Ubiracy de Souza Braga
“A arte diz o indizível: exprime o inexprimível, traduz o intraduzível”. Leonardo da Vinci
A escritora sino-americana Geling Yan é reconhecida há muito tempo por sua ficcionalização literária que retrata o sofrimento e o esforço das mulheres chinesas. Ipso facto, Yan está sendo censurada por sua franqueza sobre o destino de uma mulher. As primeiras publicações com orientação jornalística surgiram no século 17 a. C., nas antigas cidades da Mesopotâmia, cidade berço da cultura e da Suméria, a mais antiga civilização. Historicamente em 59 a. C, aparece a Acta Diurna, jornal editado pelo Fórum Romano, o centro nevrálgico das ideias e artes da Roma Antiga. Era no Fórum onde acontecia a vida pública, cultural e econômica do Império, sob a orientação do imperador Júlio César. Na publicação, gravada “em tábuas de pedra”, as notícias generalistas destacavam os feitos militares, a política e crônicas desportivas. O primeiro jornal em papel Notícias Diversas foi publicado como um panfleto manuscrito a partir de 713 a. C, em Pequim. Mas a primeira publicação impressa de periodização semanal, o Nieuwe Tijdinghen, surge em 1602, na Antuérpia, segunda maior cidade da Bélgica. Em Portugal, o primeiro jornal ocorre em 1641, após a revolução de 1640 que libertou o país do domínio espanhol, de título A Gazeta da Restauração, editado em Lisboa. O jornal mais antigo em circulação é o Post-och Inrikes Tidningar editado na Suécia, com início em 1645. A presença de imigrantes brasileiras não é novidade na Suécia, inclusive a mulher contemporânea no futebol feminino. O país, que perdeu quase 1,5 milhão de habitantes que fugiram da fome e da miséria entre o final do século XIX e o início do XX, desenvolveu depois da 2ª guerra mundial a notável tradição de acolher estrangeiros. Com a ajuda da mão de obra externa em 40 anos que o reino escandinavo tornou-se uma das nações mais desenvolvidas do mundo ocidental entre 1950 e 1980. A maior contribuição de Marx (1973) ao jornalismo foi sua inabalável luta de liberdade de imprensa, com mais de 500 artigos registrados nas páginas do New York Tribune.
Nos
tempos de Marx, ainda não havia grandes monopólios de mídias, enquanto
comunicação social e política massiva, sendo o jornal impresso uma das poucas
fontes de informação e difusão de um conjunto de práticas e saberes sociais. A
variedade de publicações, nas mais
diversas correntes ideológicas de pensamento era tão grande, que Marx
habilmente pode utilizar o jornalismo, como forma de expressão política, porque
existiam outras vozes em contraposição ligada à origem do trabalhismo inglês
para lhes fazer divergência. O próprio jornal New York Tribune, visceralmente abolicionista e vagamente
socialista utópico, do qual Marx & Engels eram colaboradores assíduos,
enviando àquele jornal, entre 1851 e 1862, análises políticas que puseram a nu
as mazelas vitorianas, com destaque para
as exorbitâncias do colonialismo britânico na Índia e na China, inclusive tendo
repercussão no continente latino-americano. Diziam Marx & Engels no artigo intitulado: Em prol de uma Literatura Revolucionária – “Em luta contra essas condições sociais,
a crítica não é uma paixão cerebral, mas o cérebro da paixão. Não é um
escalpelo, é uma arma. O seu objetivo é o inimigo
que ela não pretende refutar, mas destruir.
O espírito dessas condições sociais já foi refutado. Em si, essas condições não
constituem assuntos dignos de prender a
atenção. Constituem sim um estado de
fato tão desprezível como desprezado. A crítica em si não tem necessidade
de se cansar a compreender esse objeto, porque está fixada a seu respeito. Não
se apresenta como um fim em si, mas
apenas como um meio. A sua paixão
essencial é a indignação, a sua
tarefa essencial é a denúncia” (1974:
205).
Principal amigo e colaborador científico de Karl Marx, o letrado alemão, escritor e tradutor Friedrich Engels desempenhou papel de destaque na elaboração da teoria das classes sociais, a partir do materialismo histórico e dialético. Nasceu em 28 de novembro de 1820 e morreu em 5 de agosto de 1895. Era o mais velho de nove filhos de um rico industrial de Barmen, Alemanha. Na juventude, fica impressionado com a miséria em que vivem os trabalhadores das fábricas de sua família em Manchester. Fruto dessa indignação, Engels desenvolve um detalhado e volumoso estudo de crítica política sobre a condição da classe operária na Inglaterra. Em 1842, com 22 anos de idade foi enviado por seus pais para Manchester, para trabalhar para o Ermen e Engels Victoria Mill em Weaste que fazia linhas de costura. Após a estadia produtiva na Grã-Bretanha, Friedrich Engels decidiu voltar para a Alemanha em 1844. No caminho, ele estabeleceu-se em Paris, para atender um pedido de Marx, que lá se encontrava desde o final de outubro 1843, devido expulsão da Alemanha, na sequência da censura da Gazeta Renana em março de 1843. Seus manuscritos são produzidos com Marx, sendo considerado o mais politizado deles o Manifesto do Partido Comunista de 1848, que se constituiu como leitura obrigatória de um documento histórico, teórico, ideológico e bombástico, redigido em Bruxelas por Marx & Engels e que teve amplificação universal.
O mérito de Lewis Morgan, afirma Friedrich Engels, é de ter descoberto e restabelecido em seus traços essenciais esse fundamento pré-histórico da nossa história escrita e tê-lo encontrado, nas uniões gentílicas dos índios norte-americanos, a chave para decifrar importantíssimos enigmas, ainda não resolvidos, da história da Grécia, Roma e Alemanha. Sua obra não foi trabalho de um dia. Levou cerca de 40 anos elaborando seus dados. O estudo da história da família começa, de fato, em 1861, com o Direito Materno, de Johann Jakob Bachofen (1992). Nesse livro o autor formula as seguintes teses: 1.Primitivamente, os seres humanos viveram em “promiscuidade sexual”; 2. Estas relações excluíam toda possibilidade de estabelecer, com certeza, a paternidade; 3. Em consequência desse fato, as mulheres, como mães, como únicos progenitores reconhecidos da jovem geração, gozavam de grande apreço e respeito, chegando ao domínio feminino absoluto; 4. A passagem para a monogamia incidia na transgressão da lei religiosa antiga, em que devia ser castigada, ou cuja tolerância se compensava com a posse da mulher por homens. Bachofen encontrou provas das teses em numerosos trechos da literatura antiga, por ele reunidos com zelo singular.
A contribuição engelsiana conferiu
ao marxismo uma feição que engloba teoria econômica, teoria sociológica, um
método filosófico e uma visão revolucionária de mudança social, o caráter
particular de Antropologia, contrariando a generalização
metodológica. A partir das pesquisas antropológicas de Lewis Henry Morgan,
lidas e anotadas por Marx, formulou Engels a teoria antropológica do Estado: Der Ursprung der Familie, des
Privateigentums und des Staats, cujos pressupostos não estavam em sua
reflexão anterior, nem de forma sistêmica e embasada na história e na
antropologia. A sua importância na literatura de diversos países, ocorre que
muitos antropólogos se valeram do arcabouço marxista para entender sociedades
não capitalistas e sociedades camponesas. Não só a escola estruturalista
francesa, da segunda metade do século XX, com Maurice Godelier e Claude Meillaseux
são exemplos. Mas também, no período de surgimento da Antropologia moderna com
admite Leslie White. Este influenciou uma geração de antropólogos coerentes com
o marxismo, como Marshall Sahlins, antes de seu “acerto de contas” no ensaio: Cultura e Razão Prática, Erick Wolf e
Elman Service.
Neste aspecto Marx cita um
economista famoso, Benjamin Franklin, religioso, calvinista, e figura representativa
do iluminismo, como partidário da teoria trabalhista do valor. Escreveu Marx: -
O celebrado Franklin, um dos primeiros economistas depois de William Petty, que
viu a natureza dos valores, diz: - Sendo o comércio em geral apenas a troca do
trabalho pelo trabalho, o valor de todas as coisas é exatamente medido pelo
trabalho. Marx faz uma distinção entre os bens em geral e as mercadorias. A
produção de mercadoria é típica da sociedade capitalista. Marx era um estudioso
da história americana, e portanto é provável que conhecesse os escritos e
discursos de Abraham Lincoln. Não sabemos se Lincoln, segundo Huberman (1974:
233) teve a oportunidade de ler qualquer dos trabalhos de Marx. Mas sabemos que
sobre certos assuntos seus pensamentos eram idênticos. Vejamos esse trecho de
Abraham Lincoln: - Nada de bom tem sido, ou pode ser, desfrutado sem ter
primeiro custado trabalho. E como a maioria das coisas boas são produzidas pelo
trabalho, segue-se que todas essas coisas pertencem, de direito, aqueles que
trabalham para produzi-las. Mas tem ocorrido, em todas as Eras do mundo social,
que muitos trabalharam e outros, sem trabalhar, desfrutaram uma grande
proporção de frutos. Isso está errado e não deve continuar sendo assim.
Assegurar a todo trabalhador o produto de seu trabalho, ou o máximo possível
desse produto, em tese é o objetivo digno de qualquer bom governo.
O culto social da indiferença nas frações das classes dominantes representa o hábito de estupidez de uma sociedade que perdeu o sentido de comunidade. O consumo é o leitmotiv do progresso que faz da cidade um lugar passageiro. Onde tudo pode ser destruído e reconstruído a qualquer momento, onde as histórias são substituídas por outras sem perspectiva de futuro. A forma do urbano, sua razão suprema, a saber, a simultaneidade e o encontro aparente não podem desaparecer. A cidade é fora de dúvida a maior vitrine dos interesses e paixões, onde os episódios cotidianos da existência material são vividos e observados na indiferença do capital. A ocupação divertida do urbano, por uma população sonhadora movida pelo acaso de viver o imprevisível, é descartada pela cidade contemporânea. A cidade é o palco da reprodução do “capital cultural” dominante, onde tudo se descobre ou se reinventa, e se apaga na mesma velocidade. Tudo é vivido na condição de espetáculo como se a vida urbana fosse um conjunto de cenas de teatro. A favela é fruto da inobservância e de reconhecimento social e político de que o operário existe na construção civil irradiada pela visão de um Chico Buarque. Ele é um ator social, construtor social e sua realidade não é virtual.
Na sociedade contemporânea as notícias correm o mundo em tempo real através dos mais avançados meios tecnológicos. A expressão jornalismo em tempo real é uma figura de linguagem utilizada para associar a proximidade da instantaneidade com que a informação que é transmitida, do momento em que ocorre o fato social a ser noticiado ao momento que chega aos receptores, sejam eles leitores, telespectadores ou a opinião de público ouvinte. Para que exista, é necessário que haja concomitância da percepção sociológica dos fatos ao momento em que eles acontecem. É o nível máximo de prontidão que na estratégia técnica do watchdog role os norte-americanos se referem à transmissão, processamento ou uso técnico das informações. O tempo real é relativo à sua velocidade, que está diretamente associada ao “instrumento de transmissão”. Nunca contendo matematicamente a suposição considerada como sendo exatamente real. Devido ao tempo gasto com o processamento e a finalização do processo de trabalho e comunicação de difusão da informação. A rede global internet rompeu com a imprensa clássica ao ponto de centenas de jornais terem desaparecido após muitos anos de grande sucesso jornalístico e de empresa econômica. Em Portugal desde 2012 não há um jornal, diário ou semanário, economicamente viável, as despesas estão “acima das receitas”, o mesmo está ocorrendo com os custos das televisões e das rádios, com algumas poucas exceções. Nas sociedades contemporâneas revela que os mass-media do passado deixou de ter futuro de modo definitivo.
A primeira edição do jornal L’Unità foi publicada no dia 12 de
fevereiro do ano seguinte em Milão com tiragem de, aproximadamente, 20 mil
cópias, chegando a 34 mil quando da morte do político de esquerda Giacomo
Matteotti. L’Unità é um jornal
italiano, consorciado ao partido “Democratas de Esquerda” (“Democratici di
Sinistra”) referente ao período 1924-2014. Representou um partido político
italiano de ideologia socialdemocrata. Fundado em 1998, após a fusão do Partido
Democrata de Esquerda com pequenos partidos socialdemocratas, trabalhistas,
socialistas e eurocomunistas. Governou Itália desde o ano da sua fundação até
2001 e, de novo, em 2006 até 2007, altura em que se fundiu com “A
Margarida-Democracia é Liberdade” para dar origem ao Partido Democrático. Foi
fundado por Antonio Gramsci em 12 de fevereiro de 1924, com o subtítulo: Diário dos Operários e Camponeses, como
órgão oficial do Partido Comunista Italiano (PCI). Impresso em Milão, chegando
a uma circulação em torno de 20 a 30 mil exemplares mensais. Em 8 de novembro
de 1925 o jornal foi vetado pela censura do nascente regime de terror fascista e definitivamente fechado
depois do atentado frustrado contra o ditador Benito Mussolini em 31 de outubro
de 1926.
Uma
edição clandestina ainda assim, foi publicada no dia 1° de janeiro de 1927, com circulação restrita a cidade Milão, Turim,
Roma e França. A publicação do jornal foi oficialmente retomada depois da
libertação de Roma, ocorrida dramaticamente em 6 de junho de 1944. Depois da libertação da Itália, em 1945,
foram retomadas as edições locais de L’Unità
nas cidades de Milão, Gênova e Turim, a última editada por Ludovico Geymonat, um
arguto filósofo marxista italiano que deu uma guinada original para a concepção de teoria do materialismo
dialético. Nascido em Torino, onde
Geymonat cursou o Liceu clássico Cavour, lecionou como professor de filosofia
da ciência na Universidade de Milão no período de 1956 a 1979. Membro do
Partido Comunista Italiano (PCI), posteriormente foi apoiador do fundado Partido
Comunista da Refundação quando o PCI se transformou no Partito Democratico della Sinistra. Colaboradores habituais do
jornal eram: David Layolo, Ada Gobetti, Cessar Pavese, Ítalo Calvino, Elio
Vittorini, Aldo Tortorella ou Paolo Spriano. No mesmo ano de 1945 foi lançada a
Festa de L’Unità por parte do Partido
Comunista Italiano (PCI).
Em
1957, as edições genovesa, milanesa e turinesa foram unificadas em uma edição
única para todo o norte da Itália. Em 1974 a circulação de L’Unità chegava a 239.000 cópias diárias, mas seu número começou a
decrescer para os anos 1980, junto à crise do PCI: as 100 milhões de cópias
vendidas em 1981 desceram a mal 60 milhões em 1982. Massimo d`Alema, futuro premiê da Itália, foi diretor desde 1983
até julho de 1990. Entre 1989 e 1990 publicou-se junto ao jornal uma revista
satírica semanal, Cuore. Em 1991 o subtítulo mudou de “Diário do Partido Comunista
Italiano” a Diário fundado por
Antonio Gramsci, com uma circulação de aproximadamente 156.000 exemplares.
Depois da dissolução do PCI o jornal passou a mãos majoritárias, o Partido
Democrático da Esquerda. Entre 1992 e 1996, Walter Veltroni, dirigente do PDS,
exerceu como diretor. Entre 2000 e 2001 o jornal deixou de publicar-se, devido
aos problemas financeiros que padecia para divulgação na sociedade de consumo.
Desde então publicado por uma empresa privada, não unida oficialmente aos
democratas de esquerda, sua ideologia editorial mantinha-se firmemente ao ideário
do Partido. A circulação diária do jornal encontrava-se, em fevereiro de 2005,
em 62.000 exemplares.
O jornal L’Unità, o diário de esquerda fundado por Antonio Gramsci, um dos pais do comunismo italiano, vai ter sua publicação suspensa na sexta-feira porque os seus acionistas não conseguiram chegar a um acordo sobre estratégias futuras, informou em sua edição. - Eles mataram L’Unità, destacou a primeira página do jornal. Além de três páginas dedicadas ao encerramento e de uma de propaganda de sua livraria “online”, o restante da edição de 20 páginas foi deixado em branco. L’Unità, fundado por Gramsci em 1924 como órgão oficial do Partido Comunista Italiano, sobreviveu à era fascista como um jornal clandestino, mas tem lutado desde o colapso do partido na década de 1990. Foi fechado brevemente em 2000, mas reabriu com um novo grupo de acionistas privado. Como o resto do setor de mídia, o jornal também foi atingido pela transformação ampla da indústria cultural, desencadeada pela Internet, bem como pela crise econômica na Itália, acumulando milhões de euros em dívidas enquanto as vendas caíram de forma constante para pouco mais de 20 mil exemplares por dia.
A Escandinávia é uma região geográfica e
histórica da Europa Setentrional e abrange, no sentido mais estrito, a
Dinamarca, a Suécia e a Noruega. Num sentido mais amplo, o termo pode também
abranger a Finlândia, as Ilhas Faroé e a Islândia. Qualquer que seja a
definição usada, considera-se a península Escandinava como núcleo principal da
Escandinávia. Devido às sucessivas vagas climáticas de glaciação, a
Escandinávia foi repetidamente despovoada e desprovida de fauna e flora
terrestres ao longo do tempo. Os estudiosos a descrevem como a terra de origem
de uma parte dos povos germânicos e dos Vikings, um termo habitualmente usado
para se referir aos pioneiros exploradores, guerreiros, comerciantes e piratas
nórdicos (escandinavos) que invadiram, exploraram e colonizaram grandes áreas
da Europa e das ilhas do Atlântico Norte a partir do final do século VIII até
ao século XI. Os Vikings usavam dracares
para viajar do Próximo Oriente, como Constantinopla e o rio Volga, na Rússia,
até o extremo ocidente, como a Islândia, Groenlândia e Terra Nova, e até o sul
de Andalus. Este período de expansão Viking - reconhecidos como a Era Viking que constitui uma parte
importante da história medieval da Escandinávia, Grã-Bretanha, Irlanda e de
resto da Europa em geral.
As concepções populares dos vikings geralmente diferem do complexo quadro de pensamento que emerge da arqueologia e das fontes escritas. A imagem romantizada dos vikings como “bons selvagens germânicos” começaram a fincar suas raízes no século XVIII e com a irradiação imagética das notícias e das teorias sociais tornaram-se amplamente propagado durante a revitalização viking do século XIX. A fama dos vikings de brutos e violentos ou intrépidos aventureiros devem muito ao ideário mítico viking contemporâneo que tomou forma no início do século XX. As representações populares são tipicamente clichês, apresentando os vikings como caricaturas. Eles também fundaram povoados e fizeram comércio pacificamente. A imagem histórica dos vikings mudou relativamente ao longo dos tempos, e já admite-se que eles tiveram uma enorme contribuição na tecnologia marítima e na construção de cidades. Assim como aquela que é referida como Scandza, uma ilha do mar Báltico no norte da Europa, descoberta pelo historiador gótico-bizantino Jordanes do século VI, na sua obra Gética. Parece ser um nome arcaico usado para referir a península da Escandinávia, que os antigos julgavam ser uma ilha. Porém, um estudo recente de 2012 demonstrou que as coníferas existentes na Escandinávia na atualidade sobreviveram ao período histórico da chamada Era do gelo, através da análise empírica de um pólen de árvore que existiu na Escandinávia durante aquele período da civilização. Por ser uma região puramente histórico-geográfica, a Escandinávia não corresponde a nenhuma fronteira política definida. O uso do termo social é muitas vezes incerto, em se tratando de fronteiras, pois ocorre ora incluindo, ora excluindo países vizinhos da península Escandinava.
O
conceito de dinastias chinesas, para
sermos breves, difere dos antigos reinos de outros povos. A substituição histórica e política da dinastia
significava a mudança social para um conjunto distinto de traços culturais da
nova dinastia. Uma vez que cada dinastia tem o seu próprio imperador
constituído, o seu próprio povo e a sua própria cultura soberana. E é assim
que, durante o processo histórico em que a civilização chinesa foi se
estabelecendo, a dança clássica chinesa foi constantemente enriquecida e
aperfeiçoada. Os métodos de ensino de hoje
não existiam na China antiga. Max Weber (1974) já argumentou que a religião era
uma das razões não exclusivas do porque as culturas do Ocidente e do Oriente se
desenvolveram de formas diversas, e salientou a importância de algumas
características específicas do protestantismo ascético, que levou ao nascimento
do capitalismo, a burocracia e do estado racional legal in limine nos países
ocidentais. Mas originais, situando a relação histórica da origem dos letrados
chineses, salientando características
específicas do protestantismo ascético, que levou ao nascimento do capitalismo,
da burocracia e do estado racional nos países ocidentais.
A burocracia moderna, segundo Max Weber (1974), funciona da seguinte forma específica: I – Rege o princípio de áreas de jurisdição fixas e oficiais ordenadas de acordo com regulamentos, ou seja, por leis ou normas administrativas. 1. As atividades regulares necessárias aos objetivos da estrutura governada burocraticamente são distribuídas de forma fixa como deveres oficiais; 2. A autoridade de dar as ordens necessárias à execução desses deveres oficiais se distribui de forma estável, sendo rigorosamente delimitada pelas normas relacionadas com os meios de coerção, físicos, sacerdotais ou outros, que possam ser recolocados à disposição dos funcionários ou autoridades; 3. Tomam-se medidas metódicas para a realização regular e contínua desses deveres e para a execução dos direitos correspondentes; somente as pessoas que têm qualificações previstas por um regulamento geral são empregadas. II. Os princípios da hierarquia dos postos e dos níveis de autoridades significam um sistema firmemente ordenado de mando e obediência; uma supervisão dos postos inferiores pelo superiores. Esse sistema oferece aos governados a possibilidade de recorrer de uma decisão de uma autoridade inferior para sua autoridade superior, de uma forma regulada com precisão.
Com
o pleno desenvolvimento do tipo burocrático, a hierarquia dos cargos é organizada monocraticamente. O princípio da
autoridade hierárquica de cargo
encontra-se em todas as organizações burocráticas, sem exceção, não importa o
caráter da burocracia, que sua autoridade seja chamada de “privada” ou
“pública”. A burocracia moderna engendrou o intelectual específico nas
universidades públicas, através das atividades regulares necessárias aos
objetivos da estrutura governada burocraticamente, que por sua vez são
distribuídas de forma fixa como deveres oficiais A autoridade de dar ordens
necessárias à execução desses deveres oficiais se distribui de forma estável,
sendo rigorosamente delimitada pelas normas relacionadas com os meios de
coerção, físicos, sacerdotais ou outros, que possam ser colocados à disposição
dos funcionários ou autoridades. O princípio da autoridade hierárquica de cargo
encontra-se em todas as esferas das organizações burocráticas. Não importa, tendo
sido incorporado ao cargo para o caráter da burocracia, que sua autoridade
compreendida como privada ou pública.
Quando
o cargo está plenamente desenvolvido,
a atividade oficial exige a plena capacidade criadora de trabalho do
funcionário, a despeito do fato de ser rigorosamente delimitado o tempo de
permanência na repartição, que lhe é exigido. O desempenho do cargo segue
regras gerais, mais ou menos estáveis, mais ou menos exaustivas, e que podem
ser apreendidas. O conhecimento dessas regras representa um aprendizado técnico
especial, a que se submetem esses funcionários. Envolve jurisprudência, ou
administração pública e privada. A redução do cargo a regras está profundamente
arraigada à sua própria natureza. A teoria da moderna administração pública,
sustenta que a autoridade para ordenar certos assuntos através decretos não dá
à repartição o direito de regular o assunto através de normas expelidas em cada
caso, mas na prática, converte-se em relações através dos privilégios
individuais e concessão de favores, que domina de forma absoluta as relações
entre indivíduos no âmbito do patrimonialismo.
A
ocupação de um cargo é considerada uma profissionalização
ou estágio (cf. Braga, 1984) com a
exigência de treinamento rígido, do ponto de vista da adversidade disciplinar que
demanda toda a capacidade de trabalho durante um longo período de tempo,
sobretudo nos exames especiais que, em geral, são pré-requisitos para o pleno emprego.
A posição de um funcionário tem a natureza de um dever, sendo a lealdade
dedicada a finalidades impessoais e funcionais. Sua posição social é
assegurada pelas normas que se
referem à hierarquia ocupada. A posse de diplomas educacionais está
habitualmente ligada à qualificação
técnica para o cargo. O tipo puro
sociológico de funcionário burocrático é nomeado por uma autoridade superior. Uma
autoridade eleita pelos governados não representa como tal, uma figura
exclusivamente burocrática. A nomeação independe dos estatutos legais,
dependendo da forma pela qual funciona o sistema de trabalho. Em todas as
circunstâncias, a designação de funcionários por meio de eleição entre os
governados modifica o rigor da subordinação hierárquica. O funcionário se
prepara para carreira dentro da ordem hierárquica do serviço público.
Os
antigos gregos dispunham de várias teogonias diferentes, e ainda que estas
apresentassem algumas personagens comuns, é difícil elaborar uma lista única de
divindades primordiais para a mitologia grega, pois essas divindades, assim
como o papel de cada uma, varia de uma fonte para outra. No teatro, a geração
primordial, mais velha educava os
aprendizes e, assim, os métodos e técnicas eram passados de uma geração para a
seguinte. Desde tenra idade, o aluno estabelecia uma aprendizagem técnica
formal com um mestre e era assim que o indivíduos se tornava profissional. Na
dança da corte imperial, a arte era transmitida na medida em que as moças
jovens ensinavam umas às outras. As artes performáticas
de rua foram transmitidas como tradições familiares. As artes marciais eram
recebidas dos ancestrais ou aprendidas de um novo mestre. Da mesma forma, representado nas
práticas religiosas budistas e taoístas, depois que outro discípulo (a) ganha o
referido manto, “recebe os
ensinamentos do mestre”. Os métodos
sistematizados começaram a ganhar expressividade estética e serem utilizados na metade do século passado. O
budismo e o taoísmo são religiões semelhantes que contêm muitas crenças e práticas
semelhantes, como a crença na reencarnação e o uso extensivo da meditação.
À
primeira vista o taoísmo e o budismo pari
passu parecem ser a mesma coisa e, de fato, são os primeiros taoístas a
ouvir sobre os ensinamentos do budismo vindos da Índia concluíram que o Buda
deve ter sido uma reencarnação de Lao Tzu, o alegado fundador do budismo, ou, fundador
do taoísmo, uma das religiões mais antigas e importantes da China. Também
traduzido como Lao-tsé ou Lao-tzu, também pode ter sido um shih, isto é, arquivista, historiador e astrólogo na corte da
dinastia Chou, a ele é atribuída a autoria do Daode Jing, o chamado Livro da
razão suprema, livro taoista fundamental, melhor dizendo, a “bíblia taoista”. Sua doutrina defendia a existência de um princípio
supremo, o tao, que regeria o curso do universo. Todas as coisas têm origem no
Tao (significado), obedecem ao Tao (disciplina) e ao final retornam ao Tao, que
pode ser descrito como o Absoluto, a ordem do mundo e, enfim, a concepção de natureza
moral do homem bom. Taoísmo na China no século VI a. C e escritor do Tao Te
Ching, uma das duas escrituras taoístas centrais, a outra é o mais antigo I
Ching. Há uma série de diferenças
significativas entre as duas religiões que refletem a natureza muitas vezes
otimista das religiões chinesas e as sombrias conclusões a que Sidarta Gautama
chegou para o estado búdico no século V a. C.
Gautama Buda, o fundador daquilo que chamamos Budismo, viveu no Nordeste
da Índia no século VI a. C.
Esse
verdadeiro estado desperto inato, a natureza última da chamada mente ordinária,
é a luminosidade-base. Este aspecto é algo que representamos abstratamente e
experimentamos brevemente de tempos em tempos e, é possível que, jamais nos
separamos deste legado da cultura. O seu primeiro nome era Siddhattha e o nome
de família Gautama. O epíteto Buda significa em sânscrito “o iluminado”,
“aquele que se deu conta”, ou, “aquele que assimilou a verdade”, foi-lhe atribuído
mais tarde, após ter atingido estágio espiritual superior, aos 35 anos de idade.
Siddhattha Gautama também era chamado de Bhagava (“o abençoado”) por seus discípulos,
mas também de Shakyamuni (“o iluminado”, do clã Shakya), uma vez que nasceu no clã
Shakya, que dominava a porção do território indiano postado na borda meridional
nepalesa. A força econômica e militar do
Império Tang baseava-se num sistema de distribuição equitativa da terra para a
população agrária adulta masculina. Como resultado do crescimento demográfico
por volta do século VIII, os pequenos proprietários herdavam propriedades ainda
menores, mas o valor do imposto territorial se mantinha regularmente, o que
motivava os camponeses a abandonar suas terras, reduzindo a receita do Estado.
A primeira dessas diferenças é a crença taoista básica de que a vida é boa e pode ser melhorada seguindo o Tao ou o Caminho da natureza, que nos fornece o exemplo supremo de como viver de maneira natural e harmoniosa. Os budistas, por outro lado, mantêm a crença que a vida está sofrendo, ou Dukkha, um dos princípios fundamentais do budismo. É chamado de “a primeira nobre verdade”, sendo causado pelas nossas emoções perturbadoras (kleshas). É preciso ressaltar que a tradução de dukkha como “sofrimento” é considerada incompleta, muitos autores propõem outras traduções alternativas como: insatisfatoriedade, alegria e sofrimento juntos, “estresse” e “o que é difícil de suportar”. Dukkha refere-se a toda experiência condicionada no Samsara, sejam nossos momentos infelizes ou até felizes. A razão dos momentos felizes também serem consideradas dukkha é que com a separação daquilo que nos faz felizes também estamos condicionados a sofrer. O Buda não nega a felicidade desses momentos, mas aponta para uma felicidade maior, que não depende das condições externas e portanto não é frágil como a felicidade mundana. É necessário enfatizar de que todos os vários aspectos históricos e sociais de dukkha de fato tem sua origem em causas, o que assim possibilita na cultura, sua investigação permanente e, seu término. Ao encontrar as causas-raiz de dukkha e destruí-las, a vida humana pode se tornar feliz e próspera.
Max Weber observou que durante doze
séculos, a posição social na China foi determinada mais pelas qualificações para a ocupação dos cargos
do que pela riqueza. Essa qualificação, por sua vez, era determinada pela
educação, e especialmente pelos exames. A China fizera da educação literária a
medida do prestígio social de modo o mais exclusivo, muito mais do que na
Europa durante o período dos humanistas, ou na Alemanha. Mesmo durante o
período dos Estados Belicosos, a camada de aspirantes a cargos que tinham
educação literária – e originalmente isto significava apenas que tinham
conhecimento da escrita – estendia-se por todos os estados individuais. Os
letrados foram os portadores do progresso
no sentido de uma administração racional e de toda “inteligência”. A estrutura
cada vez mais burocrática das organizações políticas dos estados chineses e de
seus veículos deu à tradição literária da China a sua marca característica.
Durante mais de dois mil anos, os letrados foram, claramente, a camada
dominante na China, e ainda o são. Seu domínio foi ininterrupto, e contestado
por vezes com vigor, mas sempre renovado e ampliado. Segundo os Anais, o
Imperador dirigiu-se aos letrados e apenas a eles, como Meus Senhores, pela primeira vez em 1496.
Hinduísmo é uma tradição religiosa
que se originou no subcontinente indiano. É frequentemente chamado de Sanātana Dharma pelos seus praticantes,
frase em sânscrito que significa “a eterna (perpétua) dharma (lei)”. Num
sentido mais abrangente, o hinduísmo engloba o bramanismo, isto é, a crença na
“Alma Universal”, Brâman; num sentido mais específico, o termo se refere ao
mundo cultural e religioso, ordenado por castas, da Índia pós-budista. De
acordo com o livro: História das Grandes
Religiões, o hinduísmo é um estado de espírito, uma atitude mental dentro
de seu quadro peculiar, socialmente dividido, teologicamente sem crença,
desprovido de veneração em conjunto e de formalidades eclesiásticas ou de
congregação: e ainda substitui o nacionalismo. Entre as suas raízes está a
religião védica da Idade do Ferro na Índia e, como tal, o hinduísmo é citado
frequentemente como a “religião mais antiga”, a “mais antiga tradição viva” ou
a “mais antiga das principais tradições existentes”. É formado por diferentes
tradições e composto por diversos tipos, e não possui um fundador. Estes tipos sociais
de subtrações e denominações, quando somadas, fazem do hinduísmo a terceira
maior religião, depois do cristianismo e do islamismo, com aproximadamente um
(01) bilhão de fiéis, dos quais cerca de 905 milhões vivem na Índia e no Nepal.
Outros países com populações significativas de hinduístas são Bangladesh, Sri
Lanka, Paquistão, Malásia, Singapura, ilhas Maurício, Fiji, Suriname, Guiana,
Trinidad e Tobago, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos da América.
O
nome Sikh significa discípulo. O fundador da seita, Nanak,
agora chamado de Sri Guru Nanak Deva, um
Hindu pertencente à casta Kshastrya, nasceu perto de Lahore, em 1469 e morreu
em 1539. Sendo desde a infância de um turno de espírito religioso, ele começou
a vagar por várias partes e regiões da Índia, e gradualmente venceu um sistema
religioso que a partir da revolta ao politeísmo vigente, ceremonialism, casta e
exclusividade, levou para seu chefe as doutrinas a unicidade de Deus, a
salvação pela fé e boas obras, como as relacionadas a igualdade e a
fraternidade do homem. A nova religião espalhou-se rapidamente e, sob a
liderança de nove sucessivos gurus ou
professores, logo se tornou um rival ativo não só para o Hinduísmo mais velho,
mas também para o recente Islamismo remanescente das dinastias reinantes. Os discípulos
sikhs foram, portanto, um pouco maltratados pelos que regem. Esta perseguição
só deu determinação para a seita, que gradualmente assumiu um caráter militar e
tomou o nome de Singhs ou “guerreiros campeões”, sob Govind Sing, seu décimo e
último guru, que tinha sido provocado por alguns graves maus-tratos de sua
família pelos governantes muçulmanos, que começaram a guerra com o ativo
Imperador de Nova Délhi.
Os
Sikhs foram derrotados e gradualmente conduzidos de volta para as montanhas. A
profissão de sua fé tornou-se um “crime capital”, e foi só o declínio do poder
mongol, após a morte de Aurungzeb em 1707, o que lhes permitiu sobreviver.
Depois, aproveitando as oportunidades que surgiram a partir de seus esconderijos,
organizaram as suas forças, e criou uma supremacia bélica sobre uma parte da
rodada de Punjab sobre Lahore. A inversão ocorreu em 1762, quando Ahmed Shah
mal os derrotou e profanou o templo sagrado em Amritsar. Apesar de se inverter
este manged ainda para estender seu domínio ao longo das margens do Sutlej e os
rios Jumna, a norte, tanto quanto Peshawar e Rawalpindi, e para o sul ao longo
das fronteiras do Rajputana. Em 1788 o Mahrattas excedeu o Punjab e trouxe aos
sikhs sob seu tributo. Após o Mahrattas sobrevida dos britânicos, que recebeu a
adesão de uma parcela dos sikhs, em 1803, e mais tarde, em 1809, realizou um
tratado de defesa contra o inimigo Runjeet Singh, que embora ele próprio um
proeminente líder Sikh, arrogante e tinha revelado intolerável para outras
partes da seita. Vários outros tratados entre os britânicos e os sikhs, com
vista à abertura do Indus e Sutlej ao comércio e navegação, foram assumidos,
mas como esses acordos não foram mantidos, o britânico declarou guerra a sikhs
em 1845. Em 1848, em parte por meio da derrota real, em parte pela
desorganização interna e falta de líderes, o poder dos sikhs foi quebrado, mas
gradualmente se estabeleceram entre o resto da população, preservando apenas os
seus religiosos distintivos intactos. De acordo com o censo de 1881, o número
de sikhs foi descrito sob o número de 1.853.426, que no censo de 1901 subiu
para 2.195.339.
Os seus livros sagrados, o chamado “Granth”, cujo original é preservado e venerado na grande templo de Amritsar é constituído de duas partes: “Adi Granth”, o primeiro livro ou livro de Nanak, com acréscimos posteriores compilados pelo quinto guru, Arjoon, e com sucessivos aditamentos de gurus mais tarde que desceu para o nono, e contribuições de diversos discípulos e devotos, em segundo lugar, O Livro do Décimo Rei, escritos por Guru Govind Sing, o décimo e último guru, principalmente com o fim de “incutir o espírito bélico na seita”. Foi um líder religioso, guerreiro, poeta e filósofo. Ele foi o último dos 10 Gurus Siques humanos e sucedeu seu pai, o Guru Tegh Bahadur como líder dos siques aos nove anos de idade. Entre suas notáveis contribuições ao siquismo estão os Cinco K, os cinco artigos de fé que os siques pertencentes à Khalsa usam o tempo todo, tendo iniciado a Khalsa em 1699, e a sua contribuição à formalização contínua da religião, fundada pelo primeiro guru, Nanak, no século XV. Ele foi o décimo guru “sique”, atribuindo a condição de guru ao décimo primeiro e eterno guru, o Guru Granth Sahib. A teologia contida nesses livros é distintamente monoteísta. Grandes homens e santos, mesmo se divinamente inspirada, não estão a ser adorado, nem mesmo os gurus sikhs próprios. O uso de imagens é tabu, culto cerimonial, ascetismo e castas, restrições são explicitamente rejeitadas. Seus líderes estão mortos simplesmente para ser saudado pelo lema “guru Ave” e o objeto único material a ser exteriormente reverenciado é o Granth, livro sagrado na prática.
Foi de intensa importância para a
forma tomada pela cultura chinesa em sua evolução o fato de que essa camada
destacada de intelectuais jamais tivesse adquirido o caráter dos clérigos do
cristianismo ou do islã, ou dos rabinos judaicos, ou dos brâmanes indianos, ou
dos sacerdotes do Egito antigo, ou dos escribas egípcios ou indianos. É
significativo que a camada dos letrados chineses, embora desenvolvida pelo
treinamento ritual, tivesse origem
numa educação para uma nobreza leiga. Os “letrados” do período feudal, então
finalmente chamados puo che, ou seja,
que tem como significado “bibliotecas vivas”, eram, em primeiro lugar,
eficientes no ritualismo. Não nasceram, porém, dos clãs de uma nobreza
sacerdotal, tal como os clãs Rishi do Rig-Veda, ou de uma corporação de
feiticeiros, como ocorria, com toda a probabilidade, com os brâmanes do
Atharva-Veda. Enfim, na China, os letrados remontam, em sua maioria pelo menos,
aos descendentes, provavelmente filhos mais novos, de famílias feudais que
haviam adquirido uma educação literária, especialmente o conhecimento da
escrita, e cuja posição social se baseava nesse conhecimento da escrita e da
literatura. Um plebeu, podia também adquirir um conhecimento da escrita,
embora, considerando o sistema chinês de escrita, fosse difícil. Mas, pensando
assim, se o plebeu conseguisse, partilhava do prestígio de qualquer outro
erudito. Mesmo no período feudal, a camada dos letrados não era hereditária ou
exclusiva – outro contraste com os brâmanes.
O primeiro romance de Gelling Yan foi publicado em 1985. Ela é autora
de romances como: The Banquet Bug, publicado como The
Uninvited, no Reino Unido e The Lost
Daughter of Happiness, bem como uma coleção de histórias intitulada: White Snake and Other Stories. Vários
dos trabalhos de Yan foram adaptados para o cinema, incluindo Xiu Xiu: The Sent-Down Girl, dirigido
por Joan Chen, e Siao Yu, dirigido
por Sylvia Chang e roteiro co-escrito pelo cineasta Ang Lee. Nesta démarche Zhang Yimou, o diretor chinês
de To Live and Raise the Red Lantern
adaptou seu romance13 Flores de Nanjing
para a tela como As Flores da Guerra (2012)
e seu filme Coming Home foi baseado
no romance de Geling Yan, The Criminal Lu
Yanshi. A trama desenrola-se durante
a invasão militar japonesa da cidade de Nanquim, em 1937. O massacre resultou
na morte de cerca de 300.000 civis, além do estupro de mulheres e crianças.
Inspirada no livro 13 Flowers of Nanjing,
título da edição chinesa, de Yan Geling, a obra representou a China no último
Oscar de melhor filme estrangeiro, mas ficou fora da disputa. A direção de Zhāng
Yimou rememora o episódio da ocupação
dos japoneses nos primeiros estonteantes minutos. Em seguida, são as
representações das personagens.
Christian Bale interpreta John Miller, um coveiro norte-americano que é visto de surpresa em meio a tiroteios e explosões. Para sobreviver ao extermínio histórico e pontual, ele se passa por padre e consegue refúgio numa igreja católica, território neutro no combate. Embora duvidoso e oportunista, Miller vira zelador de um jovem grupo de estudantes religiosas. A situação beira o caos quando treze prostitutas exigem abrigo. E Miller, encantado pela líder delas, a estreante Ni Ni, joga todo seu charme de cafajeste para levá-la para a cama. O realizador demonstra os japoneses com a mesma brutalidade dos nazistas. Não falta-lhe per se sutileza na transformação protagonista: de bonachão mau-caráter a herói das putas reprimidas. A história social sustenta o interesse do começo ao fim de envolvimento das personagens de duas horas de duração. Os conflitos entre as meninas virgens e as abusadas, cortesãs, rendem momentos menos pesados. No terço final, uma inesperada reviravolta traz imaginação para comover a plateia. Esse talvez seja o melhor filme de duas décadas de carreira de Zhāng Yimou. A iniciativa de abandonar a fantasia para abraçar a realidade opera o abstrato ficcional favorável.
Nasceu na cidade de Xian, capital da província de Shaanxi, em 1951. Vindo de uma família de militares, passou dificuldades financeiras, sociais e psicológicas na infância durante a Revolução Cultural: abandonou a escola, e durante a adolescência foi obrigado a trabalhar em uma plantação de algodão, e logo depois na indústria têxtil. Em entrevista, afirma que sua família era considerada de “passado incorreto”, diante do posicionamento político contrario ao da revolução comunista. Autodidata, pintava telas e começou a praticar fotografia, chegando a vender o próprio sangue para conseguir comprar a primeira câmera. Sua infância e adolescência necessita da consciência de que infância e adolescência ocorreram durante o movimento definidor do país, identificado como Revolução Cultural, que viria a ser recorrente fonte de inspiração para sua obra. Na morte de Mao Tse-tung (1976) depois dos dez anos sem produção cinematográfica, e sem demanda de ensino, a Academia de Cinema de Pequim abriu concurso para 30 alunos. A procura foi tão grande que mais de três mil candidatos se inscreveram para concorrer à vaga. Eram pessoas sem escolaridade, operários e camponeses que viram o curso como uma oportunidade para mudar de vida. Zhāng Yimou que ainda trabalhava na indústria têxtil, alcançava 28 anos um ano a mais do que permitia o Edital. Montando um portfólio com fotografias e vídeos, conseguiu uma vaga no curso de cinegrafista. Sobre a candidatura a vaga, o diretor explica: “o que importava era sobreviver. Eu queria uma mudança. Eu já tinha 28 anos, e queria uma oportunidade de fazer faculdade. Poderia estudar qualquer coisa. Eu não tinha exigências quanto a interesses, hobbies ou fé e não tinha nada a ver com ideais ou ambições”.
Yan
Geling trabalhou sobretudo em outros roteiros, incluindo uma biografia de Mei
Lanfang, um notável artista da ópera de Pequim no teatro chinês moderno, a
estrela da ópera de Pequim, para o diretor chinês Chen Kaige. Em 1924, Mei foi
para o Japão depois de saber sobre o grande terremoto Kantō que havia causado
destruição. Durante sua estada, ele não apenas se apresentou, mas também doou
para ajudar a causa. No ano de 1910, Mei se casou com Wang Minghua, e eles
finalmente tiveram um filho e uma filha juntos. Ainda casado com Wang, ele se
casou com sua segunda esposa em 1921, que também era atriz de ópera. O nome
dela era Fu Zhifang e juntos tiveram nove filhos. Em 1925, ele começou a sair
com uma terceira mulher, que também era atriz. Eles viveram juntos solteiros
por cinco anos antes de se separarem. A filha de Mei, Mei Baoyue, era uma
artista de ópera chinesa. O filho de
Mei, Mei Baojiu (1934-2016), era um performer
de ópera chinesa. O filme Forever
Enthralled de 2008, de Chen Kaige, é um relato biográfico de Mei Lanfang.
Mas, nossa Yan Geling é bacharel em
Literatura pela Wuhan University, uma universidade nacional de pesquisa
localizada em Wuhan, Hubei. É uma das universidades mais prestigiadas e
seletivas da China e foi reconhecida pelo Ministério da Educação da China como
uma Universidade de Classe A de Primeira Classe, e Master in Science em Belas Artes em Redação de Ficção pela
Columbia College Chicago. É uma instituição privada especializada em
disciplinas de artes e mídia e localizada em Chicago, Illinois. Fundada em 1890,
possui mais de 60 cursos de graduação e pós-graduação. É credenciado pela Comissão
de Ensino Superior.
A
transitoriedade e insubstancialidade dos fenômenos é um fato social de
comunicação espetacular que pode causar sofrimento de acordo com nossa visão. O
Columbia College Chicago não é afiliado à Columbia University , ao Columbia
College Hollywood ou a qualquer outro Columbia College dos Estados Unidos da
América. Esse sofrimento pode ir na sequência do pior sentido de sofrimento e
dor às menores frustrações e insatisfações sociais que todos nós experimentamos
no nosso cotidiano. Essa diferença de atitude leva a uma diferença de objetivos
entre as duas religiões. O objetivo primacial do taoista é simplesmente viver
em harmonia com o Tao. Assim poderá alcançar bons renascimentos em vidas
futuras. Em alguns casos alcançar a imortalidade, um objetivo ligeiramente
nebuloso que pode ir da imortalidade física literal à imortalidade celestial.
Isso envolve naturalmente permanecer imóvel por uma década com o objetivo de
conseguir fundir o corpo e o espírito em um movimento abstrato de “corpo de
luz” de uma maneira que tenha uma semelhança passageira com a realização
budista tibetana do corpo Arco-Íris. Um conceito apreendido no budismo tibetano
quando começa transformar tudo em luz em que o corpo do Mestre desaparece
deixando apenas roupas ou, às vezes, as unhas dos pés. É dito ser o estado mais
elevado alcançável no reino de Samsara antes da percepção da “luz clara” do
Nirvana.
Vale
lembrar na esfera política que a ascensão de Deng Xiaoping, em dezembro de
1978, o Partido Comunista Chinês, sob o
comando de Hua Guofeng, manteve as mesmas diretrizes, optou-se por este
intervalo como parte do Período Mao.
Em 5 de fevereiro de 1973, China e Japão concordaram em restabelecer os laços
diplomáticos. No ano seguinte, iniciaram as negociações para um tratado de paz
entre os dois países, progresso estagnado abruptamente em 1975. A China
insistia na inclusão da cláusula de anti-hegemonia, contrariando claramente os
interesses da giant União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) enquanto o Japão contestava a cláusula
e mantinha uma postura aparentemente de neutralidade axiológica na Ruptura
sino-soviética. A China e o Japão são, respectivamente, a segunda e terceira
maiores economias do mundo global. Em
2008, o comércio entre ambos chegou a 266,4 bilhões de dólares, com aumento de
12,5 % em 2007, tornando a cooperação entre China e Japão os maiores parceiros comerciais
mútuos. A China é a principal rota das exportações japonesas desde 2009.
Há milênios, as artes marciais (wushu) apareceram na China. Muitos tipos de artes cênicas foram influenciados pelos movimentos, técnicas e piruetas das artes marciais. As formas originais de muitos movimentos da dança clássica chinesas eram semelhantes aos daquelas artes marciais; apenas eram realizados de maneira diferente e o que exigiam era diferente. Mais tarde, durante os cinco mil anos de formação da cultura chinesa, a dança clássica chinesa foi sendo continuamente enriquecida e isso foi o que emergiu o aspecto “atitude/postura” da dança clássica chinesa. E isso foi também a origem do estilo que a dança clássica chinesa assumiu ao longo do processo de sua transmissão. O modus vivendi como uma pessoa de um determinado grupo étnico se move contém as qualidades distintas particulares do grupo. Os movimentos corporais das pessoas chinesas têm, naturalmente, uma velada expressão chinesa. Mas o estudo e a prática têm demonstrado que, mediante formação específica em “atitude/postura” e “forma”, pessoas de outras etnias também podem adquirir essa mesma expressão. A dança clássica chinesa foi executada em uma variedade de formas técnicas e sociais com destaque para peças teatrais. Ao longo das diferentes dinastias progrediram danças executadas na corte imperial assumindo progressivamente características sociotécnica.
Entre os gentios a chamada “dança de rua” se espalhou principalmente mediante imitação, enquanto que, entre os artistas de rua, ela se difundiu por meio das técnicas das artes marciais. Antes das dinastias Qin e Han entre 221 e 220 d. C., havia artistas que realizaram sequências de artes marciais. Os acrobatas usavam principalmente piruetas. Durante as dinastias Tang e Song entre 618 e 1279 d. C., a maior parte dos espetáculos de “dança de rua” continha formas e técnicas de dança clássica chinesa. Piruetas, em particular, foram utilizadas por praticamente todos os artistas de rua. Este é mais um exemplo de como, dentro da cultura chinesa, de modo geral, as técnicas e o uso de diferentes formas de arte têm influenciado uma a outra simultaneamente. Um dos períodos históricos mais prósperos da época feudal chinesa, a Dinastia Tang viu crescer intensamente a agricultura, o comércio, a siderurgia, a literatura, a arte e as construções navais. O governo relacionou-se diplomaticamente com os vizinhos, como o Japão, a Coreia, a Índia e a Pérsia. Mas as rebeliões camponesas continuaram, culminando com o novo império de Huang, em 875, mas que seriam logo dissolvidos. Em 1279, pela primeira vez o país foi completamente dominado por estrangeiros. Inovações como a impressão e a porcelana chegaram à Europa com o progressivo desenvolvimento da navegação chinesa. No vaivém do poder, com o declínio da Dinastia Song, Kublai Khan difundiu o domínio mongol que começara com seu avô, Gengis Khan.
O rei Asoka foi um imperador indiano da dinastia máuria que reinou entre 273 e 232 a. C. que teve papel determinante no expansionismo budista, constituindo-se em um arquétipo ideal de missionário ardente. Graças a ele, o Budismo deixou de ser apenas mais uma dentre centenas de religiões restritas ao Nordeste da Índia, para se tornar uma religião mundial. Mesmo com a morte de Asoka e o declínio do Budismo na Índia, as duas escolas prosseguiram a sua peregrinação, espalhando-se pelo mundo. Neste sentido, segundo Diniz (2010) a antiga Rota da Seda cumpriu importantíssimo papel social, uma vez que, além de transportar mercadores, mercadorias e migrantes, essa via de comunicação internacional também foi utilizada na dispersão do Budismo. A Rota da Seda, termo cunhado pelo geógrafo alemão Ferdinand von Richthofen, constituía-se em importante rota de comércio e processo de comunicação e método de trabalho que comercialmente ligava o Oriente ao Ocidente, ligando Xi’na na China, às cidades portuárias mediterrâneas de Antioquia e Tiro. Uma extensa rede de estradas da Índia a pontos da Rota da Seda e a outras vias terrestres de comércio, ligando o subcontinente indiano ao atual Mianmar e ao restante Sudeste asiático. Rotas terrestres de comércio também prosseguiam no sentido leste, ligando Xi’an, na China, a península coreana.
Estas
rotas comerciais não só foram significativas para o desenvolvimento e florescimento de
grandes civilizações, como o Egito Antigo, a Mesopotâmia, a China, a Pérsia, a
Índia e até Roma, mas também ajudaram a fundamentar o início do mundo moderno.
Rota da seda é uma tradução do alemão Seidenstraße, a primeira denominação do
caminho feita pelo geógrafo alemão Ferdinand von Richthofen no século XIX.
Muitas caravanas já seguiam essa rota antiga desde 200 a. C. No passado remoto,
os chineses aprenderam a fabricar seda a partir da fibra branca dos casulos dos
bichos-da-seda. Só os chineses sabiam como fabricá-la, pois de acordo com Marx
(1973: 189), uma época econômica se distingue de outra, não tanto pelo que se
fabrica, senão pela maneira de fabricá-lo, pelos meios de trabalho com os quais
se fabrica. Os meios de trabalho são a escala que mede o desenvolvimento do
trabalhador, e os exponentes das relações sociais no seio das quais trabalha.
Mas os meios mecânicos, que em conjunto podem ser chamados sistema ósseo e
muscular da produção, oferecem caracteres muito mais distintos de uma época
econômica que os que servem anda mais que para receber e conservar os objetos
ou produtos do trabalho, e cujo conjunto é encadeia-se assim como o sistema vascular da produção,
tais são objetos, por exemplo, como jarros, cestos, vasilhas e cântaros etc. E,
neste caso do processo manufatureiro mantinham segredo bem guardado.
Quando
eles juntos contataram as cidades do
Ocidente, através dos processos de trabalho encontraram pessoas dispostas a
pagar muito caro pela seda. Os dois lados da rota aprenderam muito sobre
culturas diferentes das suas, e isso expandiu suas ideias sobre o mundo. A
partir dos finais do século XIX, sob a influência das várias igrejas cristãs,
e, especialmente dos missionários protestantes, os intelectuais chineses
começaram a despertar para “a necessidade de repensar o estatuto da mulher na
sociedade chinesa”. Com a conquista vitoriosa da República, a luta pela
emancipação da mulher é assumida pelo poder político. O movimento feminista
inicial, por transplante da influência ocidental, que desde cedo começou também
a evidenciar características chinesas. Assim, a libertação das mulheres,
desenvolveu-se, por um lado, seguindo os padrões feministas ocidentais, que
valorizavam, sobretudo, a educação e a aquisição de direitos cívicos e
econômicos para as mulheres. Mas, por outro lado deu origem as tentativas de
libertação de contornos que podem ser interpretados como “mais revolucionários
e nacionalistas”. Para muitas feministas
chinesas, a emancipação da mulher só faria sentido se fosse integrada no
movimento político generalizado de libertação absoluta do país, leia-se das
influências sociais, tanto dinásticas, quanto das formas de propagandas
estrangeiras. Esta segunda vertente do movimento social feminista acabou integrado necessariamente no partido comunista chinês.
Qiu
Jin (1875-1907) também reconhecida pelo pseudônimo de Jianhu Nüxia, foi uma revolucionária
chinesa histórica, escritora e feminista, e membro da Tongmenghui, Liga Chinesa
Unida, Liga Unida, Aliança Revolucionária Chinesa, Aliança Chinesa e Leal
Sociedade Unida, foi uma sociedade
secreta formada por Sun Yat-sen em Tóquio, Japão, em 20 de agosto de 1905.
Em 1906, uma ramificação foi aberta em Singapura. Ela foi executada após um
plano mal sucedido de derrubar a Dinastia Qing. É considerada uma heroína nacional na China. Nascida em
Shaoxing, Qiu cresceu em uma casa ancestral chinesa na vila de Shanyin. Quando
jovem, estudou esgrima, equitação, poesia e literatura e a história de Hua
Mulan. Seu casamento infeliz lhe fez pensar e gerar novas ideias consideradas
posteriormente perigosas para o governo. Logo ela se tornaria membro da Tríade,
que advogava a queda da dinastia Qing e restauração da dinastia Han ao poder. Em
1903, ela decidiu viajar e estudar no Japão, deixando seus dois filhos sob a
proteção da família. Matriculando-se, inicialmente, em uma escola de japonês,
em Surugadai, ela logo se transferiria para uma escola para mulheres em
Kōjimachi, dirigida por Shimoda Utako. Qiu Jin era reconhecida por sua
habilidade com as artes marciais, por usar roupas masculinas ocidentais e nacionalismo anti-ideologia Manchu. Ele se juntaria à anti-Qing,
Guangfuhui, liderada pelo chefe Cai Yuanpei que em 1905 junto de Qiu
encabeçaria vários grupos armados revolucionários chineses para formar o Tongmenghui, por Sun Yat-sem.
Em
6 de julho de 1907, Xu Xilin foi preso pelas autoridades antes do levante em
Anqing. Ele confessou seu envolvimento sob forte interrogatório e foi
executado. Em 12 de julho, as autoridades prenderam Qiu Jin na escola para
meninas onde era diretora. Ela foi torturada e interrogada, mas se recusou a
admitir seu envolvimento na conspiração para derrubar a dinastia Qing, apesar
dos documentos encontrados que a incriminavam. Poucos dias depois, ela foi
levada para praça pública, onde foi decapitada, aos 31 anos de idade. Qiu foi
imediatamente erguida ao status de heroína e mártir pelos revolucionários,
tornando-se um símbolo para a independência feminina na China. Qiu Jin foi
imortalizada no imaginário individual e coletivo chinês e em sua literatura
depois de sua morte. Ela está sepultada ao lado do Lago do Oeste, em Hangzhou.
O governo estabeleceu um museu em sua homenagem em sua antiga casa, em
Shaoxing. Sua vida foi retratada em dois filmes: um, intitulado simplesmente
Qiu Jin, foi lançado em 1983 e dirigido por Xie Jin; o segundo foi lançado em
2011, intitulado Jing Xiong Nuxia Qiu Jin ou The Woman Knight of Mirror Lake, e
dirigido por Herman Yau. Por ser sempre lembrada como mártir, líder feminista e
heroína do povo chinês, seus trabalhos literários costumam ser esquecidos, em
alguns casos, ou postos de lado, apesar de não serem muito numerosos. Seus
escritos refletem seu reconhecimento de literatura clássica e Qiu
Jin escrevia poesia tradicional.
Yan
Geling nasceu em Xangai, na China, em 16 de novembro 1958. Ela é a segunda filha
de Yan Dunxun e Jia Lin. Ela tem um irmão mais velho, Yan Geping. Seu pai é ex-aluno da Faculdade de Arquitetura e
Planejamento Urbano da Universidade de Tongji, é uma universidade abrangente
localizada em Xangai. Fundada em 1907 pelo governo alemão com médicos alemães
em Xangai, Tongji é uma das universidades mais antigas, seletivas e
prestigiadas da China. Yan começou a se apresentar como dançarina aos 12 anos.
Ela serviu no Exército de Libertação do Povo, em Chengdu, alcançando um posto
equivalente a tenente-coronel, durante a Revolução Cultural no Tibete e mais
tarde jornalista na Guerra
Sino-Vietnamita, de 1979, ou conflito sino-vietnamita, também reconhecido
como invasão chinesa do Vietnã foi um breve conflito
de 17 fevereiro a 16 de março que envolveu a recém-unificada República
Socialista do Vietnã apoiada pela União Soviética, contra a República Popular
da China e seu aliado Kampuchea
Democrático. Yan Geling é uma escritora nascida em Xangai e com dupla nacionalidade
também norte-americana. Uma reveladora autora de um grande número de romances,
contos e scripts, representado um
texto com uma série normativa de instruções escritas para serem seguidas. Ou
por pessoas em peças teatrais ou programas televisivos, ou executadas tecnologicamente
por um programa de computador. Muitas de suas obras literárias escritas foram
adaptadas para a mídia audiovisual. Ela é atualmente representada pela agência
literária Peony, com sede em Hong Kong.
A
vida social deriva inexoravelmente de uma dupla fonte: a similitude das
consciências e a divisão do trabalho social. O indivíduo é socializado no
primeiro caso, porque, não tendo individualidade própria, confunde-se como seus
semelhantes, no seio de um mesmo tipo coletivo; no segundo, porque, tendo uma
fisionomia e uma atividade pessoais que o distinguem dos outros, depende deles
na mesma medida em que se distingue e, por conseguinte, da sociedade que
resulta de sua união. Esta divisão dá origem às regras jurídicas que determinam
as relações das funções divididas, mas cuja violação acarreta apenas medidas
reparadoras sem caráter expiatório. De todos os elementos técnicos e sociais que
ocorreram no âmbito da civilização, a ciência nada mais é que a consciência
levada a seu mais alto ponto de clareza. Nunca é demais repetir para que as
sociedades possam conviver nas condições de existência que lhes são dadas, é
necessário que o campo da consciência se estenda e se esclareça. Ipso facto, não se trata apenas de uma
decisão meramente individual, idealizada pela imaginação (o sonho), mas
coletiva no âmbito da cristalização
dos mitos, dos ritos, dos símbolos.
Quanto
mais obscura uma consciência no trabalho,
mais é refratária à mudança social, porque não vê depressa o que é necessário
mudar. Nem em que sentido é preciso mudar. Uma consciência esclarecida sabe
preparar de antemão a maneira de se adaptar a essa mudança risível. Eis porque
é necessário que a inteligência guiada disciplinarmente pela ciência adquira
uma importância maior no curso da vida coletiva. Tais sentimentos são capazes
de inspirar não apenas esses sacrifícios cotidianos, mas também atos de
renúncia completa e de abnegação exclusiva. A sociedade aprende a ver os
membros que a compõem como cooperadores que ela não pode dispensar e para com os
quais tem deveres. Na realidade, a cooperação tem sua moralidade
intrínseca. Há apenas motivos para crer, em nossas sociedades, essa
moralidade ainda não tem o desenvolvimento que lhes seria necessário. Daí
resulta duas correntes da vida social, que correspondem dois tipos de
estrutura não menos diferentes. Dessas correntes, a que tem sua origem nas
similitudes sociais corre a princípio só e sem rival.
Historicamente
entre a derrota chinesa para os ingleses na 1ª
Guerra do Ópio, em 1842, analisada por Marx (1973: 414; 577) quando afirma,
passim, que por volta de 1842 começou
a ceder a pressão que pesava sobre a indústria inglesa, de maneira quase
ininterrupta desde 1837. E nos anos que seguiram, a demanda estrangeira de produtos
industriais ingleses ocorreu em constante aumento. 1845-1846, a guerra do ópio
havia aberto a China para o comércio inglês. O novo mercado oferecia um novo
pretexto para uma ampliação já em pleno desenvolvimento da indústria, em
especial a de algodão. Ademais, se considerasse a Índia e China juntas, o
balanço seria então, desfavorável para a Inglaterra: China tenderia que efetuar
incessantes e fortes pagamentos para a Índia pela compra de ópio, e Inglaterra
deveria fazer seus pagamentos a China, de modo que por esse rodeio as somas
invertidas chegariam a Índia (1787, 1788). Posteriormente, com o advento da
Revolução Chinesa, em 1949, a China esteve envolvida em seguidos conflitos
internos e externos de grandes proporções beligerantes, que redundaram em
elevadas perdas humanas e materiais e significativa instabilidade política no
país.
Esta
é a questão político-afetiva: Qual
caminho a seguir? Desde a década de 1930, a condição social de rival mais importante
da China coube ao Japão. Um país que alcançou rápido desenvolvimento econômico
e social dentro da Ásia, tornando-se a mais importante potência econômica e
militar deste continente antes do final do século XIX. China e Japão, portanto,
não estão separados geograficamente somente por uma faixa marítima
relativamente estreita. A China influenciou consideravelmente o Japão com seu
sistema de caligrafia, arquitetura, cultura, filosofia e religião. Quando
potências do Ocidente conduziram uma abertura do Japão ao comércio
internacional no século XIX, o país voltou-se a modernização da Restauração Meiji, quando ocorreram uma
série de transformações do regime teocrático Meiji. As mudanças se deram nas
áreas políticas do governo, enxergando a China como uma sociedade incapaz de se
defender de ameaças ocidentais especialmente por conta da derrota nas Guerras do Ópio, ou Guerra
Anglo-Chinesa, dos conflitos armados ocorridos entre o Reino Unido da
Grã-Bretanha e Irlanda, e o Império Qing, nos anos de 1839-1842 e 1856-1860.
As
inúmeras invasões e tentativas de expansão japonesas sobre o território chinês
entre as décadas de 1894 e 1945, comparada
a postura japonesa com relação a própria interpretação do passado são as
principais fontes de discordância político-afetiva contemporânea entre os dois
países. Após mais de um longo século de embates internos e invasões
estrangeiras, o triunfo dos comunistas em outubro de 1949, com a Revolução
Chinesa, encerrou o governo republicano burguês no país conduzido pelo Partido
Nacionalista Chinês (Kuomintang) é o
partido político que tem sido historicamente o governante da República da
China, reconhecida como Taiwan desde a década de 1970, que se refugiou na ilha
de Taiwan, dando continuidade fantasiosa à República da China. Faz-se
necessário uma digressão do ponto de vista teórico em que nada fornece um
melhor testemunho da filiação ideológica e política entre Antônio Gramsci e
Vladimir Illich Lenin, ou exatamente o espectro político do leninismo, que o
artigo em Ordine Nuovo, quando da
morte de Lenin. Para Gramsci, influenciado por Lenin é antes de tudo o intelectual orgânico da revolução
bolchevique. Esse poder de criação no campo do marxismo é o que marca, para
Gramsci, toda a força expressiva de Lenin. – “Em que consiste” – escreve ele –
“sua originalidade política e sua principal característica?
O
bolchevismo é o primeiro movimento,
na história internacional das lutas de classe, a ter desenvolvido a ideia da
hegemonia do proletariado, e a ter posto em prática os principais problemas
revolucionários abordados por Marx e Engels através de seu projeto teórico. A
ideia de hegemonia proletária, precisamente porque precedida de uma prática
histórica e concreta, afirma Macciocchi (1980: 84-86), implicava em si mesma na
necessária busca de um aliado poder de classe: o bolchevismo realizou essa
aliança, através da massa de camponeses pobres”. Pondo no centro desse esboço a
famosa obra de Lenin: Duas Táticas da
Socialdemocracia, Gramsci retomou seu estudo sobre a diversidade de dados
históricos e confrontava a situação dos
bolcheviques com a da Itália, do ponto de vista da hegemonia da classe
operária, para chegar à seguinte constatação: - a revolução apesenta-se
praticamente como uma hegemonia sócio-política do proletariado servindo de guia
a seu aliado, a classe camponesa. Daí desenvolve a tese leninista das alianças
sobre as quais deve apoiar-se o conceito dialético de bloco histórico. O problema essencial diz respeito à natureza das
relações que o (os) dirigentes mantêm com o partido da classe operária. Enfim, durante os anos fatídicos de cárcere,
os problemas do leninismo não haviam deixado de preocupar a mente do pensador
marxista italiano. Na evolução dramática dos acontecimentos, o movimento
revolucionário que, finalmente, havia triunfado era o de outubro de 1917.
Representava
um imenso observatório, a partir do qual se descobria que a Terra não era
plana, que não era o Sol que girava em torno dela, e que o sistema de Ptolomeu
do pensamento político precisava ser substituído pela nova ciência de Galileu,
poder-se-ia dizer: uma revolução havia ocorrido na ideologia e na teoria
socialistas. Mas, uma vez descoberto esse novo continente abstrato da ciência,
a questão permanecia dramaticamente colocada – como garantir então, no
Ocidente, o triunfo revolucionário do proletariado, de uma classe operária já
por diversas vezes vencida? O problema teórico
que se colocava era o de saber como se articula a multiplicidade das rupturas através das quais a classe operária
alcança o poder e tende a criar as condições de sua hegemonia. Na prisão (cf.
Fiori, 1995), seu pensamento progride: é então com base nas diferenças
existentes entre a Rússia e o Ocidente, ele elabora sua estratégia da “passagem
da guerra de movimento à guerra de posição”. Isto quer dizer o seguinte: o
primeiro termo designa substancialmente o enfrentamento direto pela tomada de
poder; e o segundo, o vínculo orgânico que se estabelece com o conflito social
e de classe que amadurece sob a direção do partido revolucionário, quando a
luta aberta não é possível, ou então para preparar suas condições sociais de
existência. Não existe aí nenhum imobilismo. Nenhuma pausa, nenhuma paz social.
Mas de fato um novo tipo de guerra,
com um caráter social totalmente distinto do enfrentamento político
direto.
Em
contrapartida, no continente, sob o comando do Partido Comunista Chinês (PCC),
tinha início a República Popular da China fundada em 1911 após a queda da
dinastia Qing que governou o continente chinês até 1949. Em 1945, a república
chinesa adquiriu Taiwan do Império do Japão, após o fim da 2ª guerra mundial.
Na fase de 1946-1949 da guerra de movimento de movimento da Guerra Civil
Chinesa, o Partido Comunista com a guerra de posição derrotou o nacionalista
Kuomintang no continente e estabeleceu a República Popular da China, em Pequim,
em exatamente em 1° de outubro de 1949, enquanto o Partido Nacionalista mudou a
sede do seu governo para Taipei. Desde então, a jurisdição da República da
China está limitada à Taiwan e ilhas em
seu entorno incluindo Penghu, Kinmen e Matsu, o país recebe reconhecimento mundial
diplomático limitado ao redor d o mundo. Acenava-se não apenas mediante a
possibilidade de transformações sociais profundas no país na direção de uma sociedade
igualitária, mas com o compromisso político em enfrentar os desafios relacionados
ao desenvolvimento material, nitidamente atrasada em relação às nações
industrializadas, e a preservação da integridade territorial do país após quase
um século de invasões estrangeiras. O Período Maoísta (1949-1978), demarca o
processo revolucionário da República
Popular da China, em que Mao Tsé-tung, será a principal liderança política
até a sua morte, em setembro de 1976. Sua contribuição teórica volumosa em
estratégias militares, e suas políticas públicas comunistas são reconhecidas
como maoísmo.
A
vida social deriva inexoravelmente de uma dupla fonte: a similitude das
consciências e a divisão do trabalho social. O indivíduo é socializado no
primeiro caso, porque, não tendo individualidade própria, na esfera da vida
social, confunde-se como seus semelhantes, no seio de um mesmo tipo coletivo;
no segundo, porque, tendo uma fisionomia e uma atividade pessoais que o
distinguem dos outros, depende deles na mesma medida em que se distingue e, por
conseguinte, da sociedade que resulta de sua união. Esta divisão dá origem inevitavelmente
às regras jurídicas que determinam as relações das funções divididas, mas cuja
violação acarreta apenas medidas reparadoras sem caráter expiatório. De todos
os elementos técnicos e sociais da civilização, a ciência nada mais é que a
consciência levada a seu mais alto ponto de clareza. Nunca é demais repetir que
para que as sociedades possam viver nas condições de existência que lhes são
dadas, é necessário que o nível abstrato da consciência se estenda e se
esclareça.
Quanto mais obscura uma consciência, tanto mais é refratária à mudança social, porque não vê depressa o que é necessário mudar. Nem em que sentido é preciso mudar. Uma consciência esclarecida sabe preparar de antemão a maneira de se adaptar a essa mudança risível. Eis porque é necessário que a inteligência guiada disciplinarmente pela ciência adquira uma importância maior no curso da vida coletiva. Tais sentimentos são capazes de inspirar não apenas esses sacrifícios cotidianos, mas também atos de renúncia completa e de abnegação exclusiva. A sociedade aprende a ver os membros que a compõem como cooperadores que ela não pode dispensar e para com os quais tem deveres. Na realidade, a cooperação também tem sua moralidade intrínseca. Há apenas motivos para crer, que, em nossas sociedades, essa moralidade ainda não tem todo o desenvolvimento que lhes é necessário. Daí resulta duas correntes da vida social, que correspondem a dois tipos de estrutura não menos diferentes. Dessas correntes, a que tem sua origem nas similitudes sociais corre a princípio só e sem rival.
O
palito de fósforo fabricado é um artigo, curto, fino, feito de madeira,
papelão, ou barbante encerado. Os palitos de fósforos feitos em papelão
apareceram anos mais tarde e o responsável por esta invenção foi Joshua Pusey,
um reconhecido advogado da Pensilvânia que fumava charutos. No processo de
trabalho de sua fabricação apresentam oxidantes, enxofre e cola em uma das
extremidades quando entra em atrito com a lixa. Na parte externa da caixa onde
são guardados os palitos, nas laterais fabricadas com dextrina, fósforo e
trissulfeto de antimônio II, ao riscar a lixa, no ato de fricção, se decompõe,
arde nas baixas temperaturas e incendeia os demais produtos produzindo fogo. O
elemento básico para fabricar fósforos foi descoberto acidentalmente em 1669 pelo
alquimista alemão Henning Brand. Das tentativas de transformar metais em ouro
Brand descobriu que o fósforo significa em grego “o que traz luz”. Em 1680 o
cientista britânico Robert Boyle, um dos fundadores da química moderna,
percebeu que uma chama era formada quando o fósforo era esfregado no enxofre. Acreditava
Boyle que a chama não era causada pela fricção, mas sim por algo inerente ao
fósforo e ao enxofre.
Na
prática ele tinha razão. Encontrara o princípio que conduziria a invenção do
fósforo. Coube ao farmacêutico inglês John Walker produzir, em 1827, palitos de
fósforo que podem ser considerados, apesar de seu tamanho, o precursor de
nossos fósforos. Palitos menores foram comercializados na Alemanha em 1832, mas
ainda eram perigosos: costumavam incendiar sozinhos dentro da própria
embalagem. Foi nos Estados Unidos da América que Alonzo D. Phillips de
Springfield obteve, em 1836, uma patente para “fabricar fósforos de fricção” e
os chamou “locofocos”, uma facção do Partido Democrata dos Estados Unidos que
existia de 1835 até meados da década de 1840.
Mas o perigo só foi resolvido após a descoberta do fósforo vermelho, em
1845. Foi o sueco Carl Lundström que introduziu em 1855 fósforos seguros,
chamados fósforos de segurança. Carl Ulf Sture Lundström é um empresário sueco.
Carl Lundström é filho de Ulf Lundström e neto de Karl Edvard Lundström,
fundador do maior produtor mundial de pão torrado, Wasabröd. Quando seu pai Ulf
Lundström morreu em 1973, Carl Lundström era um dos cinco herdeiros de
Wasabröd. Além do fósforo vermelho, seus ingredientes inflamáveis foram
colocados em dois locais distintos: na cabeça do palito e do lado de fora da
caixa, junto com o material abrasivo.
Um
dos primeiros atos dos portugueses no Brasil em 1500 foi abater uma árvore para
montar a cruz da primeira missa. Nesse gesto premonitório fez-se a primeira
vítima da ocupação européia da Mata Atlântica, que cobria boa parte do
território brasileiro. Nos cinco séculos que se seguiram, cada novo ciclo
econômico que envolve com uma alternância de períodos de crescimento
relativamente rápido do produto, com períodos de relativa estagnação ou
declínio de desenvolvimento do país, significou mais um passo na destruição de
uma floresta de um milhão de quilômetros quadrados, hoje reduzida a vestígios.
A manufatura de palitos de fósforo data de 1833, quando se inventou o método de
aplicação do fósforo ao palito. Desde 1845, essa manufatura desenvolveu-se
rapidamente na Inglaterra e, depois de se espalhar pelas partes urbanas densamente
povoadas de Londres, expandiu-se para Manchester, Birmingham, Liverpol,
Bristol, Norwich, Newcastle e Glasgow e consigo o tétano, que já em 1845, um médico de Viena detectara “como doença
peculiar aos fosforeiros”. A metade dos trabalhadores são crianças menores de
13 anos. Em virtude da insalubridade e repugnância, a manufatura é tão
mal-afamada que apenas a necessidade parte da miséria da classe trabalhadora,
com viúvas semifamélicas, etc., que entregam seus filhos a essas fábricas:
“crianças esfarrapadas, semifamélicas, totalmente desamparadas e sem
instrução”.
As
formas de trabalho de muitos operam de modo planejado, uns ao lado dos outros,
no mesmo processo global de produção ou em processos de produção diferentes,
porém conexos, que segundo Marx, chama-se sociologicamente cooperação. As
mulheres, desde 1949, na nova China revolucionária, passaram, a ocupar metade do
Movimento do Céu (cf. Broyelle,
2018), que para tal deviam corresponder ao que a ideologia política
representava para elas, que em princípio deviam libertar-se, sobretudo
economicamente. Passariam a ser as forças produtivas modelares da China vermelha.
Neste aspecto não há distinção entre economias capitalista e pós-capitalista. A
mulher chinesa contempla uma figura política de peso nas cidades.
Masculiniza-se, endurece e tem tendência a isolar-se, numa reação, por ventura
natural, a um passado político de sofrimento, isolamento e muita dor. No campo
a sua situação não melhora grandemente, sobrecarregada e dividida através da
divisão social do trabalho entre as tarefas de casa e trabalho, continua a
encontrar no suicídio uma resposta nem sempre confortante para os males que a
afligem. Esta divisão dá origem às regras jurídicas que determinam as relações
sociais das funções divididas, mas cuja violação acarreta apenas medidas
reparadoras sem caráter expiatório. Do ponto de vista da organização do
trabalho a gestão social de carreira envolve duas partes constitutivas e
inseparáveis desde o taylorismo: organização e concepção. Diferente de décadas
passadas, quando as organizações definiam as carreiras de seus empregados, na modernidade o papel do indivíduo na
gestão se torna relevante e assume um papel progressivo, mas atípico.
Bibliografia
geral consultada.
MACCIOCCHI, Maria-Antonietta, Pour Gramsci. Paris: Éditions Du Seuil, 1971; MARX, Carlos, El Capital. Crítica de la Economía Política. Libro primeiro. Buenos Aires: Editorial Cartago, 1973; MARX-ENGELS, Sobre Literatura e Arte. 4ª edição. Lisboa: Editorial Estampa, 1974; HUBERMAN, Leo, História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1974; WEBER, Max, Ensaios de Sociologia. Organização e Introdução de H. Hans Gerth e Charles Wright Mills. 3ª edição. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1974; BAMBERGER, Joan, “The Myth of Matriarchy: Why Men Rule in Primitive Society”. In: ROSALDO, Michelle Zimbalist and LAMPHERE, Louise (eds.), Women, Culture and Society. Califórnia: Stanford University Press, 1974; pp. 67-87; BACHOFEN, Johann Jakob, El Matriarcado: Una Investigación sobre la Ginecocracia en el Mundo Antiguo según su Naturaleza Religiosa y Jurídica. 2ª edicíon. Madrid: Ediciones Akal, 1992; FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana, Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Editor Artes Médicas Sul, 1999; LAJOLO, Marisa, Do Mundo da Leitura para a Leitura do Mundo. 6ª edição. São Paulo: Editora Ática, 2008; DINIZ, Alexandre Magno, “Surgimento e Dispersão do Budismo”. In: Espaço e Cultura. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, n° 27, pp. 89-105, jan./jun., de 2010; ENGELS, Friedrich, La Situazione della Classe Operaia in Inghilterra. Roma: Editore Lotta Comunista, 2011; GELING, Yan, La Novena Viuda. Madrid: Editora Alfaguara, 2011; Idem, I Tredici Flori della Guerra. Traduttore Letizia Sacchini. Milano: Editore Rizzoli, 2012; DÍAZ, Miguel Román, Los Derechos Humanos en el Pensamiento de Norberto Bobbio. Tesis Doctoral. Instituto de Derechos Humanos Bartolomé de las Casas. Getafe (Madrid), 2015; BROYELLE, Claudie, A Metade do Céu. O Movimento de Libertação das Mulheres na China. 2ª edição. São Paulo: Editora Nova Cultural, 2018; XINRAN, Dong, As Mulheres Chinesas no Fim do Século XIX e o Início do Século XX: Sob a Influência Ocidental. Dissertação de Mestrado. Programa de Estudos Interculturais Português/Chinês: Tradução, Formação e Comunicação Empresarial. Instituto de Letras e Ciências Humanas. Universidade do Minho, 2019; COSTA, Danilo de Melo, “Como a China Conseguiu Crescer Economicamente e Ainda Criar o Maior Sistema de Educação Superior do Mundo”. In: SciELO em Perspectiva: Humanas, 2020; entre outros.
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