Era de Aquarius - Vida Dinâmica & Orbe de Influências Celestiais.
Giuliane de Alencar Braga & Ubiracy de Souza Braga
“Para os peixinhos do aquário, quem troca a
água é Deus”. Mario Quintana
A
Terra é o terceiro planeta mais próximo do Sol, o mais denso e o quinto maior
dos oito planetas do Sistema Solar. É também o maior dos quatro planetas
telúricos. É por vezes designada como Mundo ou Planeta Azul. Lar de milhões de
espécies de seres vivos, incluindo os seres humanos, a Terra é o único corpo
celeste onde é reconhecida a existência de vida. O planeta formou-se há 4,56
bilhões de anos, e a vida surgiu na sua superfície depois de um bilhão de anos.
Desde então, a biosfera terrestre representa
o conjunto de todos os ecossistemas da Terra, sendo o maior nível de
organização ecológica. Ela inclui a biota e os compartimentos terrestres com os
quais a biota interage (litosfera, hidrosfera, criosfera e atmosfera), assim
como seus processos e inter-relações. O termo foi introduzido em 1875 pelo
geólogo austríaco Eduard Suess (1831-1914) como o habitat dos seres
vivos. Este conceito foi estendido para seu significado atual em 1926 pelo
geoquímico russo Vladimir Vernadsky (1863-1945) que reconheceu a biosfera como
um sistema integrado de processos bióticos e abióticos. A biosfera é um sistema fechado para troca de matéria com o universo circundante,
constituindo assim uma unidade natural. Ipso facto, alterou de forma significativa a atmosfera e
fatores abióticos do planeta, permitindo a proliferação de organismos
aeróbicos, como a formação da camada de ozônio, que em conjunto com seu campo, bloqueia radiação solar prejudicial, permitindo o conceito vida no planeta.
Cometas
são corpos celestes compostos principalmente de gelo e poeira. Quando um cometa
se aproxima do Sol, o gelo derrete e forma uma cauda visível. Recentemente,
mapeamento realizado por uma sonda mostrou que a água está presente em toda
superfície da lua, incrustada nas rochas, e também pode estar abaixo da camada
de poeira, no manto. Essa água encontrada na Lua pode ter sido roubada da
Terra, logo após o impacto catastrófico que formou a Lua, ou pode ter sido
entregue posteriormente por impactos de asteroides e de cometas. Esses pequenos
objetos podem ter entregue a água ao sistema Terra-Lua logo nos primeiros
milhões de anos do nosso planeta. Imagens de radar de alta resolução da
superfície de Mercúrio sugeriram a presença de gelo de água no polo Norte do
planeta. Entretanto em Vênus, uma quantidade muito pequena de vapor de água (de
algumas partes por milhão) foi encontrada na atmosfera. Existe gelo de água nas
calotas polares de Marte e em algumas de suas crateras. Além disso, a água em
Marte está presente em pequena quantidade de vapor na atmosfera. Evidências
geológicas e mineralógicas sugerem que água líquida já existiu em Marte em abundância.
Além disso, foi descoberto um lago subglacial em Marte, a 1,5 km abaixo da
calota polar do Sul.
É
estimado que o lago possua cerca de 20 km de diâmetro. Dado esta descoberta, os
cientistas afirmam que não há razão para concluir que a presença de água
subterrânea em Marte esteja limitada a este único local. A descoberta do lago
subterrâneo também reforça a especulação sobre a existência de microrganismos
presentes no planeta vermelho. Planetas gigantes, Saturno e Júpiter, podem ter
água em forma sólida e líquida em suas camadas mais baixas de nuvens, mas sua
abundância ainda não foi aferida. Acredita-se que acima dos núcleos rochosos de
Urano e Netuno exista uma grande camada de gelos, incluindo o gelo de água. As
atmosferas destes gigantes de gelo também contêm H2O. Foi observado que os
anéis de Saturno contêm principalmente gelo de água com uma pequena mistura de
orgânicos e outros contaminantes, enquanto os anéis de Júpiter, Urano e Netuno
contêm no máximo uma pequena fração de gelo de água. Plutão também contém uma
fração significativa de água em sua superfície, assim como muitas das luas dos
planetas exteriores, com Tethys (Lua de Saturno) possivelmente
consistindo quase inteiramente de gelo de água. Acredita-se que algumas Luas,
como Europa e Ganimedes de Júpiter, e Enceladus de Saturno, contenham vastos
oceanos de água líquida sob a camada superficial de gelo.
A
sua superfície é dividida em segmentos rígidos, chamados placas
tectônicas, que migram sobre a superfície terrestre ao longo de milhões de anos
desde a sua formação. Aproximadamente
71% da superfície é coberta por oceanos de água salgada, com o restante
consistindo de continentes e ilhas, contendo lagos e corpos de água que
contribuem para a hidrosfera. Os polos geográficos da Terra encontram-se
majoritariamente cobertos por mantos de gelo ou por banquisas. Uma
bomba-relógio é a designação sociológica comum de um artefato denominado bomba
que é acionada para detonação através de um período de tempo, geralmente
calculado por um relógio. A utilização dessa técnica, permite que o artefato
seja abandonado ou alojado em um local, sem a presença humana. Possui diversos
propósitos, como fraude em seguros, terrorismo, assassinato e como arma de
guerra. A palavra é usada metaforicamente. - Esse problema é uma bomba-relógio
significa algo que algo deve ser feito para sua realização, antes que exploda. O
interior da Terra permanece ativo e sólido, um núcleo externo líquido, um campo magnético, e um núcleo interno sólido, composto por ferro.
A
Terra interage com outros objetos em movimento no espaço, em particular com o
Sol e a Lua. A Terra orbita o Sol uma vez por cada 366,26 rotações sobre o seu
próprio eixo, o que equivale a 365,26 dias solares ou representa um (01) ano
sideral. O eixo de rotação da Terra possui uma inclinação de 23,4° em relação à
perpendicular ao seu plano orbital, reproduzindo variações sazonais na superfície
do planeta, com período igual a um ano tropical, ou, 365,24 dias solares. A Lua
é o único satélite natural reconhecido da Terra. O atual modelo consensual para
a formação da Lua é representado pela hipótese do grande impacto. É uma
hipótese astronômica que postula a formação da Lua através do impacto de um
planeta com aproximadamente o tamanho da massa de Marte, reconhecido como Theia,
com a Terra. Ela é responsável pela formação das marés, estabiliza a inclinação
axial da Terra e abranda gradualmente a rotação do planeta. A Lua pode ter
afetado dramaticamente o desenvolvimento da vida ao moderar o clima do planeta.
Evidências paleontológicas e simulações de computador demonstram que a
inclinação axial do planeta é estabilizada pelas interações cíclicas de maré
com a Lua.
Na
história política da conquista e das guerras os alemães, liderados por Wernher
von Braun (1912-1977), um dos principais cientistas no desenvolvimento do
foguete V-2 na Alemanha nazista e foguete Saturno V nos Estados Unidos da
América (EUA), desenvolvidos durante a 2ª guerra mundial, os foguetes V-1 e V-2 (A-4
na terminologia alemã), que formaram a base para as pesquisas sobre foguetes
dos Estados Unidos da América e da União Soviética no pós-guerra. Ambas as
bombas nazistas, usadas em Paris e Londres no final da guerra, podem ser melhor
definidas como mísseis. A rigor, do ponto de vista tecnológico a V-1 não chega
a ser um foguete, mas um míssil veloz “que voa com propulsão de avião a jato”.
Inicialmente, foram desenvolvidos foguetes especificamente destinados para uso
militar, normalmente reconhecidos como mísseis balísticos intercontinentais. Os
programas espaciais que norte-americanos e russos colocaram em marcha
basearam-se em foguetes com finalidades próprias. Para a utilização
astronáutica de guerra, derivados destes foguetes propulsores de uso militar.
Particularmente
os foguetes usados no programa espacial soviético eram derivados do R.7, um
míssil balístico, que acabou sendo usado para as missões Sputnik. Originalmente
a missão Sputnik 1, junto com o voo de Yuri Gagarin (1934-1968) no Vostok 1,
teve um impacto profundo na história social da exploração espacial. Foram os
eventos que desafiaram os estadunidenses e foram a gota d`água para o
lançamento do Programa Espacial objetivando alcançar a Lua. Em órbita sua frase
“A Terra é azul!” entrou para a história. Curiosamente a sua baixa estatura
havia garantido ao major da Força Aérea russa, com 27 anos, um lugar na
apertada cápsula que o levaria através de um “salto dialético” à órbita
terrestre. E mais uma vitória soviética na corrida contra os norte-americanos
pela conquista do espaço. A corrida espacial ocorreu na segunda metade do
século XX entre a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e os
Estados Unidos da América pela supremacia na exploração e tecnologia espacial.
Entre 1957 e 1975, a rivalidade entre as duas superpotências durante a chamada Guerra
Fria atingiria os pioneirismos na exploração do espaço, vistos
como necessários para a segurança nacional e símbolos da superioridade tecnológica
e ideológica de cada país.
A
corrida espacial envolveu esforos pioneiros no lançamento de satélites
artificiais, voo espacial tripulado suborbital e orbital em torno da Terra e
viagens tripuladas à Lua. A competição efetivamente começou com o lançamento do
satélite artificial soviético Sputnik 1 em 4 de outubro de 1957 e concluiu-se
com o projeto cooperativo Apollo-Soyuz em julho de 1975. O Projeto de Teste
Apollo-Soyuz passou então a simbolizar uma flexibilização parcial das relações
tensas entre a URSS e os Estados Unidos da América. A corrida espacial teve
suas origens na corrida armamentista que ocorreu logo após o fim da 2ª guerra
mundial, quando tanto a União Soviética quanto os Estados Unidos capturaram a
tecnologia e especialistas de foguetes avançados alemães. As consequências
realizaram aumento sem precedentes nos gastos com educação e pesquisa,
acelerando avanços científicos sobre tecnologias benéficas para a civilização.
Algumas sondas e missões incluem os Sputnik 1, Explorer 1, Vostok 1, Mariner 2,
Ranger 7, Luna 9, Apollo 8 e Apollo 11. Wernher von Braun foi um dos próceres
no desenvolvimento de tecnologias aplicadas de foguetes para a Alemanha.
Embora
alegasse neutralidade de seu envolvimento com o Partido nazista fosse apenas
visando não interromper a questão axiológica das pesquisas espaciais e
proteger-se de caçadas anticomunistas. Pioneiro e visionário das viagens
espaciais, é reconhecido por ter liderado o projeto aeroespacial
norte-americano durante a chamada Corrida Espacial, tendo trabalhado como
projetista chefe do primeiro foguete de grande porte movido a combustível
líquido, e além disso, produzido em série, o Aggregat 4, e por liderar o
desenvolvimento do foguete Saturno V, que levou os astronautas dos Estados
Unidos da América à Lua, em julho de 1969. Sua contraparte e rival, político do
lado soviético, foi o engenheiro Sergei Korolev (1906-1966), um notável
ucraniano e o principal projetista de foguetes e de aeronaves soviético durante
a corrida espacial entre a União Soviética versus Estados Unidos durante
os anos 1950 e 1960. Korolev é considerado do ponto de vista do
valor-trabalho “o pai da astronáutica soviética”. Antes de sua súbita morte em
1966, a União Soviética liderava a corrida espacial, e os planos para colocar o
primeiro homem na lua haviam começado a serem implementados.
Sergei
Korolev foi, ao contrário do que é propagado, o verdadeiro criador do desafio
científico de levar homens à lua, embora a União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas não tenha admitido o que pretendia. Os Estados Unidos da América, em
contrapartida, o fizeram através de um desafio ideológico do presidente John F.
Kennedy. Segundo o professor James Onnig, em 1961, no afã da conquista, a
Organização das Nações Unidas aprovou a internacionalização do espaço, e em
1967, foi assinado o Tratado de Uso do Espaço Cósmico. O documento foi
importante já que todos os países aceitaram a ideia de que nenhum país ou
empresa poderia se declarar de determinada parte dessa nova fronteira. O
problema é que o espaço cósmico está em certo sentido congestionado. Estima-se
que sejam mais de 30 mil objetos lançados, 6. 800 toneladas de lixo espacial,
19 mil fragmentos que já caíram na Terra e uma infinidade de eventos
preocupantes. Mas do ponto de vista da Física é quase nada. O princípio que
norteou essa tragédia foi o da extraordinária Big Sky Theory. O espaço cósmico é
tão grande que caberiam todos os experimentos, satélites, objetos e qualquer
parafernália tecnológica. Em 2009 e de forma pouco noticiada ocorreu um
acidente espacial.
O
satélite ativo dos Estados Unidos da América, Iridium 33 se chocou com o satélite desativado russo,
Kosmos 2251. O Iridium 33, foi um satélite de comunicação norte-americano, que
no dia 10 de fevereiro de 2009, às 19h56 de Moscou (14h56 de Brasília)
chocou-se com outro satélite, o Kosmos 2251 a cerca de 800 km de altitude, no
zênite da Sibéria, provocando um lançamento de milhares de destroços na órbita
baixa da Terra. A trombada gerou mais de 2.000 pedacinhos que estão sobre
nossas cabeças na atmosfera. Já se pensou em tudo para solucionar o problema.
Todas as propostas esbarram na questão dos custos financeiros. Os chineses
destruíram seu satélite meteorológico Fengyun 1C com o lançamento de um míssil,
fato que ainda gera controvérsia, e mais uma demonstração de força do que de
habilidade técnica dos chineses. Cientistas norte-americanos tinham alertado
para essa possibilidade nos anos de 1970. Colisões e riscos de acidentes seriam
cada vez mais comuns. A situação é real no sentido darwinista, se pensarmos que
as evoluções das telecomunicações estão ocorrendo rapidamente.
Em 14
de fevereiro de 2009 começa a era de aquário – que rege, além do amor e da paz,
a liberdade e as mudanças. Acerca dos efeitos visíveis na humanidade, é
relatado que estamos sentindo as influências de Aquarius, designado como Orbe
de influência no desenvolvimento acelerado a nível individual, social,
cultural, científico e tecnológico e, sobretudo, na globalização ocorrida por todo
o século XX. A Era Aquariana tende a ser uma era de fraternidade universal. Baseada
na razão onde será possível solucionar os problemas sociais para todos. Com
grandiosas oportunidades para o desenvolvimento intelectual e espiritual, dado
que Aquarius é um signo aéreo, científico, intelectual e o seu planeta regente,
Urano, é associado com a representação da intuição e percepções diretas do
coração e, a nível mundano, este planeta rege a eletricidade e tecnologia. Na
visão de algumas correntes articuladas em torno do cristianismo, surgiria para substituir a chamada Era de
Peixes, sendo que neste caso teria o sentido de representar o símbolo religioso
do cristianismo, como teria sido usado pelos primeiros cristãos.
As divisões mais básicas no cristianismo contemporâneo ocorrem entre a Igreja Católica Romana, a Igreja Católica Ortodoxa e as várias denominações formadas durante e depois da Reforma Protestante. As maiores diferenças entre Ortodoxia e Catolicismo são culturais e hierárquicas, enquanto as denominações Protestantes apresentam diferenças teológicas mais acentuadas para com as duas primeiras, bem como grande diversificação doutrinária entre suas vertentes. As análises comparativas entre grupos denominacionais devem ser feitas com alguma cautela. Em alguns grupos, por exemplo, congregações são partes de uma organização eclesiástica monolítica, enquanto que em outros grupos, cada congregação tem como representação uma (01) organização autônoma independente. Comparações numéricas também podem ser consideradas problemáticas, pois alguns grupos contam como membros, tanto os adultos batizados quanto os filhos batizados dos fiéis, enquanto outros grupos somente contabilizam os fiéis adultos.
Assim, Era de Aquário seria a era definida na Bíblia
de domínio do anticristo, no sentido nietzschiano (1974), em que a Terra
estaria fora de uma influência cristã e por isso representaria “uma era de
enganos onde o mal seria encarnado e dominaria por certo tempo”. Segundo o Cristianismo esotérico, a cada vez maior
proximidade e posterior entrada na Era de Aquarius - a sucedendo a atual Era de Peixes, ou era
regida pela “Espada” - proporcionará à maioria dos seres humanos a descoberta.
A verdadeira vivência e o real conhecimento dos ensinamentos Cristãos mais profundos
e interiores que Cristo menciona em Mateus (13:11) e Lucas (8:10). Esta era é
vista segundo este ponto de vista como uma preparação intermédia para a Nova Jerusalém: os “novos céus e
uma nova terra” que virá num tempo não identificado. Naquela que se
aproxima é esperada a vinda de um Instrutor espiritual através da escola
que funciona como arauto desta era, de um
esforço “para dar à Religião Cristã um impulso numa nova direção”.
Em termos simples, significa que a Era de Peixes iniciou-se cerca de 500 d. C., dado que foi a última vez que astronomicamente o equinócio vernal ocorreu no primeiro ponto da constelação Aries, deixando-a e entrando na constelação de Pisces, altura em que os zodíacos intelectual e natural concordaram. Hoje em dia, o equinócio vernal ocorre, astronomicamente, a cerca de nove graus da constelação Peixes e será apenas por volta de 2600 d. C. que realmente finalizará o movimento em retrocesso por Pisces e entrará na constelação de Aquarius. Carl Jung referiu em sua análise, que em meados do século XX, que as Eras astrológicas são baseadas nas constelações reais e não nas secções propugnadas de 30 graus do Zodíaco. Como Peixes é uma constelação maior a transição para Aquarius só terá lugar espacial por volta de 2600 d. C. Em 1929, vale lembrar que a União Astronômica Internacional definiu as bordas das 88 constelações ditas oficiais. A borda estabelecida entre Peixes e Aquário localiza assim o início da Era de Aquário por volta de 2600 d. C.
De acordo com Vanessa Tuleski a Era de Aquário não é, portanto, uma Era que automaticamente vai nos conduzir a fraternidade, a um entendimento extraordinário de quem é e do que o mundo é, a uma nova forma de organização, a uma descoberta sem precedentes de nosso poder mental e a um uso adequado dele. E por que não? Porque Aquário não é um signo melhor do que Peixes, assim como Peixes não é melhor do que Áries, assim como nenhum signo é melhor do que outro. Em cada Era, nós temos escolhas a fazer. A tecnologia, principal promessa da Era de Aquário, tanto pode nos levar a separação de nosso lado instintivo, tornando tudo excessivamente lógico e frio, como pode ser tão aperfeiçoada para que nos leve a sanar os problemas que criamos com sua má utilização. A mente aquariana tanto pode nos levar ao rompimento com antigos comportamentos sociais danosos quanto nos trazer agitação, alienação e rebelião, sintomas já presentes. Mas sem dúvida, caracterizada por uma grande mudança, porque isto faz parte do símbolo de Aquário.
Vivemos
agora o chamado para a Era de Aquário. O fim da manipulação religiosa (Peixes)
e do materialismo (Virgem). O desenvolvimento tecnológico se acelera. Começam a
surgir sistemas de crença mais baseados na força da mente e na crença de que
também podemos ser deuses, segundo um modo aquariano de pensar. A humanidade
deve dar um salto qualitativo, aprender a viver em colaboração. Cresce o desejo
de sermos mais tolerantes e abertos, de nos libertarmos de velhos
condicionamentos que nos acompanham há milênios, de vivermos plenamente os
ideais aquarianos de liberdade, igualdade e fraternidade. Desde o início do
século XX, sobretudo a partir do final da década de 1960, esse processo aumentou
e ganha força cada vez mais. Realmente, a tecnologia tanto pode nos levar a uma
vida excessivamente lógica e fria, como pode ser tão aperfeiçoada que nos leve
a sanar os problemas que criamos com o uso: inquietação, alienação
e rebelião, presentes atualmente.
O
impulso aquariano se expressa na mente da humanidade ainda como uma ideia que
permanece abstrata. Algumas pessoas pioneiras respondem ao novo impulso,
enquanto outras, mais inclinadas às velhas ideias, reconhecem-no mais tarde.
Com o tempo, a nova ideia se fortalece o suficiente e se revela no plano da
alma. Pouco a pouco, a ideia se torna um fator determinante na vida humana. O
impulso irradia do cosmo, e todas as velhas ideias e estruturas rodopiam
caoticamente. Então passamos a agir. A utilizar a vontade dinâmica, percebendo
a ideia com plena consciência, convertendo o impulso espiritual em ação.O
primeiro impulso acontece quando a primeira estrela da constelação de Aquário
se aproxima do horizonte, o que ocorre desde o século passado. Em 1968, os
primeiros grupos de jovens começaram a responder à constelação de Aquário em
nível emocional e mental. O movimento hippie dos anos 1960 é uma expressão desse
fato. Vale citar o filme Hair com a famosa música “Aquarius” e a música de John
Lennon “Imagine”. A colheita desse impulso será revelada depois de
alguns séculos. Ela se manifestará como uma nova era cultural para toda a
humanidade. Aquário é a última etapa no ciclo de um ano estelar, que dura cerca
de 26.000 anos. Claro está que a aurora de um novo tempo já despontou.
A Era
de Peixes desloca a ação do Oriente para a Europa. Nessa ordem de objetos o Cristianismo nasce junto
com a Era de Peixes, e grande parte dos fatos estão relacionados com ele: desde
a perseguição dos primeiros cristãos até o momento em que a Igreja Católica
angaria um poder incalculável. Durante a Idade Média, a Igreja controla toda e
qualquer forma de conhecimento, e seus preceitos exercem uma inflexível
influência sobre as pessoas. É o auge da força da crença (Peixes), em que a
ameaça não é tomar algo real da pessoa ou exercer outra forma de punição, e
sim, condená-la a queimar eternamente no fogo do inferno, ativando a natureza impressionável
inerente à Era de Peixes. Porém, são os interesses mundanos, como recipientes
de Virgem, signo da Terra, de natureza material que movem a “venda de perdões”.
Ou seja, as chamadas indulgências e outras benesses celestiais. Por outro lado,
pensadores começam a imaginar um futuro realizado por uma racionalidade tão
fria que poderia simbolizar a sombra de Aquário. Um mundo em que um sistema
social fosse tão rigidamente organizado em prol do conjunto que “chips” fossem
implantados no cérebro das pessoas, anulando suas vontades e
criatividade as quais são simbolizadas pelo signo de Leão, oposto a Aquário.
Um mundo com tanto poder de intervenção que praticamente
poderíamos criar um ser humano ao nosso gosto com todos os perigos que isto
embute. Um mundo em que a tecnologia (Aquário) fosse tão dominante que isto
pudesse abrir espaço para terríveis formas de controle e centralização, com a
sufocação da liberdade, uma das necessidades aquarianas mais fortes. Na
realidade, em todas as Eras houve dificuldade em se equilibrar os dois signos
envolvidos. A humanidade passou boa parte da Era de Peixes tendo sua capacidade
de análise e discernimento bloqueada por crenças impostas de cima para baixo.
Quando, a partir do século XIX, o espírito científico começou a se desenvolver,
daí foi Virgem que assumiu a supremacia. Descartou-se tudo o que não se podia
explicar e iniciou-se um período de excessiva racionalidade e fragmentação, que
resultou no ressurgimento em massa de doenças emocionais decorrentes da falta de
conexão afetiva maior: por que tantas pessoas se drogam e morrem no mundo de
hoje? A Nova Era de
Aquário e a sociedade estão estreitamente relacionadas. A Nova
Era é a manifestação individual (o sonho) e coletiva (os mitos, os ritos, os simbolos) da sociedade atual, que, por sua
vez, representa o contexto sem o qual a Nova Era não seria possível.
A Nova Era
é o resultado da sociedade contemporânea e como tal a interpreta. Mas não se
pode dizer que a Nova Era seja a “alma” da sociedade atual, porque esta
sociedade não tem unidade e, portanto, tem muitos princípios espirituais que a
realizam e a tornam viva. A Nova Era é, talvez, o princípio espiritual mais
significativo, mais representativo contemporâneo. Mas não o único sob a compreensão em torno do nome de Nova Era. Há muitas explicações, indagações e muitas
maneiras de dizer, de concretizá-la que vem sendo incorporada aos movimentos
espirituais, estéticos e científicos. Eles ressurgiram e realizaram de algum modo, através de um
conjunto de práticas e saberes sociais e institucionalizaram. A
Era de Aquário (Aquarius) representa uma era astrológica que deve
iniciar-se por volta do século XXI e que sucederá a atual Era de Peixes.
Essa era ocorrerá quando o Sol, no dia do equinócio de outono (hemisfério Sul)
ou da primavera (hemisfério Norte), nascer à frente da Constelação de Aquário,
sendo que atualmente o Sol nasce na Constelação de Peixes. Aproximadamente a
cada 2150 anos o Sol, no dia do equinócio de outono (hemisfério Sul) ou da
primavera (hemisfério Norte), nasce a frente de uma constelação astrológica,
basta não confundir com a real posição das constelações, defasada pela
precessão da Terra que é diferente.
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outros.
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