“Só a experiência própria é capaz de tornar sábio o ser humano”. Sigmund Freud
Aculturação refere-se à transformação social, cultural e psicológica que ocorre por meio do contato social direto entre duas culturas, em que uma ou ambas se adaptam às influências culturais dominantes sem comprometer suas características distintivas essenciais. Ocorre quando um indivíduo adquire, adota ou se ajusta a um novo ambiente cultural como resultado de ser inserido em outra cultura ou quando entra em contato com outra cultura. Esse processo de equilíbrio pode resultar em uma sociedade mista com características predominantes e combinadas ou com mudanças culturais fragmentadas, dependendo do contexto sociopolítico. Indivíduos de outras culturas buscam se integrar a cultura mais prevalente, incorporando seletivamente aspectos da cultura dominante, como seus traços culturais e normas sociais, enquanto ainda mantêm seus valores e tradições culturais originais. Os impactos sociais da aculturação são vivenciados de forma diferente em vários níveis, tanto pelos adotados da cultura dominante quanto pelos anfitriões da cultura de origem. Os resultados podem incluir marginalização, coexistência respeitosa, tensões destrutivas, integração e evolução cultural. Em nível de grupo, a aculturação resulta em mudanças na cultura, nas práticas religiosas, nos cuidados de saúde e per se em outras instituições sociais. Há também implicações significativas na alimentação, no vestuário e na língua daqueles que são introduzidos à cultura dominante.
Em nível de análise individual,
o processo de aculturação refere-se ao processo de socialização pelo qual
indivíduos nascidos no exterior incorporam os valores, costumes, normas,
atitudes culturais e comportamentos da cultura anfitriã predominante. Esse
processo tem sido associado a mudanças no comportamento diário, bem como a
inúmeras alterações no bem-estar psicológico e físico. Assim como o termo
enculturação é usado para descrever o processo de aprendizagem da primeira
cultura, a aculturação pode ser entendida como a aprendizagem da segunda
cultura. Em circunstâncias naturais comuns no cotidiano atual, a aculturação
ocorre naturalmente ao longo de várias gerações. A força física pode acelerar o
processo em alguns casos, mas não é um componente principal. Mais comumente, a
aculturação se dá por meio de pressão constante e exposição consistente à
cultura dominante. Estudiosos de diferentes disciplinas desenvolveram mais de sessenta
teorias sobre aculturação, embora muitas careçam de rigor acadêmico em suas
propostas. O escopo acadêmico ativo no conceito de aculturação começou
em 1918. Como foi abordado pelos campos da psicologia, antropologia e
sociologia em diferentes épocas, inúmeras teorias e definições surgiram para
descrever elementos do processo aculturativo. Apesar das definições (teorias sociais)
e evidências (empiria) de que a aculturação é um processo de mudança
bidirecional, a teoria e a pesquisa têm se concentrado principalmente nas
adaptações e mudanças das minorias, como imigrantes, refugiados e povos
indígenas, em resposta ao seu contato com a maioria dominante.
A pesquisa
contemporânea, entretanto, tem se concentrado principalmente nas várias
estratégias de aculturação dentro das sociedades, nos fatores que influenciam o
processo de aculturação e nos indivíduos envolvidos, e no desenvolvimento de
intervenções destinadas a facilitar transições mais suaves. A história da
civilização ocidental, e em particular as histórias da Europa e dos Estados
Unidos, são amplamente definidas por padrões de aculturação. Uma das formas
mais notáveis de aculturação é o imperialismo, o progenitor mais comum da
mudança cultural direta. Embora essas mudanças culturais possam parecer
simples, os resultados combinados são robustos e complexos, impactando tanto
grupos e indivíduos da cultura de origem quanto da cultura anfitriã. A aculturação
com dominância tem sido pesquisada por sociólogos, antropólogos e historiadores
praticamente apenas, e principalmente, em um contexto colonial, devido à
dispersão dos povos da Europa Ocidental por todo o mundo nos últimos cinco
séculos. A primeira teoria psicológica da aculturação foi proposta no estudo de
W.I. Thomas e Florian Znaniecki, de 1918, intitulado: “O Camponês Polonês na
Europa e na América”. A partir do estudo de imigrantes poloneses na cidade de
Chicago, Estados Unidos, eles ilustraram três formas de aculturação
correspondentes a três tipos de personalidade: boêmio, adotando a
cultura anfitriã e abandonando sua cultura de origem, filisteu, não
conseguindo adotar a cultura anfitriã, mas preservando sua cultura de origem e criativo,
capaz de se adaptar à cultura anfitriã, preservando a cultura de origem.
Em 1936, Robert
Redfield, Ralph Linton e Melville J. Herskovits forneceram a primeira definição
amplamente utilizada de aculturação como esses fenômenos que resultam quando
grupos de indivíduos com culturas diferentes entram em contato direto contínuo,
com mudanças subsequentes nos padrões culturais originais de um ou ambos os
grupos... sob esta definição, a aculturação deve ser distinguida da...
assimilação, que às vezes é uma fase da aculturação. Muito antes de surgirem os
esforços em prol da integração racial e cultural nos Estados Unidos, o processo
comum era a assimilação. Em 1964, o livro de Milton Gordon, Assimilação na
Vida Americana, delineou sete estágios do processo assimilativo, preparando
o terreno para a literatura sobre o tema. Posteriormente, Young Yun Kim
reiterou o trabalho de Gordon, mas argumentou que a adaptação intercultural é
um processo de múltiplos estágios. A teoria de Kim focava na natureza unitária
dos processos psicológicos e sociais e na interdependência recíproca funcional
do ambiente pessoal. Embora tenha sido a primeira a fundir fatores
micropsicológicos e macrossociais em uma teoria integrada, ela estava
claramente centrada na assimilação, e não na integração racial ou
étnica. Na abordagem de Kim, a assimilação é unilinear e o imigrante
deve se conformar à cultura do grupo para ser “comunicativamente
competente”.
De acordo com Gudykunst e Kim (2003), o “processo de adaptação intercultural envolve uma interação contínua de desculturação e aculturação que provoca mudanças em estrangeiros na direção da assimilação, o mais alto grau de adaptação teoricamente concebível”. Esta visão tem sido fortemente criticada, uma vez que a definição de adaptação na ciência biológica se refere à mutação aleatória de novas formas de vida, não à convergência de uma monocultura (Kramer, 2003). Em oposição ao desenvolvimento adaptativo de Gudykunst e Kim, Eric M. Kramer desenvolveu sua teoria da fusão cultural, mantendo distinções conceituais claras entre assimilação, adaptação e integração. De acordo com Kramer, a assimilação envolve a conformidade a uma forma preexistente. A teoria da Fusão Cultural de Kramer, baseada na teoria dos sistemas e na hermenêutica, argumenta que é impossível para uma pessoa desaprender a si mesma e que, por definição, o “crescimento” não é um processo de soma zero que exige a desilusão de uma forma para que outra surja, mas sim um processo de aprendizagem de novas línguas e repertórios culturais: formas de pensar, cozinhar, brincar, trabalhar, cultuar, etc. Ou seja, na interpretação psicodinâmica de Kramer, não é necessário desaprender uma língua para aprender outra, nem desaprender quem se é para aprender novos padrões de dança, culinária, fala, etc. Kramer discorda de Gudykunst e Kim (2003), respectivamente, ao afirmarem que essa “mistura de língua e cultura” gera complexidade cognitiva, ou seja, a capacidade de alternar entre repertórios culturais. Resumindo, Kramer afirma que aprender é expandir, não desaprender
Evil Does Not Exist (“Hepburn: Aku wa Sonzai Shinai”) tem
como representação social um filme dramático japonês de 2023 escrito e dirigido
por Ryusuke Hamaguchi. Com um elenco de atores não profissionais, o
filme acompanha a relação social de “um pai solteiro que vive em uma vila
afetada por um projeto imobiliário e as consequências que seu desenvolvimento
trará para o meio ambiente local”. Nascido em 16 de dezembro de 1978, é cineasta
e roteirista ex-aluno da Universidade de Tóquio e da Universidade Nacional de
Belas Artes e Música de Tóquio, o qual ganhou reconhecimento internacional com o
filme Happy Hour (2015), Asako I & II (2018) e Wheel of
Fortune and Fantasy (2021), que estrearam nas competições de Locarno, Cannes
e Berlim, respectivamente. Por Drive My Car (2021), Hamaguchi foi
indicado ao 94º Oscar de Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado, o filme representou
a primeira produção japonesa a ser indicada a Melhor Filme e ganhou o prêmio de
Melhor Filme Internacional. Ele seguiu com Evil Does Not Exist (2023),
que também recebeu ampla aclamação da crítica, e do mercado cinematográfico ganhando o Grande Prêmio do Júri
em Veneza. Após se formar na Universidade de Tóquio, Hamaguchi trabalhou na
indústria cultural de filmes comerciais por alguns anos antes de ingressar no
programa de pós-graduação em cinema na Universidade de Artes de Tóquio, foi
influenciado por Kiyoshi Kurosawa, diretor, roteirista, crítico e professor de
cinema na Universidade de Artes de Tóquio. Por mais que ele tenha trabalhado em
vários gêneros, é mais reconhecido pelas suas contribuições ao gênero
terror japonês.
O filme começa com uma extensa paisagem de floresta invernal. O viúvo Takumi vive com sua filha de oito anos, Hana, na pacata vila montanhosa japonesa de Mizubiki. Ele corta lenha, fuma um cigarro, recolhe jarras de água do riacho da floresta e, ocasionalmente, ouve tiros, presumivelmente de caçadores de veados. Em uma reunião comunitária, os moradores são confrontados com uma proposta para a construção de um “acampamento de luxo” (glamping). Takahashi e Mayuzumi, dois representantes da construtora, apresentam o projeto. No entanto, os moradores expressam unanimemente sérias preocupações sobre as consequências que o empreendimento terá em seus frágeis sistemas de água e criticam as táticas de relações públicas dos representantes. Takumi e outros informam que a capacidade de tratamento do esgoto da fossa séptica não é suficiente para o empreendimento planejado e que o esgoto “irá contaminar o lençol freático proveniente de poços”. A empresa é acusada de se preocupar apenas com o lucro como um fim em si e de querer agir de “forma imprudente e rápida para se aproveitar dos subsídios temporários concedidos durante a pandemia.
Takahashi e Mayuzumi
mudam de atitude enquanto ouvem, mas depois de relatarem o resultado da reunião
ao chefe, são rejeitados e instruídos a não mexerem no sistema séptico, mas sim
a seduzir Takumi com presentes e contratá-lo como zelador do acampamento. A
dupla volta para a vila enquanto conversa sobre suas experiências com encontros
online e a desilusão com seus empregos. Eles cortam lenha e almoçam com Takumi.
Takahashi decide ficar na vila para morar lá e aprender o que puder com Takumi.
Durante a viagem, Takumi menciona que, embora cervos selvagens normalmente não
sejam agressivos, um cervo atingido no abdômen ou seus pais podem atacar se não
conseguirem fugir. Outro tiro é ouvido à distância. A filha de Takumi, Hana,
desaparece e a comunidade da vila a procura noite adentro. Takumi e Takahashi
se aventuram na floresta em busca dela e eventualmente chegam a um campo
aberto. Hana é mostrada no campo se aproximando de uma corça e seu filhote, este
último atingido por um tiro no abdômen. Antes que Takahashi possa correr até
ela, Takumi o derruba no chão e o estrangula até que ele desmaie. Hana é vista
deitada imóvel no campo com o nariz sangrando antes de Takumi pegá-la no colo e
correr para a floresta. Takahashi acorda, tenta se levantar, mas cai novamente.
O som de passos e respiração ofegante é ouvido fracamente sobre a imagem da
floresta enquanto ela desaparece na escuridão.
Hamaguchi começou a
trabalhar no filme em janeiro de 2023, com a intenção de que fosse um
curta-metragem de 30 minutos acompanhado por uma trilha sonora ao vivo composta
por Eiko Ishibashi, a produção acabou ficando mais longa à medida que as
filmagens avançavam e Hamaguchi decidiu transformá-la em um longa-metragem com
diálogos. Hamaguchi foi influenciado pela obra de Jean-Luc Godard, que havia
falecido recentemente. Ele e Ishibashi se aproximaram por meio da “linguagem
comum” que encontraram em Godard, cuja obra admiravam por suas qualidades
musicais. Hamaguchi disse: “De certa forma, era uma dimensão que realmente nos
propusemos a buscar. Eu estava pensando em como ele usava som e imagens juntos.
Há também algumas referências visuais a alguns de seus trabalhos. Dito isso,
felizmente ou infelizmente, acho que, no fim das contas, O Mal Não Existe
é um filme muito diferente dos que Godard fez”. A tipografia nos créditos
iniciais lembra a obra de Godard, uma decisão que Hamaguchi tomou no processo
de edição. Metodologicamente a cidade fictícia do filme é uma composição de
várias aldeias que Hamaguchi visitou durante um extenso período de pesquisa
para reunir ideias para o roteiro. Ele atribui essa pesquisa à sua capacidade
de escrever o roteiro rapidamente em cerca de uma semana. A produção durou de
novembro de 2022 até “por volta do início de 2023”. O filme Evil Does Not
Exist foi filmado nas regiões fronteiriças entre as prefeituras de
Yamanashi e Nagano. O filme foi dirigido por Yoshio Kitagawa e teve a correção
de cor realizada por Ryota Kobayashi. Kitagawa utilizou uma Blackmagic Pocket
Cinema Camera 6K G2 com lentes Nikon mais antigas que introduziram alguma
granulação que Kobayashi considerou agradável. As cenas foram iluminadas
principalmente por luz natural, o que ajudou a simular a aparência desejada do
filme Kodak Portra 400. A trilha sonora foi lançada em 28 de junho de 2024 pela
Drag City. Foi mixada e masterizada pelo parceiro de Ishibashi, Jim O`Rourke, com
formação musical que também toca guitarra na trilha sonora.
Yamanashi é uma
prefeitura do Japão localizada região na Chūbu na principal ilha de Honshu. A
sua capital é Kōfu. A prefeitura de Yamanashi localiza-se próximo ao centro da
ilha de Honshu, a principal do Japão, e faz divisa com Tóquio, Kanagawa,
Saitama, Shizuoka e Nagano e tem uma extensão territorial de 4.463 km². Sua
capital Kōfu localiza-se a cerca de 1h30 de Tóquio, utilizando a linha Chuo da
JR (Japan Railway Company), partindo da Estação de “Kōfu” até à Estação de “Shinjū”
em Tóquio. De carro, a viagem demora cerca de 2 horas pela Chuo Expressway. De
ônibus, 2 horas e 10 minutos, utilizando a Chuo Highway Bus partindo da saída Oeste
da Estação de Shinjuku. É cercada por montanhas com 2000 a 3000 metros de
altitude. Aproximadamente 78% do seu território é coberto por florestas e áreas
verdes, incluindo quatro parques nacionais, dentre eles, o Parque Nacional de
Fuji Hakone Izu. Yamanashi tem uma base industrial sustentada em torno da
cidade de Kōfu, a região tem muitas fazendas, caracterizando-se como uma
prefeitura rural. Yamanashi tem uma razoável quantidade de indústrias nos
arredores da cidade de Kōfu, destacando-se o manuseio de joias e a indústria
robótica. Nas áreas vizinhas há várias propriedades rurais, destacando-se as
plantações de uva. É um dos maiores produtores de frutas do país, sendo o
principal produtor interno de uvas, cerejas, pêssegos, ameixas e vinho. É
responsável também por cerca de 40% da produção nacional de água mineral
engarrafada, sendo a maior parte proveniente das regiões próximas dos Alpes do
Sul, Monte Fuji e Mitsutōge.
Em 1877, Masanari Takano e Tatsunori Tsuchiya que aprenderam o ofício e a arte da vinicultura na França, deram início à produção de vinhos na região de Katsunuma na cidade de Koshu. A Katsunuma, acomoda aproximadamente 80 vinícolas cuja produção corresponde a cerca de 30% da produção nacional. No Centro “Budo no oka”, em Katsunuma, há uma exposição permanente da história e documentos que registram a história da produção de vinhos na Prefeitura de Yamanashi. Os vinhos produzidos no Japão têm um sabor peculiar, que os diferencia de outros tipos de vinho. Estes vinhos combinam com pratos japoneses, o que não acontece com a maioria dos vinhos de outros países. Em 1834, um sacerdote xintoísta aprendeu as técnicas de fabricação de bolas de cristais em Kyoto, e trouxe a Yamanashi. Hoje, Kofu, a capital de Yamanashi, é reconhecida internacionalmente por suas técnicas de lapidação e polimento de pedras preciosas, assim como a manufatura de joias. Os artefatos produzidos com pedras semipreciosas e preciosas como cristais, ágata, jade, opala, dentre outros estão sendo amplamente exportados. O Museu de Pedras Preciosas (Houseki Hakubutsukan) que se localiza próximo à Estação JR de Kofu, é o orgulho da cidade. São artefatos feito em couro de veado, estampados com laca (resina de sumagre) que são produzidos exclusivamente em Yamanashi. No início da Era Edo, muitos acessórios feitos em couro eram importados da Índia. No final da Era Edo, porta-níqueis e porta-cigarros já eram produzidos com a técnica “inden”. Atualmente bolsas, carteiras, porta cartão-de-visitas são produzidas em Yamanashi de maneira tradicional, utilizando as técnicas centenárias tanto na produção como na laqueação dos produtos.
Um modo de produção
pré-capitalista só pode ser definido por via das suas superestruturas
políticas, jurídicas e ideológicas, uma vez que são estas que condicionam o
tipo social de coerção extraeconômica que lhes é específico. As formas
jurídicas exatas de dependência, de propriedade e de soberania que caracterizam
uma formação social pré-capitalista, longe de serem apenas epifenômenos
acessórios ou contingentes, constituem pelo contrário os índices principais do
modo de produção determinado que nelas domina. Uma taxonomia escrupulosa e
exata é um pressuposto para a elaboração de uma exaustiva tipologia dos modos
de produção pré-capitalista. É evidente que a complexa imbricação de exploração
econômica com instituições e ideologias extraeconômicas cria modos de produção
possíveis antes do capitalismo do que pode deduzir-se da generalidade relativamente
simples e massiva do próprio modo de produção capitalista, que acabou por ser,
com a época do imperialismo industrial, o seu terminus ad quem comum e
involuntário. Neste sentido, as condições e possibilidades de uma pluralidade
de modos de produção pré-capitalistas posteriores ao tribalismo e ao
escravagismo é inerente ao seu mecanismo de extração de excedentes. Não é por
acaso, afirma Anderson (1984: 474), a uma profunda análise das formas de
propriedade agrária em modos de produção contemporâneos na Europa, na Ásia e na
América refere-se a mudança social no caráter e na posição de propriedade e as
suas relações interligadas com os sistemas políticos, do tribalismo primitivo
ao capitalismo.
Como categoria
analítica social e histórica, o feudalismo foi cunhado pelas Luzes. Mas não
restam dúvidas que Montesquieu, dotado de um sentido histórico muito mais
profundo, andava mais perto da verdade. A investigação moderna descobriu apenas
uma grande região do mundo onde vingou inegavelmente um modo de produção
comparável ao da Europa. No outro extremo da massa continental eurasiana, para
além dos impérios orientais familiares ao Iluminismo, as ilhas do Japão haviam
de revelar um panorama social vivamente evocador do passado medieval para os
viajantes e observadores europeus do final do século XIX, depois que a chegada
do comodoro Perry à baía de Yokoama, em 853, por fim ao seu longo isolamento do
mundo exterior. Pouco mais de uma década passada, é o próprio Marx que comenta
em O Capital, publicado ante da restauração Meiji: - “O Japão, com sua
organização puramente feudal de propriedade fundiária, e a sua petite culture
desenvolvida, dá-nos um retrato mais fiel da Idade Média europeia do que todos
os nossos livros de história”. A opinião sociológica dos teóricos concorda
quase que unanimemente em considerar que o Japão foi lugar histórico de um
autêntico feudalismo. O interesse feudal do Extremo Oriente reside na análise
comparativa desde a sua distinta combinação de similaridades estruturais e
divergências relativamente à evolução em conjunto da sociedade europeia.
O feudalismo japonês, que surgiu como um modo de produção desenvolvido a partir do século XIX-XV e após um longo período de incubação, caracterizava-se essencialmente pela mesma conexão fundamental do feudalismo europeu: a fusão de vassalagem, benfeitoria e imunidade num sistema de feudo que constituía a estrutura político-jurídica de base que permitia a extração ao produtor direto de um sobre-trabalho. As relações sociais entre serviço militar, propriedade fundiária condicional e jurisdicional senhorial reproduziram-se fielmente no Japão. Igualmente perante a hierarquia escalonada entre senhor, vassalo e sub-vassalo, constituindo uma cadeia de suserania e dependência. A classe dirigente hereditária, era formada por uma aristocracia de cavaleiros; o campesinato encontrava-se juridicamente vinculado ao solo, numa réplica próxima da servidão da gleba. Naturalmente, o feudalismo japonês possuía também características próprias locais, que contrastavam com o feudalismo europeu. As condições técnicas da cultura do arroz ditavam uma estrutura diferente das aldeias, de que era ausente o sistema se assolamento trienal. Por sua vez, o domínio senhorial japonês raramente continha uma reserva ou residência. O pacto feudal era menos contratual e específico do que na Europa: os deveres do vassalo eram mais imperativos.
Dentro do peculiar
equilíbrio entre honra e subordinação, reciprocidade e desigualdade, que
marcava a ligação feudal, a variante japonesa pendia acentuadamente para o
segundo termo. Embora a organização clânica estivesse ultrapassada, como em
todas as verdadeiras formações sociais feudais, o expressivo “código” da
relação senhor-vassalo era ditado pela linguagem de parentesco, mais do que por
elementos da lei: a autoridade do senhor sobre o seu subalterno era mais
patriarcal e indiscutível do que na Europa. Era-lhe estranho o conceito de
felonia senhorial; não havia tribunais de vassalos; e o sistema jurídico
manteve-se de uma maneira geral, muito limitado. A mais importante das
consequências gerais do maior autoritarismo e do conteúdo assimétrico das relações
hierárquicas entre os senhores no Japão foi a ausência de um sistema de cortes,
quer a nível regional, que a nível nacional. É esta, sem dúvida, a mais
importante linha divisória ente os feudalismos japonês e europeus,
considerados enquanto estruturas fechadas. Na realidade, essa parcelarização da
soberania atingiu no Japão Tokugawa uma forma mais organizada, estável e
sistemática do que jamais conheceu qualquer país da Europa; e a propriedade
privada escalonada da terra foi universal no Japão do que na Europa medieval,
já que o Japão rural desconhecia os alódios. O paralelismo de base entre as
duas grandes experiências, nos extremos opostos do continente eurasiano, havia
de receber a confirmação mais convincente do destino de cada uma delas. Os
caracteres históricos e sociais que compõem o nome Japão significam “Origem do
Sol”, razão pela qual o Japão é muitas vezes identificado como a “Terra do Sol
Nascente”. O nome japonês Nippon é usado de forma oficial tradicional,
inclusive no dinheiro japonês, selos postais e para muitos eventos esportivos
internacionais. Nihon é um termo percebido senso mais casual e mais
frequentemente utilizados no discurso contemporâneo.
Tanto Nippon quanto
Nihon, significam “origem do Sol” e muitas vezes são traduzidos como a “Terra
do Sol Nascente”. Esta nomenclatura vem das missões do Império com a dinastia
chinesa Sui e refere-se à posição a Leste do Japão em relação à China. Foi durante
o século XVI que comerciantes e missionários portugueses chegaram ao Japão pela
primeira vez, dando início a um intenso período de trocas linguísticas,
culturais e comerciais. No Japão, os portugueses praticaram pari passu o
comércio e a evangelização. Os missionários, principalmente os sacerdotes da
Companhia de Jesus, levaram a cabo um intenso trabalho disciplinar de missão em
cerca de 100 anos de presença portuguesa no Japão. Em 1582 a comunidade cristã
no país chegou a ascender a 150 mil cristãos no Japão e 200 igrejas. Toyotomi
Hideyoshi deu continuidade ao governo de Oda Nobunaga e unificou o país em
1590. Depois da morte de Hideyoshi, o regente Tokugawa Ieyasu
aproveitou-se de sua posição para ganhar apoio político e militar. Quando a
oposição deu início a uma guerra, ele a venceu em 1603 na Batalha de
Sekigahara. Tokugawa fundou um novo xogunato, um sistema de governo
predominante no Japão de 1192 a 1867, com capital em Edo e expulsou os
portugueses e restantes estrangeiros, dando início à perseguição dos católicos
no país, tidos como subversivos, com uma política reconhecida como sakoku, a
política externa isolacionista japonesa. A perseguição aos cristãos japoneses
fez parte desta política, levando esta comunidade à conversão forçada ou mesmo
à morte, como é o caso dos 26 Mártires do Japão.
Neste período o Japão
era uma sociedade feudal bem desenvolvida com tecnologia pré-industrial. Era
mais povoado do que qualquer país ocidental e tinha no século XVI 26 milhões de habitantes. Um fato social
ainda mais revelador, é que o Japão do fim do feudalismo reconheceu um nível de
urbanização sem equivalente, exceto na Europa contemporânea: no princípio do
século XVIII, a sua capital, Edo, era maior do que Londres ou Paris, e talvez
um em cada dez japoneses vivia em cidades de mais de 10 mil habitantes. E há
que notar também que o esforço educacional do país suportava bem a comparação
com as mais desenvolvidas nações da Europa ocidental: no limiar da “abertura”
japonesa ao Ocidente, cerca de 40% a 50% da população masculina adulta
estava alfabetizada. O êxito e a rapidez impressionantes com que o capitalismo
industrial foi implantado no Japão pela restauração Meiji tiveram os seus
pressupostos históricos determinados no avanço ímpar da sociedade que foi
herdeira do feudalismo de Tokugawa. Quando a esquadra da Perry aportou a
Yokohama, em, 1853, o fosso histórico entre o Japão e as potências
euro-americanas que o ameaçavam era, apesar de tudo, enorme. A agricultura
japonesa encontrava-se notavelmente comercializada ao nível da distribuição,
mas muito menos ao nível da própria produção. Os tributos feudais, coletados em
espécie, contavam ainda para o total do sobre-produto, embora acabassem por ser
convertidos em moeda: a produção agrícola direta para o mercado era subsidiária
dentro da economia. sistema de governo predominante no Japão de 1192 a 1867,
baseado na crescente autoridade do xógum, supremo líder militar, que terminaria
por submeter até a autoridade do imperador. A retomada do poder imperial
determinou o encerramento do feudalismo baseado no xogunato, a abertura do país
ao exterior e o início de sua ocidentalização.
Em outras palavras,
nada de comparável ao Renascimento tocar em terra japonesa. É lógico que a
estrutura do Estado tivesse uma forma rígida e fragmentária. O Japão teve uma
longa e rica experiência de feudalismo, mas nunca produziu um absolutismo no
sentido conceitual. O shogunato Tokugawa, que governou as ilhas durante os
últimos duzentos e cinquenta anos da sua existência, até a intrusão do ocidente
industrializado, assegurou uma paz prolongada e manteve uma ordem disciplinar
rigorosa: o seu regime era, porém, a negação do Estado absolutista. O shogunato
não mantinha monopólios coercivos no Japão: os senhores regionais mantinham os
seus próprios exércitos, cujo total era superior aos das tropas da casa
Tokugawa. Não impunha uma legislação uniforme, os seus decretos cobriam apenas
um quinto ou um quarto do território. Não possuía uma administração competente
para o total da sua área de suserania: todos os feudos importantes tinham as
suas próprias administrações separadas e autônomas. Não coletava impostos nacionais,
estando três quartos do território fora do seu alcance fiscal. Não tinha
diplomacia, pois o isolamento oficial e social impedia o estabelecimento de
relações com o mundo exterior. Exército, fisco, administração, direito,
diplomacia, comparados, faltavam no Japão todos esses complexos institucionais
que são chave explicativa e processual do contexto do absolutismo europeu. A
distância política neste aspecto histórico e social entre o Japão e o
continente europeu as duas pátrias do feudalismo, manifestava e simbolizava a
profunda divergência nas suas evoluções históricas. Torna-se necessária e
instrutiva uma comparação teórica e histórica não da “natureza”, mas da
“posição” do feudalismo nestas trajetórias sociais e políticas.
O filme de formatura, de
Ryusuke Hamaguchi, Passion, foi selecionado para a competição do Tokyo
Filmex de 2008. Com Kō Sakai, ele fez um documentário em três partes sobre
sobreviventes do terremoto e tsunami de Tōhoku
de 2011, com Voices from the Waves sendo selecionado para a
competição no Festival Internacional de Cinema Documentário de Yamagata de 2013,
e Storytellers ganhando o Prêmio Sky Perfect IDEHA, também reconhecido
como Prêmio IDEHA, é concedido no âmbito de festivais de cinema, notavelmente o
Festival Internacional de Documentários de Yamagata (Yamagata International
Documentary Film Festival), no Japão. O prêmio é patrocinado pela SKY Perfect
JSAT Corporation, uma grande empresa japonesa de comunicações via satélite e
televisão por assinatura, que está envolvida em várias iniciativas culturais e
de negócios de mídia. Seu próximo filme, Happy Hour, foi desenvolvido
inicialmente enquanto Hamaguchi era artista residente no KIITO Design and
Creative Center Kobe em 2013. Surgiu de uma oficina de improvisação de atuação
que ele ministrou para não profissionais, com muitos dos atores do filme tendo
participado da oficina. As quatro atrizes principais dividiram o prêmio de
melhor atriz e o filme recebeu uma menção especial por seu roteiro no Festival
de Cinema de Locarno de 2015.
Hamaguchi também
recebeu um prêmio especial do júri no Japan Movie Critic Awards de 2016,
bem como um prêmio de melhor estreante na categoria de cinema do Geijutsu
Sensho Awards da Agência de Assuntos Culturais naquele ano. Seu filme
Asako I & II foi selecionado para competir pela Palma de Ouro no
Festival de Cinema de Cannes de 2018. Em 2021, Hamaguchi ganhou o Urso de Prata
no Festival de Berlim com seu filme “Wheel of Fortune and Fantasy”. No mesmo
ano, “Drive My Car” conquistou os prêmios de Melhor Filme do Círculo de
Críticos de Cinema de Nova York, da Sociedade de Críticos de Cinema de
Boston e da Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles, além do
prêmio de “Melhor Filme em Língua Não Inglesa” no Globo de Ouro. Hamaguchi foi
indicado ao Oscar de Melhor Diretor por “Drive My Car”, tornando-se o terceiro
diretor japonês a alcançar tal feito. Em 2023, seu filme Evil Does Not Exist
recebeu o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cinema de Veneza. No mesmo ano,
ele lançou o filme Gift, que usa as mesmas filmagens de Evil Does Not
Exist, embora com uma história social diferente e é acompanhado por uma
trilha sonora ao vivo. O filme foi selecionado para competir pelo Leão de Ouro
no 80º Festival Internacional de Cinema de Veneza, onde pari passu ganhou
o Grande Prêmio do Júri e o Prêmio FIPRESCI da Federação Internacional de
Críticos de Cinema. Foi premiado ipso facto como Melhor Filme no
Festival de Cinema de Londres do BFI de 2023. O cinema de Londres refere-se
principalmente ao BFI Southbank, o principal cinema de repertório do Reino
Unido na margem Sul de Londres, e ao grande BFI London Film Festival (LFF), um
evento anual em outubro que celebra o cinema mundial, organizados pelo British
Film Institute (BFI).
Vale lembrar que o epicentro do terremoto e tsunami de Tōhoku de 2011, ocorreu a 130 km da costa Leste da península de Oshika, na região de Tohoku, com o hipocentro situado a uma profundidade de 24,4 km. O sismo atingiu o grau 7, a magnitude máxima da escala de intensidade sísmica da Agência Meteorológica do Japão, ao Norte da Prefeitura de Miyagi, grau 6 em outras prefeituras e 5 em Tóquio. O sismo provocou alertas de tsunâmi e evacuações na linha costeira japonesa do Pacífico e ao menos 20 países, incluindo a costa do Pacífico da América do Norte e América do Sul. Provocou também ondas de tsunâmi de mais de 10 m de altura, que atingiram o Japão e outros países. No Japão, as ondas percorreram mais de 10 km de terra. Para as autoridades, houve 19 759 mortes confirmadas e mais de 2 500 pessoas ainda desaparecidos. O sismo causou danos substanciais ao Japão, incluindo a destruição de rodovias e linhas ferroviárias, assim como incêndios em várias regiões, e o rompimento de uma barragem. Aproximadamente 4,4 milhões de habitantes no Nordeste do Japão ficaram sem energia elétrica, e 1,4 milhão sem água. Muitos geradores deixaram de funcionar e dois reatores nucleares foram danificados, o que levou à evacuação imediata das regiões atingidas enquanto um estado de emergência era estabelecido. A Central Nuclear de Fukushima I sofreu uma explosão 24 horas depois do primeiro sismo, e apesar do colapso da contenção de concreto da construção, a integridade do núcleo interno não teria sido comprometida. Terremotos ocorrem quase que diariamente no Japão, que se localiza na junção de várias placas tectônicas em constante movimentoː do Pacífico, norte-americana, eurasiática e das Filipinas. Estima-se que a magnitude do sismo de Sendai faça deste o maior sismo já registrado no Japão e um dos sete maiores do mundo desde que os registros modernos começaram a ser compilados. Hamaguchi se referiu a si mesmo como “puramente um cinéfilo” e “convencionalmente apaixonado por filmes de Hollywood” e influenciado pelas obras de John Cassavetes.
John Nicholas
Cassavetes (1929-1989) foi um cineasta e ator norte-americano. Ele começou como
ator no cinema e na televisão antes de ajudar o pioneirismo do cinema
independente americano moderno como roteirista e diretor, muitas vezes
autofinanciando, produzindo e distribuindo seus próprios filmes. Ele recebeu
indicações para três Oscars, dois BAFTA Awards, quatro Globos de Ouro e um Emmy
Award. Após estudar na American Academy of Dramatic Arts, Cassavetes iniciou
sua carreira na televisão atuando em diversos dramas de emissoras locais. De
1959 a 1960, interpretou o papel principal na série policial da NBC, Johnny
Staccato. Atuou em filmes notáveis, como o filme noir de Martin Ritt, Edge
of the City (1957), o filme de guerra de Robert Aldrich, The Dirty Dozen
(1967), o filme clássico de terror de Roman Polanski, Rosemary`s Baby
(1968), e o drama policial de Elaine May, Mikey and Nicky (1976). Por The
Dirty Dozen, recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Como
diretor, Cassavetes ficou reconhecido por uma série extraordinária de dramas
independentes aclamados pela crítica, incluindo Sombras (1959), Faces
(1968), Maridos (1970), Uma Mulher Sob Influência (1974), Noite
de Estreia (1977) e Correntes de Amor (1984). Seus filmes empregavam
uma abordagem centrada no ator, que priorizava as relações cruas entre os
personagens e os “sentimentos sutis”, rejeitando a narrativa tradicional de
Hollywood, o método de atuação e a estilização. Seus filmes ficaram associados
a uma estética de improvisação e a um estilo de “cinema verdade”. Ele recebeu
indicações ao Oscar de Melhor Roteiro Original (Faces) e Melhor Diretor
(Uma Mulher Sob Influência). Foi dito que o cerne de seus filmes contém “angústia
confusa [que] santifica”.
Bibliografia Geral Consultada.
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