sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Nudismo & Política em São Francisco, nos Estados Unidos da America?

                           Giuliane de Alencar & Ubiracy de Souza Braga

Tanto o homem como a mulher estavam nus e não se envergonhavam” (Gên. 2, 25).


          O livro de Levítico 26:46 diz: - “Estes são os estatutos, juízos e leis que Deus deu entre si e os filhos de Israel no monte Sinai por intermédio de Moisés”. Passagens similares incluem Êxodo 17:14, “disse Deus a Moisés: Escreve isto para memorial num livro, e faze-o ouvir a Josué; porque eu hei de extinguir totalmente a memória de Amaleque de debaixo do céu.; Êxodo 24:4 “Moisés escreveu todas as palavras de Deus e, tendo se levantado de manhã cedo, erigiu um altar ao pé do monte, e doze colunas segundo as doze tribos de Israel”.; Esta visão é retratada em diversos trechos do Novo Testamento como Mateus 19:8, Lucas 24:27, João 5:45–47, Atos 3:22, Romanos 10:5 e Apocalipse 15:3. A crítica literária moderna descreve o Livro do Gênesis como um “compilado de material escrito a diversas mãos”, tendo assimilado mitos da Suméria, da Babilônia e de Ugarit, especialmente os poemas da Criação, Enuma Elish e Atrahasis, a influência da Epopeia de Gilgamesh está  presente no relato do Dilúvio. Não há consenso sobre quando o Gênesis foi escrito, mas alguns anacronismos que sua redação final aconteceu no primeiro milênio. As teorias históricas e sociais mais recentes colocam a redação final do texto em torno do áureo século V a.C., durante o período pós-exílio quando a comunidade judia se adaptava à vida sob o império persa. 

       Etimilogicamente Gênesis do grego Origem (Γένεσις) é o primeiro livro tanto da Bíblia Hebraica como da Bíblia cristã, antecede o Livro do Êxodo. Faz parte do Pentateuco e da Torá, os cinco primeiros livros de orientação bíblicos. É o nome de representação dado pela Septuaginta ao primeiro destes livros, ao passo que seu título hebraico Bereshit (בְּרֵאשִׁית, B`reishit) é retirado da primeira palavra de sua sentença inicialmente. Narra a visão ideológica da religião desde a noção de “criação” do mundo na perspectiva hebraica, genealogias dos Patriarcas bíblicos, até à fixação deste povo no Egipto através da história de José. A tradição judaico-cristã atribui a autoria do texto a Moisés enquanto a crítica literária moderna prefere descrevê-lo como compilado de texto de mãos. Com base na interpretação científica de evidências arqueológicas, genéticas e linguísticas, a maioria dos estudiosos da Bíblia considera o Gênesis principalmente mitológico e não histórico. Embora o texto não contenha relatos etnográficos internos de quem foi o autor, a autoria foi tradicionalmente atribuída pela tradição judaico-cristã a figuração de Moisés, um profeta e legislador hebraico. Esta tradição é baseada em diversas passagens da bíblia hebraica que retratam Moisés “escrevendo”. Em Deuteronômio 31:9 e Deuteronômio 31:24–26, descreve como Moisés “escreve” a Torá (lei) e ao lado da “Arca da Aliança”.

        O naturismo moderno - mutatis mutandis - surgiu no início do século 20, na Alemanha e França. Na França, especificamente na Ilha do Levante, foi criada pelos irmãos Duvalier uma “Clínica Helioterapêutica” onde se pregava que a nudez ao ar livre com alimentação natural, sem nenhum produto animal, drogas, cigarros e bebidas e contato com outras pessoas ajudava na cura de todos os males físicos. Na Alemanha, que é tida como verdadeiramente a iniciadora do naturismo, o professor de educação física Adolf Koch propôs aos seus alunos que estes “deveriam fazer os exercícios ao ar livre e sem roupas”. Depois de algum tempo, os jovens deste professor passaram a ser mais corados, ter mais saúde e alegria, as famílias dos mesmos vendo as mudanças inclusive comportamentais dos mesmos resolveram aderir aos exercícios e criaram o que a princípio foi chamado de nudismo. A alteração de nome só foi feita na década de 1950. Mas é no ano de 1906 que surge nesse mesmo país o primeiro campo oficial para a prática do naturismo e a publicação do primeiro livro: Die Nacktheit sobre esta filosofia de vida cujo autor era o professor alemão Georg Gottlob Ungewitter (1820-1864). Nessa época, historicamente, além dos exercícios comunitários ao ar livre em completa nudez, havia também uma grande preocupação com o regime da alimentação, que deveria ser saudável, geralmente baseada no vegetarianismo.

Vale lembrar que o sismo de San Francisco de 1906 (San Francisco earthquake) foi um violento sismo que ocorreu às 5:14 horas da manhã no dia 18 de abril de 1906 em São Francisco. Com magnitude estimada média de 8.0 na Escala de Richter. Reconhecido como The Great San Francisco Earthquake, ou somente apelidado como The Great Quake, o maior nos Estados Unidos da América já registrado na escala de Richter. O terremoto teve duração de aproximadamente 1:30 um minuto e trinta segundos, tendo matado milhares de pessoas. Outras cidades sofreram estragos importantes, nomeadamente Santa Rosa, São José e a Universidade de Stanford. Cerca de 225 000 pessoas encontraram-se sem teto dos cerca de 400 000 habitantes daquelas áreas, na ocasião. O Geólogo que se reportou no inquérito oficial da cidade de San Francisco afirma: - “O epicentro do distúrbio estava provavelmente na cama do oceano, uma distância curta da costa, oposto à linha do Norte do condado de Mendocino, e a região de sua maior intensidade estendeu-se em direção ao Sul do ponto nomeado a uma distância de cem milhas do Sudeste de San Francisco. A linha do distúrbio foi a que é conhecida como a falha Tomales-Portola, a linha de que foi seguido distintamente de Point Arena, condado de Mendocino, ao Sul de Hollister, condado de San Benito, exceto em pontos que a linha passa sob o oceano. Este é o caso oposto a San Francisco, a linha-falha que estas poucas milhas do lado de fora da Golden Gate Bridge. Foi a ruptura da superfície da terra ao longo desta linha-falha que causou o distúrbio, o que provou tão desastroso. A falha ainda não se chamava San Andreas”.

                                

Antes da catástrofe, San Francisco era a nona maior cidade norte-americana, com uma população de cerca de 410 000 habitantes. Durante seis décadas, a cidade era o centro financeiro, comercial e cultural do Oeste estadunidense; acolhia ainda o grande porto da costa ocidental e era considerada como a “porta do Pacífico”, pela qual transitava crescente a potência econômica e militar norte-americana para a Ásia e o Oceano Pacífico. A entrada do Hawaii na união e a guerra contra a Espanha em 1898 dá a São Francisco um papel importante, pois 42 bancos estavam instalados na cidade. A vida cultural era dinâmica graças aos cinco jornais, os restaurantes franceses, os teatros e a ópera situada sobre Mission Street. Entertanto, o Orpheum O` Farrell podia acolher 3500 pessoas. De um ponto de vida arquitetônico, a cidade era a mais bonita do oeste norte-americano. Magnatas da estrada de ferro e das minas de ouro fizeram-se construir magníficas residências sobre Nob Hill. A sismologia estiva nos seus primórdios anos, mas os peritos sabiam que São Francisco estava situada sobre uma falha. Dos terremotos mais importantes na baía de São Francisco foram registrados de 1836, em 1868 e 1892. 

Certos setores da falha de San Andreas foram identificados e reconhecidos como potencialmente perigosos a partir de 1893. O terremoto foi causado por um deslize da falha de San Andreas em um segmento de 442. 5696 Km (275 Milhas) de comprimento. Suas ondas sísmicas foram sentidas desde o Sul do estado de Oregon (ao Norte da Califórnia) até a cidade de Los Angeles - ao Sul de São Francisco (Califórnia). As construções vitorianas e os prédios de tijolos ficaram devastados. O pior da destruição foi o incêndio, causado pelos fios elétricos que se partiram e, com faíscas, ignificou-se com o gás que escapou pela cidade toda. Com as canalizações subterrâneas de águas quebradas os bombeiros não conseguiram responder ao incêndio em tempo e a cidade ficou praticamente inteira destruída. Às 7 horas da manhã as tropas do exército de Fort Mason, a base do histórico Presídio de 1776, em São Francisco, apresentaram-se a prefeitura da cidade e o ex-Prefeito Eugene E. Schmitz pediu o reforço da população e “autorizou qualquer soldado a atirar para matar se alguém fosse encontrado saqueando lojas e casas”. Enquanto isto, bombeiros e militares lutaram num esforço desesperado para controlar o contínuo fogo, até mesmo usando dinamites para explodir quarteirões inteiros criando, assim, um paredão contra o fogo que se alastrava sem cessar.

     As consequências da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) decorrem de acontecimentos terríveis, sendo os principais: o antissemitismo, os campos de concentração nazistas, o holocausto e os bombardeios nucleares. Após os males da Segunda Guerra, o naturismo começou a se difundir, não só na Europa, mas também nos Estados Unidos. Em 1952 ocorreu um Congresso Mundial que foi realizado na Suíça em Thielle junto ao lago Neuchatel. Ali se reuniram cerca de 300 naturistas de 14 nacionalidades: 200 da Suíça, 37 da Alemanha, 13 da França, 12 da Inglaterra, 8 da Holanda, 6 de Itália, 3 dos Estados Unidos, 3 da Áustria, 3 da Bélgica, 2 do Território do Sarre (hoje integrante da França), 2 da Nova Zelândia, 1 do Brasil, 1 da Espanha e 1 da Índia. Foram neste congresso, através da preciosa contribuição de Albert Lecocq, Erhard Wachtler e Eduard Fankhouser entre outros, lançadas as bases da futura Federação Internacional de Naturismo, que viria a nascer no ano seguinte em Montalivet na França. Em 1974 a Federação Internacional de Naturismo (INF-FNI) criou a definição de naturismo adotada pelas entidades naturistas: - Um modo de vida em harmonia com a natureza, caracterizado pela prática do nudismo em grupo, que tem por intenção favorecer o auto-respeito, o respeito pelo outro e o cuidado com o meio ambiente”.

                É neste contexto social e político que São Francisco (EUA) se insere, posto que sempre fosse considerada uma cidade liberal mesmo dentro dos padrões californianos, retrocede agora neste aspecto político e cultural: “O nudismo na Castro tornou-se extremo”, disse o supervisor municipal que propôs a lei, Scott Wiener, antes da votação. De acordo com o jornal The New York Times a multa para quem violar a lei equivale a 78 euros; os reincidentes pagam o dobro e a partir daí a coisa sobe para mais de 350 euros ou para pena de prisão até 1 ano. Um grupo de cidadãos já contestou a lei - e realizou-se uma marcha de protesto junto ao governo municipal. “O que a cidade está a fazer é a impor um código de vestuário pela via criminal”, disse à Reuters a advogada deste grupo de cidadãos, Christina DiEdoardo. Vejamos a letra da música San Francisco, de Scott Mckenzie (1967), bisada posteriormente no filme Forrest Gump: - If you`re going to San Francisco/Be sure to wear some flowers in your hair/If you`re going to San Francisco/You`re gonna meet some gentle people there/For those who come to San Francisco/Summertime will be a love-in there/In the streets of San Francisco/Gentle people with flowers in their hair/All across the nation such a strange vibration/People in motion/There`s a whole generation with a new explanation/People in motion people in motion/For those who come to San Francisco/Be sure to wear some flowers in your hair/If you come to San Francisco/Summertime will be a love-in there/If you come to San Francisco/Summertime will be a love-in there”.
O governo de São Francisco (EUA) aprovou a proibição do nudismo nos chamados espaços público. Três exceções: crianças menores de cinco anos, os seios femininos e as paradas gay. A nova lei foi votada na terça-feira e o resultado expressa o desentendimento sobre a matéria: seis votos a favor, cinco contra. O objetivo, de acordo com os proponentes, “foi pôr fim ao costume de alguns habitantes da cidade de passearem nus na célebre rua Castro, um dos emblemas do movimento de libertação gay nos EUA”. Numa tentativa de evitar contestações sociais e políticas, o governo municipal inscreveu na lei cláusulas de exceção. O nudismo será permitido nas paradas gay, o hábito do topless feminino também é permitido e as crianças menores de cinco anos podem andar nuas na cidade.    
 Nos Estados Unidos da América, os estados/condados têm jurisdição primária em questões de moralidade pública. O movimento de liberdade máxima reivindicou sucesso em alguns casos em persuadir alguns tribunais estaduais e federais a derrubar algumas leis estaduais com base na discriminação sexual ou proteção igualitária, argumentando que uma mulher deve ser livre para expor o peito (ou seja, estar de topless) em qualquer contexto em que um homem possa expor o seu. Outros casos de sucesso foram baseados na liberdade de expressão em protesto, ou simplesmente porque a exposição dos seios não é indecente (ou terminologia semelhante). Leis e decretos que proíbem o uso de topless feminino estão sendo contestados em tribunais federais em todo o país. Cada ação judicial, se prevalecer no nível de apelação, legalizará a liberdade total nos seguintes circuitos de apelação nos Estados Unidos (de oeste para leste): 9 (Califórnia), 8 (Missouri) e 4 (Maryland). Uma ação federal no 7º Circuito (Illinois) foi perdida no nível de apelação e a petição de revisão pela Suprema Corte dos Estados Unidos foi negada. Uma liminar em ação federal no 10º Circuito (Colorado) foi vencida em segunda instância. São Francisco permite o topless feminino em público, embora a nudez pública tenha sido proibida em fevereiro de 2013. O bairro de Venice Beach, em Los Angeles, em 1974, era o lar de um resort naturista que escandalizou a comunidade, atraiu câmeras e estimulou a proibir a nudez. O Conselho de Vizinhança de Veneza, em 2015, decidiu tornar a área isenta da proibição de banhos de sol de topless
Em La Jolla, uma comunidade de San Diego, o topless feminino é permitido em uma praia de nudismo chamada Black`s Beach. As mulheres não podem fazer topless nos parques de São Francisco sem a permissão prévia da cidade. Um local popular para o topless feminino em San Francisco é Baker Beach, uma praia de nudismo localizada no bairro do Presidio. Em Berkeley, é uma contravenção ou infração a mulher expor “qualquer parte da mama na aréola ou abaixo dela”. A lei de vestimenta de Oakland diz que as mulheres não podem usar “nenhum tipo de roupa para que qualquer parte de tal parte do seio possa ser observada”. San Jose proíbe qualquer coisa “menos do que total e opaca cobertura” seios femininos. Em Los Angeles, a estudante graduada da UCSD Anni Ma, uma manifestante de “Free the Nipple”, foi presa por exposição indecente em um comício de Bernie Sanders em 23 de março de 2016, quando ela removeu a fita adesiva que cobria os mamilos. Ela entrou com uma ação federal contra o Departamento de Polícia de Los Angeles. Seu advogado afirma que ela nunca esteve “nua” e que a lei de exposição indecente da Califórnia se aplica apenas aos órgãos genitais, não aos seios. Ela também está processando por violações constitucionais, discriminação de gênero e violações de leis federais de direitos civis. Ela estava de topless em um comício de campanha de Bernie Sanders, em19 de março de 2016 em Phoenix, e foi levada para o fundo do local sem incidentes.  
 Forrest Gump (O Contador de Histórias) é um filme norte-americano de 1994, dirigido por Robert Zemeckis, com roteiro de Eric Roth, baseado no romance homônimo de Winston Groom. O filme traz Tom Hanks no papel-título, além de Robin Wright e Gary Sinise. A trama atravessa várias décadas na vida do personagem central, Forrest Gump, um homem simples do Alabama que, em suas andanças pelo país, acaba encontrando personalidades históricas, influenciando a cultura popular e testemunhando alguns dos eventos mais notórios da história dos Estados Unidos no final do século XX. As filmagens principais ocorreram entre agosto e dezembro de 1993 com locações nos estados americanos da Geórgia, Carolina do Norte e Carolina do Sul. Efeitos visuais abrangentes foram usados ​​para incorporar Hanks em imagens de arquivo para desenvolvimento de outras cenas. Sua trilha sonora traz canções que refletem os diferentes períodos vistos no filme.
Forrest Gump foi lançado nacionalmente nos Estados Unidos em 6 de julho de 1994 e recebeu críticas favoráveis ​​pela direção de Zemeckis, pelas performances de Sinise e Hanks, pelos efeitos visuais, pela música e pelo roteiro. O filme foi um enorme sucesso de bilheteria; tornou-se o filme de maior bilheteria na América lançado naquele ano e arrecadou mais de US$ 677 milhões em todo o mundo durante sua exibição teatral, tornando-se o segundo filme de maior bilheteria de 1994, atrás apenas da animação O Rei Leão. A trilha sonora vendeu mais de doze milhões de cópias. Forrest Gump ganhou o Óscar de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator para Tom Hanks, Melhor Roteiro Adaptado, Melhores Efeitos Visuais e Melhor Edição; também recebeu diversas indicações para outros prêmios, incluindo Globo de Ouro, BAFTA e Screen Actors Guild Awards. Diversas interpretações foram feitas do protagonista e do simbolismo político do filme. Em 2011, a Biblioteca do Congresso norte-americano selecionou o filme para preservação e acervo histórico no National Film Registry dos Estados Unidos da América como sendo “culturalmente, historicamente ou esteticamente significativo”. 
  
Após a guerra, o retorno dos militares, a imigração em massa, atitudes de liberalização e outros fatores que levaram ao “Verão do Amor” (1967) e ao movimento pelos direitos dos homossexuais, consolidaram São Francisco como um centro de ativismo liberal nos Estados Unidos. Atualmente, São Francisco é um popular destino turístico internacional, conhecido pela sua neblina fria do verão, íngremes colinas, eclética mistura de arquitetura vitoriana e moderna em seus marcos históricos famosos, incluindo a Ponte Golden Gate, os bondes e Chinatown. A cidade é também um centro financeiro e bancário, sendo sede de mais de 30 instituições financeiras internacionais, ajudando a São Francisco a se tornar a décima oitava cidade mais rica do mundo e nona nos Estados Unidos. O “Verão do Amor” é considerado como tendo sido uma nova experiência social. A oposição à guerra foi um impulso para buscar valores e estilos de vida alternativos. Uma nova era, na qual as pessoas “fariam amor, não guerra”.
Desde os anos 1960 e de anos anteriores, quando era ligado à cultura beat, Haight-Ashbury era procurado como moradia de pessoas que não tinham condições de morar em locais mais nobres do norte da cidade, e ali encontravam imóveis e aluguéis mais baratos numa área menos densamente povoada. Desde esta época, o lugar e a cidade de São Francisco tornaram-se a referência física do movimento hippie e da contracultura. São Francisco e The Haight ganharam reputação como centro de uma cultura de drogas ilegais, notadamente maconha e LSD (Lysergsäurediethylamid), além de outras drogas alucinógenas. Em 1967, a área ganhou fama internacional como o paraíso de drogados e habitat natural de diversos músicos e grupos de rock`n`roll psicodélico da época, como Janis Joplin, Jefferson Airplane e Grateful Dead, cujos integrantes viviam há pouca distância da famosa interseção e que eternizaram a cena local em diversas canções. Grupos performáticos de teatro de rua e todo tipo de expressão de cultura underground também faziam parte do clima de comunicação efervescente e hippie da área.

Antropólogos culturais e adeptos religiosos frequentemente desaprovam o uso do termo ideológico “alucinógeno” para descrever a ayahuasca. Propõe-se o termo enteógeno, ou “gerador da divindade interna” uma vez que sua utilidade de uso se dá em contextos ritualísticos específicos. A categorização científica da ayahuasca, enquanto substância, sem levar em consideração qualquer contexto social de uso, é de um alucinógeno ou psicodélico. Para a farmacologia, do ponto de vista bioquímico, ele denota a substância como um alterador da percepção e da cognição que age sobre os receptores de serotonina, igual ao dietilamida do ácido lisérgico (LSD) vulgarmente reconhecido simplesmente por “ácido”, é uma das mais fortes substâncias alucinógenas reconhecidas. Foi descoberto acidentalmente em 1943 pelo químico suíço Albert Hofmann (1906-2008), enquanto trabalhava na Sandoz, que se tornou um entusiasta da substância até sua morte aos 102 anos. Ela se originou de uma pequena empresa que surgiu na Basileia, Suíça, em 1886. Kern & Sandoz, como a empresa era originalmente chamada, tendo como seu escopo na produção de corantes. Contudo, em uma década de atividade, ela produziu sua primeira substância medicinal, a antipirina, um agente controlador da febre. Em 1917, a empresa estabeleceu seu departamento farmacêutico (1929), o Calcium Sandoz ao mercado, servindo de base para a terapia e continuou sendo produzido até se tornar o produto da empresa e ainda se encontra representado no portfólio de produtos da Novartis. 

A droga foi muito visada nas sequências de pesquisas clínicas. Alguns psiquiatras e demais estudiosos do tema “a testaram em si mesmos”. Queriam entender as desordens severas por que pacientes eram acometidos, pois segundo determinadas teorias e dadas experiências, era possível simular a esquizofrenia sob seu efeito, entre outras condições semelhantes. Após certa experimentação e maior divulgação no âmbito da comunidade científica, tornou-se prática frequente seu uso clínico em sessões de psicoterapia, pois acreditava-se que o inconsciente se tornava intensamente acessível por meio do LSD, é uma droga cristalina, que ocorre naturalmente como resultado das reações metabólicas do fungo Claviceps purpurea, relacionado especialmente com os alcaloides produzidos por esta cravagem, ajudando o paciente a nova percepção acerca das questões que envolvem seu universo psicoafetivo. Stanislav Grof, nascido em Praga, 1º de julho de 1931 é um psiquiatra checo que desenvolveu pesquisas nos Estados Unidos da América sobre os estados alterados de consciência, psiquiatra, ganhou renome mundial com o pioneirismo desta prática, mas teve de abandoná-la e procurar alternativas após a ilegalidade do LSD. Atribui-se auxílio na descoberta da estrutura do DNA, que rendeu o prêmio Nobel a Francis Crick (1916-2004), à mente brilhante do cientista sob o LSD.

Similarmente ao modo como a molécula de benzeno foi descoberta no século XIX em um sonho por Friedrich von Stradonitz (1829-1896), Crick visualizou a dupla hélice do DNA pela primeira vez, em meados do século XX, sob a influência essencialmente onírica da droga. Outra mente inventiva famosa que considerava a experiência com LSD como uma das mais importantes de sua vida foi Steve Jobs (1955-2011), cofundador e antigo Chief Executive Officer (CEO) da Apple Inc. A dietilamida do ácido lisérgico atingiu o apogeu de sua popularidade comercial na extraordinária década de 1960, estando seu consumo constantemente associado ao movimento psicodélico, e teve um efeito, não apenas na música, mas também em muitos aspectos da cultura popular. Isso incluiu estilo de vida, roupas, linguagem, arte, literatura e filosofia. Ipso facto que abrange imenso número de composto de renomados artistas; estão entre nomes famosos Jim Morrison, Emerson Lake and Palmer, Pink Floyd, King Crimson, Jethro Tull, Tom Zé, Beatles etc. Sua utilidade de uso associa-se também a um dos pensadores e artistas de grande peso do século XX, Aldous Huxley (1894-1963), este situado na produção cultural erudita, com a autobiografia escrita em inglês: The Doors of Perception, é obra de Aldous Huxley. Publicada em 1954, discorre sobre sua experiência psicodélica sob “o efeito da mescalina em maio de 1953”. Huxley relembra os insights que experimentou, desde a visão puramente estética à visão sacramental sobre suas implicações filosóficas e psicológicas.    

Em 1956, Huxley publicou Heaven and Hell, outro ensaio em que aprofunda essas reflexões. As duas obras têm sido muitas vezes publicadas juntas em edições e traduções posteriores; o título de ambos advém do poema: The Marriage of Heaven and Hell (1973), de William Blake. A obra provocou reações controversas por suas considerações acerca da utilidade de uso de “drogas psicodélicas como caminho para a abertura mística com grandes benefícios potenciais para a ciência, arte e religião”. Enquanto muitos acharam o argumento convincente, outros, incluindo o escritor Thomas Mann, o monge vedântico Swami Prabhavananda, o filósofo Martin Buber e o pesquisador Robert Charles Zaehner, rebateram que “os efeitos da mescalina são subjetivos e não devem ser confundidos com o misticismo religioso objetivo”. O próprio Huxley continuou a tomar psicodélicos pelo resto de sua vida, assunto que retornou em seu romance Island, de 1962. Especula-se que Salvador Dalí tenha feito uso da substância, visto ser bastante próximo ao denominado “guru do LSD” Timothy Leary que o apresentou à sua futura esposa, Nena Thurman, mãe da atriz Uma Thurman. Nos chamados anos dourados do século XX, o LSD, em seu auge, também teve sua proibição. Mas ressalta-se que, para compreender seus efeitos psíquicos ou subjetivos culturalmente, não se pode ignorar as crenças e contexto social de uso.

Nos anos 1930, o antropólogo Raoul Weston La Barre (1911-1996) publicou The Peyote Cult, o primeiro estudo do uso ritual do peiote como substância enteógena entre o povo huichol no oeste do México. Os huichóis são um grupo étnico indígena do México centro-ocidental que habitam a Sierra Madre Occidental nos estados de Nayarit e Jalisco. Devido ao isolamento, e resistência à evangelização, em que deliberadamente há muito vivem, em termos de preservação étnico-cultural mantêm muitos dos seus traços culturais originais. Os huichóis afirmam ser originários do estado de San Luis Potosí, donde migraram em direção a Oeste para partes de Durango, Jalisco, Zacatecas e Nayarit onde se situa a acidentada Sierra Huichol. Uma vez por ano alguns huichóis viajam até San Luis Potosí, terra ancestral, para as cerimônias com peiote chamadas mitote. As três principais comunidades huicholas situam-se no município de Mezquitic, Jalisco e são: San Sebastián Teponohuastlan (Wautüa em huichol), Santa María Cuexcomatitlán (Tuapuri em huichol) e San Andrés Cohamiata (Tatei Kié em huichol). Outras comunidades huicholes incluem Guadalupe Ocotán (Nayarit), Santa Catarina e Tuxpan de Bolaños (Jalisco). No entanto, apenas cerca de 7 000 huichóis vivem na sua região enquanto que 13 000 migraram para outros locais no México e outros ainda vivem em comunidades coras na Mesa del Nayar. La Mesa é parte da municipalidade (Município) de Del Nayar, está localizada no estado do Nayarit (NA) no México. As coordenadas de satélite de La Mesa são: latitude 22°1`0” N e longitude 104°30`34” W.

La Barre observou que os usuários nativos do cacto “o consumiam para obter visões de profecia, cura e força interior”. A maioria dos projetos de pesquisa psiquiátrica sobre a droga na década de 1930, e no início da década de 1940 propunham analisar “o papel da droga na mimetização da psicose”. Em 1947, no entanto, a Marinha dos Estados Unidos empreendeu o Projeto Chatter, que examinou o potencial da droga como agente revelador da verdade. No início da década de 1950, quando Huxley escreveu seu livro, a mescalina ainda era considerada apenas um produto químico de interesse científico e estava listada no catálogo laboratorial-industrial da Parke-Davis. A mescalina também desempenhou um papel fundamental na influência da geração beat de poetas e escritores do final dos anos 1940 até o início dos anos 1960, dentre eles William S. Burroughs (1914-1977), Jack Kerouac (1922-1969) e Allen Ginsberg (1926-1997), sendo todos eles respeitados artistas de sua radiante geração. Os trabalhos de muitos outros artistas de seu tempo foram influenciados por formas de mescalina vendidas “sem receita durante esse período”, devido à potência e de fácil acessibilidade no mercado.

Aldous Huxley se interessava por assuntos espirituais e usava terapias alternativas há algum tempo. Em 1936 ele disse a T. S. Eliot (1888-1965), poeta, dramaturgo e crítico de língua inglesa, que estava começando a meditar e também usava outras terapias; por exemplo, a Técnica de Alexander e o Método Bates tiveram particular importância para guiá-lo através de problemas pessoais. No final da década de 1930, ele se interessou pelo ensino espiritual do Vedanta. A filosofia do Vedanta consiste em entender que a pessoa é “livre” do samsara, que se compreende pelo ciclo de sucessivas reencarnações no qual as pessoas passam por períodos de altos e baixos, felicidades e tristezas. Publicou The Perennial Philosophy em 1945, que estabeleceu uma filosofia em que acreditava ser encontrada entre os místicos de todas as religiões. Ele já reconhecia há algum tempo a experiência visionária “alcançada pelo uso de drogas em certas religiões”. Huxley tinha ouvido falar da utilidade de uso do peiote pela primeira vez em cerimônias da Igreja Nativa Americana no Novo México, logo depois de chegar aos Estados Unidos em 1937. Ele tomou conhecimento do princípio ativo do cacto, a mescalina, depois de ler um artigo científico escrito por Humphry Fortescue Osmond (1917-2004), psiquiatra britânico que trabalhava no Weyburn Mental Hospital, em Saskatchewan, no início de 1952.  

Desnecessário dizer que “Geração beat”, “Beat Generation”, ou “movimento beat”, é um termo usado tanto para descrever a um grupo de artistas norte-americanos, principalmente escritores e poetas, que vieram a se tornar conhecidos no final da década de 1950 e no começo da década de 1960, quanto aos fenômenos culturais que eles inspiraram posteriormente chamados ou confundidos aos beatniks, nome este de origem controversa, considerado por muitos um termo pejorativo. Estes artistas levavam vida nômade ou fundavam comunidades. Foi desta forma, o embrião do movimento hippie, se confundindo com este movimento social, posteriormente. Remanescentes hippies se intitulam: beatniks e um dos principais porta-vozes pop do movimento hippie, John Lennon, “se inspirou na palavra beat para batizar o seu grupo musical, The Beatles”.
Na verdade, a “Beat generation”, tal como os Beatles, o movimento hippie e, antes de todos estes, o Existencialismo de Jean-Paul Sartre (1905-1980), fizeram parte de um movimento maior, hoje chamado de “contracultura”. As obras mais conhecidas da geração beat na literatura são: Howl (1956) de Allen Ginsberg, Naked Lunch (1959) de William S. Burroughs e On the Road (1957) de Jack Kerouac. Tanto Howl quanto Naked lunch foram “o foco da prova de obscenidade que ajudaram a libertar o que poderia ser publicado nos Estados Unidos”. Seus principais autores eram publicados pela City Lights Books, editora de San Francisco, pertencente ao poeta beat Lawrence Ferllinghetti.

Sendo o poeta de família ítalo-portuguesa, seu pai, um imigrante, morreu antes do nascimento dele. Aos dois anos de idade sua mãe teve sérios problemas nervosos, não podendo mais tomar conta do menino e, por esta razão, ele foi criado por um tio materno e por uma tia de origem francesa, de nome Emily. O casal, no entanto, separou-se, tendo o poeta que mudar-se para a França com Emily. Voltando para os Estados Unidos da América, viveu em um orfanato, pois a tia não encontrava emprego em Manhattan. Apesar das dificuldades na infância, conseguiu se formar jornalista na Universidade da Carolina do Norte em 1941, indo após servir na marinha americana durante a II Guerra Mundial. Após a Guerra, obteve um mestrado em Columbia e um doutorado na Sorbonne. Em Paris, encontrou Kenneth Rexroth (1905-1982) que o convenceu a ir para São Francisco para participar da efervescente cena contracultural da cidade. Em São Francisco, fundou como sócio a livraria e editora City Lights Books, que se especializa na publicação de poesia. Publicou o livro Howl de Allen Ginsberg (1926-1997), que fez um sucesso estrondoso, sendo, porém, censurado e confiscado pelas autoridades norte-americanas, as quais processaram o editor. Mesmo com as dificuldades e preconceito social diante da chamada “caça às bruxas” promovida na época, a editora continuou impulsionando o sucesso daqueles promissores poetas, e através do trabalho corajoso de Ferllinghetti a Geração Beat se tornou um dos maiores marcos da poesia do pós-guerra, abrindo caminho para toda a contracultura e para o posterior movimento hippie. Além dos livros de poemas: A Coney Island of the Mind traduzido com: “Um parque de Diversões da Cabeça”, o artista participou de exposições na Itália e de gravações com artistas de jazz. Era comum ao poeta registrar seus poemas fonograficamente.

Durante o Verão do Amor (1967), o psicodelismo e a música ligada a este conceito de vida e artístico estavam se tornando moda no Ocidente, e dominava as paradas das estações de rádio dos Estados Unidos. Em 7 de julho de 1967, a reportagem de capa da revista Time, intitulada: The Hippies: Philosophy of a Subculture, e uma matéria na rede de televisão CBS em agosto, “The Hippie Temptation”, além de outros focos da mídia na cultura hippie, expuseram o local a uma enorme atenção nacional, e popularizaram o movimento da contracultura no país e através do mundo. Milhares de jovens migraram de todas as partes dos Estados Unidos para Haight-Ashbury, mudando definitivamente a estrutura social das vizinhanças e a visão do mundo sobre São Francisco. Em consequência desta nova população migratória e de uma crescente crise na saúde devido ao aumento de consumo de drogas e a falta de seguro saúde, fundou-se no Haight “a primeira clínica médica grátis do país, cujo lema era: Saúde é um direito, não um privilégio funcionou até 2007, sendo transferida para outro local da cidade”.
 Todavia, a área ainda mantém o ar boêmio que a caracterizava. Apesar de a esquina famosa ser ocupada por uma prosaica sorveteria, as áreas em volta continuam cheias de comércio independente, pequenas butiques de roupas e acessórios artesanais, lojas de discos e livrarias. A coabitação entre remanescentes dos anos 1950, da era do psicodelismo da década seguinte, do punk rock dos anos 1970 com os moradores que ali chegaram após a época yuppie dos anos 1980, é um dos aspectos mais interessantes da diversidade cultural. A Feira de Rua Haight-Ashbury é realizada anualmente todo segundo domingo de junho, e para a qual a Rua Haight é fechada, entre alguns quarteirões, por dois palcos de som de cada lado, sendo um evento bastante frequentado e populoso, devido principalmente ao grande número de turistas que comparece à feira. As propriedades da região, residenciais quanto comerciais, tem um grande valor imobiliário e alta procura de compradores e inquilinos, como um testemunho da longa história, da fama e das atrações de Haight-Ashbury e da cidade de São Francisco.
Fotografia Spencer Tunick. Finalizando, a praia de Abricó sem dúvida é um paraíso de águas cristalinas, cercada por montanhas e vegetação tropical, sendo uma área de proteção ambiental dentro da Reserva Biológica do Parque de Grumari. Por sua exuberância e beleza natural, por ser cercada por montanhas e por sua proximidade com o centro urbano a Praia de Abricó é o ponto ideal para a prática do naturismo no Rio de Janeiro. Apesar dos meios de transportes coletivos deixarem seus passageiros a cerca de 5 km da praia, existe uma estrada asfaltada que possibilita o acesso até bem próximo à praia. A prática, de origem alemã, ganhou o mundo após a Segunda Guerra Mundial. Se a Europa foi quem marcou a ponta, o Brasil não ficou atrás por muito tempo. Há lugares acessíveis de barco, com dunas, em meio a piscinas naturais e com ondas radicais.
Seja para quem quer incorporar o hábito ou apenas tirar todos eles por um dia,  existem 10 destinos brasileiros para curtir o contato com a natureza sem restrições nem barreiras. A 30 km de João Pessoa, na Paraíba, a Praia Tambaba é a primeira da lista de muitas em que o nudismo se tornou comum. No entanto, somente a partir de 1989, o local cercado por árvores e com piscinas naturais foi autorizado legalmente a ser frequentado por naturistas. No outro extremo do mapa, a Praia do Pinho, em Santa Catarina também é conhecida entre os iniciados. O local é naturalmente apto, pois é cercado por montanhas, e há uma boa infraestrutura de pousadas e restaurantes. Oficialmente, é a primeira praia nudista legal, desde 1988. Também em Santa Catarina, com um ambiente familiar, mar calmo e bastante privacidade, a praia Pedras Altas é uma das mais frequentadas por casais com filhos. A praia é cercada por rochas, mas possui infraestrutura, como pousada, estacionamento e restaurante. No estado, a praia da Galheta ao fim da trilha de 300 metros que a liga às praias movimentadas de Floripa.
Pequena e charmosa, a praia Olho de Boi, na cidade do Rio de Janeiro, está entre as que categoricamente proíbem de qualquer tipo uso de vestimentas. Localizada na costa de Búzios, na região dos lagos proporciona privacidade, pois fica escondida entre costas rochosas. Considerada uma das mais belas, a praia do Abricó, também no Rio de Janeiro, é uma área de proteção ambiental e faz parte da reserva biológica do Parque Grumari. Apesar de isolada, já que é cercada por montanhas e tem águas cristalinas, está próxima ao centro da capital carioca e pode ser acessada de ônibus ou carro. Outra opção para quem gosta de surfar sem roupas é a Praia Brava, em Cabo Frio. Cercada por escarpas de cerca de 20 metros de altura, fica em frente a Ilha dos Papagaios. As águas selvagens do local atraem adeptos aos esportes aquáticos. A Ilha Jurubá, em Paraty, é aberta aos naturistas desde 2006. Além de uma praia quase intocada, o local é cercado pela Mata Atlântica e oferece acomodação e restaurantes aos visitantes. No litoral norte do Espírito Santo, está a única praia de naturismo da região. Como faz parte de uma ilha, é preciso atravessar de barco o rio para se ter acesso à praia Barra Seca. Na Bahia, a praia Massarandupió dista cerca de 93 km de Salvador, Bahia. Dunas e mar agitado são as principais características da praia que, no verão tem alto movimento de pessoas, mas fica praticamente deserta no inverno, para ficarmos nestes exemplos. 
Bibliografia geral consultada.
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