“Os homens efetivamente precisam de mitos, mas não para comandar sua vida social”. Norbert Elias
A única oportunidade na vida em que os indivíduos têm de buscar sozinhos a realização dos anseios
pessoais, predominantemente com base em suas próprias decisões, envolve um tipo
especial de risco. O conceito de figuração, segundo Elias (2006) distingue-se de outros conceitos teóricos da sociologia por incluir
expressamente os seres humanos em sua formação social. Contrasta, decididamente com um tipo dominante de formação de conceitos que se
desenvolve sobretudo na investigação de objetos sem vida, portanto no campo da
física e da filosofia para ela orientada. Há figurações de estrelas, per se
como as de plantas e de animais. Mas apenas os seres humanos formam figurações
uns com os outros. O modo de sua vida conjunta em grupos grandes e pequenos é,
de certa maneira, singular e sempre co-determinado pela transmissão de
conhecimento de uma geração a outra, por tanto por meio do ingresso singular do
mundo simbólico específico de uma figuração sociológica já existente de seres
humanos. Às quatro dimensões espaço-temporais indissoluvelmente ligadas se
soma, no caso dos seres humanos, uma quinta, a dos símbolos socialmente
apreendidos. Sem sua apropriação, sem, por exemplo, o aprendizado de uma
determinada língua especificamente social, os seres humanos não seriam capazes
de se orientar no seu mundo nem de se comunicar uns com os outros. Um ser
humano adulto, que não teve acesso aos símbolos da língua e conhecimento de
grupo permanece fora das figurações humanas, pois não é um humano; é um ser a-social (cf. Goldfarb, 2004).
Crystal
Elysia Lorraine Rotaru é uma atriz canadense nascida em 9 de novembro de 1984
em Vancouver, Columbia Britânica. O nome da província foi escolhido pela Rainha
Vitória, quando a Colônia da Colúmbia Britânica (1858-1866), ou seja, “o
Continente”, tornou-se uma colônia britânica em 1858. O nome se refere
ao Distrito de Columbia, o nome britânico para o território drenado pelo rio
Columbia no Sudeste da Colúmbia Britânica, e que também é homônimo do Tratado
Pré-Oregon. A Rainha Vitória escolheu o nome Colúmbia Britânica para
distinguir o que era o setor britânico do Distrito de Columbia dos Estados
Unidos da América (“Colúmbia Americana” ou “Colúmbia do Sul”), que se tornou o
Território do Oregon em 8 de agosto de 1848, como resultado do Tratado. Em
última análise, o “Colúmbia” no nome “Colúmbia Britânica” é derivado do Columbia
Rediviva, um navio norte-americano que nomeou o rio Columbia e a região
mais ampla. O “Columbia” no nome do navio Columbia Rediviva veio do nome
Columbia para o chamado Novo Mundo ou partes dele, uma referência ao explorador
Cristóvão Colombo. A Colúmbia Britânica, é uma das dez províncias do
Canadá. É a província mais ocidental do Canadá, localizada entre o oceano
Pacífico e as Montanhas Rochosas. É uma componente do Noroeste Pacífico e
também da biorregião de Cascadia, com os estados norte-americanos de
Idaho, Oregon, Washington, Alasca e Oeste de Montana.
As diversas definições funcionalistas de controle social são demasiado amplas e vagas, e, portanto, seria legítimo indagar, escolhendo-as mais ou menos ao acaso, para inferir que resultam em termos de um controle, isto é, qualquer estímulo ou complexo de estímulos que provoca uma determinada reação. Assim, pois, todos os estímulos são controles, pois representam a direção do comportamento por influências grupais, estimulando ou inibindo a ação individual ou grupal. O controle social pode ser definido, portanto, como a soma total ou, antes, o conjunto de padrões culturais, símbolos sociais, signos coletivos, valores culturais, ideias e idealidades, comparativamente tanto como atos quanto como processos diretamente ligados a eles, pelo qual a sociedade inclusiva, cada grupo particular, e cada membro individual participante superam as tensões e os conflitos entre si, através do equilíbrio temporário, e se dispõem a novos esforços criativos. Ipso facto, em toda a dimensão da vida associativa deverá haver algum ajustamento de relações sociais tendentes a prevenir a interferência de direitos e privilégios entre os indivíduos. De maneira mais específica, são três as funções do que podem ser estabelecidas pelo meio de trabalho e de controle social: a obtenção e a manutenção da ordem, da proteção social e da eficiência social.
O
seu emprego na sociologia contribuiu consideravelmente para produzir uma
simplificação do ponto de vista técnico-metodológica ou redução sociológica
na análise dos problemas sociais, conseguida proporcionalmente, graças à
compreensão positiva da integração das contradições correspondentes no sistema
de organização das sociedades e da importância relativa de cada um deles, como
e enquanto expressão do jogo social. Embora obscuro e equívoco, em seu
significado corrente, o conceito de controle social é necessário à
sociológica na modernidade, encontraram um sistema de referências propício à
sua crítica analítica científica, seleção lógica e coordenação metódica. O
crescimento de um jovem convivendo e habitando comum em figurações humanas,
como processo social e experiência, assim como o conjunto do aprendizado de um
determinado esquema de autorregulação na relação social com os seres
humanos, é condição indispensável ao desenvolvimento rumo à humanidade. Neste
sentido, socialização e individualização de um ser humano, são nomes
diferentes para o processo. Cada ser humano assemelha-se aos outros, e é, ao
mesmo tempo, diferente de todos os outros. O mais das vezes, as teorias
sociológicas ou filosóficas deixam sem resolver o problema essencial humano da relação dialética entre indivíduo e
sociedade.
Quando se fala que uma criança se torna um indivíduo humano por meio da integração em determinadas figurações, como, por exemplo, em famílias, em classes escolares, em comunidades aldeãs ou em Estados, assim como mediante a apropriação e reelaboração de um patrimônio simbólico social, conduz-se o pensamento por entre dois grandes perigos da teoria e das ciências humanas: o perigo de partir de um indivíduo a-social, portanto, como que de um agente que existe por si mesmo; e o perigo de postular um “sistema”, um “todo”, em suma, uma sociedade humana que existiria para além do ser humano singular, para além dos indivíduos. Embora não possuam um começo absoluto, não tendo nenhuma outra substância a não ser seres humanos gerados familiarmente por pais e mães, as sociedades humanas não são simplesmente um aglomerado cumulativo dessas pessoas. A crueldade da colonização europeia não foi um bom presságio para a população nativa remanescente da Colúmbia Britânica. Os oficiais coloniais consideraram que os colonos poderiam fazer melhor uso da terra do que os povos das Primeiras Nações, e assim o território seria propriedade dos colonos. Para garantir que os colonos pudessem se estabelecer adequadamente e fazer uso da terra, as Primeiras Nações foram realocadas à força para reservas, que muitas vezes eram pequenas demais para sustentar seu modo de vida. Na década de 1930, a Columbia Britânica tinha mais de 1 500 reservas indígenas. Assim, espalharam-se pelo mundo reivindicando territórios e construindo o Império Britânico.
Quando se fala que uma criança se torna um indivíduo humano por meio da integração em determinadas figurações, como, por exemplo, em famílias, em classes escolares, em comunidades aldeãs ou em Estados, assim como mediante a apropriação e reelaboração de um patrimônio simbólico social, conduz-se o pensamento por entre dois grandes perigos da teoria e das ciências humanas: o perigo de partir de um indivíduo a-social, portanto, como que de um agente que existe por si mesmo; e o perigo de postular um “sistema”, um “todo”, em suma, uma sociedade humana que existiria para além do ser humano singular, para além dos indivíduos. Embora não possuam um começo absoluto, não tendo nenhuma outra substância a não ser seres humanos gerados familiarmente por pais e mães, as sociedades humanas não são simplesmente um aglomerado cumulativo dessas pessoas. A crueldade da colonização europeia não foi um bom presságio para a população nativa remanescente da Colúmbia Britânica. Os oficiais coloniais consideraram que os colonos poderiam fazer melhor uso da terra do que os povos das Primeiras Nações, e assim o território seria propriedade dos colonos. Para garantir que os colonos pudessem se estabelecer adequadamente e fazer uso da terra, as Primeiras Nações foram realocadas à força para reservas, que muitas vezes eram pequenas demais para sustentar seu modo de vida. Na década de 1930, a Columbia Britânica tinha mais de 1 500 reservas indígenas. No período colonial, espalharam-se pelo mundo reivindicando territórios e construindo o Império.
Terras reconhecidas como parte da Colúmbia Britânica foram adicionadas ao
império durante o século XIX. Originalmente estabelecida sob os auspícios da Companhia
da Baía de Hudson, foram estabelecidas colônias na Ilha de Vancouver e no
continente que foram fundidas e, em seguida, entraram na Confederação como
Colúmbia Britânica em 1871 como parte do Domínio do Canadá. Durante a década de
1770, a varíola matou pelo menos 30% das Primeiras Nações do Pacífico Noroeste.
Esta epidemia devastadora foi a primeira de uma série, onde a Grande Epidemia
de Varíola de 1862 exterminou em torno de 50% da população nativa. É a terceira
maior província do Canadá, tanto em área, desconsiderando os territórios,
quanto em população, atrás somente do Ontário, a província mais populosa do
país e do Quebec, a maior província do país em área. A Colúmbia Britânica é a
única das treze subdivisões canadenses que é banhada pelo oceano Pacífico. A
província é comumente chamada de BC, que é “a abreviação oficial de British
Columbia”. Mais do que 60% da população da Colúmbia Britânica vive no Sudoeste
da província, nas regiões metropolitanas de Vancouver e de Vitória. Vancouver é
a maior cidade da Colúmbia Britânica, e a sua região metropolitana é a terceira
mais populosa do Canadá. Já Vitória, localizada na Ilha de Vancouver, é a
capital da província e a 15ª maior região metropolitana do país. A Colúmbia
Britânica ecologicamente é reconhecida por suas belezas naturais.
Nenhuma outra província canadense possui mais parques e reservas naturais do
que a Colúmbia Britânica.
Vale
lembrar que suas praias, montanhas e parques atraem milhões de turistas
anualmente. A economia do Estado é baseada primariamente no turismo e nos
transportes - Vancouver é o maior polo portuário e o segundo maior centro
aeroportuário do Canadá, além de ser um importante polo ferroviário. A
indústria madeireira e a agricultura também são fontes de renda primárias da
Colúmbia Britânica - a província produz mais de 60% de toda a madeira produzida
no país. Até 1846, a região de toda a Colúmbia Britânica fez parte, juntamente
com os Estados norte-americanos de Oregon, Idaho e Washington, do Oregon
Country, um território britânico controlado pela Companhia da Baía de
Hudson. A expansão norte-americana em direção ao Oeste fez com que
surgissem atritos entre os britânicos e os americanos. Um tratado realizado em
1848 dividiu o Oregon Country, usando o paralelo 49 como fronteira, com o Norte
do Oregon Country sob controle britânico. Uma exceção político-administrativa
ocorreu na Ilha Vancouver, que continuou administrada pelo Reino Unido segundo
o Tratado, mesmo estando localizada ao Sul do Paralelo 49. Em 1870, a província
foi admitida como a sexta província canadiana.
Historicamente
a área reconhecida como Colúmbia Britânica é e foi o lar de vários grupos das Primeiras
Nações que têm uma história longa e profunda e com um número significativo
de línguas e culturas indígenas. Existem mais de 200 nações indígenas em BC.
Antes do contato social com pessoas não-aborígenes, a história humana na área é
reconhecida a partir de histórias orais de grupos das Primeiras Nações,
investigações arqueológicas e de registros etnográficos iniciais de
exploradores que encontraram sociedades humanas no início do período. A chegada
dos paleoíndios de Beringia ocorreu estatisticamente entre 20 000 e 12 000 anos
atrás. Famílias de caçadores-coletores foram a principal estrutura social historicamente
de 10 000 a 5 000 anos atrás. A população nômade vivia em estruturas obviamente
não-permanentes, buscando porcos, frutas e raízes comestíveis, enquanto caçava
e capturava animais para comer e fazer vestimentas com as peles. Aproximadamente
em torno de 5 000 anos, grupos individuais começaram a se concentrar nos
recursos disponíveis para eles localmente. Assim, com o passar do tempo, há um
padrão de crescente generalização regional com um estilo de vida mais
sedentário. Essas populações com históricas tribos indígenas evoluíram ao longo dos próximos processos civilizatórios dos 5 000
anos em uma grande área em muitos grupos com tradições e costumes
compartilhados.
A
Noroeste da província estão os povos de línguas na-dene, que incluem os
povos de línguas atabascanas e os Tlingit, que viviam nas ilhas do Sul do
Alasca e do Norte da Colúmbia Britânica. Acredita-se que o grupo linguístico na-dene
esteja ligado às línguas ienisseianas da Sibéria. Os povos dene do
ártico ocidental pode representar uma onda distinta de migração da Ásia para a
América do Norte. O Interior da Colúmbia Britânica era o lar de indígenas que
falavam língua do grupo linguístico das línguas salishanas, como os
grupos de língua shuswap, okanagan e atabascanas,
principalmente os grupos de língua dakelh e o tsilhqot`in. As
enseadas e vales da costa da Colúmbia Britânica abrigavam populações grandes e
distintas, como os haida, os kwakwaka`wakw e os nuu-chah-nulth,
sustentados por quantidades abundantes de salmão e marisco da região. Esses
povos desenvolveram culturas complexas, dependentes da madeira do cedro
vermelho ocidental, que usava para construir casas de madeira, baleeiros de
mar, canoas de guerra, potlatches e totens elaboradamente esculpidos. O
contato com os europeus trouxea série de epidemias e doenças
devastadoras da Europa que os indígenas não tinham imunidade. O resultado foi
um dramático colapso populacional, culminando no surto de varíola de 1862 em
Vitória que se espalhou por toda a costa da província.
A
invasão dos europeus no âmbito do processo civilizatório começou em meados do
século XVIII, quando comerciantes de peles entraram na área para caçar
lontras-marinhas. Enquanto se pensa na possibilidade de que Sir Francis
Drake pode ter explorado a costa colombiana britânica em 1579, foi Juan Pérez
quem completou a primeira viagem documentada, que ocorreu em 1774. Juan
Francisco de La Bodega y Quadra explorou a costa em 1775. Ao fazê-lo Pérez e
Quadra reafirmaram a reivindicação espanhola pela costa do Pacífico, feita pela
primeira vez por Vasco Núñez de Balboa em 1513. As explorações de James Cook em
1778 e George Vancouver em 1792-93 estabeleceram a jurisdição britânica sobre a
área costeira ao norte e oeste do rio Columbia. Em 1793, Sir Alexander
Mackenzie foi o primeiro europeu a viajar pela América do Norte por terra até o
Oceano Pacífico, inscrevendo em uma pedra para marcar a conquista na costa de
Dean Channel, perto de Bella Coola. Sua expedição teoricamente estabeleceu a
soberania britânica para o interior, e uma sucessão de outros exploradores de
comércio de pele mapeou o labirinto de rios e cordilheiras entre as pradarias
canadenses e o Pacífico. Mackenzie e outros exploradores, principalmente John
Finlay, Simon Fraser, Samuel Black e David Thompson, estavam preocupados em estender o comércio de peles, em vez de considerações
políticas. Em 1794, pelo terceiro da série de acordos como as Convenções
Nootka, a Espanha concedeu sua exclusividade no Pacífico.
Politicamente
abriu o caminho para reivindicações formais e colonização por outros poderes,
incluindo a Grã-Bretanha, mas por causa geopolítica das Guerras Napoleônicas,
houve pouca ação britânica sobre suas reivindicações na região até
posteriormente. O estabelecimento de postos comerciais sob os auspícios da
Companhia do Noroeste e da Companhia da Baía de Hudson (HBC), efetivamente
estabeleceu uma presença britânica permanente na região. O Distrito de Columbia
foi amplamente definido como sendo ao sul de 54°40' de latitude norte, (limite
sul da América Russa), ao Norte da Califórnia controlada pelo México e a Oeste
das Montanhas Rochosas. Foi, pela Convenção Anglo-Americana de 1818, sob a
“ocupação e uso conjunto” de cidadãos dos Estados Unidos e de súditos da
Grã-Bretanha, isto é, as redes de comércio de peles. Com a fusão das “empresas
de comércio de peles”, em 1821, a região que agora compreende a Colúmbia
Britânica existia em três Departamentos de comércio de pele. A maior parte do
interior central e Norte foi organizada no distrito da Nova Caledônia,
administrado a partir do Forte St. James. O interior sul da bacia hidrográfica
do rio Thompson e ao Norte da Columbia foi organizado no Distrito de Columbia,
administrado a partir do Forte Vancouver, no baixo rio Columbia. O canto
Nordeste da província a Leste das Montanhas Rochosas, reconhecido o Bloco
do Rio da Paz anexado ao maior Distrito de
Athabasca, sede no Fort Chipewyan, na atual Alberta.
Esta
co-ocupação terminou com o Tratado de Oregon de 1846. Até 1849, esses
distritos eram uma área totalmente desorganizada da América do Norte Britânica
sob a jurisdição de fato dos administradores da Companhia da Baía de Hudson.
Diferentemente da Terra de Rupert, ao Norte e ao Leste, o território não
era uma concessão para a empresa. Pelo contrário, foi simplesmente concedido o
monopólio do comércio com os habitantes das Primeiras Nações. Tudo isso
foi mudado com a extensão da exploração norte-americana para o Oeste e as
concomitantes alegações de sobreposição de soberania territorial, especialmente
na bacia do Sul de Columbia (atualmente Washington e Oregon). Em 1846, o
Tratado de Oregon dividiu o território ao longo do Paralelo 49 ao Estreito de
Geórgia, com a área ao Sul desta fronteira, mas excluindo a Ilha de Vancouver e
as Ilhas do Golfo transferida para a única soberania norte-americana. A Colônia
da Ilha de Vancouver foi criada em 1849, com Vitória designada como a capital.
A Nova Caledônia, como todo o continente, e não apenas o Interior do Centro-norte
veio a ser chamado, continuou a ser território desorganizado da América do
Norte Britânica, “administrado” por gerentes individuais de postos de comércio
da Companhia da Baía de Hudson, comumente referida como The Bay,
é a mais antiga corporação do Canadá e uma das mais antigas do mundo ainda em
atividade. A corporação foi fundada em 1670, e controlou muito do comércio de
peles nas colônias britânicas na América do Norte por vários séculos,
explorando grande parte regional do Norte da América do Norte.
A
sede da empresa é na Torre Simpson em Toronto, Ontário, e é propriedade da
companhia nova-iorquina NRDC Equity Partners. A região onde atualmente
localizam-se as subdivisões canadenses de Alberta, Manitoba, Saskatchewan,
Nunavut e os Territórios do Noroeste foram governadas pela Companhia da Baía de
Hudson. Com o declínio do comércio de peles, a companhia cedeu seus territórios
ao Canadá, e a companhia passou a ser uma vendedora de produtos vitais aos
assentadores do oeste do Canadá. Atualmente, a companhia é uma das maiores
redes comerciais do país, com lojas por todo o país, que vendem uma grande
variedade de produtos. O faturamento estimado da companhia para 2005 é de sete
bilhões de dólares canadenses. A companhia está sediada em Toronto, Ontário. Crystal
Rotaru é uma atriz canadense reconhecida por interpretar Taiana Venediktov em Arrow.
Taiana Venediktov, morta em 2011, foi uma prisioneira em Lian Yu, uma
ex-instrutora de mergulho e a irmã do falecido Vlad Venediktov. Ela foi morta
por seu bom amigo, Oliver Queen, depois quando ela ficou corrompida antropologicamente
pelo poder de “um totem que concedeu seu poder com base nas mortes daqueles à
sua volta”. Rotaru nasceu em Vancouver, filha de pais imigrantes russos, por
quem fala com fluidez inglês e russo. Desde pequena tomou aulas de dança e esteve
envolvida em obras de teatro escolar assim como recitais de piano. Matriculou-se
na Universidade Simon Fraser para a carreira de Psicologia, mas em meio ao
programa disciplinar mudou para Teatro, obtendo a licenciatura em Belas Artes
com especialização em Teatro. Obteve um doutorado em Medicina Chinesa
Tradicional.
Também
reconhecida como medicina chinesa, é a denominação usualmente dada ao conjunto
de práticas de medicina tradicional em uso na China, desenvolvidas no curso de
sua história. É utilizada principalmente como medicina alternativa, com caráter
integrativo e complementar - não substitutivo - à medicina alopática.
Observe-se que é uma história que não corresponde exatamente a China que
conhecemos, e sim através da história da Ásia, ao longo do desenvolvimento de
milhares de anos, quando foram se consolidando as fronteiras dos atuais países
e desenvolvendo uma civilização que reuniu mais da metade das descobertas e
invenções tecnológicas do mundo moderno. A medicina chinesa pode ser
considerada, portanto, uma “sistematização” das mais antigas formas de medicina
oriental, abrangendo, para fins de estudo, as outras medicinas da Ásia, como os
sistemas médicos tradicionais do Japão, Taiwan, da Coreia, do Tibete e da
Mongólia. A medicina tradicional chinesa foi desenvolvida empiricamente a
partir da experiência clínica, e documentada em muitos textos clássicos. Se
fundamenta numa estrutura teórica sistemática e abrangente, de natureza
filosófica. Ela inclui entre seus princípios o estudo da relação de yin/yang,
da teoria dos cinco elementos e do sistema de circulação da energia pelos
meridianos do corpo humano. O reconhecimento das Leis
fundamentais que governam o funcionamento do organismo humano e sua interação
com o ambiente segundo os ciclos da natureza, procura aplicar esta compreensão
tanto ao tratamento das doenças quanto à manutenção da saúde através de
diversos métodos.
Ela
tem, por princípio básico, a teoria da energia vital do corpo (chi ou qi)
que circula pelo corpo através de canais, chamados de meridianos, os quais
teriam ramificações que os conectariam aos órgãos. Os conceitos de “corpo” e “doença”
utilizados pela Medicina Tradicional Chinesa se baseiam em noções de uma
cultura pré-científica, similar à teoria europeia dos humores (humorismo), em
voga até o advento das pesquisas médicas modernas dos anos 1800. Pesquisas
científicas não encontraram nenhuma “prova” fisiológica ou histológica dos
conceitos tradicionais chineses, como qi, meridianos ou mesmo pontos de
acupuntura. Roupa de xamã da região da Manchúria. Práticas xamanísticas dos “Wu”
(巫) antecedem comparativamente
aos mitos da dinastia Shang, persistem como crenças populares e influenciaram
os mitos dos imperadores Shennong e Huangdi associados aos primeiros escritos
da medicina tradicional. A teoria e a prática não são baseadas em conhecimento
científico, e seus praticantes discordam grandemente sobre os diagnósticos e os
tratamentos dos pacientes. A eficácia da medicina fitoterápica chinesa continua
pouco pesquisada e documentada. Pesquisas farmacêuticas têm explorado o
potencial de criação de remédios em princípios ativos que
poderiam ser encontrados em soluções da medicina tradicional chinesa.
A
Universidade de Simon Fraser representa uma universidade pública canadense localizada na
província da Colúmbia Britânica, com campus em Burnaby, Vancouver e Surrey. Crystal
Rotaru estreou em 2008 como estrela convidada em um episódio da série USA
Network Psych, e seguiu participações em séries de contos de televisão como Eureka
de SyFy (2006) e Smallville (2001) e Supernatural de The CW (2005). Em 2010,
Rotaru obteve um papel recorrente em Hellcats, onde foi interpretado por
Betsy. Assim como participou do filme Diário de um Wimpy Kid 2: Rodrick
Rules onde interpreta a vida social de Ingrid. Outros créditos de Crystal Rotaru
incluem as séries de televisão Sanctuary, Fringe, Mr. Young e Rush, bem como
participação nos curtas-metragens Turducken (2008), Deadweight (2015) e Crooked (2012). Também
participou de filmes como Stan Helsing, Finding Mrs. Claus e GirlHouse. Rotaru
também estrelou a curta-metragem Earthlickers, estreada no Whistler Film
Festival em dezembro de 2014, assim como The Wall, curta-metragem
estreada no Atlanta Horror Film Festival em 2015 e aquele que também
funcionou como produtor. Em 2015 aparece como estrela convidada em Motive,
a série de televisão transmitida pela CTV e em iZombie da cadeia The CW,
dando vida a Tess com a voz da personagem de Sabine Wren em Lego
Star Wars: Droid Tales de Disney XD (2015). Não por acaso em agosto de 2015, ele descobriu
que Crystal Rotaru foi eleita para interpretar Taiana Venediktov, interessada no amor
de Oliver Queen (Stephen Amell) nas sequências de flashback na série The
CW Arrow.
O convívio dos seres humanos em sociedades tem sempre, mesmo no caos, na desintegração, na maior desordem social, uma forma absolutamente determinada. É isso que o conceito de figuração exprime. O processo de concentração física de força pública se acompanha de uma desmobilização da violência ordinária. A violência física só pode ser aplicada por um agrupamento especializado, especialmente mandatado para esse fim, claramente identificado no seio da sociedade pelo uniforme, portanto um agrupamento simbólico, centralizado e disciplinado. A noção de disciplina, sobre a qual Max Weber escreveu páginas magníficas, é capital: não se pode concentrar a força física sem, ao mesmo tempo, controla-la, do contrário é o desvio da violência física, e o desvio da violência física está para a violência física assim como o desvio de capitais está para a dimensão econômica: ou seja, é o equivalente da concussão. A violência física pode ser concentrada num corpo formado para esse fim, claramente identificado em nome da sociedade em si pelo uniforme simbólico, especializado e disciplinado, isto é, capaz de obedecer como um só homem a uma ordem central que, em si mesma, não é geradora de nenhuma ordem. O conjunto das instituições mandatadas para garantir a ordem, a saber, as forças públicas e de justiça, são separadas pouco a pouco do mundo social corrente. Essa concentração do capital físico se realiza num duplo aspecto e contexto social. Para uns, o desenvolvimento do exército profissional está ligado à guerra, assim como o imposto sobre o trabalho humanos e renda econômica e social; mas há também a guerra interior, a guerra civil, a arrecadação do imposto como uma espécie de guerra civil.
Revelações Perigosas tem como representação o filme canadense, de 2023 dirigido por Joe Zanetti, socialmente de mistério e suspense que acompanha a trilha aberta pela jovem fotógrafa de pássaros Taylor Crane (Elysia Rotaru), que parte em uma viagem até o interior do Oregon para tirar algumas fotos. Porém, durante a viagem, Taylor acaba presa em uma floresta após seu carro parar de funcionar. Presa em um lugar desconhecido, ela sai em busca de ajuda, e vai parar na cabana de Riad Bishara (Stephen Lobo). Mas o homem está longe de ser alguém cordialmente que poderá ajudá-la: Riad é um fugitivo da Central Intelligence Agency (CIA) paranoico por teorias da conspiração, e acredita que Taylor trabalhe para o governo norte-americano decidindo mantê-la como sua refém. A agência CIA é reconhecida formalmente como uma Agência de espionagem. É um serviço civil com utilidade de “inteligência estrangeira” do governo federal dos Estados Unidos, oficialmente encarregado de coletar, processar e analisar informações de segurança nacional de todo o mundo, principalmente por meio do uso de inteligência humana e conduzir ações secretas por meio de sua Diretoria de Operações. Como membro principal da poderosa Comunidade de Inteligência dos Estados Unidos, a CIA, se reporta ao Diretor de Inteligência Nacional e está treinada principalmente em fornecer “inteligência” para o Presidente e para o Gabinete político dos Estados Unidos.
A
Central Intelligence Agency expandiu cada vez mais seu papel político, incluindo
“operações paramilitares secretas”. Uma de suas maiores divisões, o Information
Operations Center (IOC), mudou oficialmente o alvo do contraterrorismo
para operações cibernéticas ofensivas. A agência tem sido objeto de muitas
controvérsias, incluindo violações de direitos humanos, escutas telefônicas
domésticas, propaganda e denúncias de tráfico de drogas. O Diretor da Agência
Central de Inteligência é nomeado pelo Presidente dos Estados Unidos com
confirmação do Senado dos Estados Unidos e reporta diretamente ao Diretor de
Inteligência Nacional (DNI); na prática, o diretor da CIA interage com o Diretor
de Inteligência Nacional (DNI), o Congresso dos Estados Unidos e a Casa
Branca, enquanto o vice-diretor (DD/CIA) é o executivo interno da CIA e o
Diretor de operações, reconhecido como diretor executivo até 2017, lidera o
trabalho diário como o terceiro posto mais alto da hierarquia da CIA. O
vice-diretor é formalmente nomeado pelo diretor sem confirmação do Senado, mas
como a opinião do presidente tem grande peso na decisão, o vice-diretor é
geralmente considerado um cargo político, tornando o diretor de operações o
cargo não político mais sênior para os oficiais de carreira da CIA. O Gabinete
Executivo também apoia os militares dos Estados Unidos da América,
fornecendo-lhes as informações que coleta, receber informações de organizações
de inteligência militar e cooperar com atividades de campo. O vice-diretor
associado da CIA é responsável pelas operações diárias da agência. Cada filial
da agência tem seu próprio diretor. O Escritório de Assuntos Militares
subordinado ao Vice-Diretor Associado, gerencia a CIA e os Comandos
Unificados de Combate, que produzem à inteligência operacional e consomem
inteligência nacional produzida pela CIA.
O Oregon é, tal como seu vizinho do Norte, Washington, reconhecido pelas suas florestas de perenifólias, que cobrem metade de todo o estado. Graças à abundância de florestas, o Oregon é um dos maiores produtores de madeira do país. O estado produz cerca de 10% de toda a madeira produzida nos Estados Unidos anualmente, mais do que qualquer outro estado americano com exceção de Washington. Outro aspecto geográfico marcante são as chuvas torrenciais comuns em todo o ano no Oregon. Tanto as florestas quanto as chuvas, porém, estão presentes no Oeste do Oregon, a Oeste da Cordilheira das Cascatas, uma grande cadeia de montanhas da parte ocidental da América do Norte, estendendo-se desde o sul da Colúmbia Britânica, no Canadá, até Washington, Óregon e o norte da Califórnia, nos Estados Unidos. Ela inclui tanto as montanhas não-vulcânica e como os vulcões notáveis. A Leste, a maior parte do estado caracteriza-se pelo seu clima semiárido e seu terreno seco. As belezas naturais do Oregon - graças à sua grande diversidade e abundância de florestas, montanhas, rios e lagos que atraem milhões de turistas todos os anos para visitar o estado. Os habitantes do Oregon orgulham-se destas atrações naturais, e são reconhecidos nacionalmente por darem grande importância ao uso apropriado de seus recursos naturais. Apesar disto, o rápido crescimento populacional do estado é uma ameaça às suas atrações naturais. Prioritariamente, os habitantes do Oregon têm tentado balancear o desenvolvimento necessário para suportar esta população em crescimento, sem tornar o estado menos atrativo a novos habitantes. O Oregon é pioneiro em encontrar soluções alternativas para problemas ambientais, mas tem sofrido ecologicamente também pelo rápido desmatamento de suas florestas.
Assim, os indivíduos vivem em relações sociais de cooperação, mas também de oposição, portanto, os conflitos são parte mesma da constituição da sociedade. É neste sentido que formam momentos de crise, um intervalo entre dois momentos de harmonia, vistos numa função positiva de superação das divergências. Fundamenta uma episteme em torno da ideia de movimento, da relação, da pluralidade, da inexorabilidade do conhecimento, de seu caráter construtivista, cuja dimensão central realça o fugidio, o fragmento e o imprevisto. Por isso, seu panteísmo estético, ancorado sob formas decerto paradoxais de interpretação real, como episteme, no qual se entende que cada ponto, cada fragmento superficial e, portanto, fugaz é passível de significado estético absoluto, de compreender o sentido total, os traços significativos, do fragmento à totalidade. O significado sociológico do “conflito”, em princípio, nunca foi contestado. Conflito é admitido por causar ou modificar grupos de interesse, unificações, organizações. Os fatores de dissociação entre pessoas e grupos, como ódio, inveja, necessidade, desejo, são as causas tanto sociais quanto psíquicas da condenação, que irrompe em função deles. Conflito é destinado a resolver dualismos divergentes, a obter um tipo de unidade social através da aniquilação de uma das partes em litígio. A imagem está associada a conhecimentos pretéritos adquiridos e concernentes ao objeto que ela de fato representa. Ela não apreende nada além daquilo possível de extrair durante o trabalho de percepção.
A imagem não se relaciona com o mundo em si, ela só depende do processo de como podemos descobrir algo sobre ela. Portanto, se existe uma possibilidade de se observar o objeto através da imaginação, mesmo assim essa possibilidade ainda não nos permite apreender nada de novo em relação ao objeto. A imagem, ato da consciência imaginante, é um elemento, identificado como o primeiro e incomunicável, como produto de uma atividade consciente atravessada de um extremo ao outro por uma corrente de “vontade criadora”. Trata-se, de dar-lhe à sua própria consciência um conteúdo de sentido imaginante, próximo da analogia weberiana da interpretação do estatuto da ciência que recria para si os objetos afetivos espontaneamente ao seu redor: ela é criativa. Daí a importância social e afetiva de se compreender no campo da imagem, de sua produção, recepção, influência, de sua relação com o sonho, o devaneio, a criação e a ficção, a substituição das mediações complexas pelos meios de comunicação, posto que contenha em si uma possibilidade de violência, a partir da constituição do novo regime de ficção que hoje afeta, contamina e penetra a vida social. Fora dos maniqueísmos de observação empírica, nem sempre temos a sensação de sermos colonizados, sem saber precisamente por quem. Não é identificável e, a partir daí é normal questionar-se o papel da cultura ou ideia geral que por associação fazemos.
O descobrimento da primitiva gens do direito materno, como etapa anterior à gens de direito paterno dos povos civilizados, tem, para a história primitiva, a mesma importância que a teoria da evolução de Darwin para a biologia e a teoria da mais-valia, enunciada por Marx, para a economia política. Essa descoberta permitiu a Morgan esboçar, pela primeira vez, uma história da família, onde pelo menos as fases clássicas da sua evolução são provisoriamente estabelecidas, tanto quanto permitem o resgate dos dados estatísticos. Em torno da gens de direito materno, por exemplo, gravita, toda essa reveladora concepção de ciência. Desde seu descobrimento, sabe-se em que a direção encaminhar as pesquisas e o que precisamente estudar. Como e de que modo devem ser classificados os seus principais resultados. Reconstituindo a história da família, chega, de acordo com a maioria de seus colegas, à conclusão de que existiu uma época primitiva em que imperava, no seio da tribo, o comércio sexual promíscuo, de modo que cada mulher pertencia igualmente a todos os homens e cada homem a todas as mulheres. No século XIX havia feito menção a esse estado, evolutivo primitivo, mas apenas de modo geral; J. J. Bachofen foi o primeiro etnólogo - este é um dos seus maiores méritos – que o levou a sério e procurou seus vestígios nas tradições históricas e religiosas. Ipso facto a definição de híbrido em biologia pode referir-se à genética ou à taxonomia.
No
contexto da genética, o termo híbrido tem vários significados, todos referentes
à descendência geracional por reprodução sexual. Em geral, o híbrido é sinônimo
de heterozigoto, constituindo o indivíduo no qual os alelos de um ou mais genes
são diferentes qualquer prole resultante do cruzamento de dois indivíduos
homozigotos, indivíduo no qual os alelos de um ou mais genes são idênticos
diferentes. A hibridação representa a
junção de patrimônios genéticos diferentes a partir do cruzamento de indivíduos
de populações diferentes. Esse fato pode ocorrer devido à existência de uma
zona híbrida, através da migração ou dispersão de indivíduos ou pela inserção
de espécies exóticas. A zona híbrida indica na natureza uma sobreposição de
populações diferentes com uma ou mais características herdáveis diferentes que
possuem capacidade de produzir proles viáveis e pelo menos parcialmente
férteis. Este contato social reprodutivo proporciona aproximação genética
entres as espécies como causa da diminuição do isolamento. E devido à heterose
podem resultar em uma criação de indivíduos melhores em muitas
características. Mas só ocorre quando existe certa proximidade
evolutiva entre os indivíduos, pois, há uma diferença genética grande, pode ocorrer a esterilidade ou inviabilidade da prole podendo até
prejudicar as populações.
A
casa inteira, lembra Durand (1997), é mais do que para se viver, é um vivente.
A casa redobra, sobredetermina a personalidade daquele que a habita. A casa
constitui entre o microcosmo do corpo humano e o cosmo, um microcosmo
secundário, um meio termo cuja configuração iconográfica é, por isso mesmo,
muito importante no diagnóstico psicológico e psicossocial. Pode-se dizer:
Dize-me que casa imaginas e dir-te-ei quem és. E as confidências sobre o habitat
são mais fáceis de fazer do que sobre o corpo ou sobre um elemento
objetivamente pessoal. Os poetas, os psicanalistas, a tradição católica ou a
sabedoria dos dogon fazem coro para reconhecer no simbolismo da casa um enquanto
duplicado microcosmo do corpo material e do corpo mental. A própria organização
dos compartimentos, ou da choupana: canto onde se dorme, lugar onde se
prepara a refeição, sala de jantar, quarto de dormir, dormitório, sala de
estar, celeiro, casa da fruta, granja, sótão, todos estes elementos orgânicos
trazem equivalentes anatômicos mais do que fantasias arquiteturais. A questão
sobre a compreensão psicológica só em segundo lugar é determinada pelos odores
do jardim, os horizontes da paisagem. Os cheiros da casa que constituem a
intimidade: vapores da cozinha, perfumes de alcova, bafios de corredores,
perfumes de benjoim ou de patchouli dos armários maternos. A
intimidade vital de microcosmo vai redobrar-se e sobredeterminar-se como se
quiser para viver.
O
mundo da objetividade é polivalente para a projeção imaginária. A
importância microscópica concedida à moradia indica já a primazia dada na
constelação da intimidade às imagens do lugar praticado feliz. É um centro que
pode muito bem situar-se no cimo de uma montanha, mas que na sua essência
comporta sempre um antro, uma abóbada, uma caverna. Embora a noção de centro
integre rapidamente elementos masculinos, é importante sublinhar as suas
infraestruturas obstétricas e ginecológicas: o centro é umbigo, omphalos, do
mundo. E mesmo as montanhas sagradas têm direito, como Gerizim e o tão
justamente chamado Tabor, ao atributo de “umbigo da Terra”. É por essas razões
uterinas que o que antes de tudo sacraliza um lugar é o seu fechamento: ilhas
de simbolismo amniótico ou então floresta cujo horizonte se fecha por si mesmo.
A floresta é centro de intimidade como o pode ser a casa, a gruta ou a
catedral. A paisagem silvestre fechada é constitutiva do lugar sagrado. Todo
lugar sagrado começa pelo “bosque sagrado”. O lugar sagrado é uma cosmicização
maior que o microcosmo da morada, do arquétipo da intimidade feminóide. O espaço circular é o do jardim, do fruto, do
voo ou do ventre, e desloca o acento simbólico para as volúpias secretas da
intimidade.
A sociologia, não confunde a prática dos rituais com seu sentido. Há requisitos da vida social entre estabelecidos através das relações entre e com os animais que são inconcebíveis em sua analogia no mundo vegetal. Reações ou relações baseadas na capacidade de locomoção, na plasticidade assegurada pelo sistema nervoso, na interdependência dinâmica produzida pela divisão do trabalho, em tendências mais ou menos conscientes de comportamento, etc., não comportam condições de manifestação nas comunidades de plantas, por maior que seja o grau de sociabilidade inerente aos seus padrões de organização interna. Isso não impede que se reconheça que alguns tipos de relações comunitárias das plantas possuem valor social definido no amplo e diversificado mercado mundial de consumo de drogas. As dificuldades são de ordem descritiva. Raramente se assume um estado de espírito que lhe permita considerar a vida social, independentemente dos padrões mais complexos, que ela alcança a análise comparada entre os animais e os dos homens. Nenhum sociólogo é capaz de realizar seu ofício antes de percorrer as fases da de investigação completa, na qual transmite do levantamento dos dados à sua crítica e à análise e, em seguida, ao tratamento interpretativo propriamente dito. Os que repudiam o estudo de comunidade ou de caso com obstinação, ignoram o lado pedagógico do treinamento pela pesquisa sistemática.
O
símbolo não sendo já de natureza linguística deixa de se desenvolver
numa só dimensão. As motivações que ordenam os símbolos não apenas já não
formam longas cadeias de razões, mas nem sequer cadeias. A explicação linear do
tipo de dedução lógica ou narrativa introspectiva já não basta para o estudo
das motivações simbólicas. A classificação dos grandes símbolos da imaginação
em categorias motivacionais distintas apresenta, com efeito, pelo próprio fato
da não linearidade e do semantismo das imagens, grandes dificuldades.
Metodologicamente, se se parte dos objetos bem definidos pelos quadros da
lógica dos utensílios, como faziam as clássicas “chaves dos sonhos”, segundo as
estruturas antropológicas do imaginário, cai-se rapidamente, pela massificação
das motivações, numa inextricável confusão. Parecem-nos mais sérias as
tentativas para repartir os símbolos segundo os grandes centros de interesse de
um pensamento, certamente perceptivo, mas ainda completamente impregnado de
atitudes assimiladoras nas quais os acontecimentos perceptivos não passam de
pretextos para os devaneios imaginários. Tais são as classificações profundas
de analistas das motivações que ocorrem no âmbito do simbolismo religioso e
imaginação social em geral literária.
No prolongamento dos esquemas explicativos, arquétipos e simples símbolos modernos podem-se considerar o mito. Lembramos, todavia, que não estamos tomando este termo na concepção restrita que lhe dão os etnólogos, que fazem dele apenas o reverso representativo de um ato ritual. Entendemos por mito, “um sistema dinâmico de símbolos, arquétipos e esquemas, sistema dinâmico que, sob o impulso de um esquema, tende a compor-se na narrativa”. O mito é já um esboço de racionalização, dado que utiliza o fio do discurso, no qual os símbolos se resolvem em palavras e os arquétipos em ideias. O mito explicita um esquema ou um grupo de esquemas. Do mesmo modo que o arquétipo promovia a ideia e que o símbolo engendrava o nome, podemos dizer que o mito promove a doutrina religiosa, o sistema filosófico ou, como bem observou Émile Bréhier, a “narrativa histórica e lendária”. Seguidor dos estoicos, Bréhier era também um seguidor de Henri Bergson e herdou sua cátedra na Sorbonne e na Academia das Ciências Morais e Políticas, em 1941. Antes disso, Bréhier ensinou na Universidade do Cairo, em 1925, e na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1936. O método de convergência evidencia o mesmo isomorfismo na constelação e no mito. Enfim, para sermos breves, este isomorfismo dos esquemas, arquétipos e símbolos dos sistemas míticos ou de constelações estáticas pode levar-nos a verificar a existência de protocolos normativos das representações imaginárias, individuais e coletivas, definidos e estáveis, agrupados nos esquemas que antropologicamente a literatura refere estruturas sociais.
Na
ciência os conceitos teóricos abstratos e os sistemas de referência não passam
de concretizações de uma compreensão antecipada e estrategicamente eficaz, à
qual é fixada temporariamente em vista da comparação analítica. A peculiar
aporia do método de análise das ciências do espírito foi denominada de círculo
hermenêutico. Mas, desde que se formule esse problema exclusivamente sob o
ponto de vista lógico, como o termo sugere, não é fácil expor a justificação
metodológica de tal infração da forma em termos plausíveis: o que faz com que o
círculo hermenêutico seja “frutífero” e o distingue de um círculo vicioso? Em
termos usuais a práxis da interpretação e a formação hermenêutica seriam
circulares, caso se tratasse ou da análise exclusiva linguística ou de uma
análise puramente empírica. A análise das relações entre símbolos ordenados,
sistematicamente, serve-se de proposições metalinguísticas acerca da linguagem
do objeto. Se a tarefa social da
hermenêutica consistisse apenas nisso, seria difícil perceber por que ela não
devesse manter em separado os dois níveis interpretativos de linguagem,
evitando assim uma relação recíproca circular entre conceitos analíticos e
objetos linguísticos. Se os objetos da compreensão pudessem ser apreendidos não
como objetos linguísticos, mas como dados da experiência, existiria, per se
entre o plano teórico e os dados de realidade (prática) uma relação que, sob o visor
lógico, não deixaria de ser também problemática.
O aparente círculo resulta unicamente, segundo Habermas (1987), do fato de os objetos das ciências do espírito usufruírem de um status duplo sui generis: os conteúdos semânticos, legados por tradição e objetivados em palavras e ações – as quais perfazem o objeto da compreensão hermenêutica – não são menos símbolos do que fatos. É por isso que a compreensão deve combinar a análise linguística e a experiência. Sem esta coação para tal combinação peculiar, o desenvolvimento circular do processo interpretativo permaneceria preso em um círculo vicioso. A explicação é a seguinte: a exegese de um texto depende de um efeito recíproco entre a interpretação das “partes” por um “todo”, antecipando de forma confusa, e a correção de tal conceito antecipatório por meio das partes por esse subsumidas. As “partes” só podem exercer uma influência modificadora sobre o todo antecipado, sobre cujo pano de fundo elas são interpretadas, por já estarem interpretadas independentemente de tal antecipação hermenêutica. Não dúvida que o complexo da compreensão antecipada do teto todo possui o peso valorativo de um esquema exegético variável, ao qual os elementos individuais com o objetivo de torna-los compreensíveis. Mas o esquema só é capaz de tornar visíveis os elementos que engloba na medida em que ele próprio possa ser corrigido em função de tais dados.
Os
elementos societários não se comportam frente ao esquema interpretativo nem
como fatos em relação à teoria, nem como expressões semântico-objetivas em
relação às expressões que interpretam uma metalinguagem. Em realidade o
explicandum e o explicans fazem parte do mesmo sistema linguístico. A conexão do esquema exegético e dos
elementos, por ele contidos, apresenta-se para o intérprete como um conjunto
imanente à linguagem, um conjunto que obedecer às regras gramaticais; mas nele
articula-se em si, ao mesmo tempo, uma conexão vital num sentido individual não
passível de ser dissolvido em categorias universais. Nesta medida a análise
linguística torna acessível o conteúdo empírico de uma experiência vital,
comunicada indiretamente. Os conjuntos simbólicos, visualizados pela compreensão
hermenêutica de uma linguagem, definida em seu todo pelas regras da
constituição metalinguística. Esta é a razão por que sua interpretação não pode
ter a forma de uma reconstrução analiticamente inevitável pela aplicação de regras
universais – ela também não é mensurável com tais critérios estandardizados. Em
um sistema aberto da linguagem ordinária, à qual é também sua própria
metalinguagem, escolhemos no início de cada interpretação um esquema exegético
provisório, antecipando de saída o resultado do processo exegético em seu todo.
Na
medida em que a interpretação é uma análise linguística, tal antecipação não
possui conteúdo empírico em seu sentido estrito. O vínculo da hermenêutica com
uma linguagem, ela mesma intimamente comprometida com a práxis, explica
o duplo caráter de um método que explora nas estruturas gramaticais,
simultaneamente, o conteúdo empírico das condições da vida individualizada. A
integração dos símbolos disponíveis em um quadro de referência
selecionado, portanto, o processo de sua aplicação é uma decifração do material
e, ao mesmo tempo, um teste da chave interpretativa no próprio material: em
suma, análise linguística e controle experimental num e no mesmo. Na medida em
que a sobrevivência de indivíduos socializados está conectada a uma sólida
intersubjetividade da compreensão, a hermenêutica possui razões “no trabalho da
vida, próprio à geração das ideias”. A manifestação isolada da vida individual
está inserida em um conjunto vital particular e é soletrada em uma linguagem
com vigência intersubjetiva. As formas elementares da compreensão pressupõem implicitamente as formas superiores: estas visualizam, em
termos hermenêuticos, a apreensão de um contexto a partir do qual um elemento
individualizado torna-se compreensível.
A
função da compreensão na práxis da vida é análoga àquela problematização
que emerge de expectativas frustradas; mas em um caso o critério da decepção é
o fracasso de uma ação finalista-racional controlada pelo sucesso, no outro
trata-se de embaraços de um consenso, isto é, da desconformidade de
expectativas recíprocas entre, no mínimo, dois sujeitos agentes. As intenções
das duas orientações de pesquisa distinguem-se de forma correspondente: no
primeiro caso máximas comportamentais, as quais fracassaram frente à realidade,
devem ser submetidas por regras técnicas comprovadas; no segundo caso trata-se
de interpretar manifestações vitais incompreensíveis e que bloqueiam a
reciprocidade de expectativas comportamentais. Enquanto o experimento eleva os
controles pragmáticos cotidianos, aplicados às regras de uma atividade
instrumental ao nível de uma forma metódica à verificação, a hermenêutica
equivale à maneira científica do agir interpretativo do cotidiano. Não há
dúvida que no exercício de tal habilidade, o domínio da arte hermenêutica
permanece em menos graus dependente “do virtuosismo pessoal” do que esse é o
caso do domínio de operações mensuráveis. A compreensão hermenêutica tem, de
acordo com sua estrutura, o objetivo de assegurar, no seio das tradições
culturais, uma autoconcepção dos indivíduos e dos grupos, suscetível de
orientar a ação e o entendimento recíproco de diferentes grupos e indivíduos.
Bibliografia
Geral Consultada.
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