quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Ricardo Boechat - Um Ponto de Vista Jornalístico na Comunicação.

                                                                                                      Ubiracy de Souza Braga

                          A riqueza não iguala os homens, mas a miséria sim”. Ricardo Boechat


Singularidade é um termo feminino que se refere a algo ou alguém que possui a característica de ser único, que se distingue dos demais, extraordinário. O termo origina-se do latim “singularĭtas” tendo como significado individualidade, unidade. Ela pode ser  descrita como uma qualidade ou adjetivo atribuído ao homem que seja singular, que se diferencie do restante dos seus semelhantes, seja por suas atitudes ou por outras características que não tenham pluralidade. A ideia de singularidade geralmente é utilizada para apresentar características etnográficas e comportamentos dos seres humanos que se distinguem do que é considerado padrão. A singularidade pode ser usada de maneira específica em áreas do conhecimento social. Mas também pode apresentar-se nas características cognitivas de padrão psicológico e sociológico do desenvolvimento, que podem se destacar dos comportamentos dos demais socialmente ou no ambiente de trabalho. É a chamada singularidade da comunicação.
Uma organização difere de uma instituição por definir-se por uma prática social determinada de acordo com sua instrumentalidade: está referida ao conjunto de meios (administrativos) particulares para obtenção de um objetivo particular. Não está referida a ações articuladas às ideias de reconhecimento externo e interno, de legitimidade interna e externa, mas a operações definidas como estratégias balizadas pelas ideias de eficácia e de sucesso no emprego de determinados meios para alcançar o objetivo particular que a define. Por ser uma administração, é regida pelas ideias concepção e de gestão, planejamento, previsão, controle e êxito. Não lhe compete discutir ou questionar sua própria existência, sua função, seu lugar no interior da luta de classes, pois isso, que para a instituição social universitária é crucial, é, para a organização privatista, um dado de fato. É inquestionável nas relações sociais de trabalho que ela em certa medida sabe, ou julga saber, por que, para que e onde existe no no âmbito do processo de trabalho.      
Do ponto de vista do trabalho a gestão de carreira envolve duas partes principais: a da organização e a concepção do indivíduo. Diferentemente de décadas passadas, quando as organizações definiam as carreiras de seus empregados, na modernidade o papel do indivíduo na gestão da carreira se torna relevante e assume um papel progressivamente mais atípico. Os empregados assumem, na atualidade, o papel de planejar sua própria carreira, sendo estimulados a acumular conhecimentos científicos e administrar suas carreiras para garantir mobilidade no mercado de trabalho. No início  indivíduos buscam desafios, salários atrativos e responsabilidades, após amadurecerem, passam a se interessar por trabalhos que demandem: autonomia e independência, segurança e estabilidade, competência técnica e funcional, competência gerencial, criatividade intelectual, serviço e dedicação a uma causa, desafio político, estilo de vida.

                        
Ricardo Eugênio Boechat nasceu em Buenos Aires, em 13 de julho de 1952 e faleceu em São Paulo, em 11 de fevereiro de 2019. Foi um jornalista, âncora e locutor de rádio brasileiro presente nos principais jornais nacionais, como O Globo, O Dia, O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. Seu último trabalho ocorreu no Grupo Bandeirantes de Comunicação, onde trabalhava desde 2004, quando começou como âncora do noticiário matinal BandNews FM em 2005 da filial carioca, passando no ano seguinte para a apresentação da faixa matinal da rede, quando também passou a ancorar o jornal da Rede Bandeirantes. Também assinava uma coluna semanal na revista Istoé. Filho de um diplomata brasileiro e da argentina Mercedes Carrascal, nasceu na capital argentina enquanto o pai estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores. A âncora tem vários significados e é um símbolo muito utilizado no jornalismo. Fazendo uma analogia entre a finalidade da âncora com o seu simbolismo, os seus significados estão associados à segurança, estabilidade, proteção, força, equilíbrio, pausa, firmeza e tranquilidade. Misticamente a âncora está relacionada com o interior que nos dá sustentação e firmeza, diante das intempéries da vida, nos mantendo firmes para passar por estes momentos. Na visão espiritualista, a âncora é um símbolo que representa a ligação espiritual com a matéria. Está associado às suas duas partes: um semicírculo em forma de asas para cima, que representa o mundo espiritual; uma cruz, que simboliza a experiência da Alma, como deste mundo terrestre.           
O jornalista âncora nada mais é do que o apresentador do telejornal, ou até mesmo o editor-chefe, principalmente quando inferimos no jornalista âncora do telejornalismo norte-americano. Inclusive foi nesse país que o apresentador recebeu o nome “anchorman”. A primeira “mulher âncora” só foi surgir em 1976, quando Barbara Walters saiu da NBC para assinar contrato com a ABC. Walters fora, naquele momento, coâncora do ABC Nightly News, noticiário noturno que já contava com a ancoragem do famoso Harry Reasoner. Essa conquista de todas as mulheres foi suficiente para alimentar um novo debate na comunicação norte-americana. Ela foi contratada para encorpar a divisão de jornalismo da ABC, que detinha o terceiro lugar nas pesquisas de opinião, mas distante das empresas líderes CBS e NBC. A emissora acreditava que Barbara Walters atrairia a audiência feminina em razão de sua presença ideologizada na bancada do telejornal noturno. Uma das maiores novidades proporcionadas pelo novo contrato com a ABC era o fato social de que Walters seria consultada quando um novo produtor ou âncora fosse contratado, e ainda teria, sobretudo, o direito de opinar sobre as matérias que fizesse o que antes era negado a ela e a todas as outras mulheres no caso particular do jornalismo. Essas mudanças foram primordiais para o acesso de outras mulheres à divisão social do trabalho através da ancoragem de telejornais, dividindo pela primeira vez um espaço que antes era destinado somente aos homens. Aos 66 anos, Ricardo Eugênio Boechat era um dos mais premiados jornalistas do Brasil, com quase 50 anos de carreira.

Ele morreu na queda de um helicóptero nesta segunda-feira, 11/02/2019. O jornalista começou a carreira em 1970 no extinto Diário de Notícias, do Rio de Janeiro, e, depois passou, por grande parte dos maiores jornais, canais de televisão e rádios do País. Atualmente, trabalhava como âncora do Jornal da Band e na BandNews FM, além de ser colunista da revista IstoÉ. Filho de diplomata, Boechat nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 13 de julho de 1952. Ele morou no Rio de Janeiro durante a maior parte da vida, mas vivia em São Paulo desde 2006. Além do trabalho na imprensa, escreveu o livro-reportagem “Copacabana Palace - Um Hotel e sua História” (DBA, 1998), que resgata a trajetória do icônico hotel. O jornalista ganhou três prêmios Esso. O mais importante da comunicação social, em 1989, pela Agência Estado, em reportagem sobre a corrupção na Petrobrás. Os demais, em 1992, na categoria “Informação Política”, e em 2001, na categoria “Informação Econômica”.
Na vida cotidiana não pensava em ser jornalista até conseguir um emprego no Diário de Notícias, por intermédio do diretor comercial, Cleber Sabóia, pai de uma amiga. - “Naquela época você entrava nos jornais sem mostrar muito documento, às vezes, nenhum”. Aos 17 anos, sua única experiência era a da militância política de estudante secundarista. - “O Rio de Janeiro para mim era o exterior. Eu não tinha nenhum equipamento que não a pretensa ideologia, a vontade e o desejo de andar sozinho para poder me credenciar a um emprego. Eles foram me dando tarefas e eu fui me familiarizando com aquele cotidiano”. Criado na cidade fluminense de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, era filho de um diplomata brasileiro e uma argentina. Costumava brincar que sua família havia sido precursora do Mercosul. Dos sete filhos, três eram uruguaios, três brasileiros, enquanto ele nasceu na Argentina – embora todos tenham sido registrados em embaixadas brasileiras. Seu pai, Dalton Boechat, foi funcionário do governo brasileiro em missões em ambos os países. Posteriormente, foi assessor da Petrobras até ser cassado pelo regime militar com o golpe de 1964.
Além do jornalismo diário, Boechat também atuava como professor universitário desde 1994. Reconhecido como comunicador altamente adaptável, passou a comandar um programa de rádio na BandNews FM, em 2005, o que lhe deu enorme popularidade e garantiu um público fiel. No ano seguinte, tornou-se âncora do Jornal da Band, principal telejornal da emissora. Como jornalista representava um dos extremos do colunismo social, que se dividia entre a investigação e o glamour. Avesso à badalação, dedicou-se a buscar “furos” de reportagem, traduzidos em notas frequentemente bem-humoradas em sua coluna. Uma das estratégias que adotava para conseguir tais furos era fugir dos temas óbvios, optando por buscar fontes e assuntos inusitados. Tinha como regra evitar assessores governamentais, políticos consagrados e ministros de Estado, que forneciam informações previsíveis. O papel do colunista social seria divulgar para os leitores um flagrante, permitindo que ele tirasse suas próprias conclusões. Ele negava que a mudança sofrida pelo colunismo social fosse um mérito seu. O jornalista dizia que foram as colunas as primeiras a sintetizar os interesses do Itamaraty. Esta teria sido uma via para se chegar às notícias políticas. O repórter identificava já na época de Álvaro Américo, criador da Coluna do Swann, a presença de outros assuntos que não os exclusivamente voltados para a badalação social. Foi o então editor-chefe do Diário de Notícias que o indicou para trabalhar como repórter para Ibrahim Sued, ícone do colunismo social de seu tempo. – “Foi uma coisa decisiva para a minha formação como repórter” – mas para ele o que era um “bico” se estendeu por 14 anos de trabalho.   
Ibrahim Sued foi um jornalista, apresentador de televisão, crítico e colunista social brasileiro. Filho de imigrantes árabes nasceu em família muito pobre, no bairro de Botafogo. Em 1985 foi homenageado no Carnaval carioca pelos Acadêmicos de Santa Cruz com o enredo “Ibrahim, De leve eu chego lá”. Ainda na década de 1980, Sued foi a figura principal do casamento de sua filha Isabel Cristina, um dos maiores acontecimentos sociais à época, com quatro mil convidados. Em 1993, deixou o jornalismo diário e passou a publicar apenas uma coluna dominical no “O Globo”. A Faculdade da Cidade do Rio de Janeiro lhe fez a outorga do Título de Professor Emérito do Curso de Jornalismo, em evento que contou com a presença da nata da sociedade, além de políticos, sambistas, músicos e intelectuais. Ao entregar-lhe a comenda, o professor Paulo Alonso, diretor acadêmico dessa instituição carioca, fez um discurso marcado pela emoção, lembrando momentos marcantes da vida do colunista. Alonso, que também atuava no jornal O Globo, falou da sua amizade com Ibrahim e ainda da capacidade do “turco”, apelido de Ibrahim, em lidar com dificuldades e vencê-las. Cunhou bordões que se tornaram marcantes como “De leve”, “Sorry periferia”, “Depois eu conto”, “Bola Branca”, “Bola Preta”, “Ademã que eu vou em frente”, “Os cães ladram e a caravana passa”, “Olho vivo, que cavalo não desce escada”, dentre outras. Em 2003 com uma estátua em frente ao hotel Copacabana Palace.

Depois do início da carreira no Diário de Notícias, ele começou a trabalhar na coluna de Ibrahim Sued no jornal O Globo. Em 1983, passou a integrar a equipe da coluna Swann, na mesma publicação, da qual assumiu a titularidade dois anos depois. Quatro anos depois, em 1987, trabalhou na Secretaria de Comunicação Social do Rio de Janeiro por seis meses, durante a gestão Moreira Franco e, em seguida no Jornal do Brasil. Nos anos 1980, começou a trabalhar na sucursal carioca do jornal O Estado de S. Paulo. Em 1989, retornou à coluna Swann, do jornal O Globo, que, depois, passou a se chamar Boechat. Nos anos 1990, se tornou colunista do Jornal do Brasil, no qual depois assumiu uma coluna e chegou a ser diretor de redação durante um ano. Também foi colunista no SBT e do jornal O Dia, do Rio, além de ter sido professor da Faculdade da Cidade. Em 1997, passou a ter um quadro de opinião no jornal Bom Dia, Brasil, da TV Globo, empresa que deixou em 2001. Logo depois, se tornou Diretor de jornalismo do Grupo Bandeirantes, no Rio. Em 2006, mudou-se para São Paulo para ancorar o Jornal da Band. Em seguida, também começou a trabalhar como âncora na BandNews FM. Dentre os prêmios conquistados, estão ainda um White Martins de Imprensa, além de nove Comunique-se: 2007, 2010 e 2012, na categoria âncora de TV; 2006, 2008 e 2010, como apresentador/âncora de rádio; e 2008, 2010 e 2012, como colunista de notícia.
Neste ano ao participar de reportagens pelo controle das companhias telefônicas no Brasil, a sua participação foi citada em reportagem publicada na revista Veja em junho de 2001. O colunista foi demitido de O Globo e da Rede Globo, onde tinha uma coluna no “Bom Dia Brasil” quando a revista publicou trecho de um grampo telefônico em que revelava ao jornalista Paulo Marinho o conteúdo das matérias que foram publicadas pelo jornal. A decisão dos diretores da empresa foi unânime. Eles alegaram que o comportamento do jornalista feria o código de ética da empresa. Marinho trabalhava para Nelson Tanure, principal acionista do Jornal do Brasil e aliado da TIM, empresa que disputava o controle da Telemig Celular e Tele Norte Celular em confronto com o banqueiro Daniel Dantas. O aparente escândalo revelou alguns dos métodos atuais empregados nas guerras pelo controle das companhias telefônicas, na qual ocorriam grampos a jornalistas, notícias plantadas e envolvimento de grupos poderosos. Flagrado nesses “grampos”, a situação ficou insustentável na rede Globo. Nos últimos anos a sua coluna mais lida em O Globo, transformou-se num dos mais influentes jornalistas do país, dando início ao primeiro escândalo de quebra do sigilo do painel do Senado Federal, quando, em 2000, “revelou falhas de segurança no painel do Senado”.
Pouco depois, disse que a senadora Heloísa Helena teria traído o Partido dos Trabalhadores (PT) em votação que cassou o mandato do senador Luís Estêvão. Antes da demissão, deixou claro ter uma cópia da lista de votação. Mesmo assim, ele não foi inquirido pelo Conselho de Ética do Senado por não ser político. Em 19 de junho de 2015, Ricardo Boechat e o pastor Silas Malafaia protagonizaram uma discussão de repercussão nacional. No dia 17 de junho, o jornalista decidiu comentar em seu programa na rádio BandNews FM, sobre a onda de crimes causada pela intolerância religiosa afirmando que: “Os evangélicos são uma massa monumental de brasileiros, sempre ficam muito sensíveis quando se faz alguma crítica que generalize a abordagem. E nesse sentido, eu quero deixar bem claro que essa crítica é uma crítica muito dirigida a pastores e algumas igrejas neopentecostais, e alguns grupos específicos dentro de algumas agremiações religiosas que estão estimulando e levando a cabo ações de hostilidade contra outras religiões, especialmente as religiões de origem africana”.
Esta tese dialética representa uma síntese contraditória nacional que despertou o ódio de Silas Malafaia, que se sentiu ofendido e, através do Twitter, escreveu que o jornalista “estava falando asneira e também o chamou de idiota”. Ao ver as mensagens do pastor, enquanto falava ao vivo pela BandNews FM Fluminense,  Boechat resolveu responder às acusações: - “Malafaia, vai procurar uma rôla. Você é um idiota, um paspalhão, pilantra, tomador de grana de fiel, explorador da fé alheia. Você gosta muito é de palanque, mas não vou te dar porque tu é um otário, um paspalhão. Você é um homofóbico, uma figura execrável, horrorosa, que toma dinheiro das pessoas. Você é rico porque toma dinheiro das pessoas pregando salvação depois da morte. Meu salário, meus patrimônios, vêm do meu suor, não do suor alheio. Você é um charlatão, cara. Que usa o nome de Deus e de Cristo para tomar dinheiro dos fiéis. Você é um tomador de grana. Você e muitos outros. Não tenho medo de você não, seu otário!”.
Depois, concluiu a análise: - “É no âmbito de igrejas neopentecostais que estão acontecendo atos de incitação a intolerância religiosa, mais do que em outros ambientes”, mas garantiu que não estaria fazendo nenhuma generalização, como Malafaia insinuaria, citando o exemplo, comparativamente a seu ver positivo, do pastor João Melo, que da Igreja Batista de Vila da Penha, subúrbio do Rio de Janeiro. Silas Malafaia passou o dia escrevendo mensagens a Ricardo Boechat, além de ter gravado um vídeo para replicar o jornalista. No vídeo ele acusa Boechat de perder a linha, dizendo que ele não foi imparcial aos ataques contra os cristãos na Parada Gay de São Paulo. O pastor também ameaçou processar o jornalista, bem como desafiou Boechat para um confronto cara a cara em algum programa. Malafaia também acusa o jornalista de não ter moral e alegou que a mãe da menina atacada na saída do terreiro seria frequentadora da sua igreja. Para completar, disse que Boechat “dá chilique no microfone quando não gosta de alguma coisa”. Ele também reafirmou que iria intimar o jornalista na Justiça. Posteriormente, em audiência judicial, ambos se retrataram. O pastor Malafaia repreendeu fiéis que vinham compartilhando uma compreensão sobre o trágico acidente que resultou na morte do jornalista Ricardo Boechat, colaborador do Grupo Bandeirantes e da revista IstoÉ. Logo após o anúncio de sua morte, portais de “fofoca gospel” começaram a compartilhar especulações sobre o acidente e o triste fim da vida do jornalista, sugerindo que se tratava de um castigo divino.

BandNews FM é uma rede de rádio jornalística brasileira pertencente ao Grupo  Bandeirantes de Comunicação Social. Foi inaugurada em 20 de maio de 2005, como projeto de rádio de programação jornalística 24 horas por dia, o chamado all news, sendo este projeto considerado o primeiro operando em frequência modulada no Brasil. A rede transmite boletins de notícias com duração de 20 minutos durante toda a programação, intercalados por análises de colunistas. Em setembro de 2004, a Rádio Sucesso, que passava por uma crise financeira devido às pesadas indenizações ao grupo Jornal do Brasil e pela perda de liderança para as concorrentes, foi vendida para o Grupo Bandeirantes de Comunicação. Quando da aquisição, foi especulado que a rádio seria uma retransmissora da Rádio Bandeirantes. Outro boato dava conta que a emissora tocaria músicas eletrônicas e hip hop, concorrendo com as rádios Jovem Pan FM e Mix FM, deixando as músicas do gênero popular para a co-irmã Band FM.

O ano de 2005 chega e nenhuma destas especulações se concretiza, tendo os novos donos a ideia de ter uma rede de rádios com programação jornalística 24 horas por dia, fazendo frente à até então única rede de rádio all news do país, a CBN - Central Brasileira de Notícias, pertencente ao Sistema Globo de Rádio, parte integrante do Grupo Globo. Com isso, criaram a BandNews FM, e determinaram a sua estreia para o dia 20 de maio daquele ano. No início do mês de maio, durante a programação normal da rádio, faziam diversas inserções diárias, anunciando o novo nome da rádio e data de sua estreia. As transmissões da programação da Rádio Sucesso foram encerradas às 23h59 do dia 19 de maio de 2005, após a transmissão de três mensagens de agradecimento pelos 25 anos de existência da antiga rádio e também após ter tocado 3 músicas não inteiras. À zero hora do dia 20 de maio, o jornalista Carlos Nascimento fez o discurso de inauguração da BandNews FM. A rádio é a primeira rede de emissoras FM com programação jornalística 24 horas. Inicialmente, eram apenas quatro praças: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. O horário nobre entre 7 horas e 9 horas da manhã, era apresentado por Carlos Nascimento, e o restante da programação era composta por jornais de 20 minutos. Marcello D`Angelo, André Luiz Costa e Nilo Frateschi Jr. participaram da criação da rádio. Em 2006, essa faixa passou a ser ocupada por Ricardo Boechat.

Bibliografia geral consultada.                                      
MONTALBÁN, Manoel Vásquez, História y Comunicación Social. Madrid: Editorial Alianza, 1985; SILVA, Carlos Eduardo Lins da, O Adiantado da Hora. A Influência Americana sobre o Jornalismo Brasileiro. Tese de Doutorado. São Paulo: Editora Summus, 1991; SODRÉ, Muniz, A Comunicação do Grotesco. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes, 1991; SQUIRRA, Sebastião Carlos de Morais, Boris Casoy: O Âncora no Telejornalismo Brasileiro. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes, 1993; MENEZES, José Eugênio de Oliveira (Organizador), Os Meios da Incomunicação. São Paulo: Editora Annablume; Centro Interdisciplinar de Semiótica da Cultura e da Mídia, 2005; SUED, Isabel, Ibrahim Sued: Em Sociedade Tudo Se Sabe. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2007; BETTI, Juliana Gobbi, A Especificidade das Redes de Rádio all-news brasileiras: os casos da CBN e da Band News FM. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Jornalismo. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2009; SAADI TOSI, Lamia Jorge, O Colunismo Social de Ibrahim Sued. Do Capital Simbólico à Troca de Favores. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais. Faculdade de Filosofia e Ciências. Marília: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, 2018; MOREIRA, Sebastião, “Morte de jornalista nascido em Buenos Aires comove o Brasil e colegas da Argentina”. Disponível em: https://www.clarin.com/11/02/2019; BLOTA, Christiano Fontes, O Humor e os Vínculos no Radiojornalismo: O Quadro Buemba! Buemba! da Band News FM. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Comunicação. São Paulo: Faculdade Cásper Líbero, 2019;  entre outros.

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