“Os
atores são muito bons em não revelar nada”. Mads Mikkelsen
O filme Polar narra a história fantástica do assassino internacional Black Kaiser, o personagem titular da História em Quadrinhos de Victor Santos em 2009, quando ele é forçado a deixar sua aposentadoria após uma tentativa de assassinato contra sua vida. A história, descrita como “desoladora”, apresenta uma personagem Femme fatale, um arquétipo feminino ou personagem modelo usado muito na literatura e cinema do gênero policial e no drama europeu. A mulher fatal geralmente seduz e também engana o herói e outros homens, casuais ou não, para obter algo que eles não dariam livremente, e uma grande quantidade de sangue coagulado, e é ambientada em uma paisagem gelada. A webcomic é notável comunicação por sua falta de diálogos e balões de fala, e apresenta um estilo minimalista em cores, sendo “renderizado inteiramente em preto, branco e laranja”. Víctor Santos tornou-se reconhecido por criar várias histórias em quadrinhos, como Filthy Rich (2020) e The Mice Templar (2009), antes de começar a fazer o upload de Polar como uma webcomic em 2012. Ele idealizou o protagonista de Polar, Black Kaiser, para uma HQ de ação noir em 2010. Black Kaiser foi inspirado por Jim Steranko da SHIELD quadrinhos, e Santos descreveu a criação como “mistura clássicos da Marvel livros, Trevanian romances, Bourne filmes e mangá ação”. James Steranko é um artista gráfico, ilustrador de quadrinhos, escritor, historiador e autor.
Ele nasceu em Reading, Pensilvânia, nos Estados Unidos da América. Seus mais famosos trabalhos nos quadrinhos foram realizados nos anos de 1960: ele desenhou o agente secreto Nick Fury para a Marvel Comics, série iniciada na revista Strange Tales e depois em título próprio do personagem. Steranko foi reconhecido pelas inovações que trouxe à arte sequencial durante a chamada Era de Prata dos Quadrinhos, introduzindo elementos do surrealismo, Op art, Pop-art e Design gráfico. Ele ganhou o Prêmio Eisner em 2006. De acordo com sua biografia autorizada, os avós de Jim Steranko emigraram da Ucrânia e se estabeleceram na Pensilvânia. O pai de Steranko começou a trabalhar em minas aos 10 anos de idade e se tornou ferreiro quando adulto. A infância de Steranko transcorreu na época da Grande Depressão. O pai de Steranko e cinco tios possuíam talento para a música e formaram uma banda nos anos de 1930, que tocou na rádio local. A função de um designer gráfico é atribuir significados ao artefato por meio de sua aparência, ou seja, o profissional induz o usuário a ver o artefato de determinada maneira, associando-lhe conceitos abstratos como estilo, status e identidade.
O designer gráfico é, convenientemente, um conhecedor e utilizador das mais variadas técnicas e ferramentas de desenho, mas não só. Tem como principal moeda de troca a habilidade para aliar a sua capacidade técnica à crítica e ao repertório conceitual, sendo fornecedor de matéria-prima intelectual, baseada numa cultura visual, social e psicológica. Não é apenas um mero executante, mas sim um condutor criativo que tem em vista um objetivo comunicacional alcançado quase sempre por meio de metodologias projetuais que o auxiliam a projetar. O estudo do design gráfico esteve ligado a outras áreas do conhecimento técnico e científico como a Psicologia, Teoria da Arte, Comunicação Social, Ciência da Cognição, entre muitas outras específicas. No entanto o design gráfico possui um conhecimento próprio que se desenvolveu através da sua história, mas tem se tornado mais evidente nos últimos anos. Algo que pode ser percebido pela criação de cursos de doutorado e mestrado, específicos sobre design, no Brasil e no resto do mundo. No primeiro caso resulta o movimento artístico com início por volta de 1930, tendo como precursor o pintor e escultor húngaro Victor Vasarely.
As obras da Op Art
apresentam diferentes figuras geométricas, em preto e branco ou coloridas,
combinadas de tal modo que provocam no espectador sensações de movimento,
sobretudo, quando muda-se o ponto de observação. Destacam-se como principais
pintores deste movimento histórico e social Victor Vasarely, Alexandre Calder, Josef Albers e
Richard Anuszkiewicz. O movimento perdurou por algumas décadas e logo foi
superado pelo Pop Art, movimento artístico que se desenvolveu na Inglaterra e
Estados Unidos da América (EUA) no final dos anos 1950, período marcado pelo reerguimento das
grandes sociedades industriais afetadas pelos efeitos da 2ª guerra mundial (1939-1945),
representa a distinção histórica do termo Pop Art do inglês Popular Art
significa Arte Popular, produzida pelos veículos de comunicação. Representava um retorno a arte
figurativa. Inspirada na chamada “cultura de massa” criticava os prazeres da
sociedade consumista que se formava no contexto pós-guerra. Os artistas recorriam
à ironia para elaborar a crítica do que estetizava o excesso de consumo, tais
como os provenientes da esfera publicitária, do cinema, dos quadrinhos e de
áreas afins.
Quanto
mais pujante for a ignorância, mais sujeira irá produzir na condução de sua
própria vida. O problema está ganhando uma dimensão perigosa por causa da
mudança tecnológica e descartável no perfil do lixo. Um dos maiores problemas é
que em grande parte das sociedades homens e mulheres pensam que basta jogar o
lixo na lata e o problema da sujeira vai estar resolvido. Nada disso. O
problema social só começa aí! O lixo é caro, gasta energia, leva tempo para
decompor e, claro, demanda muito espaço. O lixo é um problema mundial, só no
Brasil são produzidas 90 milhões de toneladas de lixo por ano, e cada pessoa
abastada produz, em média, 300 kg de lixo anualmente. Tal referência
estatística é necessária, tendo em vista o crescente número de denúncias,
matérias, protestos e dos tipos de repúdio da sociedade civil, que
tomaram conta das mídias sociais, além da imprensa dominante organizada. Essa
conscientização, materializada pela conduta proativa geral, mas também
determinante, das autoridades competentes, tem levado a questão a ser cada vez
mais apreciada pelo judiciário.
A
pobreza mais severa se encontra nos países ditos “subdesenvolvidos”, mas esta
existe em todas as regiões. Nos países imperialistas, “manifesta-se na
existência de sem-abrigo e de subúrbios pobres”. A pobreza pode ser vista como
uma coletividade de pessoas pobres, grupos e mesmo de nações. Para evitar este
estigma, essas nações são chamadas ideologicamente “países em desenvolvimento”.
A pobreza pode ser absoluta ou relativa. A pobreza absoluta refere-se a um
nível que é consistente ao longo do tempo e entre países. Um exemplo de um
indicador de pobreza absoluta é a percentagem de pessoas com uma ingestão
diária de calorias inferior ao mínimo necessário de 2 000/2 500 quilocalorias.
O Banco Mundial define a pobreza extrema como viver com menos de 1 dólar dia, em paridade do poder de compra e pobreza moderada como viver com
entre 1 e 2 dólares norte-americanos por dia. Estima-se que 1 bilhão e 100
milhões de pessoas a nível mundial tenham níveis de consumo inferiores a 1
dólar norte-americano por dia e que 2 bilhões e 700 milhões tenham um nível
inferior a 2 dólares.
Quase todas as cidades enfrentam diversos tipos de problemas que vão da questão da saúde à necessidade de trabalho, dentre os quais a expectativa quanto maior a cidade mais as adversidades são acentuadas, embora persista a ideia de Jacques Le Goff, como estudioso da cidade “como lugar de troca de diálogo, como lugar de segurança, como lugar de poder e de aspiração à beleza”. Diante desta afirmativa, um dos problemas que mais se destaca nas cidades não deveria ser a questão do lixo residual, principalmente o sólido. As cidades emitem uma enorme quantidade de lixo e grande parte desses detritos não são processados; o excedente vai sendo armazenado em proporções alarmantes. O problema cresce gradativamente, e quantitativamente devido ao elevado número de pessoas que se tornam cada vez mais distante da consciência ecológica no mundo e o grande estímulo ao consumo na perspectiva presente nas sociedades que avançam para o sujeito pós-moderno. Ou como diz a escritora Lya Luft, “deve ser o nosso jeito de sobreviver – “não comendo lixo concreto, mas engolindo esse lixo moral e fingindo que está tudo bem”. Existem cidades sujas. Não sabem tratar o seu lixo moral.
Youri Messen-Jaschin é um artista de origem letã, língua báltica do grupo indo-europeu, nascido em 1941 em Arosa, na Suíça. É em 1967 em Göteborg, que encontra durante uma exposição no Modern Art Museum de Göteborg, Jesús-Rafael Soto, Carlos Cruz-Diez e Júlio Le Parc. Ao falar com estes artistas, descobre o seu fascínio pela arte óptica (Op art). É a partir daqui que decide dedicar todas as suas investigações no sentido da arte cinética. Suas esculturas são enriquecidas pelo movimento e expostas de forma livre e deslocamento no espaço e complementadas por sons concretos, pois o movimento desencadeia sons. Especialista entre outras técnicas do “body art painting”, expõe o seu trabalho em clubes e em exposições ou em locais sombrios que são iluminados com lâmpadas UV, cobrindo-o em quatro horas com corpos nus de cores psicodélica, uma manifestação da mente que produz efeitos profundos sobre a experiência consciente e biológicas, sem perigo para a pele. Bridget Riley nasceu em Londres, no ano de 1931. Estudou na Golsmith`s School of Art em Londres, em 1952 a 1955. Sua primeira exposição individual ocorreu em 1962 na Gallery One. Em 1955, Riley se formou com um diploma de bacharel.
Entre 1956 e 1958, ela cuidou de seu pai, depois que ele se envolveu em um sério acidente de carro, e ela sofreu um colapso. Depois disso, trabalhou em uma loja de material comercial de vidro e também, por um tempo, ensinou crianças. Ela finalmente se juntou a agência de publicidade J. Walter Thompson, como ilustrador, onde trabalhava a tempo parcial até 1962. A grande exposição Whitechapel Gallery de Jackson Pollock, no inverno de 1958, era ter um grande impacto sobre ela. Seus primeiros trabalhos foram figurativos com um estilo semi-impressionista. Entre 1958 e 1959 seu trabalho agência de publicidade viu adotar um estilo de pintura com base na técnica pontilhista. Por volta de 1960 começou a desenvolver a sua assinatura estilo Op Art consiste em padrões geométricos em preto e branco que exploram o dinamismo da vista e produzir um efeito desorientador no olho. No verão de 1960 ela visitou a Itália com o mentor Maurice de Sausmarez, e os dois visitaram a Bienal de Veneza com a sua grande exposição de obras futuristas. No início de sua carreira, Riley trabalhou como professora de arte. Em 1961, com Peter Sedgley, ela visitou o planalto Vaucluse, no sul da França, e adquiriu uma fazenda, que acabaria transformada em um estúdio. De volta a Londres, na primavera de 1962, Riley recebeu sua primeira exposição individual, de Victor Musgrave do Studio One.
Jim Steranko começou a desenhar muito jovem. Isto é bom. Estudou quadrinhos dominicais e as populares “tiras diárias”, principalmente as que traziam a arte de Milton Caniff, Alex Raymond, Hal Foster e Chester Gould. Seus tios lhe davam revistas de Walt Disney e Superman. Durante a adolescência, quando das férias escolares ele se apresentou em circos, em números de ilusionismo e escapismo que aprendera com seu pai. Na escola, ele participou da equipe de ginástica, atuando nas argolas e nas barras paralelas. Depois lutaria boxe e a disciplinar esgrima. Aos 17 anos, Steranko foi preso por roubar carros. Chico Buarque um ao menos. Qual adolescente não se viu contagiado no meio urbano pelos rachas também chamado popularmente de pega, é uma forma de corrida ilícita praticado em áreas urbanas, rural ou rodovias com automóveis e também poderosas motocicletas. O grupo de rock and roll Bill Haley and his Comets iniciou carreira na vizinha Filadélfia, Pensilvânia e Steranko, que se encontrava aos 20 anos de idade tocava guitarra, tornou-se amigo do guitarrista de Haley Frank Beecher. Nessa época, Steranko trabalhava como artista durante o dia para uma gráfica de Reading, criando e desenhado panfletos para os clubes suburbanos mobilizados que utilizavam-se de dança locais comercialmente, enquanto a noite se apresentava como músico. Bill Haley & His Comets representou uma banda de rock and roll que teve início nos anos 1950 e que continuou até a morte de Bill Haley em 1981. É também reconhecida pelos nomes Bill Haley and The Comets e Bill Haley`s Comets.
Foi um dos primeiros grupos de músicos brancos a levar o rock às grandes plateias norte-americanas e ao redor do mundo. Seu líder, Bill Haley, era um músico de country; depois de gravar uma versão country de “Rocket 88”, uma canção de R&B considerada o primeiro Rock and Roll gravado, ele mudou seu estilo para um novo som chamado rockabilly. Embora diversos integrantes do Comets tenham ficado famosos, foi Bill Haley quem permaneceu como o astro. Com sua postura energética ao palco, muitos fãs consideram-nos tão revolucionários para sua época quanto os comparativamente Beatles e os Rolling Stones foram para as suas. Após cinco anos tentando a Marvel Comics, em 1965 Steranko entrou para os quadrinhos através da Harvey Comics, com o editor Joe Simon quando foi contratado para criar uma linha de super-heróis para a editora que se tornara reconhecida com seus personagens infantis, como o Gasparzinho. Para Simon e Harvey Comics, Steranko criou os heróis Spyman, Magicmaster e o Gladiador. Ele mostrou seu Secret Agent X para a Paramount, como um projeto de animação para a TV e se encontrou com o editor da Marvel Stan Lee. Steranko conseguiu arte-finalizar duas páginas de Jack Kirby para uma ilustração típica de “Nick Fury”, publicado pela primeira vez em 1970 pela Supergraphics numa edição limitada do Steranko Portfolio One e 30 anos depois na coleção Nick Fury, Agent of S.H.I.E.L.D. Ele começou desenhando 12 páginas de Nick Fury, Agent of S.H.I.E.L.D., criada por Stan Lee e Jack Kirby (1917-1994), que criaram juntos vários personagens clássicos dos quadrinhos, que trouxe as inventivas parafernálias eletrônicas e equipamentos como o Porta-aviões aéreo Helicarrier - um dirigível da organização SHIELD, além dos androides Life Model Decoy e automóveis com uso de airbags.
Esta
invenção é muito mais do que uma espécie de almofada feita de nylon e que
possui internamente uma espécie de explosivo que vai formar uma reação química,
responsável por gerar um gás que vai encher o airbag. Segundo o professor
Baltus Bonse, as primeiras patentes surgiram nos Estados Unidos da América nos
anos 1950. Usava-se sistemas baseados em ar comprimido, que não conseguiam
inflar os airbags primitivos de forma eficaz. A organização terrorista Hydra
também surgiu nessas histórias. Durante todos os anos do Universo
Cinematográfico da Marvel, o nome Hydra (ou Hidra) já apareceu algumas vezes. É
uma organização terrorista da Marvel Comics, cujo nome inicial era A Besta,
algo que não foi oficializado nas HQs. A organização surgiu quando
extraterrestes com aparência reptiliana vieram a Terra e corromperam uma
sociedade asiática. Steranko começou a desenhar e arte-finalizar os trabalhos
de Jack Kirby em Strange Tales #151 em dezembro de 1966, quando se incumbiu das
capas de Nick Fury e, raro entre os artistas, a escrever as histórias a partir
do nº 155. Não por acaso, Nick Fury, Agent of S.H.I.E.L.D se tornou um dos
marcos da Era de Prata.
No caso brasileiro, em particular, posteriormente, também passaram a colaborar professores de outras universidades ou núcleos de pesquisas, como o Prof. Araújo da Fundação Armando Alvarez Penteado e Faculdades Santa Marcelina), Regina Giora da Universidade Mackenzie, Glória Kreinz do Núcleo de Divulgação Científica José Reis e Roberto Elísio dos Santos do Centro Universitário Municipal de São Caetano do Sul), que hoje ocupa a função de vice-coordenador. Possui um acervo com HQs de diversos países, porém não é aberta ao público, apenas para pesquisadores da Universidade. Os títulos podem ser pesquisados no site, também possível acessar edições digitais da revista Quadreca, fundada na década de 1970 pela professora Sônia Luyten. Em 2011, realiza a I Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos. Em 2013, durante a segunda edição do evento, são lançados três livros pela Criativo Editora: Os Pioneiros no Estudo de Quadrinhos no Brasil, Intersecções Acadêmicas – Panorama das Primeiras Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos e Histórias em Quadrinhos e Práticas Educativas, a Editora inaugura um selo em parceria com o Observatório.
O Editor acabou perdendo o interesse pelo gibi (negrinho), embora Víctor Santos
ainda tivesse várias narrativas sobre o personagem. Santos começou a trabalhar
em Polar depois de terminar seu trabalho em Godzilla: Kingdom of Monsters para
IDW Publishing em 2011 e enquanto esperava o roteiro de The Mice Templar. Ele
afirmou que geralmente trabalha em seus próprios projetos durante as pausas, de
modo que “nunca [passa] muito tempo sem desenhar”. Em outubro de 2014, a Dark
Horse Comics anunciou que Polar: Came From the Cold seria adaptado para um
“filme de ação ao vivo”, produzido como uma colaboração entre a divisão de
entretenimento da editora e a Constantin Film. Um roteiro específico para o
filme foi escrito por Jayson Rothwell, e as empresas esperavam poder começar a
filmar o filme na primavera de 2015. Em outubro de 2017, foi anunciado que Mads
Mikkelsen estrelaria o thriller de ação Polar. O diretor sueco Jonas Åkerlund
dirigiu a adaptação de Rothwell a partir da história em quadrinhos “Polar: Came
From the Cold” (2013) de Victor Santos. A Mister Smith Entertainment estreou o
longa-metragem para compradores no American Film Market, que ocorrido em 1º de
novembro de 2017 em Santa Monica, condado da Califórnia, Estados Unidos da
América.
Mads
Mikkelsen nasceu na cidade de Copenhague em 22 de novembro de 1965. É
reconhecido ator dinamarquês, conceituado por sua presença em filmes
independentes e balancear trabalhos estrangeiros específicos com os já
consagrados hollywoodianos. Originalmente um ginasta e dançarino, começou sua carreira
como ator em 1996. Obteve fama com o personagem Tonny da trilogia cult Pusher,
de filmes produzido na Dinamarca em 1996, dirigido por Nicolas Winding Refn. O
primeiro filme deu origem a mais dois filmes que formam uma trilogia sobre o
mundo das drogas em Copenhagen na capital da Dinamarca. O segundo filme é
Pusher II (2004) e o último Pusher III (2005), onde fica caracterizado a marca
em seu papel do policial impetuoso, mas sensível, e também de Allan Fischer, na
série de televisão dinamarquesa de suspense Rejseholdet. Criado por Peter
Thorsboe, escritor e diretor, reconhecido por Krystalbarnet (1996), Rejseholdet
(2000), Livvagterne (2009). Também ganhou notoriedade na televisão
norte-americana ao estrelar a série extraordinária Hannibal (2013), quando
interpretou o serial-killer Hannibal Lecter na série psicológica. É considerado uma figura marcante da Dinamarca, membro sênior do
Reino da Dinamarca, descrito pelo The New York Times como “uma estrela, um
axioma, um rosto do cinema dinamarquês ressurgente”.
A Escola Nacional de Cinema e também o Instituto de Cinema da Dinamarca
sociologicamente criaram estrutura horizontal e de liderança comunicativa. A
Dinamarca produz filmes desde 1897 e desde a década de 1980 mantém um fluxo constante
de produtos devido em grande parte ao financiamento do Danish Film Institute,
apoiado pelo Estado. Historicamente, os filmes dinamarqueses são reconhecidos
por seu realismo, presença de temas religiosos e morais, franqueza sexual e
inovação técnica. Diretores de filmes cinematográficos que ganharam fama
internacional, como Lars von Trier, Bille August, Thomas Winterberg e Nicolas
Winding Refn, merecem rasgados elogios que recebem, mas o determinante para o
sucesso nacional do cinema do país como seu modelo de organização, no qual a
cooperação no trabalho é o ponto chave e central. Polar é um filme
teuto-estadunidense articulado sobre formas de ação,
suspense e policial, dirigido por Jonas Åkerlund, com roteiro da série de graphic
novels escritas e ilustradas por espanhol cartunista Victor Santos. Estrelado
por Mads Mikkelsen, Vanessa Hudgens, Katheryn Winnick e Matt Lucas, na Netflix
em 25 de janeiro de 2019.
As
facilidades direcionadas ao público em geral incluem uma livraria e uma
cinemateca, além de um museu dedicado ao cinema do país. O instituto é um órgão
do Ministério da Cultura da Dinamarca. Seu diretor atual é Henrik Bo Nielsen.
Integra o European Film Promotion, uma rede de organizações ligadas ao cinema
com o intuito de divulgar a produção do continente. O Instituto de Cinema da
Dinamarca foi fundado em 1972, substituindo a Fundação Dinamarquesa de Cinema
(Den Danske Filmfond). Em 1996 uma nova Lei fundiu o Instituto de Cinema com a
Statens Filmcentral e o Museu Nacional de Cinema da Dinamarca. O Instituto de
Cinema da Dinamarca foi fundado em 1972, substituindo a Fundação Dinamarquesa
de Cinema. Em 1996 uma nova Lei fundiu o Instituto de Cinema com a Statens
Filmcentral e o Museu Nacional de Cinema da Dinamarca. O Instituto de Cinema da
Dinamarca (Det Danske Filminstitut) é a agência nacional responsável pelo suporte e incentivo ao cinema e à cultura, e conservação deste material de interesse nacional. É reconhecido como Filmhuset (The
House of Film), localizada em Gothersgade, na região central de
Copenhague.
O
cinema dinamarquês na década de 1990 foi dominado por Lars von Trier. Seus
filmes Europa, Breaking the Waves, The Idiots e Dancer in the Dark receberam
grande atenção internacional e foram indicados a vários prêmios. O Dogme 95
Collective chamou a atenção do mundo ocidental do cinema internacional com seus
estritos “votos de castidade” ou regras para cineastas que forçam os cineastas
a se concentrarem na pureza da história e nas performances dos atores, em vez
de efeitos especiais e outros dispositivos cinematográficos. O primeiro filme
Dogme 95, The Celebration (Festen), dirigido por Thomas Vinterberg, recebeu
muitos prêmios no circuito internacional de festivais de cinema e foi nomeado
pela Los Angeles Film Critics Association e pelo New York Film Critics Circle
como “o melhor filme de língua estrangeira filme do ano”. Os membros do Dogme
95 Collective eram von Trier, Vinterberg, Kristian Levring e Søren
Kragh-Jacobsen. Embora o movimento Dogme 95 tenha se originado na Dinamarca,
cineastas de todo o mundo logo experimentaram as diretrizes rígidas e buscaram
a certificação para seus filmes como Dogme. Além disso, o próprio filme Dogma
de Lars von Trier, Idioterne (1998), iniciou uma onda separada de filmes
mainstream de arte com sexo não simulado. Lars von Trier também fez história ao
ter sua empresa Zentropa sendo a primeira empresa de cinema mainstream do mundo
“a produzir filmes pornográficos hardcore”.
Três
desses filmes, a saber: Constance (1998), Pink Prison (1999) e o crossover
adulto/mainstream All About Anna (2005), foram realizados principalmente para
um público exclusivo feminino e foram extremamente bem sucedidos na Europa, com
os dois primeiros sendo diretamente responsáveis pela “legalização da
pornografia em março de 2006 na Noruega”. O cinema dinamarquês continua a ser
influenciado positivamente pelo Estado através do bem-sucedido Danish Film
Institute (DFI), fundado em 1972. É a agência nacional de cinema e cultura
cinematográfica do Ministério da Cultura. DFI apoia o desenvolvimento, produção
e distribuição de filmes e administra os arquivos nacionais. Os programas de
apoio também se estendem à educação cinematográfica de coproduções
internacionais e à promoção internacional em festivais de cinema. Apenas uma
semana antes de vencer em Göteborg, A House Made of Splinters recebeu o World
Cinema Documentary Directing Award em seu lançamento mundial em Sundance. – “As
in Heaven” estreou no Festival de Cinema de Toronto e ganhou duas Conchas de
Prata em San Sebastian de Melhor Diretor para Tea Lindeburg, o primeiro
dinamarquês a ganhar este prêmio, e de melhor desempenho para Flora Ofelia
Hofmann Lindahl, dividindo o prêmio com Jessica Chastain. São conhecidos os
vencedores do Festival de San Sebastián, que este ano vai na sua 58ª edição. O
Festival Internacional de Cinema de San Sebastián decorreu de 17 a 25 de
setembro, no País Basco espanhol, em San Sebastián.
A
DFI Film House é aberta ao público e abriga a Cinemateca nacional. Inclui uma
biblioteca, um arquivo de fotos e pôsteres e um arquivo de filmes. A DFI apoia
a produção de 20-25 longas-metragens e 25-30 documentários e curtas-metragens
todos os anos. Existem três tipos de apoio: o esquema do comissário de cinema,
o esquema de mercado e o esquema de desenvolvimento de talentos na New Danish
Screen. A DFI incentiva parcerias internacionais e permite 5-9 coproduções
menores em longas-metragens e 4-6 coproduções menores em documentários por ano.
Uma pedra angular da política cinematográfica dinamarquesa é financiar filmes
infantis e juvenis para os quais 25% de todos os subsídios são alocados. DFI
recebeu críticas por falta de inovação - notavelmente, Dogme 95 aconteceu
apesar do financiamento do Film Institute - e às vezes é acusado de nepotismo e
compadrio, por exemplo, quando o comissário de cinema Mikael Olsen de 1998 a
1999 deu luz verde a 28 milhões de coroas de dinheiro de subsídio para seu
amigo de infância Peter Aalbæk Jensen, depois passou a trabalhar para ele “em
uma posição de alto escalão”. O Danish Film Institute, no entanto, também
alcançou um alto nível de profissionalismo, mesmo que mais ou menos reservado
para alguns gêneros e empresas de produção selecionados, principalmente Nordisk
Film, Zentropa e Nimbus Film. Em fevereiro de 2008, a Nordisk Film comprou
metade da Zentropa, que coproduz com a Nimbus Film, mas esses
monopólios financiados por impostos e sancionados pelo Estado raramente são
desaprovados na Dinamarca.
Gothersgade
corre ao longo do antigo curso original da Muralha Oriental do antigo Anel de
Fortificação de Copenhague. Originalmente Ny Kongensgade, literalmente “Rua do
Novo Rei”, foi estabelecido por volta de 1647 depois que a Muralha Oriental foi
tomada em uma direção mais ao norte para expandir a cidade fortificada com uma
grande área nova reconhecida como Nova Copenhague. Nesse ponto, a rua só ia até
o local da atual Estação Nørreport, onde se encontrava como fortificações a
nordeste do North City Gate. Em 1870, após o desmantelamento das fortificações
e o nivelamento dos seus terrenos, a rua foi alargada em seu comprimento atual.
Em 1892, a primeira usina pública de eletricidade de Copenhague, a Gothersgade
elektriske Centralstation, foi inaugurada na esquina de Gothergade e Adelsgade.
Foi instalado atrás das fachadas das casas em direção a Gothergade e
era incomum por sua localização central. Foi ampliado e modernizado diversas
vezes. Contudo, desde 1994 ela funciona apenas como subestação de distribuição
de eletricidade e aquecimento central. Em 1920-1930, uma seção de Gothersgade
dos Jardins do Castelo de Rosenborg ao Lago Sortedam foi ampliada.
Castelo é um tipo de estrutura fortificada, construída na Europa e Oriente Médio durante a Idade Média pelos nobres europeus. A palavra castelo é definida pelos estudiosos, como sendo a residência particular fortificada de um lorde ou nobre, sendo diferente de palácio, que não é fortificado; é diferente também de fortaleza, que nem sempre é a residência da nobreza; e é também diferente de um assentamento fortificado, que era uma estrutura de defesa coletiva, embora existam muitas semelhanças entre todos estes tipos de construção. O uso do termo na história nacional tem se modificado aplicado a diferentes estruturas como os castros. Durante novecentos anos em que os castelos foram construídos, tiveram uma grande variedade de formas, com muitas características diferentes, tais como defesas por muralha, e seteiras, que eram as mais comuns. Uma inovação europeia, foram os castelos originados depois da queda do Império Carolíngio no século X, cujo território foi dividido entre lordes e príncipes.
Eram construídos castelos para controlar a área circunvizinha a eles. Eram estruturas tanto defensivas como ofensivas, formando assim bases a partir das quais poderiam partir as invasões, bem como a proteção contra inimigos. Embora tivessem uma estrutura estritamente militar, frequentemente muito bem enfatizada pelos estudiosos, também serviram como centros de administração e símbolos eficazes de poder. Os castelos urbanos são pontos estratégicos para dominar a população local e para marcar importantes rotas de viagem. Os castelos rurais eram normalmente localizados próximos a recursos que eram parte integrante da vida na comunidade, como moinhos e terras férteis. Originalmente os materiais para a construção de um castelo eram terra e madeira, mas posteriormente foram substituídos por pedras. Os primeiros castelos geralmente exploravam as defesas naturais, não usando torres, seteiras e dependiam de uma torre de menagem central.
No final do século XII e início do XIII, a defesa do castelo se tornou mais complexa. Isso acarretou na proliferação de torres, com ênfase no enfileiramento do poder de fogo. Muitos castelos mais recentes eram poligonais ou dependiam de uma defesa com formato concêntrico – uma série de defesas dentro de uma das outras que maximizavam o potencial de ataque do castelo. Essas inovações defensivas apareceram dos aperfeiçoamentos tecnológicos das Cruzadas, como as fortificações concêntricas, e igualmente inspirados por sistemas de defesa mais antigos, tais como os fortes romanos. Nem todos os elementos arquitetônicos dos castelos eram de natureza militar, por exemplo os fossos passaram de uma estrutura com funções defensivas para um símbolo de poder. Alguns castelos grandiosos foram construídos para impressionar os visitantes e se destacarem na paisagem.
Embora a pólvora tenha
sido introduzida na Europa no século XIV, não foi até o século XV que a
estrutura do castelo foi abalada pela inovação militar, quando a artilharia
teve poder de fogo o suficiente para destruir muralhas de pedra. Mesmo que os
castelos continuassem a ser construídos até o século XVI, o surgimento de novas
tecnologias armamentistas, como os canhões, tornou-os locais indesejáveis e
inseguros de se viver. Como resultado, os castelos entraram em declínio e foram
substituídos por fortes sem qualquer papel administrativo. No século XVIII
ocorreu um renascimento no interesse pelos castelos com a reconstrução destes
sem qualquer propósito militar, como parte da tradição romântica e do
revivalismo gótico.
O Castelo Rosenborg (Rosenborg Slot) é um castelo de pequenas dimensões erguido em Copenhagen, capital da Dinamarca. O castelo foi construído para servir em 1606, e representa bem a arquitetura do período do rei Christian IV. Passou por algumas reformas e ampliações, chegando à atual arquitetura em 1624. Até 1710, o castelo era usado como residência da família real, mas após o reinado de Frederick IV, foi utilizado como tal em dois momentos, em 1794, quando o Palácio de Christiansborg sofreu um incêndio, e em 1801, quando os ingleses invadiram Copenhagen. Atualmente está aberto ao público para visitas de turistas. Contém um acervo importante com objetos da família real, que vão do século XV ao século XIX, incluindo as Joias da Coroa Dinamarquesa. A ideia de que os atores são muito bons em não revelar nada, segundo Mads Mikkelsen, é definida por um esquema anátomo-cronológico do comportamento humano. A disciplina procede em primeiro lugar à distribuição dos indivíduos no espaço.
A disciplina às vezes exige a utilização da cerca, da especificação de local heterogêneo a todos os outros ao redor e fechado em si mesmo. Houve o grande “encarceramento” dos vagabundos e dos miseráveis; houve outros mais discretos, mas insidiosos e eficientes. O modelo de Convento se impõe pouco a pouco; o Internato aparece como o regime de educação senão o mais frequente, pelo menos o mais perfeito; torna-se obrigatório em Louis-le-Grand quando, depois da partida dos jesuítas, fez-se um colégio-modelo. É preciso fixar o exército, essa massa vagabunda; impedir a pilhagem e as violências; acalmar os habitantes que suportam mal as tropas de passagem; evitar os conflitos, as autoridades civis; fazer cessar as deserções; controlar as despesas. A ordenação de 1719 prescreve a construção de várias centenas de quartéis, imitando os já organizados na propícia região sul do país; por isso o encarceramento neles será estrito. Em 1745 quartéis estão em 320 cidades aproximadamente; e se estimava mais ou menos 200. 000 homens a capacidade total dos quartéis em 1755. Ao lado das oficinas espalhadas criam-se grandes espaços para fomentar as indústrias, homogêneos e bem-delimitados: as manufaturas reunidas primeiro, depois as fábricas, na segunda metade do século XVIII.
A fábrica parece claramente um Convento, uma fortaleza, uma cidade fechada; o guardião “só abrirá as portas à entrada dos operários, e depois que houver soado o sino que anuncia o reinício do trabalho”; quinze minutos depois, ninguém mais terá o direito de entrar; no fim do dia, os chefes da oficina devem entregar as chaves ao grande suíço da fábrica que então abre as portas. É porque, à medida que se concentram as forças de produção, o importante é tirar delas o máximo possível de vantagens e neutralizar seus inconvenientes: roubos, interrupção do trabalho, agitações e “cabalas”; de proteger os materiais e ferramentas e de dominar as forças de trabalho. Estes trabalham o espaço de maneira muito mais flexível e mais fina. E em primeiro lugar segundo o princípio da localização imediata ou do quadriculamento. Cada indivíduos no seu lugar; e cada lugar um indivíduo. Evitar as distribuições por grupos; decompor as implantações coletivas; analisar as pluralidades confusas, maciças ou fugidias. O filósofo Michel Foucault (2014; 2021) defende a tese segundo a qual “o espaço disciplinar tende a se dividir em tantas parcelas quanto corpos ou elementos há a repartir”.
É preciso anular os efeitos sociais das repartições indecisas. O desaparecimento descontrolado dos indivíduos, sua circulação difusa, sua coagulação inutilizável e perigosa. É preciso instaurar um sucedâneo das “comunicações úteis”, interromper outras, poder a cada instante vigiar o comportamento de cada um, apreciá-lo, sancioná-lo, medir as qualidades e os méritos. A disciplina organiza o espaço analítico. A regra das localizações funcionais é clara e sua institucionalização caminha pouco a pouco, nas instituições disciplinares, para codificar um espaço que a arquitetura deixava geralmente livre e pronto para a diversidade de usos. Lugares determinados se definem para satisfazer não só às necessidades de vigiar, de romper as comunicações perigosas, mas também de criar um espaço útil. O processo comunicativo aparece claramente nos hospitais militares e marítimos. Na França, parece que Rochefort servia de experiência e de modelo. Um porto, e um porto militar, é, com circuitos de mercadorias, de homens alistados pelo bem da sociedade ou à força bruta, marinheiros embarcando e desembarcando, de doenças e de epidemias, um lugar de deserção, de contrabando, de contágio: encruzilhada de misturas perigosas, cruzamento de circulações proibidas. O hospital marítimo deve cuidar, mas deve ser um filtro. Um dispositivo que afixa e quadricula; tem que realizar uma apropriação sobre essa mobilidade e esse formigar humano decompondo a confusão da ilegalidade e do mal.
A vigilância médica das doenças e dos contágios é solidária de controles sociais, econômicos e políticos: militar sobre os desertores, fiscal as mercadorias, administrativos os remédios, as rações, os desaparecimentos, as curas, as mortes, as simulações e a necessidade de distribuir e se dividir o espaço com rigor. A mais recente produção dessas adaptações é o filme Polar, da Netflix estrelado por Mads Mikkelsen, inspirado em uma graphic novel homônimo publicada pela Dark Horse e escrita pelo quadrinista Víctor Santos. Essencialmente, o trabalho de Santos é muito similar ao Sin City (2005) de Miller, título de série de histórias em quadrinhos escrita por Frank Miller e publicados no formato de film noir. Todavia, com o “quadrinista usando ilustrações em preto e branco e uma violência exacerbada”. Entretanto, quando a Netflix pegou o material de Santos e o adaptou para a tela da TV, o resultado foi uma obra bem diferente da graphic novel original. Na realidade, são poucos os pontos de semelhanças entre as duas obras, de modo que o diretor do filme, Jonas Åkerlund, tomou diversas liberdades no momento de adaptação. O trabalho parece buscar referências como John Wick (2014), longa-metragem que apresenta “uma história similar à de Polar”, mas ambos mostram um ex-assassino de aluguel voltando à ativa, enquanto é caçado por assassinos enviados por um homem poderoso. As décadas de 1940-50 foram o período clássico do film noir.
Alguns
historiadores do cinema consideram Stranger on the Third Floor (1940) como o
primeiro film noir genuíno. Touch of Evil (1958), de Orson Welles é comumente
citado como o último filme do período clássico do noir. Alguns estudiosos do
cinema acreditam que o film noir talvez nunca tenha acabado realmente, mas
apenas perdido temporariamente a popularidade para, mais tarde, ser revivido de
uma maneira um pouco diferente. Outros críticos - talvez a maioria - não
consideram autênticos os filmes feitos fora do período clássico. Esses críticos
consideram o genuíno film noir como pertencente a um ciclo ou período e creem
que os filmes subsequentes, que tentaram reviver os filmes clássicos, são
diferentes, pois os criadores são conscientes do estilo “noir”, o que os
diretores dos film noirs originais talvez não fossem. Filmes desta
categoria social compreendida como maldita ou de “subgênero” eram produções de “baixo orçamento”, sem
atores de grande prestígio na mídia global.
Alguns
diretores e roteiristas foram mesmo perseguidos políticos durante o macartismo
dos anos 1940 até meados de 1950 e impedidos de trabalhar nos grandes estúdios
de Hollywood. Assim, colaboravam, sob pseudônimo, nessas produções baratas. Os
mais populares exemplos de film noir giravam em torno de uma mulher de virtudes
questionáveis e eram também conhecidos por bad girl movies. Enquanto os filmes
dos grandes estúdios demandavam mensagens mais positivas, nos filmes noir, os
protagonistas podiam ser personagens fracos e moralmente ambíguos, enquanto os
personagens secundários raramente possuíam alguma profundidade ou autonomia.
Era regra nos filmes A o uso de iluminação sofisticada, interiores luxuosos e
sets de filmagem externas ricamente elaborados. Ipso facto o film noir ficou
reconhecido por narrar dramas inteligentes e austeros permeados por temáticas
circunscritas ao niilismo, desconfiança, paranoia e cinismo, em ambientes
realistas urbanos e utilizando-se de técnicas como narração confessional e
movimentos de câmera com o ponto-de-vista do protagonista. Gradativamente, o
estilo noir influenciou a estética do cinema de fora de Hollywood.
John
Wick representa uma franquia de mídia neo-noir
norte-americana de suspense e ação criada pelo roteirista Derek Kolstad e
estrelada por Keanu Reeves como John Wick, um ex-assassino que é “forçado a
voltar ao submundo do crime que havia abandonado”. O primeiro filme foi lançado
em outubro de 2014; duas sequências já foram lançadas. A franquia, de
propriedade da Lionsgate, começou com o lançamento de John Wick em 2014,
seguido das sequências, John Wick: Chapter 2 em 10 de fevereiro de 2017 e John
Wick: Chapter 3 – Parabellum em 17 de maio de 2019. Todos os três filmes foram
considerados sucessos de crítica e comercial cinematográfica, com um
faturamento coletivo de mais de US $ 587 milhões em todo o mundo consumidor.
Uma quarta parte, John Wick: Capítulo 4, está em “pós-produção” e tem data de
lançamento em 24 de março de 2023. Uma quinta parte também está em
desenvolvimento e foi originalmente planejada para ser filmada back-to-back com a sequeência do quarto filme. John Wick (Keanu Reeves) nasceu Jardani Jovonovich na
Bielorrússia. Era órfão e foi levado pela Máfia Russa Tarasov e criado como
assassino. Era tão implacável que o chefe da máfia Viggo Tarasov o temia. No
primeiro filme, Wick foi aposentado da máfia por cinco anos. Há uma hierarquia
de assassinos em ambos os longas-metragens, a qual deve ser seguida à risca
para que não ocorram confusões maiores nesse mundo simbólico violento.
Máfia
Russa sociologicamente é a denominação generalizada dada a quaisquer dos grupos
criminosos organizados que surgiram na União Soviética, principalmente na
Rússia, no final da década dos anos 1980. Outras denominações genéricas para
estes grupos são Bratva (“A Irmandade”), de contexto social informal,
Organizatsiya (“A Organização”), uma denominação coletiva formalizada e Vory v
Zakone (Bandidos dentro da Lei), eufemismo utilizado para se referir a um grupo
restrito de indivíduos pertencentes a esses grupos, normalmente os mais bem
sucedidos dentro a hierarquia criminal. A grande maioria destes estão
atualmente extintos, após um período de grande influência na no decorrer da
década de 1990. Entre as organizações mafiosas estão a
Tambovskaia, de São Petersburgo, as gangues de Balashikhinski, Orekhov e
Solntsevo, de Moscou, a Uralmash, de Ecaterimburgo e a Chetchenskaia, da
Chechênia. Os reconhecidos grupos criminosos russos são o Círculo dos Irmãos, com atividades no Oriente Médio, África
e América Latina, o Nevski, com atividades nos Estados Unidos, e o
Obtshak-Ühiskassa, aliado à máfia da Finlândia.
Ao
se afastar do material original Jonas Åkerlund faz algo muito interessante: ele
possibilita que a sua obra sobreviva concomitantemente com a obra dos
quadrinhos sem que as duas necessariamente se equiparem. São duas produções
distintas, aproximadas apenas por uma premissa básica de “um assassino que
precisa fazer algo para sobreviver”. É uma forma de preservar duas visões
diferentes de um mesmo conceito: de um lado, a visão de Santos exposta nos
quadrinhos, de estilismo, e a visão Åkerlund, mais limpa e bem adequada, por
outro lado, ao público de serviço de streaming parece esperar. O Polar de
Åkerlund também não é um novo John Wick, pois ambos os filmes seguem caminhos
diferentes em suas abordagens, com finais distintos e interações sociais diversas
entre personagens. O Polar de Åkerlund e da Netflix é uma obra própria. Mas na
adaptação, ela cria a expectativa do público em comparar por um Polar fiel aos
quadrinhos ou, talvez, por um John Wick que pretende a substituição de
Mikkelsen no lugar de Keanu Reeves. Mikkelsen é responsável por dar uma
representação específica à adaptação da Netflix.
Nas
entrevistas concedidas na edição intitulada no Brasil: Microfísica do Poder
(2021), Michel Foucault faz a seguinte observação. - Em Vigiar e Punir o que eu
quis mostrar foi como, a partir dos séculos XVII e XVIII, houve verdadeiramente
um desbloqueio tecnológico da produtividade do poder. As monarquias da Época
Clássica não só desenvolveram grandes aparelhos de Estado – Exército, polícia,
administração local -, mas instauraram o que se poderia chamar uma nova
“economia” do poder, isto é, procedimentos que permitissem fazer circular os
efeitos de poder de forma ao mesmo tempo contínua, ininterrupta, adaptada e
“individualizada” em todo o corpo social. Essas novas técnicas são, ao mesmo
tempo, muito mais eficazes e mito menos dispendiosas (menos caras
economicamente, menos aleatórias em seu resultado, menos suscetíveis de
escapatórias ou de resistências) do que as técnicas até então usadas e que
repousavam sobre uma mistura de tolerâncias mais ou menos forçadas (desde o
privilégio reconhecido até a criminalidade endêmica) e de cara ostentação
(intervenções espetaculares e descontínuas do poder cuja forma mais violenta
era o castigo “exemplar”, pelo fato de serem excepcional). Durante muito tempo
o intelectual dito “de esquerda” tomou a palavra e viu reconhecido o seu
direito de falar enquanto um dono da verdade e da justiça.
Há
muitos anos que não se pede mais ao intelectual que desempenhe esse papel. Um
novo modo de “ligação entre a teoria e a prática” foi estabelecido. Os
intelectuais se habituaram a trabalhar não no “universal”, no “exemplar”, no
“justo e verdadeiro-para-todos”, mas em setores determinados, em pontos
precisos em que os situavam, seja suas condições de trabalho, seja suas
condições de vida (a morada, o hospital, o asilo, o laboratório, a
universidade, as relações familiares ou sexuais). Certamente com isso ganharam
uma consciência muito mais concreta e imediata das lutas. E também encontraram
problemas que eram específicos, “não universais”, muitas vezes diferentes
daqueles do proletariado ou das massas. E, no entanto, se aproximaram deles,
creio eu, diz Foucault, por duas razões. Porque se tratava de lutas reais,
materiais, cotidianas, e porque encontravam com frequência, mas em outra forma,
o mesmo adversário do proletariado, do campesinato ou das massas (as
multinacionais, o aparelho jurídico e policial, a especulação imobiliária
etc.). É o que eu chamaria de intelectual “específico” por oposição ao
intelectual “universal”. Essa figura nova tem outra significação política:
permitiu se não soldar, pelo menos rearticular categorias vizinhas, até então
separadas.
Jonas
Åkerlund nascido em 10 de novembro de 1965 é um diretor de videoclipes sueco.
Ele é reconhecido pelo estilo de seus videoclipes, que muitas vezes são formas
de zombar de trailers de filmes e curtas-metragens. Seu vídeo para a canção de
Madonna, Ray of Light, ganhou um Grammy de Melhor Vídeo Musical, formato curto,
e um recorde de sete prêmios no MTV Vídeo Music Awards 1998, incluindo o de
Vídeo do Ano. Em 2010 ele dirigiu o vídeo de Lady Gaga, Telephone, com Beyoncé,
Doritos Late Night Who`s That Chick? dia e noite, versões com Rihanna e David
Guetta, Who`s That Chick? com Rihanna. Åkerlund era um membro da banda de Black
metal sueca Bathory de 1983 a 1984. Ele encontrou a fama como diretor de vídeo
principal da dupla pop sueca Roxette. Em 1998, ele trabalhou com Madonna para a
canção Ray of Light e, trabalhando com bandas reconhecidas como
Metallica, Christina Aguilera, U2, Blink-182, P!nk, Rammstein e Lady Gaga. Ele
dirigiu o vídeo para a música do Smashing Pumpkins, uma banda de rock
alternativo norte-americana formada em Chicago em 1987: Try, Try, Try,
na forma de um curta-metragem. Ele também trabalhou na produção tanto do
designer quanto da fotografia para o álbum do Roxette Room Service, em 2001.
Em
2002 estreou seu primeiro filme de longa-metragem, Spun. Dirigiu anúncios
recentes para a companhia varejista sueca de vestuário MQ e da repaginação da
canção Devo Watch Us Work It, utilizada em comerciais da Dell Computers. O seu
mais recente trabalho foi com Britney Spears, com o vídeo de Hold It Against Me
que teve ótimas críticas. Ele se tornou um colaborador de longa data da cantora
pop Madonna, tendo trabalhado em vídeos de música tais como American Life, que
foi retirado das TV`s devido ao seu conteúdo gráfico da Guerra do Iraque, e
“Jump”. Ele também dirigiu o documentário I`m Going to Tell You a Secret (2004)
e o concerto especial para a televisão The Confessions Tour: Live from London
(2007). Entre seus trabalhos mais recentes estão o vídeo da polêmica canção da
banda Rammstein “Pussy” e o vídeo de Lady Gaga com a participação na produção da também
cantora Beyoncé na música “Telephone”. Em 2011, trabalhou no clipe de Britney
Spears, Hold it Against Me, curiosamente um dos mais criticados neste cenário
positivamente e negativamente da carreira de Britney Spears e de Joe Jonas.
Ao
viver o protagonista Duncan Vizla, o ator adiciona ao personagem camadas e mais
camadas de “personalidade” que o tornam pouco similar ao anti-herói específico
de sangue frio dos quadrinhos. Mikkelsen transforma Duncan em um personagem
redondo, com grande profundidade, e faz isso se adaptando às diferentes
necessidades do filme: quando uma cena é mais calma, ele transforma Duncan em
um homem bem paciente e civilizado; quando é uma cena de ação, ele não mede
esforços em sair por aí com diversas armas na mão e atirando para todos os
lados para deter seus inimigos. O filme Polar se torna uma espécie de lição
sobre adaptações em quadrinhos. É um filme que mostra que é possível encontrar
novas saídas na forma como se adapta uma obra, independente do fato do material
original ter ou não um estilo próprio bastante atraente. É verdade que, ao
abandonar diversas características de estilo da graphic novel, o filme cria
para si próprio novos problemas. A direção de Åkerlund inventa novas
formas de criar imagens tão chocantes quanto às dos quadrinhos. Imagens que
sejam impactantes para que o espectador sinta todo o ambiente violência
simbólica que toma conta do mundo de Polar.
Felizmente,
Åkerlund consegue fazer isso em cenas de ação bem coreografadas e com a ajuda
de Mikkelsen, cria um filme bastante memorável. O diretor foge da simples
imitação da obra original e cria algo novo, algo que pode fazer parte do mundo
atual no qual as remixagens e adaptações livres são predominantes. Na questão
abstrata das distribuições da vigilância
fiscal, para Foucault, tanto quanto econômica precedem as técnicas de
observação médica: localização dos medicamentos em caixas fechadas, registro de
sua utilização; um pouco mais tarde é estabelecido um sistema para verificar o
número real de doentes, sua identidade, as unidades de onde procedem; depois se
regulamentam suas idas e vindas, são obrigados a ficar em suas salas; a cada
leito é preso o nome de quem se encontra nele; todo indivíduos tratado é
inscrito num registro que o médico deve consultar durante a visita; mais tarde
virão o isolamento dos contagiosos, os leitos separados. Um espaço
administrativo e político se articula em terapêutico, como ocorre nas
universidades; tende a individualização dos corpos, as doenças, os sintomas, as
vidas e as mortes; constitui um quadro real de singularidades justapostas e
distintas. Nasce da disciplina um espaço útil exclusivamente do ponto de vista
médico.
Na
disciplina, os elementos físicos são intercambiáveis, pois cada um se define
pelo lugar que ocupa na série, e pela distância que o separa dos outros. A
unidade não é, portanto, nem o território (unidade de dominação), nem o local
(unidade de residência), mas a posição na fila; o lugar que alguém ocupa numa
classificação, o ponto em que se cruzam uma linha e uma coluna, o intervalo
numa série de intervalos que se pode percorrer sucessivamente. A disciplina,
arte de dispor em fila, e da técnica para a transformação dos arranjos. Ela
individualiza os corpos por uma localização que não os implanta, mas os
distribui e os faz circular numa rede social de relações. As disciplinas,
organizando as “celas”, os “lugares” e as “fileiras” criam espaços complexos:
ao mesmo tempo arquiteturais, funcionais, hierárquicos. São espaços contíguos
que realizam a fixação e permitem propriamente a circulação; recortam segmentos
individuais e estabelecem ligações operatórias; marcam lugares e indicam
valores; garantem a obediência dos indivíduos, mas também uma melhor economia
de tempo e dos gestos.
São
espaços mistos: reais, que regem a disposição dos edifícios, de salas, de
móveis, mas ideais, pois projetam sobre essa organização caracterizações,
estimativas, hierarquias. A primeiras das grandes operações da disciplina é a
constituição de “quadros vivos” que transformam as multidões confusas, inúteis
ou perigosas em multiplicidades organizadas. O tempo controla o corpo e com ele
todos os controles minuciosos do poder. O homem de tropa é um fragmento de
espaço móvel, antes de ser uma coragem ou honra. O corpo se constitui como peça
de uma máquina multissegmentar. São também peças as várias séries cronológicas
(cf. Jung, 1991) que a disciplina deve combinar para formar um tempo composto.
O tempo de uns se deve ajustar ao tempo de outros de maneira que se possa
extrair a máxima quantidade de forças de cada um e combiná-la num resultado
ótimo. Pode-se dizer que a disciplina produz, um quadro espetacular de
movimentação a partir dos corpos que controla, originam-se quatro tipos de
individualidades no continente europeu, ou antes uma individualidade dotada de
quatro características: é celular, pelo jogo de repartição espacial, é
orgânica, pela codificação das atividades, é genética, pela acumulação do
tempo, é combinatória, pela composição das forças sociais.
E
para tanto, utiliza quatro grandes formas técnicas: constrói quadros; prescreve
manobras; impõe exercício; enfim, para realizar a combinação das forças,
organiza as “táticas”, segundo o estratagema: corpo útil, corpo inteligível. A
tática, arte de construir, com os corpos localizados, atividades codificadas e
as aptidões formadas, aparelhos em que o produto das diferentes forças se
encontra majorado por sua combinação calculada é sem dúvida a forma mais
elevada da prática disciplinar. Nesse saber, os teóricos do século XVIII viam o
fundamento geral de toda a prática de guerra militar, inclusiva desde o
controle e o exercício dos corpos individuais, até a utilização das forças
específicas às multiplicidades mais complexas. Arquitetura, anatomia, mecânica,
economia do corpo disciplinar. É possível que fomentar a guerra seja como
estratégia seja a continuação da política. Se há uma série guerra-política que
passa pela estratégia, há uma série exército-política que passa pela tática. É
a estratégia que permite compreender a guerra como uma maneira de conduzir a
guerra entre os Estados; é a tática que permite compreender o exército como um
princípio para manter a ausência da guerra na sociedade civil.
Em
1973, juntamente com o Reino Unido e a Irlanda, a Dinamarca aderiu à Comunidade
Econômica Europeia (CEE), que posteriormente iria formar a União Europeia (UE)
após um referendo público. O Tratado de Maastricht, que envolvia uma maior
integração europeia, foi rejeitado pelo povo dinamarquês em 1992; ele só foi
aceito depois de um segundo referendo, em 1993, e pela adição de certas
disposições para a Dinamarca. Os dinamarqueses rejeitaram o Euro, como moeda
nacional em um referendo em 2000. A Groenlândia ganhou governo próprio em 1979
e foi premiada com a autodeterminação em 2009. A Groenlândia e as Ilhas Faroé
não são membros da UE; as Ilhas Faroé saíram da CEE em 1973 e a Groenlândia em
1986, em ambos os casos por causa de políticas de pesca. A Dinamarca, com uma
economia mista capitalista e um estado de bem-estar social, possui o mais alto
nível de igualdade de riqueza do mundo, sendo considerado em 2011, o país com
menor índice de desigualdade social do mundo. A Dinamarca tem o melhor clima de
negócios no mundo, segundo a revista estadunidense Forbes. De 2006 a 2008,
pesquisas classificaram a Dinamarca como “o lugar mais feliz do mundo”, com
base princípio político de saúde, bem-estar, assistência social e educação
universal. A Dinamarca também foi classificada como o país “menos corrupto” do
mundo globalizado em 2008, pelo Índice de Percepção de Corrupção,
compartilhando o primeiro lugar com a Suécia e a Nova Zelândia. O Índice Global
da Paz de 2009 classificou a Dinamarca como o segundo país “mais pacífico do
mundo”, depois da Nova Zelândia.
De
acordo com as estatísticas oficiais de janeiro de 2014, 78,4% da população da
Dinamarca é composta por membros da Igreja Nacional da Dinamarca, a denominação
religiosa oficialmente estabelecida, que é luterana na tradição. Isto
representa uma queda de 0,7% em relação ao ano anterior e 1,3% inferior em
relação a dois anos antes. Apesar dos valores elevados de adesão, apenas 3% da
população religiosa afirmam frequentar regularmente os cultos dominicais. A
Constituição do país estabelece que os membros da família real devem ser
seguidores da Igreja Nacional da Dinamarca, que é a igreja do estado, embora o
restante da população seja livre para aderir a outras religiões. Em 1682, o
Estado concedeu o reconhecimento limitado a três grupos religiosos dissidentes
da Igreja Estabelecida: o catolicismo romano, a Igreja Reformada e o Judaísmo,
embora a conversão desses grupos vista pela Igreja da Dinamarca permaneceu
ilegal inicialmente. Até o decorrer da década de 1970, o Estado reconhecia
formalmente as “sociedades religiosas” por intermédio de um decreto real.
Atualmente, os grupos religiosos não precisam de reconhecimento oficial do
governo na Dinamarca, podendo ser concedido a estes o direito de realizar
casamentos e outras cerimônias, sem este reconhecimento.
Os
muçulmanos compõem cerca de 3% da população e formam a segunda maior comunidade
religiosa do país, além da maior minoria religiosa. Desde 2009, há dezenove
comunidades muçulmanas reconhecidas na Dinamarca. De acordo com o Ministério
das Relações Exteriores dinamarquês, outros grupos religiosos correspondem a
menos de 1% da população individualmente e aproximadamente de 2%, quando
considerados em conjunto. Conforme uma pesquisa feita pelo instituto
Eurobarômetro, em 2010, 28% dos cidadãos dinamarqueses entrevistados
responderam que “acreditam que existe um Deus”, 47% responderam que “acreditam
que existe algum tipo de espírito ou força vital” e 24% responderam que “não
acreditam que haja qualquer tipo de espírito, Deus ou força vital”. Outra pesquisa,
realizada em 2009, constatou “que 25% dos dinamarqueses acreditam que Jesus
Cristo é o filho de Deus, e 18% acreditam que ele é o salvador do mundo”.
O
fato de jovens estarem optando por estudar por um período de tempo mais longo,
não só até a faculdade, assim como a decisão cada vez mais frequente de adiar
casamento e maternidade/paternidade, estariam mudando a percepção das pessoas
de quando a vida adulta começa, dizem pesquisadores australianos em um artigo
publicado na revista científica Lancet Child & Adolescent Health (2018).
Para eles, a redefinição da duração da adolescência seria essencial para
assegurar que as leis que dizem respeito a esses jovens continuassem sendo
asseguradas. Outros especialistas, no entanto, dizem que postergar o fim da
adolescência pode mais adiante infantilizar os jovens. A duração da
adolescência já chegou a ser alterada antes, quando se concluiu que, com os
avanços da saúde e da nutrição, a puberdade iniciava antes dos 14 anos, como se
convencionava.
Essa
fase tem início quando uma parte do cérebro, o hipotálamo, ativa as glândulas
hipófise e gônadas, entre outras coisas, liberam hormônios sexuais. Ela
costumava por volta dos 14 anos, mas caiu gradualmente no mundo desenvolvido
nas últimas décadas até o patamar de 10 anos. Como consequência, em países
industrializados como o Reino Unido a idade média para a primeira menstruação
de uma garota caiu quatro anos nos últimos 150 anos. Metade das mulheres fica
menstruada pela primeira vez entre 12 e 13 anos. A biologia é usada como
argumento por aqueles que defendem que a adolescência termina mais tarde - e
que dizem, por exemplo, que o corpo continua a se desenvolver. O cérebro
continua se desenvolvendo depois dos 20 anos, trabalhando de maneira mais
rápida e eficiente. E para muitos os dentes do siso não nascem até que complete
25 anos.
De
acordo com dados estatísticas de 2012 do governo dinamarquês, 89,6% da
população de mais de 5 580 516 habitantes da Dinamarca é de ascendência
dinamarquesa, definido como tendo pelo menos um pai que nasceu na Dinamarca e
tem nacionalidade dinamarquesa. Muitos dos 10,4% restantes são imigrantes ou
descendentes de imigrantes recentes de países vizinhos, além de Turquia,
Iraque, Somália, Bósnia e Herzegovina, Sul da Ásia e do Oriente Médio. A idade
média é de 41,4 anos, com 0,97 homens por mulher. 99% da população (acima de 15
anos) é alfabetizada. A taxa de fecundidade é de 1,73 filhos por mulher (est.
2013). Apesar da baixa taxa de natalidade, a população continua a crescer a uma
taxa estatística média anual de 0,23%. As línguas dinamarquesa, feroesa e
groenlandesa são as línguas oficiais da Dinamarca continental, das Ilhas Faroé
e da Groenlândia, respectivamente. O alemão é uma língua minoritária oficial no
antigo condado sul de Jutlândia, perto da fronteira com a Alemanha. O
dinamarquês é falado em todo o reino e é a língua nacional da Dinamarca. O
inglês e alemão são as línguas estrangeiras mais faladas. A Dinamarca é
frequentemente classificada como o país mais feliz do mundo em estudos
internacionais sobre níveis de felicidade entre a população.
A
economia da Dinamarca baseia-se num mercado inteiramente moderno que inclui
agricultura de alta tecnologia, indústria atualizada, quer nas pequenas
empresas quer nas grandes, extensas medidas governamentais de segurança social,
níveis de vida confortáveis, uma moeda estável e grande dependência do comércio
externo. A Dinamarca é um exportador de alimentos e energia e tem um excedente
confortável na balança de pagamentos. A economia dinamarquesa é altamente
sindicalizada; 75% da sua mão de obra está associada a um sindicato pertencente
à Confederação Dinamarquesa de Sindicatos. As relações entre os sindicatos e os
patrões são de colaboração: os sindicatos têm um papel na gestão diária dos
locais de trabalho, e os seus representantes têm assento no conselho de
administração da maioria das empresas. As regras sobre os horários de trabalho
e os salários são negociadas entre os sindicatos e os patrões, com um
envolvimento mínimo por parte do governo, pois não existe um salário mínimo em
vigor. O governo tem tido sucesso em cumprir, e mesmo exceder, os critérios de
convergência económica para participar na terceira fase (uma moeda europeia
comum) da União Econômica e Monetária (UEM), mas a Dinamarca, num referendo
realizado em setembro de 2000, reconfirmou a sua decisão de não se juntar aos
12 outros membros da União Europeia no euro. Mesmo assim, a divisa dinamarquesa
permanece indexada ao euro. O país é o 8º no ranking de competitividade econômica
do Fórum Econômico Mundial.
Eurobarômetro
representa uma série de pesquisas de opinião pública realizadas regularmente em
nome da Comissão Europeia desde 1973. Esses inquéritos abordam uma grande
variedade de questões atuais relacionadas à União Europeia (EU) em todos os
seus Estados-membros. Os resultados do Eurobarômetro são publicados pela
Direção-Geral da Comunicação da Comissão Europeia. Sua base de dados
estatísticos desde 1973 é uma das maiores do mundo contemporâneo. Os inquéritos
são realizados pela empresa TNS Opinion. Aliás a opinião da TNS faz parte da TNS, a
maior empresa de pesquisa de mercado personalizado do mundo, com presença em 80
países nos 5 continentes. A opinião da TNS é especializada na coordenação
de pesquisas de opinião, otimizando o uso dos recursos exclusivos que acessam a
rede global. Um parecer da TNS tem 40 anos de experiência em
coordenação, incluindo a realização de mais inquéritos Eurobarômetro em nome da
Comissão Europeia, que envolve uma recolha de cerca de 1.000.00 de entrevistas
por ano nos 28 Estados-Membros da UE. Em outubro de 2008, a TNS
parte da divisão de informações, insights e consultoria da WPP, The Kantar
Group. A WPP é um dos maiores grupos de serviços de marketing do mundo, empregando
110.000 pessoas em mais de 2.000 escritórios em 106 países.
Sua opinião é reconhecida pela sua contribuição para uma global compreensão da opinião pública. Atendemos a uma ampla gama de clientes em diferentes geografias como: – Instituições internacionais como a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu, o Banco Central Europeu e o Banco Mundial; – Empresas privadas de diversos setores como a CBS News, a Rand Corporation. – Academia: universidades europeias como Mannheim, Siena, European University Institute, Essex, London School of Economics etc. Em 2002, o governo nacionalista criou a regra gozosa dos 24 anos: os dinamarqueses só podem casar com estrangeiros se ambos os envolvidos tiverem mais de 24 anos de idade e cumprirem um rigoroso conjunto de condições. Em 2015, o país adotou uma lei de confisco altamente controversa, que permitiu apreender dinheiro e objetos de valor superior a 1 340 euros pertencentes a migrantes. Em 2018, o Parlamento autorizou a transformação da ilha de Lindholm num centro de detenção para estrangeiros, mas que as convenções internacionais impediram de ser reenviados para o seu país de origem. Em 2019, os pedidos de asilo atingiram o seu nível mais baixo desde 2008. Agência da ONU para Refugiados, faz um chamado aos líderes mundiais para que acelerem seus esforços para promover a paz, estabilidade e cooperação a fim de estancar e começar a reverter uma tendência de crescimento no deslocamento forçado por violência e perseguição.
Bibliografia
geral consultada.
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