“Culto é aquele
que sabe onde encontrar aquilo que não sabe”. Georg Simmel
O sonho é uma realização de
desejo. Segundo Freud (2017) quando passamos por um desfiladeiro estreito e
chegamos de súbito a uma colina em que os caminhos se dividem e o mais vasto
panorama se abre em diferentes direções, podemos parar por um momento e
refletir para onde queremos ir afinal? Depois de realizarmos a primeira
interpretação de um sonho, estamos numa situação semelhante. Encontramo-nos em
meio à clareza de uma descoberta repentina. O sonho não é comparável aos sons
desarmônicos de um instrumento atingido pelo golpe de uma força externa em vez
de ser tocado pela mão do instrumentista. Ele não é desprovido de sentido, não
é absurdo. Não pressupõe que uma parte de nosso patrimônio de representações
durma enquanto outra começa a despertar. Ele é considerado fenômeno psíquico
de plena validade – mais precisamente uma realização de desejo da alma. Ele
deve ser incluído na cadeia de ações psíquicas compreensíveis da vigília. Ele
foi construído por uma atividade intelectual altamente complexa. No mesmo
instante em que queremos nos alegrar com essa questão descoberta, somos
assaltados por uma profusão de perguntas. Os sonhos muitas
vezes revelam sem reservas o caráter de realização de desejo, de maneira
que podemos nos admirar que a sua linguagem já não tenha sido compreendida há
muito tempo.
É um fato proverbial que o sonho se
“desfaz” pela manhã. Todavia ele pode ser lembrado. Afinal, só o conhecemos
pela lembrança que temos dele ao despertar. No entanto, muitas vezes
acreditamos recordá-lo apenas de maneira incompleta, enquanto à noite seu
conteúdo era maior. Podemos observar como a lembrança de um sonho, ainda nítida
pela manhã, diminui no decorrer do dia até que restem só pequenos fragmentos. Muitas vezes sabemos que tivemos um sonho. Mas não sabemos com o que, e estamos
tão acostumados à experiência de o sonho estar sujeito ao esquecimento. Assim não
rejeitaríamos como absurda a possibilidade de que alguém pudesse sonhar e pela
manhã nada soubesse sobre o conteúdo do sonho, nem sobre o fato de ter sonhado.
Por ouro lado, ocorre que os sonhos demonstrem uma duração extraordinária na
memória. Sigmund Freud (2017: 60) afirma que seus pacientes tiveram há cerca de
25 anos ou mais “e posso me lembrar de um sonho que tive há pelo menos 37 anos
e que, no entanto, nada perdeu de seu frescor em minha memória. Tudo isso é
muito estranho e, a princípio, incompreensível”.
Ao observar a melhora dos pacientes
tratados pelo médico francês Jean-Martin Charcot (1825-1893), elaborou a hipótese de que a
causa da histeria era psicológica, e não orgânica, distanciando-se das
correntes positivistas que associavam a determinação biológica da espécie. Essa
hipótese serviu de base para outros conceitos desenvolvidos por Freud, como o
do inconsciente. Fatos sociais como a descrição de pacientes curados através do
diálogo por Josef Breuer (1842-1925) e a morte do colega Ernst von Fleischl-Marxow (1846-1891) por dose
excessiva do antidepressivo como era útil a cocaína, levaram-no ao abandono das
técnicas de hipnose e de drogas para desenvolver um novo método: a “cura
pela fala”, a psicanálise, que utilizava a interpretação de sonhos e livre
associação como vias de acesso ao inconsciente. Suas teorias sociais e seus
tratamentos terapêuticos foram controversos na aparentemente conservadora Viena
do fim do século XIX, e continuam a ser debatidos presentemente. Sua concepção
de teoria é de grande influência na psicologia e, além do contínuo debate sobre
sua aplicação terapêutica no tratamento médico, também é, frequentemente,
discutida e analisada como obra de literatura e cultura nas humanidades em
geral.
Se historicamente a palavra modelo
advém do italiano, neste sentido Viena representou metaforicamente uma “colcha
de retalhos” cuidadosamente costurada, em três aspectos ímpares: a) por uma
experiente dinastia amparada em burocracia estudada por Max Weber, b)
matrimônios na esteira analítica de Francesco Alberoni, e, c) um “liberalismo pragmático”
desenvolvido por Jeremy Bentham. A Europa média ou central era a própria
Áustria-Hungria, como o Oriente Médio, até 1918, confundia-se com o Império
Otomano. Englobava boa parte da Europa central, oriental, norte da Itália e
Bálcãs, vinte nações que poderiam ser organizadas em dezesseis diferentes
composições geopolíticas. As pilastras do antigo império em torno da Áustria,
Boêmia, Morávia e Hungria, integravam as alternativas. Politicamente o reinado
de Francisco José I, que se estende de 1848 a 1916, foi o mais longo e duradouro
da história imperial europeia. Em 68 anos de estabilidade, burocracia, rigor,
tradição e protocolo, a aristocracia difundiu um comportamento que permeou a
cultura e a política austríacas pelo menos até a 2ª guerra mundial (1939-1945). A celebrada efervescência é de intensa
produção artística e principalmente literária. Na virada do século IX para o
século XX, Viena experimentava formas díspares de “decadência e inovação;
unidade e multiplicidade cosmopolitismo e provincianismo; de outro, levante e
Ocidente”, escreveu Carl Schorske em seu libelo: Viena fin-de-siècle (1990)
que demonstra onde, quando e como se “fabricou” a essência
irradiante da modernidade.
Paradigmáticos foram o Salão da musa Alma Malher, Gustav Mahler, Kokoschka, Klimt, Gropius e Werfel, Hugo von Hofmannsthal e Schnitzler, mas também o café Central onde se cruzavam os caminhos de Sigmund Freud, Mazarik, Trotski, Bauer, o reacionário Karl Lueger. Ludwig Wittgenstein, Schoenberg e Schiele, Adolf Loos e Otto Wagner, por sua vez discutiam avanços da matemática à estética. Os cenários intelectuais de “leitura” eram múltiplos: a) havia o Salão de Alma Mahler, mulher de Gustav e musa de Kokoschka, Giropius e Werfel; b) o Café Central, onde se encontravam Freud, Mazarik, Bronstein, ou melhor, Leon Trotsky, o socialista Bauer e o reacionário Lueger. Wittgenstein, Schoenberg, Gustav Klimt e Otto Wagner discutiam avanços que iam da Matemática à Estética; c) Theodor Herzl (1998) vislumbrava o Estado judeu, temendo o antissemitismo; e d) tragicamente o então jovem Adolf percorria maravilhado, a monumental Avenida Ringstrasse. A vida de Arthur Schnitzler coincide com o outono áureo de uma civilização majestosa, ideal para romper com a tradição e antecipar a modernidade. As circunstâncias pelas quais a Áustria acabou sendo enredada nas guerras, até ser anexada pela Alemanha em 1938, aguçaram os contrastes e antinomias, marcado por mudanças tecnológicas, políticas e sociais. Num cenário histórico de intolerância crescente e irradiação artística luminosa, contraditoriamente o esplendor vienense degradou-se.
A psicossociologia tem como representação abstrata do indivíduo o estudo de problemas comuns à psicologia e à sociologia, particularmente a maneira como o comportamento individual é influenciado pelos grupos e costumes aos quais a pessoa pertence. Por exemplo, no estudo dos criminosos a psicologia estuda a personalidade latente do criminoso moldada pela educação do criminoso. A sociologia estuda o comportamento teórico, prático e afetivo do próprio grupo num processo de interação social em geral: os métodos que o grupo criminoso usa para recrutar membros e a maneira como o grupo muda ao longo do tempo. Psicossociologia estuda o comportamento do criminoso, que é criado pelo grupo ao qual pertence, como os jovens que moram no mesmo quarteirão do bairro. Existem muitos fatores sociais que podem afetar a psicologia dos outros como as chamadas “panelinhas sociais”. Se alguém é aceito em seu grupo desejado, isso muda a maneira como eles pensam sobre si e as pessoas ao seu redor. Amizades em idades jovens enquanto crescem também têm muito a ver na realidade menos com o desenvolvimento psicológico, mas também com habilidades técnicas e comportamento social.
O mesmo vale para as leis comuns escritas por homens e mulheres na
sociedade. Se o grupo de um indivíduo decide obedecer por eles ou não, isso
afeta a visão desse indivíduo sobre a lei e seu grupo como um todo. A maneira
como as pessoas podem agir ou falar dita a maneira como os outros as veem em
uma sociedade. Por exemplo, os indivíduos podem ver a autoridade de muitas
maneiras diferentes, dependendo de suas experiências e do que os outros lhes
disseram. Por isso, com base no conhecimento social de autoridade das pessoas,
suas opiniões e ideias são muito diferentes.
Cada indivíduo tem seu próprio processo de pensamento psicológico único
e pessoal no qual eles usam para analisar o mundo ao seu redor. As pessoas
internalizam e processam fatores sociológicos de maneira relativa ao seu
processo de pensamento psicológico. Essa relação é recíproca, pois a sociedade
pode alterar e transformar as maneiras que as pessoas pensam e, ao mesmo tempo,
a sociedade pode ser influenciada pelo pensamento psicológico exteriorizado dos
indivíduos dentro da própria sociedade. Devido a isso, pode-se antever como a
psicologia é fundamental para ajudar o sociólogo a compreender e interpretar os
efeitos psíquicos generalizados dos fatos sociais no comportamento de um
indivíduo determinado.
Em
primeiro lugar, devemos esclarecer brevemente três aspectos filosóficos da vida
individual (o sonho) e coletiva (os mitos, os ritos, os símbolos) que giram em
torno das palavras construir, habitar, pensar. Em verdade,
não nos interessa, especificamente e de modo algum, o construir a partir da
arquitetura e das técnicas de construção civil. Situamo-nos ao contrário, no
plano abstrato das relações, o construir, para reconduzi-lo ao âmbito a
que pertence aquilo que é. Parece que só é possível o que se constrói.
Este, o construir, tem aquele, o fato de habitar, como meta. Mas nem todas as
construções são habitações. Uma ponte, um hangar, um estádio, uma usina
elétrica são construções sociais planejadas e não habitações; a estação
ferroviária, a autoestrada, a represa, o mercado são construções enquanto
processo de trabalho e de comunicação e não habitações. Essas várias
construções, são nosso habitar, um gênero que ultrapassa essas
construções sem limitar-se a uma habitação. Na autoestrada, o motorista de
caminhão está em casa, embora ali não seja a sua residência. Na tecelagem, a
tecelã está em casa, mesmo não sendo ali a sua habitação. Na usina elétrica, o engenheiro
está em casa, mesmo não sendo o lugar real de sua habitação. Mas oferecem ao
homem um abrigo. Nela o homem de certo modo habita e não habita, se por habitar
entende-se simplesmente possuir residência. Habitar é o fim que se impõe
a todo meio de construir. Habitar e construir encontram-se, assim, numa relação
de meios e fins. Pensando desse modo, tomamos habitar e construir por duas
atividades separadas, o que não deixa de ser uma representação abstrata correta.
As
relações sociais essenciais não se deixam, contudo, representar adequadamente
através do “esquema meio-fim”. Construir não é, em sentido próprio, apenas meio
para uma habitação. Construir já é em si mesmo habitar. Quem nos oferece de
fato uma medida para dimensionarmos o vigor essencial do que seja habitar e
construir? O acesso à essência ao plano de uma coisa que nos advém da linguagem.
Isso só acontece, porém, quando prestamos atenção ao vigor próprio da
linguagem. Enquanto essa atenção visível não pode se dar, desenfreiam-se as
palavras, escritos, programas, numa avalanche sem fim. O homem se comporta como
se ele fosse criador e senhor da linguagem, ao passo que ela permanece
sendo “a senhora do homem”. Talvez seja o modo do homem lidar com esse
assenhoramento que impele o seu ser para a via da estranheza singular. É
salutar o cuidado com o dizer.
Mas esse cuidado é em vão se a linguagem continuar apenas a nos servir
como “meio de expressão”. Dentre todos os apelos que nos falam e que nós
podemos a partir de nós mesmos contribuir para o que se deixar dizer, segundo
Martin Heidegger (2006: 126) que “a linguagem é o mais elevado e sempre o
primeiro”.
A essência de construir é “deixar-habitar”. A plenitude de essência é o edificar mediante a articulação de um conjunto de práticas e saberes sociais. Somente em sendo capazes de habitar é que podemos construir. A referência “apenas” torna visível num já ter-sido um habitar, como o habitar foi capaz de construir. Já é um enorme ganho se habitar e construir tornarem-se dignos de se questionar e, assim, permanecerem dignos de se pensar livremente. Em segundo lugar, o que diz então construir? A palavra do antigo alto-alemão usada para dizer construir, “buan”, significa habitar. Diz: permanecer, morar. O significado próprio do verbo bauen (construir), a saber, habitar, perdeu-se. Um vestígio encontra-se resguardado sobremaneira na palavra “Nachbar”, vizinho. O “Nachbar” (vizinho) é o “Nachgebur”, “Nachgebauer”, aquele que habita a proximidade. Os verbos buri, büren, beuren, beuron significam todos eles o habitar, as instâncias e circunstâncias do habitar. Sem dúvida a antiga palavra buan não diz apenas que construir é propriamente habitar. Mas também nos acena o como devemos pensar o habitar que aí deseja o que se nomeia. Quando se fala habitar, representa-se costumeiramente o que o homem deseja, cumpre e realiza em meio a vários outros meios e modos de comportamento. A sabedoria revela aqueles homens simples, que mantinham-se ocupados o dia todo e nada faziam. Trabalhamos aqui e habitamos ali. Não habitamos como uma preguiça e ócio.
Temos
uma profissão, fazemos negócios, viajamos e, a meio caminho, habitamos ora
aqui, ora ali um lugar real. Construir significa originariamente habitar.
Quando a palavra bauen, construir, ainda fala de maneira originaria diz,
ao mesmo tempo, que amplitude alcança o vigor essencial, do fato de habitar.
Bauen, buan, bhu, beo, é, na verdade, a mesma
palavra “bin”, eu sou nas conjugações ich bin, du bist, eu sou,
tu es, nas formas imperativas bis, sei, sê, sede. O que diz então: eu sou? A
antiga palavra bauen (construir) a que pertence “bin”, “sou” responde:
“ich bin”, “du bist” (eu sou, tu es) significa: eu habito, tu habitas. A
maneira como tu és e eu sou, o modo segundo o qual existimos sobre essa terra é
o Buan, o habitar. Ser homem diz: ser como um mortal sobre essa terra. Diz:
habitar. A antiga palavra bauen (construir) diz em sua
representação que o homem é à medida que habita. A palavra bauen
(construir), porém, significa ao mesmo tempo: proteger e cultivar, a
saber, cultivar o campo, cultivar a vinha. Construir significa cuidar do
crescimento que, por si mesmo, dá tempo para ver luzir seus próprios frutos.
No sentido de proteger e cultivar, construir não é o mesmo que produzir. Muitos se enganam a respeito. A construção de navios, construção de um templo produzem, ao contrário, de certo modo a sua obra. Em oposição ao cultivo, construir diz edificar. Ambos os modos de construir – construir como cultivar, em latim, colere, cultura, e construir como edificar construções, aedificare – estão contidos no sentido próprio de bauen, isto é, no habitar. No sentido de habitar, ou melhor dizendo, no sentido de ser e estar sobre a terra, construir permanece, para a experiência cotidiana do homem, aquilo que desde sempre é, como a linguagem diz de forma tão bela, “habitual”. Isso esclarece porque acontece um construir por detrás dos múltiplos modo de habitar, por trás das atividades de cultivo e edificação. Essas atividades acabam apropriando-se do termo bauen (construir) e com isso da própria coisa nele designada. Se na universidade não há o saber que muda o sentido próprio de construir, a saber, o habitar, cai no esquecimento o que não forma do pensamento em geral.
Esse
acontecimento, em nosso entendimento filosófico e social, refere-se a uma
transformação semântica ocorrida no mero âmbito das palavras. Na verdade,
porém, aí se abriga algo muito decisivo no sentido filosófico: o fato de não
mais se fazer a experiência de habitar constitui o ser homem, e de que não mais
se pensa, em sentido pleno, que habitar é o traço fundamental do ser-homem.
Que a linguagem logo retome o significado próprio da palavra bauen (construir),
testemunha, no entanto, o caráter originário desses significados. É que, nas
palavras essenciais da linguagem, o que nelas se diz propriamente cai, com
muita facilidade, no esquecimento, em favor do que se diz num primeiro plano. O
homem ainda não chegou a pensar o mistério desse processo. A linguagem retrai
para o homem o seu dizer simples e elevado. Mas isso não chega a emudecer o seu
apelo inicial. O apelo apenas silencia.
O homem não presta a sua atenção a esse silêncio. Ouvindo, porém, segundo
Martin Heidegger, o que a palavra bauen representada no âmbito de
construir, podemos perceber três coisas essenciais: 1. Bauen, construir
é propriamente habitar; 2. Wohnen, habitar é o modo como os mortais são
e estão sobre a terra; 3. No sentido de habitar, construir desdobra-se em duas
acepções: construir, entendido como cultivo e o crescimento e construir, no sentido de edificar construções.
Do
ponto de vista filosófico Georg Simmel foi, sem dúvida nenhuma, a figura de
transição mais importante e mais interessante praticamente da filosofia
moderna. Por esse motivo, exerceu uma atração sobre os verdadeiros talentos
filosóficos da nova geração de pensadores. Apresentou sua Soziologie
no ano de 1908 e contribuiu decisivamente para a consolidação desta
ciência na Alemanha. Nesta obra, ele trata especificamente da sociologia e
aprofunda a análise das formas de “sociação”, como a dominação, o conflito, o
segredo, círculos sociais e a pobreza. Ao mesmo tempo, reflete a análise sobre
os condicionamentos quantitativos da vida social, bem como sobre a relação
entre a vida grupal e a individualidade. Simmel desenvolveu a “sociologia
formal”, ou das “formas sociais”, influenciado pela filosofia kantiana que
distinguia “a forma do conteúdo dos objetos de estudo do conhecimento humano”.
Tal distinção pretendia tornar possível metodologicamente o entendimento da
vida social já que no processo de “sociação” (Vergesellschaftung), como objeto
da sociologia, o “invariante eram as formas em que os indivíduos se
agregavam e não os indivíduos em si”. Para Simmel diante do “conflito” (Kampf)
os indivíduos vivem em relações de cooperação, mas também de oposição, os conflitos são parte mesma da constituição da sociedade.
Seriam
momentos de crise, um intervalo entre dois momentos de harmonia, vistos,
portanto, numa função positiva de superação das divergências. Fundamenta uma
episteme em torno da ideia abstrata de movimento, da relação, da pluralidade,
da inexorabilidade do conhecimento, de seu caráter construtivista, cuja
dimensão central realça o fugidio, o fragmento e o imprevisto.
Por isso, seu panteísmo estético, como episteme, no qual se entende que cada
ponto, cada fragmento superficial e fugaz é passível de significado estético
absoluto, de compreender o sentido total, os traços significativos, do
fragmento à totalidade. Conflito é admitido por causar ou modificar grupos de
interesse, unificações, organizações. Por outro lado, pode parecer paradoxal na
visão comum se alguém pergunta se independentemente de quaisquer fenômenos que
resultam de condenar ou que a acompanha, o conflito é uma forma de “sociação”.
À primeira vista, isso soa como uma pergunta retórica. Mas se todas as
interações entre os homens representam uma sociação, o conflito, -
afinal uma das interações mais vivas, que, além disso, não pode ser exercida
por um indivíduo sozinho, - deve certamente ser considerado como “sociação”. Nenhum
outro sociólogo daquele tempo, segundo Rammstedt (2015) foi considerado tão moderno
quanto Simmel na vida cotidiana e em suas atividades abstratas como escritor e
cientista. Em seu dia a dia, Georg Simmel jogava tênis, patinava no gelo e
praticava alpinismo, gostava de viajar e andar de bicicleta - ele “costumava
vir para a universidade de calças curtas e de bicicleta, recém-surgida e de má
fama para pessoas de boa educação”.
Fora
da ideia de nacionalismo, a partir da competição entre nações, Simmel chamou
atenção para o fato de que, “a luta contra uma potência estrangeira dá ao grupo
um vivo sentimento de sua unidade”, e além disso, é “um fato que se verifica
quase sem exceção. Não há, por assim dizer, grupo - doméstico, religioso,
econômico ou político – que possa passar sem esse cimento'”. Essa atividade
intelectual, porque psíquica e de preparação psicológica, quase exclusivamente
entre homens, pode representar com o homem diante da guerra um crime contra a
humanidade, individual ou coletivamente com o intuito de destruir, total ou
parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial, militar ou religioso. E, de
fato, os fatores de dissociação - ódio, inveja, necessidade, desejo, -
são as causas da condenação, que irrompe por causa deles. Conflito é, portanto,
destinado a “resolver” a questão dos dualismos divergentes, é uma maneira de
conseguir algum tipo de unidade, mesmo que seja através da aniquilação de uma
das partes em litígio. Vitalismo é a crença de que os “organismos vivos” são
fundamentalmente diferentes dos objetos inanimados por conterem algum elemento
metafísico, ou por serem governados por diferentes princípios desses objetos abstratos.
Nos casos em que o vitalismo se refere explicitamente esse princípio vital,
geralmente dá-lhe o nome de energia vital, ou seja, impulso vital ou elã
vital, um conceito comparativamente semelhante ao da alma.
Nos
séculos XVIII e XIX, o vitalismo era tema de discussão entre os biólogos,
divididos entre os que acreditavam que as leis da mecânica ou da física
acabariam por explicar a diferença entre vida ou não vida, e os que acreditavam
que a vida não poderia ser reduzida a processos mecânicos. Estes últimos, os
biólogos vitalistas, chegaram a propor hipóteses testáveis com o objetivo de
demonstrar que as explicações mecânicas eram insuficientes, mas estas
experiências não conseguiram demonstrar a existência do vitalismo. Desde o
início do século XX que os biólogos consideram o vitalismo refutado
erroneamente por “evidências empíricas”, pelo que o enquadram num amplo escopo
de referências no campo da religião, e não da ciência. Os manuscritos de Simmel
sobre “vitalismo”, ou “filosofia de vida”, quase no final de sua vida,
dimensionam não tanto a “tragédia da cultura”, mas a ambivalência do sujeito
frente à cultura, ou melhor, o conflito da cultura. Entende Simmel que, ainda que
as formas culturais na sociedade mercantil avançada tornem difícil ao homem
exprimir criatividade, o mesmo não consegue viver sem elas. A comodidade, as
construções simbólicas, os sistemas de controle social da informação, as novas
normas legais sobre as questões urbanas, a liberação da sexualidade, dentre
outras, são manifestações de uma espécie de outro lado da modernidade. Essa
percepção sensível de um maior avanço da cultura subjetiva não foi suficiente
para alterar o “nó duro”. A análise em torno da crítica analítica da
dimensão de massa dos bens culturais, segundo os quais deixam os homens
deprimidos por não poder assimilá-los todos. Mas no mesmo momento em que não podem
excluí-los, pela fragmentação da existência crescente das
esferas abstratas objetivadas na vida e a erosão da cultura pessoal. Pois com o
avanço dos multivariados objetos exigem a conotação cultural.
Do
ponto de vista geográfico Nova Orleans está localizado nas planícies litorâneas
do Rio Mississippi, a aproximadamente 160 km distante da foz do rio, no Golfo
do México. A geografia da região caracteriza-se pela sua baixíssima altitude,
com várias áreas estando localizadas em uma altitude abaixo do nível do mar. Em
função de sua baixa altitude e do seu terreno muito pouco acidentado, um
pequeno aumento do volume das águas do Rio Mississippi pode desencadear
enchentes na extensão da região inferior do rio. Enchentes são comuns no sul da
Luisiana, e estas enchentes, como consequência, depositam sedimentos no solo da
região, tornando este solo extremamente fértil. A cidade foi fundada em 1718
por Jean-Baptiste Le Moyne de Bienville (1680-1767), um colonizador e
representante do governo da França na Louisiana, indicado várias vezes no
período 1701-1743, assim nomeada em homenagem a Filipe II, Duque d`Orleães
(1674-1723), tendo sido duque e Regente da França de 1715 a 1723, durante a
“menoridade de Luís XV a última no Reino da França no período em que Nova
Orleães foi fundada”. Está localizada no sudeste do estado próximo do Lago
Pontchartrain, seu ponto mais baixo.
Ela se tornou a capital da Luisiana
em 1722. A cidade é o centro portuário mais movimentado do Estados Unidos da
América, e o quarto mais movimentado do mundo globalizado, graças à sua
localização próxima ao Golfo do México e do Rio Mississippi, fazendo da cidade
um polo de conexão para produtos que são importados/exportados para a América
Latina. Além disso, a indústria petroleira é também de grande importância para
a economia da cidade. Esta indústria é forte na cidade tendo em vista a
proximidade a vários postos de extração de petróleo localizados à cidade, ao
longo da Costa do Golfo. O turismo também é uma fonte de renda primária. É uma
cidade reconhecida pelo seu legado multicultural - especialmente
influências culturais francesas, espanholas e afro-americanas, e pela sua culinária
e música. Entre elas, The Crescent City, descrevendo seu formato ao
longo do Rio Mississippi, The Big Easy, uma referência feita por
músicos, à relativa facilidade de encontrar um emprego na cidade, e finalmente,
The City that Care Forgot, associada com a natureza aparentemente amistosa
dos habitantes da cidade. O lema não-oficial, mas muito citado na cultura da cidade
é: Laissez les bons temps rouler. Como “lugar praticado” é um destino
turístico mundial famoso graças aos seus vários festivais. Entre eles, os mais
importantes são os tradicionais Mardi Gras, Jazz Fest e Southern
Decadence, e last but not least, festival de futebol norte-americano
Sugar Bowl.
Em agosto de 2017, foi anunciado que Katie Holmes havia sido confirmada no elenco do filme, com Andy Tennant, um cineasta norte-americano nascido em Chicago, Illinois, que realiza filmes de comédias românticas, dirigindo a partir de um roteiro que ele escreveu ao lado de Bekah Brunstetter e Rick Parks, baseado no livro de “autoajuda” de 2006: O Segredo, de Rhonda Byrne. O livro foi traduzido para 50 idiomas e apareceu na lista de best-sellers do New York Times por 190 semanas. Em setembro de 2018, Josh Lucas foi confirmando no elenco do filme. Em novembro de 2018, Jerry O`Connell e Celia Weston também se juntaram ao filme. A fotografia principal começou em 30 de outubro de 2018, em Nova Orleans. Em novembro de 2019, a Roadside Attractions e a Gravitas Ventures “adquiriram os direitos de distribuição do filme”. Estava programado para ser lançado em 17 de abril de 2020, no entanto, devido à pandemia global que vivemos, foi retirado do cronograma. A Roadside Attractions declarou que anunciaria um novo lançamento nos cinemas “uma vez que a clareza para uma experiência de cinema segura e confortável fosse estabelecida”, mas o lançamento do filme acabou sendo cancelado. Estreou em vídeo sob demanda em 31 de julho de 2020.
O primeiro livro do gênero foi
intitulado: Autoajuda, por escocês Samuel Smiles (1812-1904) e publicado
em 1859. Sua frase de abertura é: “O Céu ajuda aqueles que ajudam a si mesmos”,
uma variação da máxima “Deus ajuda aqueles que ajudam a si mesmos”,
frequentemente citada no Poor Richard`s Almanac (1732), do ex-presidente
norte-americano Benjamin Franklin (1706-1790), no qual se baseia uma boa parte
da sua reputação popular nos Estados Unidos da América. Foi um dos líderes da
Revolução Americana, reconhecido por suas citações e experiências com a
eletricidade. Foi ainda o primeiro embaixador dos Estados Unidos da América em
França. Religioso, calvinista, e uma figura representativa do iluminismo.
Correspondeu-se com membros da sociedade lunar e foi eleito membro da Royal
Society. O termo Autoajuda pode designar qualquer caso onde um indivíduo
ou um grupo, como um grupo de apoio, procuram “se aprimorar de
forma econômica, espiritual, intelectual ou emocional”. Também costuma ser
aplicado como uma panaceia em educação, negócios e psicologia, propagandeada
através do pragmático ramo editorial de livros para o consumo. Antes que se
torne um movimento social, em qualquer grupo cultural atinja dimensões
consideráveis, tradição, experiência e reconhecimento, ele se submete a fase de
autoajuda do desenvolvimento como grupo. Quando qualquer grupo alcança um certo
número de adeptos, o padrão com adultos parece o desenvolvimento de uma célula
de autoajuda que pode se desagregar do grupo original. Grandes grupos que
competem podem tentar repudiar ou minimizar o que se separou,
descrevendo-o ideólogos, como grupo de “autoajuda” já que a sua
experiência supostamente não é tão significante nem verdadeira como a do mais antigo.
Fora deste equívoco, trata-se de um
conhecimento que não se limita à percepção sensível direta: precisa
construir interpretações abstratas, baseadas em informações que não podem ser
imediatamente cotejadas com a experiência vivida pelo observador. O sujeito se abstrai
da multiplicidade das sensações, lembra o filósofo Leandro Konder (2002),
da percepção imediata, e se fixa em determinados elementos, que vão sendo desdobrados
em conexão uns com os outros. Abrindo uma trilha de novos caminhos e explorando
as novas possibilidades, o conhecimento adquirido realiza avanços prodigiosos,
porém fica exposto a maiores equívocos. Os erros cometidos empiricamente são
limitados e simples; os erros que se cometem com base na elaboração teórica,
isto é, abstrata, entretanto são sutis e complexos. Isto porque o
desenvolvimento das ciências depende da teoria, da abstração. Ao mesmo tempo,
ele não proporciona ao conhecimento nenhuma garantia de que não haverá
descaminhos. E em tese no plano abstrato, qualquer falha na construção ambiciosa do conhecimento sociológico poderá, em princípio,
causar transtornos muito superiores aos que costumam ser acarretados pelas deformações
da limitada percepção da realidade.
No início do século XIX foi então que Destutt de Tracy, retomando ideias dos clássicos das Luzes, especialmente de Étienne Bonnot, abade de Condillac, publicou seu livro Elementos de Ideologia (1801). O volume teve considerável repercussão. Nele Destutt de Tracy concebia a ideologia como uma nova disciplina filosófica, que devia incorporar os resultados mais significativos de todas as outras. Seu raciocínio seguia um caminho que pode ser resumido da seguinte maneira: agimos de acordo com nossos conhecimentos, que se organizam através de ideias; se chegarmos a compreender como se formam as ideias a partir das sensações, teremos a chave para nos entender e para criar um mundo melhor. A conclusão era: precisamos decompor as ideias até alcançar os elementos sensoriais que as constituem. Ipso facto, a perspectiva derivada dessa concepção do conhecimento foi entendida como a doutrina segundo a qual a consciência era produto do meio. Melhor dizendo, a realidade objetiva chegava à compreensão dos homens por meio de impressões sensoriais, que depois se complicavam na sofisticação das ideias. À medida que eram capazes de reconstituir esse processo formativo, através da ideologia, os homens refletiam com maior fidelidade o real, evitavam os delírios do subjetivismo e podiam se aperfeiçoar, aperfeiçoando o mundo em que viviam.
O que o arguto pensador marxista
Leandro Konder insiste, é que Destutt de Tracy não estava sozinho; ele integrava
um grupo de intelectuais – os ideólogos – que se dispunham a prestar aos
detentores do poder uma assessoria esclarecedora, orientando-os no sentido de
promover o aprimoramento das instituições. Nesta época em que os ideólogos
expunham suas concepções, nos anos que se seguiram à publicação do livro Elementos
de Ideologia, quem governava a França era Napoleão Bonaparte. O grupo deu
sinais de que desejava ensiná-lo a dirigir o Estado; ao menos foi essa a
impressão do imperador. Napoleão enfureceu-se, acusou os ideólogos de
cultivarem uma “tenebrosa metafísica” e afirmou – em 1812 – que eles não
contribuíam para proporcionar aos homens um melhor “conhecimento humano”.
Acrescentou, ainda, que, apesar das pretensões que exibia, o grupo não se
mostrava atento e receptivo às “lições da história”. Foi com Napoleão,
portanto, que o termo ideologia que havia surgido com sentido exaltadamente
positivo, passou a ter acepção asperamente negativa. E essa acepção negativa,
afinal, prevaleceu nas décadas seguintes. Michael Löwy comenta com humor e
predominância do sentido atribuído ao termo por Napoleão sobre o sentido que conferiam os ideólogos: como Napoleão tinha mais peso, ideológico
que eles, foi sua maneira de utilizar o termo que teve sucesso para a linguagem
corrente.
O conceito de autoajuda também encontrou um lugar em gêneros mais expansivos. Para muitos adeptos, a ideologia de autoajuda passou a ser uma maneira de reduzir custos, especialmente em questões legais, com serviços de autoajuda disponíveis para auxílio nas causas rotineiras, desde processos domésticos até ações sobre direitos autorais. No mercado, as tendências relacionadas à autoajuda resultaram, nas últimas décadas, nos sistemas de pagamentos automatizados. Bombas de gasolina de autoajuda: self-service ou autosserviço, como é reconhecido esse sistema no Brasil, substituíram as bombas que necessitavam de um funcionário nos Estados Unidos da América, durante os últimos anos do século XX. Os diversos gêneros em que os conceitos de autoajuda são aplicados, são trazidos juntamente com a expansão de tecnologias que dão, aos indivíduos, condições de conduzir atividades econômicas e sociais tanto triviais quanto mais profundas em complexidade. A publicação de livros do gênero de autoajuda surgiu da descentralização da ideologia liberal social, do crescimento da indústria editorial usando novas e melhores tecnologias de impressão e da difusão das novas técnicas em ciências psicológicas. Na semana de estreia, The Secret: Dare to Dream foi baseado no inovador best-seller sobre a lei da atração escrito por Rhonda Byrne (2006), acompanha Miranda, uma jovem viúva que tenta sobreviver enquanto cria seus três filhos e namora Tucker. Vale lembrar que Byrne é escritora australiana e produtora famosa integrada ao chamado Movimento do Novo Pensamento, e também da chamada Nova Era. Um dos princípios deste último e a lei da atração. Em 2007, Byrne foi considerada pela revista Time Magazine como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.
Foi o filme mais alugado no FandangoNow, segundo na Apple TV,
sétimo na iTunes Store e 10º no Spectrum. Em seu segundo fim de semana, o filme terminou
em segundo lugar na tabela de aluguel semanal do FandangoNow, e ficou em dois
outros. No site agregador de críticas Rotten Tomatoes, o filme possui um
índice estatístico de aprovação de 28% com base em 53 críticas postadas, com
uma classificação média de 4,6/10. O consenso dos críticos do site afirma o
seguinte comentário: - “Para aqueles que se atrevem a sonhar com uma adaptação
dramática digna de O Segredo, esse romance encharcado será uma decepção
dolorosa demais para visualizar”. No Metacritic, um website norte-americano
que reúne críticas de álbuns, videogames, filmes, programas de televisão, igualmente
de DVDs e livros. Estatisticamente para cada produto comercializado, um valor numérico de cada
crítica é computado, melhor dizendo registrado comercialmente, e daí retirado uma média aritmética ponderada. Um trecho de
cada crítica é citado junto com um hyperlink para a fonte. O filme tem
pontuação média ponderada de 32 em 100, com base em 11 críticos, indicando “críticas
geralmente desfavoráveis”.
A questão simmeliana representada no fabuloso filme: O Segredo: Ouse Sonhar (2020), dirigido por Andy Tennant, é baseado em livro homônimo de Rhonda Byrne, The Secret: Dare to Dream é um filme de drama norte-americano, com um roteiro que ele escreveu com Bekah Brunstetter e Rick Parks. É estrelado por Katie Holmes, Josh Lucas, Jerry O`Connell e Celia Weston. Nascido em Illinois, 15 de junho de 1955, Andy é um extraordinário cineasta norte-americano que realiza filmes classificados como o de gênero “comédias românticas”. Sua filmografia é extensa e desde 1995, Andy Tennant realizou It Takes Two, com Kirstie Alley, Steve Guttenberg, Mary-Kate Olsen e Ashley Olsen. 2 anos depois, em 1997, dirigiu Fools Rush In, com Matthew Perry e Salma Hayek. Em 1998, assinou Ever After, com a estilosa Drew Barrymore, e Anjelica Huston no papel da malvada madrasta. Em 1999, Tennant realizou Anna and the King, com Jodie Foster e Chow Yun-Fat. 3 anos depois, em 2002 assinou Sweet Home Alabama com Reese Witherspoon. Em 2005, Tennant realizou na sua volta à Columbia Pictures o filme Hitch - Conselheiro Amoroso, Alex “Hitch” Hitchens (Will Smith) é um lendário, e propositalmente anônimo, “doutor do amor”, que vive em Nova York, com Will Smith e Eva Mendes. Em 2008, assinou Fool`s Gold com Matthew McConaughey, Kate Hudson e Donald Sutherland, e em 2010, Tennant dirigiu uma comédia de ação The Bounty Hunter, com Jennifer Aniston e Gerard Butler. O Segredo: Ouse Sonhar (2020), no âmbito da sociologia das emoções foi lançado no mercado cinematográfico nos Estados Unidos da América por “meio de vídeo sob demanda”, e nos cinemas em 31 de julho de 2020, pelas empresas Lionsgate, Roadside Attractions e Gravitas Ventures.
Também reconhecido pelo termo inglês “vídeo on demand” (VoD), repersenta uma solução de vídeo sobre xDSL, ou outra tecnologia banda larga. Por meio de uma página web na tela da televisão, o assinante pode escolher diferentes tipos de filmes e programas de televisão que estejam disponíveis em VoD. A solução consiste em enviar conteúdo em formato de vídeo, karaokê, jogos, etc., “sob demanda” ou “continuamente”, utilizando redes de banda larga de operadoras de comunicação. O filme conjuga na verdade três grandes puzzles da nossa contemporaneidade: i) a questão nevrálgica da solidão, uma fase difícil na vida da protagonista, uma jovem mãe e pari passu viúva tentando criar três filhos adolescentes nos arredores da cidade de Nova Orleans, e ainda se recupera da trágica morte prematura de seu marido num acidente aéreo que envolve um aspecto secreto da narrativa; ii) um incidente no trânsito urbano no caminho que leva à cidade e que fez com que a jovem viúva se encantasse por um professor da Universidade de Vanderbilt que guarda uma informação reveladora; iii) dificilmente compreenderia a universalidade da questão da informação, geralmente reduzida a esfera da política, mormente da economia, em que sugere que a revelação no plano coletivo da sociedade se resolvesse por si só. Nada!
Metodologicamente desde Georg Simmel entendemos a importância sociológica do conflito (Kampf), pois admite-se que produza ou modifique grupos de interesse, uniões, organizações. Por outro lado, sob um ponto de vista comum, pode parecer paradoxal se alguém perguntar, considerando qualquer fenômeno que resulte do conflito ou que o acompanhe, se ele, em si mesmo, é uma forma denominada sociação. E, de fato, os fatores de dissociação – ódio, inveja, necessidade, desejo – são as causas do conflito que irrompe devido a essas causas. O conflito está assim destinado a resolver dualismos divergentes. É um modo de conseguir algum tipo de unidade, ainda que através da aniquilação de uma das partes estabelecida no âmbito das relações sociais. Isso é aproximadamente paralelo ao fato do mais violento de uma doença ser o que representa o esforço do organismo para se livrar dos distúrbios e dos estragos causados por eles. Mas significa muito mais que o trivial: “se quiser a paz, prepare-se para a guerra” (si vis pacem para bellum); isso é algo bem genérico, que esta máxima apenas descreve como um caso particular. O fato de almejar a paz é só uma das expressões de sua natureza: a síntese de elementos que trabalham juntos, tanto um contra o outro, quanto um para o outro.
Essa
natureza aparece segundo a concepção de Simmel, de modo mais elevado quando se
compreende que ambas as formas sociais de relação – a antitética e a
convergente – são diferentes da mera indiferença entre dois ou mais
indivíduos em grupos sociais. Caso implique na rejeição ou no fim a sociação,
a indiferença é puramente negativa; em contraste com esta negatividade pura, o
conflito contém algo de positivo. Todavia,
seus aspectos positivos e negativos estão integrados; e isto é primordial,
podem ser separados conceitualmente, mas não empiricamente como querem os
positivistas. A novidade na interpretação das relações é que todas as formas
sociais aparecem sob nova luz quando vistos pelo ângulo do caráter
sociologicamente positivo do conflito. Torna-se logo evidente que, se as
relações entre os homens, mais do que aquilo que o indivíduo é para si mesmo e
em suas relações com os objetos, constituem a matéria subjetiva de uma ciência
especial, a Sociologia, nesse caso os tópicos tradicionais desta ciência cobrem
apenas uma parte de suas subdivisões: ela é mais abrangente e mais
verdadeiramente definida por um princípio. Parece que antigamente havia só duas
questões subjetivas compatíveis com a ciência do homem: a unidade do
indivíduo e a unidade formada pelos indivíduos, a sociedade, uma
terceira parecia logicamente excluída.
Nesta
concepção de Georg Simmel, o próprio conflito, na tradição das ciências sociais não
encontraria lugar próprio para o estudo. É o conflito um fato sui generis
e sua inclusão sob o conceito de unidade teria sido tão arbitrária quanto
inútil, uma vez que o conflito significa a negação da unidade. Ipso facto,
uma classificação mais abrangente da ciência das relações humanas deveria
distinguir, em tese, aquelas relações que constituem uma unidade, isto é, as
relações sociais no sentido estrito, daquelas que constituam a unidade. Deve-se compreender, todavia, que ambas as
relações costumam ser encontradas em todas as situações historicamente reais. O
indivíduo não alcança a unidade de sua personalidade exclusivamente através de
uma harmonização exaustiva, segundo normas lógicas, objetivas, religiosas ou
éticas, dos conteúdos de sua personalidade. A contradição e o conflito, ao
contrário, não só precedem esta unidade como operam em cada momento de sua
existência. É claro que provavelmente não existe unidade social onde correntes
de pensamento convergentes e divergentes não estão inseparavelmente
entrelaçadas. Um grupo absolutamente centrípeto e harmonioso, uma “união” pura
(Vereiningung) não só empiricamente irreal, como não poderia demonstrar processo real de vida.
A
sociedade de Santos que Dante vê na Rosa do paraíso pode ser como esse grupo,
mas este não tem qualquer mudança real ou desenvolvimento, enquanto que a
assembleia sagrada dos Patriarcas da Igreja, na Disputa del Sacramento,
uma pintura do artista renascentista italiano Raphael. Foi pintado entre 1509 e
1510 como a primeira parte da encomenda de Rafael para decorar com afrescos as
salas que são conhecidas como Stanze di Raffaello, no Palácio Apostólico
do Vaticano. Esta sala era reconhecida como Stanza della Segnatura, e
era a biblioteca papal privada onde o supremo tribunal papal se reunia. Assim,
como o universo precisa de “amor e ódio”, isto é, de forças de atração e de
forças de repulsão para que tenha uma forma qualquer, assim também a sociedade,
para alcançar uma determinada configuração, precisa de quantidades
proporcionais de harmonia e desarmonia, de associação e competição, de
tendências favoráveis e desfavoráveis. Sociedades definidas, verdadeiras, não
resultam apenas de forças sociais positivas e apenas na medida em que aqueles
fatores negativos não atrapalhem. Esta concepção comum é superficial: a
sociedade, tal como a conhecemos, é o resultado de ambas as categorias de
interação, que se manifestam desse modo como inteiramente positivas.
Neste
sentido, para Simmel, há um mal-entendido, segundo o qual um desses dois tipos
de interação desfaz o que o outro constrói, e aquilo que eventualmente fica é o
resultado da subtração dos dois. É provável que esse mal-entendido derive do
duplo sentido do conceito de unidade. Designamos por “unidade”, afirma
Simmel, o consenso e a concordância dos indivíduos que interagem, em
contraposição a suas discordâncias, separações e desarmonias. Mas também
chamamos de “unidade” a síntese total do grupo de pessoas, de energias e de
formas, isto é, a “totalidade suprema” daquele grupo, uma totalidade que
abrange tanto as relações estritamente unitária quanto as relações duais.
Concebemos assim o grupo de fenômenos que julgamos “unitários” em termos de
componentes funcionais considerados especificamente unitários e ao passo que fazemos
isto, desconsideramos aquele outro sentido mais abrangente do termo. Essa imprecisão
é reforçada pelo correspondente duplo sentido de “discordância” ou “oposição”.
Desde que a discordância demonstra seu caráter negativo e destrutivo entre
indivíduos particulares, ipso facto, concluímos talvez com certa ingenuidade que deve ter o mesmo efeito
social no grupo com um todo. Na realidade, todavia, algo que se torna, portanto,
negativo e prejudicial entre indivíduos considerados isoladamente e visando uma
direção particular, não tem necessariamente o mesmo efeito no relacionamento
total desses indivíduos, pois surge um quadro muito diferente quando
visualizamos o conflito associado a outras interações não afetadas por ele.
Os
elementos negativos e duais tem papel inteiramente positivo nesse quadro mais
abrangente, apesar da destruição que podem causar em relações particulares.
Tudo isso é muito óbvio na competição de indivíduos no interior de uma unidade
econômica. Uma certa quantidade de discordância interna e controversa externa
estão organicamente vinculadas aos próprios elementos que, em última instância,
mantêm o grupo ligado e não pode ser separado da unidade da estrutura
sociológica. No casamento não é válido
apenas para casos de evidente fracasso conjugal, mas também para os casamentos
caracterizados por um modus vivendi suportável ou, no máximo, suportado.
Tais casamentos não são “menos” casamento pela quantidade de conflito, que
contêm; ao contrário, a partir de tantos outros elementos – entre os quais há
uma quantidade inevitável de conflito – evoluíram para as unidades definidas e
características que são. Em segundo lugar, o papel positivo e integrador do
antagonismo aparece nas formas que se distinguem pela nitidez e pela pureza
cuidadosamente preservada de suas divisões e gradações sociais. O sistema hindu não repousa apenas na hierarquia,
mas também, diretamente, na repulsão mútua das castas. As hostilidades não só
preservam os limites, no interior das relações do grupo, do desaparecimento
gradual, como são muitas vezes crescentemente cultivadas, para garantir
condições de sobrevivência.
Além
disso, apresenta também uma fertilidade sociológica direta: com
frequência proporcionam posições recíprocas de classes e aos indivíduos que
estes não poderiam encontrar, ou não encontram do mesmo modo, se as causas da
hostilidade não estiverem acompanhadas pelo sentimento e pela expressão de
hostilidade. A história se passa em Nova Orleans. Miranda Wells (Katie Holmes)
é uma jovem viúva trabalhadora que luta para criar três filhos. Há uma
tempestade se formando na região. Ela trabalha para uma peixaria de propriedade
de Tucker (Jerry O`Connell), que é seu namorado. Bray Johnson (Josh Lucas) é um
professor de engenharia da Universidade Vanderbilt que quer conhecer Miranda
para entregar um importante envelope que apresenta um extraordinário segredo. É
uma instituição de ensino superior privada situada em Nashville, Tennessee, nos
Estados Unidos. Foi fundada em 1873, por Cornelius Vanderbilt (1794-1877).
É
considerada uma das quinze melhores universidades dos Estados Unidos (US
News) e uma das cinquenta melhores do mundo globalizado conforme o Times
Higher Education. A título meramente de ilustração fizeram parte do seu
quadro acadêmico de alunos dois Vice-presidentes da República dos Estados
Unidos: John Nance Garner e Al Gore, talentoso escritor também ganhador do
Prêmio Nobel da Paz. Mas Muhammad Yunus, outro ganhador do prêmio, foi aluno do
departamento de Economia da universidade de Vanderbilt. Paulo de Tarso Lustosa
da Costa, em 1973 foi pós-graduado em Desenvolvimento Econômico pela
Universidade Vanderbilt, Tennessee, onde também concluiu seu Mestrado em
Economia. Maria Luíza Menezes Fontenele, ex-parlamentar e ativista, concluiu
seu curso de mestrado em Sociologia, na Universidade Vanderbilt, nos Estados
Unidos também em 1973. É reconhecida por ter sido prefeita entre
1986 e 1989. Foi a primeira mulher a ser eleita na capital de
estado brasileiro pelo jovem Partido dos Trabalhadores.
A categoria sorte é um quase-sinônimo de destino,
exibindo como principal diferença a divisão “boa sorte” e “má sorte”,
ainda mais quando se fala em destino, essa divisão é inadmissível remetendo
fatalmente, a um maniqueísmo mundano, provavelmente controlado por forças
sobrenaturais. Ele visita Miranda para deixar uma carta, contida num envelope
de papel pardo, mas ela não está em casa, pois viaja em sentido contrário. Ele
fala apenas com seu filho Greg Wells (Aidan Pierce Brennan), e decide voltar
mais tarde. Enquanto dirigia de volta para casa, depois de pegar suas duas
filhas da escola, a mais velha Miss Wells (Sarah Hoffmeister) e a mais nova
Bess Wells (Chloe Lee) da escola, Miranda bate em uma “perua” cujo motorista é
Bray. Bray Johnson se oferece para consertar o para-choque quebrado do carro para
Miranda e, enquanto eles voltam, percebe que é a mesma Miranda que ele estava
procurando. Bray e Greg consertam o para-choque do carro. Há um furacão se
formando ao fundo da região.
A
família se prepara para o jantar convidando Bray também, com a Bess mais nova
querendo pizza e Miranda se sentindo mal por não poder fornecê-la. Bray
enfatiza seu otimismo com o pensamento positivo e seu poder e talvez possa
haver pizza. Há uma batida na porta por entrega de pizza, de Tucker. Este
evento será a primeira de muitas coisas boas na vida de Miranda. Enquanto Bray
se prepara para sair, ele começa a trazer o envelope: a razão pela qual ele
está lá em primeiro lugar. Mas as crianças gritam e ela sai. Bray deixa o
envelope na caixa postal em meio ao prenúncio de chuva. Naquela noite, o
furacão fica muito forte e um tronco de árvore cai e abre um buraco no telhado.
A família fica assustada e se abriga no banheiro, dentro de uma banheira
que é “o lugar mais seguro para as crianças”. Na manhã seguinte, a família comenta
sobre sua “má sorte”, como um dado sempre presente. Bray se aproxima para ver
como estão e se oferece para consertar o telhado da melhor maneira possível. A
sogra de Miranda, Bobby (Celia Weston), aparece também para verificar a família
e é muito vigilante com Bray desde o início. Miranda e as crianças saem com
Bobby para ficar na casa de Bobby enquanto ocorre a reforma e a casa é
consertada. No caminho, eles passam para visitar Tucker, que também reconhece
Bray e se sente um pouco inseguro e de certa forma ameaçado.
Imaginar que existe sorte é supor que existe a possibilidade de
alteração do destino, seja burocrático no sentido weberiano ou revolucionário marxista
da guerrilha, conforme determinadas condições que geram os eventos já que
destino é o sinônimo de fatalidade, programação ou desígnio afetados por nossa
atuação direta ou indireta. As forças que dão origem às várias situações em
torno da sorte derivam de realidades ou imaginários cosmogônicos, metafísicos,
místicos ou divinos, dedução que se obtém não do termo lexicografado,
mas da crença popular. A concepção de sorte é enraizada no populacho,
interferindo na conduta dos que nela acreditam, conforme a imaginação. Imagina-se que a sorte possa ser obtida através de artifícios
mágicos, como ferraduras de cavalo, trevos de quatro folhas, amuletos, etc.,
confundindo-se muitas vezes com questões relativas à influência de forças do
além-vida. Culturas nômades utilizam-se de diversos métodos de leitura do
futuro dos desavisados.
Para
o imaginário individual e coletivo, a sorte é um elemento real, presente
e ativo no cotidiano. Porém, para a ciência, paradoxalmente, não há meios de se
provar que ela existe realmente, e, portanto, é uma denominação adequada a uma
sequência de eventos cuja importância mágica ou fantástica leva a classificação
na categoria das ocorrências dominadas pela sorte. Filmes como The Secret
tentam inserir um elemento científico (a Lei da Atração) para que se afirme a
consistência tanto da existência da sorte quanto dos meios de se obtê-la
racionalmente, apesar da ciência não poder comprovar a verdade dos dados
informados. No entanto, uma pequena brecha entre a ciência e o imaginário social
surgiu novamente quando da descoberta de que a presença do observador interfere
nas probabilidades das presenças de elementos quânticos em experimentos
controlados. Apesar da possível contiguidade entre a sorte e a realidade
subatômica, a ciência não teve a “sorte” de chegar ainda a nenhum novo axioma. A
questão da sorte nos jogos de azar serviu de inspiração para a matemática.
Conta-se
que, durante a França do século XV, um certo jogador profissional chamado De
Mére indagou um de seus amigos, o matemático francês Blaise Pascal, sobre como
prever racionalmente os resultados de uma partida de cartas ou dados.
Aos 19 anos inventou a primeira máquina de calcular, chamada de “máquina de
aritmética”, a primeira start-up nos serviços de transporte urbano, depois
“roda de pascalina” e finalmente pascalina. Construiu cerca de 20 cópias na década seguinte. Matemático de primeira linha, criou novos
campos de pesquisa: primeiro, publicou um tratado de geometria projetiva aos 16 anos; então, em 1654, ele desenvolveu um método abstrato de
resolver o “problema dos partidos”, que dando origem, no decorrer do século
XVIII, ao cálculo das probabilidades, influenciou as teorias econômicas
modernas e as ciências sociais in statu nascendi. De posse sobre as
questões do jogador, Pascal iniciou uma vasta troca de correspondência com
outros colegas de estudos e mesmo de profissão.
Os
resultados desse debate profícuo evoluiriam posteriormente para uma
bem-ordenada concepção de teoria da probabilidade. Os primeiros trabalhos de
Pascal dizem respeito às ciências naturais e ciências aplicadas. Contribuiu
significativamente para o estudo dos corpos fluidos. Ele esclareceu os
conceitos de “pressão atmosférica” e “vácuo”, estendendo o trabalho de
Evangelista Torricelli, reconhecido pela invenção do barômetro, por descobertas
na área de óptica e pela equação de Torricelli. Pascal escreveu textos
importantes sobre o método científico. Depois da experiência mística que
experimentou em novembro de 1654, dedicou-se à reflexão filosófica e religiosa,
sem renunciar ao trabalho. Escreveu durante este período The Provincials and
Thoughts, publicado somente após a sua morte, que ocorreu dois meses após o
seu 39º aniversário, quando já se encontrava muito doente sujeito a enxaquecas
violentas em particular. Em 8 de julho de 2017, em entrevista ao jornal La Repubblica, o Papa Francisco anunciou que Pascal “merece a
beatificação” e que planeja iniciar o procedimento oficial.
Para
a concepção neurolinguística, a sorte é consequência do conteúdo de sentido da
conduta individual ou coletiva gerada por um comportamento continuado e
insistente, marcante ou não. Falar sempre a palavra azar ao invés de sorte
podem, conforme a teoria, levar ao sucesso ou ao azar por criar uma malha de
comportamentos derivados da essência neurolinguística da palavra, que
contaminaria todo o restante do comportamento. Ela torna-se também uma hipótese
abstrata de didática, e também uma possibilidade real comportamental relacionada
ao sucesso. Estatística é a ciência que utiliza as teorias probabilísticas para
explicar a frequência da ocorrência de eventos, tanto em estudos observacionais
quanto em experimentos para modelar a aleatoriedade e a incerteza de forma a
estimar ou possibilitar a previsão de fenômenos futuros, conforme o caso. A
estatística é uma ciência que se dedica à coleta de dados, análise e
interpretação técnica. Preocupa-se empiricamente com métodos de coleta,
organização, resumo, apresentação e interpretação dos dados, assim como tirar
conclusões sobre as características das fontes donde estes foram retirados,
para melhor compreender as situações. Algumas práticas estatísticas incluem,
por exemplo, o planejamento, a sumarização e a interpretação de observações.
Dado que o objetivo da estatística é a produção da melhor informação possível a
partir dos dados disponíveis, alguns autores sugerem que a estatística é um
ramo da teoria da decisão. Devido às suas raízes empíricas e seu foco em
aplicações, a estatística geralmente é considerada uma disciplina distinta da
matemática.
Isto quer dizer que Bray Johnson tenha se oferecido para consertar o para-choque quebrado para Miranda por acaso. No dia seguinte, a família volta para a casa que Bray arrumou, todos muito felizes. A garagem ainda está bloqueada por uma árvore caída que também Bray se oferece para limpar. Naquela noite, há um jantar no restaurante de Tucker, onde ele pede Miranda em casamento, que ela aceita com certo desconforto, afinal ela demonstra afeto pelo professor. Bobby se oferece para ficar com as crianças naquela noite para que Tucker e Miranda possam ficar sozinhos. No dia seguinte, enquanto Bray está limpando os troncos da árvore quebrada, Missy e ele conversam sobre a festa de aniversário dela no dia seguinte. Bray a motiva a encontrar algo para comemorar com seus cinco amigos que a deixou feliz. Eles decidem o caramelo quando Miranda dirige de volta em seu carro novo, um presente de Tucker. No aniversário, Bobby traz uma notícia sobre uma invenção com a foto de Bray. A invenção e a questão da autoria ligada ao registro da patente também era algo a que o falecido marido de Miranda também estava ligado. Bobby assume que Bray “roubou a invenção” e Miranda confronta Bray. O registro da patente protege essa invenção, ou uma criação industrializável de concorrentes. A patente é um privilégio concedido pelo Estado aos inventores, do direito de invenção de produtos e de fabricação, ou aperfeiçoamento já existente. A história social do surgimento do caramelo é um pouco incerta, mas os indícios apontam que o doce começou a ser consumido na Europa após a Idade Média.
Nesta época, a “iguaria” era degustada apenas pela nobreza, já que o açúcar, ingrediente principal para preparar o doce, era pouco comercializado. O caramelo é produzido a partir de açúcar, aquecendo-o lentamente até cerca de 170°C considerando que a relação entre temperatura e ponto de cozimento depende do tipo de açúcar, em um processo chamado caramelização. À medida que o açúcar derrete e aproxima da temperatura, as moléculas quebram-se e lhe dão a cor e sabor característicos do “confeito de açúcar em ponto”. Dentre os corantes usados como aditivo de alimentos, o caramelo é antigo e figura entre os mais utilizados na coloração e gosto, para a obtenção de cores que vão da amarela-palha à marrom escura quase negroide. Caramelo é uma preparação básica da confeitaria elaborada com açúcar branco. Há vários pontos que variam em coloração, do âmbar ao castanho, e em sabor, do amanteigado ao levemente amargo. Ele explica que ambos estavam trabalhando juntos, mas no fatídico acidente de avião ele morreu e Bray sobreviveu. Bray tenta explicar o melhor que pode e que seu único propósito era dar uma cópia da patente. Mas Miranda está com ciúme o coração partido por Bray não ter falado sobre isso antes. Sente que a preocupação de Bray era mais simpatia do que empatia e pede que ele vá embora. Ele envia uma cópia para Miranda no dia seguinte.
Ela está sobrecarregada com a figura envolvida na patente, conversa com as crianças sobre seus problemas de dinheiro indo embora e Miranda querendo seguir sua carreira universitária no curso de enfermagem. Greg agora conta a Miranda sobre a primeira visita de Bray. A família começa a relaxar com Missy ganhando um computador de aniversário. Eles descobrem a caixa de correio lavada com a cópia original da patente, que confirmou que Bray estava sendo honesto sobre suas intenções. Bray volta para Nashville, mas ainda ansioso para falar com Miranda. Ela cancela seu noivado com Tucker depois de perceber que não o ama verdadeiramente e deixa o emprego. Poucos dias depois, Miranda acaba na casa de Bray para limpar o ar e se encontra com sua irmã, que exclama que Bray foi para a casa de Miranda. Mais tarde naquele dia, enquanto dirigiam de volta, eles conversam no sistema de “viva voz” do carro, por telefone sobre esse incidente engraçado. Finalmente se encontram em uma Waffle House, uma cadeia de restaurantes norte-americana com 2.100 locais em 25 estados dos Estados Unidos. A maioria das localidades está no Sul, onde a rede é um ícone cultural regional, quando o glamour do encontro ocorre abraçando-se com carinho e afeto genuíno de quem ama. A próxima cena é na casa de Bray montando uma grande árvore de Natal. Toca a companhia e na porta quando a família sai para verificar, eles veem um pônei e o desejo realizado de Bess: uma família feliz, integrada em harmonia.
Bibliografia geral consultada.
RIEDL, Joachim, Viena Infame y Genial. Madrid: Publisher Anaya & Mario Muchnik, 1995; HERZL, Theodor, O Estado Judeu. Rio de Janeiro: Editora Garamond, 1998; ROTH, Michael (Org.), Freud, Conflito e Cultura: Ensaios sobre a Vida, Obra e Legado. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000; ZARETSKY, Eli, Segredos da Alma: Uma História Sociocultural da Psicanálise. 1ª edição. São Paulo: Editora Cultrix, 2006; LEITÃO, Lúcia, “A Cidade de Simmel, a Cidade dos Homens”. In: Cad. Metrop. São Paulo, vol. 13, nº 26, pp. 461-471, jul./dez 2011; MALDONADO, Simone Carneiro, Georg Simmel: Sentidos, Segredos. 1ª edição. Curitiba: Editora Appris, 2012; MUNK, Leonardo, “Micenas na Viena fin-de-siècle. Nietzsche, Freud, Hofmannsthal e o Eterno Retorno do Mito”. In: Pandaemonium. São Paulo, vol. 15, nº 20, dez. 2012; SIMMEL, Georg, “O Papel do Dinheiro nas Relações entre os Sexos - Fragmento de uma Filosofia do Dinheiro”. In: Filosofia do Amor. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1993; pp. 41-65; Idem, El Individuo y la Libertad: Ensayos de Crítica de la Cultura. Barcelona: Ediciones Península, 2001; Idem, Ensaios sobre Teoria da História. Rio de Janeiro: Editor Contraponto, 2011; Idem, O Conflito da Cultura Moderna e Outros Ensaios. Org. Arthur Bueno. São Paulo: Editora Senac, 2013; ALBERONI, Franceso, Movimento e Istituzione. Come Nascono i Partiti, le Chiese, le Nazioni e le Civiltà. Roma: Editore Sonzogno, 2014; SCARAMBONI, Bruna Aline, “Além de Freud”: Um Estudo sobre a Relação entre a Sociologia de Norbert Elias e a Psicanálise Freudiana. Dissertação de Mestrado. Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo, 2015; RAMMSTED, Otthein, “Como Georg Simmel chegou à Modernidade e lhe Permaneceu Fiel”. In: Sociol. Antropol. 05 (1), janeiro-abril, 2015; FREUD, Sigmund, A Interpretação dos Sonhos. Porto Alegre: L &PM Editor, 2017; TEIXEIRA SANTOS, Rafael, Dentro sem Fora: Reflexões Ontológicas entre Georg Simmel e Martin Heidegger. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2018; CAMPOS FILHO, Hermano José Maia, Permacultura Alimentar: Uma Semente Rumo à Restauração da Cultura de Vida. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Geografia. Centro de Ciências. Departamento de Geografia. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2022; entre outros.
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