“Não é um crime esquecer de colocar a tela na lareira”. Casey Affleck
Manchester
à Beira-Mar é um filme norte-americano de 2016, do
gênero drama, dirigido e escrito por Kenneth Lonergan, um cineasta, dramaturgo,
roteirista e diretor estadunidense. Nasceu em Nova Iorque, em 16 de outubro de
1962. Em sua filmografia destaca-se: Możesz na mnie liczyć (2000), em
que Sammy é uma chamada “mãe solteira”, na falta de melhor expressão, mas conseguiu se estabilizar
financeiramente pela via do trabalho, e cria sozinha o filho Rudy, de oito
anos. Sem notícias do irmão, ela fica feliz ao saber que ele está voltando para
casa. Porém, o que ela cotidianamente pensa ser apenas uma visita passageira,
acaba se transformando em uma convivência pra lá de complicada com o
irresponsável Terry. Em Gangi Nowego Jorku (2002), William Cutting é o
líder de uma gangue violenta na Nova York do século XIX que confronta seus
rivais. Após ter o pai morto pelo criminoso, um jovem jura se vingar, mas fica
dividido no plano simbólico da violência, entre a sede de justiça e o fascínio
pelo carismático gângster. Em Margaret (2011), um filme do gênero drama
romântico que seria lançado em 2007, mas devido a adiamentos, com financiamento e judiciais, acabou por ser lançado e limitada em 2011.
Pela sua performance no filme, Anna Paquin foi indicada ao London Film Critics` Circle. Uma estudante de Manhattan de 17 anos, Lisa Cohen, faz compras no Upper West Side, interage com motorista Gerald Maretti quando ela corre ao lado de seu ônibus em movimento; ele se permite ser distraído, levando a um acidente fatal por passar o sinal vermelho em que um pedestre, Monica Patterson, é atingida por ônibus e, posteriormente, morre nos braços de Lisa. Inicialmente, Lisa diz à polícia que o motorista passou o semáforo verde, mas depois, por remorso, muda a sua história social. Ela confronta Maretti, que primeiro finge ter esquecido os detalhes do acidente e, em seguida, revela a ela com raiva que ele se lembra deles, mas acredita que ele não fez nada errado, fazendo com que Lisa o persiga por sua demissão da empresa. Em colaboração com o melhor amigo de Monica, Emily, e primo, Abigail, Lisa, em última análise torna-se envolvido em um processo de morte por negligência contra a Autoridade de Trânsito Metropolitana, buscando a demissão do motorista (que causou dois acidentes anteriores), bem como danos monetários, que seriam atribuídas a próxima da vítima de parentes, seu primo. Enquanto isso, na vida real de Lisa assume várias voltas.
Incluindo um flerte com seu professor de matemática, Aaron Caije, sua decisão de perder a virgindade com um colega, Paul Hirsch, e vários debates veementes sobre política e terrorismo com colegas. Lisa e sua mãe atriz tem um relacionamento rochoso, com combates esporádicos e Lisa expressar ambivalência em relação namorado da mãe Ramon. Um jantar pós-show, com a participação de Lisa, sua mãe, Emily e Ramon, termina com Ramon fazendo uma observação percebido como antissemita para Emily. Ramon morre de um ataque cardíaco não muito tempo depois. Lisa tem relações sexuais com Caije, e depois confronta Caije, dizendo-lhe enfaticamente que “ela teve um aborto na presença de outro professor”. Ela expressa a dúvida sobre quem era o pai e menciona que há duas possibilidades. A ação judicial chega a uma conclusão, com um prêmio de US$ 350 mil, mas o MTA recusa a demitir Maretti, com a preocupação de que iria inflamar uma disputa trabalhista. Abigail aceita a oferta de acordo, revelando o acordo monetário ter sido sua principal motivação; isso faz com que Lisa a tornar-se muito triste e desiludido com o desfecho do caso. Lisa e sua mãe vão assistir a uma ópera que Ramon e ela iriam antes de sua morte. No caminho, Lisa vê Maretti dirigindo o mesmo ônibus que tinha matado o pedestre e há um breve momento onde os dois ver uns aos outros. Durante a performance de ópera, a emoção acumulada de Lisa a partir da sequência de eventos explode e ela e sua mãe carinhosamente reconectam-se, chorando juntas e abraçadas enquanto a ópera continua. Entetanto, o que á mais importante é que venceu o Óscar de Melhor Argumento Original por Manchester by the Sea (2016).
Venceu o British Academy Film Awards, mais reconhecido pela abreviatura BAFTA Film Awards, são prêmios atribuídos anualmente pela Academia Britânica de Cinema e Televisão para homenagear as melhores contribuições britânicas e internacionais para as artes cinematográficas. Entre 2008 e 2016, a cerimónia foi realizada no centro de Londres no Royal Opera House. A sua 72.ª edição foi realizada em 10 de fevereiro de 2019, no Royal Albert Hall. Portanto, o BAFTA de Melhor Argumento Original por Manchester by the Sea (2016). Foi nomeado para três Globos de Ouro. Foi nomeado para três Tony Awards. Foi nomeado para um Laurence Olivier Award. No teatro é reconhecido pelas peças de teatro, incluindo This Is Our Youth (2015), Lobby Hero (2018) e The Waverly Gallery (2018). Foi nomeado para um Tony Award por This Is Our Youth (2015), Lobby Hero (2018) e The Waverly Gallery (2019). Em janeiro de 2020, foi nomeado Visiting Fellow e Artist in Residence no Kellogg College da Universidade de Oxford, uma faculdade para pós-graduação da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Fundada em 1990 como Rewley House, a Kellogg é a 36ª faculdade da universidade e a maior em número em período integral e parcial.
A produção de Manchester à Beira-Mar (2016) é estrelada por Casey Affleck, filho de Chris Ann, uma professora e Timothy Affleck, um assistente social, barman e ex-ator da Companhia de Teatro de Boston, nasceu em 12 de agosto de 1975. Casey é irmão mais novo do ator e diretor Ben Affleck, com quem colaborou profissionalmente em filmes como Good Will Hunting (1997) e Gone Baby Gone (2007). O sobrenome Affleck é escocês, mas o ator também é descendente de alemães, ingleses, irlandeses e suíços. Michelle Williams, uma atriz norte-americana, reconhecida por “estrelar filmes independentes com temas sombrios ou trágicos”. Ela venceu dois Globos de Ouro, um Emmy e um SAG, e recebeu cinco indicações ao Oscar, três ao BAFTA e uma ao Tony. Williams começou a carreira ainda criança e estreou no cinema com o filme Lassie (1994). Ganhou notoriedade com o papel de Jen Lindley na série de drama bendito adolescente Dawson`s Creek (1998–2003). Conseguiu destaque no cinema como Alma Beers del Mar no drama Brokeback Mountain (2005), que lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Ela foi indicada ao Oscar novamente por suas atuações nos filmes Blue Valentine (2010), My Week with Marilyn (2011), Manchester by the Sea (2016) e The Fabelmans (2022). Kyle Chandler, um ator americano, reconhecido pela série Friday Night Lights, na qual foi protagonista.
Nascido
em Buffalo, no estado de Nova Iorque, é filho de Sally, uma adestradora de cães
e de Edward Chandler, dono de farmácia e representante de vendas farmacêuticas.
Ele cresceu em Loganville (Geórgia) e próximo a Chicago, Illinois. Se formou
pela Universidade da Geórgia, em Athens. Chandler iniciou a carreira de ator
ainda bem jovem. Fez participações em algumas séries, com destaque para os oito
episódios na série Tour of Duty e sua atuação em Homefront. Anos depois, foi
convidado a ser o protagonista Gary Hobson na série Early Edition, na qual
interpretaria um típico cidadão de Chicago que recebe as edições do dia
seguinte do jornal local em sua casa, podendo evitar acontecimentos. Após o
cancelamento da série, fez participações em seriados, ganhando destaque na regravação do filme King Kong. Em 2007 participou do filme The
Kingdom ao lado do extraordinário ator Jamie Foxx, e atualmente faz parte
do elenco da série Friday Night Lights, sobre um time de futebol americano do colegial. Lucas Hedges, um ator também norte-americano.
Tornou-se reconhecido por seu trabalho em questão, Manchester by the Sea
(2016), com diversas indicações a prêmios renomados, o Critics` Choice Movie
Awards e ao Oscar de melhor ator coadjuvante.
A dificuldade própria da terminologia teórica consiste
pois em que, por detrás do significado usual da palavra, é sempre preciso
discernir o seu significado conceptual, que é sempre diferente do significado
usual. Um bom exemplo, ocorre quando o leitor pensa compreender imediatamente o
que Marx quer dizer quando emprega uma palavra tão corrente como a palavra
trabalho. No entanto, é preciso um grande esforço para discernir, por detrás da
evidência familiar (ideológica) desta palavra, o conceito marxista de trabalho,
e mais, para ver que a palavra trabalho pode designar vários conceitos
distintos: os conceitos de processo de trabalho, de trabalho concreto, de
trabalho abstrato, etc. Quando uma terminologia teórica é boa, lembra Louis
Althusser, no ensaio: Sobre o Trabalho Teórico (1978), isto é, bem
determinada e bem referenciável, ela assume a função precisa de impedir as
confusões entre o significado usual das palavras e o significado teórico
(conceptual) das mesmas palavras. E a sua conjunção particular que produz
significado novo, definido que é indiscutivelmente a produção do conceito teórico. Não pode haver discurso
teórico sem a produção destas expressões específicas, que designam conceitos de
determinada prática da teoria.
Isto quer dizer que a noção de cultura, a sociedade e a comunicação social vêm articular-se a uma estrutura de relações sociais (cf. Castells, 2006). No escravagismo antigo, por exemplo, nada distingue, do ponto de vista da análise comparada do modo de produção, o escravo do agricultor independente, proprietário privado individual. O que os distingue é a relação permanente com o trabalho manual. Se um se conduz como proprietário das condições materiais da reprodução de sua existência, no outro caso é o mestre que se conduz como proprietário das condições naturais da reprodução de sua existência material do escravo. Pode-se fazer a mesma comparação e distinção entre o escravo moderno, do século XIX, e o trabalhador agrícola no sistema técnico de trabalho, ao qual se articulam relações sociais diferentes. A interligação dos processos de trabalho é primeiramente de ordem técnica, na medida em que está contida nos meios de trabalho e envolve imediatamente trabalhadores em situações específicas de trabalho. Em seguida é de ordem social, basicamente quanto à escala e quanto ao sentido de conjunto para satisfazer necessidades sociais. É, de ordem tecnológica, na medida em que a produção, circulação, uso, dos produtos resultantes do processo de trabalho interligados, representam o próprio sistema social no âmbito de determinada cultura e/ou sociedade. Produzindo e consumindo determinados produtos/mercadoria os homens primeiro tecnologicamente produzem a sociedade e as relações existentes. Um sistema de trabalho é uma estrutura onde o que está em jogo é o trabalho e a reprodução da vida. Do ponto de vista teórico-metodológico notou o sociólogo Norbert Elias (2011) que o conceito de civilização se refere a uma grande variedade de fatos: ao nível da tecnologia, ao tipo de maneiras, ao desenvolvimento dos conhecimentos científicos, às ideias religiosas e aos costumes.
Pode se referir ao tipo de habitações
ou à maneira como homens e mulheres vivem juntos, à forma de punição
determinada pelo sistema judiciário ou ao modo como são preparados os
alimentos. Rigorosamente falando, nada há que não possa ser feito de forma
“civilizada” ou “incivilizada”. Daí ser sempre difícil sumariar em algumas
palavras tudo o que se pode descrever como civilização. Mas também não
significa a mesma coisa para diferentes nações ocidentais. Acima de tudo, é
grande a diferença entre a forma como ingleses e franceses empregam a palavra,
culturalmente, por um lado, e os alemães, por outro. O conceito resume em uma
única palavra seu orgulho pela importância social e cultural de suas nações
para o progresso do Ocidente e da humanidade. Quando no emprego que lhe é dado
pelos alemães Zivilisation, significa algo de fato útil, mas, apesar
disso, apenas um valor de segunda classe, compreendendo apenas a aparência
externa dos seres humanos, a superfície da existência humana.
A
palavra pela qual os alemães se interpretam, que mais do que a qualquer outra
expressa-lhes o sentimento de orgulho em suas próprias realizações e no próprio
ser, é Kultur, pois são inteiramente claras no emprego interno da
sociedade a que pertencem. O conceito francês e inglês de civilização pode ser
referir a fatos políticos ou econômicos, religiosos ou técnicos, morais ou
sociais. O conceito alemão Kultur alude basicamente a fatos
intelectuais, sociais, artísticos e religiosos e apresenta a tendência de uma
nítida linha divisória entre fatos deste tipo, por um lado, e fatos políticos,
econômicos e sociais, por outro lado. Os conceitos comumente apropriados em
francês e inglês de civilização pode se referir a realizações, mas também a
atitudes ou “comportamento”, pouco importando se realizaram alguma coisa. No
conceito alemão de Kultur, em contraste, a referência a comportamento, o
valor que a pessoa tem em virtude de sua mera existência e conduta, sem
absolutamente qualquer realização, é de fato considerado muito secundário. O
sentido alemão de Kultur encontra sua expressão mais clara derivado no
adjetivo Kulturell, que descreve o caráter e valor de determinados
produtos humanos, e não o valor intrínseco. O conceito inerente a Kulturell,
porém não pode ser traduzido exatamente para o francês e o inglês. A palavra kultiviert
(cultivado) aproxima-se muito do conceito ocidental de civilização. Até certo
ponto, representa a forma mais alta de ser civilizado: até pessoas e famílias
que nada realizaram de kulturell pode ser kultiviert.
Tal
como a palavra “civilizado”, kultiviert refere-se primariamente à forma
da conduta ou comportamento da pessoa. Descreve a qualidade social das pessoas,
suas habitações, suas maneiras, sua fala, suas roupas, ao contrário de kulturell,
que não alude diretamente às próprias pessoas, mas exclusivamente a realizações
humanas peculiares. Há outra diferença entre os dois conceitos estreitamente
vinculada a isto. “Civilização” descreve um processo ou, pelo menos, seu
resultado. Diz respeito a algo que está em movimento constante, movendo-se
incessantemente “para a frente”. O conceito alemão de Kultur, no emprego
corrente, implica uma relação diferente, com movimento. Reporta-se a produtos
humanos que são semelhantes a “flores do campo”, a obras de arte, livros,
sistemas religiosos ou filosóficos, nos quais se expressa a individualidade de
um povo. O conceito Kultur delimita. Até certo ponto, o conceito de civilização
minimiza as diferenças nacionais entre os povos: enfatiza o que é comum a todos
os seres humanos ou – na opinião dos que o possuem – deveria sê-lo. Manifesta a
autoconfiança de povos cujas fronteiras nacionais e identidade nacional foram
plenamente estabelecidas, desde séculos, que deixaram de ser tema de qualquer
discussão, perremptoriamente seja ela de caráter pública ou privada, de povos que há muito se expandiram fora de suas
fronteiras e colonizaram terras muito além delas.
A
questão da trivialização do conhecimento não faz produto do conhecimento
apenas um produto determinado, faz também dele um produto qualquer. Mas as
ideias podem tornar-se ideológicas, na medida em que sua estrutura socialmente
obedece às estruturas socioprofissionais. Sua produção integra-se entre os
outros processos de produção e a cultura torna-se cognoscível a partir das
categorias econômicas do capital e do mercado. Mas nem a informação, nem a
concepção de teoria, nem o pensamento abstrato, nem a cultura são produtos
triviais, ainda que mais não seja pelo fato de serem, ao mesmo tempo,
produtos/produtores e, mesmo comportando a questão urbana hologramaticamente
a dimensão socioeconômica, não poderiam ser reduzidas a isso. A redução
trivializante não teme exercer-se como sujeito sobre o conhecimento científico.
Este nível abstrato como qualquer outro é apropriado pelo pensamento, como a
religião e através da ciência, com suas relações de força e monopólios, suas
lutas e suas estratégias, seus interesses e seus prováveis ganhos. Mas, por seu
lado, os estudos de etnografias dos laboratórios, estes que parecem ter
dinamismo, demonstram-nos como se estabelecem essas mediações complexas dos
pesquisadores, em função de posições, ou status, as lutas e a utilização de truques diabólicos pelo reconhecimento, pelo prestígio ou
pela glória, com as negociações necessárias ao estabelecimento da prova, os
ritos de passagem na vida e na universidade. A motivação primeira do cientista
é a notoriedade.
Mas
não se pode reduzir o interesse científico ao interesse econômico, a vontade de
pesquisar ao desejo de prestígio, a sede de conhecimento à sede de poder, em
alguns casos terrenos sim. A sociologia não pode ser considerada uma concepção
que exclui o indivíduo ou que, no máximo, o tolera. É uma concepção humanista,
mas que deve implicá-lo e explicitá-lo. Sobre a aquisição do conhecimento pesa
um formidável determinismo encouraçado de coerção. Ele nos impõe o que se
precisa conhecer, como se deve conhecer, o que não se pode conhecer. Comanda,
proíbe, traça os rumos, estabelece os limites, ergue muralhas e conduz-nos ao
ponto onde devemos ir. E também que conjunto prodigioso de determinações
sociais, culturais e históricas é necessário para o nascimento da menor ideia,
e per se da menor teoria. Não bastaria limitarmo-nos a essas determinações que
pesam do exterior sobre o conhecimento. É necessário considerar os
determinismos intrínsecos ao conhecimento, que são, segundo Morin, muito mais
implacáveis. Em primeiro lugar, princípios, comandam esquemas e modelos
explicativos, os quais impõem visão de mundo e das coisas que se
governam/controlam de modo imperativo e proibitivo a lógica dos discursos,
pensamentos, teorias sociais.
Com
maior razão, o mesmo vale para a arte, que é absolutamente refratária a tudo o
que parece uma obrigação, porque é o domínio da liberdade. É um luxo e um
adorno que talvez seja bonito ter, mas que não se pode ser obrigado a adquirir:
o que é supérfluo não se impõe. Ao contrário, amoral é o mínimo indispensável,
o estritamente necessário, o pão cotidiano sem o qual as sociedades civis não
podem viver. A arte corresponde à necessidade de que temos de difundir nossa
atividade social sem objetivo, pelo prazer de difundi-la, enquanto a moral nos
obriga a seguir um caminho determinado em direção a um objetivo definido – e
quem diz obrigação diz, com isso, coerção. Conquanto possa estar animada por
essas ideias morais ou ver-se envolvida na evolução moral própria, a arte não é
moral por si mesma. A observação estabelecida nos indivíduos, como nas
sociedades, de um tal desenvolvimento intemperante das faculdades estéticas é
um grave sintoma do ponto de vista da moralidade. Vale lembrar, segundo
Durkheim (2010) que de todos os elementos da civilização, a ciência é o
único que, em certas condições, apresenta um caráter moral. As
sociedades tendem cada vez mais a considerar um dever para o indivíduo
desenvolver sua inteligência, assimilando as verdades científicas que são
estabelecidas. Há número de conhecimentos na história que devemos
possuir.
Ninguém
é obrigado a se lançar no grande turbilhão industrial; ninguém é obrigado a ser
artista; mas todo o mundo é obrigado a não ser ignorante. Essa obrigação é,
inclusive, sentida com tamanha força que, em certas sociedades, não é apenas
sancionada pela opinião pública, mas pela lei. Aliás, não é impossível entrever
de onde vem esse privilégio especial da ciência. É que a ciência nada mais é do
que a consciência levada a seu mais alto ponto de clareza. Ora, para que as
sociedades possam viver nas condições de existência que lhe são dadas, é
necessário que o campo da consciência, tanto individual como social, se estenda
e se esclareça. Os meios em que elas vivem se torna cada vez mais complexos e,
por conseguinte, cada vez mais móveis, para durar é preciso que elas mudem com
frequência. Por outro lado, sabemos o quanto mais obscura uma consciência, mais
é refratária à mudança, porque não vê depressa o bastante que é necessário
mudar, nem em que sentido é preciso mudar; ao contrário, uma consciência esclarecida
sabe preparar de antemão a maneira de se adaptar a essa mudança social. Eis
porque é necessário que a inteligência guiada pela ciência adquira uma
importância maior no curso da vida coletiva. Mas a ciência que todo o mundo é
assim chamado a possuir não merece ser designada por esse nome. Não é a
ciência, é no máximo sua parte mais geral. Ela se reduz a um pequeno
número de conhecimentos indispensáveis, que só são exigidos de todos por
estarem disponíveis ao alcance de todos na vida social. A ciência supera
infinitamente nesse nivelamento da cultura. Ela compreende o que é
vergonhoso ignorar, mas existe, como um navio na praia, que é possível saber.
Ela
não supõe apenas, nos que a cultivam, essas faculdades médias que todos
possuem, mas disposições especiais. Senão a uma elite, não é obrigatória; mas
não é necessária a ponto de a sociedade reclamá-la imperativamente. É vantajoso
estar munido dela; nada há de imoral em não a adquirir. Paris, a capital de D’Amour, foi palco
de um extraordinário e concreto romance. Ao organizar os paradigmas e modelos
explicativos associa-se o determinismo organizado dos sistemas de convicção e
de crença que, quando reinam em uma sociedade, impõem a todos a força
imperativa do sagrado, a força normalizadora do dogma, a força proibitiva do
tabu. As doutrinas e ideologias dominantes dispõem também da força imperativa e
coercitiva que evidencia aos convictos e o temor inibitório aos desalmados. A
partir deste fundamento etnográfico, compreendemos que ordem, desordem e
organização são elementos essenciais para o entendimento da questão da
complexidade, pois se desintegram e se desorganizam ao mesmo tempo na história
singular da vida. Constata-se que o sentido da realidade se dá por meio da
relação do todo com as partes e vice e versa em uma análise integradora em que
não é pertinente examinar como tal a partir de uma única matriz de
racionalidade. Ipso facto, o conceito alemão de Kultur dá ênfase
especialmente a diferenças nacionais e à identidade particular de grupos.
Em
virtude disto, o conceito adquiriu em pesquisa etnológica e antropológica uma
significação muito além da área linguística alemã e da situação em que se
originou o conceito. Todavia, a
necessidade de comunicar-se sempre foi o motor de todo tipo de codificações
expressivas, sendo a linguagem e a escrita instrumentos de comunicação oral e
escrita sujeitos as limitações de espaço e lugar e a sua transmissão através da
distância entre o emissor e o receptor. Simplificadamente, pode-se dividir em
quatro fases a história da codificação de signos e fonemas ao serviço da
relação inter-humana: mnemônica, pictórica, ideográfica e fonética. A primeira,
mnemônica, historicamente se caracterizou pelo emprego de objetos reais como
dados ou mensagens entre pessoas que viviam alheios e não pertenciam ao mesmo
sistema convencionalmente de comunicação social. Aos antigos peruanos, escreve
Albert A. Sutton (1866-1923), os chineses, e inclusive tribos mais recentes,
utilizaram com muita frequência o quipo, representando cada um dos cordões
usados do ponto de vista comunicativo pelos peruanos, no tempo social da
monarquia Inca, na literatura comparada que formavam um método mnemônico,
de interpretação, fundado nas cores e ordem dos cordões, número e disposição de
nós, etc., ou série de cordas atadas para comemorar acontecimentos felizes,
para servir como instrumentos de cálculo ou resguardar na memória as
recordações dos mortos das tribos.
Na
segunda, pictórica, a comunicação social tem como representação a imagem
e se transmite mediante a pintura, a comunicando a relação dos objetos. Estas
gravuras aparecem não só na pintura rupestre, e também sobre objetos variados:
utensílios, armas ou artigos de valor empregados para o intercâmbio comercial.
Na terceira, ideográfica, resulta de uma associação de símbolos pictográficos
com objetos e ideias. Nesta fase os signos se empregam cada vez mais na
representação de ideias, numa progressiva separação da estrutura do objeto que
tenciona comunicar e a modelação cada vez mais simbólica que aproximará no
signo alfabético, na escritura. A expressão ideográfica serviu para as formas
primitivas de relatos, tal como podemos valorar na escritura ideográfica das
culturas pré-colombianas ou mesopotâmicas, ainda que o máximo tipo cultural
deste sistema de comunicação foi a escrita hieroglífica dos egípcios. A última,
fonética, se estabelece quando o signo representa um som, fora das palavras
inteiras, de sílabas ou do que depois chamamos letras, como unidade fonética
menor. A invenção do alfabeto foi o ponto máximo da codificação da
comunicação e foi propiciada precisamente por aqueles povos de maior
desenvolvimento social e de maior inter-relação comercial com outros povos. O
alfabeto representou uma chave de intercomunicação e ao mesmo tempo um aríete
de penetração cultural em mãos dos povos da antiguidade criadores das primeiras
rotas de comércio marítimo e terrestre.
O
sistema social condiciona o sistema de comunicação. A comunicação vem
unida à existência da mudança de mercadoria e à busca incessantemente de
matérias-primas que já mobilizou aos antigos. As rotas comerciais e de expansão
imperial depredatória da Antiguidade foram autênticos canais informativos,
lentos e precários, que abasteceram aos homens de um conhecimento aproximado
dos limites do mundo e das tentações dos outros considerados desde cada
particular forma etnocêntrica do indivíduo na sociedade. A rota do Cabo,
contornando África, viria a ser explorada pelos Holandeses, e outras potências
europeias. As rotas das especiarias passavam por intermediários antes de serem
revendidos na Europa medieval. Era um tempo de medo. Há mil anos, na mesma
Europa que agora se prepara para ingressar, próspera e unida como nunca, no
terceiro milênio do calendário cristão, os homens viviam socialmente o pior dos
mundos. O irreversível desmoronamento, século após século, do que ainda restava
da civilização greco-romana, depois sucedeu-se do fim do Império Romano do
Ocidente, no século V, transformara o território europeu em campo de batalha
onde gerações sucessivas se guerreavam interminavelmente - visigodos e vikings,
bretões e saxões, vândalos e ostrogodos, magiares e eslavos, um sem-fim de
povos que não por acaso entraram para a História sob a denominação coletiva de
“bárbaros”. Além da violência simbólica
e física das religiões, a miséria, a ignorância e a superstição
recobriam a Europa na marca do ano 1000. Os proprietários de terras
transformavam seus domínios em unidades autônomas, com fortificações feitas de
árvores e espinheiros e habitações cercadas de paliçadas. Registrou um
observador do ano 888: - “Cada qual quer se fazer rei a partir das próprias
entranhas”. A cidade, como sede da política e da administração, centro do
comércio e do conhecimento, à maneira de Roma, e comparativamente, Atenas ou
Alexandria na Antiguidade clássica, inexistia na paisagem ocidental desse
período.
Havia
historicamente burgos descendentes dos centros logo fundada pelos
conquistadores romanos, como também ajuntamentos de um punhado de milhares de
almas, nascidos da presença, nas proximidades, de um mosteiro ou de um vale
fértil, ou do fato de se situarem no centro de uma região dominada por um
príncipe. Nada, porém, que se comparasse a Constantinopla (Istambul), capital
do Império Romano do Oriente, com suas centenas de milhares de habitantes,
abastado comércio e porto movimentado. Há cerca de mil anos, amplas extensões
do continente europeu eram constituídas de florestas um mundo sombrio, estranho
e ameaçador aos homens que construíam povoados, cultivavam cereais e criavam
gado em grandes clareiras nas suas cercanias, numa economia de pura subsistência,
da mão para a boca. A construção de castelos, abadias e mosteiros ocupava
igualmente muitos braços. Mas o principal motor da atividade econômica era a
guerra: a necessidade de produzir armas, acumular provisões para a tropa e
pagar os mercenários em metal sonante estimulava o comércio. Perigos reais,
como os animais selvagens, e terrores imaginários historicamente constituídos
na Europa, como monstros e demônios, espreitavam os aldeões que adentravam a
mata em busca de carne de caça e de mel, a única fonte extrativista de açúcar
dos europeus de então. Entretanto, vista pelos olhos de hoje, a vida cotidiana
tinha tons de pesadelo.
A
culpa, por outro lado, se refere à responsabilidade dada à pessoa por um
ato que provocou prejuízo material, moral ou espiritual a si mesma ou a outrem.
O processo de identificação e atribuição de culpa refere-se à descoberta de
quem determinou o primeiro ato ilícito ou prejudicial, e pode se dar em três
planos da atividade analítica: subjetivo, intersubjetivo e objetivo. No sentido
subjetivo, a culpa é um sentimento que se apresenta à consciência quando o
sujeito avalia seus atos de forma negativa, sentindo-se responsável por falhas,
erros e imperfeições. O processo pelo qual se dá essa avaliação é estudado pela
Ética, a disciplina filosófica que estuda os fundamentos da ação moral,
procurando justificar a moralidade de uma ação e distinguir as ações morais das
ações imorais e amorais e pela formação em Psicologia, que trata, estuda e
analisa os processos mentais e comportamentos de indivíduos e grupos humanos em
diferentes situações. A psicologia, do ponto de vista técnico-metodológico, tem
como objetivo a compreensão de grupos e indivíduos tanto pelo estabelecimento
de princípios universais, como pelo case study específico, e tem, segundo
alguns analistas, objetivo final o benefício geral da sociedade. Um pesquisador
ou profissional desse campo de atividade é reconhecido como psicólogo, podendo
ser classificado como cientista social, comportamental ou cognitivo. A função
dos psicólogos é tentar compreender o papel das funções mentais no
comportamento individual e socialmente, e também, simultaneamente, os
processos fisiológicos e biológicos que acompanham os comportamentos e funções cognitivas.
Entretanto, o sentido religioso
de culpa, pelo qual um ato da pessoa recebe uma avaliação negativa da
divindade, por consistir na transgressão de um tabu ou de uma norma religiosa.
A sanção religiosa é um ato social, e pode corresponder a repreensão e pena
objetivas. De outra parte, a culpa religiosa pode compreender também um estado
psicológico, existencial e subjetivo, que propõe a busca de expiação de faltas
ante o sagrado como parte da própria experiência religiosa. O termo pecado, por
exemplo, está geralmente ligado à culpa, no sentido religioso, sendo a culpa
consequência do pecado cometido e arrependido por quem o cometeu. Por outro
lado, a religião, principalmente neste caso o cristianismo, trata solenemente a
culpa como um sentimento necessário ao arrependimento e a melhoria pessoal do
infrator pois o mesmo alcança a mudança apenas se reconhecer como inadequado o
ato cometido. Conforme II Coríntios, capítulo 7, verso 10, a culpa ou tristeza
leva ao arrependimento para a salvação daquele que está amparado por Deus ao
contrário do indivíduo, que sem este amparo, tem a culpa ou tristeza
proveniente do mundo que o leva da realidade para a morte. A consequência da
culpa poderá ser a mudança pessoal amparada por Deus que nos livra do pecado e
das dores ou a autopunição consciente ou inconsciente daquele que carrega
consigo toda a sua culpa.
O
sentimento de culpa tem como representação o sofrimento humano obtido após reavaliação de um comportamento passado tido
como reprovável por si mesmo. A base deste sentimento, do ponto de vista
psicanalítico, é a frustração causada pela distância entre o que não fomos e a
imagem criada pelo superego daquilo que achamos que deveríamos ter sido. Há
também outra definição para “sentimento de culpa”, quando se viola a
consciência moral pessoal, ou seja, quando pecamos e erramos, surge o
sentimento de culpa. Para a psicologia humanista-existencial, especialmente a
da linha de pesquisa rogeriana, a culpa é um sentimento como outro qualquer e
que pode ser “trabalhado” terapeuticamente ao se abordar este sentimento com
aquele que sofre. Para esta linha de raciocínio de Psicologia, um sentimento
como esse, quando chega a ser considerado um obstáculo por aquele que o sente,
é resultado de um inadequado crescimento pessoal, mas não é considerado uma
psicopatologia. Para os teóricos rogerianos, todas as pessoas têm uma tendência
a atualização que se dirige para a plena auto realização; o sentimento de culpa
pode ser apenas limitação momentânea no processo de auto realização.
É bastante concebível que tampouco o sentimento de culpa produzido pela civilização seja percebido como tal, mas que em grande parte permaneça inconsciente, ou apareça como uma espécie de mal-estar, uma insatisfação, para a qual as pessoas buscam outras motivações. As religiões nunca desprezaram o papel desempenhado na civilização pelo sentimento de culpa. O sentimento de culpa, a severidade do superego, é, portanto, o mesmo que a severidade da consciência. É a percepção que o ego tem de estar sendo vigiado dessa maneira, a avaliação da tensão entre os seus próprios esforços e as exigências do superego. É o ponto-chave do ensaio “Mal-estar na Civilização” de Sigmund Freud, um médico neurologista criador da psicanálise. Freud, como se tornara reconhecido, nasceu em uma família judaica, em Freiberg in Mähren, pertencente ao Império Austríaco, atualmente, a localidade é denominada Příbor, e pertence à República Tcheca. Freud iniciou seus estudos pela utilização da técnica da hipnose no tratamento de pacientes com histeria, como forma de acesso aos seus conteúdos mentais.
Isto
posto, introdutoriamente para facilitar a leitura temática e a história social de
Manchester à Beira-Mar, lembramos ela se passa no Condado de Essex e tem
como representação social “um homem que cuida de seu sobrinho adolescente após
a morte do pai do garoto”. A área atualmente da Essex foi ocupada antes da
chegada e ocupação dos romanos pela tribo celta dos trinobantes. Uma disputa
entre eles e os catuvelaunos teve como utilidade de uso e como desculpa à
invasão romana de Júlio César em 54 a.C. Em 43, o imperador Cláudio (41–54)
conquistou a capital trinobante Camuloduno (atualmente Colchester), que seria
capital da Britânia romana, mas em 60-61 Boudica conduziu uma fracassada
revolta contra a autoridade romana com ajuda de icenos e trinobantes, mas que
conseguiu destruir Camuloduno. O nome Essex deriva historicamente do Reino de
Essex que, segundo a tradição inglesa foi fundado por Escuíno em 527,
ocupando o território ao Norte do rio Tâmisa e a Leste do rio Lea. Em 825, fez
parte do Reino de Wessex e mais tarde foi cedida pelo Tratado de Wedmore aos
viquingues daneses da Lei Danesa. Em 991, a Batalha de Maldon resultou na
derrota completa dos anglo-saxões pelos viquingues e é rememorada no poema A
Batalha de Maldon. Manchester é uma cidade do Reino Unido, no Noroeste da
Inglaterra.
A
aglomeração urbana de Manchester tem cerca de 3,6 milhões de habitantes, a
segunda cidade mais populosa da Inglaterra, que inclui outras cidades e áreas
no condado, e é chamada Grande Manchester. A cidade é um centro industrial,
econômico, e muitas companhias têm as sedes administrativas no centro da cidade
ou num parque industrial ao este do centro, Trafford Park. Tem origem num
povoado céltico e foi designada de Mancunium pelos antigos romanos e,
por isso, os habitantes são chamados de Mancunians em inglês. Manchester teve
um papel primordial na Revolução Industrial: foi aqui aplicada a máquina a
vapor à indústria têxtil pela primeira vez em 1789. A primeira máquina a vapor
relatada, foi a eolípila, também chamada de “bola de vento”, criada por
Heron de Alexandria no século I. Em 1698, Thomas Savery (1650-1715), engenheiro
militar inglês, criou um motor que leva seu nome que poderia ser utilizado
dentro das fábricas, sendo considerado uma das evoluções iniciais da revolução
industrial. Em 1712, Thomas Newcomen (1663-1729) projetou uma nova máquina que
poderia ser utilizada dentro de minas de carvão, a qual, apesar de mais lenta
que as anteriores, podia tanto elevar água quanto cargas mais pesadas e tinha
um custo de capital muito menor, uma vez que substituía os cavalos que eram
usados no trabalho. Em 1769, Joseph Cugnot criou um triciclo movido a vapor,
que é considerado o primeiro carro a vapor construído.
O
veículo de Cugnot envolveu-se naquele que é tido como “o primeiro acidente
rodoviário motorizado da história”. Todavia, foi no ano de 1777 que o motor
a vapor mais importante foi criado, quando James Watt (1736-1819),
fabricante de instrumentos londrino, aperfeiçoou o motor a vapor de Newcomen.
Após perceber uma falha no projeto da mesma, que era o tempo gasto,
demasiadamente elevado, para ter o aquecimento, tanto do vapor quanto do
combustível, em um mesmo cilindro. melhorando o projeto, criou assim um segundo
cilindro. A primeira linha férrea de passageiros foi também construída aqui,
ligando a cidade com Liverpool em 1830. Está ligada desde 1894 por um canal ao
mar. A Instituição para a estatística nacional do Reino Unido não recolhe os
dados econômicos para a cidade de Manchester sozinha, mas em conjunto com
quatro outros distritos metropolitanos, a saber: Salford, Stockport, Tameside,
Trafford, em uma área geográfica denominada de Greater Manchester South.
A economia teve um crescimento relativamente forte entre 2002 e 2012,
crescimento econômico de 2,3% acima da média nacional. Com um PIB de $ 88,3 bilhões
a economia metropolitana é a terceira maior no Reino Unido. É classificada como
uma cidade beta mundial pela Globalization and World Cities Research
Network. Como a economia do Reino Unido continua a se recuperar da “desaceleração”
experimentada em 2008-2010, como de resto no mundo, Manchester compara-se
favoravelmente em relação a outras de acordo com os últimos números.
Em
2012 é demonstrado o crescimento anual o mais forte no estoque de negócio (5%)
de todas as cidades do núcleo. A cidade experimentou um aumento relativamente
forte no número de falências empresariais, o maior aumento de todas as
cidades-núcleo, no entanto, isso foi compensado pelo crescimento em novos
negócios que resultou em um forte crescimento líquido. A liderança cívica de
Manchester tem uma reputação de perspicácia empresarial. Possui dois dentre os
quatro aeroportos mais movimentados do país e usa seus ganhos econômicos e
financeiros para financiar projetos locais. Enquanto isso, o relatório de
competitividade alternativa da KPMG, é uma rede global de firmas independentes
que prestam serviços de consultoria, auditoria e impostos. É uma das maiores
empresas de auditoria do mundo, quando relatou que em 2012 Manchester teve o 9º
menor custo tributário de qualquer cidade industrializada no mundo e a devolução
de impostos chegou mais cedo a Manchester do que qualquer outra cidade
britânica: ela pode manter metade do extra Impostos que obtém de investimento
de transporte. O relatório de competitividade alternativa da KPMG descreve
Manchester como a cidade mais acessível da Europa, com um ranking
ligeiramente melhor do que as cidades holandesas, Rotterdam e Amsterdam, que
têm um custo de vida inferior a 95.
Manchester é uma cidade de contraste, onde alguns dos bairros mais pobres e mais afluentes do país podem ser encontrados. De acordo com os índices 2010 de “privação múltipla”, Manchester é o quarto conselho municipal mais privado na Inglaterra. O desemprego ao longo de 2012-13 teve uma média de 11,9%, superior à média nacional, mas inferior a algumas das outras grandes cidades comparáveis do país. Por outro lado, Greater Manchester é o lar de “mais multimilionários do que em qualquer lugar fora de Londres, com a cidade de Manchester ocupando a maior parte da contagem”. Em 2013 Manchester ficou em 6º lugar no Reino Unido para a qualidade de vida, de acordo com uma classificação das 12 maiores cidades do Reino Unido. As mulheres se saem melhor em Manchester do que no resto do país em termos de igualdade de remuneração para os homens. A diferença salarial por horas trabalhadas é de 3,3%, em contraste com 11,1% para a Grã-Bretanha. 37% da população em idade de trabalhar em Manchester têm qualificações de grau em contraste com a média de 33% em outras cidades principais, embora as escolas under-perform ligeiramente quando comparado à média nacional. Manchester tem o maior mercado de escritórios no Reino Unido fora de Londres de acordo com GVA Grimley com uma captação de escritório trimestral (média em 2010-14) de aproximadamente 250 000 pés quadrados - equivalente à captação de escritório trimestral de Leeds, Liverpool e Newcastle combinado e 90 000 pés quadrados mais que o rival mais próximo Birmingham. O forte mercado de escritórios em Manchester tem sido em parte atribuído à Northshoring (“deslocalização”), que implica a deslocalização ou criação alternativa de postos de trabalho fora do superaquecido Sul para áreas onde o espaço de escritório é possível e mais barato o mercado de trabalho não pode ser saturado.
Bibliografia
Geral Consultada.
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