringindo a aplicação de desenvolvimento ao indivíduo na história da natureza biológica, circunscrevendo o universo de sua análise científica exclusivamente à natureza. Na mesma época, Charles Darwin apresentou seus espécimes de pássaros e mamíferos para a Sociedade Zoológica de Londres e o ornitologista John Gould não tardou em anunciar que os pássaros de Galápagos, os quais Darwin pensou se tratarem da mistura de melro-pretos com fringilídeos, eram, de fato, nada menos que doze espécies separadas de fringilídeos.
       Em 17 de fevereiro, Darwin foi eleito para o Conselho da Geological Society e a posição de Lyell como presidente permitiu uma maior divulgação dos estudos de Owen sobre os fósseis de Darwin, ao apontar como as delimitações geográficas de cada espécie provavam as ideias uniformitaristas dele próprio. No início de março, Darwin se mudou para Londres para ficar mais perto do seu trabalho, juntando-se ao grupo acadêmico de Lyell, que continham especialistas tais como Charles Babbage que, por sua vez, descrevia Deus “como o programador das leis naturais”. Darwin se aproximou novamente do seu irmão e livre pensador Erasmus juntamente com uma de suas amigas próximas, a escritora Harriet Martineau, uma das promotoras do malthusianismo na controversa questão social sobre como melhorar o bem-estar social ao reduzir a superpopulação e a questão social da pobreza. Como uma unitarista, ela recebeu com agrado a ideia da transmutação de espécies, conceito de Robert Edmond Grant (1793-1874) e outros jovens cirurgiões influenciados por Étienne Geoffroy. A transmutação era anátema para os anglicanos defensores da ordem social, contudo chegou a ser bastante discutida entre cientistas de renome e despertou grande interesse nas cartas de John Herschel, que defendeu a metodologia de Lyell em desvendar os processos na origem de novas espécies.             
            Marx inventou muita coisa com utilidade de uso para o mundo contemporâneo. Inventou um estilo literário associado à imagem do “esquerdista barbudo”, uma imagem que resistiu ao tempo. Marx inventou também a descrença num sistema econômico sanguinário que não responderia de forma simples as questões do valor da economia no âmbito do processo de valorização em torno do trabalho que a humanidade pudesse reinventar. O Manifesto do Partido Comunista, de 1848, foi determinante para que, poucos anos depois, a Alemanha de Bismarck e de Marx, criasse leis inovadoras no âmbito trabalhista. O Manifesto Comunista conclamava os proletários a se insurgir porque nada tinham a perder exceto os grilhões e tinham o mundo massificado a ganhar. O Welfare State, se não ofereceu realizações econômicas aos proletários, livrou-os aparentemente das correntes o bastante para que tivessem o que perder no mundo das mercadorias. Marx combinou brilhantes esboços do desenvolvimento do capitalismo moderno com uma descrição do conflito contemporâneo entre as classes como seu necessário desfecho. A palavra burguesia, por exemplo, foi tirada do debate político na França durante os anos da Monarquia de julho, e mais especificamente do vocabulário dos jornalistas de oposição, em especial Louis Blanc que caracterizava a história social da burguesia como o interesse bancário enfeitiçando a indústria e o comércio; o crédito individual dando lucro ao forte. De 1815 a 1830 a burguesia tratou apenas de administrar e completar a sua combinada estratégia de dominação. O Manifesto Comunista acabaria sendo traduzido  do pondo de vista de sua irradiação social para mais de duzentas línguas, mas quando foi publicado passou praticamente despercebido na esfera da ideologia.
Vale lembrar que uma peculiar primeira edição da obra O Capital, de Marx, que leva a assinatura do autor ofertada para seu amigo Johann Eccarius, foi leiloada pela casa Bonham de Londres em 15 de junho de 2016. Segundo Bonham, a peça tem um preço estimado entre 80 mil e 120 mil libras (US$ 115 mil e US$ 173 mil) e seria vendida em uma jornada dedicada a livros e manuscritos. – “Esta é uma sensacional e importante cópia de um livro que mudou o mundo. Tanto Marx como Eccarius foram figuras importantes durante o difícil nascimento do comunismo e desfrutaram de uma relação pessoal estreita durante muitos anos até que os ciúmes e as diferenças políticas os separaram”, afirmou o especialista em livros da casa de leilões Simon Roberts.  A peça leva data de 18 de setembro de 1867, quatro dias depois da publicação do primeiro volume, e é uma das poucas cópias que sobreviveram, segundo indicou Bonham. É um tratado de crítica da economia, é formado por três volumes, dos quais o primeiro foi revisado e publicado em vida por Marx. Na sua obra principal, O Capital, Marx construiu analiticamente um gigantesco complexo filosófico com seus conhecimentos de Economia, História e Sociologia. Disciplinado no trabalho intelectual retoma os estudos de economia política, permanecendo no Museu Britânico das nove da manhã às sete horas da noite e trabalhando em casa disciplinarmente em todas as madrugadas. Inicia-se um período afetivo de grande dedicação intelectual. A conquista da supremacia social pela burguesia capitalista no século XIX não significou o fim da nobreza, e de fato muitos críticos entendem alguns aspectos do período, pelo menos em algumas regiões europeias, como uma reação conservadora, onde uma alta burguesia composta maciçamente de novos-ricos absorve princípios e um estilo de vida da nobreza e esta se aferra em altos postos de comando e infunde o aparato estatal com seus valores.
Os outros dois volumes elaborados por seu amigo e colaborador Friedrich Engels a partir das notas do autor, apareceram em 1885 e 1894. Eccarius (1818-1889) foi um alfaiate que se uniu ao grupo exilado britânico da Liga dos Justos, organização revolucionária apoiada por alemães que tinham emigrado em 1839. Em 1846, Marx e Engels, que viviam em Bruxelas, foram convidados a se unir à Liga, no segundo congresso da organização política em Londres, onde conheceram Eccarius. A dedicatória é feita a Johann Georg Eccarius, líder operário alemão que foi secretário-geral da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT). O aprendiz de alfaiate emigrou a Londres para se juntar à Liga dos Comunistas e teve uma relação contraditória de amizade com Marx. A Associação Internacional dos Trabalhadores ou simplesmente Internacional, foi a primeira organização de trabalhadores que pretendeu reunir diversas correntes do movimento operário do mundo industrializado, na segunda metade do século XIX. A AIT existiu entre 1864 e 1876, sendo dissolvida após as disputas ocorridas ao fim da Comuna de Paris, em 1871.
          O escritor chegou a enviar Eccarius em seu lugar para discursar no primeiro encontro da Primeira Internacional. Mais tarde, porém, o filósofo materialista alemão acusou Eccarius de tomar suas ideias para si. O líder operário também teria, segundo Marx, se tornado informante da polícia. A primeira edição autografada de O Capital sobreviveu aos conflitos pessoais e ao declínio histórico de regimes aparentemente comunistas pelo mundo ocidental. O livro contém pequenas correções a lápis, provavelmente feitas por Eccarius. O site Bonhams, organizador do referido leilão, dizem que há ao menos outras duas cópias autografadas por Marx no mesmo dia. Uma delas, endereçada à Associação de Trabalhadores da Educação da Alemanha, pertence ao Trinity College da Universidade de Cambridge. A outra foi vendida num leilão realizado em 2010 por 115 mil libras. Nas recepções públicas e nas reuniões privadas dos comitês políticos de exilados em Londres, ou em suas exaltadas discussões nos bares, havia sempre a vigilância através da presença de espiões do serviço secreto dos governos prussiano e austríaco. Os contatos clandestinos dos exilados com seus correligionários na Europa continental não eram de todos incógnitos para a polícia política dos Estados alemães. Esses agentes não eram apenas meros observadores.
         Eles certamente se engajavam ativamente na ação de moldar as posições políticas dos exilados, promovendo disputas políticas internas nos grupos formados entre eles, incentivando-os a assumir uma posição favorável aos parâmetros dos governos contrarrevolucionários. Os refugiados políticos residentes em Londres tinham naquele período histórico uma vaga noção da presença de espiões da polícia; o próprio Marx foi advertido diversas vezes. A prática comum entre os exilados de denunciar seus rivais partidários como espiões da polícia tornava-os insensíveis a real presença de tais indivíduos em seu meio. A habilidade política de tais agentes para se infiltrar nos grupos de refugiados, exercer influência sobre eles e manipular seus conflitos sociais acabou se revelando muito maior do que os exilados imaginavam. Em seu mais famoso estudo, Marx retoma o pensamento econômico desde o final do século XVIII para explicar como se forma o capitalismo. Pensa na produção de mercadoria como estrutura desse sistema e analisa como seus processos de produção mudaram. As inerentes ao capitalismo gerariam seu próprio fim. Após sua derrocada, o comunismo seria a evolução dos processos históricos. Marx envia exemplares do primeiro livro de O Capital a Charles Darwin e a Herbert Spencer. Recebe ordens médicas de evitar qualquer tipo de trabalho devido ao agravamento das condições de saúde. Durante os anos seguintes, Marx trabalha na redação de O Capital, estuda Matemática, Geologia e Física, além da situação das condições históricas, sociais e políticas da Rússia.     
Bibliografia geral consultada.      
BLUMERBER, Werner, Portrait of Marx. New York: Herder and Herder, 1972; MARX. Carlos, El Capital. Crítica de la Economía Política. Libro Primero. Buenos Aires: Editorial Cartago, 1973; SILVA, Ludovico, El Estilo Literario de Marx. México: Siglo Veintiuno Editores, 1975; KAPP, Ivone, Eleanor Marx: La Vida Familiar de Carlos Marx (1855-1883): Tomo I. México: Ediciones Nuestro Tiempo, 1979; ANDERSON, Perry, Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. Porto: Edições Afrontamento, 1984; ENGELS, Friedrich, “Chartist Agitation”. In: Marx-Engels Collected Works. Vol. 6. London: Lawrence & Wishart, 1987; DUSSEL, Enrique, El Último Marx (1863-1882) y la Liberación Latinoamericana, un Comentario a la Tercera y a la Cuarta Redacción de El Capital. México: Siglo Veintiuno Editores, 1990; NICOLLE, David, The Mongol Warlords: Genghis Khan, Kublai Khan, Hulegu, Tamerlane. London: Editor Firebrand Books, 1990; BIZZO, Nélio Marco Vincenzo, O que é Darwinismo. 2ª edição. São Paulo: Editora Brasiliense, 1989 (Coleção Primeiros Passos, 192); Idem, Ensino de Evolução e História do Darwinismo. Tese de Doutorado em Educação. Faculdade de Educação. São Paulo:  Universidade de São Paulo, 1991; WILSON, David Mackenzie, The British Museum - A History. Londres: The British Museum Press, 2002; DESAI, Meghnad, A Vingança de Marx. A Ressurgência do Capitalismo e a Morte do Socialismo Estatal. São Paulo: Editora Codex, 2003; MÉSZÁROS, István, O Poder da Ideologia. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004; Idem, A Educação para Além do Capital. São Paulo: Boitempo Editorial, 2008; MAGALHÃES, Fernanda Cândido, A Teoria da Evolução de Charles Darwin e sua Representação Social Contemporânea. Tese de Doutorado em Psicologia.  Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social. Centro de Educação e Humanidades. Instituto de Psicologia. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2013; MARX, Karl & ENGELS, Friedrich, La Condizione Postcoloniale: Storia e Politica nel Presente Globale. Verona: Ombre Corte Edizioni, 2008; TIBLE, Jean, “Marx e os outros”. In: Lua Nova, n° 91. São Paulo, janeiro-abril de 2014; KLOTZ-SILVA, Juliana, Hábitos Alimentares e Comportamento: do que estamos falando? Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Alimenrtação, Nutrição e Saúde. Cetro Biomédico. Instituto de Nutrição. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2015; Artigo: “Primeira edição de O Capital vai a leilão por 200 mil euros”. Disponível em: http://www.dw.com/pt-br/;   entre outros. 

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