Ubiracy de Souza Braga*
“Não tenho medo de ser comparado com Matt Damon”. Jeremy Renner
O conceito sociológico de nomeado neutralidade axiológica é ambíguo. A palavra alemã correspondente, Wertfreiheit, significa, literalmente, “liberdade em relação aos valores”. O tradutor francês dos Essais sur la Théorie de la Science, de Max Weber (1965), e grande especialista deste autor, Julien Freund, optou corretamente pela expressão “neutralidade axiológica”. Com o princípio da “neutralidade axiológica”, Max Weber quis demonstrar, por um lado, que a ciência não podia excluir a intervenção dos valores nos seus procedimentos, e, por outro, que estes deviam ficar circunscritos pela utilização exclusiva que ela faz deles e pelo controle exclusivo que o cientista exerce sobre eles, em suma, que ela se devia proteger da intrusão ilegítima de valores, no âmbito da ciência, que implicariam avaliações práticas de ordem política ou moral. No filme a cientista dá conta do recado em cenas aparentemente inexequíveis, mas que fazem parte da mise-en-scène: portando armas, correndo e na garupa de motocicleta. Essa, por sinal, é exagerada, mas não pode ser reduzida sem prejuízo para o longa-metragem, na medida certa, que passa a ganhar ritmo. Outro momento curioso é o que envolve um lobo. Embora tenha rimado aqui no argumento, não desafina na telona.
A neutralidade axiológica significa que o fundamento da ciência não reside numa objetividade pura de ordem ideal, mas que depende sempre das escolhas valorativas do cientista. O apelo aos valores integra plenamente todo o procedimento científico, tendo em vista que a criação de conceitos ou de tipos ideais, assim como o estabelecimento de relações causais, depende de opções subjetivas últimas que refletem as crenças, as convicções ou as ideologias de cada cientista. Os conceitos nunca gozam de uma imparcialidade intrínseca e nunca são neutros no sentido de exprimirem uma relação objetiva válida para todos os lugares e em todos os tempos, mas representam simples pontos de vista cientificamente informados. Estas construções não são, no entanto, arbitrárias e não constituem, de forma nenhuma, a finalidade da ciência. No domínio da economia política, Marx metodologicamente inferia que a livre investigação científica não só se defronta com o mesmo inimigo presente em todos os outros domínios, mas também a natureza peculiar do material com que ela lida convoca ao campo de batalha as paixões mais violentas, mesquinhas e execráveis do coração humano, as fúrias do interesse privado. – Segui il tuo corso, e lascia dir le genti! A inevitável subjetividade que encontramos no princípio de qualquer ciência fica superada se reconhecermos a pluralidade de valores e de centros de interesse que presidem a cada um deles, se aceitarmos a legitimidade dos outros pontos de vista e se, no decurso do nosso estudo, nos mantivermos sempre fiéis aos nossos pressupostos de partida.
Jeremy
Lee Renner é um ator, produtor cinematográfico, maquiador e músico
estadunidense, famoso por sua atuação em filmes como Hurt Locker, Dahmer,
Mission: Impossible – Ghost Protocol, The Bourne Legacy, The
Town e American Hustle. Renner também é reconhecido por interpretar o
personagem da Marvel Clint Barton, o herói reconhecido com Gavião
Arqueiro nos filmes Thor, The Avengers, Avengers: Age of Ultron, Avengers:
Endgame e Hawkeye, todos do Universo Cinematográfico da Marvel.
Renner também já foi duas vezes indicado ao Óscar, pelas atuações em The
Hurt Locker e The Town. Renner nasceu em Modesto, Califórnia, filho
de Valerie Cearley (Tague) e Lee Renner, que gerenciou McHenry Bowl, um boliche
de Modesto, na década de 1980. Seus pais casaram-se quando adolescentes e se
divorciaram quando ele tinha dez anos. Ele é o mais velho de sete irmãos, sendo
duas irmãs e quatro irmãos. Sua ascendência inclui alemão, inglês, escocês,
sueco, irlandês e panamenho. Formou-se na Escola Secundária Fred C. Beyer em
Modesto em 1989. Ele participou do Modesto Junior College, onde estudou ciências
da computação e criminologia, antes de tomar uma aula de teatro como eletivo e
decidiu buscar a atuação. A estreia no cinema de Renner ocorreu em 1995, quando
ele interpretou um estudante de baixo desempenho na comédia Heróis por Acaso.
Embora o filme tenha sido criticado, ele passou a ser ator convidado em dois
programas de TV, Deadly Games (1995) e Strange Luck (1996) e teve
um papel menor no filme de televisão Juventude Roubada (1996) como amigo
do personagem de Brian Austin Green. Nos anos seguintes, Renner teve papéis de
convidado em Zoe, Duncan, Jack e Jane (1999), The Net (1999), The
Time of Your Life (1999) e Angel (2000). Renner também teve um
pequeno papel em um episódio de CSI: Investigação Criminal em 2001. Entre os
papéis de atuação também trabalhou como maquiador como uma renda extra.
Rachel
Hannah Weisz é uma atriz e modelo britânica. Weisz começou sua carreira no
Trinity Hall, Cambridge no início de 1990, em seguida, começou a trabalhar na
televisão, aparecendo em Inspector Morse, a minissérie britânica Scarlet
and Black, e o filme para televisão Advocates II. Ela fez sua estreia no
cinema no filme Death Machine (1994), mas seu primeiro papel de destaque
foi no filme Chain Reaction (1996), levando a um papel de alto perfil
como Evelyn Carnahan-O`Connell nos filmes de The Mummy (1999) e The
Mummy Returns (2001). Outros filmes notáveis apresentando Weisz foram Enemy
at the Gates, About a Boy, Constantine, The Fountain e
The Constant Gardener, pelo qual recebeu um Oscar, um Globo de Ouro e um
prêmio do Screen Actors Guild por seu papel coadjuvante como Tessa
Quayle. Ela tem sido rotulada como uma “rosa Inglesa”, desde que seu papel
menor em Stealing Beauty (1996). Weisz também trabalha no teatro. Sua
fase de descoberta foi na peça teatral Design for Living de Noël Coward,
de 1994, o que lhe valeu o London Critics Circle Award para a estreante
mais promissora. Performances de Weisz incluem Donmar Warehouse
de Tennessee Williams Suddenly, Last Summer, de 1999, e seu renascimento
A Streetcar Named Desire, de 2009.
Sua
interpretação de Blanche DuBois na última peça ganhou um Critics` Circle
Theatre Award de Melhor Atriz. Ela atuou Evanora em Oz: The Great and
Powerful. Seu papel de estreia no teatro foi o de Gilda na peça Design
for Living do diretor Sean Mathias, em 1995, no teatro de Gielgud. Tendo já
trabalhado para televisão, na sua maioria em séries britânicas como Inspector
Morse (1993), Rachel fez a sua introdução no cinema com o filme, de 1995, Chain
Reaction e depois no filme de Bernardo Bertolucci, Stealing Beauty.
Continuou pelo cinema com Swept from the Sea, The Land Girls, e
com o filme de Michael Winterbottom, I Want You. Desde então entrou em
numerosos filmes como The Mummy (1999), Enemy at the Gates
(2001), About a Boy (filme) (2002), Runaway Jury (2003) e Constantine
(2005). Em relação ao teatro, Rachel teve papéis como o de Catherine na
produção londrina de Tennessee Williams` Suddenly Last Summer, de Evelyn
na peça de Neil LaBute, The Shape of Things no Teatro Almeida e de
Blanche DuBois na peça A Streetcar Named Desire também de Tennessee
Williams. Em
2005, Rachel Weisz atua no filme The Constant Gardener “O Jardineiro Fiel”, uma
adaptação do thriller de John le Carré homônimo cuja ação se passa no
Kenya. Por causa deste papel, Rachel ganhou o Óscar em 2006 para Melhor Atriz
num papel secundário, o Golden Globe para melhor atriz coadjuvante e o Screen
Actors Guild para desempenho extraordinário de uma atriz num papel
secundário. No seu país, foi galardoada com uma nomeação para Atriz Principal
nos BAFTA e com um London Critics Circle Film Award e um British
Independent Film Awards. Em 2006, Rachel Weisz entra no filme The
Fountain, escrito e realizado por Darren Aronofsky. No mesmo ano, ela
também emprestou sua voz a dragão Saphira, da saga Eragon. Foi
garota-propaganda da marca de sabonetes Lux, da companhia aérea British Airways
e da famosa marca de cosméticos L`Oréal Paris.
Jason
Bourne é um filme norte-americano de ação e espionagem, dirigido por Paul Greengrass,
que também colaborou no roteiro, ao lado de Matt Damon e Christopher Rouse. É o
quinto filme da série de filme “Bourne” e sequência do filme de 2007, O
Ultimato Bourne. O retorno de Jason Bourne aos cinemas em 2017, no filme que anteriormente
levava seu nome, não deu tão certo nas bilheterias quanto o estúdio esperava: foram
US$400 milhões ao redor do mundo. Talvez as conversas em torno da sobrevida da
franquia girem mais em torno de uma possível continuação do filme: O Legado
Bourne (2012) que trazia Jeremy Renner como protagonista e uma espécie de
derivado da franquia. O ator, por sua vez, está disposto a retornar ao papel: -
“A vontade da minha parte existe. Eu adoraria fazer esse papel de novo. O
ambiente em torno das filmagens de O Legado Bourne foi tão bom, porque era
como se estivéssemos filmando um longa-metragem indie, esse era o espírito e essas eram a prioridades”, disse ao
Collider. - “Se houver um estúdio que topa bancar essa empreitada, e um público
para assisti-la, eu com certeza voltaria. É um personagem complexo”. Após
Jason Bourne revelar publicamente o projeto Treadstone,
Eric Byer (Edward Norton) é encarregado de apagar os rastros que possam
incriminar o governo dos Estados Unidos neste e em outros projetos sigilosos.
As
indústrias químicas envolvem o processamento ou alteração de matérias-primas
obtidas por mineração e agricultura, entre outras fontes de abastecimento,
formando materiais e substâncias com utilidade imediata ou que são necessários
para outras indústrias. Um deles, no caso da representação fílmica chama-se Outcome, “um projeto que pretende
suprimir a dor e aumentar a sensibilidade, inteligência e força de seus agentes
através de remédios tomados periodicamente”. Em seu primeiro papel como protagonista desde “Guerra
ao Terror”, pelo qual foi indicado ao prêmio Oscar, Renner interpreta Aaron
Cross, um dos integrantes da Operação
Outcome, experimento para criar “supersoldados” na mesma linha de projeção
de Jason Bourne. Por meio do uso constante de medicamentos, os agentes têm
força e inteligência ampliadas para encarar missões extraordinárias mundo afora
– como gente infiltrada na Coreia de Norte e no programa nuclear iraniano. Com
o fim do projeto em torno da indústria farmacêutica Outcome, seus agentes passam a ser eliminados no que se chama em
sociologia “crime letal de Estado”. Aaron Cross (Jeremy Renner) é um agente que
consegue escapar sem que Byer perceba. Em busca de respostas, ele vai à casa da
doutora Martha Shearing (Rachel Weisz) e a salva da morte. Juntos, eles precisam
encontrar a sobrevivência ao mesmo tempo em que Aaron, sem seus remédios
habituais, começa a sentir os efeitos colaterais da abstinência forçada.
Será a evocação de Farmacéia (Farmácia), no início do Fedro, escrito por
Platão, formulando um diálogo entre o protagonista principal de Platão,
Sócrates, e Fedro, um interlocutor em diversos diálogos no mesmo período que A República e O Banquete são casuais? “Farmacéia”
(“pharmákeia”) pode ser a representação de um nome comum para designar “a
administração do phármakon, da droga:
do remédio e/ou veneno”. Esse phármakon,
essa “medicina”, esse filtro, ao mesmo tempo remédio e veneno, já se introduz
no corpo do discurso com toda sua ambivalência. O phármakon faz sair dos rumos e das leis gerais, naturais ou
habituais. As folhas da escritura agem como um phármakon que expulsa ou atrai para fora da cidade àquele que dela
nunca quis sair, mesmo no último momento, para escapar da cicuta. Elas o fazem
sair de si e o conduzem por um caminho que é propriamente de êxodo. Quando
Sócrates se deitou e Fedro tomou a posição mais cômoda para manejar o texto ou,
o phármakon, que tem início a
conversação: falas envolvidas, enroladas, reservadas, mas apenas as letras
ocultadas poderiam fazer Sócrates caminhar dessa forma, no limite da
interpretação se um lógos não diferido fosse possível, ele não seduziria, ele
não arrastaria Sócrates como se estivesse sob o efeito específico de um phármakon, fora de seu rumo.
Antes
mesmo que a apresentação declarada da escritura como um phármakon intervenha no centro do mito de Theuth. Ocorre que os phármaka estão entre as coisas que podem
ser ao mesmo tempo boas e penosas, o phármakon
é colhido sempre na mistura. Esta dolorosa fruição, ligada tanto à doença
quanto ao apaziguamento, é um phármakon
em si. Ela participa ao mesmo tempo do bem e do mal, do agradável e do desagradável,
ou, antes, é no seu elemento que se desenham essas oposições. A tradução corrente
de phármakon por remédio – “droga
benéfica” - não é de certa forma inexata. Essa medicina é benéfica, ela produz
e repara, acumula e remedia, aumenta o saber e reduz o esquecimento no mundo
das coisas. Theuth, por astúcia ou ingenuidade, exibiu o reverso verdadeiro
efeito da escritura: para fazer valer sua invenção, Theuth teria, assim,
desnaturado phármakon, quer dizer dito
o contrário daquilo que a escritura é capaz. A tradução por remédio acusa a
ingenuidade ou a artimanha de Theuth. - “Do ponto de vista do sol”, Theuth
jogou, sem dúvida, com a palavra, interrompendo a comunicação [social] entre os
dois valores opostos: Theuth, o inventor do phármakon,
pronunciava em pessoa um longo discurso e apresentava suas letras à aprovação
do rei.
Para que a escritura produza o efeito
‘inverso’ daquele que se poderia esperar, ora, essa ambiguidade, Platão, pela
boca do rei, quer dominar sua definição na oposição simples e nítida: do bem e
do mal, do dentro e do fora, do verdadeiro e do falso, da essência e da
aparência. É em aparência que a escritura é benéfica para a memória, mas, na
verdade, a escritura é essencialmente nociva: o phármakon produz o jogo da
aparência a favor do qual ele se faz passar pela verdade – o caso da escritura
é grave. Se a escritura produz, segundo o rei e sob o sol, o efeito inverso
daquele que lhe atribuímos, se o phármakon é nefasto, é que ele não é daqui:
ele é exterior ou estrangeiro ao ser vivo que é o aqui-mesmo de dentro, que ele
pretende socorrer ou suprir. A escritura anunciada por Theuth como um remédio,
como uma droga benéfica, é em seguida devolvida e denunciada pelo rei, depois,
no lugar do rei, por Sócrates, como substância maléfica e filtro do
esquecimento. A escritura é dada como suplente sensível, visível, espacial da
mnéme; ela se verifica em seguida nociva e entorpecente para o dentro invisível
da alma, da memória e da verdade. Inversamente, a cicuta é dada como um veneno
nocivo e entorpecente para o corpo, mas se verifica benéfica para a alma, que
libera do corpo e desperta para a verdade do eidos. A cicuta, essa poção que nunca teve outro nome no Fédon
senão o de phármakon apresentada a Sócrates como um veneno, ela se transforma,
pelo efeito do lógos socrático, em meio de libertação, possibilidade de
salvação e virtude catártica.
A cicuta tem um efeito ontológico – iniciar à contemplação do eidos e à imortalidade da alma: Sócrates a toma como tal. Nos últimos anos, a indústria química mundial vem passando por diversas transformações, motivadas principalmente pelo processo de globalização, concentração, a especialização e a descentralização geográfica. A globalização é condicionada pela revolução nas comunicações e da abertura de mercados. Como consequência, a indústria padronizou seus produtos fazendo com que não ocorra uma relação direta entre o cliente e o fornecedor. A concentração refere-se ao processo de criação de empresas de grande porte, já a especialização são indústrias de grande porte que resolvem se especializar em algum setor, como na produção de resinas plásticas. A descentralização geográfica refere-se às transformações de espaço e lugar. É um fenômeno que não é novo para a indústria, como exemplo, temos a produção de derivados de gás natural. Atualmente, sua produção é realizada em países em que este insumo é excedente e, portanto, de baixo custo, anteriormente ele era deslocado para beneficiamento em outras indústrias.
A cicuta tem um efeito ontológico – iniciar à contemplação do eidos e à imortalidade da alma: Sócrates a toma como tal. Nos últimos anos, a indústria química mundial vem passando por diversas transformações, motivadas principalmente pelo processo de globalização, concentração, a especialização e a descentralização geográfica. A globalização é condicionada pela revolução nas comunicações e da abertura de mercados. Como consequência, a indústria padronizou seus produtos fazendo com que não ocorra uma relação direta entre o cliente e o fornecedor. A concentração refere-se ao processo de criação de empresas de grande porte, já a especialização são indústrias de grande porte que resolvem se especializar em algum setor, como na produção de resinas plásticas. A descentralização geográfica refere-se às transformações de espaço e lugar. É um fenômeno que não é novo para a indústria, como exemplo, temos a produção de derivados de gás natural. Atualmente, sua produção é realizada em países em que este insumo é excedente e, portanto, de baixo custo, anteriormente ele era deslocado para beneficiamento em outras indústrias.
A
indústria química abrange a produção de petroquímicos, agroquímicos, produtos farmacêuticos,
tintas, polímeros dentre outros. Para ser caracterizado como um produto de
origem da indústria química o mesmo deve passar por processos químicos (reações
químicas) que formam novas substâncias com características físico-químicas diferentes
das substâncias iniciais. O processamento de matérias-primas também está
incluso neste segmento da indústria. É importante lembrar que as indústrias de
processamento de alimentos não são, em geral, incluídas no termo “indústria
química”. O surgimento da indústria química se dá pela necessidade de
complementação das atividades básicas ligadas à preservação e melhoria das condições
da vida humana. Como a química é uma ciência extremamente experimental, demorou
certo tempo para dispor de recursos teóricos que permitissem realizar as
previsões dos resultados e as condições necessárias para que as reações
ocorressem como feedback. A partir
daí a indústria química teve como iniciar suas atividades. O histórico da
indústria química mundial corresponde à análise das vantagens, do sistema financeiro
e da política de patentes e incentivos governamentais, além é claro, dos
avanços tecnológicos.
A
indústria farmacêutica tem atividade a produção de medicamentos,
utilizados pela sociedade no tratamento de doenças ou outras indicações
médicas. A produção de medicamentos envolve em seu processo de trabalho quatro
estágios principais: pesquisa e desenvolvimento de novos fármacos; produção
industrial de fármacos; formulação e processamento final de medicamentos; e
finalmente, comercialização e distribuição por intermédio de farmácias e outros
varejistas, e das unidades prestadoras de serviços de saúde. É um segmento da
indústria química, concentrado em grandes empresas transnacionais que ocupam
posições de lideranças globais. É fortemente caracterizada pela necessidade
contínua de pesquisas de novos insumos e introdução de inovações em suas linhas
de produtos como forma de diminuição de custos e/ou acesso a produtos com
significativo diferencial competitivo, representando um dos setores industriais
mais fortemente vinculados a atividades acadêmicas de pesquisa. A indústria
farmacêutica pode ser analisada do ponto de vista político como um “oligopólio
diferenciado baseado nas ciências”. No
caso da indústria farmacêutica, inovar significa disponibilizar comercialmente
para o consumo humano um novo medicamento para o tratamento de doenças que
ocorrem numa velocidade maior do que o tempo socialmente necessário para o
desenvolvimento de pesquisas.
O
aprimoramento genético tem a função de adequar determinado alimento às
necessidades do homem moderno, facilitando a sua produção, possibilitando maior
número de safras anuais, tornando-o mais resistente às pragas, enriquecendo-o no
aspecto nutricional, etc. É o que acontece com o milho híbrido, o trigo e a
soja entre outros. Sobre os alimentos geneticamente modificados, os
transgênicos, há uma grande polêmica; pois de um lado encontram-se os
cientistas, alterando um determinado alimento a fim de adequá-lo às
necessidades socioeconômicas, enquanto do outro estão os ambientalistas, que
acreditam que este produto não deve ser consumido, pois não se sabe ao certo o
que pode ocasionar em nossa saúde, em longo prazo. Descobrir um novo princípio
ativo, ou uma nova molécula, é uma invenção de uma nova entidade química, mas
somente será uma inovação quando tiver sua eficácia simbólica comprovada no
combate a uma doença, testada no mercado pelo binômio: produção-consumo e seu
consumo forem viabilizados através de um novo medicamento colocado no mercado.
A
história de Jason Bourne era a de um homem em busca do seu passado. Ao final do
terceiro filme ele descobre mais do que gostaria e encerra seu ciclo. O que
acompanhamos agora é Aaron Cross, interpretado por Jeremy Renner. Aaron não tem
amnésia nem está com peso na consciência ou coisa do gênero, a busca dele é
para conseguir drogas como sobrevivência de sua alteração psicofísica. Portanto,
é uma droga muito melhor que faz com que ele mergulhe nu em lagos congelados no
Alaska, atravesse montanhas sem qualquer equipamento e até lute contra uma
matilha de lobos durante a noite. Assim como Bourne, Cross é um agente do tal
programa da CIA que recruta combatentes. Só que descobrimos agora que o
treinamento é muito mais que especial, pois ele envolve também alteração do
genoma humano fazendo com que desenvolvam grande agilidade física e uma
inteligência acima do normal. O filme gasta uma grande parte do tempo em uma
sala de comando e operações da Inteligência, mais especificamente: uma sala de
comando do tal do Programa com uma grande tela, muitos computadores e
equipamentos de comunicação que fazem com que tenham acesso a qualquer câmera
de vigilância de qualquer parte do mundo. É nessa sala que vemos os mentores
intelectuais do projeto, que incluem veteranos interpretados por Scott Glenn e
Albert Finney e que neste filme está sendo chefiado por Edward Norton.
É
nessa sala ainda que eles decidam terminar o programa dando uma pílula amarela letal
para os participantes que faz com que todos caiam mortos. Por sorte, Cross não
toma a pílula. A estratégia para eliminá-lo é um míssil que ele consegue
ludibriar e, depois de lutar com mais lobos, chega até a cientista Marta Shearing,
que faz parte da pesquisa de alteração do genoma. Eles unem forças para ir até
Manila, onde os remédios são produzidos. Robert Ludlum dedicou boa parte de sua
vida ao teatro, como ator e produtor, estreando tardiamente na literatura de
ficção, em 1971, com A herança Scarlatti, que fez do escritor um best-seller. Daí em diante, Ludlum
passou a se dedicar integralmente à literatura. O escritor morreu em março de
2001 deixando, além da rica herança de sucessos literários, um importante
legado no teatro norte-americano.
Robert
Ludlum foi um escritor norte-americano, autor de 27 novelas de suspense e
romances de espionagem. Seus livros foram publicados em 50 países e traduzidos
para 32 idiomas dando origem a magnífica trilogia cinematográfica de Jason
Bourne, um ex-agente da CIA alvejado em uma de suas missões e teve como
consequência a perda da memória transitória. Os filmes são respectivamente: A
Identidade Bourne (2002), A Supremacia Bourne (2004) e O Ultimato Bourne
(2007). Se existe um fator preocupante em sequências cinematográficas, o
principal deles é realizar a conexão de sentido, no sentido que o sociólogo Max Weber emprega, correspondente ao sucesso dos
filmes anteriores. E uma das razões pode ser a presença de Tony Gilroy,
roteirista dos quatro longas-metragens e, agora, também diretor. Mesmo que não
seja um “exímio piloto”, Gilroy consegue tocar a produção inspirada na obra de
Robert Ludlum, e que traz todos os componentes que conquistaram fãs mundo
afora, como operações secretas governamentais e trama com reviravoltas.
Se
antes se falava em Treadstone e Blackbriar, a nova operação chama-se Outcome
e nela, o agente Aaron Cross (Jeremy Renner) teve sua genética modificada sem
saber e dar consentimento. Movido por um grande temor conspiratório, que pode
colocar tudo a perder, Eric Byer (Edward Norton) é o chefão da vez e para
acabar com a infecção em seus pacientes, precisa eliminá-los. Aaron Cross é um
dos alvos. Repleto de sequências espetaculares de tirar o fôlego, com tiros e
pancadaria, esse road-movie inspirado
no livro: On The Road, de Jack Kerouac, está para literatura “road”, para o
movimento beat e para a contracultura
norte-americana. Portanto, investe na ação, passa por países, tem imagens
impressionantes e repete a bem-vinda fórmula de acrescentar o feminino ágil, inteligente à trama:
Rachel Weisz vive o drama axiológico da cientista farmacêutica vis-à-vis a globalização da genética.
A classificação da indústria química e de seus segmentos já foi motivo de muitas divergências, o que dificultava a comparação e análise dos dados estatísticos referentes ao setor. Em algumas ocasiões, indústrias independentes, como a do refino do petróleo, por exemplo, eram confundidas com a indústria química propriamente dita. Em outras, segmentos tipicamente químicos, como os de resinas termoplásticas e de borracha sintética, não eram incluídos nas análises setoriais. Com o objetivo de eliminar essas divergências, a Organização das Nações Unidas (ONU), há alguns anos, aprovou nova classificação internacional para a indústria química, incluindo-a na Revisão n° 3 da ISIC - International Standard Industry Classification e recentemente na Revisão nº 4. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística com o apoio da Abiquim, definiu, com base nos critérios aprovados pela ONU, uma nova Classificação Nacional de Atividades Econômicas e promoveu o enquadramento de todos os produtos químicos nessa classificação.
A inovação na indústria farmacêutica se expressa através de diversas atividades. Exige um conjunto de práticas e saberes sociais, inevitavelmente complexo e contraditório de atividades que são desenvolvidas simultaneamente em Laboratórios globais e interagem culturalmente entre si. A inovação não é um processo linear, sequencial, embora pressuponha certo ordenamento político-ideológico de controle industrialista. É um processo de trabalho sistêmico, exigindo a concorrência de várias ações multidisciplinares e específicas, para cada componente, tais como competências dos meios de trabalho, organizacionais produtivas e relacionais. A inovação mais importante no setor farmacêutico ocorre no desenvolvimento do produto (mercadoria), para o qual há uma busca permanente por sua eficácia simbólica, comercialização, segurança de uso e redução dos efeitos colaterais. Esse processo sobrevém pela mudança das características do fármaco, para torná-lo mais eficaz e para que provoque menos efeitos adversos ou colaterais; e por mudanças na composição dos outros componentes da formulação, para potencializar a ação do fármaco, tais como alterar a velocidade de sua liberação no organismo. Em termos correntes, a palavra fármaco designa todas as substâncias utilizadas em Farmácia e com ação farmacológica, ou, pelo menos, de interesse médico. Por convenção, substâncias inertes não são considerados fármacos. Esta definição do fármaco designa qualquer composto químico que seja utilizada com fim medicinal, o que torna a sua distinção de medicamento bastante sutil.
A classificação da indústria química e de seus segmentos já foi motivo de muitas divergências, o que dificultava a comparação e análise dos dados estatísticos referentes ao setor. Em algumas ocasiões, indústrias independentes, como a do refino do petróleo, por exemplo, eram confundidas com a indústria química propriamente dita. Em outras, segmentos tipicamente químicos, como os de resinas termoplásticas e de borracha sintética, não eram incluídos nas análises setoriais. Com o objetivo de eliminar essas divergências, a Organização das Nações Unidas (ONU), há alguns anos, aprovou nova classificação internacional para a indústria química, incluindo-a na Revisão n° 3 da ISIC - International Standard Industry Classification e recentemente na Revisão nº 4. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística com o apoio da Abiquim, definiu, com base nos critérios aprovados pela ONU, uma nova Classificação Nacional de Atividades Econômicas e promoveu o enquadramento de todos os produtos químicos nessa classificação.
A inovação na indústria farmacêutica se expressa através de diversas atividades. Exige um conjunto de práticas e saberes sociais, inevitavelmente complexo e contraditório de atividades que são desenvolvidas simultaneamente em Laboratórios globais e interagem culturalmente entre si. A inovação não é um processo linear, sequencial, embora pressuponha certo ordenamento político-ideológico de controle industrialista. É um processo de trabalho sistêmico, exigindo a concorrência de várias ações multidisciplinares e específicas, para cada componente, tais como competências dos meios de trabalho, organizacionais produtivas e relacionais. A inovação mais importante no setor farmacêutico ocorre no desenvolvimento do produto (mercadoria), para o qual há uma busca permanente por sua eficácia simbólica, comercialização, segurança de uso e redução dos efeitos colaterais. Esse processo sobrevém pela mudança das características do fármaco, para torná-lo mais eficaz e para que provoque menos efeitos adversos ou colaterais; e por mudanças na composição dos outros componentes da formulação, para potencializar a ação do fármaco, tais como alterar a velocidade de sua liberação no organismo. Em termos correntes, a palavra fármaco designa todas as substâncias utilizadas em Farmácia e com ação farmacológica, ou, pelo menos, de interesse médico. Por convenção, substâncias inertes não são considerados fármacos. Esta definição do fármaco designa qualquer composto químico que seja utilizada com fim medicinal, o que torna a sua distinção de medicamento bastante sutil.
Bibliografia
geral consultada.
WEBER, Max, Essais sur la Theorie de la Science. Paris: Librarie Plon, 1965; FARRINGTON, Benjamin, Francis Bacon: Philosopher of Industrial Science. London: McMillan, 1973; LEWONTIN, Richard, The Doctrine of DNA: Biology as Ideology. London: Penguin Books, 1993; QUEIROZ, Sérgio
Robles Reis de, Os Determinantes da
Capacitação Tecnológica no Setor Químico-Farmacêutico Brasileiro. Tese de
Doutorado em Economia. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 1993; RICOEUR, Paul, La Mémoire, l`Histoire, l`Oubli. Paris: Éditions Du Seuil, 2000; LUDLUM, Robert, A Identidade Bourne. 1ª edição. São Paulo: Editora Rocco, 2000; ALMEIDA, Ana Luísa de Castro, A Influência da Identidade Projetada na Reputação Organizacional. Tese de Doutorado. Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração. Departamento de Ciências Administrativas. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2005; GOMES, Maria José Vasconcelos de Magalhães; REIS, Adriano Max Moreira, Ciências Farmacêuticas: Uma Abordagem em Farmácia Hospitalar. São Paulo: Editora Atheneu, 2006; CHRISTOFFOLI, Pedro Ivan, O Processo Produtivo Capitalista na Agricultura e a Introdução dos Organismos Geneticamente Modificados: O Caso da Cultura da Soja Roundup Ready (RR) no Brasil. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável. Brasília: Universidade de Brasília, 2009; BRANCO, Daniel Artur Emídio, A Relação entre Conhecimento e Ação Política em Francis Bacon. Dissertação de Mestrado. Programa de Pòs-Graduação em Filosofia. Instituto de Cultura e Arte. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2013; DEJOURS, Christophe, Le Choix - Souffrir au Travail n`est pas une Fatalité. Paris: Bayard Éditions, 2015; SAMPAIO, Clarissa Magalhães Rodrigues, Identidade na Vida Adulta: A Singularidade da Experiência. Tese de Doutorado em Psicologia. Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Clínica. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2016; SACRAMENTO, Carolina Queiroz, Estudo In Vitro e In Vivo da Ação de Novas Drogas sobre a Replicação do Vírus Influenza. Tese de Doutorado em Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Instituto Oswaldo Cruz. Fundação Oswaldo Cruz, 2017; RANIERI, Leandro Penna, Concepções de Corpo na Assíria do Primeiro Milênio AEC: Entre Materialidade e Textualidade. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em História Social. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2018; entre outros.
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