A interpretação existencial da consciência deve expor um testemunho de seu poder-ser mais próprio que está sendo na própria presença. Amy é uma arquiteta que frequenta o Spa onde Virgil trabalha como massagista. Ela nem desconfia que Virgil não enxerga. Os dois tornam-se amigos e logo iniciam um relacionamento, pois percebem que estão completamente apaixonados um pelo outro. Além de encontrar um grande amor, o rapaz começa a acreditar que poderá, depois de anos, ter a visão de volta. A arquiteta começa uma busca incansável por médicos especialistas no assunto, até que ela conhece, num momento raro, um médico com tratamento inovador. No dia seguinte da operação do olho direito, Amy iniciou um diário contando tudo o que acontecia com seu noivo, suas primeiras sensações, visões e descobertas. Em geral, as pessoas reagem a estímulos externos, como sons e luz, e internos evidentemente associados às emoções. A principal função das emoções é garantir a sobrevivência social tanto quanto existencial do ser humano, visto que são elas que geram respostas e comportamentos responsáveis por impulsionar uma determinada fuga ou uma ação social.
sexta-feira, 22 de julho de 2016
À Primeira Vista – Visão ou Realidade na Questão de Interpretação.
A interpretação existencial da consciência deve expor um testemunho de seu poder-ser mais próprio que está sendo na própria presença. Amy é uma arquiteta que frequenta o Spa onde Virgil trabalha como massagista. Ela nem desconfia que Virgil não enxerga. Os dois tornam-se amigos e logo iniciam um relacionamento, pois percebem que estão completamente apaixonados um pelo outro. Além de encontrar um grande amor, o rapaz começa a acreditar que poderá, depois de anos, ter a visão de volta. A arquiteta começa uma busca incansável por médicos especialistas no assunto, até que ela conhece, num momento raro, um médico com tratamento inovador. No dia seguinte da operação do olho direito, Amy iniciou um diário contando tudo o que acontecia com seu noivo, suas primeiras sensações, visões e descobertas. Em geral, as pessoas reagem a estímulos externos, como sons e luz, e internos evidentemente associados às emoções. A principal função das emoções é garantir a sobrevivência social tanto quanto existencial do ser humano, visto que são elas que geram respostas e comportamentos responsáveis por impulsionar uma determinada fuga ou uma ação social.
sexta-feira, 15 de julho de 2016
Erving Goffman – Máscaras, Sintomas & Estigmas Sociais
Erving Goffman realizou avanços substanciais no estudo da interação face-a-face, elaborou a “abordagem dramatúrgica”, a interação humana, e desenvolveu inúmeros conceitos que tiveram uma grande influência, particularmente no campo da microssociologia da vida cotidiana. Muitas de suas obras tratam da organização do comportamento cotidiano, um conceito que ele chamou de “ordem da interação”. Ele contribuiu para o conceito sociológico de enquadramento (“frame analysis”), a teoria do jogo, discernindo o conceito de interação estratégica, e para o estudo das interações e da linguística. Com relação a este último, argumentou que a atividade de falar deve ser vista como um bem social, em vez de uma construção linguística. A partir de uma perspectiva metodológica, Goffman muitas vezes emprega abordagens qualitativas, a mais famosa em seu estudo sobre os aspectos sociais da doença mental, em particular o funcionamento das instituições totais, comparativamente como se torna um clássico na interpretação de Jack Nicholson, no filme: O Estranho no Ninho (1965). Se a psiquiatria não existisse, o cinema a teria inventado. Mas coincidem ambas em suas criações. No cinema, em sua progênie surge uma imagem da psiquiatria com métodos de tratamento, nosologia, teorias e profissionais próprios, podendo estar bem longe da realidade da profissão. O cinema e a psiquiatria têm pontos em comum em relação a questões teóricas e práticas e a seus interesses e em suas trajetórias históricas.
Mildred Ratched logo percebe a presença animada e rebelde de McMurphy como uma representação curiosa de insanidade e de ameaça à sua autoridade, confiscando os cigarros dos pacientes e racionando-os. Durante seu tempo na enfermaria, McMurphy entra em uma batalha de liderança com Ratched. Ele rouba um ônibus do hospital, fugindo com vários pacientes para uma pescaria, encorajando-os a se tornarem mais autoconfiantes e menos dependentes da enfermeira. O filme segue a história social de Randall McMurphy, um meliante que após ser preso, finge de louco para ir para um hospital psiquiátrico e assim esquivar-se de uma porção de trabalhos forçados na prisão. Após seu enquadramento ele influencia os outros internos e começa a sofrer oposição sistemática da servil, cruel e sádica enfermeira Mildred Ratched. Mas com poder persuasivo ele instaura uma reviravolta na clínica, não sabendo ainda o que isto lhe pode custar.
As duas áreas tratam, fundamentalmente, do comportamento humano, e depois de um período de aceitação e popularidade, se tornaram importantes influências culturais que interagem num espaço da modernidade em constante modificação. No final do século XIX, Jean-Martin Charcot (1825-1893), um eminente neurologista francês, que empregava a hipnose para estudar a histeria, demonstrou que ideias mórbidas podiam produzir manifestações físicas. Seu aluno, o psicólogo francês Pierre Janet, considerou como prioritárias, para o desencadeamento do quadro histérico, muito mais as causas psicológicas do que as físicas. Posteriormente, Sigmund Freud, em colaboração com Josef Breuer, começou a pesquisar os mecanismos psíquicos da histeria e postulou em sua teoria que essa neurose era causada por lembranças reprimidas, de grande intensidade emocional. A sintomatologia, que ao mesmo tempo frustrou e estimulou os médicos do século XIX, foi o grande desafio para Freud, que, a partir desse quadro, desenvolveu técnicas específicas para conduzir o tratamento de suas pacientes: nascia a Psicanálise, como resposta a esse extraordinário desafio.
Aos poucos a observação permitiu a compreensão de que a histeria não era um distúrbio que acometia exclusivamente as mulheres, mas no entanto, nelas predominava. Teorizou-se outra segmentação da estrutura neurótica: estava-se diante dos obsessivos que, com sintomas diferentes, também apresentavam grande sofrimento psíquico. Esta sintomatologia, embora predominantemente masculina, não pode ser tratada como exclusiva dos homens. Nas palavras de Freud:- "O nome “histeria” tem origem nos primórdios da medicina e resulta do preconceito, superado somente nos dias atuais, que vincula as neuroses às doenças do aparelho sexual feminino. Na Idade Média, as neuroses desempenharam um papel significativo na história da civilização; surgiam sob a forma de epidemias, em consequência de contágio psíquico, e estavam na origem do que era fatual na história da possessão e da feitiçaria. Alguns documentos daquela época provam que sua sintomatologia não sofreu modificação até os dias atuais. Uma abordagem adequada e compreensiva da doença tiveram início apenas com os trabalhos de Charcot e da escola do Salpêtrière, inspirada por ele. Até essa época, a histeria tinha sido a bête noire da medicina. As histéricas, que em séculos tinham sido lançadas à fogueira ou exorcizadas, em épocas mais esclarecidas, ainda estavam sujeitas à maldição do ridículo. Seu estado era indigno de observação clínica, como simulação e exagero.
O talento e o reconhecimento de Edgar Allan Poe com suas histórias de fantasia e horror são imensuráveis. O filme: Refúgio do Medo é baseado no conto “O Sistema do Doutor Alcatrão e do Professor Pena” de 1945. Narra a história de um doutor que vai ao Manicômio Stonehearst para ter “experiência clinica”. Lá ele conhece Eliza que é acusada de violentar o marido, mas apesar de estar no manicômio “é a paciente mais sã”. O jovem doutor logo descobre o paradoxo segundo o qual “os pacientes tomaram conta do hospital e que estão fingindo serem os médicos e enfermeiros, enquanto os verdadeiros estão presos no porão”. O jovem doutor chamado Edward passa a tentar liberar os verdadeiros médicos e fugir para a cidade. O filme é processado num continuum, os acontecimentos são muito rápidos e são justificados. Os chamados lunáticos só tomam o hospital por que as práticas técnicas e sociais utilizadas pelos médicos são muito abusivas e ao invés de tratar o paciente, eles os enchiam de remédios, jogavam jatos de água no rosto, sedavam, utilizavam choques e diversas outras práticas que estavam mais para tortura em campos de concentração do tipo nazi. Na antiguidade a trepanação era muito utilizada em hospícios ou clínicas para doentes mentais. A técnica era realizada por cirurgiões que acreditavam com a trepanação os demônios e espíritos malignos iriam sair do corpo, mesmo que causando morte muitas vezes.
Quando realizada de forma única, a trepanação serve para se criar uma abertura por onde se pode drenar um hematoma intracraniano ou se inserir um cateter cerebral. Em uma craniotomia, várias trepanações são feitas para se criar os vértices de um polígono ósseo que será retirado do crânio. Com o auxílio da serra neurocirúrgica, uma linha ligando cada vértice é serrada e o polígono ósseo do crânio é retirado, liberando o cirurgião para abordar a massa encefálica. Ipso facto a representação ocorre no século XX, quando a medicina ainda se encontrava em determinado estágio pré-freudiano para o tratamento da histeria tendo em vista que o corpo clínico sanatorial usavam ainda tratamentos antiquados, violentos e de subjugação do paciente á tortura como a trepanação. Dentro da medicina moderna consiste na abertura de um ou mais furos no crânio, com uma broca neurocirúrgica. Para fazer a perfuração, eram usadas pedras pontudas e lâminas de obsidiana nos primeiros registros etnográficos. Quando aprenderam a manipular metais, na era do bronze, bisturis e serras primitivas foram usados até desenvolverem técnicas de cirurgia com vidro.
No entanto foi em 400 a. C. que o grego Hipócrates, considerado o pai da medicina, escreveu um tratado sobre o cérebro e revelou mais detalhes sobre a trepanação. De acordo com o neurocirurgião Graham Martin, em uma publicação no Journal of Clinical Neuroscience, Hipócrates nunca havia feito uma trepanação, mas havia aprendido sobre a técnica em uma viagem para Marselha, onde o procedimento já era feito há 1500 anos. Ele compreendeu que a técnica era usada para aliviar a pressão no cérebro causada por sangue, demônios, ou qualquer que fosse o diagnóstico do médico. Na civilização pré-colombiana dos zapotecas, no entanto, temos uma situação bem diferente: a trepanação era usada várias vezes - foram encontrados vários crânios com múltiplas perfurações. Acredita-se que era um tratamento popular para dores de cabeça. Tudo isso é especulação - não se sabe, por exemplo, se o procedimento era feito em voluntários. Afinal, ele não deveria ser nada agradável. No século XV, a trepanação foi um pouco mais documentada, inclusive por pintores renascentistas, pois quadros mostravam que a cirurgia era usada para curar, de forma sobrenatural, problemas mentais. Um deles era chamado de pedra da loucura. A tal pedra precisava ser retirada do cérebro do doente antes que contaminasse inteiro e foi retratada por Hieronymus Bosch no quadro A extração da pedra da loucura.

O símbolo não sendo já de natureza linguística deixa de se desenvolver numa só dimensão. As motivações que ordenam os símbolos não apenas já não formam longas cadeias de razões, mas nem sequer cadeias. A explicação linear do tipo de dedução lógica ou narrativa introspectiva já não basta para o estudo das motivações simbólicas. A classificação dos grandes símbolos da imaginação em categorias motivacionais distintas apresenta, com efeito, pelo próprio fato da não linearidade e do semantismo das imagens, grandes dificuldades. Metodologicamente, se se parte dos objetos bem definidos pelos quadros da lógica dos utensílios, como faziam as clássicas “chaves dos sonhos”, segundo as estruturas antropológicas do imaginário, cai-se rapidamente, pela massificação das motivações, numa inextricável confusão. Parecem-nos mais sérias as tentativas para repartir os símbolos segundo os grandes centros de interesse de um pensamento, certamente perceptivo, mas ainda completamente impregnado de atitudes assimiladoras nas quais os acontecimentos perceptivos não passam de pretextos para os devaneios imaginários. Tais são as classificações mais profundas de analistas das motivações do simbolismo religioso ou da imaginação de modo geral literária.
Tanto escolhem como norma classificativa uma ordem de motivação cosmológica e astral, na qual são as grandes sequências das estações, dos meteoros e dos astros que servem de indutores à fabulação, tanto são os elementos de uma física primitiva e sumária que, pelas suas qualidades sensoriais, polarizam os campos de força no continuum homogêneo do imaginário; tanto, enfim, se suspeita que são os dados sociológicos do microgrupo ou de grupos que se estendem aos confins do grupo linguístico que fornecem quadros primordiais para os símbolos. Quer a imaginação estreitamente motivada seja pela língua, seja pelas funções sociais, se modele sobre essas matrizes sociológicas e antropológicas, quer pelos seus genes raciais intervenham bastante misteriosamente para estruturar os conjuntos simbólicos, distribuindo seja as mentalidades imaginárias, sejam os rituais religiosos, querem ainda, com uma matriz evolucionista, se tente estabelecer uma hierarquia das grandes formas simbólicas e restaurar a unidade no dualismo de Henri Bergson das Deux Sources, quer enfim que atravessando a técnica da psicanálise se tente encontrar uma síntese entre as pulsões de uma libido em evolução e as pressões recalcadoras do microgrupo familiar. São estas diferentes classificações das motivações simbólicas que precisamos criticar antes de estabelecer um método de análise pretensamente firme na ordem das motivações.
Ao que parece o ator social, queira ou não, está orientado de acordo com um conjunto de restrições culturais. Podemos citar também um processo social identificado pelo sociólogo norte-americano de institucionalização das máscaras, que seriam “expectativas abstratas e estereotipadas” sobre um papel específico. A máscara se converteria então, em uma “representação coletiva” uma vez que estas são construídas em “performances” individuais que não são mais do que a forma ou expressão dessas representações coletivas individualizadas e personalizadas com as características de cada indivíduo. Quando, por exemplo, um ator social adentra um grupo social específico, encontra correspondente a ele, a fixação de uma máscara particular. Goffman chega a sugerir o caráter abstrato e geral das máscaras sociais e as converte em veículos ideais no processo de socialização, pois o que as representações coletivas traduzem é o modo como o grupo se pensa em suas relações com os objetos que o afetam. Através das máscaras sociais a atuação é “modelada e adaptada a compreensão e as expectativas da sociedade na qual se apresenta”. E através deste ajustamento que não é constituído da mesma maneira que o indivíduo e as coisas que o afetam são de outra natureza.
terça-feira, 12 de julho de 2016
Touradas – Cultura, Tradição & Metáfora de Guerra
sábado, 9 de julho de 2016
Programa de Pós-Doutorado - Green Card do “Cientista” Brasileiro?
Aloizio Mercadante Oliva, nascido em Santos, em 13 de maio de 1954, é professor, acadêmico, economista e político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), do qual foi fundador. Descendente matrilinear de italianos, é filho do general de exército e ex-comandante da Escola Superior de Guerra (1988–1990) Oswaldo Muniz Oliva. Foi ministro da Educação, da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Casa Civil durante o governo Dilma Rousseff, vice-presidente do PT e presidente da Fundação Perseu Abramo, braço acadêmico do partido, além de senador e deputado federal por São Paulo. Descendente matrilinear de italianos, é filho do general de exército e ex-comandante da Escola Superior de Guerra (1988–1990) Oswaldo Muniz Oliva. Em 1973, ingressou na Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP) e começou a participar do Movimento Estudantil que se opunha à ditadura militar. Nesse contexto, ajudou a reconstruir o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP. Em 1975, presidiu o Centro Acadêmico dos Estudantes de Economia e tornou-se monitor do Departamento de Economia da USP. Em 1976, graduou-se e, nos dois anos seguintes, fez o mestrado em economia na Universidade de Campinas (Unicamp). Na mesma época, participou de pesquisas realizadas pela Fundação Osvaldo Cruz (1977) e pelo Centro Ecumênico de Documento e Informação, em São Paulo (1978–1980).
Em dezembro de 2010, concluiu o doutorado em economia pela Unicamp. É professor licenciado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Mercadante foi vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores e secretário de relações internacionais, além de integrante do Diretório Nacional e da Executiva Nacional. Participou da elaboração dos programas de governo do PT e foi coordenador da campanha presidencial do partido nas eleições de 1989 e 2002. Foi candidato à vice-presidência da República na chapa de Lula nas eleições de 1994. A estreia mais efetiva de Mercadante na vida política começou na época da faculdade de Economia na USP. Ele foi presidente do Centro Acadêmico Visconde de Cairu (CAVC) em 1974 e 1975 e ajudou a organizar protestos contra os assassinatos do estudante Alexandre Vannucchi Leme e do jornalista Vladimir Herzog. Em outubro de 1990, foi eleito deputado federal por São Paulo na legenda do PT com 119.765 votos. Assumiu o mandato em fevereiro do ano seguinte e centrou sua atuação no Congresso na discussão de assuntos da área econômica e no combate à corrupção. Primeiro-vice-líder do PT na Câmara dos Deputados, integrou a Comissão de Finanças e Tributação, na qual permaneceu até 1994, e a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.
Entre 1991 e 1998 foi também vice-presidente nacional do PT. Na campanha de 1994, Mercadante abriu mão de uma provável reeleição para a Câmara dos Deputados e concorreu a vice-presidente da República na chapa de Lula. Em 1996, coordenou o programa de governo do PT e foi candidato a vice-prefeito de São Paulo na chapa de Luiza Erundina. Foi protagonista no debate econômico nacional, participando de palestras e publicando artigos propondo um modelo alternativo de desenvolvimento. Este período resultou no lançamento do livro: O Brasil Pós-Real, organizado por Mercadante. Em 1998, Mercadante voltou à Câmara dos Deputados como o terceiro deputado mais votado do país — 241.559 votos. No segundo mandato, participou de comissões especializadas nas áreas econômica, financeira e tributária. Presidiu a Comissão de Economia, Indústria e Comércio (1999), foi líder da Bancada do PT (2000) e membro das comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional e de Finanças e Tributação (2001). Ao concorrer a uma vaga no Senado em 2002, Mercadante obteve a maior votação da história do país até então — 10 497 348 votos, recorde posteriormente superado por Aloysio Nunes, do PSDB, que obteve 11 182 669 votos nas eleições de 2010 e por José Serra, também do PSDB, que obteve 11 105 874 votos nas eleições de 2014. Em 2003, Mercadante foi admitido pelo presidente Luiz Inácio Lula daSilva à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.
No Senado, exerceu a liderança do governo até junho de 2006. Em 2006, foi candidato ao governo de São Paulo pelo PT, quando obteve o maior número de votos do partido no Estado - 6 771 582 votos. Derrotado por José Serra, retornou ao seu mandato no Senado. Nesse mesmo ano, lançou o livro: "Brasil–Primeiro Tempo", uma análise comparativa do Governo Lula. De 2007 a 2008, presidiu a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Durante o processo de cassação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu a junção de todas as denúncias contra Calheiros, para que os processos fossem julgados de única vez, em sessão aberta. Em discurso, defendeu sua posição: “Meu voto não foi de omissão, como alguns disseram. Foi um voto transparente, de quem entende que o julgamento de mérito se faz com base na conclusão do processo”. Em janeiro de 2009, foi eleito líder do PT no Senado. Em 20 de agosto de 2009, anunciou que iria renunciar ao cargo, por causa da decisão de seu partido de arquivar a abertura de investigação pelo Conselho de Ética contra o presidente da Senado Federal, José Sarney. No dia seguinte, porém, em discurso no Senado, após longa conversa noturna com o presidente Lula, afirmou que — contra a vontade de sua família — aceitava o pedido do presidente para que continuasse na liderança.
Aliás, Lula utilizou máscara de Aloizio Mercadante em São Bernardo do Campo na campanha de 2010. Foi convidado a integrar o governo da presidente Dilma Rousseff, assumindo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em 2011. Em 18 de Janeiro de 2012, foi convidado para assumir o Ministério da Educação, devido à saída do então ministro Fernando Haddad para concorrer à Prefeitura de São Paulo. Em 2012, defendeu Octávio Frias e o jornal Folha de S. Paulo de acusações de colaboracionismo com a ditadura militar dizendo que teve “a oportunidade de testemunhar o papel desempenhado pelo jornal, sob o comando de Seu Frias, na luta pelas liberdades democráticas”. Tornou-se ministro da Casa Civil em 3 de fevereiro de 2014, sendo confirmado no cargo em 31 de dezembro de 2014 para o segundo mandato de Dilma Rousseff. Em 2 de outubro de 2015, retornou ao cargo de ministro da Educação, nele permanecendo até o afastamento da presidente Dilma em razão de processo golpista de impeachment instaurado contra ela, quando foram exonerados todos os ministros.
Por exemplo, as bolsas de “postdoc” da FAPESP – Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado de São Paulo são muito mais bem pagas comparativamente do que as do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, mas o quanto a bolsa rende na prática varia muito em função de você morar na capital São Paulo ou no interior. Contudo, em um país pobre e desigual regionalmente como o Brasil, não dá para reclamar nem das bolsas menos valorizadas economicamente. Há ainda a questão da duração. No Brasil, o “postdoc” clássico dura no máximo 2 anos na maioria das agências de fomento como as FAPs, Capes, CNPq etc., mas pode-se fazer mais de um “postdoc”, desde que por agências diferentes, e geralmente em instituições diferentes. Contudo, há alguns programas antigos, como o JP da FAPESP e novos, como o PNPD da CAPES, que têm perfil de pós-doutorado e duram até 5 anos. Na Europa, um contrato de “postdoc” em geral dura dois anos para a realização da pesquisa, mas pode se estender por até 6 anos, e a regra é fazer mais de um “postdoc” em locais diferentes, tendo em vista a diversidade institucional e cultural etc.
Este tipo de secularismo, a nível ideológico, constituído em sujeitos ou social e filosófico, tem frequentemente ocorrido, mantendo-se uma igreja oficial do Estado ou apoiando oficialmente uma religião. Nos Estados Unidos da América, por exemplo, alguns argumentam que o Estado secular tem servido, em uma maior medida, para proteger a religião da interferência governamental, enquanto o secularismo em nível social é menos prevalente. Diferentes países, bem como diferentes movimentos políticos, apoiam o secularismo por razões variadas. Portanto, é feita a distinção entre secularismo e secularidade. Secularismo é mais radical. – distingue-se do laicismo por ser muito tolerante em relação à visibilidade pública da religião, e permitir a exposição dos símbolos religiosos no domínio público. Implica restringir a religião ao espaço privado exclusivamente. Já a secularidade supõe a permissão das expressões religiosas controladas no espaço público como afirmação da própria liberdade em geral reconhecida como aquelas de todos os cidadãos.
Bibliografia geral consultada.
* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais do Centro de Humanidades da Universidade Estadual do Ceará (UECE).