Nudismo & Política em São Francisco, nos Estados Unidos da America?
Giuliane de Alencar & Ubiracy
de Souza Braga
“Tanto o homem como a mulher estavam
nus e não se envergonhavam” (Gên. 2, 25).
O livro de Levítico 26:46 diz: -
“Estes são os estatutos, juízos e leis que Deus deu entre si e os filhos de
Israel no monte Sinai por intermédio de Moisés”. Passagens similares incluem
Êxodo 17:14, “disse Deus a Moisés: Escreve isto para memorial num livro, e
faze-o ouvir a Josué; porque eu hei de extinguir totalmente a memória de
Amaleque de debaixo do céu.; Êxodo 24:4 “Moisés escreveu todas as palavras de
Deus e, tendo se levantado de manhã cedo, erigiu um altar ao pé do monte, e
doze colunas segundo as doze tribos de Israel”.; Esta visão é retratada em
diversos trechos do Novo Testamento como Mateus 19:8, Lucas 24:27, João
5:45–47, Atos 3:22, Romanos 10:5 e Apocalipse 15:3. A crítica literária moderna
descreve o Livro do Gênesis como um “compilado de material escrito a diversas
mãos”, tendo assimilado mitos da Suméria, da Babilônia e de Ugarit,
especialmente os poemas da Criação, Enuma Elish e Atrahasis, a influência da
Epopeia de Gilgamesh está presente no
relato do Dilúvio. Não há consenso sobre quando o Gênesis foi escrito, mas
alguns anacronismos que sua redação final aconteceu no primeiro milênio. As
teorias históricas e sociais mais recentes colocam a redação final do texto em torno do áureo século V
a.C., durante o período pós-exílio quando a “comunidade judia” se adaptava à vida
sob o império persa.
Etimilogicamente Gênesis do grego Origem (Γένεσις) é o primeiro livro tanto da Bíblia Hebraica como da Bíblia cristã, antecede o Livro do Êxodo. Faz parte do Pentateuco e da Torá, os cinco primeiros livros de orientação bíblicos. É o nome de representação dado pela Septuaginta ao primeiro destes livros, ao passo que seu título hebraico Bereshit (בְּרֵאשִׁית, B`reishit) é retirado da primeira palavra de sua sentença inicialmente. Narra a visão ideológica da religião desde a noção de “criação” do mundo na perspectiva hebraica, genealogias dos Patriarcas bíblicos, até à fixação deste povo no Egipto através da história de José. A tradição judaico-cristã atribui a autoria do texto a Moisés enquanto a crítica literária moderna prefere descrevê-lo como compilado de texto de mãos. Com base na interpretação científica de evidências arqueológicas, genéticas e linguísticas, a maioria dos estudiosos da Bíblia considera o Gênesis principalmente mitológico e não histórico. Embora o texto não contenha relatos etnográficos internos de quem foi o autor, a autoria foi tradicionalmente atribuída pela tradição judaico-cristã a figuração de Moisés, um profeta e legislador hebraico. Esta tradição é baseada em diversas passagens da bíblia hebraica que retratam Moisés “escrevendo”. Em Deuteronômio 31:9 e Deuteronômio 31:24–26, descreve como Moisés “escreve” a Torá (lei) e ao lado da “Arca da Aliança”.
O
naturismo moderno - mutatis mutandis - surgiu no início do século 20, na
Alemanha e França. Na França, especificamente na Ilha do Levante, foi criada
pelos irmãos Duvalier uma “Clínica Helioterapêutica” onde se pregava que a
nudez ao ar livre com alimentação natural, sem nenhum produto animal, drogas,
cigarros e bebidas e contato com outras pessoas ajudava na cura de todos os
males físicos. Na Alemanha, que é tida como verdadeiramente a iniciadora do
naturismo, o professor de educação física Adolf Koch propôs aos seus alunos que
estes “deveriam fazer os exercícios ao ar livre e sem roupas”. Depois de algum
tempo, os jovens deste professor passaram a ser mais corados, ter mais saúde e
alegria, as famílias dos mesmos vendo as mudanças inclusive comportamentais dos
mesmos resolveram aderir aos exercícios e criaram o que a princípio foi chamado
de nudismo. A alteração de nome só foi feita na década de 1950. Mas é no ano de
1906 que surge nesse mesmo país o primeiro campo oficial para a prática do
naturismo e a publicação do primeiro livro: Die Nacktheit sobre esta filosofia
de vida cujo autor era o professor alemão Georg Gottlob Ungewitter (1820-1864).
Nessa época, historicamente, além dos exercícios comunitários ao ar livre em
completa nudez, havia também uma grande preocupação com o regime da alimentação,
que deveria ser saudável, geralmente baseada no vegetarianismo.
Vale
lembrar que o sismo de San Francisco de 1906 (San Francisco earthquake)
foi um violento sismo que ocorreu às 5:14 horas da manhã no dia 18 de abril de
1906 em São Francisco. Com magnitude estimada média de 8.0 na Escala de
Richter. Reconhecido como The Great San Francisco Earthquake, ou somente
apelidado como The Great Quake, o maior nos Estados Unidos da América já
registrado na escala de Richter. O terremoto teve duração de aproximadamente
1:30 um minuto e trinta segundos, tendo matado milhares de pessoas. Outras
cidades sofreram estragos importantes, nomeadamente Santa Rosa, São José e a
Universidade de Stanford. Cerca de 225 000 pessoas encontraram-se sem teto dos
cerca de 400 000 habitantes daquelas áreas, na ocasião. O Geólogo que se
reportou no inquérito oficial da cidade de San Francisco afirma: - “O epicentro
do distúrbio estava provavelmente na cama do oceano, uma distância curta da
costa, oposto à linha do Norte do condado de Mendocino, e a região de sua maior
intensidade estendeu-se em direção ao Sul do ponto nomeado a uma distância de
cem milhas do Sudeste de San Francisco. A linha do distúrbio foi a que é
conhecida como a falha Tomales-Portola, a linha de que foi seguido
distintamente de Point Arena, condado de Mendocino, ao Sul de Hollister,
condado de San Benito, exceto em pontos que a linha passa sob o oceano. Este é
o caso oposto a San Francisco, a linha-falha que estas poucas milhas do lado de
fora da Golden Gate Bridge. Foi a ruptura da superfície da terra ao longo desta
linha-falha que causou o distúrbio, o que provou tão desastroso. A falha ainda
não se chamava San Andreas”.
Antes
da catástrofe, San Francisco era a nona maior cidade norte-americana, com uma população
de cerca de 410 000 habitantes. Durante seis décadas, a cidade era o centro
financeiro, comercial e cultural do Oeste estadunidense; acolhia ainda o grande
porto da costa ocidental e era considerada como a “porta do Pacífico”, pela
qual transitava crescente a potência econômica e militar norte-americana para a
Ásia e o Oceano Pacífico. A entrada do Hawaii na união e a guerra contra a
Espanha em 1898 dá a São Francisco um papel importante, pois 42 bancos estavam
instalados na cidade. A vida cultural era dinâmica graças aos cinco jornais, os
restaurantes franceses, os teatros e a ópera situada sobre Mission Street. Entertanto, o Orpheum
O` Farrell podia acolher 3500 pessoas. De um ponto de vida arquitetônico, a
cidade era a mais bonita do oeste norte-americano. Magnatas da estrada de ferro
e das minas de ouro fizeram-se construir magníficas residências sobre Nob Hill.
A sismologia estiva nos seus primórdios anos, mas os peritos sabiam
que São Francisco estava situada sobre uma falha. Dos terremotos mais
importantes na baía de São Francisco foram registrados de 1836, em 1868 e
1892.
Certos
setores da falha de San Andreas foram identificados e reconhecidos como
potencialmente perigosos a partir de 1893. O terremoto foi causado por um
deslize da falha de San Andreas em um segmento de 442. 5696 Km (275 Milhas) de
comprimento. Suas ondas sísmicas foram sentidas desde o Sul do estado de Oregon
(ao Norte da Califórnia) até a cidade de Los Angeles - ao Sul de São Francisco
(Califórnia). As construções vitorianas e os prédios de tijolos ficaram
devastados. O pior da destruição foi o incêndio, causado pelos fios elétricos
que se partiram e, com faíscas, ignificou-se com o gás que escapou pela cidade
toda. Com as canalizações subterrâneas de águas quebradas os bombeiros não
conseguiram responder ao incêndio em tempo e a cidade ficou praticamente
inteira destruída. Às 7 horas da manhã as tropas do exército de Fort Mason, a
base do histórico Presídio de 1776, em São Francisco, apresentaram-se a
prefeitura da cidade e o ex-Prefeito Eugene E. Schmitz pediu o reforço da
população e “autorizou qualquer soldado a atirar para matar se alguém fosse
encontrado saqueando lojas e casas”. Enquanto isto, bombeiros e militares
lutaram num esforço desesperado para controlar o contínuo fogo, até mesmo
usando dinamites para explodir quarteirões inteiros criando, assim, um paredão
contra o fogo que se alastrava sem cessar.
As consequências da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) decorrem de acontecimentos terríveis, sendo os principais: o antissemitismo, os
campos de concentração nazistas, o holocausto e os bombardeios nucleares. Após os males da Segunda Guerra, o naturismo começou a se difundir, não só na Europa, mas também nos
Estados Unidos. Em 1952 ocorreu um Congresso Mundial que foi realizado na Suíça
em Thielle junto ao lago Neuchatel. Ali se reuniram cerca de 300 naturistas de
14 nacionalidades: 200 da Suíça, 37 da Alemanha, 13 da França, 12 da
Inglaterra, 8 da Holanda, 6 de Itália, 3 dos Estados Unidos, 3 da Áustria, 3 da
Bélgica, 2 do Território do Sarre (hoje integrante da França), 2 da Nova
Zelândia, 1 do Brasil, 1 da Espanha e 1 da Índia. Foram neste congresso,
através da preciosa contribuição de Albert Lecocq, Erhard Wachtler e Eduard Fankhouser entre outros, lançadas as bases da futura Federação Internacional de Naturismo,
que viria a nascer no ano seguinte em Montalivet na França. Em 1974 a Federação
Internacional de Naturismo (INF-FNI) criou a definição de naturismo adotada pelas entidades naturistas: - “Um modo de vida em harmonia com a natureza, caracterizado pela prática do nudismo em grupo, que tem por intenção favorecer o auto-respeito, o respeito pelo outro e o cuidado com o meio ambiente”.
É
neste contexto social e político que São Francisco (EUA) se insere, posto que sempre fosse
considerada uma cidade liberal mesmo dentro dos padrões californianos,
retrocede agora neste aspecto político e cultural: “O nudismo na Castro
tornou-se extremo”, disse o supervisor municipal que propôs a lei, Scott
Wiener, antes da votação. De acordo com o jornal The New York Times a multa para quem violar a lei equivale a 78
euros; os reincidentes pagam o dobro e a partir daí a coisa sobe para mais de
350 euros ou para pena de prisão até 1 ano. Um grupo de cidadãos já contestou a
lei - e realizou-se uma marcha de protesto junto ao governo municipal. “O que a
cidade está a fazer é a impor um código de vestuário pela via criminal”, disse
à Reuters a advogada deste grupo de
cidadãos, Christina DiEdoardo. Vejamos a letra da música San Francisco, de
Scott Mckenzie (1967), bisada posteriormente no filme Forrest Gump: - “If you`re going
to San Francisco/Be sure to wear some flowers in your hair/If you`re going to
San Francisco/You`re gonna meet some gentle people there/For those who come to
San Francisco/Summertime will be a love-in there/In the streets of San
Francisco/Gentle people with flowers in their hair/All across the nation such a
strange vibration/People in motion/There`s a whole generation with a new
explanation/People in motion people in motion/For those who come to San
Francisco/Be sure to wear some flowers in your hair/If you come to San
Francisco/Summertime will be a love-in there/If you come to San
Francisco/Summertime will be a love-in there”.
O
governo de São Francisco (EUA) aprovou a proibição do nudismo nos
chamados espaços público. Três exceções: crianças menores de cinco anos, os seios
femininos e as paradas gay. A nova
lei foi votada na terça-feira e o resultado expressa o desentendimento sobre a
matéria: seis votos a favor, cinco contra. O objetivo, de acordo com os
proponentes, “foi pôr fim ao costume de alguns habitantes da cidade de
passearem nus na célebre rua Castro, um dos emblemas do movimento de libertação
gay nos EUA”. Numa tentativa de evitar contestações sociais e políticas, o governo municipal
inscreveu na lei cláusulas de exceção. O nudismo será permitido nas paradas
gay, o hábito do topless feminino também é
permitido e as crianças menores de cinco anos podem andar nuas na cidade.
Nos
Estados Unidos da América, os estados/condados têm jurisdição primária em questões de moralidade
pública. O movimento de liberdade máxima reivindicou sucesso em alguns casos em
persuadir alguns tribunais estaduais e federais a derrubar algumas leis
estaduais com base na discriminação sexual ou proteção igualitária,
argumentando que uma mulher deve ser livre para expor o peito (ou seja, estar
de topless) em qualquer contexto em que um homem possa expor o seu.
Outros casos de sucesso foram baseados na liberdade de expressão em protesto,
ou simplesmente porque a exposição dos seios não é indecente (ou terminologia
semelhante). Leis e decretos que proíbem o uso de topless feminino estão sendo
contestados em tribunais federais em todo o país. Cada ação judicial, se
prevalecer no nível de apelação, legalizará a liberdade total nos seguintes
circuitos de apelação nos Estados Unidos (de oeste para leste): 9 (Califórnia),
8 (Missouri) e 4 (Maryland). Uma ação federal no 7º Circuito (Illinois) foi
perdida no nível de apelação e a petição de revisão pela Suprema Corte dos
Estados Unidos foi negada. Uma liminar em ação federal no 10º Circuito
(Colorado) foi vencida em segunda instância. São Francisco permite o topless
feminino em público, embora a nudez pública tenha sido proibida em fevereiro de
2013. O bairro de Venice Beach, em Los Angeles, em 1974, era o lar de um resort
naturista que escandalizou a comunidade, atraiu câmeras e estimulou a
proibir a nudez. O Conselho de Vizinhança de Veneza, em 2015, decidiu tornar a
área isenta da proibição de banhos de sol de topless.
Em
La Jolla, uma comunidade de San Diego, o topless feminino é permitido em
uma praia de nudismo chamada Black`s Beach. As mulheres não podem fazer topless
nos parques de São Francisco sem a permissão prévia da cidade. Um local popular
para o topless feminino em San Francisco é Baker Beach, uma praia de
nudismo localizada no bairro do Presidio. Em Berkeley, é uma contravenção ou
infração a mulher expor “qualquer parte da mama na aréola ou abaixo dela”. A
lei de vestimenta de Oakland diz que as mulheres não podem usar “nenhum tipo de
roupa para que qualquer parte de tal parte do seio possa ser observada”. San
Jose proíbe qualquer coisa “menos do que total e opaca cobertura” seios
femininos. Em Los Angeles, a estudante graduada da UCSD Anni Ma, uma
manifestante de “Free the Nipple”, foi presa por exposição indecente em um
comício de Bernie Sanders em 23 de março de 2016, quando ela removeu a fita
adesiva que cobria os mamilos. Ela entrou com uma ação federal contra o
Departamento de Polícia de Los Angeles. Seu advogado afirma que ela nunca esteve
“nua” e que a lei de exposição indecente da Califórnia se aplica apenas aos órgãos
genitais, não aos seios. Ela também está processando por violações
constitucionais, discriminação de gênero e violações de leis federais de
direitos civis. Ela estava de topless em um comício de campanha de Bernie
Sanders, em19 de março de 2016 em Phoenix, e foi levada para o fundo do local
sem incidentes.
Forrest
Gump
(O Contador de Histórias) é um filme norte-americano de 1994, dirigido
por Robert Zemeckis, com roteiro de Eric Roth, baseado no romance homônimo de
Winston Groom. O filme traz Tom Hanks no papel-título, além de Robin Wright e
Gary Sinise. A trama atravessa várias décadas na vida do personagem central,
Forrest Gump, um homem simples do Alabama que, em suas andanças pelo país,
acaba encontrando personalidades históricas, influenciando a cultura popular e
testemunhando alguns dos eventos mais notórios da história dos Estados Unidos
no final do século XX. As filmagens principais ocorreram entre agosto e
dezembro de 1993 com locações nos estados americanos da Geórgia, Carolina do
Norte e Carolina do Sul. Efeitos visuais abrangentes foram usados para
incorporar Hanks em imagens de arquivo para desenvolvimento de outras cenas.
Sua trilha sonora traz canções que refletem os diferentes períodos vistos no
filme.
Forrest
Gump
foi lançado nacionalmente nos Estados Unidos em 6 de julho de 1994 e recebeu
críticas favoráveis pela direção de Zemeckis, pelas performances de Sinise e
Hanks, pelos efeitos visuais, pela música e pelo roteiro. O filme foi um enorme
sucesso de bilheteria; tornou-se o filme de maior bilheteria na América lançado
naquele ano e arrecadou mais de US$ 677 milhões em todo o mundo durante sua
exibição teatral, tornando-se o segundo filme de maior bilheteria de 1994,
atrás apenas da animação O Rei Leão. A trilha sonora vendeu mais de doze
milhões de cópias. Forrest Gump ganhou o Óscar de Melhor Filme, Melhor Diretor,
Melhor Ator para Tom Hanks, Melhor Roteiro Adaptado, Melhores Efeitos Visuais e
Melhor Edição; também recebeu diversas indicações para outros prêmios,
incluindo Globo de Ouro, BAFTA e Screen Actors Guild Awards. Diversas
interpretações foram feitas do protagonista e do simbolismo político do filme.
Em 2011, a Biblioteca do Congresso norte-americano selecionou o filme para preservação e acervo histórico no National
Film Registry dos Estados Unidos da América como sendo “culturalmente, historicamente
ou esteticamente significativo”.
Após
a guerra, o retorno dos militares, a imigração em massa, atitudes de
liberalização e outros fatores que levaram ao “Verão do Amor” (1967) e ao movimento
pelos direitos dos homossexuais, consolidaram São Francisco como um centro de
ativismo liberal nos Estados Unidos. Atualmente, São Francisco é um popular destino
turístico internacional, conhecido pela sua neblina fria do verão, íngremes
colinas, eclética mistura de arquitetura vitoriana e moderna em seus marcos
históricos famosos, incluindo a Ponte Golden Gate, os bondes e Chinatown. A
cidade é também um centro financeiro e bancário, sendo sede de mais de 30
instituições financeiras internacionais, ajudando a São Francisco a se tornar a
décima oitava cidade mais rica do mundo e nona nos Estados Unidos. O “Verão do
Amor” é considerado como tendo sido uma nova experiência social. A oposição à
guerra foi um impulso para buscar valores e estilos de vida alternativos. Uma
nova era, na qual as pessoas “fariam amor, não guerra”.
Desde
os anos 1960 e de anos anteriores, quando era ligado à cultura beat, Haight-Ashbury era procurado como moradia de pessoas que não tinham
condições de morar em locais mais nobres do norte da cidade, e ali encontravam
imóveis e aluguéis mais baratos numa área menos densamente povoada. Desde esta
época, o lugar e a cidade de São Francisco tornaram-se a referência física do
movimento hippie e da contracultura. São Francisco e The Haight ganharam reputação como centro de uma cultura de drogas
ilegais, notadamente maconha e LSD (Lysergsäurediethylamid), além de outras drogas alucinógenas. Em
1967, a área ganhou fama internacional como o paraíso de drogados e habitat
natural de diversos músicos e grupos de rock`n`roll psicodélico da época, como
Janis Joplin, Jefferson Airplane e Grateful Dead, cujos integrantes viviam há
pouca distância da famosa interseção e que eternizaram a cena local em diversas
canções. Grupos performáticos de teatro de rua e todo tipo de expressão de cultura underground também faziam parte do
clima de comunicação efervescente e hippie da área.
Antropólogos
culturais e adeptos religiosos frequentemente desaprovam o uso do termo
ideológico “alucinógeno” para descrever a ayahuasca. Propõe-se o termo enteógeno,
ou “gerador da divindade interna” uma vez que sua utilidade de uso se dá em
contextos ritualísticos específicos. A categorização científica da ayahuasca,
enquanto substância, sem levar em consideração qualquer contexto social de uso,
é de um alucinógeno ou psicodélico. Para a farmacologia, do ponto de vista
bioquímico, ele denota a substância como um alterador da percepção e da
cognição que age sobre os receptores de serotonina, igual ao dietilamida do
ácido lisérgico (LSD) vulgarmente reconhecido simplesmente por “ácido”, é uma
das mais fortes substâncias alucinógenas reconhecidas. Foi descoberto
acidentalmente em 1943 pelo químico suíço Albert Hofmann (1906-2008), enquanto
trabalhava na Sandoz, que se tornou um entusiasta da substância até sua morte
aos 102 anos. Ela se originou de uma pequena empresa que surgiu na Basileia,
Suíça, em 1886. Kern & Sandoz, como a empresa era originalmente chamada,
tendo como seu escopo na produção de corantes. Contudo, em uma década de
atividade, ela produziu sua primeira substância medicinal, a antipirina, um
agente controlador da febre. Em 1917, a empresa estabeleceu seu departamento
farmacêutico (1929), o Calcium Sandoz ao mercado, servindo de base para
a terapia e continuou sendo produzido até se tornar o produto da empresa e
ainda se encontra representado no portfólio de produtos da Novartis.
A
droga foi muito visada nas sequências de pesquisas clínicas. Alguns psiquiatras
e demais estudiosos do tema “a testaram em si mesmos”. Queriam entender as
desordens severas por que pacientes eram acometidos, pois segundo determinadas
teorias e dadas experiências, era possível simular a esquizofrenia sob seu
efeito, entre outras condições semelhantes. Após certa experimentação e maior
divulgação no âmbito da comunidade científica, tornou-se prática frequente seu
uso clínico em sessões de psicoterapia, pois acreditava-se que o inconsciente
se tornava intensamente acessível por meio do LSD, é uma droga cristalina, que
ocorre naturalmente como resultado das reações metabólicas do fungo Claviceps
purpurea, relacionado especialmente com os alcaloides produzidos por esta
cravagem, ajudando o paciente a nova percepção acerca das questões que envolvem
seu universo psicoafetivo. Stanislav Grof, nascido em Praga, 1º de julho de
1931 é um psiquiatra checo que desenvolveu pesquisas nos Estados Unidos da
América sobre os estados alterados de consciência, psiquiatra, ganhou renome
mundial com o pioneirismo desta prática, mas teve de abandoná-la e procurar
alternativas após a ilegalidade do LSD. Atribui-se auxílio na descoberta da
estrutura do DNA, que rendeu o prêmio Nobel a Francis Crick (1916-2004), à
mente brilhante do cientista sob o LSD.
Similarmente
ao modo como a molécula de benzeno foi descoberta no século XIX em um sonho por
Friedrich von Stradonitz (1829-1896), Crick visualizou a dupla hélice do DNA
pela primeira vez, em meados do século XX, sob a influência essencialmente
onírica da droga. Outra mente inventiva famosa que considerava a experiência
com LSD como uma das mais importantes de sua vida foi Steve Jobs (1955-2011),
cofundador e antigo Chief Executive Officer (CEO) da Apple Inc. A
dietilamida do ácido lisérgico atingiu o apogeu de sua popularidade comercial
na extraordinária década de 1960, estando seu consumo constantemente associado
ao movimento psicodélico, e teve um efeito, não apenas na música, mas também em
muitos aspectos da cultura popular. Isso incluiu estilo de vida, roupas,
linguagem, arte, literatura e filosofia. Ipso facto que abrange imenso número
de composto de renomados artistas; estão entre nomes famosos Jim Morrison,
Emerson Lake and Palmer, Pink Floyd, King Crimson, Jethro Tull, Tom Zé, Beatles
etc. Sua utilidade de uso associa-se também a um dos pensadores e artistas de
grande peso do século XX, Aldous Huxley (1894-1963), este situado na produção
cultural erudita, com a autobiografia escrita em inglês: The Doors of
Perception, é obra de Aldous Huxley. Publicada em 1954, discorre sobre sua
experiência psicodélica sob “o efeito da mescalina em maio de 1953”. Huxley
relembra os insights que experimentou, desde a visão puramente estética à visão
sacramental sobre suas implicações filosóficas e psicológicas.
Em
1956, Huxley publicou Heaven and Hell, outro ensaio em que aprofunda
essas reflexões. As duas obras têm sido muitas vezes publicadas juntas em
edições e traduções posteriores; o título de ambos advém do poema: The
Marriage of Heaven and Hell (1973), de William Blake. A obra provocou
reações controversas por suas considerações acerca da utilidade de uso de
“drogas psicodélicas como caminho para a abertura mística com grandes
benefícios potenciais para a ciência, arte e religião”. Enquanto muitos acharam
o argumento convincente, outros, incluindo o escritor Thomas Mann, o monge
vedântico Swami Prabhavananda, o filósofo Martin Buber e o pesquisador Robert
Charles Zaehner, rebateram que “os efeitos da mescalina são subjetivos e não
devem ser confundidos com o misticismo religioso objetivo”. O próprio Huxley
continuou a tomar psicodélicos pelo resto de sua vida, assunto que retornou em
seu romance Island, de 1962. Especula-se que Salvador Dalí tenha feito uso da
substância, visto ser bastante próximo ao denominado “guru do LSD” Timothy
Leary que o apresentou à sua futura esposa, Nena Thurman, mãe da atriz Uma
Thurman. Nos chamados anos dourados do século XX, o LSD, em seu auge, também
teve sua proibição. Mas ressalta-se que, para compreender seus efeitos
psíquicos ou subjetivos culturalmente, não se pode ignorar as crenças e
contexto social de uso.
Nos
anos 1930, o antropólogo Raoul Weston La Barre (1911-1996) publicou The
Peyote Cult, o primeiro estudo do uso ritual do peiote como substância
enteógena entre o povo huichol no oeste do México. Os huichóis são um
grupo étnico indígena do México centro-ocidental que habitam a Sierra Madre
Occidental nos estados de Nayarit e Jalisco. Devido ao isolamento, e
resistência à evangelização, em que deliberadamente há muito vivem, em termos
de preservação étnico-cultural mantêm muitos dos seus traços culturais
originais. Os huichóis afirmam ser originários do estado de San Luis Potosí,
donde migraram em direção a Oeste para partes de Durango, Jalisco, Zacatecas e
Nayarit onde se situa a acidentada Sierra Huichol. Uma vez por ano alguns
huichóis viajam até San Luis Potosí, terra ancestral, para as cerimônias com
peiote chamadas mitote. As três principais comunidades huicholas situam-se no
município de Mezquitic, Jalisco e são: San Sebastián Teponohuastlan (Wautüa em huichol),
Santa María Cuexcomatitlán (Tuapuri em huichol) e San Andrés Cohamiata (Tatei
Kié em huichol). Outras comunidades huicholes incluem Guadalupe Ocotán
(Nayarit), Santa Catarina e Tuxpan de Bolaños (Jalisco). No entanto, apenas
cerca de 7 000 huichóis vivem na sua região enquanto que 13 000 migraram para
outros locais no México e outros ainda vivem em comunidades coras na Mesa del
Nayar. La Mesa é parte da municipalidade (Município) de Del Nayar, está
localizada no estado do Nayarit (NA) no México. As coordenadas de satélite de
La Mesa são: latitude 22°1`0” N e longitude 104°30`34” W.
La
Barre observou que os usuários nativos do cacto “o consumiam para obter visões
de profecia, cura e força interior”. A maioria dos projetos de pesquisa
psiquiátrica sobre a droga na década de 1930, e no início da década de 1940
propunham analisar “o papel da droga na mimetização da psicose”. Em 1947, no
entanto, a Marinha dos Estados Unidos empreendeu o Projeto Chatter, que
examinou o potencial da droga como agente revelador da verdade. No início da
década de 1950, quando Huxley escreveu seu livro, a mescalina ainda era
considerada apenas um produto químico de interesse científico e estava listada
no catálogo laboratorial-industrial da Parke-Davis. A mescalina também
desempenhou um papel fundamental na influência da geração beat de poetas e
escritores do final dos anos 1940 até o início dos anos 1960, dentre eles
William S. Burroughs (1914-1977), Jack Kerouac (1922-1969) e Allen Ginsberg
(1926-1997), sendo todos eles respeitados artistas de sua radiante geração. Os
trabalhos de muitos outros artistas de seu tempo foram influenciados por formas
de mescalina vendidas “sem receita durante esse período”, devido à potência e
de fácil acessibilidade no mercado.
Aldous
Huxley se interessava por assuntos espirituais e usava terapias alternativas há
algum tempo. Em 1936 ele disse a T. S. Eliot (1888-1965), poeta, dramaturgo e
crítico de língua inglesa, que estava começando a meditar e também usava outras
terapias; por exemplo, a Técnica de Alexander e o Método Bates tiveram
particular importância para guiá-lo através de problemas pessoais. No final da
década de 1930, ele se interessou pelo ensino espiritual do Vedanta. A
filosofia do Vedanta consiste em entender que a pessoa é “livre” do samsara,
que se compreende pelo ciclo de sucessivas reencarnações no qual as pessoas
passam por períodos de altos e baixos, felicidades e tristezas. Publicou The
Perennial Philosophy em 1945, que estabeleceu uma filosofia em que acreditava
ser encontrada entre os místicos de todas as religiões. Ele já reconhecia há
algum tempo a experiência visionária “alcançada pelo uso de drogas em certas
religiões”. Huxley tinha ouvido falar da utilidade de uso do peiote pela
primeira vez em cerimônias da Igreja Nativa Americana no Novo México, logo
depois de chegar aos Estados Unidos em 1937. Ele tomou conhecimento do
princípio ativo do cacto, a mescalina, depois de ler um artigo científico
escrito por Humphry Fortescue Osmond (1917-2004), psiquiatra britânico que
trabalhava no Weyburn Mental Hospital, em Saskatchewan, no início de 1952.
Desnecessário
dizer que “Geração beat”, “Beat Generation”, ou “movimento beat”, é um termo usado tanto para descrever a um grupo de artistas
norte-americanos, principalmente escritores e poetas, que vieram a se tornar
conhecidos no final da década de 1950 e no começo da década de 1960, quanto aos
fenômenos culturais que eles inspiraram posteriormente chamados ou confundidos
aos beatniks, nome este de origem
controversa, considerado por muitos um termo pejorativo. Estes artistas levavam
vida nômade ou fundavam comunidades. Foi desta forma, o embrião do movimento
hippie, se confundindo com este movimento social, posteriormente. Remanescentes
hippies se intitulam: beatniks e um
dos principais porta-vozes pop do movimento hippie, John Lennon, “se inspirou
na palavra beat para batizar o seu
grupo musical, The Beatles”.
Na
verdade, a “Beat generation”, tal como os Beatles, o movimento hippie e, antes
de todos estes, o Existencialismo de Jean-Paul Sartre (1905-1980), fizeram parte de um movimento
maior, hoje chamado de “contracultura”. As obras mais conhecidas da geração beat na literatura são: Howl(1956) de Allen Ginsberg, Naked Lunch (1959) de William S.
Burroughs e On the Road (1957) de
Jack Kerouac. Tanto Howl quanto Naked lunch foram “o foco da prova de
obscenidade que ajudaram a libertar o que poderia ser publicado nos Estados
Unidos”. Seus principais autores eram publicados pela City Lights Books,
editora de San Francisco, pertencente ao poeta beat Lawrence Ferllinghetti.
Sendo
o poeta de família ítalo-portuguesa, seu pai, um imigrante, morreu antes do
nascimento dele. Aos dois anos de idade sua mãe teve sérios problemas nervosos,
não podendo mais tomar conta do menino e, por esta razão, ele foi criado por um
tio materno e por uma tia de origem francesa, de nome Emily. O casal, no
entanto, separou-se, tendo o poeta que mudar-se para a França com Emily.
Voltando para os Estados Unidos da América, viveu em um orfanato, pois a tia
não encontrava emprego em Manhattan. Apesar das dificuldades na infância,
conseguiu se formar jornalista na Universidade da Carolina do Norte em 1941,
indo após servir na marinha americana durante a II Guerra Mundial. Após a
Guerra, obteve um mestrado em Columbia e um doutorado na Sorbonne. Em Paris,
encontrou Kenneth Rexroth (1905-1982) que o convenceu a ir para São Francisco para
participar da efervescente cena contracultural da cidade. Em São Francisco,
fundou como sócio a livraria e editora City Lights Books, que se especializa na
publicação de poesia. Publicou o livro Howl de Allen Ginsberg (1926-1997), que fez
um sucesso estrondoso, sendo, porém, censurado e confiscado pelas autoridades
norte-americanas, as quais processaram o editor. Mesmo com as dificuldades e
preconceito social diante da chamada “caça às bruxas” promovida na época, a
editora continuou impulsionando o sucesso daqueles promissores poetas, e
através do trabalho corajoso de Ferllinghetti a Geração Beat se tornou
um dos maiores marcos da poesia do pós-guerra, abrindo caminho para toda a contracultura
e para o posterior movimento hippie. Além dos livros de poemas: A
Coney Island of the Mind traduzido com: “Um parque de Diversões
da Cabeça”, o artista participou de exposições na Itália e de
gravações com artistas de jazz. Era comum ao poeta registrar seus poemas
fonograficamente.
Durante o Verão do Amor (1967), o
psicodelismo e a música ligada a este conceito de vida e artístico estavam se
tornando moda no Ocidente, e dominava as paradas das “estações” de rádio dos
Estados Unidos. Em 7 de julho de 1967, a reportagem de capa da revista Time, intitulada: The Hippies: Philosophy of a
Subculture, e uma matéria na rede de televisão CBS em agosto, “The Hippie
Temptation”, além de outros focos da mídia na cultura hippie, expuseram o local
a uma enorme atenção nacional, e popularizaram o movimento da contracultura no
país e através do mundo. Milhares de jovens migraram de todas as partes dos
Estados Unidos para Haight-Ashbury, mudando definitivamente a estrutura social
das vizinhanças e a visão do mundo sobre São Francisco. Em consequência desta
nova população migratória e de uma crescente crise na saúde devido ao aumento
de consumo de drogas e a falta de seguro saúde, fundou-se no Haight “a primeira clínica médica
grátis do país, cujo lema era: Saúde é
um direito, não um privilégio funcionou até 2007, sendo transferida para outro local da cidade”.
Todavia, a área ainda mantém o “ar boêmio” que a caracterizava. Apesar de a esquina famosa ser ocupada por uma
prosaica sorveteria, as áreas em volta continuam cheias de comércio
independente, pequenas butiques de roupas e acessórios artesanais, lojas de
discos e livrarias. A coabitação entre remanescentes dos anos 1950, da era do
psicodelismo da década seguinte, do punk
rockdos anos 1970 com os moradores que ali chegaram após a época yuppie
dos anos 1980, é um dos aspectos mais interessantes da diversidade cultural. A
Feira de Rua Haight-Ashbury é realizada anualmente todo segundo domingo de
junho, e para a qual a Rua Haight é fechada, entre alguns quarteirões, por dois
palcos de som de cada lado, sendo um evento bastante frequentado e populoso,
devido principalmente ao grande número de turistas que comparece à feira. As
propriedades da região, residenciais quanto comerciais, tem um grande
valor imobiliário e alta procura de compradores e inquilinos, como um testemunho
da longa história, da fama e das atrações de Haight-Ashbury e da cidade de São
Francisco.
Fotografia Spencer Tunick. Finalizando, a praia de Abricó sem dúvida é um paraíso de águas cristalinas, cercada por montanhas e vegetação tropical, sendo uma área de proteção ambiental dentro da Reserva Biológica do Parque de Grumari. Por sua exuberância e beleza natural, por ser cercada por montanhas e por sua proximidade com o centro urbano a Praia de Abricó é o ponto ideal para a prática do naturismo no Rio de Janeiro. Apesar dos meios de transportes coletivos deixarem seus passageiros a cerca de 5 km da praia, existe uma estrada asfaltada que possibilita o acesso até bem próximo à praia. A prática, de origem alemã, ganhou o mundo após a Segunda Guerra Mundial. Se a Europa foi quem marcou a ponta, o Brasil não ficou atrás por muito tempo. Há lugares acessíveis de barco, com dunas, em meio a piscinas naturais e com ondas radicais.
Seja para quem quer incorporar o hábito ou apenas tirar todos eles por um dia, existem 10 destinos brasileiros para curtir o contato com a natureza sem restrições nem barreiras. A 30 km de João Pessoa, na Paraíba, a Praia Tambaba é a primeira da lista de muitas em que o nudismo se tornou comum. No entanto, somente a partir de 1989, o local cercado por árvores e com piscinas naturais foi autorizado legalmente a ser frequentado por naturistas. No outro extremo do mapa, a Praia do Pinho, em Santa Catarina também é conhecida entre os iniciados. O local é naturalmente apto, pois é cercado por montanhas, e há uma boa infraestrutura de pousadas e restaurantes. Oficialmente, é a primeira praia nudista legal, desde 1988. Também em Santa Catarina, com um ambiente familiar, mar calmo e bastante privacidade, a praia Pedras Altas é uma das mais frequentadas por casais com filhos. A praia é cercada por rochas, mas possui infraestrutura, como pousada, estacionamento e restaurante. No estado, a praia da Galheta ao fim da trilha de 300 metros que a liga às praias movimentadas de Floripa.
Pequena
e charmosa, a praia Olho de Boi, na cidade do Rio de Janeiro, está entre as que categoricamente proíbem de qualquer tipo
uso de vestimentas. Localizada na costa de Búzios, na região dos lagos proporciona privacidade,
pois fica escondida entre costas rochosas. Considerada uma das mais belas, a
praia do Abricó, também no Rio de Janeiro, é uma área de proteção ambiental e
faz parte da reserva biológica do Parque Grumari. Apesar de isolada, já que é
cercada por montanhas e tem águas cristalinas, está próxima ao centro da
capital carioca e pode ser acessada de ônibus ou carro. Outra opção para quem
gosta de surfar sem roupas é a Praia Brava, em Cabo Frio. Cercada por escarpas
de cerca de 20 metros de altura, fica em frente a Ilha dos Papagaios. As águas
selvagens do local atraem adeptos aos esportes aquáticos. A Ilha Jurubá, em
Paraty, é aberta aos naturistas desde 2006. Além de uma praia quase intocada, o
local é cercado pela Mata Atlântica e oferece acomodação e restaurantes aos
visitantes. No litoral norte do Espírito Santo, está a única praia de naturismo
da região. Como faz parte de uma ilha, é preciso atravessar de barco o rio para
se ter acesso à praia Barra Seca. Na Bahia, a praia Massarandupió dista cerca de 93 km
de Salvador, Bahia. Dunas e mar agitado são as principais características da praia
que, no verão tem alto movimento de pessoas, mas fica praticamente deserta no inverno,
para ficarmos nestes exemplos.
Bibliografia geral consultada.
MARX, Karl, La Questione Ebraica. Roma: Editore Riuniti, 1964; DESCAMPS, Marc-Alain, Le Nu et le Vêtement. Paris: Éditions Universitaires, 1972; ELIADE, Mircea, La Creatività dello Spirito. Milão: Editor Jaca Book, 1979; JACQUES, Elliott, Teoria Generale della Burocrazia.Turim: Edizioni Isedi, 1979; BOLOGNE, Jean-Claude, Histoire de la
Pudeur.Paris: Olivier Urban, 1986; ESCOBAR, Carlos Henrique (Org.), Dossier Deleuze. Rio de Janeiro: Hólon Editorial, 1991; URBAIN, Jean-Didier, Sur la Plage: Moeurs et Coutumes Balnéaires.
Paris: Payot & Petit rivages, 1994; DELUMEAU, Jean, Mil anos de Felicidade. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1997; HABERMAS, Jürgen, Teoria do Agir Comunicativo, 2: Sobre a Crítica da Razão Funcionalista. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2002; DE MASI, Domenico, Criatividade e Grupos Criativos. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2003; BAUBÉROT, Arnaud, Histoire du Naturisme: Le Mythedu Retour à la Nature. Rennes: Presses
Universitaires de Rennes, 2004; VILLARET, Sylvain, Naturisme et Éducation Corporelle: Des Projets Réformistes aux Prises
en Compte Politiques et Éducatives. Paris: L`Harmattan Éditeur, 2005;
REIS, João Paulo Cordeiro, Da Praia ao Poros: Uma Etnografia do Naturismo na Praia de Abricó (Rio de Janeiro). Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia. Instituto de Filosofia e Ciências Sociais. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2008; DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix, O Anti-Édipo, Capitalismo e Esquizorenia 1. São Paulo: Editora 34, 2010; Artigo: “Pedalada Nudista por el Centro de Barcelona - Una Marcha Ciclonudista
Reivindicativa Recorre las Principales Calles de la Ciudad”. In: LaVanguardia.Barcelona, 11/06/2011; Vídeo: “Praia do
Abricó [Rio de Janeiro] com a Dani Suzuki”. Disponível em: http://www.youtube.com/;
Vídeo: “Croácia: o Paraíso do Naturismo”. Disponível em: http://www.youtube.com/; OLIVEIRA, Eduardo Carrascosa de, O Naturismo e os Paradoxos da Identidade na Sociedade Contemporânea. Tese de Doutorado. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2012; MORRIS, Nina Jane, Feeling Nature: Naturism,
Camping, Environment and the Body in Britain, 1920-1960.Thesis Doctor of
Philosophy. Reino Unido: University of Hull, 2013; RODRIGUES, Sandro
Eduardo, Modulações de Sentidos na Experiência Psicotrópica. Tese de Doutorado.
Departamento de Psicologia. Instituto de Ciências Humanas e Filosofia. Niterói:
Universidade Federal Fluminense, 2014; ANDRIEU, Bernard; NOBREGA, Teresinha Petrucia da, “O Naturismo como Ecologia do Corpo”. In: periodicos.ufmg.br/vol.19, n. 4 (2016): dezembro; entre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário