sábado, 21 de maio de 2016

Palmeiras F. C. - Breve História Social & O Divino Ademir da Guia.

                      “Sem o Ademir da Guia o Palmeiras é menos Palmeiras”. Rubens Minelli                                                      
                                           
A imigração italiana no Brasil teve como ápice o período entre 1880 e 1930. Os ítalo-brasileiros estão concentrados principalmente pelos estados do Sul e do Sudeste do Brasil. São descendentes da enorme classe de trabalhadores imigrantes italianos que chegaram ao Brasil entre 1870 e 1960. Não existem dados concretos sobre o número de descendentes de italianos no Brasil, visto que o censo nacional do IBGE não pesquisa, equivocadamente, “a ancestralidade do povo brasileiro há várias décadas”. No último censo a questionar a ancestralidade, o de 1940, 1.260.931 brasileiros disseram ser filhos de pai italiano, enquanto que 1.069.862 disseram ser filhos de mãe italiana. Os italianos natos eram aproximadamente 285 mil e os naturalizados brasileiros, 40 mil. Portanto, italianos e filhos eram pouco mais de 3,8% da população do Brasil em 1940.
Segundo pesquisa do demógrafo Giorgio Mortara (1885-1967), complementada na década de 1980 por Judicael Clevelário, apenas entre 16% e 18% da população brasileira descendia de imigrantes entrados no Brasil após 1840, incluindo italianos e de todas as outras nacionalidades. Os ítalo-brasileiros são considerados a maior população de “oriundi”, descendentes de italianos fora da Itália. Os ítalo-brasileiros mantêm os costumes tradicionais italianos, assim como parte da população brasileira, que acabou por absorvê-los por causa do impacto cultural da imigração italiana no Brasil. A contribuição dos italianos é notavelmente em quase todos os setores da sociedade brasileira, principalmente na mudança socioeconômica que produziram no campo e nas cidades. Podemos citar desde o modo de vida que mudou profundamente, influenciado pelo catolicismo, como nas artes, música, arquitetura, futebol, alimentação e no empreendedorismo na abertura de empresas, como trabalhadores especializados. 

  

A modelo Rafaella Gonçalves surgiu no cenário nacional após ter suas fotos divulgadas no portal que seleciona e escolhe as representantes de torcidas consideradas as mais “Belas das Torcidas”, Rafaella que é formada em Administração de Empresas, mora e trabalha em Campo Grande, MS surgiu no cenário sul-mato-grossense como umas das mais belas modelos do estado e ganha projeção nacional. Com uma beleza diferenciada e um carisma, no sentido sociológico, encantador Rafaella foi escolhida para representar o Palmeiras F. C. pelo estado no tão concorrido concurso do Universo On Line que escolhe o status da representante de cada time de futebol para o homenageado titulo de “Belas das Torcidas de 2015 do Portal”, após uma pré-seleção formada por um júri de jornalistas esportivos onde suas fotos foram divulgadas no portal e aberta para votação do publico pela rede mundial de computadores - internet. 
No campo, no caso da imigração italiana, podemos citar a introdução de novas técnicas agrícolas, e principalmente na contrastante mudança do latifúndio para pequenas propriedades agrícolas e na introdução da policultura de produtos. A grande maioria dos ítalo-brasileiros está no sul e no sudeste do Brasil, mas há ítalo-brasileiros também em outras regiões do Brasil. Muitos ítalo-brasileiros já residentes no Brasil, em especial no sul, migrariam para estados do Centro-Oeste – em especial para o Mato Grosso do Sul. No Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo, alguns ítalo-brasileiros ainda falam italiano e outros dialetos regionais da Itália, mas ítalo-brasileiros mais jovens costumam falar apenas português. A embaixada italiana no Brasil, em 2013, divulgou o número de 30 milhões de descendentes de imigrantes italianos, sociologicamente representando aproximadamente 15% da população brasileira, comparativamente, constituindo quase a metade no estado de São Paulo. 

Ademir da Guia, nascido no Rio de Janeiro, em 3 de abril de 1942, é um ex-futebolista brasileiro, considerado pela torcida e pela imprensa o maior ídolo da história do Palmeiras, no qual foi titular absoluto por mais de dezesseis anos, durante a época da chamada Academia, onde era o craque e a figura central. É também classificado pela crítica especializada como um dos melhores jogadores do futebol brasileiro de todos os tempos. Pela classe com que jogava, herdou parte do apelido de seu pai, Domingos da Guia, o Divino Mestre, e passou a ser chamado de Divino. É tido como um dos craques mais injustiçados do futebol brasileiro, pois durante toda a sua longa carreira, foi convocado apenas 14 vezes para a Seleção, e disputou apenas uma partida em Copas do Mundo (1974), na disputa pelo 3º lugar contra a seleção da Polônia. 
  O conceito de figuração distingue-se de outros conceitos teóricos da sociologia por incluir expressamente os seres humanos em sua formação social. Contrasta, portanto, decididamente com um tipo amplamente dominante de formação de conceitos que se desenvolve sobretudo na investigação de objetos sem vida, portanto no campo da física e da filosofia para ela orientada. Há figurações de estrelas, assim como de plantas e de animais. Mas apenas os seres humanos formam figurações uns com os outros. O modo de sua vida conjunta em grupos grandes e pequenos é, de certa maneira, singular e sempre co-determinado pela transmissão de conhecimento de uma geração a outra, por tanto por meio do ingresso singular do mundo simbólico específico de uma figuração já existente de seres humanos. Às quatro dimensões espaço-temporais indissoluvelmente ligadas se soma, no caso dos seres humanos, uma quinta, a dos símbolos socialmente apreendidos. Sem sua apropriação, sem, por exemplo, o aprendizado de uma determinada língua especificamente social, os seres humanos não seriam capazes de se orientar no seu mundo nem de se comunicar uns com os outros. Um ser humano adulto, que não teve acesso aos símbolos da língua e do conhecimento de determinado grupo permanece fora de todas as figurações humanas, pois não é um ser humano. As definições de controle são demasiado amplas e vagas seria legítimo indagar, escolhendo-as mais ou menos ao acaso, para inferir que resultam em termos de um controle, isto é, qualquer estímulo ou complexo de estímulos que provoca uma determinada reação.

Assim, pois, todos os estímulos são controles, pois representam a direção do comportamento por influências grupais, estimulando ou inibindo a ação individual ou grupal. O controle social pode ser definido como a soma total ou, antes, o conjunto de padrões culturais, símbolos sociais, signos coletivos, valores culturais, ideias e idealidades, tanto como atos quanto como processos diretamente ligados a eles, pelo qual a sociedade inclusiva, cada grupo particular, e cada membro individual participante superam as tensões e os conflitos entre si, através do equilíbrio temporário, e se dispõem a novos esforços criativos. Ipso facto, em toda a dimensão da vida associativa deverá haver algum ajustamento de relações sociais tendentes a prevenir a interferência de direitos e privilégios entre os indivíduos. De maneira mais específica, são três as funções do estabelecidas pelo controle social: a obtenção e a manutenção da ordem social, da proteção social e da eficiência social. O seu emprego hic et nunc na investigação sociológica contribuiu consideravelmente para produzir uma simplificação ou redução na análise dos problemas sociais, conseguida proporcionalmente, graças à compreensão positiva da integração das contradições correspondentes no sistema de organização das sociedades e da importância relativa de cada um deles, como e enquanto expressão do jogo social.  Embora obscuro e equívoco, em seu significado corrente, o conceito de controle é necessário à sociologia na modernidade, encontraram um sistema de referências propício à sua crítica científica, seleção lógica e coordenação metódica.  

O crescimento de um jovem convivendo e habitando comum em figurações humanas, como processo social e experiência, assim como o aprendizado de um determinado esquema de autorregulação na relação com os seres humanos, é condição indispensável ao desenvolvimento rumo à humanidade. Socialização e individualização de um ser humano, são nomes diferentes para o processo. Cada ser humano assemelha-se aos outros, e é, ao mesmo tempo, diferente de todos os outros. O mais das vezes, as teorias sociológicas deixam sem resolver o problema da relação entre indivíduo e sociedade. Quando se fala que uma criança se torna um indivíduo humano por meio da integração em determinadas figurações, como, por exemplo, em famílias, em classes escolares, em comunidades aldeãs ou em Estados, assim como mediante a apropriação e reelaboração de um patrimônio simbólico social, conduz-se o pensamento por entre dois grandes perigos da teoria e das ciências humanas: o perigo de partir de um indivíduo a-social, portanto como que de um agente que existe por si mesmo; e o perigo de postular um “sistema”, um “todo”, em suma, uma sociedade humana que existiria para além do ser humano singular, para além dos indivíduos. Embora não possuam um começo absoluto, não tendo nenhuma outra substância a não ser seres humanos gerados familiarmente por pais e mães, as sociedades humanas não são simplesmente um aglomerado cumulativo dessas pessoas. O convívio dos seres humanos em sociedades tem sempre, mesmo no caos, na desintegração, na maior desordem social, uma forma absolutamente determinada. É isso que o conceito de figuração exprime.

O processo de concentração física de força pública se acompanhada de uma desmobilização da violência ordinária. A violência física só pode ser aplicada por um agrupamento especializado, especialmente mandatado para esse fim, claramente identificado no seio da sociedade pelo uniforme, portanto um agrupamento simbólico, centralizado e disciplinado. A noção de disciplina, sobre a qual Max Weber escreveu páginas magníficas, é capital: não se pode concentrar a força física sem, ao mesmo tempo, controla-la, do contrário é o desvio da violência física, e o desvio da violência física está para a violência física assim como o desvio de capitais está para a dimensão econômica: é o equivalente da concussão. A violência física pode ser concentrada num corpo formado para esse fim, claramente identificado em nome da sociedade pelo uniforme simbólico, especializado e disciplinado, isto é, capaz de obedecer como um só homem a uma ordem central que, em si mesma, não é geradora de nenhuma ordem. O conjunto das instituições mandatadas para garantir a ordem, a saber, as forças públicas e de justiça, são, portanto, separadas pouco a pouco do mundo social corrente. Essa concentração do capital físico se realiza em um duplo contexto. O desenvolvimento do exército profissional está ligado à guerra, assim como o imposto; mas há também a guerra interior, civil, a arrecadação do imposto como uma espécie de guerra civil.   

A estratégia do passado historicamente que visava organizar novos espaços urbanos transformou-se meramente em artifícios políticos e muito pouco em torno de reabilitação de patrimônios. Depois de haver inconscientemente projetado a cidade futura, torna-se uma cidade frequentada por sua estranheza, muito mais elevada aos excessos que reduzem o presente, a nada mais que simples escombros como caixas d`água que deixam escapar seu domínio do tempo. Mas, todavia, os técnicos se denunciam já no quadriculamento que atrapalhavam os planejadores funcionalistas que deviam fazer tábula rasa das opacidades contidas nos projetos de cidades transparentes. Afinal qual o urbanismo que não descontroem mais do que uma guerra a questão da memória e da história aldeã, operária, com casas desfiguradas, fábricas desativadas, universidades sem vida, cacos de histórias naufragadas que hoje formam as ruínas de uma cidade fantasma ou fantasmas da cidade, antes modernista, cidade de massa, homogênea, como os lapsos de uma linguagem que se desconhece, quem sabe inconsciente. Mas elas surpreendem. O imaginário individual (sonho) e coletivo (os mitos, os ritos, os símbolos), em primeiro lugar, são as coisas que o soletram. Eles têm uma função socialmente, surpreendente que é consiste em abrir uma profundidade no presente, mas não têm mais o conteúdo que provê de sentido a estranheza do passado. Suas histórias deixam de ser pedagógicas para inferir um final claramente trágico. 

O Estado se constitui, portanto, em relação à forma de governo um duplo contexto: de um lado, efeitos de poder político em relação a outros Estados, atuais ou potenciais, isto é, os princípios concorrentes – portanto, precisa concentrar “capital de força física” para travar a guerra pela terra, pelos territórios; de outro lado, em relação a um contexto interno, a contrapoderes, isto é, príncipes concorrentes ou classes dominadas que resistem à arrecadação do imposto ou ao recrutamento de soldados. Esses dois fatores favorecem a criação de exércitos poderosos dentro dos quais se distinguem progressivamente forças propriamente militares e forças propriamente policiais destinadas à manutenção da ordem interna. Essa distinção exército/polícia, evidente hoje, tem uma genealogia extremamente lenta, as duas forças têm sido por muito tempo confundido. O desenvolvimento do imposto está ligado às despesas de guerra. O nascimento do imposto é simultâneo a uma acumulação extraordinária de capital detido pelos profissionais da gestão burocrática e à cumulação de um imenso capital informacional. É o vínculo institucional entre Estado e estatística: o Estado está associado a um conhecimento racionalmente previsível do mundo social e governamental. A estatística em como representação o campo da matemática que relaciona fatos sociais e números em que há um conjunto de métodos que nos possibilita coletar dados e analisá-los, assim sendo possível realizar alguma interpretação deles.     
Graças a Ademir e aos demais jogadores da Academia, o Palmeiras tornou-se um dos únicos times brasileiros a fazer frente a extraordinária agremiação Santos F. C. da dupla dinãmica Pelé e Coutinho. Durante a passagem do jogador Divino pelo alviverde, o clube paulistano foi pentacampeão brasileiro. Se não fosse o Palmeiras, o clube de Santos teria sido campeão paulista onze vezes seguidas. Anos depois de ter encerrado a carreira como desportista, Ademir da Guia investiu na política  tornando-se vereador de São Paulo em 2004. Foi inicialmente eleito pelo PC do B e migrou posteriormente para o Partido Liberal, atual Partido da República-PR. Concorreu, sem sucesso, a uma vaga de deputado estadual nas eleições em São Paulo em 2014 pelo Partido Republicano Progressista - PRP. Ademir da Guia é filho do zagueiro brasileiro Domingos da Guia. Alto e esguio chegou a atuar como centroavante no início da carreira, mas sempre preferiu atuar na posição de  meio-de-campo, talvez devido à sua habilidade e posição-chave no futebol que proporciona ao jogador maior visibilidade de jogo.               
Chegou a São Paulo em 1961 vindo do Bangu-RJ, clube que o revelou para o futebol, assim como a seu pai e a seu tio, Ladislau da Guia, até hoje maior artilheiro da história do Bangu, com 215 gols, para jogar no Palmeiras onde permaneceu até encerrar a carreira em 1977. Formou o célebre meio-de-campo Dudu & Ademir. Foi cinco vezes campeão Brasileiro, cinco vezes campeão Paulista e tem a impressionante marca de 901 jogos disputados, 153 gols marcados 509 vitórias e 158 derrotas, dezenas de outros títulos conquistados, entre campeonatos oficiais e torneios nacionais e internacionais. Em 1984, já aposentado, jogou um amistoso festivo pelo Palmeiras. Em 2001, teve sua biografia publicada. Em 2006, teve documentário sobre a sua carreira, intitulado: Um craque chamado Divino. No dia 25 de outubro de 2014, foi realizado um jogo festivo para 10 mil convidados em homenagem a Ademir da Guia, já com 72 anos de idade. A festa ocorreu no Allianz Parque, nova arena do Palmeiras F. C. inaugurada dias depois. 
            O Rio Grande do Sul é um estado brasileiro que apresenta marcante presença de italianos. Vivem no estado três milhões de descendentes de italianos, a maioria de origem veneta. Ao retratar o Vêneto oitocentista, região italiana de onde veio 30% dos  imigrantes italianos no Brasil, o historiador Emilio Franzina escreveu que podia-se morrer de inanição e que a única alimentação da classe rural não passava de polenta, uma vez que a carne de vaca era um mito e o pão de farinha de trigo inacessível pelo seu alto preço. Em outras regiões da Itália e em outros países europeus a situação não era diferente: a fome e a miséria assolavam a Europa. O camponês europeu nutria grande amor pelo seu pedaço de terra e toda a sua existência girava em torno da manutenção da sua propriedade. O seu mundo não ia além da comunidade a qual pertencia e seu ideal econômico era a autossuficiência. O continente americano aparece, nesse contexto, como um destino sonhado por milhões de europeus, que imigravam com a promessa de se tornarem grandes proprietários agrícolas. Foi assim que milhões de camponeses europeus, fora do seu vilarejo de origem, tornaram-se emigrantes.
            Sob a liderança do Chief Marketing Officer, Roberto Trinas, o Palmeiras reforçou o Departamento de Marketing com novos profissionais da área pretendendo globalizar ainda mais a imagem do Verdão e fortalecer a relação com os parceiros e com a torcida palestrina, que têm sido uma das principais razões da evolução do clube nesta temporada. - “É um momento especial da história do Palmeiras. Um momento de gestão profissional, de valorização da marca e do desenvolvimento de uma série de iniciativas junto aos patrocinadores e à torcida, em especial por meio do programa Avanti, que está próximo dos 130 mil sócios-torcedores”. Há 20 anos atuando na área de marketing, sabe qual caminho para angariar novos benefícios ao Verdão.- “Queremos ser percebidos como provedores de soluções comerciais e trabalhar com parcerias estratégicas em uma perspectiva de longo prazo em diversas categorias e segmentos de mercado”, sobre o Allianz Parque como um grande diferencial.
Primeiramente, os imigrantes italianos buscaram trabalho nas cidades. Em seguida, nos países vizinhos, numa migração sazonal quando a demanda por mão de obra aumentava, como em época de colheitas. Depois, regressavam para casa. Quando essas alternativas já não surtiam mais efeito, buscaram a emigração transoceânica, sobretudo para os países das Américas. Estados Unidos, Canadá e Argentina eram países que tinham a capacidade de atrair grande número de imigrantes espontâneos. O Brasil, por sua vez, teve que apelar para uma migração subvencionada, na qual o próprio governo brasileiro pagava a passagem dos imigrantes. Do fim das Guerras Napoleônicas até a década de 1930, 60 milhões de europeus emigraram. Destes, 71% vieram para a América do Norte, 21% para a América Latina, sobretudo Argentina e Brasil e 7% para a Austrália. A nacionalidade que mais imigrou para a América Latina foi a italiana, superando os espanhóis e os portugueses. Dos 11 milhões de imigrantes que vieram para a América Latina, 38% eram italianos, 28% eram espanhóis e 11% eram portugueses, embora estes tenham tido a primazia sobre a colonização brasileira.
         Após dominar o cenário do futebol italiano e europeu na década de 1940, onde venceu inúmeros campeonatos em Itália e foi a base da seleção italiana por um bom tempo, a delegação do Torino envolveu-se num acidente aéreo no dia 4 de maio de 1949, quando voltava de Lisboa após um amigável contra o Benfica. O futebol mundial perdera uma das suas melhores equipas de todos os tempos. Na chegada a Turim, milhares ficaram de luto e compareceram aos velórios e ao enterro dos integrantes da equipa. Cerca de 500 mil pessoas compareceram aos funerais dos jogadores. Hoje o Torino disputa a Serie A da Itália. E como os jogadores do Torino eram a base da seleção, os italianos perderam as esperanças de vencer o tricampeonato no Mundial de 1950. Desse estado de luto e tristeza geral, surgiu o modo italiano de jogar. Esse talvez tenha sido o mais marcante acidente aéreo de toda a história, por tudo que significava a equipe do Torino na época da tragédia. Era líder do Campeonato Italiano e faltavam apenas quatro jornadas para o fim da temporada. Havia vencido 4 títulos italianos seguidos e preparava-se para o quinto. A melhor equipe da época e base da seleção italiana teve o seu fim a algumas milhas de Turim, sob forte nevoeiro. A aeronave chocou contra uma das torres da Basílica de Superga. Acontecia uma tragédia que marcaria para sempre a história social do futebol italiano e evidentemente mundial do meio desportivo. Não houve sobreviventes.
         A TV Palmeiras atingiu numa noite de sexta-feira uma marca histórica: 300 mil inscritos. O número leva a TV online do Verdão à oitava colocação no ranking mundial. É o primeiro clube não europeu a atingir essa marca. Os vídeos divulgados no site YouTube com bastidores de jogos oficiais, coberturas de treinos, matérias especiais, dentre outros, já superam 18 milhões de visualizações. Nem tudo é crise no Palmeiras. O clube atingiu a marca de 43 mil inscritos em seu programa de sócio torcedor - e pela primeira vez atingiu a marca que é exatamente a capacidade do estádio Allianz Parque. Ao longo dos anos, inúmeros atletas de prestígio nacional e mundial foram formados na base alviverde, entre os quais se destacam nomes como Mazzola, Vágner Love, Marquinho, Taddei e Jorginho Putinatti. Tradicional formador de goleiros, o Verdão também mantém ativa sua Academia de Goleiros, pela qual passaram arqueiros como Marcos, Diego Cavalieri, Zetti, Oberdan Cattani, Velloso e Leão. Com um trabalho integrado entre todas as categorias e departamentos, voltado à progressão e desenvolvimento do atleta, a tendência é que o torcedor veja cada vez mais jogadores formados “em casa” vestindo a camisa palestrina. Atualmente, o Palmeiras trabalha com mais de 200 atletas em suas categorias inferiores – com treinamentos na Academia de Futebol II, na cidade de Guarulhos (SP), de uso exclusivo do Centro de Formação de Atletas. O CT conta com cinco campos em tamanho oficial com grama natural, campo específico para treinamento de goleiros, academia de ginástica, sala de fisioterapia, departamento médico, rouparia e local específico para os pais assistirem aos treinos. 

O erconhecidamente Verdão disponibiliza acomodações para inúmeros jogadores das categorias Sub-15 e Sub-20, com quatro casas e um edifício, além de restaurante próprio, na Barra Funda, em São Paulo (SP). Entre os principais títulos conquistados pelas categorias de base do Palmeiras em seus 100 anos de história do clube, destacam-se a Taça Belo Horizonte de Futebol Júnior Sub-20 (1998 e 2002), a Copa Rio Sub-17 de 2011, o Campeonato Brasileiro Juvenil de 2005, a Copa Brasil Sub-15 de 2012, além de inúmeros títulos do Campeonato Paulista em todas as categorias. O Verdão também foi campeão da Super Copa São Paulo de Futebol Júnior em 1995, além de dois vice-campeonatos da Copinha, em 2003 e 1970. Em dezembro de 2013, o clube sagrou-se vice-campeão brasileiro sub-20, feito alcançado em 2010. O Palmeiras foi um dos primeiros clubes do Brasil a criar um Departamento específico de Serviço Social (2006), com sistema de trabalho que atende tanto ao desempenho dentro de campo quanto ao extracampo nas áreas de educação, saúde, cultura, lazer e socialização. O serviço social faz acompanhamento constante dos jogadores, com trabalho psicológico integrado ao departamento. Além do trabalho esportivo, ligado ao rendimento e o estado psicofísico, profissionais fazem acompanhamento clínico e da vida pessoal junto a pais e escolas dos atletas. 
Bibliografia geral consultada. 
FRANZINA, Emilio, “Emigrazione e Storia del Veneto. Spunti per un dibattito”. In: Rivisita di storia contemporânea, XI, 1982, n° 3,pp.465-489; Idem, “Appunti in Margine al Problema Storico dell’Emigrazione”. In:  Classe VII, 1975, n°11, pp.167-199; Idem, “Le origini dei flussi emigratori veneti”.In: Rivista bellunese, 1975, n° 7 e 1976, n°5, pp.365-371 e 21-29; DAMATTA, Roberto (Org.), Universo do Futebol. Rio de Janeiro: Pinakotheke Editor, 1982; CANDELORO, Giorgio, Storia dell´Italia Moderna. Vol. IX. Milano: Edit. Feltrinelli, 1986; BETING, Mauro, O dia em que me tornei palmeirense. São Paulo: Panda Books, 2007; DUARTE, Orlando, Palmeiras – O Alviverde Imponente. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008; BRITO JUNIOR, Antônio Barros de, Nem Tudo Vale a Pena: Teoria da Cooperação Interpretativa e dos Limites da Interpretação segundo Umberto Eco. Tese de Doutorado. Instituto de Estudos da Linguagem. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2010; GENNARI, Daniela Treveri, Post-War Italian Cinema. American Intervention, Vatican Interests. New York/London: Routledge, 2009; DI BIAGI, Flaminio, Il Cinema a Roma. Guida alla Storia e ai Luoghi del Cinema nella Capitale. Roma: Palombi Editore, 2010; PINTO, Ziraldo Alves, Verdão. O Campeão do Século em Quadrinhos. Rio de Janeiro: Globo Livros, 2010; SOUZA, Kleber Mazziero de, Divino, A Vida e A Arte de Ademir da Guia. São Paulo: Editora Gryphus, 2010; LOURENÇO, Marco Aurélio Duque, Um Rio e dois Parques: A Formação da Rivalidade entre Corinthians e Palestra Itália durante o Período de Construção de seus Estádios (1917-1933). Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em História Social. Departamento de História. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de são Paulo, 2013;  RODOLFO, Nelo, Palmeiras – Minha Vida é Você. São Paulo: Editor Alta Books, 2015; BELMAR, Thiago Hinojosa, Grupos de Interesse e o Processo de Modernização do Futebol Brasileiro: Da Redemocratização do Bom Senso Futebol Clube. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Ciência Política. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2016;  entre outros. 
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* Sociólogo (UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais do Centro de Humanidades da Universidade Estadual do Ceará.

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