sábado, 26 de dezembro de 2015

Era de Aquarius - Vida Dinâmica & Orbe de Influências Celestiais.

                                                                                                                   Giuliane de Alencar Braga & Ubiracy de Souza Braga
 
                                     Para os peixinhos do aquário, quem troca a água é Deus”. Mario Quintana

             

            A Terra é o terceiro planeta mais próximo do Sol, o mais denso e o quinto maior dos oito planetas do Sistema Solar. É também o maior dos quatro planetas telúricos. É por vezes designada como Mundo ou Planeta Azul. Lar de milhões de espécies de seres vivos, incluindo os seres humanos, a Terra é o único corpo celeste onde é reconhecida a existência de vida. O planeta formou-se há 4,56 bilhões de anos, e a vida surgiu na sua superfície depois de um bilhão de anos. Desde então, a biosfera terrestre representa o conjunto de todos os ecossistemas da Terra, sendo o maior nível de organização ecológica. Ela inclui a biota e os compartimentos terrestres com os quais a biota interage (litosfera, hidrosfera, criosfera e atmosfera), assim como seus processos e inter-relações. O termo foi introduzido em 1875 pelo geólogo austríaco Eduard Suess (1831-1914) como o habitat dos seres vivos. Este conceito foi estendido para seu significado atual em 1926 pelo geoquímico russo Vladimir Vernadsky (1863-1945) que reconheceu a biosfera como um sistema integrado de processos bióticos e abióticos. A biosfera é um sistema  fechado para troca de matéria com o universo circundante, constituindo assim uma unidade natural. Ipso factoalterou de forma significativa a atmosfera e fatores abióticos do planeta, permitindo a proliferação de organismos aeróbicos, como a formação da camada de ozônio, que em conjunto com seu campo, bloqueia radiação solar prejudicial, permitindo o conceito vida no planeta. 
          Cometas são corpos celestes compostos principalmente de gelo e poeira. Quando um cometa se aproxima do Sol, o gelo derrete e forma uma cauda visível. Recentemente, mapeamento realizado por uma sonda mostrou que a água está presente em toda superfície da lua, incrustada nas rochas, e também pode estar abaixo da camada de poeira, no manto. Essa água encontrada na Lua pode ter sido roubada da Terra, logo após o impacto catastrófico que formou a Lua, ou pode ter sido entregue posteriormente por impactos de asteroides e de cometas. Esses pequenos objetos podem ter entregue a água ao sistema Terra-Lua logo nos primeiros milhões de anos do nosso planeta. Imagens de radar de alta resolução da superfície de Mercúrio sugeriram a presença de gelo de água no polo Norte do planeta. Entretanto em Vênus, uma quantidade muito pequena de vapor de água (de algumas partes por milhão) foi encontrada na atmosfera. Existe gelo de água nas calotas polares de Marte e em algumas de suas crateras. Além disso, a água em Marte está presente em pequena quantidade de vapor na atmosfera. Evidências geológicas e mineralógicas sugerem que água líquida já existiu em Marte em abundância. Além disso, foi descoberto um lago subglacial em Marte, a 1,5 km abaixo da calota polar do Sul.

É estimado que o lago possua cerca de 20 km de diâmetro. Dado esta descoberta, os cientistas afirmam que não há razão para concluir que a presença de água subterrânea em Marte esteja limitada a este único local. A descoberta do lago subterrâneo também reforça a especulação sobre a existência de microrganismos presentes no planeta vermelho. Planetas gigantes, Saturno e Júpiter, podem ter água em forma sólida e líquida em suas camadas mais baixas de nuvens, mas sua abundância ainda não foi aferida. Acredita-se que acima dos núcleos rochosos de Urano e Netuno exista uma grande camada de gelos, incluindo o gelo de água. As atmosferas destes gigantes de gelo também contêm H2O. Foi observado que os anéis de Saturno contêm principalmente gelo de água com uma pequena mistura de orgânicos e outros contaminantes, enquanto os anéis de Júpiter, Urano e Netuno contêm no máximo uma pequena fração de gelo de água. Plutão também contém uma fração significativa de água em sua superfície, assim como muitas das luas dos planetas exteriores, com Tethys (Lua de Saturno) possivelmente consistindo quase inteiramente de gelo de água. Acredita-se que algumas Luas, como Europa e Ganimedes de Júpiter, e Enceladus de Saturno, contenham vastos oceanos de água líquida sob a camada superficial de gelo.

           A sua superfície é dividida em segmentos rígidos, chamados placas tectônicas, que migram sobre a superfície terrestre ao longo de milhões de anos desde a sua formação. Aproximadamente 71% da superfície é coberta por oceanos de água salgada, com o restante consistindo de continentes e ilhas, contendo lagos e corpos de água que contribuem para a hidrosfera. Os polos geográficos da Terra encontram-se majoritariamente cobertos por mantos de gelo ou por banquisas. Uma bomba-relógio é a designação sociológica comum de um artefato denominado bomba que é acionada para detonação através de um período de tempo, geralmente calculado por um relógio. A utilização dessa técnica, permite que o artefato seja abandonado ou alojado em um local, sem a presença humana. Possui diversos propósitos, como fraude em seguros, terrorismo, assassinato e como arma de guerra. A palavra é usada metaforicamente. - Esse problema é uma bomba-relógio significa algo que algo deve ser feito para sua realização, antes que exploda. O interior da Terra permanece ativo e sólido, um núcleo externo líquido, um campo magnético, e um núcleo interno sólido, composto por ferro.

A Terra interage com outros objetos em movimento no espaço, em particular com o Sol e a Lua. A Terra orbita o Sol uma vez por cada 366,26 rotações sobre o seu próprio eixo, o que equivale a 365,26 dias solares ou representa um (01) ano sideral. O eixo de rotação da Terra possui uma inclinação de 23,4° em relação à perpendicular ao seu plano orbital, reproduzindo variações sazonais na superfície do planeta, com período igual a um ano tropical, ou, 365,24 dias solares. A Lua é o único satélite natural reconhecido da Terra. O atual modelo consensual para a formação da Lua é representado pela hipótese do grande impacto. É uma hipótese astronômica que postula a formação da Lua através do impacto de um planeta com aproximadamente o tamanho da massa de Marte, reconhecido como Theia, com a Terra. Ela é responsável pela formação das marés, estabiliza a inclinação axial da Terra e abranda gradualmente a rotação do planeta. A Lua pode ter afetado dramaticamente o desenvolvimento da vida ao moderar o clima do planeta. Evidências paleontológicas e simulações de computador demonstram que a inclinação axial do planeta é estabilizada pelas interações cíclicas de maré com a Lua.

                    

Na história política da conquista e das guerras os alemães, liderados por Wernher von Braun (1912-1977), um dos principais cientistas no desenvolvimento do foguete V-2 na Alemanha nazista e foguete Saturno V nos Estados Unidos da América (EUA), desenvolvidos durante a 2ª guerra mundial, os foguetes V-1 e V-2 (A-4 na terminologia alemã), que formaram a base para as pesquisas sobre foguetes dos Estados Unidos da América e da União Soviética no pós-guerra. Ambas as bombas nazistas, usadas em Paris e Londres no final da guerra, podem ser melhor definidas como mísseis. A rigor, do ponto de vista tecnológico a V-1 não chega a ser um foguete, mas um míssil veloz “que voa com propulsão de avião a jato”. Inicialmente, foram desenvolvidos foguetes especificamente destinados para uso militar, normalmente reconhecidos como mísseis balísticos intercontinentais. Os programas espaciais que norte-americanos e russos colocaram em marcha basearam-se em foguetes com finalidades próprias. Para a utilização astronáutica de guerra, derivados destes foguetes propulsores de uso militar. 

Particularmente os foguetes usados no programa espacial soviético eram derivados do R.7, um míssil balístico, que acabou sendo usado para as missões Sputnik. Originalmente a missão Sputnik 1, junto com o voo de Yuri Gagarin (1934-1968) no Vostok 1, teve um impacto profundo na história social da exploração espacial. Foram os eventos que desafiaram os estadunidenses e foram a gota d`água para o lançamento do Programa Espacial objetivando alcançar a Lua. Em órbita sua frase “A Terra é azul!” entrou para a história. Curiosamente a sua baixa estatura havia garantido ao major da Força Aérea russa, com 27 anos, um lugar na apertada cápsula que o levaria através de um “salto dialético” à órbita terrestre. E mais uma vitória soviética na corrida contra os norte-americanos pela conquista do espaço. A corrida espacial ocorreu na segunda metade do século XX entre a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e os Estados Unidos da América pela supremacia na exploração e tecnologia espacial. Entre 1957 e 1975, a rivalidade entre as duas superpotências durante a chamada Guerra Fria atingiria os pioneirismos na exploração do espaço, vistos como necessários para a segurança nacional e símbolos da superioridade tecnológica e ideológica de cada país.

A corrida espacial envolveu esforos pioneiros no lançamento de satélites artificiais, voo espacial tripulado suborbital e orbital em torno da Terra e viagens tripuladas à Lua. A competição efetivamente começou com o lançamento do satélite artificial soviético Sputnik 1 em 4 de outubro de 1957 e concluiu-se com o projeto cooperativo Apollo-Soyuz em julho de 1975. O Projeto de Teste Apollo-Soyuz passou então a simbolizar uma flexibilização parcial das relações tensas entre a URSS e os Estados Unidos da América. A corrida espacial teve suas origens na corrida armamentista que ocorreu logo após o fim da 2ª guerra mundial, quando tanto a União Soviética quanto os Estados Unidos capturaram a tecnologia e especialistas de foguetes avançados alemães. As consequências realizaram aumento sem precedentes nos gastos com educação e pesquisa, acelerando avanços científicos sobre tecnologias benéficas para a civilização. Algumas sondas e missões incluem os Sputnik 1, Explorer 1, Vostok 1, Mariner 2, Ranger 7, Luna 9, Apollo 8 e Apollo 11. Wernher von Braun foi um dos próceres no desenvolvimento de tecnologias aplicadas de foguetes para a Alemanha.

Embora alegasse neutralidade de seu envolvimento com o Partido nazista fosse apenas visando não interromper a questão axiológica das pesquisas espaciais e proteger-se de caçadas anticomunistas. Pioneiro e visionário das viagens espaciais, é reconhecido por ter liderado o projeto aeroespacial norte-americano durante a chamada Corrida Espacial, tendo trabalhado como projetista chefe do primeiro foguete de grande porte movido a combustível líquido, e além disso, produzido em série, o Aggregat 4, e por liderar o desenvolvimento do foguete Saturno V, que levou os astronautas dos Estados Unidos da América à Lua, em julho de 1969. Sua contraparte e rival, político do lado soviético, foi o engenheiro Sergei Korolev (1906-1966), um notável ucraniano e o principal projetista de foguetes e de aeronaves soviético durante a corrida espacial entre a União Soviética versus Estados Unidos durante os anos 1950 e 1960. Korolev é  considerado do ponto de vista do valor-trabalho “o pai da astronáutica soviética”. Antes de sua súbita morte em 1966, a União Soviética liderava a corrida espacial, e os planos para colocar o primeiro homem na lua haviam começado a serem implementados.

Sergei Korolev foi, ao contrário do que é propagado, o verdadeiro criador do desafio científico de levar homens à lua, embora a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas não tenha admitido o que pretendia. Os Estados Unidos da América, em contrapartida, o fizeram através de um desafio ideológico do presidente John F. Kennedy. Segundo o professor James Onnig, em 1961, no afã da conquista, a Organização das Nações Unidas aprovou a internacionalização do espaço, e em 1967, foi assinado o Tratado de Uso do Espaço Cósmico. O documento foi importante já que todos os países aceitaram a ideia de que nenhum país ou empresa poderia se declarar de determinada parte dessa nova fronteira. O problema é que o espaço cósmico está em certo sentido congestionado. Estima-se que sejam mais de 30 mil objetos lançados, 6. 800 toneladas de lixo espacial, 19 mil fragmentos que já caíram na Terra e uma infinidade de eventos preocupantes. Mas do ponto de vista da Física é quase nada. O princípio que norteou essa tragédia foi o da extraordinária Big Sky Theory. O espaço cósmico é tão grande que caberiam todos os experimentos, satélites, objetos e qualquer parafernália tecnológica. Em 2009 e de forma pouco noticiada ocorreu um acidente espacial.

O satélite ativo dos Estados Unidos da América, Iridium 33 se chocou com o satélite desativado russo, Kosmos 2251. O Iridium 33, foi um satélite de comunicação norte-americano, que no dia 10 de fevereiro de 2009, às 19h56 de Moscou (14h56 de Brasília) chocou-se com outro satélite, o Kosmos 2251 a cerca de 800 km de altitude, no zênite da Sibéria, provocando um lançamento de milhares de destroços na órbita baixa da Terra. A trombada gerou mais de 2.000 pedacinhos que estão sobre nossas cabeças na atmosfera. Já se pensou em tudo para solucionar o problema. Todas as propostas esbarram na questão dos custos financeiros. Os chineses destruíram seu satélite meteorológico Fengyun 1C com o lançamento de um míssil, fato que ainda gera controvérsia, e mais uma demonstração de força do que de habilidade técnica dos chineses. Cientistas norte-americanos tinham alertado para essa possibilidade nos anos de 1970. Colisões e riscos de acidentes seriam cada vez mais comuns. A situação é real no sentido darwinista, se pensarmos que as evoluções das telecomunicações estão ocorrendo rapidamente.

          Em 14 de fevereiro de 2009 começa a era de aquário – que rege, além do amor e da paz, a liberdade e as mudanças. Acerca dos efeitos visíveis na humanidade, é relatado que estamos sentindo as influências de Aquarius, designado como Orbe de influência no desenvolvimento acelerado a nível individual, social, cultural, científico e tecnológico e, sobretudo, na globalização ocorrida por todo o século XX. A Era Aquariana tende a ser uma era de fraternidade universal. Baseada na razão onde será possível solucionar os problemas sociais para todos. Com grandiosas oportunidades para o desenvolvimento intelectual e espiritual, dado que Aquarius é um signo aéreo, científico, intelectual e o seu planeta regente, Urano, é associado com a representação da intuição e percepções diretas do coração e, a nível mundano, este planeta rege a eletricidade e tecnologia. Na visão de algumas correntes articuladas em torno do cristianismo, surgiria para substituir a chamada Era de Peixes, sendo que neste caso teria o sentido de representar o símbolo religioso do cristianismo, como teria sido usado pelos primeiros cristãos. 
          As divisões mais básicas no cristianismo contemporâneo ocorrem entre a Igreja Católica Romana, a Igreja Católica Ortodoxa e as várias denominações formadas durante e depois da Reforma Protestante. As maiores diferenças entre Ortodoxia e Catolicismo são culturais e hierárquicas, enquanto as denominações Protestantes apresentam diferenças teológicas mais acentuadas para com as duas primeiras, bem como grande diversificação doutrinária entre suas vertentes. As análises comparativas entre grupos denominacionais devem ser feitas com alguma cautela. Em alguns grupos, por exemplo, congregações são partes de uma organização eclesiástica monolítica, enquanto que em outros grupos, cada congregação tem como representação uma (01) organização autônoma independente. Comparações numéricas também podem ser consideradas problemáticas, pois alguns grupos contam como membros, tanto os adultos batizados quanto os filhos batizados dos fiéis, enquanto outros grupos somente contabilizam os fiéis adultos.
Assim, Era de Aquário seria a era definida na Bíblia de domínio do anticristo, no sentido nietzschiano (1974), em que a Terra estaria fora de uma influência cristã e por isso representaria “uma era de enganos onde o mal seria encarnado e dominaria por certo tempo”.  Segundo o Cristianismo esotérico, a cada vez maior proximidade e posterior entrada na Era de Aquarius  - a sucedendo a atual Era de Peixes, ou era regida pela “Espada” - proporcionará à maioria dos seres humanos a descoberta. A verdadeira vivência e o real conhecimento dos ensinamentos Cristãos mais profundos e interiores que Cristo menciona em Mateus (13:11) e Lucas (8:10). Esta era é vista segundo este ponto de vista como uma preparação intermédia para a Nova Jerusalém: os “novos céus e uma nova terra” que virá num tempo não identificado. Naquela que se aproxima é esperada a vinda de um Instrutor espiritual através da escola que funciona como arauto desta era,  de um esforço “para dar à Religião Cristã um impulso numa nova direção”. 
Em termos simples, significa que a Era de Peixes iniciou-se cerca de 500 d. C., dado que foi a última vez que astronomicamente o equinócio vernal ocorreu no primeiro ponto da constelação Aries, deixando-a e entrando na constelação de Pisces, altura em que os zodíacos intelectual e natural concordaram. Hoje em dia, o equinócio vernal ocorre, astronomicamente, a cerca de nove graus da constelação Peixes e será apenas por volta de 2600 d. C. que realmente finalizará o movimento em retrocesso por Pisces e entrará na constelação de Aquarius.  Carl Jung referiu em sua análise, que em meados do século XX, que as Eras astrológicas são baseadas nas constelações reais e não nas secções propugnadas de 30 graus do Zodíaco. Como Peixes é uma constelação maior a transição para Aquarius só terá lugar espacial por volta de 2600 d. C. Em 1929, vale lembrar que a União Astronômica Internacional definiu as bordas das 88 constelações ditas oficiais. A borda estabelecida entre Peixes e Aquário localiza assim o início da Era de Aquário por volta de 2600 d. C.         
         De acordo com Vanessa Tuleski a Era de Aquário não é, portanto, uma Era que automaticamente vai nos conduzir a fraternidade, a um entendimento extraordinário de quem é e do que o mundo é, a uma nova forma de organização, a uma descoberta sem precedentes de nosso poder mental e a um uso adequado dele. E por que não? Porque Aquário não é um signo melhor do que Peixes, assim como Peixes não é melhor do que Áries, assim como nenhum signo é melhor do que outro. Em cada Era, nós temos escolhas a fazer. A tecnologia, principal promessa da Era de Aquário, tanto pode nos levar a separação de nosso lado instintivo, tornando tudo excessivamente lógico e frio, como pode ser tão aperfeiçoada para que nos leve a sanar os problemas que criamos com sua má utilização. A mente aquariana tanto pode nos levar ao rompimento com antigos comportamentos sociais danosos quanto nos trazer agitação, alienação e rebelião, sintomas já presentes. Mas sem dúvida, caracterizada por uma grande mudança, porque isto faz parte do símbolo de Aquário.           
     Vivemos agora o chamado para a Era de Aquário. O fim da manipulação religiosa (Peixes) e do materialismo (Virgem). O desenvolvimento tecnológico se acelera. Começam a surgir sistemas de crença mais baseados na força da mente e na crença de que também podemos ser deuses, segundo um modo aquariano de pensar. A humanidade deve dar um salto qualitativo, aprender a viver em colaboração. Cresce o desejo de sermos mais tolerantes e abertos, de nos libertarmos de velhos condicionamentos que nos acompanham há milênios, de vivermos plenamente os ideais aquarianos de liberdade, igualdade e fraternidade. Desde o início do século XX, sobretudo a partir do final da década de 1960, esse processo aumentou e ganha força cada vez mais. Realmente, a tecnologia tanto pode nos levar a uma vida excessivamente lógica e fria, como pode ser tão aperfeiçoada que nos leve a sanar os problemas que criamos com o uso: inquietação, alienação e rebelião, presentes atualmente.
           O impulso aquariano se expressa na mente da humanidade ainda como uma ideia que permanece abstrata. Algumas pessoas pioneiras respondem ao novo impulso, enquanto outras, mais inclinadas às velhas ideias, reconhecem-no mais tarde. Com o tempo, a nova ideia se fortalece o suficiente e se revela no plano da alma. Pouco a pouco, a ideia se torna um fator determinante na vida humana. O impulso irradia do cosmo, e todas as velhas ideias e estruturas rodopiam caoticamente. Então passamos a agir. A utilizar a vontade dinâmica, percebendo a ideia com plena consciência, convertendo o impulso espiritual em ação. O primeiro impulso acontece quando a primeira estrela da constelação de Aquário se aproxima do horizonte, o que ocorre desde o século passado. Em 1968, os primeiros grupos de jovens começaram a responder à constelação de Aquário em nível emocional e mental. O movimento hippie dos anos 1960 é uma expressão desse fato. Vale citar o filme Hair com a famosa música “Aquarius” e a música de John Lennon “Imagine”. A colheita desse impulso será revelada depois de alguns séculos. Ela se manifestará como uma nova era cultural para toda a humanidade. Aquário é a última etapa no ciclo de um ano estelar, que dura cerca de 26.000 anos. Claro está que a aurora de um novo tempo já despontou. 


             A Era de Peixes desloca a ação do Oriente para a Europa. Nessa ordem de objetos o Cristianismo nasce junto com a Era de Peixes, e grande parte dos fatos estão relacionados com ele: desde a perseguição dos primeiros cristãos até o momento em que a Igreja Católica angaria um poder incalculável. Durante a Idade Média, a Igreja controla toda e qualquer forma de conhecimento, e seus preceitos exercem uma inflexível influência sobre as pessoas. É o auge da força da crença (Peixes), em que a ameaça não é tomar algo real da pessoa ou exercer outra forma de punição, e sim, condená-la a queimar eternamente no fogo do inferno, ativando a natureza impressionável inerente à Era de Peixes. Porém, são os interesses mundanos, como recipientes de Virgem, signo da Terra, de natureza material que movem a “venda de perdões”. Ou seja, as chamadas indulgências e outras benesses celestiais. Por outro lado, pensadores começam a imaginar um futuro realizado por uma racionalidade tão fria que poderia simbolizar a sombra de Aquário. Um mundo em que um sistema social fosse tão rigidamente organizado em prol do conjunto que “chips” fossem implantados no cérebro das pessoas, anulando suas vontades e criatividade as quais são simbolizadas pelo signo de Leão, oposto a Aquário.  
Um mundo com tanto poder de intervenção que praticamente poderíamos criar um ser humano ao nosso gosto com todos os perigos que isto embute. Um mundo em que a tecnologia (Aquário) fosse tão dominante que isto pudesse abrir espaço para terríveis formas de controle e centralização, com a sufocação da liberdade, uma das necessidades aquarianas mais fortes. Na realidade, em todas as Eras houve dificuldade em se equilibrar os dois signos envolvidos. A humanidade passou boa parte da Era de Peixes tendo sua capacidade de análise e discernimento bloqueada por crenças impostas de cima para baixo. Quando, a partir do século XIX, o espírito científico começou a se desenvolver, daí foi Virgem que assumiu a supremacia. Descartou-se tudo o que não se podia explicar e iniciou-se um período de excessiva racionalidade e fragmentação, que resultou no ressurgimento em massa de doenças emocionais decorrentes da falta de conexão afetiva maior: por que tantas pessoas se drogam e morrem no mundo de hoje? A Nova Era de Aquário e a sociedade estão estreitamente relacionadas. A Nova Era é a manifestação individual (o sonho) e coletiva (os mitos, os ritos, os simbolos) da sociedade atual, que, por sua vez, representa o contexto sem o qual a Nova Era não seria possível. 
A Nova Era é o resultado da sociedade contemporânea e como tal a interpreta. Mas não se pode dizer que a Nova Era seja a “alma” da sociedade atual, porque esta sociedade não tem unidade e, portanto, tem muitos princípios espirituais que a realizam e a tornam viva. A Nova Era é, talvez, o princípio espiritual mais significativo, mais representativo contemporâneo. Mas não o único sob a compreensão em torno do nome de Nova Era. Há muitas explicações, indagações e muitas maneiras de dizer, de concretizá-la que vem sendo incorporada aos movimentos espirituais, estéticos e científicos. Eles ressurgiram e realizaram de algum modo, através de um conjunto de práticas e saberes sociais e institucionalizaram. A Era de Aquário (Aquarius) representa uma era astrológica que deve iniciar-se por volta do século XXI e que sucederá a atual Era de Peixes. Essa era ocorrerá quando o Sol, no dia do equinócio de outono (hemisfério Sul) ou da primavera (hemisfério Norte), nascer à frente da Constelação de Aquário, sendo que atualmente o Sol nasce na Constelação de Peixes. Aproximadamente a cada 2150 anos o Sol, no dia do equinócio de outono (hemisfério Sul) ou da primavera (hemisfério Norte), nasce a frente de uma constelação astrológica, basta não confundir com a real posição das constelações, defasada pela precessão da Terra que é diferente.

Bibliografia geral consultada.

DONATO, Hernani, História do Calendário. 2ª edição. São Paulo: Editores Melhoramentos, 1978; TURNER, Victor, La Selva de los Símbolos. Madrid: Siglo Veintiuno Editores, 1980; SIMMONS, Jerry Laird, O Despertar da Nova Era. São Paulo: Editor Siciliano, 1992; SUNG, Jung Mo, Deus numa Economia sem Coração. Pobreza e Neoliberalismo: Um Desafio à Evangelização. São Paulo: Editor Paulus, 1992; BERGERON, Richard; BOUCHARD, Alain; PELLETIER, Pierre, A Nova Era em Questão. São Paulo: Editora Paulus, 1994; SANTOS, João Bosco Feitosa dos, O Avesso da Maldição do Gênesis: A Saga de Quem Não Tem Trabalho. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 1997; BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas, Modernidade, Pluralismo e Crise de Sentido: A Orientação do Homem Moderno. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes, 2004; RODRIGUES, Paulo Roberto Grangeiro, Astrologia e Personalidade: O Efeito do Conhecimento das Características do Signo Solar em Variáveis pelo 16 p. Tese de Doutorado. Instituto de Psicologia. Departamento de Psicologia Social e do Trabalho. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2004; AMARAL, Leila, Carnaval na Alma. Comunidade, Essência e Sincretismo na Nova Era. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes, 2000; BOFF, Leonardo, A Nova Era: A Consciência Planetária. Rio de Janeiro: Editora Record, 2007; TEIXEIRA, Wilson et al., Decifrando a Terra. 2ª edição. Rio de Janeiro: Companhia Editora Nacional, 2009; ELIADE, Mircea, História das Crenças e das Ideias Religiosas. Volume I. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 2010; FRÖHLICH, Julia; DÄSCHLE, Daniel; GEERTS, Andrés & JANNUSCH, Sofie Andrea, “La Participación de la Comunidad en las Radios Locales y Comunitárias: Un Estudio Exploratório en Africa, Asia, America Latina y el Pacifico”. In: Informe del Sondeo. Catholic Media Council, 2012; BORGES, Fabieane Morais, Na Busca da Cultura Espacial. Tese de Doutorado. Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clínica. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2013; SANTOS, Sandro Martins de Almeida, A Família Transnacional da Nova Era e a Globalização do (((Amor))) em Alto Paraíso de Goiás. Tese de Doutorado. Departamento de Antropologia. Brasília: Universidade de Brasília, 2013; HALL, Stuart, A Identidade Cultural na Pós-modernidade. 12ª edição. Rio de Janeiro: Editor Lamparina, 2015; entre outros.  

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