sábado, 18 de junho de 2016

Mulher & Corpo - Violência & Desdivinização na Cultura Global.

                                    Ubiracy de Souza Braga
 
                                                                “O que precisa ser feito é ensinar aos homens a não estuprar”. Kurt Cobain  
                                

No final da década de 1980 o Nirvana se estabeleceu como parte da cena grunge de Seattle, lançando o seu primeiro álbum, Bleach, pela gravadora independente Sub Pop em 1989. A banda desenvolveu um som que se baseava em contrastes dinâmicos, muitas vezes entre versos calmos e barulhentos, e refrões pesados. Depois de assinar com a gravadora DGC Records, o grupo encontrou o sucesso inesperado com “Smells Like Teen Spirit”, o primeiro single do segundo álbum da banda, Nevermind (1991). O sucesso aparentemente repentino da banda amplamente popularizou o rock alternativo como um todo, e como o vocalista da banda, Cobain se encontrou referido na mídia como o “porta-voz de uma geração”, com o Nirvana sendo considerado a “principal banda” da Geração X. Nevermind é citado como um dos melhores álbuns de todos os tempos, e contém três singles na lista de “500 Maiores Canções de Todos os Tempos”, da revista Rolling Stone. O terceiro álbum de estúdio do Nirvana, In Utero (1993), desafiou a audiência do grupo, apresentando um som abrasivo, natural e cru, menos mainstream. In Utero, apesar de ser um álbum que se volta contra o sistema (fama e mídia), também foi muito bem sucedido, surpreendendo a crítica, os produtores, e até mesmo a própria gravadora. A breve vida do Nirvana terminou após a morte de Kurt Cobain em 1994, mas vários lançamentos póstumos têm sido emitidos desde então, supervisionados por Novoselic, Dave Grohl e pela viúva de Cobain, Courtney Love.

Apesar de ter lançado apenas três álbuns, a banda, desde o disco de estreia, já vendeu mais de 75 milhões de cópias em todo o mundo ocidental. Destas, 25 milhões foram vendidas apenas nos Estados Unidos da América. Kurt Donald Cobain (1967-1994) foi um cantor, compositor e músico norte-americano famoso por ter sido o fundador, vocalista e guitarrista da banda Nirvana. A vida do cantor já foi retratada de várias maneiras e diversas vezes após a sua morte, seja no cinema, em livros ou em documentários televisivos. A primeira delas foi em 1998, com o documentário Kurt & Courtney. Em seguida, em 2005, foi produzido o filme Last Days, um filme de gênero drama que narrava, de forma fictícia, os últimos dias de vida de Kurt Cobain. O documentário Kurt Cobain - Retrato de uma Ausência, lançado em 2006, continha entrevistas de amigos, parentes e do próprio Cobain. Em 2006, 12 anos após a sua morte, a extraordinária Forbes, a revista norte-americana globalizada, sobre negócios e economia e sobre finanças, indústria, investimento e marketing listou “as treze celebridades mortas que mais lucraram nos últimos doze meses do respectivo ano”. Nirvana foi uma banda norte-americana de rock formada pelo vocalista e guitarrista Kurt Cobain e pelo baixista Krist Novoselic em Aberdeen no ano de 1987, que obteve grande sucesso no movimento grunge de Seattle dos anos 1990. Vários bateristas passaram pelo Nirvana, sendo o que ficou mais tempo na banda foi Dave Grohl, que entrou em 1990.

          O cantor ficou em primeiro lugar na lista, com ganhos estimados em cinquenta milhões de dólares estadunidenses”. Dentre suas principais composições, o single Smells Like Teen Spirit, do segundo álbum do Nirvana, “Nevermind”, foi o responsável pelo início do sucesso do grupo e do próprio Kurt, popularizando um gênero do rock alternativo que a imprensa passou a chamar de grunge. Outra banda grunge de Seattle, como Alice in Chains, Pearl Jam e Soundgarden, ganharam também um vasto público e, como resultado, o “rock alternativo” tornou-se um gênero dominante no rádio e na televisão nos Estados Unidos da América, do início à metade da década de 1990. O Nirvana foi considerada a banda “carro-chefe da Geração X”, e seu vocalista, Kurt Cobain, viu-se ungido pela mídia como porta-voz da geração, mesmo contra sua vontade. Cobain estava desconfortável com a atenção que recebeu, e colocou seu foco na música da banda, acreditando que a mensagem da banda e sua visão artística tinham sido mal interpretadas pelo público, desafiando a audiência da banda com o seu terceiro álbum In Utero. Desde sua estreia, a banda Nirvana, com Cobain como compositor, vendeu mais de vinte e cinco milhões de álbuns nos Estados Unidos, e mais de cinquenta milhões em todo o mundo. Durante os últimos anos de sua vida, Cobain lutou contra o vício em heroína, doenças, depressão, fama e imagem pública, bem como as pressões ao longo da vida profissional e pessoal em torno dele próprio e de sua esposa, a cantora Courtney Love. Em 8 de abril de 1994, Cobain foi encontrado morto em sua casa em Seattle, três dias após a sua morte, vítima do que foi oficialmente considerado um suicídio por um tiro de espingarda na cabeça. As circunstâncias históricas e sociais de sua morte, por vezes, tornam-se um tema de fascínio, mas sobretudo de debate.               

          Em 2014, no primeiro ano elegível, o cantor, junto aos companheiros de banda Krist Novoselic e Dave Grohl, foi admitido ao Rock and Roll Hall of Fame. O caráter fundamental do pensamento até hoje vigente é o ato de representar. Segundo a antiga doutrina do pensamento, esse representar realiza-se no que aqui significa enunciado, juízo. Ao determinar o ato fundamental do pensamento, o juízo, como a representação do objeto, simplesmente queremos retomar a caracterização tradicional do pensamento como entendimento. O caráter fundamental do pensamento é o representar. É no representar que desdobra-se o perceber. O próprio representar é reapresentação. Ora, a questão posta pelo pensamento é: por que o fundamento funda-se no ato de perceber? Por que no representar desdobra-se o perceber? Por que representar é re-apresentação? Que o pensamento até hoje vigente se funda no representar e que este se funda na re-apresentação - isto tem sua longa proveniência. Esta proveniência se encobre num acontecimento inaparente: no começo da história do Ocidente, o ser real aparece ao longo desse percurso como presença, como vigência. Esse aparecer do ser como a vigência do vigente é o próprio começo da história ocidental, desde que compreendemos a história não só segundo seus eventos, mas que a pensemos, primeiro e sobretudo, segundo o que através dela antecipadamente se envia sob a forma de destino, atravessando assim todos os eventos e neles predominando. Esse caráter fundamental de ser, o vigorar, a presença, aqui enunciado, torna-se misterioso no instante em que despertamos e nos damos conta para onde isso que denominamos vigência, presença. 

      No horizonte da concepção social e metafísica moderna, estão as outras três características que exprimem desdobramentos no campo da experiência moderna na arte, na cultura e na religião. A arte se desloca para o âmbito da estética, e o fazer humano se transforma em cultura, no sentido de que a cultura é a realização dos valores supremos do homem e o cultivo dos mesmos. Por fim, apresenta-se a desdivinização, que não deve ser simplesmente entendida como a tese sobre  a morte de Deus, mas no sentido que emprega Friedrich Nietzsche per se como um afastamento humano do elemento divino, pressupondo um ateísmo, e sim como a cristianização da imagem do mundo, tornada infinita. O próprio Cristianismo torna-se uma imagem de mundo, dentre outras. A perspectiva do pensamento que, simultaneamente, pressupõe uma existência, um ser, permite o destaque da categoria da representação, que exprime a projeção do homem como pensamento diante dos entes. A representação não significa simplesmente pôr algo diante do homem, numa atitude quase passiva de que algo que ainda não existe é então representado pelo homem e se torna um objeto. Pelo contrário, o representar tem o caráter do coagitatio, no sentido de que comporta um representar que é, ao mesmo tempo, um determinado projetar humano e uma pretensão de controle desse projetar. O representar apenas é uma apreensão do que está à frente e que se orienta por algo que vem à frente, à presença.     

 As relações entre o pensar, o sentir e o agir estão em discussão. No entanto, parece que o que ilumina esta relação concretamente está perpassado no limite de obscuridade através do que é a vingança. Na história política da Alemnha é que provisoriamente se afirmou: “podemos dizer que vingança é a perseguição que resiste, opõe-se e subestima”. E terá esta perseguição suportada e conduzida à reflexão vigente. Quando procede a mencionada dimensão atribuída ao espírito de vingança? Então é preciso que tal dimensão seja vista desde a sua constituição íntima. E neste sentido para que tal olhar venha a ter em certa medida algum sucesso na reflexão, consideremos em que configuração essencial se manifesta modernamente. Esta estruturação essencial do ser vem à fala numa forma clássica, segundo a palavra de Nietzsche, no pensamento até hoje vigente determinado pelo “espírito de vingança”. Como pensa a essência da vingança, posto que a pensa metafisicamente? Podemos pensar à medida que temos tal possibilidade. Porém, ainda não nos garante que o possamos na possibilidade. Por isso, pertence ao vigorar, à presença, não somente descobrimento, mas também presente. Este presente imperante no vigorar é um caráter de tempo. Seu modo próprio de ser, porém, jamais se deixa apreender através do conceito tradicional de tempo. Vigente é o que dura - o que “vige a partir e no âmbito do desencobrimento”. Vigorar só acontece onde prontamente impera desencobrimento. Algo é vigente, presente, porém, à medida que dura no e a partir do desencobrimento e, assim, se faz presente. No ser que vigora permanece impensado a questão humanizada sobre o desencobrimento como próprio de ser aí imperante historicamente de presente e tempo.  Presente é um termo para designar o agora, que é a representção abstrata do passado e futuro no tempo.  
  Permitir que algo, segundo o seu próprio modo de ser, venha para junto de nós; isto é, resguardar insistentemente tal permissão. Sempre podemos somente isso para o qual temos gosto – isso a que se é mormente afeiçoado, à medida que o acolhemos. Verdadeiramente só gostamos do que, previamente e a partir de si mesmo, dá gosto. E nos dá gosto em nosso próprio ser à medida que tende para isso. Através desta tendência, reivindica-se nosso próprio modo de ser. A tendência é conselheira. A fala do aconselhamento dirige-se ao nosso modo próprio de ser, para ele nos conclama e, assim, nos atem. Na verdade, ater significa: cuidar, guardar. Nós o guardamos se nós não o deixamos fugir da memória, representante que é da concentração do pensamento. Portanto, a palavra é conselheira de nosso modo próprio modo de pensar. Em relação a que? Em relação a isso que nos atém ao modo próprio de ser, à medida que, ao mesmo tempo, o pensamos cuidadosamente junto de nós. Em que medida isso que nos atém precisa ser cuidadosamente? À medida que, por si mesmo, é o que cabe pensar cuidadosamente. Se isso é assim pensado, então é presenteado com o pensar da lembrança. Nós lhe presenteamos o pensamento que recorda porque dele gostamos como sendo a palavra conselheira de nosso modo próprio de ser, de pensar e de agir e o que cabe pensar. Verdadeiramente só gostamos do que, previamente e a partir de si mesmo, dá gosto. E nos dá gosto em nosso próprio ser à medida que tende para isso. Através desta tendência, reivindica-se nosso próprio modo de ser. A fala do aconselhamento dirige-se ao nosso modo próprio de ser, para ele nos conclama e, assim, nos atem. Ater significa: cuidar, guardar. Nós o guardamos se nós não o deixamos fugir da memória, quer dizer, sendo representante que é da concentração do pensamento. É o que cabe pensar com zelo, sendo a palavra conselheira de nosso modo de pensar, agir e sentir.  
          Neste aspecto vale lembrar as poderosas personagens femininas do cinema de Fritz Lang.
Aparecem desde os filmes silenciosos e a heroína de A Morte Cansada (“Der müde Tod”) é provavelmente a primeira da numerosa linhagem, que se firma a partir da “amizade desejante” com a roteirista Thea von Harbou, esposa do diretor, mas que ainda se desdobra e se enriquece nas décadas seguintes, depois da separação do casal. Com seus três episódios de aventura, A Morte Cansada compartilha com os seriados dos anos 1910 a presença de mulheres que tomam a iniciativa da ação, protagonizando peripécias e lances sensacionais, no estilo Pearl White em Os perigos de Pauline e também Musidora em Les Vampyres, essa última até inspiração direta no figurino adotado pela aristocrata do episódio italiano, apropriadamente vestida de malha preta e colante para um duelo de esgrima. O gosto de Lang pelas narrativas de aventura já vinha se aprimorando desde os roteiros escritos para Joe May nos anos 1910 e nas duas partes de As Aranhas (1919-20), um de seus primeiros trabalhos de direção, previsto inicialmente com a dimensão de um seriado programado para exibição em quatro episódios. Dois anos depois de estrear como diretor, Lang realiza A Morte Cansada, em que, sem descuidar do atrativo de um “cinema de gênero”, radicaliza o que nele pode haver de mais grave, transcendente e inescapável, o encontro entre vida e morte. Morremos de vida ou vivemos de morte? Desde o instante em que nascemos, começamos a morrer e cada dia vivido, torna-se um dia a menos da existência. Sêneca é bastante claro a respeito. Essa é a nossa condição social e humana, a nossa marca existencial que subsiste aos tempos. Ainda que a morte e o morrer sejam fenômenos inevitáveis, tão certos e imediatos como o calor do fogo, refletir sobre a finitude humana é algo desafiador, principalmente em tempos cuja morte, senão iminente, de alguma forma está anunciada. Na sociedade global, encarar a possibilidade da própria morte e que amamos não é temente e quase da ordem do insuportável, sobretudo no contexto político em que vivemos de homens em tempos sombrios, para lembrarmos de Arendt.
              A questão primacial é: o que cabe pensar mais cuidadosamente? Neste tempo a pensar, onde ele se mostra? Em 2010, um filme dirigido por Steven R. Monroe, foi lançado e intitulado: Doce Vingança.  
Refilmagem de um original de 1978 com o nome no Brasil de A Vingança de Jennifer, escrito e dirigido por Meir Zarchi, e conhecido pelos títulos Day of the Woman ou I Spit On Your Grave. A nova versão tem direção de Steven R. Monroe, que enfatizou sua intenção em homenagear o filme antecessor da década de 1970 do século passado. E já temos uma representação da parte 2 lançada em 2013 pelo mesmo cineasta. Uma jovem e bela escritora, Jennifer Hills (Sarah Butler), decide ir para um chalé afastado e cercado por uma floresta, para ficar isolada e poder trabalhar de forma disciplinada em seu novo livro. Porém, ao chegar à cidade próxima ao local de seu refúgio na natureza, ela chama a atenção por sua beleza e características de uma garota da cidade grande. Ela então é visitada de forma inesperada por quatro homens, que se juntam ao desonesto xerife local, que se diz religioso e temente a Deus, mas na verdade tem um caráter desprezível. A jovem escritora torna-se vítima de crueldades indescritíveis e imemoráveis de brutalidade masculina, sendo estuprada violentamente na floresta. Porém, a vingança é, como no dito popular: “um prato que se come frio”, e ela consegue sobreviver para dar uma resposta física em seus algozes através de atrocidades ainda maiores. Filme sangrento repleto de momentos de grande tensão, principalmente a tortura física e psicológica sofrida pela protagonista, fazendo-nos torcer por sua recuperação e, por assim dizer obter sucesso no plano de vingança.     
É uma refilmagem do filme clássico A Vingança de Jennifer. O filme é um remake de outro homônimo produzido em 1978, originalmente intitulado Day of the Woman, e lançado no Brasil como A Vingança de Jennifer. Não se trata de mera coincidência do mercado cinematográfico. A trama se desenvolve em torno da protagonista Jennifer Hills (Sarah Butler) que é uma escritora que sai da sua cidade para ir a uma encantadora cabana na floresta, lugar onde geralmente busca inspiração para começar a escrever um novo livro. Porém, a presença de Jennifer na pequena cidade chama a atenção de quatro homens, que vão até o local e estupram-na. Antes que eles possam matá-la, Jennifer se joga em um rio e some. Depois de alguns dias procurando por Jennifer, os quatro homens desistem da busca acreditando que ela tenha morrido levada pelo rio. Mas ela retorna e começa sua vingança. A ciência não pensa, dizia com razão Heidegger, e esta é uma afirmação que escandaliza a representação habitual. Deixemos à frase seu caráter escandaloso, mesmo quando a esta segue-se uma outra, segundo à qual a ciência, tal como todo fazer e desfazer do homem, seria orientada pelo pensamento. A relação entre pensamento e ciência só se mostra autêntica e frutífera  quando se torna visível o abismo que há entre as ciências quando este abismo se revela intransponível. Da ciência para o pensamento há somente hermenêutica ou dialética. 
           Com roteiro de Meir Zarchi, diretor de cinema, roteirista e produtor israelense-americano do filme original, Doce Vingança segue passo a passo o plano de vingança executado por Jennifer (Sarah Butler), uma escritora iniciante agredida e violentada por um grupo de homens jovens, fortes, lúcidos numa cabana de férias, numa região florestal isolada. A jovem e bela escritora, que buscava um lugar tranquilo para escrever um romance, acaba vítima de seu próprio projeto social de vida como escritora. A chegada de Jennifer ao pequeno vilarejo atrai a atenção de Johnny (Jeff Branson), funcionário de um posto de gasolina, e mais três amigos, que decidem dar um susto na jovem bem educada da cidade grande, invadindo sua cabana inesperadamente no meio da noite. Mas ao que parece o plano inicial foge do controle e acaba se transformando numa cena de humilhação, agressão física e estupro. Sustentar apenas a existência da dor ou do sofrimento como aspecto básico para a configuração do dano moral é reduzir a importância social e política do instituto perante a interação sociológica moderna. Após muito sofrimento, Jennifer já muito frágil, simula sua morte quando se joga do alto de uma ponte em um rio e é interpretada e dada como morta pelos estupradores.
Para quem assiste ao filme e não desistiu enojado vem a parte que constitui o arquétipo feminino, de assistir a uma violência implacável com um sabor doce. Jennifer não morre e consegue se recuperar dos danos físicos causados a ela. Mas ela volta incorporando em sua consciência a vingança. Ela não tem mais quase expressão humana. Existem momentos em que só dá para perceber vultos, como se fosse uma fantasmagoria da destrutividade humana. Ela volta com uma violência ardilosa, ela tortura homeopaticamente com a maior calma do mundo. A reação machista ao filme tem sido expressa por boa parte dos críticos de cinema. No mercado teve 35% no Rotten Tomatoes e Roger Ebert deu “zero estrela”, o mesmo que deu ao filme original e descreveu-o como ”remake desprezível de um filme desprezível”. Ebert não se referiu à qualidade técnica com indignação pelo roteiro de I Spit on Your Grave. Ele diz: “o filme apresenta um senso falso de equivalência moral”, e completou, “se eu estupro alguém, eu cometi um crime. Porém, se você me matar, estará cometendo outro”.
Curiosamente Mick La Salle, do jornal San Francisco Chronicle, escreveu: “além de todas as coisas óbvias sobre o filme, I Spit on Your Grave tenta fazer com que as pessoas odeiem umas às outras, abstraindo a questão-chave do filme que se refere à violência masculina (cf. Vigarrello, 2001; Washington, 2003; Blancher, 2004; Nadai, 2012; Engel, 2017). O filme, porém, não recebeu apenas críticas machistas, a grande imprensa veio através do jornal The New York Times para apenas atenuá-la. Afirma que o filme demonstra uma fantasia de vingança de mulheres que passaram por uma situação parecida e que I Spit on Your Grave é extremamente eficiente em saciá-la. O jornal The New York Post também ofereceu suporte machista ao filme e disse que os espectadores devem ver como as pessoas podem lidar com situações extremas de violência e com o sentimento de vingança. V. A. Musetto  refere-se à personagem principal para inferir que ela não apenas quer matar seus violentadores, mas quer que eles passem por sofrimento e compara o enredo com a Lei de Talião, “olho por olho, dente por dente”. A revista Fangoria, especializada em filmes de horror, disse que o remake é tão cru e perturbador em banalidade do mal, precisamente pela sua qualidade técnica-metodológica do uso da imagem em expor a tópica da angústia e do sofrimento feminino.
Autores notaram a extrema confusão que reina na demasiado rica terminologia do imaginário: signos, imagens, símbolos, alegorias, emblemas, arquétipos, esquemas (schémas), esquemas (schèmes), ilustrações, representações, diagramas e sinepsias são termos empregados pelos analistas do imaginário social. O esquema é uma generalização dinâmica e afetiva da representação da imagem, constitui a factividade e a não-substantividade geral do parcours imaginário. O esquema aparenta-se ao que Jean Piaget, na esteira de Herbert Silberer, chama “símbolo funcional” e ao que Gaston Bachelard na filosofia chama de “símbolo motor”. Faz a junção ente dos gestos inconscientes da sensório-motricidade, entre as dominantes reflexas e as representações. São esses esquemas que na antropologia do imaginário formam o “esqueleto dinâmico”, o esboço funcional da imaginação. A diferença entre os gestos reflexológicos que Gilbert Durand descreve analogamente e os esquemas é que estes últimos já não são apenas abstratos engramas teóricos, mas trajetos encarnados em representações concretas bem mais precisas. Os gestos diferenciados em esquemas vão determinar, em contato com o ambiente natural e social, os grandes arquétipos que Jung os definiu. Os arquétipos constituem as substantificações dos esquemas. Carl Jung vai buscar esta noção em Jakob Burckhardt e faz dela sinônimo de origem primordial, de enagrama, de margem original, de protótipo social.

O pensador evidencia claramente o caráter de trajeto antropológico dos arquétipos quando escreve que a imagem primordial deve incontestavelmente estar em relação com certos processos perceptíveis da natureza que se reproduzem sem cessar e são sempre ativos, mas por outro lado é igualmente indubitável que ela diz respeito também a certas condições inferiores da vida do espírito e da dinâmica da vida em geral. Bem longe de ter a primazia sobre a imagem, a ideia seria tão-somente o comprometimento pragmático do arquétipo imaginário num contexto histórico e epistemológico dado. Neste sentido, o mito representa um sistema dinâmico de símbolos, arquétipos e esquemas, sistema dinâmico que, sob o impulso de um esquema tende a compor uma narrativa. O mito é já um esboço de racionalização, dado que utiliza o fio do discurso, no qual os símbolos se resolvem em palavras e os arquétipos em ideias culturais. O mito explicita um esquema ou um grupo de esquemas. Do modo que o arquétipo promovia a ideia, o símbolo o nome, concordamos com Gilbert Durand que o mito promove a doutrina religiosa, o sistema filosófico ou, como bem anteviu Émile Bréhier, a “narrativa histórica e lendária”.  Foi este princípio, que o psicólogo Carl Jung sentiu abrangido por seus conceitos de “Arquétipo” e “Inconsciente coletivo”, justamente o que uniu o médico psiquiatra Jung ao físico Wolfgang Pauli, dando início às pesquisas interdisciplinar em física e psicologia. A sincronicidade se manifesta às vezes atemporalmente e/ou outras vezes em eventos acausais, e em ambos os casos são violados simbolicamente alguns princípios associados ao paradigma científico vigente.

       O filme Doce Vingança funciona moralmente e revela muito bem em temos da chamada “permanente vingança”. Um a um, os estupradores vão sendo lentamente mortos por Jennifer. As torturas vão desde mergulhar o rosto em ácido a cortar o pênis fora. É reconhecido como um clássico! A Vingança de Jennifer é um digno exploitation produzido artesanalmente com baixíssimo custo no final da década de 1970. Com teor elevado de violência, a realização assinada por Meir Zarchi provocou polêmica e recebeu censura masculinista por onde passou: - “El machismo es un ideal injusto de supremacia del hombre sobre la mujer”. Contudo, A Vingança de Jennifer é um cult dentro do gênero e recebe atualização pelas mãos do norte-americano Steven R. Monroe, cujo trabalho mais célebre era Aprisionados. Eis uma refilmagem que dá nova perspectiva ao original, conservando-o. O primeiro ato de A Vingança de Jennifer é refeito em Doce Vingança sem maiores modificações. Jennifer Hill, agora vivida por Sarah Butler, em seu primeiro papel no cinema, é uma jovem escritora que se isola em uma cabana para escrever seu segundo romance. Antes de chegar ao seu destino, ela se depara com três homens rudes e com más intenções. Na segunda noite de estada, todo ele, acompanhado por um portador de doença mental que faz bicos como encanador, invade o local e submetem a moça a inúmeras humilhações. A chegada de um novo personagem culminará no estupro de Jennifer. Deste ponto em diante, o roteirista Stuart Morse arquiteta cinematograficamente a questão da vingança de Jennifer.
Na versão original, a Jennifer, de Camille Keaton, neta de Buster Keaton usa o poder de sedução para persuadir seus algozes. Em Doce Vingança, Jennifer reprisa o episódio da qual foi vítima, agora no papel que não pode ser definido simplesmente como de uma vilã. O resultado são cenas de violência que desconcertam o filme de Meir Zarchi. Avaliando que aqui os recursos são tão limitados quanto antes, o mérito é ainda maior para uma história que nos convida a nos deparar com nossas próprias reações numa encenação de justiça como vingança feminina. Sem possibilidade de ajuda, Jennifer vê o tempo passar e sabe que sua morte é apenas uma questão de tempo, já que ela se transformou numa testemunha perigosa de toda a brutalidade masculina. E as cenas, sempre fortes, são mostradas em tempo real, minuto a minuto. A única possibilidade de fuga é encontrada à beira de um rio, no qual ela se joga e desaparece nas águas, para desespero e medo dos agressores, que temem que ela sobreviva. Durante vários dias, eles retornaram o local em busca do corpo, mas nada encontram. Com o passar do tempo, acabam relaxando, acreditando em sua morte. Ela persegue os agressores, para concretizar a vingança feminina, que pode ser doce para ela, mas é amarga para os homens que a sofrem e para quem a presencia nas telonas do cinema. Jennifer não dá a outra face, no sentido da punição cristã. Segue a Lei de Talião para o reprimir ou punir socialmente o mal que lhe fizeram. A prática não consensual do sexo, imposto por meio de violência ou ameaça de qualquer natureza por ambos os sexos.
A Lei de talião, também bendita chamada pena de talião, consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena, isto quer dizer, apropriadamente chamada retaliação. A perspectiva da lei de talião é o de que uma pessoa que feriu outra pessoa deve ser penalizada em grau semelhante. E a pessoa que infligir tal punição deve ser a parte lesada. Em interpretações mais suaves, significa que a vítima recebe o valor estimado da lesão em compensação. A intenção por trás do princípio era restringir a compensação ao valor da perda. Lei de talião é encontrada em muitos códigos de leis antigas. Ela pode ser encontrada nos livros do Antigo Testamento do Êxodo, Levítico e Deuteronômio. Mas, originalmente, a lei aparece no código babilônico de Hamurabi datado de 1.770 antes de Cristo, que antecede os livros de Direito judeus por centenas de anos. O rei Hamurabi foi responsável pela compilação dessas leis de forma escrita, quando prevalecia a tradição oral. Ao todo é o código 282 artigos a respeito de relações de trabalho, família, propriedade, crimes, escravidão e a Lei de talião.


 Sarah Butler tinha reservas em aceitar o papel, já que não gosta de assistir filmes de terror por considerá-los de forma  psicológica e perturbadores. Seu agente, entretanto,  convenceu-a em aceitar o papel, que assim impulsionou sua carreira posteriormente. Após o sucesso de bilheteria e crítica Sarah não lançou nenhum filme com bilheteria e críticas notáveis, mas vem desempenhando papéis em filmes menos reconhecidos como O Garoto de Ouro (2012), filme esportivo em que ela interpreta Amy, namorada do personagem principal interpretado pelo ator Wes Chatham. Atuou ainda em Perigos da Mente (2013) como uma jovem problemática que se torna obsessiva por um casal em férias e Os Dementes (2013) filme de terror onde interpreta Sharley. Recentemente Sarah voltou a franquia que a lançou no cinema, interpretando novamente Jennifer Hills na sequência fílmica Doce Vingança 3: A Vingança é Minha (2015) lançado em circuito de cinemas limitados da Rússia, em seguida nos cinemas da Austrália e nos Estados Unidos da América. Ipso facto no Japão, em catálogo para países direto no mercado de Home Vídeo. Sarah Butler ainda continua em pós-produção do suspense Nigthmare Nurse (2016) e do drama Moontrap Target Earth.  Butler começou a filmar o thriller psicológico The Stranger Within, com Estella Warren e William Baldwin em Mallorca, Espanha em novembro de 2011. O filme estava programado para ser filmado em Copenhague, na Dinamarca e em Nova York. Butler então se juntou ao elenco do thriller independente Treachery, estrelado por Michael Biehn, que começou a filmar em Los Angeles em junho de 2012. 
Em 2013 Butler estrelou o filme de terror The Demented, com Michael Welch e Kayla Ewell, e o filme de antologia Twisted Tales, de Tom Holland, representando “um especialista em descarte de bombas no segmento Boom”. Em 2014, interpretou neste drama psicológico a vítima de assassinato no episódio Era uma vez no oeste do famoso drama de televisão da ABC Castle uma série de televisão norte-americana de comédia dramática policial num total de oito temporadas. Estreou em 2009 e foi criada por Andrew W. Marlowe. Narra a história social de Richard Castle, um escritor de livros bem-sucedido e Kate Beckett, uma detetive de homicídios da violenta cidade de Nova Iorque, onde eles resolvem juntos vários crimes urbanos. Em 12 de maio de 2016, foi anunciado que, apesar de alguns membros do elenco terem assinado contratos de trabalho por mais um ano para uma potencial nona temporada a série foi cancelada. Richard Castle (Nathan Fillion) é um autor de livros de policiais. Quando um assassino começa a copiar as mortes descritas nos seus livros, a polícia chama-o para prestar depoimento, pois é o principal suspeito. Depois de ser liberado, Castle começa a ajudar a polícia na resolução deste crime. Com isto, ele conhece a detetive Kate Beckett (Stana Katic), uma mulher durona, mas muito inteligente. Quando o crime é finalmente resolvido, Castle consegue, através da amizade com o prefeito de Nova York, a ser um colaborador nos futuros casos da NYPD com a desculpa de fazer pesquisa para o seu novo livro. O convívio com a detetive Beckett, faz ele criar a personagem Nikki Heat, inspirando-se na sua musa: Kate Beckett.    
 Em 2015, Butler reprisou seu papel como Jennifer Hills em I Spit on Your Grave III: Vengeance Is Mine, uma sequela de I Spit on Your Grave, de 2010. Butler co-estrelou com Lindsay Hartley e Traci Lords no filme de 2016 da Lifetime Nightmare Nurse. Ela também interpretou uma comediante no filme Before De Sun Explodes, de Debra Eisenstadt, que estreou no festival de cinema South by Southwest de 2016.  O convidado de Butler estrelou a série de televisão da ABC, Grey`s Anatomy, interpretando Danielle no episódio “Você não fez nada”.  Em 2017, estrelou com Charles Shaughnessy em Moontrap Target Earth, dos produtores do filme de ficção científica de 1989 Moontrap. Ela também estrelou o filme Infidelity in Suburbia, da Lifetime, como Laura, “uma mulher que inicia um relacionamento extraconjugal”. Butler também aparecerá no filme Duvidando Thomas. Mais recentemente, Butler se juntou ao elenco do filme de terror independente do escritor e diretor Chris Blake, All Light Will End, ao lado de Andy Buckley, John Schuck e Sam Jones III. Ainda que o estupro vitime ambos os sexos, as mulheres são as vítimas historicamente mais atingidas. Uma mulher segura de si certamente conseguirá atrair qualquer homem que ela desejar, isso porque os homens são em tese muito mais facilmente vulneráveis.  
O poder de uma mulher não está apenas no seu aspecto huamno físico, nem necessariamente na sua beleza ou encanto feminino. Todas as mulheres são guerreiras por natureza. Não têm um aspecto dito frágil idealizado pelo sexo masculino. E evidentemente não carregam as maiores das delicadezas como pensam, mas conseguem ter a força de uma violenta tempestade e assim são capazes de poder irem até ao fim por aquilo em que acreditam. Para caracterizar esta atividade, pode-se recorrer a diversos modelos. Pode ela ser considerada uma espécie de bricolagem que Claude Lévi-Strauss analisa levando em conta a sua etnografia sobre o pensamento selvagem. Melhor dizendo um arranjo realizado com meios marginais, ou uma produção sem relação de entendimento com um projeto, que reajusta os resíduos  de construções e destruições em atos anteriores. Mas contrariamente aos universos mitológicos, se esta produção organiza também acontecimentos, que dispensa na duração, o desafiar de um tempo não reunido, mas disseminado em repetições e em diferenças de gozos, em memórias e em acontecimentos sucessivos.
Indicamos estudos de caso de utilizações das expressões  geralmente atribuídas às vitimas: mentirosa, vadia e idiota como alguns dos xingamentos ouvidos pela estudante norte-americana Daisy Coleman, depois que ela denunciou ter sido estuprada por vários adolescentes, entre eles, o filho de uma família influente da cidade de Maryville, no Missouri, Estados Unidos. A perseguição não parou por aí: a casa de sua família foi incendiada. A história social de Daisy faz parte do documentário Audrie e Daisy, disponível na Netflix, que fala do estupro cometido contra ela e outra jovem, Audrie Pott. Audrie se suicidaria oito dias depois. O documentário narra a história social de duas garotas norte-americanas, Audrie Pott e Daisy Coleman, de 15 e 14 anos, respectivamente, que foram estupradas por rapazes que consideravam seus amigos. Depois que elas o denunciarem, sofreram ainda agressões da comunidade onde todos viviam. Fotos de Audrie sofrendo a violência foram compartilhadas na internet, o que contribuiu para que ela se enforcasse oito dias depois. Listamos esse e outros títulos da Netflix (2019) sobre histórias de estupros que demonstram a descrença como as denúncias são tratadas, além das consequências avassaladoras na vida das vítimas. Netflix é uma provedora global de filmes e séries de televisão via streaming sediada em Los Gatos, Califórnia nos Estados Unidos da América, e que atualmente possui mais de 160 milhões de assinantes. Fundada em 1997 nos Estados Unidos da América, a empresa surgiu como um serviço de entrega de DVD pelo correio. 
Bibliografia geral consultada.

ECO, Umberto, Apocalittici e Integrati. Milano: Bompiani Editore, 1964; Idem, Appunti per una Semiologia delle Communicazioni Visivi. Milão: Bompiani Editore, 1967; REICH, Wilhelm, La Función del Orgasmo. Buenos Aires: Ediciones Paidós, 1974; Idem, O Combate Sexual da Juventude. 2ª edição. Lisboa: Editor Antídoto, 1978; VIGARRELLO, Georges, Storia della Violenza Sessuale. Veneza: Marsilio Editore, 2001; WASHINGTON, Harold, “Estupro como Metáfora Militar na Bíblia Hebraica”. In: Profetas a Partir de uma Leitura de Gênero. Org. de Athalya Brenner. São Paulo: Edições Paulinas, 2003; BLANCHER, Mercedes, A Violência Contra as Mulheres na Vida Cotidiana - Um Estudo no Livro da Aliança a partir do Êxodo 20, 22-23. Tese de Doutorado. São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2004; AVRITZER, Leonardo, A Moralidade da Democracia. São Paulo: Editora Perspectiva, 2004; HERNÁNDEZ, Fernando, “¿ De qué Hablamos quando Hablamos de Cultura Visual?”. In: Educação & Realidade, 30 (2): 9-34, jul./dez. 2005; BIALER, Uri, Cross on the Star of David: The Christian world in Israel’s foreign policy, 1948- 1967. Bloomington: Indiana University Press, 2005; YERKES, Andrew, Americanismo do Século XX: Identidade e Ideologia na Ficção de Esquerda da Era da Depressão. New York: Routledge, 2005; ABRAHÃO, Miguel Martins, O Strip do DiaboSão Paulo: Editor Agbook, 2009; HIRATA, Helena (Org.), Dicionário Critico do Feminismo. 1ª edição. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, 2009; DURKHEIM, Émile, Da Divisão do Trabalho Social. 4ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 2010; PEREIRA, Luciano, Depressão: Mobilização e Sofrimento Social. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Filosofia. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2010; ALVES, Jaime Amparo, Macabre Spatiality: The Politics of Race, Gender and Violence in a Neoliberal City. Tese de Doutorado em Antropologia. Austin: Universidade do Texas, 2012; COHN, Gabriel, Sociologia da Comunicação. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes, 2014; LIMA, André Estefam Araújo, Dignidade Sexual como Fruto da Dignidade da Pessoa Humana: Homossexualidade, Prostituição e Estupro. Tese de Doutorado em Direito. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2016; entre outros.

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* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes. São Paulo: Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Adjunto IV da Coordenação do curso de Ciências Sociais. Centro de Humanidades. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará.

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