segunda-feira, 7 de abril de 2025

Um Porto Seguro – Amor & Trabalho à Beira-mar nas Ilhas Britânicas.

             Ame todos, confie em poucos, não faça mal a ninguém”. William Shakespeare   

O amor é uma das grandes categorias sociais que na história da humanidade dá forma ao existente, mas isso é dissimulado tanto por certas realidades psíquicas como in fieri por certos modos de representações teóricas. Não há dúvida que o efeito amoroso desloca e falsifica inúmeras vezes a imagem objetivamente reconhecível de seu objeto e, nessa medida, é decerto geralmente reconhecido, segundo Simmel (1858-1918), como “formativo”, mas de uma maneira que não pode visivelmente parecer coordenada com as outras forças espirituais que dão forma. Trata-se, portanto, aqui, de uma imagem já existente que se encontra modificada em sua determinação qualitativa, sem que se tenha abandonado seu nível de existência teórica, nem criado um produto de uma nova categoria. Essas modificações que o amor já presente traz à exatidão objetiva da representação nada têm a ver com a criação inicial que produz o ser amado como tal. Na verdade, todas essas categorias são coordenadas, por sua significação, quaisquer que sejam o momento ou as circunstâncias em que elas atuam. E o amor é uma delas, na medida em que cria seu objeto como produto totalmente original. É preciso, antes de mais anda, que o ser humano exista e seja conhecido, antes de ser amado. Mas esse algo que acontece não tem lugar socialmente falando com esse ser existente que permaneceria não modificado, foi, ao contrário, no sujeito que uma nova categoria fundamental se tornou criadora.

Do mesmo modo que eu, amante, sou diferente do quer era antes – pois não é determinado “aspecto” meu, determinada energia que ama em mim, mas meu ser inteiro, o que não precisa uma transformação visível de todas as minhas outras manifestações -, também ele enquanto tal, é um outro, nascendo de outro a priori que não o ser conhecido ou temido, indiferente ou venerado. O amor é sempre uma dinâmica que se gera. Para Simmel (1993) por assim dizer, a partir de uma autossuficiência interna, sem dúvida trazida, por seu objeto exterior, do estado latente ao estado atual, mas que não pode ser, propriamente falando, provocada por ele; a alma o possui enquanto realidade última, ou não o possui, e nós não podemos remontar, para além dele, a um dos movens exterior ou interior que, de certa forma, seria mais que sua causa ocasional. É esta a razão mais profunda que torna o procedimento de exigi-lo, a qualquer título legítimo que seja totalmente desprovido de sentido. Sequer sua atualização dependa sempre de um objeto, e se aquilo que chamamos de desejo ou necessidade de amor – esse impulso surdo e sem objeto, em particular na juventude, neste caso, apenas para referir-se a sua aparência jovial, em direção a qualquer coisa a ser amada – já não é amor, que por enquanto só se move em si mesmo, digamos um amor em roda livre.

Seguramente, a pulsão em direção a um comportamento poderá ser considerada como o aspecto afetivo do próprio comportamento, ele próprio já iniciado; o fato de nos sentirmos “levados” a uma ação significa que a ação já começou anteriormente e que seu acabamento não é outra coisa que o desenvolvimento ulterior dessas primeiras inervações. Onde, apesar do impulso sentido, não passamos à ação, isso se dá seja porque a energia não basta para ir além desses primeiros elos da ação, seja porque ela é contrariada por forças opostas, antes mesmo que esses primeiros elos já anunciados à consciência tenham podido se prolongar num ato visível. A possibilidade real, a ocasião apriorística desse modo de comportamento que chamamos amor, fará surgir, se for o caso, e levará à consciência, como um sentimento obscuro e geral, inicial de sua própria realidade, antes mesmo que a ele se some a incitação por um objeto determinado para levá-lo a seu efeito acabado. A questão é: por que o amor está absolutamente intricado em seu objeto, e não simplesmente associado a ele, como ocorre com o surgimento da religião cristã: o objeto do amor em toda a sua significação categorial não existe antes do amor, mas apenas por intermédio dele.  

O que faz aparecer de maneira bem clara que o amor – e, no sentido lato, todo o comportamento do amante enquanto tal – é algo absolutamente unitário, que não pode se compor a partir de elementos preexistentes. Totalmente inúteis parecem, pois, as tentativas de considerar o amor como um produto secundário, no sentido de que seria motivado como resultante de outros fatores psíquicos primários. No entanto, ele pertence a um estágio demasiado elevado da natureza humana para que possamos situá-lo no mesmo plano cronológico e genético da respiração ou da alimentação, ou mesmo do instinto sexual. Tampouco podemos safar-nos do embaraço por esta escapatória fácil: em virtude de seu sentido metafísico, de seu significado atemporal, o amor permanece sem dúvida à primeira – ou última - ordem dos valores e das ideias, mas sua realização humana ou psicológica colocá-lo-ia num estágio ulterior de uma série longa e complexa na evolução contínua da vida. Não podemos nos satisfazer com essa estranheza recíproca de seus significados ou suas areações. O problema de seu dualismo, reconhecido e bem, mas não resolvido; e determo-nos na conclusão seria duvidar de sua solubilidade.

Para Hegel (2007) a evolução não somente faz aparecer o interior originário, exterioriza o concreto contido já no em si, e este concreto chega a ser por si através dela, impulsiona-se a si mesmo a este ser por si. O espírito abstrato assim adquire o poder concreto da realização. O concreto é em si diferente, mas logo só em si, pela aptidão, pela potência, pela possibilidade. O diferente está posto ainda em unidade, ainda não como diferente. É em si distinto e, contudo, simples. É em si mesmo contraditório. Posto que é através desta contradição impulsionado da aptidão, deste este interior à qualidade, à diversidade; logo cancela a unidade e com isto faz justiça às diferenças. Também a unidade das diferenças ainda não postas como diferentes é impulsionada para a dissolução de si mesma. O distinto (ou diferente) vem assim a ser atualmente, na existência. Porém do mesmo modo que se faz justiça à unidade, pois o diferente que é posto como tal é anulado novamente. Tem que regressar à unidade; porque a unidade do diferente consiste em que o diferente seja um. E somente por este movimento é a unidade verdadeiramente concreta. É algo concreto, algo distinto. Entretanto contido na unidade, no em si primitivo. O gérmen se desenvolve assim, não muda. Se o gérmen fosse mudado desgastado, triturado, não poderia evoluir. Na alma, enquanto determinada como indivíduo, as diferenças estão enquanto mudanças que se dão no indivíduo, que é o sujeito uno que nelas persiste e, enquanto momentos do seu desenvolvimento. 

Por serem elas diferenças, comparativamente se relacioandas à uma, físicas e espirituais, seria preciso, para determinação ou descrição mais concreta, antecipar a noção do espírito cultivado. As diferenças são: 1) curso natural das idades da vida, desde a criança, desde a criança, o espírito envolvido em si mesmo – passando pela oposição desenvolvida, a tensão de uma universalidade ela mesma ainda subjetiva em contraste com a singularidade imediata, isto é, como o mundo presente, não conforme a tais ideais, e a situação que se encontra, em seu ser-aí para esse mundo, o indivíduo que, de outro lado, está ainda não-autônomo e em si mesmo não está pronto (o jovem) para chegar à relação verdadeira, ao reconhecimento da necessidade e racionalidade objetivas do mundo já presente, acabado; em sua obra, que leva a cabo por si e para si, o indivíduo retira, por sua atividade intrínseca, uma confirmação e uma parte, mediante a qual ele é algo, tem uma presença efetiva e um valor objetivo (homem); até a plena realização da unidade com essa objetividade praticamente do conhecer: unidade que, enquanto real, vem dar na inatividade da rotina que tira o interesse, enquanto ideal se liberta dos interesses mesquinhos é das complicações do presente exterior (o ancião).                 

O espírito manifesta aqui sua independência da própria corporalidade, em poder desenvolver-se antes que nela torne. Com frequência, crianças têm demonstrado um desenvolvimento espiritual que vai muito mais rápido que sua formação corporal. Esse foi o caso histórico, sobretudo em talentos artísticos indiscutíveis, em particular nos gênios da música. Também em relação ao fácil apreender de variados conhecimentos, especialmente na disciplina matemática; e tal precocidade tem-se mostrado não raramente também em relação a um raciocínio de entendimento, e mesmo sobre objetos éticos e religiosos. O processo de desenvolvimento do indivíduo humano natural decompõe-se então em uma série de processos, cuja diversidade se baseia sobre a relação do indivíduo para com o gênero, e funda a diferença da criança, do homem e do ancião. Essas diferenças são as apresentações das diferenças do conceito. A idade da infância é o tempo da harmonia natural, da paz do sujeito consigo mesmo e com o mundo. Um começo tão sem-oposição quanto a velhice é um fim sem-oposição. As oposições que surgem ficam sem interesse mais profundo. A criança vive na inocência, sem sofrimento durável; no amor aos seus pais, e no sentimento de ser amado por eles.

Na Roma antiga, o gênio representava o espírito ou guia de uma pessoa, ou mesmo de uma gens inteira. Um termo relacionado é genius loci, o espírito de um local específico. Por contraste a força interior que move todas as criaturas viventes é o animus. Um espírito específico ou daimon pode habitar uma imagem ou ícone, dando-lhe poderes sobrenaturais. Gênios são dotados de excepcional brilhantismo, mas frequentemente também são insensíveis às limitações da mediocridade bem como são emocionalmente muito sensíveis, algumas vezes ambas as coisas. O termo prodígio indica simplesmente a presença de talento ou “gênio excepcional” na primeira infância. Os termos prodígio e criança prodígio são sinônimos, sendo o último um pleonasmo. Deve-se ter em consideração que é perigoso tomar como referência as pontuações em testes aplicados de QI quando se deseja fazer um diagnóstico razoavelmente correto de genialidade. Há que se levar em consideração que em todos as pontuações, e em todas as medidas, existe uma incerteza inerente, bem como os resultados obtidos nos testes representam a performance alcançada por uma pessoa em determinadas condições, não refletindo necessariamente toda a capacidade da pessoa em condições ideais. A contribuição histórica e culturalmente dos filósofos pré-socráticos de representação à matemática, in statu nascendi enquanto ciência, não são discutíveis do ponto de vista prático, e desnecessário dizer, em grande parte fruto de tradição bem documentada.

As mais antigas evidências concretas sobre as atividades de um matemático propriamente dito referem-se a Hipócrates de Quios. Nossos conhecimentos sobre Hipócrates de Quios e outros matemáticos baseiam-se em fragmentos de suas obras e em tradições conservadas nos séculos posteriores. O mais antigo tratado matemático que chegou até nós é o Da Esfera Móvel, um estudo a respeito do valor piramidal da esfera. Dos matemáticos posteriores restam-nos diversas obras de valor desigual, dentre as quais se destaca Os Elementos, de Euclides, cuja influência persiste analiticamente. O interesse pela história da Matemática iniciou, também, na Grécia Antiga. Eudemo de Rodes um dos discípulos de Aristóteles escreveu consecutivas histórias da aritmética, da geometria e da astronomia, mas que infelizmente não foram conservadas. Durante o período greco-romano o matemático Papo de Alexandria representa um relato etnográfico sistemático da obra de seus predecessores, desde Euclides até Esporo de Niceia. Há também extensas notas explicativas sobre vários temas matemáticos e valiosas introduções aos diversos livros, nas quais Papo de Alexandria resume o tema geral e os assuntos técnico-metodológicos a serem tratados. Notabilizou-se por ser pai da filosofa Hipátia e por produzir em 390 uma versão mais elaborada da obra Os Elementos, de Euclides que sobreviveu aos dias atuais. Dentre suas obras está uma que faz considerações sobre um eclipse solar em Alexandria. A mobilidade trouxe a Atenas Hipócrates de Quios, no século V a. C., o primeiro autor de uma compilação de Elementos, em que parecem já figurar investigações ligadas à resolução do problema de Delos sobre a duplicação do cubo e à chamada quadratura do círculo . Com a morte de Platão, seu discípulo, Têudio de Magnésia, escreveu nova compilação dos manuscritos.

Isto posto, quando uma jovem e misteriosa mulher chamada Katie (Julianne Hough) se muda para a cidade de Southport, Carolina do Sul, seus novos vizinhos começam a levantar questões sobre seu passado. Apesar da moça estar determinada a não formar laços afetivos na cidade, estranhamente ela não consegue cumprir esse objetivo e acaba levantando questionamentos sobre seu passado, que esconde um terrível segredo que continua assombrando a sua vida. Bela e discreta, ela evita qualquer tipo de laço pessoal com os outros habitantes da região até que conhece o charmoso Alex (Josh Duhamel), um homem gentil, viúvo e pai de dois filhos, e a sincera Jo (Cobie Smulders), que se torna sua amiga. Katie começa a se interessar por Alex e se sente cada vez mais afeiçoada a ele e sua família. Ela acaba se apaixonando, mas seu passado a impede de ser plenamente feliz. Southport é uma cidade litorânea no distrito metropolitano de Sefton, em Merseyside, Inglaterra, Reino Unido. Fica na planície costeira de West Lancashire e na costa Leste do Mar da Irlanda, a 27 km ao Norte de Liverpool e 24 km a Sudoeste de Preston. No censo de 2021, Southport tinha como representação uma população de 94 421, tornando-se o décimo primeiro assentamento mais populoso do Noroeste da Inglaterra e o terceiro mais populoso da região da cidade de Liverpool. 

Nicholas Sparks nasceu em Omaha, em 31 de dezembro de 1965. Omaha é uma cidade localizada no estado norte-americano do Nebraska, no condado de Douglas, do qual é sede. Com mais de 486 mil habitantes, de acordo com o censo nacional de 2020, é a cidade mais populosa do estado e a 39ª mais populosa do país. Quase 24,8% da população total do Nebraska vive em que Omaha possui um forte setor financeiro. Algumas de suas fontes de renda são o setor de transportes e de telecomunicações, e a indústria de produtos agropecuários. É a cidade natal do 38° Presidente dos Estados Unidos Gerald Ford. É um escritor, roteirista e produtor estadunidense. Vários de seus livros entraram na lista de best-sellers do jornal New York Times, com cerca de 115 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, sendo traduzido para mais de 50 línguas. Gerald Rudolph Ford Jr. foi um político norte-americano que serviu como Presidente dos Estados Unidos de 1974 a 1977. Líder do Partido Republicano na Câmara dos Representantes, de 1965 a 1973, foi o 40º vice-presidente dos Estados Unidos de 1973 a 1974. Nascido em Omaha, Nebraska, e criado em Grand Rapids, Michigan, Ford estudou na Universidade de Michigan e na Yale Law School.

Após o nevrálgico ataque a Pearl Harbor, ele se alistou reserva da Marinha dos Estados Unidos, servindo de 1942 a 1946, saindo com a patente de tenente-comandante. Ford começou sua carreira política em 1949 como representante do 5.º distrito do Michigan (na Península Inferior). Ele serviu no Congresso por 25 anos, sendo que os últimos nove foram como Líder da minoria na Câmara. Em dezembro de 1973, dois meses após a renúncia de Spiro Agnew (1918-1996), Ford se tornou a primeira pessoa apontada como vice-presidente da República desde a passagem da 25ª emenda à Constituição. Após a subsequente renúncia do presidente Richard Nixon em agosto de 1974, Ford assumiu imediatamente a presidência. Até o momento, esta foi a última sucessão presidencial intra-mandato da história dos Estados Unidos. Como presidente, Ford assinou os Acordos de Helsinque, que marcou o início da détente na Guerra Fria. Com o colapso do Vietnã do Sul nove meses após se tornar presidente, o envolvimento dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã acabou. Na política, Ford presidiu sobre a pior fase da economia desde a Grande Depressão, com inflação, recessão e desemprego.

A cidade de Southport foi fundada em 1792 por William Sutton (1901-1980), um estalajadeiro de Churchtown, que construiu uma casa de banhos no que é o extremo Sul da Lord Street. A área era anteriormente conhecida como South Hawes, era escassamente povoada e dominada por dunas de areia. A área se tornou popular entre os turistas devido ao fácil acesso pelo Canal de Leeds e Liverpool e em 1848 tinha uma conexão ferroviária. O resort cresceu rapidamente durante a era vitoriana e contém exemplos de arquitetura e planejamento urbano deste período histórico. A Lord Street foi desenvolvida como uma rua comercial ampla e arborizada e atrações como o Southport Píer, que é o segundo maior píer de lazer à beira-mar nas Ilhas Britânicas foram construídas. Uma característica particular da cidade é o extenso plantio de árvores. Essa foi uma das condições exigidas pela família Hesketh quando disponibilizou terras para desenvolvimento no século XIX. O Parque Hesketh, no extremo Norte da cidade, recebeu o nome da família, tendo sido construído em um terreno doado pelo Reverendo Charles Hesketh (1804-1876). Extensas dunas de areia se estendem por vários quilômetros de Woodvale até Birkdale, ao Sul da cidade. As dunas de areia de Ainsdale foram “designadas como reserva natural nacional e sítio Ramsar”. A fauna local inclui os famosos répteis sapo-corredor e o lagarto-ágil. Southport sedia eventos, incluindo um show aéreo anualmente na praia e sobrevoando, o maior show independente de flores do Reino Unido no extraordinário Victoria Park e não por acaso o glamour do Campeonato Britânico de Fogos de Artifício Musicais. A cidade fica no centro da “Costa do Golfe” da Inglaterra, e sediou o Aberto britânico de Golfe no Royal Birkdale Golf Club.

 Um Porto Seguro (Safe Haven) é um filme estadunidense de 2013, dos gêneros suspense e drama romântico, dirigido por Lasse Hallström, com roteiro de Leslie Bohem e Dana Stevens baseado no romance Safe Haven, de Nicholas Sparks. Estrelado por Cobie Smulders, Josh Duhamel e Julianne Hough, foi lançado em 14 de fevereiro de 2013 nos Estados Unidos.  O filme trata de uma temática envolvendo a vida de uma jovem recém-chegada a uma pequena cidade na Carolina do Norte, Katie, que tenta fugir do seu passado. Ao conhecer um viúvo, por quem se apaixona, sente que “não pode mais deixar de enfrentar seus fantasmas, e para isso só o amor poderá ajudá-la”. O amor é uma das grandes categorias sociais que dá forma ao existente, mas isso é dissimulado tanto por certas realidades psíquicas como in fieri por certos modos de representações teóricas. Não há dúvida que o efeito socialmente amoroso desloca e falsifica inúmeras vezes a imagem objetivamente reconhecível de seu objeto e, nessa medida, é decerto geralmente reconhecido, segundo Simmel, como “formativo”, mas de uma maneira que não pode visivelmente parecer coordenada com as outras forças espirituais que dão forma. Trata-se, portanto, aqui, de uma imagem já existente que se encontra modificada em sua determinação qualitativa, sem que se tenha abandonado seu nível de existência teórica, nem criado um produto de uma nova categoria. Essas modificações que o amor já presente traz à exatidão da representação nada têm a ver com a criação inicial que produz o ser amado como tal. Na verdade, todas essas categorias são coordenadas, por sua significação, quaisquer que sejam o momento ou circunstâncias em que atuam.

E o amor é uma delas, na medida em que cria seu objeto como produto totalmente original. É preciso, antes de mais anda, que o ser humano exista e seja conhecido, antes de ser amado. Mas esse algo que acontece não tem lugar com esse ser existente que permaneceria não modificado, foi, ao contrário, no sujeito que uma nova categoria fundamental se tornou criadora. Do mesmo modo que eu, amante, sou diferente do quer era antes – pois não é determinado “aspecto” meu, determinada energia que ama em mim, mas meu ser inteiro, o que não precisa uma transformação visível de todas as minhas outras manifestações -, também ele enquanto tal, é um outro, nascendo de outro a priori que não o ser conhecido ou temido, indiferente ou venerado. Por que o amor está, antes de mais anda, absolutamente intricado em seu objeto, e não simplesmente associado a ele: o objeto do amor em toda a sua significação categorial não existe antes do amor, mas apenas por intermédio dele. O que faz aparecer de maneira bem clara que o amor – e, no sentido lato, todo o comportamento do amante enquanto tal – é algo absolutamente unitário, que não pode se compor a partir de elementos preexistentes. Totalmente inúteis parecem, pois, as tentativas de considerar o amor como um produto secundário, no sentido de que seria motivado como resultante de outros fatores psíquicos primários. No entanto, ele pertence a um estágio demasiado elevado da natureza humana para que possamos situá-lo no mesmo plano cronológico e genético da respiração ou da alimentação, ou mesmo do last but not least instinto sexual. 

Tampouco podemos safar-nos do embaraço por esta escapatória fácil: em virtude de seu sentido metafísico, de seu significado atemporal, o amor permanece sem dúvida à primeira – ou última - ordem dos valores e das ideias, mas sua realização humana ou psicológica colocá-lo-ia num estágio ulterior de uma série longa e complexa na evolução contínua da vida. Não podemos nos satisfazer com essa estranheza recíproca de seus significados ou de suas areações. O problema de seu dualismo é aí, reconhecido e bem expresso, mas não resolvido; determo-nos nessa conclusão seria duvidar de sua solubilidade. A existência desse impulso sem objeto, por assim dizer incessantemente fechado em si, acento premonitório do amor, puro produto do interior e, no entanto, já acento de amor, é a prova mais decisiva em favor da essência central puramente interior do fenômeno amor, muitas vezes dissimulado sob um modo de representação pouco claro, segundo o qual o amor seria uma espécie de surpresa ou de violência vindas do exterior, tendo su símbolo mais pertinente no “filtro do amor”, em vez de uma maneira de ser, de uma modalidade e de uma orientação que a vida como tal toma por si mesma – como se o amor viesse de seu objeto, quando, na realidade, vai em direção a ele. De fato, socialmente o amor é o sentimento que, fora dos aprisionamentos religiosos, se liga mais estreita e mais incondicionalmente a seu objeto. À acuidade com a qual ele brota do sujeito corresponde a acuidade igual com que ele se dirige para o objeto. 

O que é decisivo aqui é que nenhuma instância de caráter geral vem se interpor. Se venero alguém. É pela mediação da qualidade de certo modo geral de venerabilidade que, em sua realidade particular, permanece ligada à imagem desse por tanto tempo quanto eu o venerar. Do mesmo modo, no homem que temo, o caráter terrível e o motivo que o provocou estão intimamente ligados; mesmo o homem que odeio não é, na maioria dos casos separado em minha representação da causa desse ódio – é esta uma das diferenças entre amor e ódio que desmente a assimilação que comumente se faz deles. Mas o específico do amor é excluir do “amor existente” a qualidade social mediadora de seu objeto, sempre relativamente geral, que provocou o amor por ele. Ele permanece como intenção direta e centralmente dirigida para esse objeto, e revela a sua natureza verdadeira e incomparável nos casos em que sobrevive ao desaparecimento indubitável do que foi sua razão de nascer. Essa constelação, que engloba inúmeros graus, desde a frivolidade a mais alta intensidade, é vivida segundo o mesmo modelo, em relação a uma mulher ou objeto, a ideia ou amigo, à pátria ou uma divindade. Isso deve ser per se estabelecido em primeiro lugar, se quisermos elucidar em sua estrutura seu significado mais restrito, o que se eleva no terreno da sexualidade.

A ligeireza com que a opinião corrente alia instinto sexual a amor lança talvez uma das pontes mais enganadoras na paisagem psicológica exageradamente rica em construções desse gênero. Quando, ademais, ela penetra no domínio da psicologia que se dá por científica, temos com demasiada frequência a impressão de que esta última caiu nas mãos de açougueiros. Por outro lado, o que é óbvio, não podemos afastar pura e simplesmente essa relação. Nossa emoção sexual, afirma o filósofo Georg Simmel, desenrola-se em dois níveis de significação. Por trás do arrebatamento e do desejo, da realização e do prazer sentidos, diretamente subjetivos, delineia-se, consequência disso tudo, a reprodução da espécie. Pela propagação contínua do plasma germinal, a vida corre infinitamente, atravessando todos estágios ou levada por eles de ponta a ponta. Por mais insuficiente, por mais preso a um estreito simbolismo humano que esteja o conceito de objetivo e de meios em presença da misteriosa realização da vida, devemos qualificar essa emoção sexual de meio de que a vida se serve para a manutenção da espécie, confiando aqui a consecução desse objetivo não mais a um mecanismo (no sentido lato) mas a mediações psíquicas. A pulsão, dirigida a princípio, tanto no sentido genérico quanto no sentido hedonista, ao outro sexo enquanto tal, parece ter diferenciado cada vez mais seu objeto, à medida que seus suportes se diferenciavam, até singularizá-lo.

Claro, a pulsão não se torna amor pelo simples fato de sua individualização; esta última pode ser refinadamente hedonista, ou instinto vital-teleológico para o parceiro apto a procriar os melhores filhos.  Mas, indubitavelmente, ela cria uma disposição formativa e, por assim dizer, um marco para essa exclusividade que constitui a essência do amor, mesmo quando seu sujeito se volta para uma pluralidade de objetos. Não duvidamos em absoluto que no seio do que se chama “atração dos sexos” constitui-se o primeiro factum, ou, se quiserem, a prefiguração do amor. A vida se metamorfoseia também nessa produção, traz sua corrente à altura dessa onda, cuja crista, porém, sobressai livremente acima dela. Se considerarmos o processo da vida absolutamente como um dispositivo de mios a serviço desse objetivo - a vida – es e levarmos em conta o significado simplesmente efetivo do amor para a propagação da espécie, então este também é um dos meios que a vida se dá para si e a partir de si. Esse processo também é derivado da variação entre sociedades e também entre períodos históricos. Ainda sobre o conceito de “provas”, segundo Martuccelli (2017), são desafios estruturais que podem variar. É importante ressaltar que tais provas não são determinantes, ou seja, não definem o futuro e a identidade dos sujeitos, mas podem influenciá-los. E através de provas comuns é que se produzem indivíduos singulares. A noção de prova possui quatro aspectos: o primeiro se refere à percepção dos indivíduos frente a situações difíceis. O segundo, diz respeito às respostas ou reações dos indivíduos frente as dificuldades reais. O terceiro aspecto, o caráter seletivo de provas o sujeito poderá obter sucesso ou falhar. 

História social é um nível de representação de análise da disciplinar que tem como objeto a sociedade como um todo em tempo e espaço social. Surgiu como uma reação à história política e militar, que destacava figuras individuais como reis e heróis. Desde o início das reflexões sobre a história, com Heródoto e Tucídides, pode-se rastrear tentativas de ampliar o objeto e a concepção do sujeito da história, mas é apenas no século XX que a história econômica e a história social se desdobram intimamente ligadas. O surgimento da história social esteve ligado à recepção do materialismo histórico de origem marxista, sua adaptação e modificação por diferentes escolas históricas, especialmente pela Escola dos Annales, na França. A abordagem chamada história total também teria fronteiras imprecisas com a história social, embora a história total privilegie inter-relacionar todos os aspectos possíveis do passado. Não há história econômica e social. é possível dizer que há somente história, em sua unidade. A história que é, por definição social, produto das relações humanas. Para o fabuloso historiador marxista inglês Eric Hobsbawm, a história social pode ser vista a partir de três ângulos. Primeiro,  como a história dos pobres ou das classes mais baixas com foco na “história do trabalho e das ideias e organizações socialistas”. Em segundo lugar como representação da história sobre “diversas atividades humanas difíceis de se classificar”. 

E, finalmente, como o estudo da combinação entre a história social e a história econômica. A partir dessas três variáveis, identifica-se a mudança para uma história das coletividades, que vem fornecer contribuições significativas a partir de vivências e experiências, que permitem uma mudança na compreensão do desenvolvimento das sociedades no estudo historiográfico. Na Espanha, a história social é recebida pela influência europeia e pelo trabalho de hispanistas fabulosos como Pierre Vilar e de exilados, por exemplo, como Manuel Tuñón de Lara. Em 1946 foi para o exílio em Paris, devido à perseguição sofrida por ser membro do conselho diretivo da União dos Intelectuais Livres. Ali travou relações com Manuel Núñez de Arenas, de quem se considerava um discípulo e com Pierre Villar, que o incentivou a continuar seus estudos em História, graduando-se em 1953. Nesse período, publicou numerosos artigos na imprensa ligados aos Partidos Comunistas de vários países. Ao longo dos anos cinquenta abandonou o Partido Comunista Espanhol, embora tenha mantido compromisso com a esquerda antifranquista. Atualmente, um dos seus principais representantes é Josep Fontana. Formou-se em História pela Universidade de Barcelona. Doutorou-se em História pela mesma universidade em 1970. É um dos historiadores mais prestigiados na Espanha. Foi aluno de Vicens Vives e Ferrán Soldevilha. Recebeu influências positivamente de E. P. Thompson, Pierre Villar, Antônio Gramsci e Walter Benjamim.

A palavra “pobre” veio do latim “pauper”, que vem de pau- = “pequeno” e pário = “dou à luz” e originalmente referia-se a terrenos agrícolas ou gado que não produziam o desejado. A pobreza mais severa se encontra nos países ditos “subdesenvolvidos”, mas esta existe em todas as regiões. Nos países imperialistas, “manifesta-se na existência de sem-abrigo e de subúrbios pobres”. A pobreza pode ser vista como uma coletividade de pessoas pobres, grupos e mesmo de nações. Para evitar este estigma, essas nações são chamadas ideologicamente “países em desenvolvimento”. A pobreza pode ser absoluta ou relativa. A pobreza absoluta refere-se a um nível que é consistente ao longo do tempo e entre países. Um exemplo de um indicador de pobreza absoluta é a percentagem de pessoas com uma ingestão diária de calorias inferior ao mínimo estatístico necessário, ou seja, aproximadamente 2 000/2 500 quilocalorias. Do ponto de vista econômico e social o Banco Mundial define a pobreza extrema como “viver com menos de 1 dólar por dia, economicamente em paridade do poder de compra e pobreza moderada como viver com entre 1 e 2 dólares dos norte-americanos por dia”. Estima-se em estatistica que 1 bilhão e 100 milhões de pessoas a nível mundial tenham níveis de consumo inferiores a 1 dólar norte-americano dia e que 2 bilhões e 700 milhões tenham um nível inferior a 2 dólares.

E por último, cada sociedade possui um conjunto de provas que podem ser mais ou menos pré-determinadas. Neste mesmo raciocínio, encontramos também, nos textos de Martuccelli, a noção de “suporte”. Esse conceito está baseado no fato de que os indivíduos necessitam se estruturar para se manterem firmes frente à sociedade, uma vez que ser um indivíduo implica na soberania sobre si mesmo e na diferenciação em relação aos demais. Esses suportes estarão diretamente relacionados às respostas que os indivíduos dão ao enfrentarem uma prova, e podem ou não garantir o sucesso do sujeito. A individuação, conforme descrita por Jung, é um processo através do qual o ser humano evolui de um estado infantil de identificação para um estado de maior diferenciação, o que implica uma ampliação da consciência. Através desse processo, o indivíduo identifica-se menos com as condutas e valores encorajados pelo meio no qual se encontra e mais com as orientações figuradas do si-mesmo, a totalidade, entenda-se totalidade como o conjunto das instâncias psíquicas sugeridas por Carl Jung, tais como persona, sombra, self, etc., de sua própria personalidade individual. Jung entende que o atingir da consciência dessa totalidade é a meta de desenvolvimento extraordinário da psique, e que eventuais resistências em permitir o desenrolar natural do processo de individuação é uma das causas do sofrimento e doença psíquica, uma vez que o inconsciente tenta compensar a unilateralidade do indivíduo através da enantiodromia. 

O genial Carl Jung ressaltou que o processo de individuação não entra em conflito com a norma coletiva do meio no qual o indivíduo se encontra, uma vez que esse processo tem como condição para ocorrer que o ser tenha conseguido adaptar-se e inserir-se com sucesso em seu ambiente, tornando-se um membro ativo de sua comunidade. O psicólogo suíço afirmou que poucos indivíduos alcançavam a meta da individuação mais ampla. Um dos passos necessários para tanto seria a assimilação das quatro funções, a saber, sensação, pensamento, intuição e sentimento, conceitos definidos por Jung em sua teoria dos tipos psicológicos. Em seus estudos sobre a alquimia, Jung identificou a meta da individuação como sendo equivalente à Opus Magna, ou Grande Obra dos alquimistas. A individuação também pode ser compreendida em termos globais como o processo que cria o mundo e o leva a seu destino (cf. Rocha Filho, 2007), não sendo, por isso, uma exclusividade humana. A individuação, neste contexto literário, se identifica com o mecanismo de autorrealização, ou primeiro motor do universo. Numa formulação próxima dos estudos em comunicação social, de acordo com Samuel Mateus, “tomar o indivíduo segundo as formas de individuação significa, assim, a capacidade de incluir a singularidade na pluralidade (e vice-versa), bem como de assimilar através de determinados mecanismos uma diversidade de manifestações heterogéneas - por vezes incoerentes entre si - num todo aglutinante que molda a autoconsciência individual.

Significa também incorporar modos de interpretação do indivíduo fundados nas relações tensionais, interdependentes e imprevisíveis operadas entre um indivíduo que oscila entre a singularidade e a pluralidade, entre um polo individual e um polo social”. Esta última noção trabalha o conceito de individuação a partir da Sociologia tendo uma clara filiação social nos trabalhos de Georg Simmel e Norbert Elias. A perspectiva da individuação segundo Martuccelli (2017), ressalta a importância de estudar os fenômenos sociológicos através dos indivíduos, o que ele irá chamar de “teoria da individuação”. De acordo com a sua interpretação, estudar a realidade segundo as vivências históricas particulares, nos auxilia no processo de compreensão dos mecanismos responsáveis pela produção de sujeitos culturais em diversos contextos históricos e sociais. A individuação é por ele considerada um fenômeno que se demonstra com eficácia simbólica para desvendar os problemas sociais e é considerada uma excelente “ferramenta” de estudo sociológico, na falta de melhor expressão, passível de ser aplicada a qualquer fenômeno. Um estudo da The Psychologist, uma publicação oficial da British Psychological Society, concluiu que o chamado amor doentio deveria ser levado mais a sério pelos profissionais da psicologia.

De acordo com o autor do estudo, Frank Tallis (2019), “muitas pessoas necessitam de ajuda por não poder lidar com a intensidade do amor e têm sido desestabilizadas por causa disso, ou sofrem pela não-correspondência de seu amor”. Especializado em transtornos obsessivos, leciona psicologia clínica e neurociência e realiza frequentemente palestras no Instituto de Psiquiatria e Neurociência no King’s College London. Publicou mais de trinta artigos científicos em revistas internacionais e escreveu mais de vinte obras. No que toca mais precisamente a um dos lados da educação, melhor dizendo, à disciplina, não se há de permitir ao adolescente abandonar-se a seu próprio bel-prazer; ele deve obedecer para aprender a mandar. A obediência é o começo de toda a sabedoria; pois, por ela, a vontade que ainda não conhece o verdadeiro, o objetivo, e não faz deles o seu fim, pelo que ainda não é verdadeiramente autônoma e livre, mas, antes, uma vontade despreparada, faz que em si vigore a vontade racional que lhe vem de fora, e que pouco a pouco esta se torne a sua vontade. O capricho deve ser quebrado pela disciplina; por ela deve ser aniquilado esse gérmen do mal. No começo, a passagem de sua vida ideal à sociedade civil pode parecer ao jovem como uma dolorosa passagem à vida de filisteu.

 Até então preocupado apenas com objetos universais, e trabalhando só para si mesmo, o jovem que se torna homem deve, ao entrar na vida prática, ser ativo para os outros e ocupar-se com singularidades, pois concretamente se se deve agir, tem-se de avançar em direção ao singular. Nessa conservadora produção e desenvolvimento do mundo consiste no trabalho do homem. Podemos, pois, de um lado dizer que o homem só produz o que já existe. É necessário que um progresso individual seja efetuado. Mas o progredir no mundo só ocorrer nas massas, e só se faz notar em uma grande soma de coisas produzidas. Ipso facto, a consciência moral não pode renunciar à felicidade. E nem descartar de seu fim absoluto esse momento. O fim, como representação de um resultado, enunciado como puro dever, implica essencialmente nele que contém essa consciência singular. A convicção individual, e o saber a seu respeito, constituem um momento absoluto dessa moralidade. Esse momento no fim que se tornou objetivo, no dever cumprido, é a consciência singular que se intui como efetivada; ou seja, é o gozo. O gozo, por isso, reside no conceito da moralidade; de certo, não imediatamente, da moralidade considerada como disposição, mas só no conceito de sua efetivação.

O fim como o todo, expresso com a consciência de seus momentos, consiste, pois, em que o dever cumprido seja tanto pura ação moral, quanto individualidade realizada; e que a natureza, como lado da singularidade, em contato com o fim abstrato, seja um com o fim. Aquele fim total, que a harmonia constitui, contém em si a efetividade mesma. Ao mesmo tempo, é o pensamento da efetividade. A harmonia da moralidade e da natureza, ou harmonia da moralidade e da felicidade – pois a natureza só é tomada em consideração enquanto a consciência experimenta a unidade com ela, é pensada como algo necessariamente essente, ou seja, é postulada. Com efeito, no trabalho, nessa condição da dignidade humana, exigir significa que se pensa algo essente que ainda não é efetivo: uma necessidade não do conceito como conceito, mas do ser. A necessidade ao mesmo tempo, essencial, a relação através do conceito. No entanto há que pensar, ao mesmo tempo simular, o conteúdo dessa tarefa como um conteúdo que simplesmente deva ser, e que não permaneça apenas tarefa; quer se represente, ou não, a consciência abolida. Pela consideração de que a moralidade consumada encerra uma contradição, se lesaria a santidade da essencialidade moral, e o dever absoluto pareceria como algo inefetivo.   

Bibliografia Geral Consultada.

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