Palmeiras F. C. - Breve História Social & O Divino Ademir da Guia.
“Sem o Ademir da Guia o Palmeiras é menos Palmeiras”. Rubens Minelli
A
imigração italiana no Brasil teve como ápice o período entre 1880 e 1930. Os
ítalo-brasileiros estão concentrados principalmente pelos estados do Sul e do
Sudeste do Brasil. São descendentes da enorme classe de trabalhadores imigrantes
italianos que chegaram ao Brasil entre 1870 e 1960. Não existem dados concretos
sobre o número de descendentes de italianos no Brasil, visto que o censo
nacional do IBGE não pesquisa, equivocadamente, “a ancestralidade do povo
brasileiro há várias décadas”. No último censo a questionar a ancestralidade, o
de 1940, 1.260.931 brasileiros disseram ser filhos de pai italiano, enquanto
que 1.069.862 disseram ser filhos de mãe italiana. Os italianos natos eram aproximadamente
285 mil e os naturalizados brasileiros, 40 mil. Portanto, italianos e filhos
eram pouco mais de 3,8% da população do Brasil em 1940.
Segundo
pesquisa do demógrafo Giorgio Mortara (1885-1967), complementada na década de
1980 por Judicael Clevelário, apenas entre 16% e 18% da população brasileira
descendia de imigrantes entrados no Brasil após 1840, incluindo italianos e de
todas as outras nacionalidades. Os ítalo-brasileiros são considerados a maior
população de
“oriundi”, descendentes de italianos fora da Itália. Os ítalo-brasileiros
mantêm os costumes tradicionais italianos, assim como parte da população
brasileira, que acabou por absorvê-los por causa do impacto cultural da
imigração italiana no Brasil. A contribuição dos italianos é notavelmente em quase todos
os setores da sociedade brasileira, principalmente na mudança socioeconômica
que produziram no campo e nas cidades. Podemos citar desde o modo de vida que
mudou profundamente, influenciado pelo catolicismo, como nas artes, música,
arquitetura, futebol, alimentação e no empreendedorismo na abertura de
empresas, como trabalhadores especializados.
A
modelo Rafaella Gonçalves surgiu no cenário nacional após ter suas fotos
divulgadas no portal que seleciona e escolhe as representantes de torcidas consideradas as mais “Belas das Torcidas”, Rafaella que é
formada em Administração de Empresas, mora e trabalha em Campo Grande, MS
surgiu no cenário sul-mato-grossense como umas das mais belas modelos do estado
e ganha projeção nacional. Com uma beleza diferenciada e um carisma, no sentido sociológico, encantador
Rafaella foi escolhida para representar o Palmeiras F. C. pelo estado no tão
concorrido concurso do Universo On Line que escolhe o status da representante de cada time de futebol
para o homenageado titulo de “Belas das Torcidas de 2015 do Portal”, após uma pré-seleção formada
por um júri de jornalistas esportivos onde suas fotos foram divulgadas no portal e aberta
para votação do publico pela rede mundial de computadores - internet.
No
campo, no caso da imigração italiana, podemos citar a introdução de novas
técnicas agrícolas, e principalmente na contrastante mudança do latifúndio para
pequenas propriedades agrícolas e na introdução da policultura de produtos. A
grande maioria dos ítalo-brasileiros está no sul e no sudeste do Brasil, mas há
ítalo-brasileiros também em outras regiões do Brasil. Muitos ítalo-brasileiros
já residentes no Brasil, em especial no sul, migrariam para estados do
Centro-Oeste – em especial para o Mato Grosso do Sul. No Rio Grande do Sul,
Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo, alguns ítalo-brasileiros ainda falam
italiano e outros dialetos regionais da Itália, mas ítalo-brasileiros mais
jovens costumam falar apenas português. A embaixada italiana no Brasil, em
2013, divulgou o número de 30 milhões de descendentes de imigrantes italianos, sociologicamente representando aproximadamente 15% da população brasileira, comparativamente, constituindo
quase a metade no estado de São Paulo.
Ademir
da Guia, nascido no Rio de Janeiro, em 3 de abril de 1942, é um ex-futebolista
brasileiro, considerado pela torcida e pela imprensa o maior ídolo da história
do Palmeiras, no qual foi titular absoluto por mais de dezesseis anos, durante
a época da chamada Academia, onde era o craque e a figura central.
É também classificado pela crítica especializada como um dos melhores jogadores
do futebol brasileiro de todos os tempos. Pela classe com que jogava, herdou
parte do apelido de seu pai, Domingos da Guia, o Divino Mestre, e
passou a ser chamado de Divino. É tido como um dos craques
mais injustiçados do futebol brasileiro, pois durante toda a sua
longa carreira, foi convocado apenas 14 vezes para a Seleção, e disputou apenas uma partida em Copas do Mundo (1974), na disputa pelo 3º lugar contra a
seleção da Polônia.
O
conceito de figuração distingue-se de outros conceitos teóricos da
sociologia por incluir expressamente os seres humanos em sua formação social.
Contrasta, portanto, decididamente com um tipo amplamente dominante de formação
de conceitos que se desenvolve sobretudo na investigação de objetos sem vida,
portanto no campo da física e da filosofia para ela orientada. Há figurações de
estrelas, assim como de plantas e de animais. Mas apenas os seres humanos
formam figurações uns com os outros. O modo de sua vida conjunta em grupos grandes
e pequenos é, de certa maneira, singular e sempre co-determinado pela
transmissão de conhecimento de uma geração a outra, por tanto por meio do
ingresso singular do mundo simbólico específico de uma figuração já existente
de seres humanos. Às quatro dimensões espaço-temporais indissoluvelmente
ligadas se soma, no caso dos seres humanos, uma quinta, a dos símbolos
socialmente apreendidos. Sem sua apropriação, sem, por exemplo, o aprendizado
de uma determinada língua especificamente social, os seres humanos não seriam
capazes de se orientar no seu mundo nem de se comunicar uns com os outros. Um
ser humano adulto, que não teve acesso aos símbolos da língua e do conhecimento
de determinado grupo permanece fora de todas as figurações humanas, pois não é um
ser humano. As definições de controle são demasiado amplas e vagas seria legítimo indagar, escolhendo-as mais ou menos ao acaso, para
inferir que resultam em termos de um controle, isto é, qualquer estímulo ou
complexo de estímulos que provoca uma determinada reação.
Assim,
pois, todos os estímulos são controles, pois representam a direção do
comportamento por influências grupais, estimulando ou inibindo a ação
individual ou grupal. O controle social pode ser definido como a soma total ou,
antes, o conjunto de padrões culturais, símbolos sociais, signos coletivos,
valores culturais, ideias e idealidades, tanto como atos quanto como processos
diretamente ligados a eles, pelo qual a sociedade inclusiva, cada grupo
particular, e cada membro individual participante superam as tensões e os
conflitos entre si, através do equilíbrio temporário, e se dispõem a novos
esforços criativos. Ipso facto, em toda a dimensão da vida associativa deverá
haver algum ajustamento de relações sociais tendentes a prevenir a
interferência de direitos e privilégios entre os indivíduos. De maneira mais
específica, são três as funções do estabelecidas pelo controle social: a
obtenção e a manutenção da ordem social, da proteção social e da eficiência
social. O seu emprego hic et nunc na investigação sociológica contribuiu
consideravelmente para produzir uma simplificação ou redução na análise dos
problemas sociais, conseguida proporcionalmente, graças à compreensão positiva
da integração das contradições correspondentes no sistema de organização das
sociedades e da importância relativa de cada um deles, como e enquanto
expressão do jogo social. Embora obscuro
e equívoco, em seu significado corrente, o conceito de controle é necessário à
sociologia na modernidade, encontraram um sistema de referências propício à sua
crítica científica, seleção lógica e coordenação metódica.
O
crescimento de um jovem convivendo e habitando comum em figurações humanas,
como processo social e experiência, assim como o aprendizado de um
determinado esquema de autorregulação na relação com os seres humanos, é
condição indispensável ao desenvolvimento rumo à humanidade. Socialização e
individualização de um ser humano, são nomes diferentes para o processo. Cada
ser humano assemelha-se aos outros, e é, ao mesmo tempo, diferente de todos os
outros. O mais das vezes, as teorias sociológicas deixam sem resolver o
problema da relação entre indivíduo e sociedade. Quando se fala que uma criança
se torna um indivíduo humano por meio da integração em determinadas figurações,
como, por exemplo, em famílias, em classes escolares, em comunidades aldeãs ou
em Estados, assim como mediante a apropriação e reelaboração de um patrimônio
simbólico social, conduz-se o pensamento por entre dois grandes perigos da
teoria e das ciências humanas: o perigo de partir de um indivíduo a-social,
portanto como que de um agente que existe por si mesmo; e o perigo de postular
um “sistema”, um “todo”, em suma, uma sociedade humana que existiria para além
do ser humano singular, para além dos indivíduos. Embora não possuam um começo
absoluto, não tendo nenhuma outra substância a não ser seres humanos gerados
familiarmente por pais e mães, as sociedades humanas não são simplesmente um
aglomerado cumulativo dessas pessoas. O convívio dos seres humanos em
sociedades tem sempre, mesmo no caos, na desintegração, na maior desordem
social, uma forma absolutamente determinada. É isso que o conceito de figuração
exprime.
O
processo de concentração física de força pública se acompanhada de uma
desmobilização da violência ordinária. A violência física só pode ser aplicada
por um agrupamento especializado, especialmente mandatado para esse fim,
claramente identificado no seio da sociedade pelo uniforme, portanto um
agrupamento simbólico, centralizado e disciplinado. A noção de disciplina,
sobre a qual Max Weber escreveu páginas magníficas, é capital: não se pode
concentrar a força física sem, ao mesmo tempo, controla-la, do contrário é o
desvio da violência física, e o desvio da violência física está para a
violência física assim como o desvio de capitais está para a dimensão
econômica: é o equivalente da concussão. A violência física pode ser
concentrada num corpo formado para esse fim, claramente identificado em nome da
sociedade pelo uniforme simbólico, especializado e disciplinado, isto é, capaz
de obedecer como um só homem a uma ordem central que, em si mesma, não é
geradora de nenhuma ordem. O conjunto das instituições mandatadas para garantir
a ordem, a saber, as forças públicas e de justiça, são, portanto, separadas
pouco a pouco do mundo social corrente. Essa concentração do capital físico se
realiza em um duplo contexto. O desenvolvimento do exército
profissional está ligado à guerra, assim como o imposto; mas há também a guerra
interior, civil, a arrecadação do imposto como uma espécie de guerra
civil.
A
estratégia do passado historicamente que visava organizar novos espaços urbanos transformou-se
meramente em artifícios políticos e muito pouco em torno de reabilitação de
patrimônios. Depois de haver inconscientemente projetado a cidade futura,
torna-se uma cidade frequentada por sua estranheza, muito mais elevada aos
excessos que reduzem o presente, a nada mais que simples escombros como caixas
d`água que deixam escapar seu domínio do tempo. Mas, todavia, os técnicos se
denunciam já no quadriculamento que atrapalhavam os planejadores funcionalistas
que deviam fazer tábula rasa das opacidades contidas nos projetos de cidades
transparentes. Afinal qual o urbanismo que não descontroem mais do que uma
guerra a questão da memória e da história aldeã, operária, com casas
desfiguradas, fábricas desativadas, universidades sem vida, cacos de histórias
naufragadas que hoje formam as ruínas de uma cidade fantasma ou fantasmas da
cidade, antes modernista, cidade de massa, homogênea, como os lapsos de uma
linguagem que se desconhece, quem sabe inconsciente. Mas elas surpreendem. O
imaginário individual (sonho) e coletivo (os mitos, os ritos, os símbolos), em
primeiro lugar, são as coisas que o soletram. Eles têm uma função socialmente, surpreendente que é consiste em abrir uma profundidade no presente, mas não têm mais o conteúdo que
provê de sentido a estranheza do passado. Suas histórias deixam de ser
pedagógicas para inferir um final claramente trágico.
O
Estado se constitui, portanto, em relação à forma de governo um duplo contexto:
de um lado, efeitos de poder político em relação a outros Estados, atuais ou
potenciais, isto é, os princípios concorrentes – portanto, precisa concentrar
“capital de força física” para travar a guerra pela terra, pelos territórios;
de outro lado, em relação a um contexto interno, a contrapoderes, isto é,
príncipes concorrentes ou classes dominadas que resistem à arrecadação do
imposto ou ao recrutamento de soldados. Esses dois fatores favorecem a criação
de exércitos poderosos dentro dos quais se distinguem progressivamente forças
propriamente militares e forças propriamente policiais destinadas à manutenção
da ordem interna. Essa distinção exército/polícia, evidente hoje, tem uma
genealogia extremamente lenta, as duas forças têm sido por muito tempo
confundido. O desenvolvimento do imposto está ligado às despesas de guerra. O
nascimento do imposto é simultâneo a uma acumulação extraordinária de capital
detido pelos profissionais da gestão burocrática e à cumulação de um imenso
capital informacional. É o vínculo institucional entre Estado e estatística: o
Estado está associado a um conhecimento racionalmente previsível do mundo social e
governamental. A estatística em como representação o campo da matemática que
relaciona fatos sociais e números em que há um conjunto de métodos que nos
possibilita coletar dados e analisá-los, assim sendo possível realizar alguma
interpretação deles.
Graças
a Ademir e aos demais jogadores da Academia, o Palmeiras tornou-se um dos
únicos times brasileiros a fazer frente a extraordinária agremiação Santos F. C. da dupla dinãmica Pelé e
Coutinho. Durante a passagem do jogador Divino pelo alviverde, o clube
paulistano foi pentacampeão brasileiro. Se não fosse o Palmeiras, o clube de Santos
teria sido campeão paulista onze vezes seguidas. Anos depois de ter encerrado a
carreira como desportista, Ademir da Guia investiu na política tornando-se vereador de São Paulo em 2004. Foi
inicialmente eleito pelo PC do B e migrou posteriormente para o Partido Liberal,
atual Partido da República-PR. Concorreu, sem sucesso, a uma vaga de deputado estadual
nas eleições em São Paulo em 2014 pelo Partido Republicano Progressista - PRP. Ademir
da Guia é filho do zagueiro brasileiro Domingos da Guia. Alto e esguio chegou a
atuar como centroavante no início da carreira, mas sempre preferiu atuar na posição de
meio-de-campo, talvez devido à sua habilidade e posição-chave no futebol que
proporciona ao jogador maior visibilidade de jogo.
Chegou
a São Paulo em 1961 vindo do Bangu-RJ, clube que o revelou para o futebol,
assim como a seu pai e a seu tio, Ladislau da Guia, até hoje maior artilheiro
da história do Bangu, com 215 gols, para jogar no Palmeiras onde permaneceu até
encerrar a carreira em 1977. Formou o célebre meio-de-campo Dudu & Ademir.
Foi cinco vezes campeão Brasileiro, cinco vezes campeão Paulista e tem a impressionante
marca de 901 jogos disputados, 153 gols marcados 509 vitórias e 158 derrotas, dezenas
de outros títulos conquistados, entre campeonatos oficiais e torneios nacionais
e internacionais. Em 1984, já aposentado, jogou um amistoso festivo pelo
Palmeiras. Em 2001, teve sua biografia publicada. Em 2006, teve documentário
sobre a sua carreira, intitulado: Um craque chamado Divino. No dia
25 de outubro de 2014, foi realizado um jogo festivo para 10 mil convidados em
homenagem a Ademir da Guia, já com 72 anos de idade. A festa ocorreu no Allianz
Parque, nova arena do Palmeiras F. C. inaugurada dias depois.
O Rio Grande do Sul é um estado
brasileiro que apresenta marcante presença de italianos. Vivem no estado três
milhões de descendentes de italianos, a maioria de origem veneta. Ao retratar o
Vêneto oitocentista, região italiana de onde veio 30% dos imigrantes italianos no Brasil, o historiador
Emilio Franzina escreveu que “podia-se morrer de inanição e que a única
alimentação da classe rural não passava de polenta, uma vez que a carne de vaca
era um mito e o pão de farinha de trigo inacessível pelo seu alto preço”.
Em outras regiões da Itália e em outros países europeus a situação não era
diferente: a fome e a miséria assolavam a Europa. O camponês europeu nutria
grande amor pelo seu pedaço de terra e toda a sua existência girava em torno da
manutenção da sua propriedade. O seu mundo não ia além da comunidade a qual
pertencia e seu ideal econômico era a autossuficiência. O continente americano
aparece, nesse contexto, como um destino sonhado por milhões de europeus, que
imigravam com a promessa de se tornarem grandes proprietários agrícolas. Foi
assim que milhões de camponeses europeus, fora do seu vilarejo de origem,
tornaram-se emigrantes.
Sob a liderança do Chief Marketing Officer, Roberto Trinas,
o Palmeiras reforçou o Departamento de Marketing
com novos profissionais da área pretendendo globalizar ainda mais a imagem do
Verdão e fortalecer a relação com os parceiros e com a torcida palestrina, que
têm sido uma das principais razões da evolução do clube nesta temporada. - “É
um momento especial da história do Palmeiras. Um momento de gestão
profissional, de valorização da marca e do desenvolvimento de uma série de
iniciativas junto aos patrocinadores e à torcida, em especial por meio do
programa Avanti, que está próximo dos 130 mil sócios-torcedores”. Há 20 anos
atuando na área de marketing, sabe qual caminho para angariar novos benefícios
ao Verdão.- “Queremos ser percebidos como provedores de soluções comerciais e
trabalhar com parcerias estratégicas em uma perspectiva de longo prazo em
diversas categorias e segmentos de mercado”, sobre o Allianz Parque como um
grande diferencial.
Primeiramente,
os imigrantes italianos buscaram trabalho nas cidades. Em seguida, nos países
vizinhos, numa migração sazonal quando a demanda por mão de obra aumentava,
como em época de colheitas. Depois, regressavam para casa. Quando essas
alternativas já não surtiam mais efeito, buscaram a emigração transoceânica,
sobretudo para os países das Américas. Estados Unidos, Canadá e Argentina eram
países que tinham a capacidade de atrair grande número de imigrantes
espontâneos. O Brasil, por sua vez, teve que apelar para uma migração
subvencionada, na qual o próprio governo brasileiro pagava a passagem dos
imigrantes. Do fim das Guerras Napoleônicas até a década de 1930, 60 milhões de
europeus emigraram. Destes, 71% vieram para a América do Norte, 21% para a
América Latina, sobretudo Argentina e Brasil e 7% para a Austrália. A
nacionalidade que mais imigrou para a América Latina foi a italiana, superando
os espanhóis e os portugueses. Dos 11 milhões de imigrantes que vieram para a
América Latina, 38% eram italianos, 28% eram espanhóis e 11% eram portugueses,
embora estes tenham tido a primazia sobre a colonização brasileira.
Após dominar o cenário do futebol
italiano e europeu na década de 1940, onde venceu inúmeros campeonatos em
Itália e foi a base da seleção italiana por um bom tempo, a delegação do Torino
envolveu-se num acidente aéreo no dia 4 de maio de 1949, quando voltava de
Lisboa após um amigável contra o Benfica. O futebol mundial perdera uma das
suas melhores equipas de todos os tempos. Na chegada a Turim, milhares ficaram
de luto e compareceram aos velórios e ao enterro dos integrantes da equipa.
Cerca de 500 mil pessoas compareceram aos funerais dos jogadores. Hoje o Torino
disputa a Serie A da Itália. E como os jogadores do Torino eram a base da seleção,
os italianos perderam as esperanças de vencer o tricampeonato no Mundial de
1950. Desse estado de luto e tristeza geral, surgiu o modo italiano de jogar. Esse
talvez tenha sido o mais marcante acidente aéreo de toda a história, por tudo
que significava a equipe do Torino na época da tragédia. Era líder do
Campeonato Italiano e faltavam apenas quatro jornadas para o fim da temporada.
Havia vencido 4 títulos italianos seguidos e preparava-se para o quinto. A
melhor equipe da época e base da seleção italiana teve o seu fim a algumas
milhas de Turim, sob forte nevoeiro. A aeronave chocou contra uma das torres da
Basílica de Superga. Acontecia uma tragédia que marcaria para sempre a história
social do futebol italiano e evidentemente mundial do meio desportivo. Não houve sobreviventes.
A TV Palmeiras atingiu numa noite de sexta-feira
uma marca histórica: 300 mil inscritos. O número leva a TV online do Verdão à
oitava colocação no ranking mundial.
É o primeiro clube não europeu a atingir essa marca. Os vídeos divulgados no site
YouTube com bastidores de jogos oficiais, coberturas de treinos, matérias
especiais, dentre outros, já superam 18 milhões de visualizações. Nem tudo é
crise no Palmeiras. O clube atingiu a marca de 43 mil inscritos em seu programa
de sócio torcedor - e pela primeira vez atingiu a marca que é exatamente a
capacidade do estádio Allianz Parque. Ao longo dos anos, inúmeros atletas de
prestígio nacional e mundial foram formados na base alviverde, entre os quais
se destacam nomes como Mazzola, Vágner Love, Marquinho, Taddei e Jorginho
Putinatti. Tradicional formador de goleiros, o Verdão também mantém ativa sua
Academia de Goleiros, pela qual passaram arqueiros como Marcos, Diego
Cavalieri, Zetti, Oberdan Cattani, Velloso e Leão. Com um trabalho integrado
entre todas as categorias e departamentos, voltado à progressão e
desenvolvimento do atleta, a tendência é que o torcedor veja cada vez mais
jogadores formados “em casa” vestindo a camisa palestrina. Atualmente, o
Palmeiras trabalha com mais de 200 atletas em suas categorias inferiores – com
treinamentos na Academia de Futebol II, na cidade de Guarulhos (SP), de uso
exclusivo do Centro de Formação de
Atletas. O CT conta com cinco campos em tamanho oficial com grama natural,
campo específico para treinamento de goleiros, academia de ginástica, sala de
fisioterapia, departamento médico, rouparia e local específico para os pais
assistirem aos treinos.
O erconhecidamente Verdão disponibiliza acomodações para inúmeros jogadores das categorias Sub-15
e Sub-20, com quatro casas e um edifício, além de restaurante próprio, na Barra
Funda, em São Paulo (SP). Entre os principais títulos conquistados pelas
categorias de base do Palmeiras em seus 100 anos de história do clube,
destacam-se a Taça Belo Horizonte de Futebol Júnior Sub-20 (1998 e 2002), a
Copa Rio Sub-17 de 2011, o Campeonato Brasileiro Juvenil de 2005, a Copa Brasil
Sub-15 de 2012, além de inúmeros títulos do Campeonato Paulista em todas as
categorias. O Verdão também foi campeão da Super Copa São Paulo de Futebol
Júnior em 1995, além de dois vice-campeonatos da Copinha, em 2003 e 1970. Em
dezembro de 2013, o clube sagrou-se vice-campeão brasileiro sub-20, feito
alcançado em 2010. O Palmeiras foi um dos primeiros clubes do Brasil a criar um
Departamento específico de Serviço Social (2006), com sistema de trabalho que
atende tanto ao desempenho dentro de campo quanto ao extracampo nas áreas de
educação, saúde, cultura, lazer e socialização. O serviço social faz
acompanhamento constante dos jogadores, com trabalho psicológico integrado ao
departamento. Além do trabalho esportivo, ligado ao rendimento e o estado
psicofísico, profissionais fazem acompanhamento clínico e da vida pessoal junto
a pais e escolas dos atletas. Bibliografia geral consultada.
FRANZINA, Emilio,
“Emigrazione e Storia del Veneto. Spunti per un dibattito”. In: Rivisita di storia contemporânea, XI,
1982, n° 3,pp.465-489; Idem, “Appunti in Margine al Problema Storico
dell’Emigrazione”. In:Classe VII, 1975, n°11, pp.167-199;
Idem, “Le origini dei flussi emigratori veneti”.In: Rivista bellunese, 1975, n° 7 e 1976, n°5, pp.365-371 e 21-29; DAMATTA, Roberto (Org.), Universo do Futebol. Rio de Janeiro: Pinakotheke Editor, 1982; CANDELORO,
Giorgio, Storia dell´Italia Moderna. Vol.
IX. Milano: Edit. Feltrinelli, 1986; BETING, Mauro, O dia em que me tornei palmeirense. São Paulo: Panda Books, 2007; DUARTE,
Orlando, Palmeiras – O Alviverde
Imponente. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008; BRITO JUNIOR,
Antônio Barros de, Nem Tudo Vale a Pena: Teoria da Cooperação Interpretativa
e dos Limites da Interpretação segundo Umberto Eco. Tese de Doutorado.
Instituto de Estudos da Linguagem. Campinas: Universidade Estadual de Campinas,
2010; GENNARI, Daniela
Treveri, Post-War Italian Cinema.
American Intervention, Vatican Interests. New York/London: Routledge, 2009;
DI BIAGI, Flaminio, Il Cinema a Roma. Guida alla Storia e ai Luoghi del Cinema nella
Capitale.
Roma: Palombi Editore, 2010; PINTO, Ziraldo Alves, Verdão. O Campeão do Século em Quadrinhos. Rio de Janeiro: Globo
Livros, 2010; SOUZA, Kleber Mazziero de, Divino,
A Vida e A Arte de Ademir da Guia. São Paulo: Editora Gryphus, 2010;
LOURENÇO, Marco Aurélio Duque, Um Rio e dois Parques: A Formação da Rivalidade entre Corinthians e Palestra Itália durante o Período de Construção de seus Estádios (1917-1933). Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em História Social. Departamento de História. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de são Paulo, 2013; RODOLFO, Nelo, Palmeiras – Minha Vida é
Você. São Paulo: Editor Alta Books, 2015; BELMAR, Thiago Hinojosa, Grupos de Interesse e o Processo de Modernização do Futebol Brasileiro: Da Redemocratização do Bom Senso Futebol Clube. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Ciência Política. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2016; entre outros.
_______________
* Sociólogo
(UFF), Cientista Político (UFRJ), Doutor em Ciências junto à Escola de Comunicações
e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais do Centro de
Humanidades da Universidade Estadual do Ceará.
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