“A fuga é o instrumento mais seguro para se cair prisioneiro daquilo que se deseja evitar”. Sigmund Freud
A história registrada na
Antiguidade começa com a invenção da escrita. Há uns 50 mil anos, os
seres humanos lançaram-se à conquista do planeta em diferentes rumos desde
África. Uma escrita sistematizada aparece somente por volta de 3500 a.C.,
quando os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme na Mesopotâmia. Os
registros cotidianos, econômicos e políticos da época eram feitos na argila,
com símbolos formados por cones. Nesse mesmo momento, surgem os hieróglifos no
Egito. Um rumo alcançou a Austrália. A outra chegou a Ásia Central, para logo
se dividir em dois, uma a Europa, e a outra caminhou até cruzar o Estreito de
Bering e chegou à América do Norte. As últimas áreas a ser colonizadas foram as
ilhas da Polinésia, durante o primeiro milênio. Os neandertais eram robustos, especificamente
com um cérebro grande, e viviam na Europa e Oeste da Ásia. Sobreviveram até 24
mil anos atrás e coexistiram com os modernos Homo sapiens. A origem dos Homo
Sapiens atuais é bastante discutida. Mas a maioria dos cientistas apoia a teoria
da Eva Mitocondrial (2025), apoiada por testes genéticos. Em vez da teoria
evolução multirregional que defende que os seres humanos modernos evoluíram em
todo o mundo, ao mesmo tempo a partir das espécies Homo lá existentes e
que se reproduziram entre si entre as várias migrações que supostamente
fizeram. A teoria da Eva Mitocondrial se baseia no estudo das mitocôndrias
transmitida da mãe à prole. Cada mitocôndria contém ADN mitocondrial e a comparação das sequências deste ADN
revela uma filogenia molecular. A Eva
mitocondrial recebe seu nome da Eva que é relatada no livro de Gênesis
da Bíblia. É o primeiro livro da Bíblia hebraica, sendo também reconhecido
pela religião cristã como parte de seu Antigo Testamento.
A tradição judaico-cristã atribui a autoria do texto a Moisés, enquanto a crítica literária moderna prefere descrevê-lo como compilado de texto de diversas mãos. Pesquisadores da Universidade da Califórnia (EUA) concluíram que todos os humanos eram descendentes de um grupo relativamente pequeno de mulheres que viveram na África há cerca de 200 mil anos, que denominaram de Eva Mitocondrial. Na genética humana, a Eva mitocondrial é o ancestral comum matrilinear mais recente (MRCA) de todos os seres humanos vivos. Em outras palavras, ela é definida como a mulher mais recente de quem todos os seres humanos vivos descendem em uma linha ininterrupta puramente através de suas mães e através das mães dessas mães, de volta até que todas as linhas convergem para uma mulher. Eles se basearam na análise do DNA (ácido desoxirribonucleico) retirado das mitocôndrias, que difere do DNA do núcleo da célula e é transmitido apenas pela linhagem feminina. Ele sofre mutações em rápidas proporções. Comparando o DNA mitocondrial de mulheres de vários grupos étnicos, eles puderam estimar quanto tempo se passou para que cada grupo assumisse características distintas a partir de um ancestral comum. De fato, eles construíram uma árvore genealógica para o gênero humano, na base da qual estavam a Eva Mitocondrial, a grande avó de todos os humanos. Isto não significa que ela foi a única mulher, mas que um pequeno grupo fundador possuía o mesmo DNA e produziram uma linhagem direta por linha feminina que persiste. É um tipo de ácido nucleico que possui destaque por armazenar a informação genética da grande maioria dos seres vivos.
Na periodização das épocas históricas da humanidade se estende desde a invenção da escrita até à queda do Império Romano do Ocidente. Embora o critério da invenção da escrita como balizador entre o fim da Pré-história e o começo da História seja o mais comum, estudiosos que dão mais ênfase à importância da cultura material das sociedades têm procurado repensar essa divisão recentemente. Também não há entre os historiadores um consenso sobre quando se deu o verdadeiro fim do Império Romano e início da Idade Média, por considerarem que processos sociais e econômicos, do ponto de vista comparativo, não podem ser datados com a mesma precisão dos fatos políticos. Também deve-se levar em conta que essa periodização está relacionada à História da Europa e também do Oriente Próximo como precursor das civilizações que se desenvolveram no Mediterrâneo, culminando com Roma. Essa visão se consolidou com a historiografia positivista que surgiu no século XIX, que fez da escrita da história uma ciência e uma disciplina acadêmica. Se repensarmos os critérios que definem o que é a Antiguidade no resto do mundo, é possível pensar em outros critérios e datas balizadoras. No caso da Europa e do Oriente Próximo, diversos povos que se comunicam desenvolveram-se na Idade Antiga. Os sumérios, na Mesopotâmia, foram a civilização que originou a escrita e a urbanização, quando surgia a civilização egípcia. Depois disso, já no Primeiro milénio a.C., os persas foram os primeiros a constituir um grande império, que foi conquistado por Alexandre, o Grande. As civilizações clássicas da Grécia e de Roma são consideradas as maiores formadoras da civilização ocidental contemporânea. Destacam-se os hebreus, com a primeira civilização monoteísta, os fenícios, considerados os senhores do mar e do comércio e os inventores do alfabeto, além dos celtas, etruscos e outros.
O próprio estudo da história começou
nesse período, com Heródoto e Tucídides, gregos que começaram a questionar o
mito, a lenda e a ficção do fato histórico, narrando as Guerras Médicas
e a Guerra do Peloponeso respectivamente. Os primeiros fósseis humanos
foram encontrados na Etiópia e datam de aproximadamente 160 mil anos. Há cerca
de 35 mil anos surgiu a arte paleolítica na Europa. Consistia em pinturas nas
paredes internas das grutas, e pequenas esculturas eram feitas em madeira ou
geralmente em pedra, representado várias vezes símbolos de fertilidade. A
representação da fantasia em psicologia é um mecanismo de defesa que consiste
na criação de um sistema de vida paralelo. Mas existe apenas na imaginação de quem
o cria, com o objetivo de proporcionar uma satisfação ilusória, que não é ou
não pode ser obtida através da convivência na vida real. Autoridade nesse campo
Sigmund Freud tinha uma visão positiva da fantasia, considerando-a um mecanismo
de defesa. – “Nós simplesmente não podemos prescindir de construções
auxiliares”, como Theodor Fontane (1819-1898), escritor alemão, considerado por
muitos pesquisadores o mais importante do realismo alemão, disse uma vez
residir “em desejos imaginários de realização”. À medida em que a adaptação da
infância ao princípio de realidade se desenvolve, também concorre uma espécie
de atividade humana do pensamento que se divide; essa parte foi mantida livre
de testes de realidade e permanece subordinada ao princípio único de prazer: o
“sonhar acordado, à maneira como uma reserva natural preserva seu estado
original”, no que é inútil e mesmo nocivo, pode crescer e proliferar como
quiser.
Na história comparada entre
norte-americanos e europeus, sem temor a erro, Hollywood é a mais antiga
promissora “indústria cultural” onde os estúdios de cinema e empresas de
produção de dramaturgia cinematográfica surgiram. Mas também é o berço
cinematográfico de vários gêneros de cinema, entre os quais a comédia, drama,
ação, musical, romance, horror e ficção científica, constituindo um exemplo
para outras indústrias cinematográficas nacionais. O cinema dos Estados Unidos
da América (EUA), muitas vezes chamado metonimicamente (“ao sucesso com”)
Hollywood, teve um grande efeito na indústria cinematográfica em geral desde o
início do século XX. Seu estilo dominante é o cinema clássico de Hollywood, que
se desenvolveu de 1917 a 1960 e caracteriza a maioria dos filmes realizados.
Enquanto os franceses Auguste e Louis Lumière são geralmente creditados com o
nascimento do cinema moderno, o cinema norte-americano logo veio a ser uma
força estratégica dominante na indústria in statu nascendi. Produz o maior número
de filmes de qualquer cinema nacional de língua única, com mais de 700 filmes
em inglês comercializados em média todos os anos. Enquanto os cinemas do Reino
Unido (299), Canadá (206), Austrália e Nova Zelândia produzem filmes na
mesma língua, eles “não são considerados parte do sistema de Hollywood que
também é considerado um cinema transnacional”. Hollywood clássica produziu
versões em idiomas de títulos em espanhol ou francês. Produção contemporânea de
offshores, ou seja, sociedades ou contas bancárias, abertas em países ou
territórios que oferecem benefícios fiscais e de privacidade e
confidencialidade aos investidores de Hollywood para o Canadá, Austrália, Nova
Zelândia e assim sucessivamente.
O thriller erótico ou “suspense erótico” é um tipo de filme e subgênero literário, que consiste de uma combinação sociológica de fatores sociais exatamente entre erotismo e suspense. O thriller erótico participa de vários gêneros e estilos de filme ao mesmo tempo, retirando elementos narrativos e estilísticos de cada um. Sua maior herança provém indubitavelmente do filme noir dos anos 1940 e 1950, um gênero de suspense exemplificado por “elegantes filmes de crime e mistérios que exploram o submundo sombrio da América pós-Segunda Guerra Mundial”. O gênero aumentou em popularidade na América do Norte a partir de meados dos anos 1980 até o início dos anos 1990, antes de diminuir em comercialização, voltando com força na década de 2000. Este subgênero de filme é definido “como um suspense com base temática em romance ilícito ou fantasia erótica”. A maioria dos thrillers eróticos contém cenas de sexo softcore e obviamente nudez do corpo, mas a frequência e a explicitação dessas cenas variam historicamente de casoa a caso. Embora filmes semelhantes tenham surgido nos anos 1960, thrillers eróticos surgiram como um gênero distinto no final dos anos 1980, reforçado pelo sucesso de Fatal Attraction de Adrian Lyne em 1987 e a rápida expansão nacional e internacional do mercado de entretenimento adulto softcore na televisão a cabo e vídeo doméstico. O gênero teve um período clássico de crescimento e expansão nos anos 1990, destacado pelo sucesso de Basic Instinct de Paul Verhoeven, mas no início dos anos 2000 declinou na produção e no apelo popular.
Soft-core ou softcore é um gênero
pornográfico contendo apenas nudez, sexo e cenas sexualmente sugestivas, mas
onde “a presença de cenas (ou fotos) contendo pênis eretos, penetração e
ejaculação é vetada”. A pornografia softcore é uma forma de pornografia ou
erotismo cinematográfico ou fotográfico que é menos sexualmente explícito do
que a pornografia hardcore. A intenção é excitar o espectador,
seja homens ou mulheres. A este gênero de pornografia retrata artistas nus e
seminus praticando representações casuais de nudez ou relação sexual ou
masturbação não-gráfica. A pornografia softcore impede descrições explícitas de
penetração vaginal ou anal, cunilíngua, felação e ejaculação. Representações
visuais dos órgãos genitais (nudez total) são tipicamente admissíveis em um
contexto softcore na mídia impressa, e cada vez mais no cinema e na televisão.
As ereções do pênis não são permitidas, embora estas atitudes em relação a isso
estejam mudando. Partes das imagens que são consideradas demasiado explícitas
podem ser obscurecidas ou censuradas através de diversos meios de trabalho. Estas técnicas incluem o uso de cabelo ou a
roupa envolta, as mãos ou outras partes do corpo cuidadosamente posicionadas,
elementos em primeiro plano precisamente posicionados na cena constituídos, muitas
vezes por plantas ou cortinas, e ângulos de câmera cuidadosamente escolhidos. Na
maioria dos casos, os atos sexuais retratados na pornografia softcore
são “inteiramente simulados pelos atores e atrizes, sem a ocorrência de
penetração real”. Muitas vezes, os atores usam coberturas de látex nos genitais
para evitar o contato físico. Os diretores de cinema se esforçam ao máximo para
obscurecer tais coberturas nas telas, mas muitas vezes não conseguem
ocultar completamente elas.
A pornografia tem uma
longa história. A sexualidade explícita e sugestiva é uma forma de arte tão
antiga quanto todas outras. As fotos explícitas tiveram início logo após a
invenção da fotografia; e o mesmo pode se dizer sobre os filmes de nudez e de
sexo explícito. O retrato da nudez e da sexualidade humana tiveram início na Era
Paleolítica (ex. as figuras de Vênus); entretanto não se tem certeza se o
propósito era a excitação sexual. Talvez, as imagens tenham tido um significado
espiritual. Existem inúmeras pinturas eróticas nas paredes de Pompeia, na
Itália. Um exemplo notável é de um bordel com desenhos dos vários serviços
sexuais oferecidos, em cima de cada porta. Em Pompeia também se encontram
figuras fálicas e de testículos nas calçadas, mostrando qual a direção para o
caminho ao prostíbulo e casas de entretenimento. Na Alemanha arqueólogos
encontraram, em abril de 2005, uma figura pornográfica de cerca de 7200 anos de
um homem sobre uma mulher, sugerindo fortemente um ato sexual. A figura
masculina foi batizada de Adônis von Zschernitz. Algumas feministas
diagnosticaram a pornografia como mantenedora/geradora de violência contra
mulheres. Teóricas como Andrea Dworkin (1946-2005) conduziram uma cruzada
contra a “indústria pornográfica que, segundo elas, não apenas objetificava as
mulheres e lucrava com sua exploração”, mas efetivamente ensinava um jeito
sórdido de lidar com a sexualidade.
A partir disso, criou-se uma ampla discussão sobre a pornografia, e um grande cisma teórico também: feministas que se intitulavam “pró-sexo” versus feministas contrárias à pornografia. Deve-se ressaltar que essa nomeação pode causar mal entendidos já que as feministas contrárias à pornografia não eram contra o sexo em si, mas contra essa forma específica de retratá-lo, por diversas implicações. E as questões principais desse debate são: “A pornografia gera violência contra mulheres?”, “Qual é o papel das mulheres nos filmes pornográficos?”, “As mulheres desempenham o papel de sujeito do sexo nesses filmes, ou apenas de objeto?”, “Se a pornografia educa as pessoas sexualmente falando, essa educação é interessante para mulheres? Que tipo de educação seria mais interessante num ponto de vista feminista?”. Além disso, começando na década de 1980 muitas feministas se dedicaram a fazer seus próprios filmes pornográficos, tentando realizar filmagens que concretizassem sua crítica, no campo teórico. Fizeram filmes que apresentam algumas quebras com o padrão de beleza, onde há espaço para protagonismo feminino e tentando mostrar um sexo que as representasse, mesmo que minimamente. A potente combinação de perigo e romance, atendendo simultaneamente ao público masculino e feminino, foi o principal ponto de venda comercial para filmes de suspense eróticos durante seu período clássico.
Os corpos seminus exibidos em pôsteres, anúncios em jornais e capas de caixas de vídeo foram acompanhados por slogans de lançamento que capturam a inconfundível dualidade do filme erótico de suspense. Ao todo, proporcionalmente mais de 300 filmes de suspense erótico foram produzidos na década de 1990, o que é comparável ao número de filmes de suspense feitos na década noir da década de 1940. Caracterizado pela fotografia de forte contraste e sombra, tramas sobre corrupção e ambiguidades morais, e o uso frequente da figura da femme fatale, o gênero surgiu e floresceu nas décadas de 1940 e 1950. Embora o termo tenha sido cunhado na França após a Segunda Guerra Mundial para descrever filmes americanos, suas influências também incluem o expressionismo alemão e a literatura policial de autores como Dashiell Hammett (1894-1961) e Raymond Chandler (1888-1959). Suspense como gênero de filme, no entanto, contém outros gêneros além do filme de crime noir e mistério de assassinato. Qualquer uma dessas informações pode fornecer a estrutura dramática para um suspense erótico. Isso inclui o suspense psicológico: Fatal Attraction (1987), Body Chemistry (1990), Object of Obsession (1994), o suspense de vingança: Scorned (2013), Improper Conduct (1994) e histórias de suspense de romance ilícito e obsessão sexual: Erotic Boundaries (1997), Secret Games 1992), The Adjuster (1991).
Como os thrillers,
os romances também podem ser expressos em subgêneros. São tão variados quanto o
romance, a soap opera e obras de fantasia gótica. Os filmes de sexo softcore
são frequentemente romances de algum tipo, e o gênero tem uma longa tradição,
principalmente na Europa. Diretores como Radley Metzger (Theresa and
Isabelle, 1968), Joseph Sarno (Inga, 1968), e Just Jaeckin (Emmanuelle,
1974) foram pioneiros influentes do filme softcore-romance. Seus filmes de “sexploitation
intermediária” colocaram histórias de desejo feminino no centro e ajudaram a
abrir caminho para o ressurgimento do softcore na década de 1990. Como o suspense
erótico é um híbrido desses gêneros, pode ser difícil definir a fórmula
exata de um suspense erótico. Cada filme combina seus subgêneros de maneira
diferente e pode aumentar a influência de um, dependendo com a realidade e a
cultura minimizando os outros. Onde um filme como Fatal Attraction contém
cenas relativamente breves de sexo softcore e romance ilícito antes de estocar
ação de suspense psicológico, filmes como Secret Games e Sexual
Malice (1993) invertem, colocando em primeiro plano o romance feminizado e
o sexo softcore com um mínimo de trama de suspense. Brian De Palma ajudou a
inaugurar o thriller erótico como um gênero com Dressed to Kill
(1980), seguido por Adrian Lyne com 9 ½ Weeks (1986) e, um ano depois, o
sucesso de bilheteria de Hollywood Fatal Attraction (1987). Mais tarde,
ele os acompanhou com Lolita (1997) e Unfaithful (2002), enquanto
continuava a dirigir filmes populares de alto nível para estúdios estabelecidos
de Hollywood.
Como escritor de Basic
Instinct (1992), Sliver (1993), Jade (1995), Showgirls
(1995) e outras fotos de estúdio de sucesso, Joe Eszterhas estabeleceu um
estilo claro para seus thrillers eróticos que pouco se desviavam da
fórmula de sucesso. Posteriormente, ele escreveu sequências para Basic
Instinct e Showgirls. O ator-produtor-diretor Andrew Stevens foi
fundamental para estabelecer o thriller erótico como um gênero de filme
diretamente em vídeo quando Night Eyes (1990), o filme que ele
co-escreveu e estrelou, transformou um orçamento de produção de um milhão de
dólares em trinta milhões nas vendas de TV digital. Ipso facto,
Stevens escreveu, dirigiu ou estrelou muitos thrillers eróticos em video,
incluindo Night Eyes 2 (1991), Night Eyes 3 (1993), Body
Chemistry 3: Point of Seduction (1994), Illicit Dreams (1994), e A
Woman Scorned (1994). O
provocador e o ex-pornógrafo Gregory Dark (creditado como Gregory Brown,
Alexander Hippolyte e Gregory Hippolyte) deixaram a indústria pornô em
meados dos anos 1980 por motivos artísticos mais férteis no gênero de suspense
erótico. Dark juntou-se a Andrew Garroni e Walter Gernert como diretor da Axis Films International, uma empresa que poderiam
duplicar o sucesso do noirish Night Eyes de Mundhra. Entretanto, Carnal Crimes de Dark
(1991), seu primeiro filme com Axis, criou um forte subgênero noir romance para
o suspense erótico, colocando uma protagonista feminina no centro de uma
história romantizada, abundante em imagens femininas e sexo softcore,
preparando o palco para muitos filmes eróticos de suspense por vir.
Vídeo, do latim “eu
vejo”, representa uma tecnologia de processamento de sinais eletrônicos,
analógicos ou digitais, para capturar, armazenar e transmitir ou apresentar uma
sucessão de imagens com impressão de movimento. A aplicação principal da
tecnologia de vídeo resultou na televisão, com todas as suas inúmeras
utilizações, seja no entretenimento, na educação, engenharia, ciência,
indústria, segurança, defesa, artes visuais. O termo vídeo ganhou com o tempo
uma grande abrangência. Chama-se também de vídeo uma gravação de imagens em
movimento, uma animação composta por fotos sequenciais, resultando em uma
imagem animada, e principalmente as diversas formas de gravar imagens eletronicamente
em fitas (analógicas ou digitais) ou outras mídias (cartões de memória, discos
etc.). Estas formas de gravação e armazenamento de imagens se corporificam
através de diferentes formatos e mídias com características de codificação
próprias, como vemos descrito abaixo. Tanto nas fitas quanto nos discos os
formatos são, na verdade, “os tamanhos” (que implicam a largura do material
magnético, tamanho da caixa e na forma pela qual o sinal é gravado e lido).
Cada um é para um uso diferente com características técnicas e qualidades
específicas. Para cada formato de fita ou disco existe a câmera correspondente,
bem como aparelhos gravadores e reprodutores de mesa usados para edição
(montagem) e copiagem das imagens gravadas com estas câmeras. Os formatos podem
genericamente ser divididos em 2 famílias: Profissionais e amadores. Os
formatos profissionais são usados para captação ou masterização de programas ou
vídeos com fins comerciais e/ou para veiculação com alta qualidade em meios de
comunicação de massa, os amadores são para captação doméstica e veiculação
restrita. Eventualmente alguns formatos amadores podem ser usados para fins
profissionais dependendo principalmente do tipo de equipamento usado na
captação das imagens.
A filmografia
subsequente de Dark é uma coleção de thrillers eróticos para
conhecedores nesse modo, incluindo Mirror Images (1992), Secret Games
(1992), Night Rhythms (1992), Animal Instincts (1992), Body of
Influence (1993), e Object of Obsession (1994). Dark finalmente
deixou o gênero de suspense erótico para dirigir videoclipes de Britney Spears
e Mandy Moore, entre outros. Jag Mundhra, outro colaborador da Axis Films
International e marca do gênero, dirigiu os extremamente lucrativos Night
Eyes (1990), e também Tropical Heat (1993), L.A. Goddess
(1993), Wild Cactus (1993), Monsoon (1999), Improper
Conduct (1994), e Irresistible Impulse (1996). Mundhra finalmente
retornou à indústria cinematográfica indiana. Zalman King, um dos nomes mais
famosos do softcore erótico, fez o que é considerado mais apropriadamente
considerado filmes eróticos de romance, mas ele colocou um selo inconfundível
no gênero em um estágio inicial com seus filmes Two Moon Junction
(1988), Wild Orchid (1989), e Red Shoe Diaries (1992) que também
é o título de sua série de televisão a cabo de longa duração, que consiste em
segmentos eróticos com protagonistas femininas. Zalman King era adjacente ao
gênero de suspense erótico, não um de seus praticantes. O thriller
erótico per se em vídeo é devedor a
King por duas contribuições importantes. Este primeiro é o uso de um estilo
feminizado e aspiracional, popular entre os filmes de softcore europeus, e a
atualização desse estilo para o público de TV digital das décadas de 1980 e
1990. O segundo é uma combinação precoce e influente de atmosfera noir e
romance ilícito, uma influência que ele compartilha com a parceira de
co-roteirista Patricia Louisianna Knop, com quem se casou com duração até sua
morte em 2012.
Cruising de William Friedkin (1980) e Jade
(1995) receberam ampla atenção da mídia. Da mesma forma, Basic Instinct
de Paul Verhoven (1992) foi um sucesso de público e talvez a apoteose do
thriller erótico dos anos 1990. O controverso e criticado Showgirls de
Verhoeven (1995), feitos logo depois, ganharam status de clássico cult, mas
foram criticados quando lançados. Os cineastas canadenses Atom Egoyan e David
Cronenberg elevaram o gênero na década de 1990, produzindo thrillers
eróticos que desenvolveram a forma em novas direções. The Adjuster
(1991), Exotica (1994) e Chloe (2009), de Egoyan, trocam a
percepção do público sobre o que um suspense erótico deveria ser, mas depois
lhes oferece algo mais complexo em troca. Da mesma forma, Dead Ringers
de Cronenberg (1988) e Crash] (1996) impulsionam o gênero em um futuro
próximo, onde o sexo, a obsessão e o desejo erótico são exibidos em contextos
cerebrais e hipermodernos mediados por
tecnologias destrutivas. Suspense erótico dirigido e estrelado por
afro-americanos são raros, mas Rob Hardy dirigiu Trois (2000) e Trois
2: Pandora`s Box (2002) antes de trabalhar na televisão. Ainda existem
muitos diretores e produtores que contribuíram com mais de um filme para o
gênero. Mike Sedan dirigiu muitos thrillers eróticos, começando com Night
Fire (1994) e continuando por Erotic Boundaries (1997). Jim
Wynorski dirigiu Sins of Desire (1993), Body Chemistry 3: Point of
Seduction (1994) e Sorceress (1995). Rodney McDonald dirigiu Night Eyes 2 (1991) e Night
Eyes 4: Fatal Passion (1996), bem como Desire (1993) e Scorned 2
(1997).
Atração Fatal tem como representação social um filme de suspense erótico norte-americano de 1987, dirigido por Adrian Lyne, de um roteiro escrito por James Dearden, baseado em seu curta-metragem Diversion de 1980. Estrelado por Michael Douglas, Glenn Close e Anne Archer, o filme centra-se em um homem casado que tem um fim de semana com uma mulher que se recusa a permitir que isso acabe e se torne obcecada por ele. Atração Fatal foi lançado no mercado cinematográfico em 18 de setembro de 1987 pela Paramount Pictures, um dos principais estúdios de cinema dos Estados Unidos, fundado por Adolph Zukor, em 1912, e com este nome desde 1925. A Paramount foi um dos maiores e mais lucrativos estúdios de Hollywood nos anos 1920, 1940 e 1970. Modernamente, o estúdio procura reinventar a forma de fazer cinema, a fim de enfrentar os desafios do século XXI, através do uso de novas tecnologias. Recebeu resposta crítica positiva e gerou controvérsia no momento de seu lançamento. O filme se tornou um enorme sucesso de bilheteria, arrecadando US$ 320,1 milhões contra um orçamento de US$ 14 milhões, tornando-se o filme de maior bilheteria de 1987. Recebeu seis indicações ao Oscar 1988, nas categorias de melhor filme, melhor diretor, melhor atriz (Glenn Close), melhor atriz coadjuvante (Anne Archer), melhor roteiro adaptado e melhor edição.
O
imigrante húngaro Adolph Zukor era um simples faxineiro, e se encantou com o
cinema, investindo em nickelodeons por seu apelo à classe trabalhadora. Em 1912
Zukor se uniu aos irmãos produtores Daniel e Charles Frohman para fundar a
Famous Players Film Company. A película inicial da companhia Rainha Elizabeth,
estrelado por Sarah Bernhardt, que estreou no Lyceum Theatre, em 12 de julho
daquele ano. Por 1913 já tinham lançado cinco produções. Começando em 1914, a
Famous Players e a Jesse L. Lasky Feature Play Company - fundada em 1913 pelo
empresário Lasky em parceria com Samuel Goldwyn, Oscar Apfel e Cecil B.
DeMille, que pela companhia fez o primeiro longa-metragem do cinema norte-americano,
The Squaw Man (1914) - começaram a lançar seus filmes através de uma joint-venture,
Paramount Pictures Corporation, organizada com a ajuda de um dono de cinemas de
Utah, W. W. Hodkinson. Hodkinson escolheu “Paramount” procurando por um
substituto por “Progressive” (nome de sua rede de cinemas), e criou o icônico
logo da montanha inspirado no Pico Pikes, no Colorado. A Paramount foi a
primeira distribuidora da nação estadunidense, já que antes
filmes eram distribuídos em acordos por estado ou região.
Em 1916, as duas
companhias se fundiram na Famous Players-Lasky, com Zukor presidente e Lasky
vice. Goldwyn, que estava mais interessado em fazer filmes que gerir uma
empresa, saiu para criar sua própria produtora, a Goldwyn Films que se tornou
em 1924 parte da Metro-Goldwyn-Mayer. A companhia era beneficiada por uma rede
de distribuição para os filmes que, da base na Melrose Avenue, em Hollywood,
incluía centenas de salas de cinema pelo mundo - formando uma gigantesca
corporação. A Paramount logo se tornou um dos maiores estúdios de Hollywood
graças à sua rede de cinema e contratos com grandes estrelas como Mary
Pickford, Marguerite Clark, Pauline Frederick, Douglas Fairbanks, Gloria
Swanson, Rudolph Valentino, e Wallace Reid. Em 1925 esta corporação fundiu-se
com a Publix, pertencente à Balaban & Katz, e a companhia foi rebatizada
Paramount Pictures, com ampliação da rede de cinemas e incorporação de
produtoras de filmes e setores de distribuição. Com a rede da Publix a Paramount
operava mais de 1 200 salas - o maior número já registrado na história do
cinema. Esta expansão, contudo, fez com que a Paramount devesse milhões de
dólares em hipotecas sobre os cinemas, o que se revelou especialmente dramático
com o advento da Grande Depressão de 1929. Para a superação dessas
dificuldades a empresa teve que se reestruturar financeiramente no começo dos
anos 1930, e para tanto contou com grandes sucessos de bilheteria, como os
filmes de Mae West I`m No Angel e Belle of the Nineties (de 1933 e
1934), dos Irmãos Marx Coconuts e Horse Feathers (1929 e 1932).
Assim, quando a crise amainou em 1935, a Paramount dominava todos os segmentos do mercado cinematográfico: filmagem, distribuição e mantinha uma rede nacional de salas em torno de mil cinemas. A despeito da sua grande produção nos anos 1920, sua chamada “Era de Ouro” se deu durante a II Guerra Mundial, quando houve um boom de filmes; em 1936 a direção foi assumida por Barney Balaban, que imprimiu uma estratégia conservadora nos negócios, de tal modo que atingiu em 1946 um faturamento recorde de 40 milhões de dólares. O executivo Y. Frank Freeman comandava os estúdios na Califórnia, usando o conceito de usar estrelas já consagradas para os filmes e curtas-metragens, como ter trazido do rádio Bing Crosby e Bob Hope e produziu um caminho dos mais lucrativos filmes da Era de Ouro de Hollywood, como os sucessos continuados dos épicos de Cecil B. DeMille e as comédias de Preston Sturges. Em 1949 a Suprema Corte dos Estados Unidos da América ordenou que Balaban se desfizesse das salas de cinema, e a Paramount perdeu o fôlego lucrativo que o controle de toda a cadeia da produção cinematográfica lhe dava, ficando somente com a produção dos filmes e sua distribuição. Foi o início da perda de lucratividade. Apesar de ter desenvolvido o sistema VistaVision de exibição widescreen, a falta de estrelas não era compensada, e a empresa produziu apenas sucessos eventuais, como Gunfight at the O.K. Corral, de 1957 ou Becket, de 1964. Apenas os filmes de Elvis Presley (1935-1977) garantiam lucros consistentes e o prejuízo ocorre, finalmente, em 1963. Em 1964 Balaban se afasta,
Em 1966 o conglomerado
Gulf & Western Industries adquiriu a empresa, e Charles Bluhdorn tornou-se
seu presidente. Para revitalizar os estúdios contratou o ex-ator Robert Evans,
que fracassou logo em seguida, após investir em grandes musicais como Paint
Your Wagon e Darling Lili (1969 e 1970). Foi só em 1972 com o sucesso de O
Poderoso Chefão de Coppola, e já sob a direção de Barry Diller e Frank Mancuso,
que a Paramount começou a se reerguer. Assim, com os sucessos continuados de
séries como Star Trek e filmes como os de Eddie Murphy, aliados a seriados
televisivos, que no final dos anos 1970 e começo dos anos 1980 que a Paramount
voltou a ser um dos maiores estúdios hollywoodianos. Em 1989 teve o nome comercial
alterado para Paramount Communications, Inc. pela Gulf & Western. Em 1994
foi, após longas disputas, adquirido pela Viacom Inc. por 10 bilhões de
dólares, passando a usar o nome atualmente. Em 3 de Abril de 2020, a Viacom Columbia
Broadcasting System (CBS), dona da Paramount, adquiriu a Miramax e seu extenso
catálogo de filmes. A partir deste dia, a Miramax é uma subsidiária da
Paramount assim como seu catálogo (incluindo os filmes pré-2006 da Dimension
Films) pertence à Paramount também. Em março de 2021, lançou o aplicativo da
Paramount Chamado: Paramount+ Em 16 de Fevereiro de 2022 o nome da empresa
Viacom CBS (dona da Paramount) mudou de nome para Paramount Global.
Como os filmes da chamada Era Clássica de Hollywood, o suspense erótico tem seus ícones femininos. O mais famoso deles é Shannon Tweed, a coelhinha da Playboy que virou atriz, que estrelou mais de quinze thrillers eróticos entre 1985 e 2000, incluindo Night Eyes 3 (1993), Indecent Behavior (1993), Scorned (1994), Illicit Dreams (1994), The Dark Dancer (1995), e Forbidden Sins (1999) Tweed se casou com o famoso vocalista do Kiss, Gene Simmons, e seguiu uma carreira de sucesso na televisão. Kathy Shower, também das páginas da revista Playboy, estrelou Wild Cactus (1993), L.A. Goddess (1993) e também Erotic Boundaries (1997), entre outros filmes e programas de televisão. A modelo Joan Severance, igual a Shannon Tweed no número de filmes eróticos de suspense nos quais atuou, foi a peça central de Write to Kill (1991), Lake Consequence (1993), Criminal Passion (1994), In Dark Places (1997), e muitos outros. Kira Reed estrelou The Price of Desire (1997), Madam Savant (1997), Losing Control (1998), Forbidden Highway (2001), e co-estrelou em muitos outros filmes. A modelo dinamarquesa e a artista burlesca parisiense Delia Sheppard deram uma marca inconfundível ao gênero, aparecendo em muitos filmes e estrelando Mirror Images (1992).
Jodie Fisher atuou em Intimate Obsession (1992), Body of Influence 2 (1996), Sheer Passion (1998), e Dead by Dawn (1998). Tané McClure é um atriz-chave em muitos thrillers eróticos, incluindo Target for Seduction (1995), Sexual Impulse (1997), Scorned 2 (1997), e Illicit Dreams 2 (1998). A ruiva ardente Angie Everhart foi uma coadjuvante no filme de grande orçamento Jade (1995), depois estrelou Another Nine & A Half Weeks (1997), Sexual Predator (2001), Heart of Stone (2001), Bare Witness (2002), e Wicked Minds (2003). Julie Strain estrelou em Carnal Crimes (1991), Sorceress (1995) e Lethal Seduction (1997). Tanya Roberts, originalmente um dos “Charlie’s Angels”, estava em Night Eyes (1990) e Sins of Desire (1993). Rochelle Swanson entrou no gênero através da série de TV Silk Stalkings, estrelando Night Fire (1994), Secret Games 3 (1994), e Mutual Needs (1997), com participações em Illicit Dreams (1994), Dead On (1994), Indecent Behavior II (1994) e Sorceress (1995). Shauna O`Brien é destaque em Over the Wire (1996), Deadlock: A Passion for Murder (1997), Striking Resemblance (1997), e outros thrillers e dramas eróticos. Monique Parent é uma veterana do gênero, aparecendo em muitos filmes, incluindo Sins of Desire (1993), Body of Influence (1993), Sexual Outlaws (1993), e Midnight Confessions (1994), com papéis principais em Vicious Kiss (1995), Love Me Twice (1996) e Dark Secrets (1997). Lee Anne Beaman atuou no gênero ao longo dos anos 1990, aparecendo em muitos filmes e estrelando The Other Woman (1992) e Irresistible Impulse (1996). Linda Fiorentino estrelou Jade (1995) e também filmes menores, como The Last Seduction (1994) e Bodily Harm (1995).
Nenhuma lista de ícones de suspense erótico feminino estaria completa sem Shannon Whirry, que estrelou em Animal Instincts (1992), Body of Influence (1993), Mirror Images 2 (1993), Lady in Waiting (1994), Animal Instincts 2 (1994), Private Obsession (1995), e Playback (1996). Dos ícones masculinos, Michael Douglas é o mais reconhecível, tendo estrelado as produções Fatal Attraction (1987), Basic Instinct (1992) e Disclosure (1994). Andrew Stevens foi mais ativo em filmes de TV digital, estrelando Night Eyes (1990), Body Chemistry 3: Point of Seduction (1994) e Scorned (1994), além de escrever, produzir e dirigir outros thrillers eróticos de TV digital. Doug Jeffery estrelou ou foi destaque em muitos thrillers eróticos da metade dos anos 1990, incluindo The Other Man (1994), Animal Instincts 2 (1994), Indecent Behavior 3 (1995), Killing for Love (1995), Irresistible Impulse (1996) e Mischievous (1996). Em apenas cinco anos, Martin Hewitt atuou em Carnal Crimes (1991), Secret Games (1992), Night Rhythms (1992), Secret Games II: The Escort (1993), e Night Fire (1994). Jan-Michael Vincent, estrela do programa de televisão Airwolf, foi destaque em Animal Instincts (1992), Sins of Desire (1993), Indecent Behavior (1993), e alguns outros. Jeff Fahey estrelou o filme Impulse (1990), Sketch Artist (1992), Woman of Desire (1994), e Temptation (1994), entre muitos outros filmes nos gêneros de ação e suspense. John O'Hurley, famoso por seu papel como chefe de Elaine “J. Peterman” no programa de TV Seinfeld, estava em Night Eyes 2 (1991) e Mirror Images (1992). Finalmente, Gary Hudson apareceu em três thrillers eróticos lançados em 1993: Indecent Behavior, Sexual Intent, Wild Cactus, antes de passar a trabalhar em outros gêneros cinematográficos. Em filmes, os exemplos notáveis de thrillers eróticos incluem Basic Instinct, Fatal Attraction, Body Heat, Bound, Chloe, Crash, Vestida para Matar, De Olhos bem Fechados, Dormindo Com o Inimigo, Wild Things, Zandalee, Sliver, Unfaithful (2002), Boxing Helena, entre outros.
Gênero literário, last
but not least, é uma categoria de composição literária. A classificação das
obras literárias que podem ser feitas de acordo com critérios semânticos,
sintáticos, fonológicos, formais, contextuais e outros. As distinções entre os
gêneros e categorias são flexíveis, muitas vezes com subgrupos. Na história
social, houve várias classificações sociais de gêneros literários, de modo que
não se pode determinar uma categorização de todas as obras seguindo uma
abordagem comum. A divisão clássica é, desde a Antiguidade, em três grupos:
narrativo ou épico, lírico e dramático. Essa divisão partiu dos filósofos da
Grécia antiga, Platão e Aristóteles, quando iniciaram estudos para o
questionamento daquilo que representaria o literário e como essa representação
seria produzida. Essas três classificações básicas, fixadas pela tradição,
abrangem inúmeras categorias sociais menores, comumente denominadas subgêneros.
Entretanto, todas as modalidades literárias são influenciadas pelas
personagens, pelo espaço e pelo tempo. Todos os gêneros podem ser
não-ficcionais ou ficcionais. Os não-ficcionais baseiam-se na realidade, e os
ficcionais inventam um mundo, onde os acontecimentos ocorrem coerentemente com
o que se passa no enredo da história. O texto épico relata fatos históricos
realizados pelos seres humanos no passado. É relatar um enredo, sendo ele
imaginário ou coletivamente, situado em tempo e lugar determinados, envolvendo
uma ou mais personagens, e assim o faz de diversas formas. As narrativas
utilizam-se de diferentes linguagens: a verbal (oral ou escrita), a visual (por
meio da imagem), a gestual (por meio de gestos), além de outras. Quanto à
estrutura, ao conteúdo e à extensão, podem-se classificar as obras narrativas
em romances, contos, novelas, poesias épicas, crônicas, fábulas e ensaios.
Quanto à temática, às narrativas podem ser histórias policiais, de amor, de
ficção, etc. Todo texto que traz escopo narrativo, enredo, personagens, tempo e
espaço, conflito, clímax de comunicação e desfecho é classificado como
narrativo.
Bibliografia Geral Consultada.
ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max, Dialética do Esclarecimento: Fragmentos Filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985; KORMIS, Mônica, “História e Cinema: Um Debate Metodológico”. In: Estudos históricos, vol. 5, nº 10, pp. 237-50; 1992; FERRO, Marc, Cinema e História. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1992; KUNDERA, Milan, La Identidad. Traduzido do francês por Beatriz de Moura. Barcelona: Tusquets Editores, 1998; WEBER, Max, A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. 2ª edição revista. São Paulo: Editor Pioneira, 2003; BERLINCK, Manoel Tosta (Organizador), Obsessiva Neurose. São Paulo: Editora Escuta, 2005; DELAGE, Christian, La Verité par l`Image. De Nuremberg au Procès Milosevic. Paris: Éditions Denoël, 2006; GIDDENS, Anthony, A Constiuição da Sociedade. 3ª edição. São Paulo: Editoras WMF Martins Fontes, 2009; ABEL, Marcos Chedid, “Verdade e Fantasia em Freud”. In: Ágora (Rio Janeiro) 14 (1) – junho de 2011; DIDI-HUBERMAN, Georges, Peuples Exposés, Peuples Figurants: L`Oeil de l`Histoire 4. Paris: Les Éditions Minuit, 2012; LÖWY, Michael, A Jaula de Aço: Max Weber e o Marxismo Weberiano. 1ª edição: São Paulo: Boitempo Editorial, 2014; CANETTI, Elias, Sobre os Escritores. 2ª edição. Rio de Janeiro: José Olympio, 2018; PEDROLO, Fabiana Moreno Domingos, Faces e Interfaces do Cinema de Poesia: A Insustentável Leveza do Ser e a Forma Técnica de Narrar a Liberdade. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Letras. Universidade Estadual Oeste do Paraná, campus Cascavel, 2018; MAGER, Juliana Muylaert, É Tudo Verdade? Cinema, Memória e Usos Públicos da História. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em História. Faculdade de Educação. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2019; REIS, Adriel Diniz dos, A Experiência de Samuel Beckett no Cinema. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Performances Culturais. Faculdade de Ciências Sociais. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2021; MEDEIROS, Maria Carolina El-Huhaik, Essa Fez Social: Narrativas de Etiqueta, Socialização Feminina e Aperfeiçoamento Social da Mulher. Tese de Doutorado. Departamento de Comunicação Social. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2022; Artigo: “Cientistas apontam evidências da existência de Adão e Eva”. In: https://www.correiobraziliense.com.br/2025/01/06; entre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário