segunda-feira, 8 de julho de 2024

Candy Dulfer - Saxofonista & Saxuality, Pulsações de Jazz Holandês.

                                                                        O fundamento do tempo é a memória”. Gilles Deleuze

Jazz representa uma manifestação artístico-musical originária de comunidades de Nova Orleães, nos Estados Unidos da América. Tal manifestação singular teria surgido no final do século XIX na região de Nova Orleães, tendo origem na cultura popular e na criatividade das comunidades negras, um de seus lugares de desenvolvimento mais importantes. O jazz se desenvolveu com a mistura de várias tradições religiosas, em particular a afro-americana. Esta nova forma de se fazer música incorporava blue notes, chamada e resposta, forma sincopada, polirritmia, improvisação e notas com swing do ragtime. Os instrumentos musicais básicos para o Jazz são aqueles usados em bandas marciais e bandas de dança: metais, palhetas e baterias. No entanto, o jazz, em suas várias formas, aceita praticamente todo tipo de instrumento. As origens da palavra “jazz”, entretanto, são incertas. A palavra tem suas raízes na gíria norte-americana e várias derivações como populares. O jazz não foi aplicado como música até por volta da década de pós-guerra de 1915. Earl Hines (1903-1983) que se tornou celebrado músico de jazz, costumava dizer, não por acaso que estava “tocando o piano antes mesmo da palavra jazz ser inventada”.

            Nova Orleães, também referida como Nova Orleans ou em inglês: New Orleans, e em francês: La Nouvelle-Orléans, é a cidade mais populosa do estado norte-americano da Luisiana. Foi fundada originalmente por exploradores franceses com o nome de Nouvelle Orléans, e está localizada no Sudeste do estado, ao Sul do Lago Pontchartrain, no ponto mais baixo do estado. A cidade é coexistente com a Paróquia de Orleães. Com quase 384 mil habitantes, de acordo com o censo nacional de 2020, é a 53ª cidade mais populosa do país. Pouco mais de 8% da população total da Luisiana vive em Nova Orleães. Sua região metropolitana possui mais de 1,2 milhão de habitantes. A cidade foi fundada em 1718 por Jean-Baptiste Le Moyne de Bienville, um colonizador e representante do governo da França na Louisiana, indicado várias vezes no período de 1701-1743. Ele era o irmão mais novo do explorador Pierre Le Moyne d`Iberville. Era reconhecido por Sieur de Bienville. É o fundador da atual cidade de New Orleans.

Moyne foi o governador da colônia francesa de Luisiana. A cidade foi assim nomeada em homenagem a Filipe II, Duque d'Orleães, que era então o regente e o chefe de estado da França à época em que Nova Orleães foi fundada. Ela se tornou a capital da Luisiana em 1722. A cidade é o centro portuário mais movimentado do Estados Unidos, e o quarto mais movimentado do mundo, graças à sua localização próxima ao Golfo do México e do Rio Mississippi, fazendo da cidade um polo de conexão para produtos que são importados/exportados para a América Latina. Além disso, a indústria petroleira é também de grande importância para a economia da cidade. Esta indústria é forte na cidade graças a vários postos de extração de petróleo localizados próximos à cidade, ao longo da Costa do Golfo. O turismo também é uma fonte de renda primária da cidade. Nova Orleães possui vários cognomes, que descrevem diversas características da cidade. Entre elas, as mais reconhecidas são: The Crescent City, descrevendo sua ecologia ao longo do Rio Mississippi, The Big Easy, que é uma referência feita por músicos, graças à relativa facilidade de encontrar um emprego na cidade e The City that Care Forgot, associada com a natureza cultural dos habitantes da cidade. O lema de Nova Orleães, não-oficialmente, mas muito citado, é por extensão “Laissez les bons temps rouler”.  


Saxuality é o álbum de estreia da saxofonista alto holandesa Candy Dulfer. Algumas versões do álbum incluem o single de sucesso mundial “Lily Was Here” (1957) com Dave Stewart. A Billboard 200 é uma parada de discos que classifica os 200 Álbuns de músicas e EPs mais populares nos Estados Unidos. É publicado semanalmente pela revista Billboard para transmitir a popularidade de um artista ou grupos de artistas. Às vezes, uma gravação é lembrada por seus “números um”, que superaram todos os outros álbuns durante pelo menos uma semana. A parada cresceu de uma lista semanal dos 10 melhores em 1956 para se tornar uma lista dos 200 melhores em maio de 1967, adquirindo seu nome existente em março de 1992. Seus nomes anteriores incluem Billboard Top LPs (1961-1972), Billboard Top LPs & Fita (1972-1984), Top 200 álbuns da Billboard (1984–1985), uma revista semanal norte-americana da Prometheus Global Media especializada em informações sobre a indústria musical e Melhores álbuns pop da Billboard (1985–1992). The Official UK Albums Chart tem como representação uma lista de álbuns classificados por vendas e streaming de áudio no Reino Unido, formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, nação insular situada geograficamente no Noroeste da Europa.

A Inglaterra, local de nascimento de Shakespeare e dos Beatles, abriga a capital, Londres, um centro financeiro e cultural globalmente influente. Também na Inglaterra, ficam o neolítico Stonehenge, as termas romanas de Bath e as centenárias universidades de Oxford e Cambridge. Foi publicado pela primeira vez em 22 de julho de 1956 e é compilado semanalmente pela Official Charts Company (OCC) às sextas-feiras (anteriormente domingos). É transmitido pela BBC Radio 1 (top 5) e encontrado no site da OCC como Top 100 ou no UK Charts Plus como Top 200, com posições continuando até que todas as vendas comerciais tenham sido rastreadas em dados disponíveis apenas para especialistas do setor. O álbum principalmente instrumental estreou em quarto lugar na parada de álbuns holandeses e foi consagrado obtendo o certificado Ouro. O álbum atingiu a 22ª posição na extraordinária Billboard 200 dos Estados Unidos da América, a 27ª posição na UK Albums Chart e vendeu mais de um milhão de cópias em todo o mundo. Foi indicado ao Grammy Award de Melhor Álbum de Jazz Contemporâneo. O álbum foi promovido por uma turnê na Europa e nos Estados Unidos da América.

Dialeticamente é per se uma cidade reconhecida pelo seu legado tendencialmente multicultural, especialmente influências as mediações culturais francesas, espanholas e afro-americanas, e comumente tanto pela sua música e quanto pela sua culinária. Nova Orleães é um destino turístico internacional mundialmente famoso graças aos seus vários festivais de arte e cultura. Entre elas, as mais importantes são o Mardi Gras, Jazz Fest, Southern Decadence, e o popular festival de futebol americano Sugar Bowl. Desde o começo do seu desenvolvimento, no início do século XX, o jazz produziu uma grande variedade de subgêneros, como o dixieland da década de 1910, o Swing das Big bands das décadas 1930 e 1940, o bebop de meados da década de 1940, o jazz latino das décadas de 1950 e 1960 e o fusion que progride nas décadas de 1970 e 1980. Devido à sua divulgação mundial, o jazz se adaptou a muitos estilos musicais locais, obtendo, assim, uma grande variedade melódica, harmônica e rítmica. Como o termo “jazz” tem, desde longa data, sido usado para uma grande variedade de estilos, uma definição abrangente que incluísse todas as variações é dificilmente de ser encontrada. Entretanto, enquanto alguns entusiastas de tipos sociais de jazz têm situado definições menos amplas, que excluem outros tipos sociais, que são habituais descritas como “jazz”, os próprios jazzistas vezes relutantes quanto a definição da música que são executadas. 

Duke Ellington dizia, “é tudo música”. Alguns críticos de jazz tem dito que a música de Ellington não era de fato jazz, como a sua própria definição, segundo esses comentaristas, o jazz não pode ser orquestrado. Por outro lado, os 20 solos de Earl Hines “versões modificadas” das composições de Duke Ellington. Em “Earl Hines Plays” Duke Ellington gravado por volta dos anos 1970, foi descrito por Ben Ratliff, crítico do New York Times, como “um exemplo tão bom do processo de jazz quanto qualquer outra coisa que temos”. Há bastante tempo existem debates na “comunidade do jazz” sobre a definição e as fronteiras do jazz. Em meados da década de 1930, amantes do jazz de Nova Orleans criticaram as inovações da Era do Swing como contrárias a improvisação coletiva, eles pensavam nisso como essencial para a natureza e primazia do verdadeiro jazz. Pelas décadas de 1940, 50 e 60, eram ouvidas críticas dos entusiastas do jazz tradicional e dos fãs do BeBop, na maioria das vezes dizendo que o outro estilo não era, de alguma forma, o jazz autêntico. A alteração ou transformação do jazz por novas influências tem sido desde o princípio aparentemente vista como degradação. Antropologicamente Andrew Gilbert, com formação de antropóloga sociocultural especializada em etnografia multissensorial e multimodal, design de pesquisa experimental e colaborativa e políticas de transformação social em contextos de convulsão histórica, e do ponto de vista do afeto político afirma que o jazz tem a “habilidade de absorver e transformar influências” de diversos estilos musicais.

Candy Dulfer nasceu em Amsterdam em 19 de setembro de 1969. É uma extraordinária saxofonista de jazz holandesa que começou a tocar saxofone aos 6 anos de idade. Ela fundou sua banda, chamada de Funky Stuff, aos quatorze anos de idade. Seu álbum de estreia, lançado em 1990 e intitulado: “Saxuality” recebeu uma indicação ao prêmio Grammy. Ela gravou músicas com vários músicos notáveis, como seu pai Hans Dulfer, um músico de jazz holandês que toca saxofone tenor Prince, cantor, compositor, multi-instrumentista, produtor, ator, filantrópico e dançarino norte-americano, Dave Stewart, músico britânico, reconhecido pelo seu trabalho nos Eurythimics, René Froger, começou sua carreira trabalhando com Ted de Braak e Mini en Maxi e em 1987 lançou seu primeiro single, Love Leave Me, Sir Van Morrison, cantor e compositor britânico, natural da Irlanda do Norte e Maceo Parker, cantor e saxofonista norte-americano de soul, funk e jazz. Também fez uma participação como saxofonista na música “Shine On You Crazy Diamond” da banda Pink Floyd, no show Live at Knebworth realizado na cidade inglesa de Knebworth em 1990. Ela foi a apresentadora da série: “Candy meets...” (2007), onde entrevistava músicos. Seu estilo enquadra-se na trajetória musical do pop e Smooth jazz. Hans Dulfer precursor no saxofone é o pai da saxofonista Candy Dulfer e os dois trabalharam juntos no álbum Dulfer & Dulfer.

A principal definição de “confiança” no Oxford English Dictionary é descrita como “crença ou crédito em alguma qualidade ou atributo de uma pessoa ou coisa, ou a verdade de uma afirmação”, e esta definição proporciona um ponto de partida útil. “Crença” e “crédito” estão claramente ligados de alguma forma à “fé”, da qual, seguindo Simmel, mas embora reconhecendo que a fé e confiança são intimamente aliadas, Niklas Luhmann faz uma distinção entre as duas que é a base de sua obra sobre o tema. A confiança, diz ele, deve ser compreendida especificamente em relação ao risco, um termo que passa a existir apenas no período moderno. A noção se originou com a compreensão de que resultados inesperados podem ser uma consequência de nossas próprias atividades ou decisões, ao invés de exprimirem significados ocultos de natureza ou intenções inefáveis da Deidade. Mas “risco”, substitui em grande parte o que antes era pensado como fortuna (fortuna ou destino) e torna-se separado das cosmologias. A confiança pressupõe, segundo Giddens, consciência das circunstâncias de risco, o que não ocorre com a crença. Tanto a confiança como comparativamente a crença se referem a expectativas que podem ser frustradas ou desencorajadas. A crença, como Niklas Luhmann a emprega, no âmbito da sociologia do direito, se refere a atitude mais ou menos certa de que as coisas similares permanecerão estáveis.

 Quando se trata da questão de confiança, o indivíduo considera conscientemente as alternativas para seguir um curso específico de ação. Alguém que compra um carro usado, ao invés de um novo, “arrisca-se a adquirir uma dor de cabeça”. Ele ou ela deposita confiança na pessoa do vendedor ou na reputação da firma para tentar evitar que isto ocorra. Deste modo, um indivíduo que não considera alternativas está numa situação de crença, enquanto alguém que reconhece essas alternativas e tenta calcular os riscos assim reconhecidos, engaja-se em confiança. Numa situação de crença, uma pessoa reage ao despontamento culpando outros, em circunstâncias de confiança ela ou ele deve assumir parcialmente a responsabilidade e pode “se arrepender de ter depositado confiança em alguém ou algo”. A distinção entre confiança e crença depende de a possibilidade de frustração ser influenciada pelo próprio comportamento prévio da pessoa e, portanto, de uma discriminação correlata “entre risco e perigo”. Isto é, Luhmann alega a possibilidade de separar risco e perigo deve derivar de características sociais da modernidade. Ela surge, essencialmente, de uma compreensão do fato de que a maioria das contingências que afetam a atividade humana são humanamente criadas, “e não meramente dadas por Deus ou pela natureza”. A abordagem sociológica é importante e dirige nossa atenção para várias discriminações conceituais que deve ser feita na compreensão da confiança.  O que indica isto em termos de confiança pessoal?

A resposta a esta questão segundo o sociólogo Anthony Giddens, é fundamental para a transformação da intimidade no século XX. A confiança em pessoas não é enfocada por conexões personalizadas no interior da comunidade local e das redes de parentesco. A confiança pessoal torna-se um projeto, a ser “trabalhado” pelas partes envolvidas, e requer a abertura do indivíduo para o outro. Onde ela não pode ser controlada por códigos normativos fixos, a confiança tem que ser ganha, e o meio de fazê-lo consiste em abertura e cordialidade demonstráveis. Nossa preocupação peculiar com “relacionamentos”, no sentido em que a palavra é agora tomada, é expressiva deste fenômeno. Relacionamentos são laços baseados em confiança, onde a confiança não é pré-dada, mas trabalhada, e onde o trabalho envolvido significa um processo mútuo de autorrevelação. A confiança pessoal, por conseguinte, tem que ser estabelecida através do processo de autoquestionamento: a descoberta de si torna-se um projeto diretamente envolvido com a reflexividade na modernidade sociológica. Para Christopher Lasch, por outro lado: - conforme o mundo vai assumindo um aspecto cada vez mais ameaçador, a vida torna-se busca de bem-estar através de exercícios, dietas, drogas, regimes espirituais de vários tipos sociais, autoajuda psíquica e especificamente a psiquiatria.

Saxofone, também conhecido popularmente como sax, é um instrumento de sopro patenteado em 1846 pelo belga Adolphe Sax, um respeitado fabricante de instrumentos, que viveu na França no século XIX. Os saxofones são instrumentos transpositores, ou seja, a nota escrita não é a mesma nota que ouvimos (som real ou nota de efeito). A maior parte dos saxofones são em Si (como o saxofone tenor) ou em Mi (como o saxofone alto e o barítono). O soprano é normalmente em Si. Ao contrário de muitos dos modos de instrumentos tradicionais, que para chegar aos seus formatos atuais foram evoluídos de instrumentos mais antigos, dos quais muitas vezes não se conhece o inventor, o saxofone foi um instrumento deliberadamente inventado. Seu inventor foi o belga Antoine Joseph Sax, mais reconhecido pela alcunha de Adolphe Sax. Filho de um fabricante de instrumentos musicais, Adolphe Sax aos 25 anos foi morar em Paris, onde começou a trabalhar no projeto de novos instrumentos. Adolphe Sax nasceu em Dinant, Bélgica. O pai, Charles-Joseph Sax (1791-1865) era construtor de instrumentos. Cedo, começou a construir os seus instrumentos. Quando deixou a escola, Sax começou as experiências para descobrir novos instrumentos. A sua primeira invenção importante foi um melhoramento no clarinete baixo, que patenteou com apenas 20 anos de idade.

Em 1840, inventou o instrumento musical saxofone. Em 1841, Sax mudou-se para Paris, onde continuou a trabalhar na construção e invenção de instrumentos. A sua invenção mais famosa foi o saxofone, destinada a ser usado nas bandas militares. O instrumento tem o corpo metálico com uma palheta de madeira, semelhante ao clarinete. O compositor Hector Berlioz (1803-1869) escreveu aprovando o novo instrumento em 1842, mas Sax apenas patenteou o instrumento em 1846, depois de desenhar e construir toda a família de saxofones (do soprano ao contrabaixo). A partir de 1867, Sax foi professor do conservatório de Paris. Ao adaptar uma boquilha semelhante à do clarinete a um oficleide, Sax teve a ideia de criar o saxofone. A data exata da criação do instrumento tornou-se reconhecida em 28 de junho de 1841. Historicamente diversas modificações técnicas e sociais foram realizadas, como a “chave de registro automática”, introduzida no início do século XX em substituição às “duas chaves de registro” que deveriam ser alternadas manualmente pelo instrumentista. Entretanto, as características gerais do instrumento permanecem as mesmas dos originais criados por Adolphe Sax. Quer dizer, o saxofone é um instrumento fabricado em metal, geralmente latão, com chaves, numa mecânica semelhante comparativamente à do clarinete e à da flauta. É composto basicamente por um tubo cônico, com cerca de 26 orifícios que têm as aberturas controladas por cerca de 23 chaves vedadas com sapatilhas feitas de couro e uma boquilha que pode ser de metal ou igualmente de resina, na qual se acoplam, em particular, uma palheta de bambu ou contemporaneamente de material sintético.

A família do saxofone é extensa. Todos os membros compartilham a mesma digitação e a escrita é sempre em clave de sol, variando a transposição de acordo com o registro do instrumento. Dentre os sete instrumentos originalmente produzidos (família de Banda militar dos saxofones), há: Saxofone sopranino - É o segundo membro mais agudo da família dos saxofones (atrás somente do recém criado saxofone sopraníssimo, também conhecido como Saxofone soprillo). É afinado em E ou, raramente, em F. Seu corpo é reto. Saxofone soprano - É o integrante mais agudo do quarteto de saxofones clássico. Afinado em B. Há também sopranos afinados em C, mas são muito raros. O tradicional é o de corpo reto, mas há também sopranos curvos. Alguns possuem uma chave a mais para o alcance do A mais agudo. Saxofone alto - Um dos tipos mais comuns de saxofone. De registro médio-agudo, tem a tessitura próxima à da viola. É afinado em E. Saxofone tenor - Também é um instrumento muito comum. Tem registro médio-grave. Afinado em B. Há os afinados em C-melody, que não trataremos agora. Saxofone barítono - É o mais grave do quarteto de saxofones clássico. Afinado em E.

É comum encontrar barítonos com uma nota a mais para o grave (A grave, que soa C), recurso raramente encontrado em saxofones mais agudos. Alguns modelos específicos podem contar com o recurso para G grave (que soa B). Saxofone baixo - Muito utilizado em bandas sinfônicas e em grandes conjuntos de saxofones. É afinado em B. Também pode contar com recurso do A grave (que soa G). Alguns modelos específicos podem contar com o recurso para G grave (que soa A grave), sendo chamado popularmente de Super Baixo. Existem ainda modelos supercompactos chamados de Barítono em B. Saxofone contrabaixo é o segundo membro mais grave da família original do saxofone. Normalmente, também conta com recurso para o A grave (que soa C). Seu som é tecnicamente a oitava abaixo do Saxofone Barítono. É afinado em E. O projeto original de Adolphe Sax previa um instrumento ainda mais grave que o saxofone contrabaixo, o subcontrabaixo, entretanto, esse instrumento não chegou a ser produzido.

No entanto, em setembro de 2012 a Benedikt Eppelsheim (1967-2023), de Munique, fez “o primeiro saxofone subcontrabaixo em tamanho originalmente proposto com 2 metros e 25 centímetros de altura”. O pai de Eppelsheim era um musicólogo especializado em instrumentos de sopro. Depois de se formar no ensino médio e fazer serviço comunitário, ele aprendeu a fazer instrumentos de sopro com Ganter (Munique) e Wenzel Meinl (Geretsried). Depois de dois anos na Münchner Blech GmbH, ele queria dar as costas à música e estudar arquitetura (seu outro sonho de infância), mas seu talento limitado e seu interesse ainda ardente em instrumentos de sopro o empurraram de volta para a bancada de trabalho. Na Münchner Blech GmbH ele pôde trabalhar em saxofones baixo e contrabaixo, assim como sarrusofones. Na oficina de Franz Traut (Munique) ele passou anos experimentando arcos em S e consertando saxofones. Durante esse tempo ele construiu dois instrumentos experimentais que, embora não fossem interessantes em si mesmos, foram passos indispensáveis ​​no caminho para seus próprios desenvolvimentos comercializáveis. Em 1998, ele abriu sua própria loja como empresa de reparos. A partir daí, ele desenvolveu novos instrumentos dos quais foi inventor e fabricante exclusivo.

Em 1999, ele revelou o tubax, um saxofone contrabaixo reproporcionado. Ele também estreou o soprill, um saxofone piccolo colocado uma oitava acima do saxofone soprano B. Seu clarinete contrabaixo redesenhado foi lançado em 2006. Em colaboração com Guntram Wolf, ele desenvolveu o contraforte, um contrafagote melhorado e redesenhado. Durante esse tempo, ele também fez saxofones baixo e contrabaixo, sarrusofones e uma variedade de instrumentos com design exclusivo sob encomenda especial. Em julho de 2013, a companhia brasileira J`Elle Stainer, que já havia tentado a montagem de um em 2010, todavia, este era compacto, construiu um com 2 metros e 80 centímetros. O subcontrabaixo faz agora, parte da família de Banda militar dos saxofones. Além desses, há outros instrumentos, similarmente desenvolvidos posteriormente, a saber: Saxofone Sopraníssimo ou “soprillo”, instrumento em Si, uma oitava acima do saxofone soprano, sendo assim, o mais agudo fabricado; Soprano em C (não transpositor). Faz parte da família orquestral; Soprano semi-curvo (reto, com todel curvo e campânula virada para a frente, comumente conhecido como saxello); Saxofone Mezzo-soprano, também reconhecido como “Alto em fá”. Faz parte da família orquestral. Saxofone C melody (transpositor à oitava), também conhecido como Tenor em dó. Faz parte da família orquestral; Barítono em F; Saxofone Contralto; Baixo em C (transpositor à 15ª); Contrabaixo, em F; Tubax - Instrumento alemão desenvolvido a partir do saxofone, mas com calibre mais fino, o que facilita a emissão dos graves. Há versões em E (mesma extensão do saxofone contrabaixo) e em Si (chamado de subcontrabaixo).

A boquilha é a peça que se encaixa na extremidade mais fina do saxofone e na qual é fixada a palheta. Seu funcionamento é semelhante ao de um apito, que gera as vibrações que irão percorrer o corpo do instrumento. As boquilhas podem ser fabricadas em diversos materiais: massa plástica, metais, acrílico, madeira, vidro e até mesmo osso, contudo as de massa plástica e de metais são as mais utilizadas. O formato das boquilhas também pode variar, tanto externamente quanto internamente. Alterações nos formatos implicam alterações significativas do som produzido, e devido a este fato, a escolha da boquilha é uma decisão muito pessoal para cada saxofonista. Não existe um padrão entre as fábricas e cada fabricante produz, geralmente, boquilhas com várias aberturas. Grosso modo, duas medidas internas são definidas: a altura da abertura e a sua profundidade. Quanto maior for a abertura e menor a profundidade, mais estridente será o som produzido, já o contrário resulta num som abafado e pequeno. A palheta está para o saxofone assim como a corda está para os instrumentos de corda. Ela é a responsável pela emissão do som pelo instrumento. Ao soprarmos a boquilha, é gerada uma coluna de ar que faz vibrar a palheta, produzindo o som. As palhetas são fabricadas com madeira, geralmente cana ou bambu, porém existe palhetas sintéticas, como a Fibracell, de um material de fibra e a Légere e Bari, confeccionada em acrílico. Existem numerações para o nível de dureza e de resistência à envergadura da palheta, mas esta numeração não é padronizada, varia de fabricante para fabricante. Quanto mais dura é a palheta, maior é o esforço para a emissão da nota, e menor é o esforço para manter o controle da afinação.

A formação da personalidade representa um processo gradual, complexo e único a cada indivíduo. O termo é usado em linguagem comum com o sentido de “conjunto das características marcantes de uma pessoa”, de forma que se pode dizer que uma pessoa “não tem personalidade”; essa utilidade de uso, no entanto leva em conta um conceito do “senso comum” e não científico em psicologia social. Encontrar uma exata definição para termo personalidade não é uma tarefa simples. O termo é usado na linguagem comum - isto é, como parte da psicologia do senso comum - com diferentes significados, e esses significados costumam influenciar as definições científicas do termo. Assim, na literatura psicológica alemã persönlichkeit costuma ser usado de maneira ampla, incluindo temas como inteligência; o conceito anglófono de personality costuma ser aplicado de maneira mais restrita, referindo-se mais aos aspectos sociais, culturais e emocionais do conceito referenciado do alemão. Por outro lado, a criatividade, apesar ser um termo usual muito difundido e discutido, é um construto social de difícil definição, porque cada autor parece defini-lo de uma maneira claramente, mas particularmente diferente. Alguns autores nesta atividade intelectual criadora chegam mesmo a se perguntar se criatividade humana não seria uma representação de conjunto de traços de personalidade “ao invés de um só”.

O Estado se constitui em relação à forma de governo um duplo contexto:  de um lado, efeitos de poder político em relação a outros Estados, atuais ou potenciais, isto é, os princípios concorrentes – portanto, precisa concentrar “capital de força física” para travar a guerra pela terra, pelos territórios; de outro lado, em relação a um contexto interno, a contrapoderes, isto é, príncipes concorrentes ou classes dominadas que resistem à arrecadação do imposto ou ao recrutamento de soldados. Esses dois fatores favorecem a criação de exércitos poderosos dentro dos quais se distinguem progressivamente forças propriamente militares e forças policiais destinadas à manutenção da ordem interna. Essa distinção exército/polícia, evidentemente hoje, tem uma genealogia extremamente lenta, as duas forças têm sido por muito tempo confundido. O desenvolvimento do imposto está ligado às despesas de guerra. O nascimento do imposto é simultâneo a uma acumulação extraordinária de capital detido pelos profissionais da gestão burocrática e à cumulação de um imenso capital informacional. É o vínculo institucional entre Estado e a utilidade de uso da estatística: o Estado está associado a um conhecimento racional do mundo social e governamental. A estatística hic et nunc tem como representação o campo da matemática que relaciona fatos e números e um conjunto de métodos que nos possibilita coletar dados e analisá-los, assim sendo possível realizar alguma interpretação deles.

As formas de música tendo como objetivo comercial ou com influência da música popular tem sido ambas criticadas, ao menos quando ocorre o surgimento do bop. Fãs do jazz tradicional rejeitaram o “bop”, o “jazz fusion” da Era dos anos 1970, é definido por eles como “um período de degradação comercial da música”. Todavia, de acordo com Bruce Johnson, jazz sempre teve uma “tensão entre jazz como música comercial e uma forma musical”. Andrew Gilbert nota que como a noção de um cânone de jazz está se desenvolvendo, as “conquistas do passado” podem se tornar “privilegiadas sob a criatividade particular” e a inovação dos artistas atuais. O crítico de jazz da Village Voice Gary Giddins diz que assim que a disseminação e a criação do jazz está se tornando cada vez institucionalizada e dominada por firmas de entretenimento maiores, o jazz está lidando com “um perigoso futuro de aceitação de respeitabilidade e desinteresse”. David Ake adverte que a criação de normas no jazz e o estabelecimento de um “jazz tradicional” pode excluir ou deixar de lado outras mais novas, formas de jazz avant-garde, usado metaforicamente, desde o começo do século XX, para se referir a setores pioneiros de movimentos artísticos, sociais e políticos. No sentido literal, a expressão na história social é correspondente à guarda que está à frente de um exército.

Uma maneira de resolver os problemas de definição é expor o termo “jazz” de uma forma mais abrangente. De acordo com Kin Gabbard “jazz é um conceito” ou categoria que, enquanto artificial, ainda é útil ser designada como: “um número de músicas com elementos suficientes em parte comum de uma tradição coerente”. Travis Jackson também define o jazz de uma forma mais ampla, afirmando que é uma música que incluí atributos sociais tais como: “swinging”, improvisação, interação em grupo, desenvolvimento de uma “voz individual”, e estar “aberto a diferentes possibilidades musicais”. Enquanto o jazz pode ser de difícil definição, improvisação é claramente um dos elementos essenciais. O blues mais antigo era habitualmente estruturado sob o repetitivo padrão pergunta e resposta, elemento comum em músicas tradicionais. Uma forma de música tradicional que aumentou em parte devido as canções de trabalho e field hollers. No blues mais antigo a improvisação era usada com bastante propriedade.

Essas características são fundamentais para a natureza do jazz. Enquanto na música clássica europeia elementos de interpretação, ornamento e acompanhamento são, às vezes, deixados a critério do intérprete, o objetivo elementar do intérprete é executar a composição como está escrita. No jazz, entretanto, o músico irá interpretar a música de forma peculiar, nunca executando a mesma composição exatamente da mesma forma mais de uma vez. Dependendo do humor e da experiência pessoal do intérprete, interações com músicos companheiros, ou mesmo membros do público, um intérprete ou músico de jazz pode alterar melodias, harmonias ou fórmulas de compasso da maneira que achar melhor. No Dixieland Jazz, os músicos revezavam tocando a melodia, enquanto outros improvisavam contra melodias. A música clássica da Europa tem sido conhecida como um meio para o compositor. O jazz, contudo, é muitas vezes caracterizado como um produto de criatividade democrática, interação e colaboração, colocando valor igual na contribuição do compositor e do intérprete. Na Era do Swing, as big bands passaram a ser baseadas em arranjos musicais - e foram tanto escritos como aprendidos de ouvido e memorizados, pois muitos músicos de jazz não liam partituras. 

Solistas improvisavam dentro desses arranjos. Mais tarde no bebop, o escopo mudou para os grupos menores e arranjos mínimos; a melodia reconhecida como “head” era indicada brevemente tanto no início e ao término da música, e o âmago da performance representava uma série de improvisações no meio. Estilos de jazz que vieram posteriormente, tais como o “jazz modal”, abandonando a noção estrita de progressão harmônica, permitindo aos músicos improviso com ainda mais liberdade, dentro de um contexto de uma dada escala ou modo, por exemplo: “So What” no álbum do Miles Davis, Kind of Blue (1959). O Swing é um estilo de jazz desenvolvido nos Estados Unidos da América que dominou nos anos 1930 e 1940. O nome swing veio do “swing feel”, onde a ênfase está no pulso fora da batida ou mais fraco como um estilo da música. Bandas de swing geralmente apresentavam solistas que improvisavam na melodia sobre o arranjo. O estilo de swing dançante de Big Bands e bandleaders como Benny Goodman foi a forma dominante de música popular norte-americana de 1935 a 1946, um período reconhecido como “A Era do Swing”. O verbo “swing” também é usado como um termo de elogio e reconhecimento para tocar que tem um forte groove ou drive. Os ​​músicos notáveis da Era do Swing incluem os extraordinários Louis Armstrong, Louis Prima, Larry Clinton, Duke Ellington, Count Basie, Benny Goodman, Artie Shaw, Glenn Miller, Woody Herman, Tommy Dorsey, Jimmy Dorsey, Harry James, Louis Jordan e Cab Calloway.

Historicamente a representação social do Swing tem raízes na década de 1920, à medida que conjuntos de música de dança maiores começaram a usar novos estilos de arranjos escritos incorporando inovações rítmicas introduzidas por Louis Armstrong e Earl Hines. O Swing começou a declinar em popularidade durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) por vários fatores. O Swing influenciou os estilos posteriores da música pop, jump blues e bebop. A música Swing viu um renascimento no final das décadas de 1950 e 1960 com as orquestras ressurgentes de Count Basie (1904-1984) e Duke Ellington (189-1974), e com vocalistas de pop tradicional como Frank Sinatra (1915-1998) e Nat King Cole (1919-1965). O swing usa instrumentos regulares no jazz, como na seção rítmica composta com a formação por piano, contrabaixo e bateria; assim como metais com uso de trompetes e trombones; madeiras, como saxofones e clarinetes; e ocasionalmente, “instrumentos de cordas como violino ou violão”. O swing preferencialmente usa andamentos médios e rápidos, generaliza os riffs melódicos e libera o baterista de certas restrições que tinha até então. O conjunto característico do estilo social foi a Big Band, adquirindo cada vez mais importância o papel do solista.

As linguagens avant-garde jazz e o free-jazz permitem, e exigem, o abandono de acordes, escalas, e métrica rítmica, o grupo Das erste Wiener Gemüseorchester é um exemplo de free-jazz. Também reconhecida como The First Vienna Vegetable Orchestra, Das Gemüseorchester ou ainda, The Vegetable Orchestra é uma orquestra da Áustria que “usa legumes frescos como instrumentos musicais”. A orquestra, fundada em 1998 em Viena, é composta por quatorze pessoas, sendo onze músicos, um cozinheiro, um técnico de som e outro de vídeo e faz shows pela Europa e Ásia. Metodologicamente quando um pianista, violonista ou outro instrumentista qualquer fazem música com instrumentos harmônicos, improvisam um acompanhamento enquanto um solista está tocando, isso é chamado de comping, ou seja, a contração da palavra “accompanying”. Neste aspecto socialmente “Vamping” é um modo de comping que é normalmente restrito a poucos acordes repetitivos ou compassos, como oposição ao comping na estrutura do acorde ao longo da composição. O Vamping também é usado como uma maneira simples de estender o começo ou fim de uma música. Em algumas composições modernas de jazz, onde os acordes fundamentais são complexos ou de mudança rápida, o compositor ou o intérprete podem criar uma série de “blowing changes”, que é na prática artística, uma série de acordes simplificada, melhor aplicada em comping e no improviso solo.

Bibliografia Geral Consultada.

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