“A morte é a angústia de quem vive, e a solidão é o fim de quem ama”. Vinicius de Moraes
Como parte do seu método filosófico, inspirado por Sócrates e pelos diálogos socráticos, a obra inicial de Kierkegaard foi escrita com vários pseudônimos que representam, cada um deles os seus pontos de vista metodológicos distintivos (cf. Ellenberger, 1977; Roos, 2007; Santos, 2014) e que interagem socialmente uns com os outros em complexas formas de diálogos. Este método de interpretação permitiu-lhe apresentar pontos de vista distintos e interagir socialmente com os outros em um diálogo complexo. Ele explorou problemas complexos a partir de diferentes pontos de vista, cada um sob um pseudônimo diferente. O termo pecado, por exemplo, é utilizado em contexto religioso para descrever qualquer desobediência à vontade de Deus; mas em especial, qualquer desconsideração deliberada de leis divinas. Vale lembrar desde sua fundação, que a igreja é vista como um local de auxílio aos seus membros mais necessitados. O apóstolo Tiago, exorta para que a igreja olhe, vele, assista às pessoas que estão carentes de assistência, de ajuda, como os órfãos e as viúvas em suas necessidades.
Tiago,
o Justo, morto em 62 d.C., reconhecido como Tiago de Jerusalém, ou ainda Tiago,
irmão do Senhor, foi uma importante pessoa nos primeiros anos do Cristianismo. Tiago
é chamado de “o Justo” por causa de sua retidão e religiosidade. O nome também
nos ajuda a distingui-lo de outras importantes figuras da igreja antiga de
mesmo nome, como Tiago Maior (filho de Zebedeu) e Tiago Menor. Com exceção de
um punhado de referências nos Evangelhos, as principais fontes de sua vida são
os Atos dos Apóstolos, as Epístolas paulinas, o historiador Flávio Josefo,
Eusébio de Cesaréia e o autor cristão Hegésipo. Acredita-se que ele seja o
autor da Epístola de Tiago no Novo Testamento, o primeiro dos Setenta Apóstolos
e o autor do Decreto Apostólico de Atos 15. Na Epístola aos Gálatas, Paulo de
Tarso o descreve em sua visita a Jerusalém, onde ele encontrou com Tiago e
esteve com Simão Pedro. Durante o ministério terreno de Jesus, Tiago é contado
entre os irmãos que não criam em seu nome como o Messias. Vindo a crer e fazer
parte do grupo dos Apóstolos após ter visto pessoalmente a aparição de Jesus
ressuscitado.
Tiago, o Justo, era o líder do movimento cristão em Jerusalém nas décadas seguintes à morte e ressurreição de Jesus, recebendo essa honraria em consenso dos Apóstolos, por ser da família de Jesus e descendente de Davi. Embora informação sobre a sua vida seja escassa e ambígua, diversas fontes primitivas citam-no como sendo irmão de Jesus. Historiadores já interpretaram isto de diversas maneiras, como sendo irmão num “sentido espiritual”, ou literalmente, significando que Tiago era mesmo um parente de Jesus - meio-irmão, irmão de criação, primo, outro parente e mesmo irmão de sangue. A mais antiga liturgia cristã sobrevivente, a chamada Liturgia de São Tiago, o chama de “irmão de Deus” (Adelphotheos), por conta da tradição Católica, Ortodoxa e Luterana. Muitas discussões discorrem pelas vertentes cristãs a respeito de seu grau de parentesco com Jesus. A afirmação bíblica e histórica predominante, é de que era irmão de Jesus, no sentido literal, pois era chamado de filho de José.
Na
última versão do Ranking QS das melhores Universidades do Mundo,
publicado em 10 de setembro, a Universidade de Copenhague figura na 45ª posição
– a mais alta dos países nórdicos. Com o novo ranking, a Universidade
dinamarquesa subiu 6 posições desde o ano passado e alcançou a melhor posição
de todos os tempos. A segunda Universidade dinamarquesa do ranking é a
Universidade de Aarhus, na posição 91ª. Outras Universidades nórdicas no top
100 são: Universidade Lund, na Suécia (67), Universidade de Helsinki (69),
Universidade Uppsala (79) e a Universidade de Oslo (89). QS World University
Rankings são classificações universitárias anuais publicadas pela
Quacquarelli Symonds (QS), do Reino Unido. A editora originalmente lançou seus rankings
em publicação conjunta com a Times Higher Education (THE) entre 2004
e 2009 sob o nome Times Higher Education-QS World University Rankings,
mas essa colaboração foi encerrada em 2010, com a retomada da publicação pela
QS, utilizando a metodologia pré-existente e nova cooperação entre a Thomson
Reuters e a Times Higher Education World University Rankings.
Atualmente, os rankings da QS compreendem tanto tabelas classificativas
mundiais quanto regionais, que são independentes e diferentes umas das outras
devido a diferenças nos critérios e ponderações utilizadas para gerá-los. É uma
das três classificações internacionais de universidades mais influentes e
amplamente observadas, juntamente com o Times Higher Education World
University Rankings e a Classificação Acadêmica das Universidades Mundiais.
Em 1841, Søren Kierkegaard concluiu o curso universitário com uma tese sobre a influência do filósofo grego Sócrates sobre a vida cotidiana, intitulada: Sobre o Conceito de Ironia. A partir daí, Kierkegaard tornou-se um filósofo e um escritor prolífico. Escreveu centenas de textos, a maioria ensaios, sobre variados assuntos, entre os quais ataques à filosofia de G. W. F. Hegel e escritos sobre ética, estética e política. Entre seus primeiros manuscritos estão: Temor e Tremor, A Repetição e A Alternativa. Os pensamentos e ideias de Søren Kierkegaard como têm ocorrido com importantes pensadores na história da filosofia, da teologia e na sociologia das emoções, não foi sistematizado numa única obra acabada, mas disseminaram-se num conjunto de ideias em prefácios, ensaios, sátiras, novelas, resenhas e sermões de inspiração cristã. Subsequentemente, os acadêmicos têm interpretado Kierkegaard de maneira singular, mas sobretudo variada: como filósofo existencialista, neo-ortodoxo, pós-modernista, humanista e individualista.
Cruzando as fronteiras imaginárias da filosofia, teologia, psicologia e literatura, tornou-se de grande influência para o pensamento contemporâneo. Em 1844, Kierkegaard publicou O Conceito de Angústia (cf. Kierkegaard, 1968) no qual investiga as circunstâncias em que o pecado se caracteriza pela indefinição e pela constante modificação de acordo com os fatos que o rodeiam. Nesse sentido se situa o recorte heurístico que pretende compreender com clareza, delimitação e finalidade, para que deste modo se possa compreender o conjunto daquilo que se investiga. Partindo da metáfora do pecado original sugere a angústia como situação que ocorre a Adão frente à possibilidade de escolha. O pecado original de Adão revela o sentimento de culpa, o sofrimento e a angústia. O homem, por sua natureza pecaminosa, posto que lhe seja dado escolher, vive na intranquilidade. A angústia é o sentimento que ocorre diante desta possibilidade, caracterizando a situação de liberdade na medida em que o homem que é livre também é livre para o pecado. Ela surge em face do real estabelecido. Tanto o pecado quanto a liberdade não se dão como premissa: a liberdade é infinita e provém do nada, e o pecado não é continuo como necessidade, mas dialético como possibilidade.
O fato, porém, de que cada indivíduo, diante da possibilidade de realizar-se concreta e realmente, esteja, por assim dizer, subjugado, se não absolutamente reduzido à impotência pela angústia, de tal maneira que termina por agarrar-se ao finito, ao temporal em vez de ao Infinito, ao Eterno e, consequentemente, por efetuar de forma errada a síntese e aprofundar-se no pecado. Isto significa que o pecado é, em certo sentido, o ato de constituir-se do homem com espírito, como Eu. É o lugar do verdadeiro e próprio tornar-se-homem do homem, que assinala o início da história do gênero humano como de cada indivíduo singular. Para Kierkegaard, com efeito, o homem não tem uma essência definida, mas, pelo contrário, se faz com as suas escolhas e as suas decisões. No momento do despertar do espírito, isto é, no momento da escolha, o indivíduo, que se encontra diante da “angustiante possibilidade de ser-capaz-de”, pressagia a tarefa de que é encarregado de determinar-se em plena liberdade é assinalada pelo perigo do naufrágio, da unilateralidade, do erro.
Segundo a concepção de fé cristã, ao criar o homem, compreende-se liturgicamente que Deus o teria habilitado ao livre arbítrio, que é a capacidade de escolher por si mesmo que caminho deve seguir. Após a Criação do homem, Deus o teria colocado no Jardim do Éden para cuidar e conservar, e teria determinado que ele, o homem, não comesse da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Essa árvore, segundo a interpretação alegórica, seria justamente o julgamento entre bem maior e bem menor fora da perspectiva divina, sem a qual se apresentaria de modo desordenado. Enfim, o homem, analogamente e o animal podem ter medo de algo específico e determinado: isto é, porém, na linguagem kierkegaardiana, o temor (“Frygt”) que se experimenta diante de um objeto distinto e aparentemente conhecido. O ter medo do nada, do indeterminado, e neste aspecto consiste a angústia (“Angest”), que é transcendentalmente sem objeto é, pelo contrário, um estado de ânimo próprio e exclusivo do homem. Não é por acaso que há angústia independentemente da cultura ou do grau de desenvolvimento de uma sociedade, e cada indivíduo a vive de maneira diversa e pessoal. Um ser totalmente necessitado (“sem alma” ) não experimentaria a angústia, assim como não experimentaria angústia um puro espírito (“sem necessidade”). A angústia é o sintoma da condição de criatura e da contingência do homem, e remete à insegurança que assinala a existência humana, mas é também o sinal de que o homem, como ser exposto à liberdade possível, é destinado a ser mais que um ser natural. A angústia pressupõe a experiência do Eu como espírito infinito, mas dialeticamente ao mesmo tempo, ligado à finitude, à temporalidade, à corporeidade da existência humana.
KIERKEGAARD, Søren, O Conceito de Angústia. São Paulo: Editora Hemus, 1968; ROGERS, Carl; ROSENBERG, Rachel, A Pessoa como Centro. São Paulo: Editora Pedagógica Universitária, 1977; MAY, Rollo; ANGEL, Ernest; ELLENBERGER, Henri (Orgs.), Existencia: Nueva Dimension en Psiquiatría y Psicología. Madrid: Editorial Gredos, 1977; GARDINER, Patrick, Kierkegaard. São Paulo: Edições Loyola, 2001; ALMEIDA, Jorge Miranda; VALLS, Álvaro Luis Miranda, Kierkegaard. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2007; ROOS, Jonas, Tornar-se Cristão: O Paradoxo Absoluto e a Existência sob Juízo e Graça em Søren Kierkegaard. Tese de Doutorado. Instituto Ecumênico de Pós-Graduação em Teologia. São Leopoldo: Escola Superior de Teologia, 2007; PAULA, Marcio Gimenes de, Indivíduo e Comunidade na Filosofia de Kierkegaard. São Paulo: Editora Paulus, 2009; SAMPAIO, Laura Cristina Ferreira, A Existência Ética ou Religiosa em Kierkegaard: Continuidade ou Ruptura? Tese de Doutorado. Departamento de Filosofia e Metodologia das Ciências. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos, 2010; LINDEMANN, Ricardo, Reconciliação do Platonismo com o Cristianismo na Relação Mestre e Discípulo: Uma Análise a partir de Migalhas Filosóficas de Kierkegaard. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia. Brasília: Universidade de Brasília, 2014; OLIVEIRA, Ranis Fonseca de, A Comunicação Existencial na Filosofia de Søren Aabye Kierkegaard. Tese de Doutorado. Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2014; SANTOS, Maria Deiviane Agostinho dos, Angústia e História: Um Reencontro da Liberdade em Kierkegaard. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2014; OLIVEIRA, Lauro Ericksen Cavalcane de, Uma Abordagen Culturalista de Kiekegaard: O Existencialismo Cristão e a Verdade da Subjetividade. Tese de Doutorado em Filosofia. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016; ARAÚJO, Cleyton Francisco Oliveira, Angústia como Possibilidade de Subjetividade Segundo Kierkegaard. Dissertação de Mestrado em Filosofia. Toledo: Universidade Estadual do Oeste do Paraná, 2016; SOUTO MAIOR, Patrícia Silva, O Devir da Angústia: Um Diálogo entre Kierkegaard e Dostoiévski. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Estética e Filosofia da Arte. Departamento de Filosofia. Ouro Preto: Universidade Federal de Ouro Preto, 2017; entre outros.
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