Ubiracy de Souza Braga
Dos chineses aos gregos, dos
egípcios aos indianos, quase todas as civilizações antigas já praticavam algum
tipo de arte circense há pelo menos mil anos, todavia, o circo como se conhece
hoje só começou a tomar forma durante o Império Romano. Um circo
é comumente uma companhia de trabalho coletivo que reúne artistas de diferentes
especialidades tais como: malabarismo,
palhaço, acrobacia, monociclo, contorcionismo, equilibrismo, ilusionismo, entre
outros aspectos. A palavra também descreve o tipo de representação realizada
por artistas, normalmente uma série de atos coreografados à músicas. Um circo é
organizado em uma arena circular, com assentos em seu entorno, enquanto circos
itinerantes costumam se apresentar sob uma grande tenda ou lona. O circo romano
representava uma das instalações lúdicas mais importantes das cidades da Roma
Antiga. Junto com o teatro e o anfiteatro forma a trilogia de instalações de
cultura e divertimentos de seu tempo, espaço e lugar. Era um recinto alargado, e a maior das
instalações destinadas a divertir o povo, com remates circulares nos extremos.
A
arena, muito alongada, era dividida em dois pela spina formando duas ruas por onde corriam as quadrigas. Era destinada a corridas, espetáculos e representações
que comemoravam os acontecimentos do Império. Nos circos faziam-se batalhas,
corridas de cavalos e outras diversões. Nesta spina costumava haver colunas e estátuas bem como obeliscos
comemorativos. Os contadores de voltas costumavam ser ovos de pedra ou
estatuetas de delfins. O circo era inspirado nos hipódromos e estádios gregos
mas tinha medidas muito maiores que estes. Com a sua gradual expansão, o
Império Romano tornou-se um estado rico, cosmopolita, e sua capital, Roma,
tornou-se o centro de praticamente todos os acontecimentos sociais, políticos e
culturais na época de seu auge. Isso fez naturalmente com que a cidade se
expandisse, com gente vinda das mais diferentes regiões em busca de uma vida
melhor. Como acontece até hoje em qualquer parte do mundo, pessoas humildes e
de poucas condições financeiras iam se acotovelando nas periferias de Roma, em
habitações com conforto mínimo, espaço reduzido, de pouco ou nenhum saneamento
básico, e que eram exploradas em empregos subalternos de muito trabalho braçal
e pouco retorno financeiro como sobrevivência.
Há uma grande controvérsia sobre o
uso de animais em circos, há duas correntes de pensamento, com prós e contras o
uso de animais em shows. Segundo a corrente de pessoas que são contra o uso de
animais em circo, seu uso tem sido gradativamente abandonado, uma vez que tais
animais por vezes sofriam maus-tratos, tais como dentes precariamente serrados,
jaulas minúsculas, estresse etc. e, além disso, eram frequentemente
abandonados, já que a manutenção de grandes animais, como tigres e elefantes
demanda importância elevada dinheiro. Há ainda inúmeros casos em que acidentes,
principalmente envolvendo animais selvagens, nos quais pessoas saem feridas ou
até mesmo mortas. Por outro lado existem inúmeros circos que possuem
infraestrutura e recursos para manterem seus animais, com auxilio de biólogos e
veterinários contratados para garantir o bem-estar dos animais. Atualmente é
proibido o uso de animais, tendo em vista que não há uma legislação federal que
regule a matéria. Alguns empresários circenses, artistas, produtores culturais
e estudiosos lutam para que seja aprovada uma legislação federal que
regulamente o uso de animais em circos.
O verdadeiro processo de
individuação, isto é, a harmonização do consciente com o nosso próprio centro
interior - o núcleo psíquico - ou self,
em geral começa infligindo uma lesão à personalidade, acompanhada do consequente
sofrimento. Este choque inicial é uma espécie de apelo, apesar de nem sempre
ser reconhecido como tal. Ao contrário, o ego sente-se tolhido nas suas
vontades ou desejos e geralmente projeta esta frustração sobre qualquer objeto exterior.
Em algum lugar, lá no mais profundo de nós mesmos, em geral sabemos aonde ir e
o que fazer. Mas há ocasiões em que o palhaço age com o que analiticamente se chama
“eu”, de modo tão irrefletido que a voz interior não se consegue deixar ouvir. Assim,
o sonho mostra ao sonhador que ele na verdade, tem o amparo de uma organização;
está dentro de uma igreja - não uma igreja edificada no mundo exterior, mas uma
que existe dentro da sua própria alma. Os fiéis (todas as suas qualidades
psíquicas) querem que ele exerça as funções de padre e que celebre a missa. O
sonho não faz alusão à missa real, pois o seu missal é diferente do verdadeiro.
Parece que a ideia da missa foi usada como símbolo e, portanto, representa um
ato sacrificial em que está presente uma divindade com quem o homem se pode
comunicar. Todo processo de trabalho é um processo de comunicação, mas nem todo
processo de comunicação pode ser considerado um processo de trabalho a não ser
potencialmente.
No trabalho o jovem significa o self e o seu poder de renovação, um élan vital criador de orientação através da qual tudo se torna vida e de iniciativa. Um circo é uma companhia em coletivo onde se reúnem artistas de diferentes culturas e especialidades. O circo contemporâneo é realizado com artistas que, em sua grande maioria, não têm nenhum vínculo familiar com a empresa-circo. Seus pais e parentes, provavelmente, não compõem um circo-família e pouco conhecem a arte circense. Essa falta de vínculo direto com o circo pode fazer com que sua história se perca e deixe de ser conhecida e valorizada por tais artistas. Na maioria das vezes, as escolas de circo não se dedicam a estudar e difundir a história do circo entre seus alunos, dificultando o acesso a ela. No Canadá, em 1981, surge a primeira escola de circo, para atender a demanda dos artistas performáticos, que vinham tendo aulas com ginastas. Em 1982, surge em Québec o Club des Talons Hauts, grupo de artistas que se apresentavam em pernas de pau, com malabares e pirofagia. É esse grupo que em 1984 realiza o primeiro espetáculo do Cirque du Soleil. Deste então, o Cirque du Soleil cresceu de forma surpreendente, estando em cartaz programado em países no mundo globalizado, com espetáculos distintos e grande número artistas em seu elenco. Símbolo da musica: “Alegría” (Cirque du Soleil).
No trabalho o jovem significa o self e o seu poder de renovação, um élan vital criador de orientação através da qual tudo se torna vida e de iniciativa. Um circo é uma companhia em coletivo onde se reúnem artistas de diferentes culturas e especialidades. O circo contemporâneo é realizado com artistas que, em sua grande maioria, não têm nenhum vínculo familiar com a empresa-circo. Seus pais e parentes, provavelmente, não compõem um circo-família e pouco conhecem a arte circense. Essa falta de vínculo direto com o circo pode fazer com que sua história se perca e deixe de ser conhecida e valorizada por tais artistas. Na maioria das vezes, as escolas de circo não se dedicam a estudar e difundir a história do circo entre seus alunos, dificultando o acesso a ela. No Canadá, em 1981, surge a primeira escola de circo, para atender a demanda dos artistas performáticos, que vinham tendo aulas com ginastas. Em 1982, surge em Québec o Club des Talons Hauts, grupo de artistas que se apresentavam em pernas de pau, com malabares e pirofagia. É esse grupo que em 1984 realiza o primeiro espetáculo do Cirque du Soleil. Deste então, o Cirque du Soleil cresceu de forma surpreendente, estando em cartaz programado em países no mundo globalizado, com espetáculos distintos e grande número artistas em seu elenco. Símbolo da musica: “Alegría” (Cirque du Soleil).
- “Alegria
Come un lampo di vita. Alegria
Come un pazzo gridar. Allegria
Del delittuoso grido. Bella
ruggente pena, seren come
la rabbia di amar. Alegria
Come un assalto di gioia. Alegria I see a spark of life shining. Alegria I hear a young minstrel sing. Alegria Beautiful roaring scream. Of joy and sorrow, so extreme. There is a love in me raging. Alegria
A joyous, magical feeling. Alegria
Come un lampo di vita. Alegria
Come un pazzo gridar. Alegria
Del delittuoso grido. Bella
ruggente pena, seren come
la rabbia di amar. Alegria
Come un assalto di gioia. Del
delittuoso grido. Bella
ruggente pena, seren. Come
la rabbia di amar. Alegria
Come un assalto di gioia. Alegria
Como la luz de la vida. Alegria
Como un payaso que grita. Alegria
Del estupendo grito. De
la tristeza loca. Serena
Como la rabia de amar. Alegria
Como un asalto de felicidad. Del
estupendo grito. De
la tristeza loca. Serena
Como la rabia de amar. Alegria
Como un asalto de felicidad. There is a love in me raging. Alegria
A joyous, magical feeling”.
Objetivando
a carreira de artista performático, o
fundador do Cirque du Soleil, Guy Laliberté iniciou uma turnê pela Europa como
músico e “artista de rua”. Quando retornou ao Canadá, em 1967, aprendeu a arte
de cuspir fogo. Trabalhou três dias na construção de uma hidroelétrica, e
manteve-se com seu seguro desemprego. Ajudou a organizar, um bazar de verão com
seus amigos Daniel Gauthier e Gilles Ste-Croix que coordenavam um albergue de
artistas performáticos, denominado “Le Balcon Vert”. Em 1979, Ste-Croix decidiu
realizar uma turnê com seu grupo. Apesar do talento dos artistas, a trupe não
tinha fundos para concretizar o projeto de trabalho. O grupo decidiu “convencer”
o governo de Quebec a financiar o projeto, criando o “Les Échassiers de
Baie-Saint-Paul” que empregando diversos artistas performático na atividade
circense, o “Les Échassiers” acabou fazendo uma excursão por Quebec durante o verão
de 1980. De 1990 a 2000, o Cirque expandiu rapidamente, passando de show com
73 artistas em 1984, para mais de 3.500 empregados, em mais de 40 países, com
15 espetáculos apresentados simultaneamente e lucro anual obtido em
US$ 800 milhões.
Guy
Laliberté iniciou sua carreira de artista circense como engolidor de fogo,
homem da perna de pau e acordeonista. No começo dos anos 1980, fundou seu
primeiro circo junto com um grupo de amigos e em 1984 criou o Cirque du Soleil, baseado na sua
admiração por talentos de acrobatas e palhaços de rua do Canadá, sendo o primeiro
a fazer a mistura de diversas culturas, disciplinas artísticas e acrobáticas
num mesmo espetáculo. Desde a fundação, ele vem sendo o principal mentor da
equipe criativa de cada nova apresentação da trupe internacional. Em 30 de
setembro de 2009, após período de treinamento na Cidade das Estrelas, ele se
tornou o sétimo turista espacial da história, o primeiro canadense, ao ir ao
espaço como parte da tripulação da missão Soyuz TMA-16, para um período de dez
dias a bordo da ISS. Durante sua estadia em órbita, Guy dirigiu do espaço o
espetáculo chamado: “Da Terra às Estrelas pela Água”, do qual participaram
estrelas da música, do cinema e outras celebridades desde quatorze cidades nos
cinco continentes. É doutorado honoris-causa pela Universidade Laval de Quebec
e obteve a Ordre National du Québec,
a maior distinção do governo do Quebec.
A
nave russa Soyuz TMA-16, que leva a bordo o sétimo turista espacial da
história, o canadense Guy Laliberté, fundador do “Cirque du Soleil”, se acoplou
com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS), segundo informou o Centro
de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia. Além de Laliberté, na Soyuz
viajaram também o cosmonauta russo Maxim Suráyev e o astronauta norte-americano
Jeff Williams. Laliberté voltará à Terra em meados de outubro junto a Padalka e
Barratt a bordo da nave Soyuz TMA-14, agora acoplada à plataforma espacial. O
fundador do circo mais famoso do mundo pagou US$ 35 milhões para poder viajar à
plataforma espacial, não realizará experimentos científicos durante sua estada.
O produtor e artista circense aproveitou a aventura para promover comercialmente
sua faceta humanitária por meio da fundação “One Drop”, que tenta conscientizar
o mundo sobre o problema da escassez de água e sua relação direta com a pobreza
em nosso planeta. Laliberté dirigiu da ISS, no dia 9 de outubro, a 350 km da
Terra, o espetáculo poético-social intitulado “Da Terra às Estrelas pela Água”,
no qual participaram celebridades do meio artístico: música, cinema e outras formas de atividade criadora
em quatorze cidades continentais.
Apesar
de bem recebido pelo público em geral, “Les Échassiers” foi um fracasso
inicialmente. No outono de 1981, os fundadores da trupe conseguiram melhores
resultados, o que inspirou Laliberté e Ste-Croix a organizarem uma feira em
Baie-Saint-Paul. Esse festival, denominado “La Fête Foraine”, ofereceu oficinas
para ensinar a Arte circense ao público. De modo curioso, os próprios habitantes
barraram o festival. Contudo, em 1983, o governo de Quebec fez uma doação de
US$ 1,5 milhão para que o grupo organizasse uma produção no ano seguinte como
parte das comemorações do 450º aniversário de Quebec. Laliberté denominou a sua
criação de “Le Grand Tour du Cirque du Soleil”. O grupo apresentou-se em onze (11) cidades de
Quebec, durante treze semanas, na primeira apresentação com inúmeras
dificuldades. Utilizando uma tenda emprestada, Laliberté teve que lidar com a
insatisfação dos artistas europeus pela inexperiência do circo de Quebec. No
entanto, os problemas foram resolvidos e o “Le Grand Tour du Cirque du Soleil”
foi um sucesso. Com US$ 60.000 no banco, Laliberté pediu ajuda ao governo
canadense financiamento para um segundo ano de apresentação. Porém, o governo
da província de Quebec estava resistente. Com a intervenção do primeiro ministro de Quebec, René
Lévesque, o governo de Quebec cedeu ao pedido.
Neste
segundo ano de apresentação, Laliberté deu passos para renovar o Cirque. Para
tanto, ele contou com a ajuda coreográfica de Guy Caron, do National Circus School, como diretor
artístico do Cirque du Soleil. A coreografia serviria, portanto para descrever
a dança que será executada. Neste sentido as variações de uma coreografia
seriam as diferentes formas de interpretação para uma determinada coreografia
de acordo com a qualidade técnica e opção artística dos membros em sua
atividade. Ambos queriam uma música forte e emocionante do início ao fim do
espetáculo, além de contar com o método do Circo de Moscou de narrar uma
história durante as apresentações. A ausência do picadeiro e do uso dos animais
nas apresentações tem como objetivo, na concepção dos criadores, trazer o espectador
mais próximo da coreografia. Os espetáculos do Cirque têm como um dos grandes destaques a trilha sonora sempre
influenciada por ritmos musicais atuais. Dentre vários compositores que já
trabalharam no cirque, os mais requisitados são René Dupéré, Benoit Jutras e
Violaine Corrad.
Para
auxiliá-los na criação do próximo espetáculo, Laliberté e Caron contrataram
Franco Dragone, outro instrutor do National
Circus School, que estava trabalhando na Bélgica. Quando entrou na trupe,
no ano de 1985, Dragone trouxe um pouco da sua experiência com a comédia Dell`arte.
Daí em diante, Dragone dirigiu todos os espetáculos do Cirque, exceto o Dralion, dirigido por Guy Caron. Em
1986, a companhia passou por sérios problemas financeiros. Mas como em todo
processo e método de trabalho sua composição orgânica de materialização é
difícil, em Toronto, o grupo apresentou para apenas 25% da capacidade total de
espectadores depois de já não possuírem mais verbas para manterem-se
adequadamente os shows. Gilles Ste-Croix, vestido em uma fantasia de macaco,
caminhou pelas ruas de Toronto como forma de divulgar os trabalhos do circo. Diversos
fatores impediram a falência do circo naquele ano. O grupo Alphonse Desjardins, instituição financeira sem
fins lucrativos, ou espécie de Cooperativa de Crédito financiou o Cirque du
Soleil na ocasião, cobriu US$ 200.000 em cheques. O financista Daniel Lamarre,
que trabalhou para uma das maiores firmas de relação pública de Quebec,
representou a firma gratuitamente. O governo de Quebec garantiu à
Laliberté a quantia para se manter no ano seguinte.
Desjardins
é uma raiz muito especial para empreendedores das Américas no crédito
cooperativo. A grandeza de sua pessoa colocou-o na galeria dos artífices dos
créditos cooperativos mais habilidosos e devotados à causa dos menos
favorecidos. Foi inicialmente jornalista, o que lhe possibilitou bastante
penetração no processo de comunicação social nas comunidades. Era muito
religioso. Bem maduro na vida, e cidadão respeitado, exerceu funções na
Câmara dos Comuns. Foi muito estimado em razão de suas idéias cristãs e
reformadoras no âmbito do espírito do capitalismo. Angustiava-se diante da
ganância, da usura e da agiotagem correntes. No seu país e nos Estados Unidos da América os juros
eram excessivamente elevados, produto de um sistema financeiro elitista e
escravizante. Entristecia-o ver o êxodo de muitos patrícios para a Nova Inglaterra
em busca de trabalho, residência e sobrevivência. Juntamente com outras pessoas
de maior sensibilidade social, inclusive alguns deputados do povo, punham-se a
estudar meios de redenção da sociedade em crescente crise econômica. Era
preciso encontrar caminhos de educação e de poupança que protegessem os
trabalhadores, os agricultores, os pequenos empreendedores. O trabalho de
Desjardins foi se expandindo e obtendo cada vez mais o apoio e admiração de
trabalhadores, artesãos, agricultores, comerciantes, parlamentares, assim como da
elite política nacionalista e da elite protestante da Igreja.
Em
1906, com a aprovação e regulamentação de uma lei para os sindicatos e
associações, começaram a pontilhar mais unidades cooperativas. Em 1915, os
recursos das caixas somavam 215 mil dólares. Neste período 90% dos empréstimos
eram inferiores a 100 dólares cada. Predominavam os empréstimos de 1 a 50
dólares. A partir de 1930, já havia agroindústrias cooperativas de pequeno e
grande porte, e companhias de seguros como subproduto do desenvolvimento do cooperativismo.
A Grande Depressão (1929) arruinou muitas economias, os bancos foram quase a
zero. Mas as caixas populares sobreviveram e desenvolveram-se, por serem
unidades financeiras populares e simples, sendo-lhes também mais fácil a
prática da cooperação. Em 1945, ao final da II Guerra, já havia no Canadá 908
unidades. Desjardins escreveu muito sobre a caixa popular. Fez muitas
palestras. Ficou célebre o seu “Catecismo das Caixas Populares”. E não só a
gente simples, como gente importante e do clero aderiu à instituição caixa
popular. Os jovens estudantes também, alvo que foram de uma campanha especial
dirigida a eles. Assim nasceu o processo cooperativo de crédito mútuo para as
pessoas, os membros ajudando-se de forma solidária, mútua e organizadamente.
Franco
Dragone criou um ambiente de trabalho em que o artista mantivesse em seu
personagem durante toda a apresentação. Apesar de Dragone possuir total
controle sobre a criação, Laliberté supervisionou toda a produção. Inspirado na
obra “La Chasse au Météore”, de Júlio Verne (1828-1905), foi criado o conceito de que cada
artista representava parte das joias espalhadas ao redor da Terra. É neste
sentido programático e disciplinar que Nouvelle
Expérience tornou-se o espetáculo mais popular do Cirque du Soleil até
aquele momento e foi apresentado em 1987. A produção permaneceu por alguns
anos no The Mirage Resort and Hotel em
Las Vegas. No fim de 1990, o Cirque tornou-se novamente lucrativo e
encontrava-se preparado para iniciar uma nova fase de produção artística. A infraestrutura
que viaja com cada show pode facilmente ser chamada de “uma vila móvel”; pois inclui
a Grande Tenda (“Big Top”), a tenda de entrada, a tenda artística, além de
cozinha, escritórios, armazéns e muito mais. Totalmente autossuficiente em
energia elétrica, as instalações dependem localmente apenas do abastecimento de
água e de um sistema próprio de telecomunicações. As turnês da companhia tem
impacto financeiro significativo pelas cidades por onde passam do ponto de
vista do binômio “produção-consumo”, em Koozå, que durante sua turnê por Santa
Monica (Califórnia), trouxe uma renda estimada em torno de US$16.700,000 para a
cidade e empresas locais.
Embora
o Cirque du Soleil obtenha um
faturamento de milhões de dólares ao ano, os acidentes podem acontecer também
em seus picadeiros. No dia 17 de outubro de 2009, o acrobata Oleksandr Zhurov
sofreu um grave acidente durante um treino na cidade de Montreal. O ucraniano
caiu enquanto fazia o “balanço russo”. Zhurov foi levado para o hospital, mas
faleceu no dia seguinte devido às lesões no crânio e no cérebro. Esse foi o
pior acidente já ocorrido no Cirque du
Soleil, pois é, sem dúvida nenhuma, uma das companhias que mais se
preocupam e investem na segurança de suas atividades, entretanto um acidente
fatal como este só nos reafirma o fato de que os riscos podem, sim, ser muito
bem controlados, mas jamais extintos em sua totalidade (cf. Luhmann, 2007; 2008). Não queremos perder de vista que em 2009, Oleksandr
Zhurov, de 24 anos da Ucrânia, caiu de um balanço russo enquanto treinava na
sede do Cirque em Montreal. Oleksandr morreu por lesões na cabeça sofridas no
acidente. A primeira morte ocorrida durante uma apresentação ocorreu em 29 de
Junho de 2013. A acrobata Sara Guyard-Guillot, de Paris, morreu após cair de 27
metros de altura do espetáculo KÀ no MGM Grand em Las Vegas. Em 29 de
Novembro de 2016, um membro da equipe chamado Olivier Rochette foi atingido e
morto por um equipamento durante a montagem do palco para o espetáculo Luzia em
São Francisco, Rochette era filho de Gilles Ste-Croix, co-fundador do Cirque du
Soleil.
Bibliografia
geral consultada.
TAYLOR, Charles, As
Fontes do Self: A Construção da Identidade Contemporânea. São Paulo:
Edições Loyola, 1997; DUPRAT, Rodrigo
Mallet, Atividades Circenses: Possibilidades e Perspectivas para a Educação Física
Escolar. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação
Física. Faculdade de Educação Física. Campinas: Universidade Estadual de
Campinas, 2007; ANDRADE, José Carlos dos Santos, O Teatro no Circo Brasileiro: Estudo de Caso Circo-Teatro Pavilhão Arethuzza. Tese de Doutorado. Departamento de Artes Cênicas. Escola de Comunicações e Artes. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2010; FERREIRA,
Diego Leandro, Segurança no Circo:
Questão de Prioridade. Dissertação de Mestrado. Campinas: Faculdade de
Educação Física da Universidade Estadual de Campinas, 2012; DUPRAT, Rodrigo
Mallet, Realidades e Particularidades da Formação do Profissional Circense
no Brasil: Rumo a uma Formação Técnica e Superior. Tese de Doutorado. Faculdade
de Educação Física. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2014; OLIVEIRA, Josiane Silva de, A Política Emocional nas Práticas de Organização do Circo Contemporâneo: Uma Etnografia Multissituada no Contexto Brasil-Canadá. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Administração. Escola de Administração. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2014; VACCARI, Eduardo Ferreira Chaves, “Encenar Ensinando - Ensinar Ecenando: A Relação entre Encenação e Pedagogia a partir da Análise de Processos de Criação do Théâtre du Soleil”. Tese de Doutorado em Artes Cênicas. Centro de Letras e Artes. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2014; DEJOURS, Christophe, Le Choix - Souffrir au Travail n`est
pas une Fatalité. Paris: Bayard Éditions, 2015; KRONBAUER, Gláucia Andreza, O Processo de Criação da Escola Nacional de Circo no Brasil e a Continuidade dos Modos de Vida Dentro e Fora da Lona. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Educação. Ponta Grossa: Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2016; ONTAÑON BARRAGÁN, Teresa, Circo na Escola: Por uma Educação Corporal, Estética e Artística. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação Física. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2016; AGUIAR, Ana Rosa Camillo, So (bre) a Lona: O Circo como Patrimônio Material? Tese de Doutorado. Faculdade de Ciências Econômicas. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2018; entre outros.
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