“Ó beleza! Onde está tua verdade?”. William Shakespeare
The Housemaid tem como representação social um filme de suspense psicológico erótico de comédia sombria sul-coreano de 2010, dirigido por Im Sang-soo, um diretor de cinema e roteirista sul-coreano. Im Sang-soo nasceu em Seul. Estudou Sociologia (cf. Moretti, 2007) na Universidade Yonsei, antes de ingressar na Academia Coreana de Artes Cinematográficas (KAFA) em 1989. Começou a trabalhar com cinema naquele mesmo ano, conseguindo seu primeiro emprego como Assistente de Direção de Park Jeong-won em Kuro Arirang, coincidentemente, também o primeiro filme do ator Choi Min-sik. Após se formar na KAFA, Im trabalhou como Assistente de Direção sob o comando de Kim Young-bin em Kim`s War (1994). Em 1995, Im escreveu o roteiro de The Eternal Empire e também o roteiro de A Noteworthy Film, que lhe proporcionou o Prêmio de Criação na Competição Coreana de Cenários para Promoção de Cinema. Em 1998, Im conseguiu seu primeiro trabalho como diretor: Girls` Night Out, um drama sobre três mulheres na Coreia, que causou polêmica em seu lançamento devido ao realismo social de diálogos francos e sexualmente contundentes, e recebeu críticas mistas, quase polarizadas. Lágrimas, um drama pesado sobre a vida de quatro adolescentes fugitivos em Seul, veio em seguida. Im Sang-soo passou cinco meses no distrito urbano de Garibong-dong, em Seul, entre adolescentes fugitivos antropologicamente “sem-teto” antes de escrever o roteiro do filme. Este filme foi rodado em 2000 em mini DV para economizar o orçamento. Para alcançar maior realismo, Im optou por não usar atores. Em sua démarche A Esposa do Bom Advogado, de 2003, foi o primeiro filme de Im a alcançar o primeiro lugar nas bilheterias sul-coreanas, em parte graças ao pôster e ao trailer sugestivos da campanha centrada na estrela Moon So-ri que foi escalada depois que Kim Hye-soo desistiu para seguir carreira na TV. Este filme também foi exibido na programação principal do Festival Internacional de Cinema de Veneza de 2003.
A história social se concentra em Eun-yi, interpretada por Jeon Do-yeon, que se envolve em um “triângulo amoroso destrutivo” enquanto trabalha como empregada doméstica para uma família de classe média alta. Um triângulo amoroso refere-se a uma relação amorosa que envolve três pessoas - o que pode implicar que duas dessas pessoas estejam romanticamente ligadas a uma mesma pessoa ou, mesmo, que cada um sinta algo semelhante pelos outros dois. Não se deve confundir, contudo, este conceito com ménage à trois, que se refere a uma relação sexual envolvendo três pessoas. O triângulo amoroso é um dos temas mais explorados pelo universo ficcional estético e artístico como ocorre em óperas, romances, banda desenhada ou mesmo em canções. Um dos mais famosos triângulos amorosos da história da literatura é o que envolveu Lancelote, Guinevere e o Rei Artur, em que este “é alvo da infidelidade dos dois primeiros: um dos seus cavaleiros mais amados e a sua mulher”. O tema foi desenvolvido também, de forma paradigmática, no filme Jules et Jim, de 1962, um drama dirigido por François Truffaut. O filme narra a amizade de homens e o amor de ambos pela mesma mulher. Após a Grande Guerra de 1914-18, na qual Jules e Jim combatem em campos opostos, os três amigos reencontram-se na Alemanha, onde Jules vive com Catherine, e esta apaixona-se por Jim. É um filme extraordinário da obra de François Truffaut, uma tragédia sobre a força da amizade e da paixão. Jeanne Moreau é inesquecível ao cantar Le Tourbillon de la Vie (1962), de Serge Rezvani.
Jeon Do-yeon nasceu em 11 de fevereiro de 1973, em Namgajwa-dong, distrito de Seodaemun, Seul, Coreia do Sul. Ela tem dois irmãos mais velhos e é a mais nova da família. Nascida e criada em Seul, ela se formou na Escola Primária Bukgajwa, na Escola Média para Meninas Yeonhee, na Escola Secundária para Meninas Changduk e no Departamento de Radiodifusão do Instituto de Artes de Seul. Estreou no cinema com O Contato (1997), um melodrama que a consolidou como atriz principal. Continuou a obter reconhecimento com Uma Promessa (1998), uma tragédia romântica, e O Harmônio em Minha Memória (1999). Sua carreira atingiu novos patamares com You Are My Sunshine (2005). No entanto, foi seu papel em Secret Sunshine (2007), dirigido por Lee Chang-dong, que consolidou seu status como uma das melhores atrizes da Coreia do Sul. Sua interpretação de uma “mãe enlutada navegando entre a fé e o desespero” lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz no 60º Festival de Cinema de Cannes, tornando-a primus inter pares a 1ª atriz coreana a receber reconhecimento social na socieade cinematográfica globalizada. Jeon continuou a desafiar-se sendo ousados, como o remake de The Housemaid (2010), Way Back Home (2013), o romance noir The Shameless (2015) e Birthday (2019). Jeon é um modelo para jovens atrizes na Coreia do Sul. Outros membros do elenco incluem Lee Jung-jae, Youn Yuh-jung e Seo Woo. O filme é um remake de 1960 de Kim Ki-young de mesmo nome. Competiu pela Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes de 2010.
O conhecimento
transforma-se, progride, regride. Crenças e teorias renascem; outras, antigas,
morrem. A primeira condição de uma dialógica cultural é a pluralidade e
diversidade de pontos de vista. Essa diversidade cultural é potencial e está em
toda parte. Toda sociedade comporta indivíduos genética, intelectual,
psicológica e afetivamente muito diverso, apto, portanto, a outros pontos de
vista cognitivamente muito variados. São, justamente, essas diversidades de
pontos de vista culturais, sociais e políticos que inibem e a normalização reprime. Do
mesmo modo, as condições sociais ou acontecimentos aptos a enfraquecerem o imprinting,
segundo Edgar Morin (2003), e a normalização permitirão às diferenças
individuais exprimirem-se no domínio cognitivo. Essas condições de fato
aparecem nas sociedades que permitem o encontro, a comunicação e o debate de
ideias. A dialógica cultural supõe o comércio, constituído de trocas múltiplas
de informações, ideias, opiniões, teorias; o comércio das ideias é tanto mais
estimulado quanto mais se realizar com ideias de outras culturas do passado. O
intercâmbio das ideias sociais produz na formação social o enfraquecimento dos
dogmatismos e intolerâncias religiosas, o que resulta no próprio crescimento
humano. Comporta neste aspecto dinâmico, a competição, a concorrência, o
antagonismo, o conflito social, moral e político, entre ideias, concepções e
visões de mundo. A trivialização do conhecimento, lembra E. Morin, não faz produto do
conhecimento apenas um produto determinado, faz também dele um produto
qualquer.
Mas as ideias podem
tornar-se ideológicas na medida em que sua estrutura obedece às estruturas
socioprofissionais, sua produção integra-se entre os outros processos de
produção e a cultura torna-se cognoscível a partir das categorias econômicas do
capital e do mercado. Mas nem a informação, nem a teoria, nem o pensamento
abstrato, nem a cultura são produtos triviais, ainda que mais não seja pelo
fato de serem, ao mesmo tempo, produtos/produtores e, mesmo comportando hologramaticamente
a dimensão socioeconômica, não poderiam ser reduzidas a isso. A redução
trivializante não teme exercer-se como sujeito sobre o conhecimento científico.
Este nível abstrato como qualquer outro é apropriado pelo pensamento, como a
religião e através da ciência, com suas relações de força e monopólios, lutas e
estratégias, seus interesses e seus ganhos. Mas, por seu lado, os estudos de
etnografias dos laboratórios, estes que parecem ter dinamismo, demonstram-nos
como se estabelecem mediações, em função de posições, ou status, as lutas e a
utilização de alguns truques diabólicos pelo reconhecimento per se, pelo
prestígio ou pela glória, com as negociações necessárias ao estabelecimento de
uma prova, os ritos de passagem na pesquisa e na universidade. A motivação
primeira do cientista é a notoriedade.
Mas não se pode reduzir o interesse científico ao interesse econômico, a
vontade de pesquisar ao desejo de prestígio, a sede de conhecimento à sede de
poder, em alguns casos terrenos sim. A sociologia não pode ser considerada uma
concepção que exclui o indivíduo ou que, no máximo, o tolera.
É uma concepção
humanista, mas que deve implicá-lo e explicitá-lo. Sobre a aquisição do
conhecimento pesa um formidável determinismo. Ele nos impõe o que se precisa
conhecer, como se deve conhecer, o que não se pode conhecer. Comanda, proíbe,
traça os rumos, estabelece os limites, ergue cercas de arame farpado e
conduz-nos ao ponto onde devemos ir. E também que conjunto prodigioso de
determinações sociais, culturais e históricas é necessário para o nascimento da
menor ideia, da menor teoria. Não bastaria limitarmo-nos a essas determinações
que pesam do exterior sobre o conhecimento. É necessário considerar, também, os
determinismos intrínsecos ao conhecimento, que são muito mais implacáveis. Em
primeiro lugar, princípios iniciais, comandam esquemas e modelos explicativos,
os quais impõem uma visão de mundo e das coisas que se governam/e controlam de
modo imperativo e proibitivo a lógica dos discursos, pensamentos, teorias. Ao
organizar os paradigmas e modelos explicativos associa-se o determinismo
organizado dos sistemas de convicção e de crença que, quando reinam em uma
sociedade, impõem a todos a força imperativa do sagrado, a força normalizadora
do dogma, a força proibitiva do tabu. As doutrinas e ideologias dominantes nas
sociedades contemporâneas dispõem também da força imperativa e coercitiva que
evidencia aos convictos e o temor inibitório aos desalmados. A partir deste
fundamento, compreendemos que ordem, desordem e organização são essenciais para
o entendimento da questão da complexidade, pois se desintegram e se
desorganizam ao mesmo tempo.
Em
1990, Jeon fez sua estreia na indústria do entretenimento como modelo de
propaganda para a Johnson & Johnson. Ela fez sua estreia como atriz na
série de televisão Our Heaven em 1992. Ela então continuou a desempenhar
papéis coadjuvantes em Scent of Love (1994) e General Hospital
(1994) e Love is Blue (1995), mas lutou para receber qualquer
atenção significativa. Em 1995, ela ganhou algum reconhecimento depois de
interpretar a irmã mais nova da heroína no drama de sucesso da KBS2, Our
Sunny Days of Youth, que registrou sua maior audiência de 62,7%. O diretor
do drama, Jeon San PD, fez um comentário afirmando que Jeon Do-yeon é
uma “novata durona e ambiciosa”. Nos anos seguintes, ela desempenhou papéis
importantes em vários dramas, como Project, Way Station e Until We Can Love
em 1996, e Star in My Heart em 1997. Jeon passou cinco anos estrelando
dramas de televisão antes de alcançar o status de “estrela instantânea”
com sua estreia no cinema atuando ao lado de Han Suk-kyu no filme de 1997, The
Contact, que se tornou o segundo filme coreano de maior bilheteria daquele
ano. Ela ganhou vários prêmios por meio do trabalho, incluindo Melhor Nova
Atriz no 35º Grand Bell Awards e no 18º Blue Dragon Film Awards.
A partir de 1997, após
o sucesso de The Contact, Jeon emergiu como uma atriz de destaque na
indústria cinematográfica coreana e passou a estabelecer uma reputação como uma
espécie de “camaleona” que pode assumir uma ampla variedade de papéis, desde
sua atuação como médica no melodrama de sucesso A Promise, que lhe
rendeu o prêmio de Melhor Atriz no 35º Baeksang Arts Awards, até a de
uma colegial no filme de 1999, The Harmonium in My Memory, depois uma
esposa tendo um caso adúltero no filme de 1999, Happy End. Em 1999 e
2000, ela recebeu prêmios de Melhor Atriz em inúmeras cerimônias de premiação,
como o 20º Blue Dragon Film Awards e o 37º Grand Bell Awards por
sua atuação em The Harmonium in My Memory. Ela também ganhou o prêmio de
Melhor Atriz no 35º Baeksang Arts Awards por seu papel em A Promise
e vários outros prêmios de cinema locais por seu papel em Happy End. Em 2001,
ela interpretou uma caixa de banco na estreia na direção de Park Heung-sik, em I
Wish I Had a Wife. Depois de estrelar como a mulher durona Soo-jin em No
Blood No Tears, de Ryoo Seung-wan, em 2002, Jeon passou um tempo atuando na
série de televisão Shoot for the Stars. Em 2003, ela obteve sucesso comercial
de bilheteria em Untold Scandal, de E J-yong, uma adaptação do famoso
romance francês Dangerous Liaisons, ambientado em Joseon.
Les Liaisons Dangereuses (As Ligações Perigosas),
romance epistolar do século XVIII, da autoria de Choderlos de Laclos (1741-1803)
e publicado em 1782. A postura libertária de Laclos no que tange à libertação
das mulheres, que faz com que historiadores da filosofia o enquadrem como um arqueofeminista,
é um dos fatos sociais que posiciona esse romancista, militar e filósofo num
lugar de vanguarda em relação ao seu tempo. Seu discurso ao concurso aberto
pela Academia de Châlons-sur-Marne, cujo tema era: como melhorar a educação
das mulheres? deixa clara tal posição. O discurso em resposta dado por
Laclos, de forma paradoxal - e um tanto cômica - inicia dizendo: não é possível
melhorar a educação das mulheres, pois, na realidade, o que é dado a elas não é
uma educação. E o que seria uma educação? Para o autor, justamente o
desenvolvimento das faculdades sensitivas e intelectuais do indivíduo
com a finalidade de orientar essas faculdades à utilidade social. Entretanto, a
educação não pode ocorrer onde existe a escravidão, visto que a educação visa
desenvolver faculdades para a utilidade social e a escravidão cria um inimigo
social e não desenvolve as faculdades do sujeito, mas as reprime. Desenvolvendo
agora a situação das mulheres nas sociedades, o autor monta o seguinte
silogismo: se onde há escravidão não pode haver educação e se as mulheres são
escravas nas sociedades, portanto, a mulher da sociedade não é suscetível à
educação. Uma forma, evidentemente, um tanto ácida de abrir um texto dedicado à
problemática de como melhorar a educação das mulheres, afirmando sua
impossibilidade oriunda da situação de opressão dessas na sociedade europeia do
século XVIII. Assim, aponta uma necessidade de libertação da condição submissa
das mulheres para que haja sua educação, sendo por isso que em seu livro Das
mulheres e de sua educação, desenvolve um ensaio voltado às mulheres
e a sua emancipação.
A obra retrata as
relações de um grupo de aristocratas através das cartas trocadas entre si, na
época imediatamente anterior à Revolução Francesa, - nobres ociosos e sem
escrúpulos dedicam-se prazerosamente a destruir as reputações de seus pares. O
enredo tem como escopo a vida cotidiana do Visconde de Valmont e da Marquesa de
Merteuil, que manipulam e humilham as restantes personagens através de intrigas
e jogos de sedução. Quando lançado, o livro foi considerado calunioso,
pois tratava de outro modo a nobreza francesa, demonstrando a história de
personagens vis, sem as idealizações da literatura anterior. Mais do que uma
crítica à nobreza francesa, o livro é considerado uma obra-prima do gênero,
pois adentrou muito a fundo a mente dos personagens, mostrando seus temores, desejos
e malícias. Muito peculiar é a maneira como o autor nas cartas conseguiu criar
uma personalidade a cada personagem, visto primeiramente pela sua maneira de
escrita, e posteriormente por suas atitudes. No decorrer do livro, ficam claras
as intenções manipulativas dos protagonistas, ao mesmo tempo retrata suas
fraquezas, como o inesperado amor do Visconde de Valmont pela Madame de
Tourvel; a carta que retrata a vida da Marquesa de Merteuil mostra os motivos
pelos quais ela se tornou tão vil. O romance foi adaptado para o cinema onze
vezes, de acordo com a relação do The Internet Movie Database
(IMDb), maior base de dados do cinema da rede internacional de computadores. O
enredo eivado de intrigas atrai cinéfilos do mundo desde que o cineasta
francês Roger Vadim realizou a primeira e a mais reconhecida versão do romance de
Choderlos de Laclos para o cinema, em 1959, sob o título Les Liaisons
Dangereuses. A versão adaptada pelo roteirista Claude Brulé, revela um elenco de estrelas do cinema francês: Jeanne Moreau (Juliette
de Merteuil), Gérard Philipe (Vicomte de Valmont), Annette Vadim (Marianne
Tourvel), Jean-Louis Trintignant (Danceny) e Simone Renant (Mme. Volanges). Stephen
Frears (Dangerous Liaisons), em 1988, e Milos Forman, em 1989, realizam
novas versões cronologicamente muito próximas uma da outra, isto é, em menos de
um ano, o que é raro no cinema.
A versão do britânico
Frears, estrelada por Glenn Close e John Malkovich, vencedora de três Oscars
(roteiro adaptado, direção de arte e figurinos), foi adaptado da peça de
Christopher Hampton. Além de Close (Marquise Isabelle de Merteuil) e Malkovich
(Vicomte Sébastien de Valmont), a fita cinematográfica tem no elenco outros grandes astros e
estrelas do cinema internacional, soi disent como Michelle Pfeiffer (Madame Marie de
Tourvel), Swoosie Kurtz (Madame de Volanges), Keanu Reeves (Le Chevalier
Raphael Danceny), Uma Thurman (Cécile de Volanges), Valerie Gogan e Paulo Abel
do Nascimento (Castrato). Considerada mais apimentada que a versão de Frears, a
adaptação do diretor tchecoslovaco Milos Forman (1932-2018) recebeu o título de Valmont,
e tem elenco encabeçado em seu pioneirismo dramatúrgico por Colin Firth (“Valmont”), Annette Bening (Merteuil),
Meg Tilly (Tourvel), Fairuza Balk (Cecile) e Jeffrey Jones (Gercourt). A fita
de Forman não tem a mesma sofisticação da abordagem de Frears, mas ganha em
agilidade e sensualidade, graças ao seu elenco mais jovem. Em 1999, o
roteirista Roger Kumble estreou na direção realizando uma nova versão da
história, com o título de “Segundas Intenções” (Cruel Intentions), com Sarah
Michelle Gellar (Kathryn Merteuil), Ryan Phillippe (Sebastian Valmont), Reese
Witherspoon (Annette Hargrove), Sean Patrick Thomas (Ronald Clifford) e Selma
Blair (Cecile Caldwell) encabeçando o elenco. Kumble transportou a ação de
“Ligações Perigosas” para a Nova York da década de 1990, carregando-a de
perfídia e sensualidade, não esquecendo de colocar situações de
homossexualidade (feminino e masculino).
Um erro comum - mutatis mutandis - é dizer
que o filme também faz alusão ao incesto, uma vez que os
personagens de Sarah Michelle Gellar e Ryan Philippe são irmãos. Na verdade, o
pai do personagem de Philippe é casado com a mãe do personagem de Gellar, sendo
assim, eles não são irmãos de sangue. No ano seguinte, ela se reuniu com o
diretor Park Heung-sik em um papel duplo no filme de melodrama My Mother,
the Mermaid. Em 2005, Jeon interpretou uma prostituta que contrai AIDS no
melodrama contundente de Park Jin-pyo, You Are My Sunshine. O filme foi
um sucesso de bilheteria, e sua atuação recebeu aclamação da crítica e lhe
rendeu vários prêmios de atuação. Ela então retornou à telinha com Lovers
in Prague, um drama que narra a história de amor entre a filha do
presidente e um detetive comum. O drama foi um enorme sucesso, com índices
médios de audiência de mais de 27%. Pelo trabalho, Jeon ganhou o Grande Prêmio
(Daesang) no SBS Drama Awards de 2005. Comentando sobre seu ano
de sucesso comercial, o The Korea Herald observou: “É raro que um filme
e um drama com o mesmo ator ou atriz principal se tornem grandes sucessos ao
mesmo tempo. E muitas vezes, atores e atrizes evitam tais casos, devido ao
risco de confundir o público, mas Jeon conseguiu desempenhar ambos os papéis
perfeitamente sem causar qualquer confusão no público”. Em 2007, Jeon estrelou
o melodrama Secret Sunshine, de Lee Chang-dong, que a impulsionou ao
reconhecimento internacional do trabalho artístico e intelectual. Sua interpretação
“feroz e destemida de uma mãe viúva que luta para reorganizar sua vida após as
mortes trágicas de seu marido e filho recebeu aclamação universal da crítica”.
A partir do momento conjuntural comparativamente em
que esses elementos e fatores sociais isolados foram mais ou menos fixados e teoricamente
formulados, surgiram sistemas econômicos que, partindo de noções simples da sociedade contemporânea tais
como o trabalho, a divisão do trabalho, a necessidade, o valor de troca, se
elevavam até o Estado, as trocas internacionais e o mercado mundial. Este
segundo método é evidentemente o método científico correto. De acordo com Marx,
o concreto é concreto por ser a síntese de múltiplas determinações, logo,
unidade da diversidade. É por isso que ele é para o pensamento um processo de
síntese, um resultado, e não um ponto de partida, apesar de ser o verdadeiro
ponto de partida e, igualmente o ponto próprio da observação imediata e da
representação. O primeiro passo reduziu a plenitude da representação a
determinação abstrata; pelo segundo, as determinações abstratas conduzem à
reprodução do concreto pela via única do pensamento. Por isso, afirma Marx,
Hegel caiu na ilusão de conceber o real como resultado do pensamento, que se
concentra em si mesmo, se aprofunda em si mesmo e se movimenta por si
mesmo, enquanto que o método de interpretação da realidade consiste em
elevar-se do pensamento abstrato ao pensamento concreto que é para o pensar a
maneira de se apropriar do concreto, de o reproduzir como concreto espiritual.
Para a consciência, e
a consciência filosófica considera que o pensamento que concebe constitui o
homem real e, por conseguinte, o mundo só é real quando concebido -, portanto,
o movimento das categorias surge como ato de produção real – que concebe um simples
impulso do exterior, o que é lamentado – cujo conteúdo é o mundo; e isto é
exato na medida em que a totalidade concreta enquanto totalidade-de-pensamento,
enquanto concreto-de-pensamento, é de fato um produto do pensamento, da
atividade de conceber; ele não é pois, de forma alguma o produto do conceito
que engendra a si próprio, que pensa exterior e superiormente à observação
imediata e à representação, mas um produto da elaboração de conceitos a partir
da observação imediata e da representação. O todo, afirma Marx, na forma em que
aparece no espírito como todo-de-pensamento, é um produto do cérebro pensante,
que se apropria do mundo do único modo que lhe é possível, de um modo que
difere da apropriação desse mundo pela arte, pela religião, pelo espírito
prático. O que é satisfatório e compreensível metodologicamente é antes como
depois, o objeto real conserva a sua independência fora do espírito; e isso
durante o tempo social em que o espírito tiver uma atividade meramente
especulativa, meramente teórica. Por consequência, nunca é demais repetir,
também o emprego do método teórico é necessário que o objeto, a sociedade,
esteja presente no espírito como dado primeiro. Em relação à propriedade, a
categoria mais simples surge como a relação formada de comunidades de famílias
ou tribos.
Na sociedade num
estágio superior, ela aparece como a relação mais simples de uma organização
mais desenvolvida. Mas pressupõe sempre o substrato concreto que se exprime por
uma relação de posse. O dinheiro pode existir e existiu historicamente antes de
existir o capital, os bancos, o trabalho assalariado, etc. Nesse sentido,
podemos dizer que a categoria de trabalho mais simples pode exprimir relações
dominantes de um todo menos desenvolvido ou, pelo contrário, sendo relações
subordinadas de um todo mais desenvolvido, relações que existiam já
historicamente antes que o todo se desenvolvesse no sentido que encontra a sua
expressão numa categoria concreta. Assim, abstração mais simples, que a
economia política moderna coloca em primeiro lugar e que exprime uma relação
muito antiga e válida para todas as formas de sociedade, só aparece, no
entanto, sob esta forma abstrata como verdade prática enquanto categoria da
sociedade mais moderna. Poder-se-ia dizer que esta indiferença constituída nas
relações sociais em relacionadas a forma determinada de trabalho, que se
apresenta noutros países como produto histórico, se manifesta como uma
disposição natural. Este saber-trabalho mostra com toda evidência que até as
categorias mais abstratas, ainda que válidas, precisamente por causa de sua
natureza abstrata, para todas as épocas, não são menos, sob a forma determinada
desta abstração, o produto de condições históricas e só se encontram plenamente
válidas nestas condições e no quadro de pensamento destas condições.
O espírito individual
pode alcançar a sua autonomia relativa como sujeito, jogando com a dupla
dependência que, ao mesmo tempo, o constrange, limita e alimenta. Pode jogar,
pois há margem, entre hiatos, aberturas, defasagens. Entre o bioantropológico
e o sociocultural, o ser individual e a sociedade. Assim, a possibilidade de
autonomia relativa do espírito individual está inscrita no princípio de seu
conhecimento disciplinar. E isso em nível de seu conhecimento cotidiano, quanto
em nível de pensamento seja filosófico ou científico. Não por acaso, na
explicação teórica científico-social, um dos níveis de análise de interpretação
da realidade mais importantes da filosofia, a teoria do conhecimento, vem se
ocupando, de um modo ou de outro, de algumas das questões que integram a
problemática daquilo que, a partir do século XIX, viria a ser designado, numa
categoria social, como ideologia. Isto
quer dizer o seguinte, de forma proporcional e inversamente: quanto mais o
sujeito conhece, mais ele se dá conta do quanto desconhece. E foi essa
constatação que levou Nicolau de Cusa (1401-1464), no início desta fase
historicamente avançada do Renascimento, a sustentar a ideia da douta
ignorância, isto é, a tese filosófica de que “o verdadeiro sábio é o que se
sabe ignorante”. O pensador propunha uma nova forma de pensar o conhecimento.
Ele dizia: não podemos conceber a infinitude de Deus, pois só podemos lidar com
a concepção humana do infinito, por isso o conhecimento que temos das coisas
finitas que compõem o nosso mundo é sempre limitado, imperfeito, levando-nos a
erro de interpretação.
Deus representa o
Absoluto Máximo, é absolutamente incomparável, pois nosso conhecimento do real
é obtido por comparação e inevitavelmente em contradições. Só nos cabe, então,
segundo Nicolau Cusa, ser humildes, debruçar-nos com modéstia sobre as contradições
do mundo em que vivemos. Ocorre que em diversas ocasiões hic et nunc na
história da filosofia, surgiram reflexões segundo as quais, além das enormes
dificuldades intrínsecas da construção social do conhecimento, o esforço
cognitivo do conhecer enfrenta, pressões deformadoras provenientes de alguns
elementos constitutivos da cultura e da sociedade onde o sujeito cognoscente
vive. Uma das reflexões mais vigorosas dedicadas a esse tema, ainda nas franjas
do Renascimento, pode ser encontrada no ensaio: Novum Organum, do
filósofo empirista inglês Francis Bacon (1561-1626), preocupado com a exagerada
abstratividade das teorias filosóficas tradicionais, herdadas na démarche
histórica complexa da Idade Média, levou a uma enérgica revalorização do
conhecimento que permanecesse próximo do nível empírico, da experiência, da
observação humana direta dos fatos. Para ele, era preciso levar os seres
humanos “ao trato das coisas”, para ajuda-los a se libertar do cipoal literário
de interpretação de noções falsas ou ilusões que lhe eram inculcadas a que
Francis Bacon chamava de ídolos.
De acordo com Francis
Bacon (1561-1626), quatro eram as representações ou espécies de ídolos: os ídolos das tribos, os
ídolos das cavernas, os ídolos do foro e os ídolos do teatro. Os primeiros eram
as conveniências específicas em torno do gênero humano, que os homens
acreditavam que são, automaticamente, a expressão correta da realidade da
natureza e do mundo. Os ídolos da caverna eram as conveniências de cada
indivíduo como tal, que levam cada pessoa a acreditar que sua opinião tem,
naturalmente validade geral. Os ídolos do foro provinham da comunicação social
entre os indivíduos através da linguagem e da imperfeição das palavras, o que
resulta “numa adaptação dos homens à inépcia comunicativa”. Havia ainda os
ídolos do teatro, resultantes do fato social que todas as ideias – filosóficas,
científicas ou meras crendices e superstições – chegam á alma crédula da
população na forma de “verdades” encenadas, sancionadas pela autoridade
encarnada da tradição e fortalecidas pela capacidade de simplificar as ideias,
tornando-as agradáveis e lisonjeiras para as pessoas. Embora combata a representação
dos ídolos, Bacon descreve um quadro pouco alentador, que reconhece de maneira
realista, nas condições de seu tempo, a força colossal de que esses ídolos
dispõem.
Outro pensador
renascentista que abordou a questão da ideologia, segundo o filósofo marxista Leandro
Konder (1936-2014), “sem nomeá-la”, foi o francês Michel de Montaigne, que
denunciava a “estreiteza ideológica” de sua própria cultura, ela europeia.
Observando a conquista da América e o brutal desrespeito com que os
conquistadores lidavam com as culturas de outros povos (os outros), Montaigne
escreveu: - “Nós os chamamos de bárbaros ou povos do [chamado] Novo Mundo,
porém nós os superamos em todos tipos de barbárie”. Dois séculos mais tarde,
outro pensador francês Denis Diderot, retomou a crítica de Michel de Montaigne
(1533-1592) à “presunção do eurocentrismo” e procurou aprofundar sua análise do
fenômeno, no Suplemento à viagem de Bougainville. Diderot sugere que a
pretensão de universalidade da cultura dos conquistadores e o comportamento
predatório dos europeus no processo de expansão colonial estavam ligados à
espinhosa questão da propriedade privada. Para um filósofo do Século das Luzes,
um movimento progressivo político-intelectual que surgiu na Europa no século
XVIII, ainda não era possível aprofundar a reflexão sobre a complicada relação
entre a busca da universalidade do conhecimento, de um lado, e os desejos
individuais e interesses particulares, de outro. No primeiro diálogo do livro,
um personagem determinado historicamente afirma que os selvagens possuem a
terra em comum e assim levam uma vida mais pacífica que a dos povos
civilizados, já que “toda guerra nasce de uma pretensão comum à mesma
propriedade”. No segundo diálogo, um velho taitiano recrimina os brancos,
dizendo-lhes: - “Aqui, tudo é de todos. E vocês chegaram para estabelecer uma
diferença entre o teu e o meu”.
O Iluminismo tendia a
confiar demasiado no conhecimento. Os iluministas tendiam a acreditar
que todas as questões, em princípio, poderiam ser adequadamente resolvidas no
plano da teoria, se recebessem um tratamento teoricamente correto. Para eles,
era difícil pensar que mesmo as boas teorias precisam, modestamente, se remeter
à vida, à ação, à história. Havia na perspectiva abstrata dos teóricos das
Luzes um otimismo em torno da palavra otimismo surgido na primeira metade do
século XVIII. Embora alguns dos campeões da causa ilustrada tenham sido
perseguidos e encarcerados pela repressão, eles tinham confiança no futuro e
tendiam a crer que o poder de persuasão da argumental racional e a difusão de
conhecimentos científicos produziram efeitos devastadores sobre as bases mais
resistentes dos males humanos; a ignorância, o preconceito e a superstição.
Essa confiança no que estavam e no que estavam pensando animava os pensadores
nas batalhas das ideias que travavam; porém, ao mesmo tempo, lhes atenuava as
inquietações quando se debruçavam sobre si mesmos e se perguntavam sobre a
legitimidade e a confiabilidade de seus conhecimentos. O período napoleônico,
agravou esses abalos, atingindo a consciência de amplos setores humanos,
alterando seu estado de espírito. As pessoas não conseguiam mais se satisfazer
com explicações racionalistas tranquilizadoras, ao se verem envolvidas em
situações sociais de tensão e incertezas. Foi neste ínterim que Destutt de
Tracy (2012), retomando ideias dos clássicos (iluministas) das Luzes,
especialmente de Condillac, publicou seu livro Elementos de ideologia,
em 1801. Ele não estava sozinho; ele
integrava um grupo de intelectuais – os ideólogos – que se dispunham a prestar
aos próceres detentores do poder uma assessoria esclarecedora, orientando-os no
sentido de promover o aprimoramento das instituições.
Para passar a uma reflexão mais aprofundada sobre a questão abstrata da ideologia, os teóricos imbuídos de espírito crítico radical precisavam assimilar um pressuposto que ainda não estava disponível nas condições da cultura francesa: uma nova abordagem dos problemas do sujeito como construtor do conhecimento (Immanuel Kant) e como criador da própria realidade conhecida (Friedrich Hegel). Mas o termo sujeito é mais complexo do que se imagina. Vale a pena recorrer à etimologia, para atentar compreendê-lo melhor. A palavra existia no latim medieval, escolástico, empregada em contraposição a objectus. Em sua origem latina, anterior ao seu uso medieval, subjectus é o particípio passado do verbo subjecere, ou subicere, que, entre muitos outros sentidos, significa submeter, subjugar; é composto de sub (embaixo) e jacere (jogar). Subjectus, em assim sendo, significa arremessado (lançado) embaixo (sub) de algo ou de alguém. Isto quer dizer o seguinte: significaria sujeitado, subordinado (posto por uma ordem) ou subalterno, posto sob o comando de um alter, de um outro. Em sua acepção mais antiga, o termo significava, pois, redução à passividade: o sujeito sujeitado. Esse sentido ainda marca a palavra francesa sujet, que podemos traduzir para o português também como assunto, isto é, o tema, a matéria, o objeto de um relato etnográfico ou de uma conversa. Contudo, paralelamente à história antiga, o termo passou a se firmar com um sentido interpretativo no debate das ideias imediatamente novo, na direção do pensamento abstrato e epistemológico da distinção entre sujeito e objeto, já presente em escritores latinos e pari passu no latim escolástico. A reflexão de juventude nos ensaios Marx e Engels sobre a questão da ideologia passou a se desenvolver criticamente a partir do famoso “ajuste de contas de sua consciência filosófica com Hegel”.
Foi na Crítica do
Direito Público Hegeliano, escrita em Kreuznach, uma cidade localizada no
estado da Renânia-Palatinado, Alemanha, em meados de 1843, que Marx se insurgiu
contra o modo de Hegel interpretar a relação do Estado com a sociedade civil. Os
Manuscritos de Kreuznach formam um momento único na história da filosofia,
momento em que um pensador ainda imaturo enfrentou, num combate decisivo, a
obra de um filósofo consagrado, no seu momento de mais extremado
conservadorismo. E não se intimidou com a estatura de seu adversário. Ao
contrário, encarou-o com sabedoria e irreverência, seguindo o desenrolar de sua
argumentação por meio de citações do texto que se faziam acompanhar de uma
refutação indignada e ferina. Sem o instrumental necessário de preparação
abstrata da teoria para tal confronto intelectual, Marx serve-se, em grande
parte, do materialismo antropológico de Ludwig Feuerbach (1804-1872), com o
qual este apresenta a sua crítica da religião, como também da filosofia
rousseauniana, para realizar a pretendida crítica analítica da política; esta
consubstanciada no Estado prussiano justificado pelo conservadorismo político
de Friedrich Hegel. Mas Marx permanecerá enredado inicialmente no idealismo
hegeliano, embora com perspectivas de superação de tal idealismo estacionário
que, ao fundir ser e pensar, real e racional, finito e infinito, acaba por
aceitar toda a sorte de injustiças sócio-políticas do momento. Isto é, segundo
sua concepção dialética que só deve ser justificada pela apresentação do
próprio sistema, e exprimir não como substância, mais precisamente como
sujeito.
A substância viva é o ser, que na verdade é
sujeito, ou que é na verdade efetivo, mas só na medida em que é o movimento
dialético do pôr-se-a-si-mesmo, ou a mediação complexa consigo mesmo do
tornar-se Outro. Como sujeito, é representação da negatividade pura e simples,
e justamente por isso é o fracionamento do simples ou a duplicação oponente,
que é de novo a negação dessa diversidade indiferente e de seu oposto. Só essa
igualdade se reinstaurando, ou só a reflexão em si mesmo no seu ser-Outro, é
que são o verdadeiro; e não uma unidade originária enquanto tal, ou uma unidade
imediata enquanto tal. O verdadeiro é o vir-a-ser de si mesmo, o círculo
que pressupõe seu fim como sua meta, ipso facto tese e a antítese, que o tem
como princípio, e que só é efetivo mediante sua atualização e seu fim.
Friedrich Hegel (1770-1831) era crítico das filosofias claras e distintas, uma
vez que, para ele, o negativo era constitutivo da ontologia. Neste sentido, a
clareza não seria adequada para conceituar o próprio objeto. Introduziu um
sistema de pensamento para compreender a história da filosofia e do mundo,
chamado geralmente dialética: uma progressão abstrata na qual cada movimento
surge, pois, como solução das contradições inerentes ao movimento anterior.
Marx, por outro lado,
vinha de um período de interpretação analítica de mais de seis anos de percurso
hegeliano, sabia quanto devia mediante a reputação filosófica ao autor da Fenomenologia
do Espírito (1807), mas se dava conta de que a abordagem da vida política
pelo mestre encerrava uma grave distorção, segundo Konder (2002), que antes não
havia sido notada. Na incisiva ruptura com o ponto de vista hegeliano, Marx
atribuía-lhe um formalismo inaceitável. O Estado, invenção dos homens,
resultado da atividade concreta deles, era transformado por Hegel numa chave -
formal - pela qual se abria a porta para a compreensão do sentido do movimento
dos seres humanos. Marx percebeu o equívoco e o destacou: - “Não é a
Constituição que faz o povo, mas o povo que faz a Constituição”. A situação em que os homens criaram e
continuam criando seus Estados torna o equívoco hegeliano compreensível. O
Estado é uma criação de homens divididos, confusos, alienados. Foi o que Marx
observou quando escreveu: “O ser humano é o verdadeiro princípio do Estado, mas
é o ser humano não livre. O Estado, então, é a democracia da não-liberdade, a
consumação da alienação. A ideia de uma construção teórica “distorcida”, porém
ligada a uma situação histórica ensejadora de distorção, é, no pensamento de
Marx, desde o primeiro momento de sua articulação original, uma ideia que
vincula a ideologia à alienação ou ao estranhamento.
Isto é, a existência do
Estado como um “corpo estranho”, que submete a sociedade ao seu controle,
impondo a sua ordem, é um sintoma da alienação, do estranhamento – do fenômeno
que Marx costuma chamar de Entfremdung, em alemão – resultante dos
movimentos históricos nos quais os seres humanos que compõem a sociedade atuam
muito desunidos e perdem a capacidade de se realizar no mundo que estão
empenhados em dominar. É inevitável que os indivíduos sejam levados a alimentar
a ilusão de um Estado racional, adequado à promoção da lei no funcionamento da
sociedade. Essa maneira de conceber o Estado como lugar onde a razão prevalece
foi o que Marx, em 1843, criticou mais incisivamente em Friedrich Hegel. Nessa
crítica da concepção de teoria que se deu conta do que era, de fato, uma
construção ideológica. Marx percebeu com clareza que a concepção hegeliana
suavizava, atenuava, a contradição entre a sociedade e o Estado, pois a
perspectiva hegeliana não era suficientemente ampla para observar o movimento
geral dessa relação contraditória e encaminhar criticamente o pensamento na
direção da direção do quadro constituído. Os horizontes do pensamento
filosófico e dialético de Hegel permaneciam “estrangulados”, falta de melhor expressão,
pela ótica da propriedade privada e Friedrich Hegel conseguia olhar para o
Estado, afinal, era o ângulo interno “do qual o próprio Estado se via”. O
Estado se considera universalmente, por isso não se dá conta do quanto está
envolvido, comprometido com a questão realmente em torno de posse da
propriedade privada. Marx escreveu: Qual é o poder do Estado político sobre a
propriedade privada?
É o próprio poder da
propriedade privada, sua essência trazida à sua existência. E o que resta ao
Estado político em oposição a essa essência? A ilusão de que é determinante,
quando, de fato, é determinado. Trata-se meramente de uma ilusão ideológica. Os
seres humanos que pertencem a sociedades profundamente divididas são levados a
misturar e confundir o universal e o particular. Em seus escritos da segunda
metade de 1843, Marx insistia em proclamar que esses seres humanos ainda não
haviam conseguido se tornar indivíduos “de um novo tipo”, capazes de
compreender a realidade simultaneamente a partir da ótica de suas respectivas
singularidades e a partir da ótica do gênero humano. Marx se apoiava numa
concepção de Ludwig Feuerbach para criticar Friedrich Hegel e caracterizava,
feuerbachianamente, o indivíduo típico burguês como alguém que ainda não era
“ein wirkliches Gattungswesen”, isto é, “um verdadeiro ser da sua espécie”. Por
quê? Segundo a interpretação marxista de
Konder, estava prisioneiro de um horizonte estreito e, quando tentava se elevar
ao nível da universalidade, enrolava-se em consideradas abstrações
pseudo-universais. Nessa direção os indivíduos se distanciam uns dos outros.
Mesmo no ensaio de Marx sobre a questão judaica fustiga a ilusão da universalidade
que é pressuposta, mas se acha em geral posta fora do alcance das pessoas. Os
homens tentam pensar o quadro histórico das condições em que se encontram,
procuram alcançar uma visão de conjunto, porém se perdem nas falaciosas “boas
intenções”, ou naquilo que Marx caracterizava como a “abstratividade inócua da
religião”. A filosofia que não supera os limites da burguesia e se
perde num círculo vicioso. Marx propunha uma crítica analítica implacavelmente.
Embora o filme em si,
que estreou no 60º Festival de Cinema de Cannes, tenha evocado
avaliações amplamente diferentes de críticos internacionais, a atuação de Jeon
foi universalmente elogiada, e ela foi escolhida como Melhor Atriz pelo júri de
Cannes, tornando-a a primeira coreana a receber um prêmio de atuação em Cannes.
Ela também ganhou o prêmio de Melhor Performance de Atriz no 1º Asia Pacific
Screen Awards. Após a vitória em Cannes, Jeon passou a varrer prêmios
nacionais, ganhando o prêmio de Melhor Atriz em várias cerimônias de premiação
de cinema, como o 28º Blue Dragon Film Awards. Em reconhecimento à sua
contribuição artística para o desenvolvimento da indústria cinematográfica
coreana, ela foi homenageada com a Ordem de Mérito Cultural Okgwan pelo
Ministério da Cultura, Esportes e Turismo e o Prêmio de Conquista Especial no
44º Grand Bell Awards. É concedida pelo Presidente da Coreia do Sul por “serviços
meritórios excepcionais nas áreas da cultura e da arte, com o objetivo de
promover a cultura e o desenvolvimento nacional”. A Ordem do Mérito Cultural é
conferida em cinco classes, seguindo a seguinte ordem de precedência: Geumgwan
(Coroa de Ouro), Eungwan (Coroa de Prata), Bogwan (Coroa
Preciosa), Okgwan (Coroa de Joias), e Hwagwan (Coroa de Flores). A
ordem é uma condecoração concedida a indivíduos que contribuíram notavelmente
para a cultura e as artes do país. A lista completa das classes, da mais alta
para a mais baixa, é: Geumgwan (Coroa de Ouro): A classe mais alta, concedida a
indivíduos com méritos culturais excepcionais. Eungwan (Coroa de Prata): A
segunda classe mais alta. Bogwan (Coroa Preciosa): A terceira classe. Okgwan
(Coroa de Joias): A quarta classe. Hwagwan (Coroa de Flores): A quinta e última
classe. Além dessas, pode haver casos de atribuição de classes desconhecidas ou
não especificadas.
Após Cannes, ela
estrelou o filme My Dear Enemy de 2008, interpretando uma mulher
solteira desempregada que se reencontra com seu ex-namorado. Depois de estrelar
My Dear Enemy, Jeon deu à luz uma filha e descansou por um tempo. Em
outubro de 2009, ela foi homenageada pelo governo francês com a medalha Chevalier
des Arts et Lettres por sua contribuição às artes. No ano seguinte, ela
voltou a estrelar o polêmico remake de Im Sang-soo em 2010, The Housemaid.
Jeon voltou a Cannes mais uma vez, pois o filme foi escolhido para competir
pela Palma de Ouro no 63º Festival de Cinema de Cannes. Moon So-ri nascida em 2
de julho de 1974, é uma atriz, diretora de cinema e roteirista sul-coreana. Ela
é mais reconhecida por seus aclamados papéis principais nos filmes Oasis
(2002) e A Good Lawyer`s Wife (2003). Depois de se formar na
Universidade Sungkyunkwan, Moon So-ri tornou-se parte do grupo de teatro Hangang
(“Rio Han”) de 1995 a 1997, e estreou na peça Classroom Idea, mas também
colaborando em sua criação. Ela apareceu em peças e curtas-metragens como Black
Cut e To the Spring Mountain antes da fama como atriz principal. Seu
primeiro papel no cinema foi no aclamado Peppermint Candy de Lee
Chang-dong, no entanto, suas habilidades de atuação não foram descobertas até
ela participar em seu segundo filme Oasis, também de Lee Chang-dong. Seu
retrato poderoso de uma mulher com paralisia cerebral lhe rendeu elogios, bem
como o Prêmio Marcello Mastroianni de Ator ou Atriz Estreante no Festival de
Cinema de Veneza de 2002. Moon é a segunda pessoa da Coreia do Sul a ganhar um
prêmio lá, depois de Kang Soo-yeon em 1985 pelo filme The Surrogate Woman.
Ela também foi nomeada Melhor Atriz no Festival Internacional de Cinema de
Seattle de 2003.
No ano seguinte, ela
novamente encontrou sucesso em seu terceiro filme, A Good Lawyer`s Wife
de Im Sang-soo. Com uma mudança brusca em relação à personagem anterior, esse
filme a apresentava como “uma mulher de pensamento livre em um casamento
decadente que começa um caso com seu vizinho adolescente”. Este filme também
foi indicado para o Festival de Cinema de Veneza, e mais tarde ela ganhou o
prêmio de Melhor Atriz do Festival Internacional de Cinema de Estocolmo.
Semelhante ao caso com Oasis, ela conseguiu prêmios de Melhor Atriz em
futuras cerimônias nacionais. Moon
estrelou ao lado de Song Kang-ho em The President`s Barber de 2004, um
filme que ilustra 20 anos da história social moderna coreana através dos olhos
do barbeiro pessoal do presidente Park Chung-hee. Ela assumiu um papel mais
central em seu próximo longa-metragem Sa-kwa, um drama introspectivo sobre uma
mulher que embarca em um novo relacionamento após ser abandonada por seu
namorado de muitos anos. Também em 2005, ela estrelou no drama familiar Bravo, My
Life!, fazendo com que ela voltasse ao período de agitação política da
Coreia do Sul entre as décadas de 1970 e 1980. O próximo filme polêmico de Im
foi A Última Explosão do Presidente, de 2005, “sobre a noite em que o
presidente Park Chung Hee foi assassinado por seu diretor da KCIA”, a principal
agência de inteligência da Coreia do Sul, durante o governo do Conselho Supremo
Militar para Reconstrução Nacional do general Park Chung Hee, um líder
autoritário e ditador da Coreia do Sul, presidente de 1963 a 1979, conhecido
por impulsionar a industrialização e o crescimento económico do país através de
políticas focadas nas exportações, mas também criticado pela repressão política
e violação dos direitos humanos. Os deveres constitucionais originais da KCIA
eram supervisionar e coordenar atividades de inteligência internacionais e
domésticas e investigações criminais das agências de inteligência
governamentais, incluindo as militares.
Os amplos poderes da
agência permitiram que ela interviesse ativamente na política. Os agentes
passam por anos de treinamento e verificações antes de serem oficialmente
introduzidos e receberem suas primeiras atribuições. Além de tentar obter
inteligência sobre a Coreia do Norte e suprimir ativistas sul-coreanos, a ANSP,
como sua antecessora, estava fortemente envolvida em atividades fora de sua
esfera, incluindo política interna e promoção dos Jogos Olímpicos de Verão
de 1988. Durante sua existência, a ANSP se envolveu em vários casos de abuso de
direitos humanos, como tortura, bem como adulteração eleitoral. Em 1999, a
agência assumiu seu nome atual. A mais democrática e atual Sexta República da
Coreia viu uma redução significativa no papel do NIS em resposta às críticas
públicas sobre abusos passados. A polêmica começou antes do lançamento do filme,
embora a exibição para a imprensa já havia sido realizada, com a família do
presidente Park processando a MK Pictures pelo conteúdo do filme. Um tribunal
coreano ordenou a remoção de 3` e 50” de cenas documentais do filme, pois
acreditava-se que cenas ideológicas documentais poderiam confundir o
público, fazendo-o acreditar que era baseado em fatos concretos, o que
Im admite não ser o caso. The Old Garden, o quinto filme de Im, foi
lançado em 2006. Estreou no Festival de Cinema de San
Sebastián de 2006. Seu filme de 2010, The Housemaid, competiu pela Palma
de Ouro no Festival de Cinema de Cannes de 2010.
A atriz Youn Yuh-jung,
uma colaboradora constante, vale lembrar observou que “muitos atores evitam
trabalhar com ele porque ele é provocador e ousado, mas é assim que ele vê o
mundo”. Em 2006, ela interpretou uma professora sexualmente promíscua em Bewitching
Attraction, depois uma irmã rígida em Family Ties, pelo qual ela dividiu o
prêmio de Melhor Atriz com três colegas de elenco no Festival de Cinema de
Tessalônica de 2006, onde seu filme também ganhou como Melhor Filme e Melhor
Roteiro. Moon estrelou na sua primeira série de televisão em 2007, com o drama
histórico de fantasia The Legend. Ela então narrou My Heart Is Not
Broken Yet, um documentário sobre Song Sin-do e seu processo social “de uma
década contra o governo japonês por um pedido oficial de desculpas a suas
colegas que foram mulheres de conforto”. Ela seguiu com o filme esportivo Forever
the Moment, um grande sucesso de 2008, outro drama de TV sobre uma família
de irmãos adultos, e o filme com tema de direitos humanos Fly, Penguin
de 2009. Para promover o Green Film Festival de 2009 em Seul, Kim Tae-yong
trabalhou com Moon no curta-metragem Take Action, Now or Never!, que
tratou de assuntos ligados a economia de energia, ciclismo e uso de lenços quando
seu marido Jang Joon-hwan apareceu em um cameo. Ela também foi uma das quatro
personagens do curta-metragem de Baik Hyun-jhin, The End. Depois de
aparecer em A Little Pond, um drama de 2010 sobre o Massacre de No
Gun Ri durante a Guerra da Coreia, Moon se juntou ao elenco de Ha Ha Ha
de Hong Sang-soo e ganhou o prêmio máximo na seção Un Certain Regard do
Festival de Cinema de Cannes de 2010.
Metodologicamente a
comédia sombria sul-coreana, também reconhecida como “black comedy” ou “dark
comedy”, é um gênero cinematográfico e televisivo que mistura elementos cômicos
com temas sérios e, por vezes, perturbadores socialmente. O gênero se destaca
por usar o humor para abordar situações de violência simbólica, por
vezes cruéis ou socialmente controversas, criando um efeito de poder cômico que
pode ser tanto engraçado quanto desconfortável na vida cotidiana feminina. O
filme estreou na Coreia do Sul em 13 de maio de 2010. Lançado pela Sidus FNH,
estreou em 679 telas e liderou a parada de bilheteria no primeiro fim de semana
com uma receita correspondente a cerca de US$ 5,7 milhões. O número de telas
foi reduzido para 520 após a segunda semana, e The Housemaid caiu para o
segundo lugar na parada, tendo sido ultrapassado por How to Train Your
Dragon, um filme de aventura e fantasia norte-americano de 2025 e um remake
em live-action do filme de animação de 2010, vagamente baseado no romance de
2003 de Cressida Cowell. Produzido pela Universal Pictures, DreamWorks
Animation e Marc Platt Productions, e distribuído pela Universal, o filme foi
escrito e dirigido por Dean DeBlois, que co-escreveu e dirigiu os filmes de
animação. É estrelado por Mason Thames, Nico Parker, Gabriel Howell, Julian
Dennison, Bronwyn James, Harry Trevaldwyn, Peter Serafinowicz e Nick Frost, com
Gerard Butler reprisando seu papel como Stoico, o Imenso dos filmes de
animação. O Box Office Mojo relatou uma receita total de US$ 14.075.390 no
mercado doméstico. O filme teve 2.289.709 admissões no país, o 10º lançamento
doméstico mais assistido do ano. A estreia internacional ocorreu em 14 de maio
em competição no Festival de Cinema de Cannes de 2010.
Bibliografia Geral Consultada.
BECKER, Howard, Los Extraños. Buenos Aires: Editorial Tiempo Contemporâneo, 1971; TOURAINE, Alain, La Produzione della Società. Bolonha: Il Mulino, 1973; Da Ideologia – Althusser, Gramsci, Lukács, Poulantzas. Org. Centre For Contemporary Cultural Studies. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 1983; SALEM, Jean, “Marx et l’atomisme Ancien: La Dissertation de 1841”. In: Annali Della Scuola Normale Superiore Di Pisa. Classe Di Lettere e Filosofia, Volume 25, n° 4, 1995; AUGÉ, Marc, La Guerre des Rêves. Exercices d`Ethno-Fiction. Paris: Éditions du Seuil, 1997; SANTOS, João Bosco Feitosa dos, O Avesso da Maldição do Gênesis: A Saga de Quem Não Tem Trabalho. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 1997; KONDER, Leandro, A Questão da Ideologia. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2002; ARON, Raymond, Le Marxisme de Marx. Paris: Le Livre de Poche, 2004; BOUNANNO, Milly, L’Etat della Télévisione. Esperienze e Teorie. Roma: Edizione Laterza, 2006; MORETTI, Franco, Signos e Estilos da Modernidade: Ensaio sobre a Sociologia das Formas Literárias. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2007; BEST, Ivan, “Jean-Baptiste Say: L’entrepreneur au Centre”. In: Challenges, n° 67, 15 février 2007; DESTUTT de TRACY, Antoine, Oeuvres Complètes. Editeur Claude Jolly. Paris: Librairie Philosophique J. Vrin, 2012; FRAZÃO, Cicero Rommel Sales, A Concepção de Ideologia em Marx. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Mestrado Acadêmico em Filosofia. Centro de Humanidades. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará, 2015; WILLIAMS, Raymond, Televisão: Tecnologia e Forma Cultural. São Paulo; Belo Horizonte: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 2016; SOUZA, André Barcellos Carlos de, Televisão e (Des)razão. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Educação. Faculdade de Educação. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2017; BELLI, Rodrigo Bischoff, O Irracionalismo como Ideologia do Capital: Análise de suas Expressões Ideológicas Fascista e Pós-Modernista. Tese de Doutorado em Ciências Sociais. Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais. Marília: Universidade Estadual Paulista, 2017; MANZANO, Sofia Pádua, Desigualdade e Ideologia: A Nova Missa em Latim. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em História. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2021; JOLLY, Claude, Destutt de Tracy. L’Idéologie Rationnelle. Paris: Editeur Librairie J. Vrin - Bibliothèque des Philosophies, 2024; VANEGAS, Santiago, “A socióloga francesa que se infiltrou nas casas dos ultrarricos para expor como funciona a servidão moderna”. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/08/06/2025; entre outros.
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