“Às vezes a simplicidade e o silêncio dizem mais que a eloquência planejada”. William Shakespeare
Um trickster, embusteiro,
trapaceiro, pregador de peças; do inglês trick, derivado do francês
antigo triche = trapaça, engano é, na mitologia, e no estudo do folclore
e religião, um deus, deusa, espírito, homem, mulher, ou animal antropomórfico
que prega peças ou fora isso, “desobedece a regras normais e normas de
comportamento”. A figura do trapaceiro pode ser encontrada em diversas
culturas, como o “malandro” (cf. Cândido, 1970) brasileiro e o “guappo”
italiano. O trickster quebra as regras dos deuses ou da natureza, às
vezes mal-intencionado (por exemplo, Loki), mas, normalmente, ainda que
involuntariamente, em última análise, com efeitos positivos. Frequentemente, a
quebra das regras toma a forma de um “truque”, daí o termo, “trickster” que
pode ser um homem astuto ou tolo, ou ambos. Frequentemente são engraçados e
cômicos, mesmo quando considerados sagrados. Um exemplo é o Heyoka
sagrado, cujo papel e lançar truques e jogos e, por isso, aumenta a consciência
e atua como um equilibrador. Em muitas culturas, como podemos observar na
grega, na norueguesa ou em contos eslavos, o trickster e o herói
civilizador são frequentemente combinados. Como exemplo: Prometeu é um
herói cultural pois roubou o fogo dos deuses e entregou ao homem, dando origem
à civilização.
No entanto, não é a representação de um herói trickster ou trapaceiro típico. Em muitas das mitologias dos povos nativos norte-americanos, as Primeiras Nações, o Coiote no Sudoeste dos Estados Unidos ou Corvo no litoral Noroeste do pacífico, Columbia Britânica, Alasca e extremo oriente russo, roubou o fogo dos deuses, estrelas, Lua, e/ou Sol e são mais malandros (tricksters) do que heroicos. Isto é principalmente devido a outras histórias que envolvem esses espíritos: Prometeu era um Titã, enquanto o Coiote e Corvo são geralmente vistos como “palhaços e brincalhões”. Exemplos de malandros (tricksters) nas mitologias do mundo são dadas por Hansen (2011), que lista: Mercúrio na mitologia romana, Hermes na mitologia grega, Exu na Cosmovisão iorubá e Wakdjunga na mitologia Winnebago. Mircea Eliade (1907-1986) demonstra que o “malandro”, por sua característica de burlar os limites, é frequentemente andrógino: masculino e feminino ao mesmo tempo - o que não se equivale a homossexualidade, como o Shiva indiano. Frequentemente a figura do trickster pode mudar de gênero e de forma, alterando seu papel sexual. Nas mitologias dos Povos Nativos Americanos, ou Primeiras Nações, chega mesmo a engravidar, onde se diz ter uma dupla natureza espiritual.
Para Carl Jung, tal simbolismo se refere à harmonização psíquica de Animus e Anima (imagens internas da Psiquê para masculino e feminino), dinâmica importante no processo de individuação. Loki, o trickster nórdico, também troca de sexo. Curiosamente, ele compartilha a capacidade de alterar os sexos com Odin, o deus nórdico que preside ao panteão, que também possui muitas características tricksters (malandro). No caso da gravidez de Loki, ele foi obrigado pelos deuses a parir um gigante, ele resolveu o problema ao se transformar em uma égua e atrair o cavalo mágico do gigante para longe. Voltou algum tempo depois com uma criança que tinha dado à luz, o cavalo de oito patas Sleipnir, que serviu como montaria a Odin. Em algumas culturas, podemos encontrar os mitos da dualidade, como dois demiurgos que criam o mundo, ou dois heróis civilizadores - de modo complementar. Cosmologias dualistas estão presentes em todos os continentes habitados e demonstram uma grande diversidade: podem apresentar dois heróis culturais, mas também demiurgos, exemplificando um mito da criação dualista, neste último caso, ou outros seres, os dois heróis podem competir ou colaborar, podendo ser concebidos como neutros ou contrapostos como “bem contra o mal”, seja da mesma importância ou distinguidos “como poderoso versus fraco”; podem ser irmãos (mesmo gêmeos) ou não.
Entre os Romanos, o
exemplo é o mito de Castor e Pólux. Entre os Nagô-Iorubá, Exu é uma
figura tipicamente trickster. Sua mitologia está na raiz da figura do
malandro carioca, no Rio de Janeiro, com “sua navalha lenço de seda e seu terno
branco”. Exu é frequentemente considerado andrógino. A dualidade também se
apresenta como uma espécie e “ambiguidade” que lhe é característica. Em uma
narrativa, no qual é figurado como uma criança travessa, Exu veste um chapéu
metade azul e metade vermelho. Ao passar entre dois agricultores, um pergunta
ao outro: “você viu aquele menino de chapéu vermelho”, ao que o outro responde “não,
eu vi um menino de chapéu azul” - e ambos começam a brigar enquanto Exu se
diverte. Em outra narrativa, colhida pela tradição oral de Mestre Didi, Exu é
um homem que veste um traje dividido em vermelho e preto e passa por dois
amigos que nunca brigaram e pela divergência no que tinham visto acabam
brigando. Exu é o orixá mensageiro, ligando homens e deuses. É o transportador
do axé (energia) e mobilizador de tudo que existe. Enquanto movimento, é a
própria vida e a dinâmica do mundo, sobretudo relacionado ao imprevisto e ao
acidente; a ginga, o improviso e o drible, característicos de afro-brasileiras.
Na cultura de massa de origem norte-americana, são expressões do trickster:
o Pernalonga, o Pica Pau e O Máscara.
Now You See Me 2 (Truque de Mestre: O Segundo
Ato) tem como representação social um filme de suspense norte-americano,
com direção de Jonathan Murray Chu um cineasta, produtor e roteirista. Chu é reconhecido
como o diretor da comédia romântica Crazy Rich Asians e da fantasia
musical Wicked, sendo o primeiro um dos primeiros filmes de um grande
estúdio de Hollywood a apresentar um elenco majoritariamente de ascendência
asiática. O roteiro de Ed Solomon e Pete Chiarelli, e produção de Alex
Kurtzman, Roberto Orci e Bobby Cohen. É protagonizado pelo extraordinário
elenco formado por Mark Ruffalo, Woody Harrelson, Jesse Eisenberg, Dave Franco,
Morgan Freeman, Michael Caine, Daniel Radcliffe, Lizzy Caplan e Jay Chou. Um
filme thriller, também reconhecido como filme de “suspense” ou “thriller
de suspense”, é um gênero de filme abrangente que causa per se “agitação
e nervosismo no espectador”. Elementos aflitivos, como apreensão, angústia e
inquietação, assim como a preocupação com o bem-estar do personagem principal,
é particularmente explorado pelo cineasta neste gênero. A tensão é criada ao
atrasar o que os espetadores veem como inevitável e é construída através de
situações que são ameaçadoras ou cujo escape aparenta ser impossível. O lançamento do filme aconteceu no dia 10 de
junho de 2016. Apesar das inúteis críticas negativas, o filme, assim como seu
antecessor, foi um sucesso comercial, arrecadando mais de 330 milhões de
dólares, de encontro ao seu orçamento de 90 milhões de dólares
Escólio: Em agosto de 2013, segundo o ComingSoon. Now You See Me teria a volta do francês Louis Leterrier como diretor. Ao site, Leterrier diz que o DVD e blu-ray do longa-metragem (Now You See Me) terá uma cena pós-créditos que já estabelece um possível gancho para a sequência. Em junho de 2013, segundo o The Wrap, A continuação de Now You See Me poderia ter Jon M. Chu como diretor. Ele seria o favorito para assumir o posto deixado por Louis Leterrier. E o novo filme também deveria contará com grande parte do elenco original: Jesse Eisenberg, Dave Franco, Woody Harrelson, Isla Fisher, Mark Ruffalo e Daniel Radcliffe, além de novos rostos. A continuação deve passar pelos Estados Unidos da América (EUA), Europa e Ásia para “capitalizar o potencial internacional” da produção, segundo os produtores. Em setembro de 2014, a Lionsgate confirmou a data de lançamento para a continuação de Now You See Me que chega aos cinemas dos EUA, em 10 de junho de 2016. E também confirmou a volta do elenco original. Em outubro de 2014, em entrevista ao HeyUGuys, o ator Michael Cane comentou que Daniel Radcliffe, será seu filho na trama, conforme o depoimento: “Nós começaremos a filmar em Londres. Eu gravo em dezembro, passarei o mês inteiro em Londres, e o meu filho é o Harry Potter. Pensei que seria engraçado, eu e Daniel Radcliffe como pai e filho”.
Em outubro de 2014,
Isla Fisher era cotada a retornar na continuação, mas após engravidar do seu
terceiro filho foi cortada do longa. Em vez disso Lizzy Caplan, entrou como o
reforço feminino dando vida a Lola. Em abril de 2016, foi exibido durante a CinemaCon,
a maior convenção anual da indústria cinematográfica, um evento exclusivo para
exibidores, distribuidores e profissionais do cinema, realizado em Las Vegas,
onde grandes estúdios como Disney, Universal e Warner apresentam seus futuros
lançamentos (blockbusters) com trailers e materiais inéditos para a
temporada, servindo como uma espécie de “esquenta” para o público geral, mas
teve sua sessão evacuada. De acordo com a revista Variety, a
equipe de segurança pediu a evacuação da sala quinze minutos após o início do
filme, citando “dificuldades técnicas”. Posteriormente, um membro da
organização disse que “a sala foi evacuada após a descoberta de uma mochila
largada no local”. Na hora em que a equipe de segurança conferiu que a mochila
era segura, já estava muito tarde para reiniciar a sessão. Em janeiro de 2015,
o filme ganhou a suas primeiras imagens. As fotos promocionais mostram o elenco
principal. Em dezembro de 2015, o filme ganhou seu primeiro trailer de
divulgação. Em fevereiro de 2016, ganhou vários cartazes de personagens, com
destaque para Daniel Radcliffe, que brinca com um baralho.
O encobrimento de informação importante do espetador e cenas de luta e perseguição são de fato métodos comuns. Os perpetradores de um acobertamento sejam iniciadores ou aliados, podem ser responsáveis por uma transgressão, uma quebra de confiança ou de dever, ou um crime. A vida é um tipo ideal ameaçado no thriller, tal como o protagonista não se apercebe de que está a entrar numa situação perigosa. Personagens de thrillers entram em conflito um com o outro ou com uma força externa, que pode às vezes ser abstrata. O protagonista é comumente posto contra um problema, como uma fuga, uma missão ou um mistério. Thrillers são tipicamente hibridizados com outros géneros; híbridos comumente incluem: thrillers de ação, thrillers de aventura, thrillers de fantasia e ficção científica. Thrillers também partilham uma relação próxima com filmes de terror, ambos a provocar tensão. Em enredos sobre crime, thrillers focam menos no crime ou no detetive e mais no suspense a gerar. Temas comuns incluem terrorismo, conspiração política, perseguição e triângulos amorosos que levam a assassinato. É expressa na ideia geral do objeto de poder ser referenciado sendo identificado como algo individual, logo “não sendo outra coisa”.
Isso inclui como uma “pessoa uma” é realizada para ser diferente dos outros elementos do mundo e como ela se distingue de outras pessoas. A individuação, conforme descrita por Jung, por exemplo, é um processo através do qual o ser humano evolui de um estado infantil de identificação para um estado de maior diferenciação, o que implica uma ampliação da consciência. Através desse processo, há identificação menos com as condutas e valores encorajados pelo meio no qual se encontra e mais com as orientações difundidas do “Si-Mesmo”, representando assim a totalidade referida analiticamente como o conjunto das instâncias psíquicas sugeridas por Carl Jung (1875-1961), tais como persona, sombra, self, constitutivo de sua personalidade individual. Em primeiro lugar, “contracultura”, sociologicamente, é um movimento social que tem seu auge na década de 1960 quando teve lugar e espaço um estilo de mobilização e contestação, portanto, social e utilizando novos meios de comunicação em massa. Jovens inovando estilos, voltando-se mais para o antissocial aos olhos das famílias mais conservadoras, com um espírito mais libertário, resumido como uma cultura underground, “cultura alternativa” ou “cultura marginal”, que tem como escopo principalmente nas transformações individuais da consciência, dos valores e do comportamento, na busca de outros espaços e novos canais de expressão para o indivíduo e pequenas realidades da vida cotidiana, embora o hippie, por exemplo, que representa esse auge, almejasse a transformação da sociedade como um todo, através da tomada de consciência, da mudança de atitude e reconhecimento do protesto político.
Não
queremos perder de vista que sociologicamente o conservadorismo, em certo
sentido, surgiu do tradicionalismo, pois, de fato, ele é primordialmente nada
mais do que o tradicionalismo tornado consciente. Apesar disso, os dois não são
sinônimos, na medida em que o tradicionalismo só assume seus traços especificamente
conservadores, enquanto expressão de um modo de vida e pensamento, como um
movimento relativamente autônomo no processo social. O conservador somente
pensa em termos gerais no âmbito da sociedade nos “sistemas como reação”,
quando é forçado a desenvolver um sistema próprio para contrapor ao dos
progressistas. Quando a marcha dos acontecimentos, o priva de qualquer
influência sobre o presente imediato, de tal forma que ele seria obrigado a
“girar a roda da história para trás” a fim de reconquistar a sua influência ao
nível ideológico ou político propriamente dito. Sua natureza peculiar pode ser
mais claramente percebida em seu conceito de propriedade de forma anteriormente
diversa da propriedade de hoje. Aquele sentido genuíno trazia consigo certos
privilégios para seu dono – por exemplo, dava-lhe vez nas questões de Estado, o
direito de caçar, de se tornar membro de júri etc. Dessa forma a propriedade
estava estreitamente ligada à questão nevrálgica da honra pessoal e ao
prestígio, como analisou Max Weber (1864-1920) com seus “tipos puros de
dominação legítima” e, portanto, era em certo sentido inalienável.
Assim, existia uma relação completamente intransferível e recíproca entre uma propriedade em particular e um dono em particular. O conceito de “tipo ideal” se situa no ponto de convergência de várias tendências do pensamento weberiano. Ele está ligado à noção de compreensão, pois todo tipo ideal é uma organização de relações inteligíveis próprias a um “conjunto histórico” ou a uma “sequência de acontecimentos”. Por outro lado, o tipo ideal está associado ao que é característico da sociedade e da ciência moderna, a saber, o processo de racionalização, tão bem desenvolvido pela “haerentia” da Escola de Frankfurt a partir da concepção de Jürgen Habermas. E, de fato, Habermas tem como escopo de sua análise em que distingue os chamados “países capitalistas avançados” que desde o último quartel do século XIX apresentam duas tendências evolutivas razoáveis: 1) um incremento da atividade intervencionista do Estado, que deve assegurar a estabilidade política do sistema e, 2) uma crescente interdependência de investigação técnica, que transformou as ciências, sem temor a erro, na primeira força produtiva. Ambas as tendências destroem aquela constelação de marco institucional e subsistemas de ação racional dirigida a fins, pela qual se caracteriza o capitalismo de tipicamente liberal. Ipso facto, é que não se cumprem, assim, condições relevantes de aplicação social comparativamente na economia política na versão que Marx, com razão, lhe dera relativamente ao capitalismo liberal, ou seja, já não pode também desenvolver-se uma teoria crítica da sociedade na “forma exclusiva de uma crítica da economia política”.
O conceito de figuração
distingue-se de outros conceitos teóricos da sociologia por incluir
expressamente os seres humanos em sua formação social. Contrasta, portanto,
decididamente com um tipo amplamente dominante de formação de conceitos que se
desenvolve sobretudo na investigação de objetos sem vida, portanto no campo da
física e da filosofia para ela orientada. Neste sentido, há figurações de
estrelas, assim como de plantas e de animais. Mas apenas os seres humanos
formam figurações relacionais uns com os outros. O modo de sua vida
conjunta em grupos grandes e pequenos é, de certa maneira, singular e sempre
co-determinado pela transmissão de conhecimento de uma geração a outra, por
tanto por meio do ingresso singular do mundo simbólico específico de uma
figuração já existente de seres humanos. Às quatro dimensões espaço-temporais
indissoluvelmente ligadas se soma, no caso concreto dos seres humanos, uma
quinta, a dos símbolos socialmente apreendidos. Sem sua apropriação, sem, por
exemplo, o aprendizado de uma determinada língua especificamente social, os
seres humanos não seriam capazes de se orientar no seu mundo nem de se comunicar
uns com os outros. Um ser humano adulto, que não teve acesso aos símbolos da
língua e do conhecimento de determinado grupo permanece fora das figurações, pois não é um ser humano.
As definições de controle social são demasiado amplas e vagas, e, portanto, seria legítimo indagar, escolhendo-as mais ou menos ao acaso, para inferir que resultam em termos de um controle, isto é, qualquer estímulo ou complexo de estímulos que provoca uma determinada reação. Assim, pois, todos os estímulos são controles, pois representam a direção do comportamento por influências grupais, estimulando ou inibindo a ação individual ou grupal. O controle social pode ser definido como a soma total ou, antes, o conjunto de padrões culturais, símbolos sociais, signos coletivos, valores culturais, ideias e idealidades, tanto como atos quanto como processos diretamente ligados a eles, pelo qual a sociedade inclusiva, cada grupo particular, e cada membro individual participante superam as tensões e os conflitos entre si, através do equilíbrio temporário, e se dispõem a novos esforços criativos. Ipso facto, em toda a dimensão da vida associativa deverá haver algum ajustamento de relações sociais tendentes a prevenir a interferência de direitos e privilégios entre os indivíduos. De maneira mais específica, são três as funções do estabelecidas pelo controle social: a obtenção e a manutenção da ordem social, da proteção social e da eficiência social. O seu emprego hic et nunc na investigação sociológica contribuiu consideravelmente para produzir uma simplificação ou redução na análise dos problemas sociais, conseguida proporcionalmente, graças à compreensão positiva da integração das contradições correspondentes no sistema de organização das sociedades e da importância relativa de cada um deles, como e enquanto expressão do jogo social. Embora obscuro e equívoco, em seu significado corrente, o conceito de controle é necessário à investigação na modernidade, encontraram um sistema de referências propício à sua crítica científica, seleção lógica e coordenação metódica.
O tempo, como a unidade negativa do ser-fora-de-si, é igualmente um, sem mais nem menos, abstrato, ideal. Ele é o ser, que, enquanto é, não é, e enquanto não é; ele é o vir-a-ser intuído, analogamente, tal que são determinadas as diferenças simplesmente momentâneas, as que imediatamente se suprassumem como exteriores, isto é, que são apesar disso exteriores a si mesmas. O tempo é como o espaço uma pura forma de sensibilidade ou do intuir, é o sensível, mas, assim como a este espaço, também ao tempo não diz respeito a diferença de objetividade e de uma consciência subjetiva contra ela. Quando se aplicam estas determinações de espaço e tempo, então seria aquele a objetividade abstrata, este [o tempo], porém a subjetividade abstrata. O tempo é o princípio representativo que o Eu=Eu da autoconsciência pura; mas é o mesmo princípio ou o simples conceito ainda em sua total exterioridade e abstração – como o mero vir-a-ser intuído, o puro ser-em-si como um vir-fora-de-si. O tempo é igualmente contínuo como o espaço, pois ele é a negatividade abstratamente referindo-se a si e nesta abstração ainda não há nenhuma diferença real. No tempo, diz-se, tudo surge e perece, se se abstrai de tudo, do recheio do tempo e do recheio do espaço, fica de resto o tempo vazio como o espaço vazio, são então postas e representadas estas abstrações de exterioridade, como se elas fossem por si. O real é limitado, e o outro para esta negação está fora dele, a determinidade é assim nele exterior a si, e daí a contradição de seu ser; a abstração opera nessa exterioridade de sua contradição e a inquietação da mesma é o próprio tempo.
A cena pública
da verdade é sempre a mesma em que repetem indefinidamente os dominadores e os
dominados, se quisermos admitir a relação essencial de classes. Homens dominam outros homens e é assim que nasce a diferença de
valores; classes dominam classes e é assim que nasce a ideia de liberdade,
homens se apoderam de coisas das quais eles têm necessidade para viver, eles
lhes impõem uma duração que elas não têm, ou eles as assimilam pela força – e é
o nascimento da lógica. Nem a relação de dominação é mais uma relação, nem o
lugar onde ela se exerce é um lugar. E é por isto precisamente que em cada
momento da história a dominação se fixa em um ritual; ela impõe obrigações e
direitos; ela constitui cuidadosos procedimentos. Ela estabelece marcas, grava
lembranças e até nos corpos; ela se torna responsável pelas dívidas. Universo
de regras que não é destinado a adoçar, mas ao contrário a satisfazer a
violência. A regra é o prazer calculado da obstinação, é o sangue prometido.
Ela permite reativar sem cessar o jogo da dominação; ela põe em cena uma
violência meticulosamente repetida. A humanidade não progride lenta de combate
em combate, ela instala cada uma de suas violências em um sistema de regras, e
prossegue assim num processo ad infinitum de dominação em dominação. É
justamente a regra que permite que seja feita à violência e que uma outra
dominação possa dobrar aqueles que dominam. Em si mesmas as regras são vazias,
violentas, não finalizadas; elas são feitas para servir a isto ou aquilo; elas
podem ser burladas ao sabor da vontade de uns e outros.
O grande jogo da
história será, segundo Foucault, de quem se apoderar das regras, de quem tomar
o lugar daqueles que as utilizam, de quem se disfarçar para perverte-las,
utilizá-las ao inverso e volta-las contra aqueles que as tinham imposto; de
quem, se introduzindo no aparelho complexo, o fizer funcionar de tal modo que
os dominadores encontrar-se-ão dominados por suas próprias regras. As
diferenças emergenciais que se podem demarcar não são figuras sucessivas de uma
mesma significação; são efeitos de substituição, reposição e deslocamento,
conquistas disfarçadas, inversões sistemáticas. Se interpretar eras colocar
lentamente em foco uma significação oculta na origem, apenas a
metafísica poderia interpretar o devir da humanidade. Mas se interpretar é se
apoderar por violência ou sub-repção, de um sistema de regras que não tem em si
significado essencial, e lhe impor uma direção, dobrá-lo a uma nova vontade,
fazê-lo entrar noutro jogo e submetê-lo a novas regras, então o devir da
humanidade é uma série de interpretações. E a genealogia dever ser a sua
história: história das morais (lei Maria da Penha), dos ideais (uma
universidade de verdade), dos conceitos metafísicos, história do conceito de
liberdade ou da vida ascética, como emergências de interpretações diferentes.
Trata-se de fazê-las aparecer como acontecimentos reais no teatro dos
procedimentos.
Não queremos perder de vista que a disciplina é, antes de tudo, a análise do espaço. É a individualização pelo espaço, a inserção dos corpos em um espaço individualizado, classificatório, combinatório. A disciplina exerce seu controle, não sobre o resultado de uma ação, mas sobre seu desenvolvimento. No século XVII, nas oficinas de tipo corporativo, o que se exigia do companheiro ou do mestre era que fabricasse um produto com determinadas qualidades. A maneira de fabricá-lo dependia da transmissão de geração em geração. Do mesmo modo, se ensinava o soldado a lutar, a ser mais forte do que o adversário na luta individual da batalha. A partir do século XVIII, se desenvolve uma arte do corpo humano. Observa-se de que maneira os gestos são feitos, qual o mais eficaz, rápido e melhor ajustado. Nas oficinas aparece o famoso e sinistro personagem do contramestre, destinado não só a observar se o trabalho foi feito, mas como é feito, como pode ser mais rapidamente realizado e com gestos melhor adaptados. O famoso Regulamento da Infantaria Prussiana, que assegurou as vitórias de Frederico da Prússia, consiste em mecanismos de uma extraordinária gestão disciplinar dos corpos.
A disciplina é uma técnica de poder que implica uma vigilância perpétua e constante dos indivíduos. Não basta olhá-los às vezes ou ver se o que o que fizeram é conforme à regra. É preciso vigiá-los durante todo o tempo da atividade e submetê-los a uma perpétua “pirâmide de olhares”. Mas a disciplina implica um registro contínuo. Anotação do indivíduo e transferência da informação de baixo para cima, de modo que, no cume da pirâmide disciplinar escape a esse saber. No sistema clássico o exercício do poder era confuso, global e descontínuo, do soberano sobre grupos constituídos por famílias, cidades, paróquias, isto é, por unidades globais, e não um poder contínuo atuando sobre o indivíduo. A disciplina é o conjunto de técnicas pelas quais os sistemas de poder vão ter por alvo e resultado os indivíduos em sua singularidade. O exame é a vigilância permanente, classificatória, que permite distribuir os indivíduos, julgá-los, medi-los, localizá-los e, por conseguinte, utilizá-los ao máximo. Através do exame, a individualidade torna-se um elemento de uso pertinente para o exercício do poder. A invenção dessa nova anatomia política não deve ser entendida como uma descoberta súbita.
Mas como
uma multiplicidade de processos muitas vezes mínimos, de origens diferentes, de
localizações esparsas, que se recordam, se repetem, ou se imitam, apoiam-se uns
sobre os outros, distinguem-se segundo seu campo de aplicação, entram em
convergência e esboçam aos poucos a fachada de um presunçoso método geral. Não
se trata de fazer aqui a história das diversas instituições disciplinares no
que podem ter cada uma de singular: 1) ambas, neste caso, são instituições
públicas gerenciadas por uma casta no poder (cf. Weber, 1982; Dumont, 1992); 2)
Existe uma série de exemplos de algumas das técnicas essenciais empregadas que,
de uma a outra, se generalizaram mais facilmente. Pequenas astúcias dotadas de
um grande poder de difusão, arranjos sutis, de aparência inocente, mas
profundamente suspeitos, são dispositivos que obedecem a economias
inconfessáveis, ou que procuram coerções sem grandeza (assédio moral), são eles,
entretanto que levaram à mutação do regime punitivo contemporâneo; 3)
Descrevê-los metodicamente, nominalmente, implicará a demora sobre o detalhe da
corrupção do pensamento e a atenção às minúcias: para procurar entender não um
sentido, mas uma precaução; recoloca-las não apenas na solidariedade de um
funcionamento, mas na coerência de uma tática; 4) Astúcias, não tanto de grande
razão que trabalha até durante o sono, no sentido freudiano, e dá coerência ao
insignificante quando da atenta malevolência que de tudo alimenta.
A disciplina, na análise comparada de Michel Foucault, é uma anatomia política do detalhe. O que nos interessa estruturalmente é a racionalização utilitária do detalhe na contabilidade moral e no controle político. A regra das localizações funcionais vai pouco a pouco codificar um espaço que a arquitetura deixava geralmente livre e pronto para vários usos. Lugares determinados se definem para satisfazer não só à necessidade de vigiar, de romper as comunicações perigosas, mas também de criar um espaço útil. Temos assim, um dispositivo que asfixia e quadricula; tem que realizar uma apropriação sobre toda essa mobilidade e esse formigar humano, decompondo a confusão da ilegalidade e do mal. Essa gente, através do impedimento de elementos intercambiáveis, conquistados a duras penas, quer através da vigilância e punição, da prevaricação e do ressentimento acadêmico, quer individualizar corpos por uma localização que não os implanta, mas os distribui e os faz circular numa série de relações. O sucesso do poder disciplinar se deve sem dúvida ao uso ambientalmente de instrumentos simples: o olhar hierárquico, a sanção normalizadora e a sua combinação num procedimento que lhe é específico. A vigilância se torna um operador decisivo, na medida em que é ao mesmo tempo uma peça interna no aparelho de produção e uma engrenagem especial do poder disciplinar.
A arte de punir, no
regime de poder disciplinar, não visa nem a expiação, nem mesmo exatamente a
repressão. Põe em funcionamento cinco operações bem distintas: relacionar os
atos, os desempenhos, os comportamentos singulares a um conjunto, que é ao
mesmo tempo campos de comparação, espaço de diferenciação e princípio de uma
regra a seguir. Diferenciar os indivíduos em relação uns aos outros e em funcionamento
dessa regra de conjunto – que se deve fazer funcionar como base mínima, como
média a respeitar ou como o ótimo de que se deve chegar perto. Medir em termos
quantitativos e hierarquizar em termos de valor as capacidades, o nível, a
natureza humana dos indivíduos. Fazer funcionar, através dessa medida
valorizadora negativamente, a coação de uma conformidade a realizar. E por
último, traçar o limite que definirá a diferença em relação a todas as
diferenças, a fronteira externa do “anormal”. A penalidade que atravessa todos
os pontos e controla todos os instantes das instituições disciplinares compara,
diferencia, hierarquiza, homogeneíza, exclui. Em uma palavra, ela
normaliza.
A cultura, que
caracteriza as sociedades humanas, é organizada/organizadora via o veículo
cognitivo da linguagem, a partir, segundo Morin (1998, 2008), do “capital
cognitivo coletivo” dos conhecimentos adquiridos, das competências aprendidas,
das experiências vividas, da memória histórica, das crenças míticas de uma
sociedade. E, dispondo de seu capital cognitivo, a cultura institui as
regras/normas que organizam a sociedade e governam os comportamentos
individuais. Estas regras geram processos sociais e regenera globalmente a
complexidade social adquirida por essa mesma cultura. Assim, a cultura não deve
ser compreendida pelas metáforas estruturais, que são termos impróprios em uma
organização recursiva onde o que é produzido e gerado torna-se produtor e gerador
daquilo que o produz ou gera. Isso facto, cultura e sociedade estão em relação
geradora mútua; nessa relação, não podemos esquecer as interações entre
indivíduos, eles próprios portadores ou transmissores de cultura, que regeneram
a sociedade, a qual regenera a cultura. Daí a tese sociológica segundo a qual,
“se a cultura contém um saber coletivo acumulado em uma memória social, se é
portadora de princípios, modelos, esquemas de conhecimento, se gera uma visão
de mundo, se a linguagem e o mito são partes constitutivas da cultura, então a
cultura não comporta somente uma dimensão cognitiva: é uma máquina cognitiva
cuja práxis é cognitiva”.
É neste sentido próprio
de saber cognitivo que uma cultura abre e fecha as potencialidades
bioantropológicas do conhecimento. Ela as abre e atualiza fornecendo aos
indivíduos o seu saber acumulado, a sua linguagem, os seus paradigmas, a sua
lógica, os seus esquemas, os seus métodos de aprendizagem, métodos de
investigação, de verificação, etc., mas, ao mesmo tempo, ela as fecha e inibe
com as suas normas, regras, proibições, tabus, o seu etnocentrismo, a sua
autossacralização, a sua ignorância de ignorância. Ainda aqui, o que abre o
conhecimento é o que fecha o conhecimento. Desde o seu nascimento, o ser humano
conhece não só por si, para si, em função de si, mas, também pela sua família,
pela sua tribo, pela sua cultura, pela sua sociedade, para elas, em função
delas. Assim, o conhecimento de um indivíduo alimenta-se de memória biológica e
de memória cultural, associadas na própria memória, que obedece a várias
entidades de referência, diversamente presentes nela. Tudo o que é linguagem,
lógica, consciência, tudo o que é espírito e pensamento, constitui-se na
encruzilhada dialógica entre dois princípios de tradução, um contínuo, o outro
descontínuo (binário).
As aptidões
individuais organizadoras do cérebro humano necessitam de condições
socioculturais para se atualizarem, as quais necessitam das aptidões do
espírito humano para se organizarem individual e socialmente. A cultura está
nos espíritos, vive nos espíritos, os quais estão na cultura, vivem na cultura.
Meu espírito conhece através da minha cultura, vivem na cultura. Meu espírito
conhece através da minha cultura, mas, em certo sentido, a minha cultura
conhece através do meu espírito. Assim, portanto, as instâncias produtoras do
conhecimento se coproduzem umas às outras; há uma unidade recursiva complexa
estabelecida entre produtores e produtos do conhecimento, ao mesmo tempo em que
há relação hologramática entre cada uma das instâncias, cada uma contendo as
outras e, nesse sentido, cada uma contendo o todo enquanto todo. Falar em
complexidade é falar respectivamente em relação de interação per se
complementar, concorrente, antagônica, recursiva e hologramática entre essas
instâncias cogeradoras do reconhecimento humano. Mas não é apenas essa
complexidade que permite compreender a possível autonomia relativa do espírito
(faculdades intelectuais) e no sentido técnico do cérebro individual. Mas é que o espírito individual pode autonomizar-se em relação à determinação biológica recorrendo às suas fontes e recursos socioculturais.
Em relação à determinação
cultural utilizando sua aptidão bioantropológicas para organizar o
conhecimento. O espírito individual pode alcançar a sua autonomia jogando com a
dupla dependência que, ao mesmo tempo, o constrange, limita e alimenta. Pode
jogar, pois há margem, entre hiatos, aberturas, defasagens. Entre o
bioantropológico e o sociocultural, o ser individual e a sociedade. Assim, a
possibilidade de autonomia do espírito individual está inscrita no princípio de
seu conhecimento. E isso em nível de seu conhecimento cotidiano, quanto em
nível de pensamento filosófico ou científico. A cultura fornece ao pensamento
as suas condições sociais e materiais de formação, de concepção, de
conceptualização. Impregna, modela e eventualmente governa os conhecimentos
individuais. A cultura e, pela via da cultura, a sociedade está no interior do
conhecimento. O conhecimento está na cultura e a cultura está na representação
do conhecimento. Um ato cognitivo essencialmente é, ipso facto, um
elemento do complexo cultural coletivo que se atualiza em um ato cognitivo
individual. As nossas percepções ou mesmo concepções estão sob um controle
social permanente, não apenas de constantes fisiológicas e também psicológicas,
mas níveis de variáveis culturais e históricas.
A percepção é submetida a categorizações, conceptualizações, taxinomias, que influenciarão o reconhecimento e a identificação das cores, das formas, dos objetos. O conhecimento intelectual organiza-se em função de paradigmas que selecionam, hierarquizam, rejeitam as ideias sociais e as técnicas, bem como em função de significações mitológicas e de projeções imaginárias. Assim se opera a “construção social da realidade”, ou antes, a “co-construção social da realidade”, visto que a realidade se constrói também a partir de dispositivos cerebrais, em que o real (imagem) se consubstancializa e se dissocia do irreal (ficção), que constitui a visão de mundo, que se concretiza em verdade, em erro, na mentira. Para conceber a sociologia do conhecimento, é necessário, segundo Edgar Morin, conceber não só o enraizamento do conhecimento na sociedade e a interação social do conhecimento/na sociedade. Mas no anel recursivo qual o conhecimento é produto/produtor cultural que comporta dimensão própria cognitiva. Os homens de uma cultura, pelo seu modo de conhecimento, produzem a cultura que produz seu reconhecimento. A cultura gera os conhecimentos que regeneram a cultura.
Ao considerar-se a que
ponto o conhecimento é produzido por uma cultura, dependente de uma cultura,
integrado a uma cultura, pode-se ter a impressão de que nada seria capaz de
libertá-lo. Mas isso seria, sobretudo, ignorar as potencialidades de autonomia
relativa, no interior de todas aquelas culturas, dos espíritos individuais. Os
indivíduos não são todos, e nem sempre, mesmo nas condições culturais mais
fechadas, máquinas triviais obedecendo impecavelmente à ordem social e às
injunções culturais. Isso seria ignorar que toda cultura está vitalmente aberta
ao mundo exterior, de onde tiram conhecimentos objetivos e que conhecimentos e
ideias migram entre as culturas. Seria ignorar que aquisição de uma informação,
a descoberta de um saber, a invenção de uma ideia, podem modificar e
transformar uma sociedade, mudar o curso da história. Assim, o conhecimento
está ligado, por todos os lados, à estrutura da cultura, à organização social,
à práxis histórica. Sempre por toda parte, o conhecimento científico transita
pelos espíritos individuais, que dispõem de autonomia potencial, a qual pode em
certas condições sociais e políticas atualizarem-se e tornar-se um pensamento pessoal
crítico. Sobre a aquisição do
conhecimento pesa um formidável determinismo.
Ele nos impõe o que se
precisa conhecer, como se deve conhecer, o que não se pode conhecer. Comanda,
proíbe, traça os rumos, estabelece os limites, ergue cercas de arame farpado e
conduz-nos ao ponto onde devemos ir. E também que conjunto prodigioso de terminações
sociais, culturais e históricas é necessário para o nascimento da menor ideia da
teoria. Não bastaria limitarmo-nos a essas determinações que pesam do
exterior sobre o conhecimento. É necessário considerar, também, os determinismos
intrínsecos ao conhecimento, que são mais implacáveis. Em primeiro lugar,
princípios iniciais, comandam esquemas e modelos explicativos, os quais impõem
uma visão de mundo e das coisas que governam e controlam de modo imperativo e
proibitivo a lógica dos discursos, pensamentos, teorias. Ao organizar os
paradigmas e modelos explicativos associa-se o determinismo organizado dos
sistemas de convicção e de crença que, quando reinam, impõem a
força imperativa do sagrado, normalizadora do dogma, proibitiva do tabu. As
doutrinas e ideologias dominantes dispõem também da força imperativa e
coercitiva que leva a evidência aos convictos e o temor inibitório aos desalmados.
Bibliografia Geral Consultada.
CÂNDIDO, Antônio, “Dialética da
Malandragem”. In: Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 8, 67-89,
1970; KASPAROV, Garri, Hijo del Cambio. Barcelona: Ediciones Temas de
Hoy, 1987; QUEIROZ, Renato da Silva, “O Herói-trapaceiro. Reflexões sobre a Figura
do Trickster.” In: Tempo Social - Revista de Sociologia da Universidade
de São Paulo, 3 (1-2). p. 93-107, 1991; PENNICK, Nigel, Jogos dos Deuses: A
Origem dos Jogos de Tabuleiro segundo a Magia e a Arte Divinatória. São
Paulo: Editor Mercuryo, 1992; DUMONT, Louis, Homo Hierarchicus. O Sistema de
Castas e suas Implicações. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo,
1992; MORIN, Edgar, Introducción al Pensamiento Complejo. Barcelona:
Editorial Gedisa, 1998; LE GOFF, Jacques, Por Amor às Cidades: Conversações
com Jean Lebrun. 1ª edição. São Paulo: Editora Unesp, 2002; VATTIMO,
Gianni, El Sujeto y la Mascara. Barcelona: Editorial Península; 2003;
ARALDI, Clademir Luís, Niilismo, Criação, Aniquilamento. São Paulo:
Editora Unijuí, 2004; DAMIÃO, Carla Milani, Sobre o Declínio da Sinceridade.
São Paulo: Editora Loyola, 2004; SANO, Lucia, Das Narrativas Verdadeiras, de
Luciano de Samósata. Tradução, Notas e Estudo. Dissertação de Mestrado.
Programa de Pós-Graduação em Letras Clássicas. Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2008; JENKINS, Henry, Cultura
da Convergência. 2ª edição. São Paulo: Editora Aleph, 2009; HANSEN,
William, Los Mitos Clasicos: Una Guia
del Mundo Mitico de Grecia y Roma. Barcelona: Editorial Critica, 2011; FOUCAULT, Michel,
Hermeneutica del Sujeto. Madrid: Ediciones de la Piqueta, 1987; Idem, Vigiar
e Punir. Nascimento da Prisão. 42ª edição. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes,
2014; GOIANA, Francisco Daniel Iris, Instinto e Civilização: A Sociologia
Processual de Norbert Elias e Seu Encontro com a Psicanálise Freudiana.
Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Fortaleza:
Universidade Federal do Ceará, 2014; RÜDIGER, Francisco, As Teorias da
Cibercultura: Perspectivas, Questões e Autores. 2ª edição. Porto Alegre:
Editora Sulina, 2016; entre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário