Ubiracy de Souza Braga
“Falaram que eu era uma incógnita”. Rafaela Silva
Alguns sinônimos de incógnita têm como representação social a ideia de mistério,
problema, segredo, enigma, etc. Mas, por vezes, incógnita também pode ser um
adjetivo. Por exemplo, uma pessoa incógnita é alguém desconhecido, que não
revela a sua identidade ou localização geográfica. Judô, compreendido como “caminho suave”, ou “caminho da suavidade” é uma arte marcial, que pode ser praticada como esporte de combate e foi fundada por Jigoro Kano em 1882. Os seus principais objetivos são fortalecer o físico, a mente e o espírito de forma integrada, além de desenvolver técnicas de defesa pessoal. O Judô teve uma grande recepção no mundo globalizado, pois Kano conseguiu reunir a essência dos principais estilos e escolas de jiu-jitsu, inclusivo à arte marcial praticada pelos “bushi”, ou cavaleiros durante o período Kamakura, a outras artes de luta praticadas no Oriente e fundi-las em sua unidade. Além disso, para a formação do judoca (aluno) ou de qualquer praticante de arte marcial é necessária uma rígida disciplina e o absoluto respeito à hierarquia. Esses são os pontos fundamentais que se articulam entre si e a eles fazem referencias expressas os regulamentos. Não devemos perder de vista a ideia segundo a qual em sua representação, o judô, além de ser praticado em conjunto é um esporte e técnica de luta e somente poderá ser um bom lutador quem for disciplinado.
Do
ponto de vista técnico-metodológico o
judoca deve sempre manter silêncio. A posição de lótus é uma postura em que o
indivíduo permanece sentado com as pernas cruzadas e os pés em oposição às
coxas com o fim de meditar seguindo práticas indianas. Foi estabelecida na
tradição da ioga hindu. A posição lembra uma flor de lótus, melhorando a
respiração e promovendo a estabilidade física. Esta posição faz parte das
tradições da hatha e da raja-ioga. É talvez o maior símbolo da
espiritualidade oriental. Mas no caso comparativo também disciplinar da prática
do judoca sentar-se corretamente sob a forma de agura, sentado com as pernas
cruzadas, ou zarei, sentado sobre os
joelhos. Cumprimentar ao entrar e sair do dojo,
a arena onde os praticantes dentro ou fora das competições confrontam-se, para treinar ou para exibir as suas
técnicas próprias, que, ipso facto, formam uma área retangular de medidas satisfatórias para
a prática. Este por sua vez é composto pela junção de várias peças tecnicamente chamadas tatames. Peças
de palha de arroz, esteira e coberta de lona são agora tecnologicamente fabricadas de placas de material sintético que possibilitam
uma melhor prática do judoca.
Esta
divisão do trabalho dá origem às regras sociológicas que condicionam as
relações das funções sociais e sua divisibilidade, mas cuja violação não
acarreta medidas reparadoras de caráter expiatório. Do ponto de vista da
organização do trabalho a gestão de carreira envolve duas partes principais, a
saber, a organização e a concepção material do indivíduo. Diferentemente de
décadas passadas, quando as organizações definiam as carreiras de seus
empregados, na modernidade o papel do indivíduo na gestão da carreira se torna
relevante e assume um papel progressivamente mais atípico. Os empregados
assumem de forma astuciosa o papel de planejar a própria carreira. São
estimulados a acumulação social de conhecimentos e títulos científicos na
administração da carreira para garantir mobilidade social. Em seus quadros de
pensamento, os indivíduos buscam desafios inovadores, salários atrativos e
planejamento. Quase todos se interessam por autonomia relativa e independência
de raciocínio, segurança e estabilidade, competência técnica, funcional e
gerencial, além de criatividade intelectual e dedicação exclusiva a um projeto
social e político, ou estilo de vida. Mas é necessário que a inteligência,
guiada disciplinarmente pela ciência, adquira uma importância maior do que a
que tem sido planejada meramente no curso social da vida coletiva.
Mas a que nos referimos especificamente
quando falamos sobre a circuncisão da pedagogia na cena pública? Construída sob
o signo de ruptura, a obra de Michel Foucault subverteu, transformou,
amplificou nossa relação com o saber específico e a verdade institucionalizada.
Será preciso balizar: a perversidade da economia do poder e não tanto a
fraqueza ou a crueldade é o que ressalta da crítica dos seus reformadores. O
momento histórico das disciplinas é o momento em que nasce uma arte do corpo
humano, que visa unicamente o aumento de suas habilidades, nem tampouco
aprofundar sua sujeição, mas a formação de uma relação que no mesmo mecanismo o
torna tanto mais obediente quanto é mais útil, e inversamente. Forma-se uma política de coerções de trabalho sobre o corpo, uma manipulação
calculada de seus elementos, de seus gestos, de seus comportamentos. O corpo entra numa maquinaria de poder que o desarticula e o recompõe. A divisão
do trabalho não visa o aprofundamento das relações técnicas,
mas apenas seu quadriculamento: uma disciplina linear técnica das pesquisas. Mesmo de corte etnográfico, fabrica corpos submissos e exercitados, os chamados “corpos dóceis”.
A
disciplina aumenta as forças em termos econômicos de utilidade e diminuem essas
mesmas forças em termos políticos de obediência programada. É neste sentido que
Michel Foucault ressalta que o espaço disciplinar tende a se dividir em tantas
parcelas quando corpos ou elementos há a repartir. A disciplina organiza o espaço
analítico. Lugares determinados se definem para satisfazer não só a necessidade
de vigiar, de romper as comunicações perigosas, mas também de criar um espaço
útil, um dispositivo que afixa e quadricula, decompondo a confusão da
ilegalidade e do princípio do mal. Na disciplina, os elementos são
intercambiáveis, pois cada um se define pelo lugar que ocupa na série, e pela
distância que o separa dos outros. A unidade não é, portanto, nem o território visto como unidade de dominação, nem o local praticado como uma unidade de residência, mas a posição na
fila, o lugar que alguém ocupa numa determinada classificação, o ponto em que se cruzam uma
linha e uma coluna, o intervalo numa série de intervalos que se pode percorrer
sucessivamente. A disciplina, é para Foucault, a arte de dispor em fila, e da técnica, para a transformação
dos arranjos, individualiza os corpos pela localização que não os implanta, mas
os distribui e os faz circular numa rede de relações.
A
organização de um espaço serial representou uma das grandes modificações
técnicas do ensino elementar. Permitiu ultrapassar o sistema tradicional: um
aluno que trabalha alguns minutos com o professor, enquanto fica ocioso e sem
vigilância o grupo confuso dos que estão esperando. Determinando lugares
individuais tornou possível o controle de cada um e o trabalho simultâneo de
todos. Organizou uma nova economia do tempo de aprendizagem. Fez funcionar o
espaço escolar como uma “máquina de ensinar”, mas também de vigiar, de
hierarquizar, de recompensar. O tempo penetra o corpo, e com ele todos os
controles minuciosos do poder. O controle disciplinar não consiste simplesmente
em ensinar ou impor uma série de gestos definidos; impõe a melhor relação entre
um gesto e a atitude global do corpo, que é sua condição de eficácia e de
rapidez. No bom emprego do corpo, que permite um bom emprego do tempo, nada
deve ficar ocioso: tudo deve ser chamado a formar o suporte do ato requerido.
Um corpo disciplinado forma o contexto de realização do mínimo gesto dos
recursos multimodais (aspectos verbais, gestos, corpo e mundo material) com
rigor abrangendo por inteiro, da ponta do pé à extremidade do indicador.
A
aprendizagem corporativa com a utilização de bolsistas, introduzidas pelas
castas que formam pequenos grupos de pesquisas nas universidades públicas,
surgiu originalmente em 1667, confiados durante certo tempo a um mestre que
devia realizar “sua educação e instrução”, depois colocados para a aprendizagem
junto aos diversos mestres tapeceiros da manufatura; após seis anos de
aprendizagem, quatro anos de serviço e uma prova qualificatória, tinham direito
a “erguer e manter loja” em qualquer cidade do reino. Encontramos aí a divisão
técnica do trabalho corporativo: relação de dependência ao mesmo tempo
individual e total quanto ao mestre; duração estatutária da formação que se conclui
com uma prova qualificatória, mas que não se decompõe segundo um programa
preciso; troca total entre o mestre que deve dar seu saber e o aprendiz que
deve trazer seus serviços, sua ajuda mútua e muitas vezes uma retribuição. A
forma de domesticidade se mistura a uma transferência de conhecimento. A escola
é dividida em três classes. A primeira para os que não têm nenhuma noção de
desenho; a segunda para os que já têm alguns princípios e, na terceira,
aprendem as cores, fazem pastel, iniciam-se na teoria e na prática do
tingimento. Regularmente, os alunos fazem deveres individuais: cada um desses
exercícios, marcado com o nome e a data da execução, é depositado nas mãos do
professor. Os melhores são recompensados, reunidos no fim do ano e comparados entre
eles, permitem estabelecer os progressos, o valor atual, o lugar relativo de
cada aluno, e os que podem seguir para a classe superior.
Em
resumo, para sermos breves, pode-se dizer na história que a disciplina produz, a partir
dos corpos que controla quatro tipos de individualidade, ou antes, uma
individualidade dotada de quatro características: é celular, pelo jogo da
repartição espacial, é orgânica, pela codificação das atividades, é genética,
pela acumulação do tempo, é combinatória, pela composição das forças. E, para
tanto, utiliza quatro grandes técnicas: constrói quadros; prescreve manobras;
impõe exercícios; enfim, para realizar a combinação das forças, organiza
táticas. Esta representa em termos de sociabilidade a arte de construir, com os corpos localizados,
atividades codificadas e as aptidões formadas, aparelhos em que o produto das
diferentes forças se encontra majorado por sua combinação calculada é sem
dúvida a forma mais elevada da prática disciplinar. Uma técnica extensiva
utilizada nos laboratórios das universidades. É possível que a guerra como
estratégia seja a continuação da política. A política, como técnica da paz e da
ordem interna, procurou pôr em funcionamento o dispositivo do exército
perfeito, da massa disciplinada, da tropa dócil e útil, do regimento na manobra
e no exercício. Se há uma série guerra-política que passa pela estratégia, há
uma série exército-política que passa pela tática.
Do ponto de vista hierárquico em termos de regras e relações sociais devemos pedir autorização do professor para sair do dojo. Respeitar o professor e os colegas. Ajoelhar em ordem quando da chegada do professor. Estar atento às instruções do professor. Conservar o dojo sempre limpo e em ordem, pois é o local onde se treinam artes marciais japonesas. Muito mais do que uma simples área, deve ser respeitado como se fosse a casa dos praticantes. Ipso facto, a pontualidade é um hábito que deve ser seguido rigorosamente nas aulas, assim como nos eventos ou competições olímpicas. Em assim sendo, é comum ver o praticante fazendo uma reverência antes de adentrar, tal como se faz nos lares japoneses. Na memória do Japão, há uma tradição que consiste em desafiar uma academia no caso o dojo. Se a academia perdesse, o visitante poderia levar a placa na qual estava escrito o nome do dojo como recompensa. Desta forma se constituiu a área onde os praticantes confrontam-se para treinar ou para exibir as suas técnicas numa área retangular de medidas satisfatórias para a prática do judô. Este por sua vez é composto pela junção de várias peças mencionadas anteriormente chamadas tatames. Essas peças anteriormente feitas de palha de arroz, esteira e coberta de lona são agora mais modernas e fabricadas de placas de material sintético que possibilitam uma melhor prática do judô.
Do ponto de vista técnico o tatame antigo possuía como medida o comprimento de 1,80m por 0,90m de largura e de 5 a 10 cm de espessura, mas através dos atuais sintéticos vão de 1 x 1m até 2,20 x 1,10 m e de 10 a 40 mm de espessura e são bem mais leves. Existem ainda outros dojos feitos de peça única, isto é, um só tatame na medida do dojo. O judoca deverá, tanto na entrada quanto na saída do dojo prestar reverência, pois este é um local considerado sagrado de acordo com as tradições, deverá também, prestar reverência ao Shihan, Sensei ou ao portador de mais alto grau de faixa que estiver presente. Este fará sua saudação de pé ou ajoelhado de acordo com as disposições deste. A reverência ou saudação é a forma de demonstrar o respeito entre os praticantes, seus professores e mestres, pois cada esporte tem sua forma de saudação, ou seja, reverenciar seu mestre, professor e local onde são praticados. Existem duas formas de saudações: Ritsu-rei, a saudação de pé, para que nesta forma de saudação o judoca deverá ficar de pé na posição inicialmente de sentido (“skei”), depois cumprimentar abaixando a cabeça e inclinando o tronco para a frente, e, Za-rei, a saudação de joelhos, sendo que nesta posição e forma de saudação o judoca deverá ficar de joelhos, depois cumprimentar o adversário inclinando suavemente a cabeça e o tronco para a frente em sinal de reverência.
O comando do início ou término da aula será evidente daquele que maior grau possua, porém no caso de dois alunos de mesma graduação, ela caberá ao mais antigo, a não ser que haja determinação especial por parte do sensei. O judoca deve entrar no dojo devidamente composto, isto é, com seu judogi - uniforme de judô limpo, seco e sem odor, apresentando o sadio aspecto de um verdadeiro desportista. A higiene pessoal é uma das principais qualidades que o judoca deve possuir em elevado nível. Neste sentido, quando um judoca se apresenta para uma aula ou competição deve estar de banho tomado. Com as unhas dos pés e das mãos aparadas e/ou cortadas curtas, bem como com os cabelos cortados e/ou presos - amarrados com elásticos - de modo a evitar incomodar seu colega. Deve cuidar para não portar aparelho celular dentro do judogi, como evitar o uso de aparelhos odontológicos, pulseiras, anéis, brincos, colares, relógios, etc., a fim de resguardar a sua integridade física e a dos seus colegas.
O judogi consiste numa vestimenta ampla, branca, quase branca ou azul, de algodão ou outro material semelhante, em boas condições, sem remendos nem rasgões, composta de três peças: Wagui, Shitabaki e Obi, refere-se a parte superior do judogi que deverá ter comprimento suficiente para cobrir os quadris e deverá ser amarrado à cintura pela faixa. As mangas deverão ser suficientemente compridas para cobrir os antebraços, admitindo-se de 1 a 5 cm a partir do pulso e ter folga de 10 a 15 cm nos braços. Shitabaki ou zubon é a parte inferior do judogi que deverá ser folgada e ter comprimento para cobrir a perna, admitindo-se de 1 a 5 cm entre o tornozelo e a bainha. Obi, é a faixa que representa seu nível de aprendizado, deverá ser amarrado com duas voltas em torno da cintura com nó duplo e suficientemente apertado na altura da cintura para que o Wagui, devido aos movimentos do corpo em defesa e ataque, não venha a se soltar, deixando duas pontas livres de 20 a 30 cm a partir do nó.
A
problemática da governamentalidade fora retomada por Michel Foucault no
“resumo dos cursos do College de France” (1970-1984): “gostaria de me insinuar
sub-repticiamente no discurso que devo pronunciar hoje, e nos que deverei
pronunciar aqui, talvez durante dez anos”. Veio a falecer em 25 de junho de
1984, “quando seu estado de saúde não mais lhe permitia prepará-los”. Salvo
engano, nenhum sistema de pensamento obteve repercussão tão ampla e evidente,
do ponto de vista da mudança de simbólica, a partir de temas como: a crítica da
razão governamental, a analítica do poder, sobre as relações “espaço-tempo” e
“poder-saber”, “estética da existência” e “experimento moral”, e mesmo entre o
“império do olhar” e a “arte de ver”. É impossível esquecer a tese foucaultiana
segundo a qual “a visibilidade é uma armadilha” que “canceriza” a vista através
do poder disciplinar. O estudo dedicado
ao “cuidado de si” teve como referência Alcibíades, retratado pelo pintor Pedro
Américo em 1865. Nele, as questões dizem respeito ao “cuidado de si” com estão representadas através da
política, com a história técnica e social através da pedagogia e per se o conhecimento de si.
Sócrates
recomendava a Alcibíades que aproveitasse a sua juventude para ocupar-se de si
mesmo, pois, “com 50 anos, seria tarde demais”. Mas isso, numa relação que diz
respeito talvez ao enamoramento, na acepção de Francesco Alberoni e que não
pode “ocupar-se de si” sem a ajuda do outro. O exercício da morte, como evocado
na Antiguidade por Sêneca, consiste em viver a duração da vida como se fosse
tão curta quanto um dia e viver cada dia como se a vida inteira coubesse nele;
todas as manhãs, deve-se estar na infância da vida, mas deve-se viver toda a
duração do dia como se a noite fosse o momento da morte. Na hora de dormir,
afirma Sêneca na Carta 12, com um sorriso: “eu vivi”. Mas há uma
advertência, importantíssima na existência humana: “é preciso tempo para isso”.
E é um dos grandes problemas dessa cultura de si, fixar, no decorrer do dia ou
da vida, a parte que convém consagrar-lhe. Recorre-se a muitas fórmulas
diversas. Podem-se reservar, à noite ou de manhã, alguns momentos de recolhimento
para o exame daquilo que se fez para a memorização de certos princípios úteis,
para o exame do dia transcorrido; o exame matinal e vesperal dos pitagóricos se
encontra, sem dúvida com conteúdos diferentes, nos estoicos; Sêneca, Epiteto,
Marco Aurélio, fazem referência a esses momentos revigorados na plenitude da
vida que se deve consagrar a voltar-se para si mesmo.
Pode-se
também interromper de tempos em tempos, historicamente, as próprias atividades ordinárias e
fazer um desses retiros que Musonius, dentre outros, recomendava vivamente. Eles permitem ficar face a face consigo mesmo, recolher o próprio passado,
colocar diante de si o conjunto da vida transcorrida, familiarizar-se, através
da leitura, com os preceitos e os exemplos nos quais se quer inspirar e
encontrar, graças a uma vida examinada, os princípios essenciais de uma conduta
racional. É possível ainda, no meio ou no fim da própria carreira, livrar-se de
suas diversas atividades e, aproveitando esse declínio da idade onde os desejos
ficam aparentemente apaziguados, consagrar-se inteiramente, como Sêneca, no
trabalho filosófico ou, como Spurrima, na calma de uma existência agradável, “à
posse de si próprio” no espaço e tempo sociais habituais. Esse tempo não é
vazio: ele é povoado por exercícios, por tarefas práticas, atividades diversas
que são ocupadas pelas reflexões de nosso dia a dia. Ocupar-se de si não é uma
sinecura. Existem os cuidados com o corpo, os regimes de saúde, os exercícios
físicos sem excesso, a satisfação, tão medida quanto possível, as necessidades.
Existem
as meditações, as leituras, as anotações que se toma sobre livros ou
conversações ouvidas, e que mais tarde serão relidas, a rememoração das
verdades que já se sabe, mas de que convém apropriar-se ainda melhor. Marco
Aurélio fornece, assim, um exemplo de “anacorese em si próprio”: trata-se de um
longo trabalho de reativação dos princípios gerais e de argumentos racionais
que persuadem a não se deixar irritar com os outros nem com os acidentes, nem
tampouco com as coisas. Tem-se aí um dos pontos mais importantes dessa
atividade consagrada a si mesmo. Ela não constitui simplesmente um mero
exercício da solidão; mas sim uma verdadeira prática sociológica. E isso, em
vários e amplos sentidos. Mas toda essa aplicação a si não possuía como único
suporte social a existência das escolas, do ensino e dos profissionais da
direção da alma; ela encontrava, facilmente, seu apoio em todo o feixe de
relações habituais de parentesco, de amizade ou de obrigação.
Quando,
no exercício do cuidado de si, faz-se apelo a outro, o qual se advinha que
possui aptidão para dirigir e para aconselhar, faz-se uso de um direito; e é um
dever que se realiza quando se proporciona ajuda a outro ou quando se recebe
com gratidão as lições que ele pode dar na duração da vida. Acontece também do
jogo entre os cuidados de si e a ajuda do outro inserir-se em relações sociais
preexistentes às quais ele dá uma nova coloração e um sentido de calor expresso
em intensidade maior. O cuidado de si – ou os cuidados que se tem com o cuidado
que os outros devem ter consigo mesmos – aparece então como uma intensificação
mais do que necessária das relações sociais. É sobretudo neste sentido que
Sêneca dedica um consolo à sua mãe. Justamente no momento em que ele próprio
está no exílio, para ajudá-la a suportar essa infelicidade atual e, talvez,
mais tarde, infortúnios maiores sobre a solidão. O “cuidado de si” aparece intrinsecamente ligado a uma espécie de “serviço da alma” que
comporta a possibilidade de um jogo de trocas com o outro e de um sistema de
obrigações recíprocas.
Portanto
é a partir dela que, se tomarmos como analogia a reflexão realizada por Foucault para identificar as condições e
possibilidades nas “formações discursivas” entre arqueologia e história das
ideias, pode-se agora inverter o procedimento. Pode-se descer no sentido da
corrente e, uma vez percorrido o domínio das formações discursivas e dos
enunciados, uma vez esboçada sua teoria geral, correr para os domínios
possíveis de sua aplicação. Recorrer sobre a utilidade dessa análise que ele
batizou de “arqueologia” recoloca o problema da escansão do discurso segundo
grandes unidades que não eram as das obras, dos autores, dos livros ou dos
temas. Sua singularidade refere-se ao fato social de que em sua épistème “já
existem muitos métodos capazes de descrever e analisar a linguagem, para que
não seja presunção querer acrescentar-lhes outro”. Ele já havia mantido “sob
suspeita”, hic et nunc, unidades de discurso como
no que se refere ao livro ou a obra porque desconfiava que não fosse tão
imediata e evidente quanto pareciam ser no âmbito da pesquisa hermenêutica e propriamente
filosófica.
Portanto,
será razoável opor-lhes unidades estabelecidas à custa de tal esforço, depois
de tantas hesitações e segundo princípios tão obscuros que foram necessárias
centenas de páginas para elucidá-los? E o que todos esses instrumentos acabam
por delimitar, esses famosos “discursos” cuja identidade eles demarcam,
coincide com as figuras chamadas “psiquiatria” ou “economia política” ou
“história natural” de que ele tinha empiricamente partido, e que serviu de
pretexto para remanejar esse estranho arsenal. Forçosamente, ele precisa agora
medir a eficácia descritiva das noções que tentou definir. Precisa saber se a
máquina funciona e o que ela pode produzir. O que pode, então, oferecer essa
“arqueologia”, que outras descrições não seriam capazes de dar? Qual é a
recompensa de tão árdua empresa, indagava o bravo filósofo. Em vista dos
acontecimentos inusitados a di-visão entre ironia e absurdismo. Poder-se-á
dizer em sua complementariedade que a originalidade da filosofia de Michel
Foucault reside justamente na forma como desfaz a oposição entre história e
analítica, entre argumentação descritiva e argumentação propositiva, porque
justamente o seu desígnio é fazer uma genealogia. Ou seja, um estudo da
proveniência que identifica o lugar em que se deu um conflito e uma ruptura que
ainda exerce efeitos sociais específicos no nosso presente.
O Judô foi considerado desporto oficial no Japão nos finais do século XIX e no âmbito do Estado imperial a polícia nipônica introduziram nos seus treinos. O primeiro clube judoca na Europa foi o londrino Budokway (1918). A vestimenta utilizada nessa modalidade é o judogi e que, com a faixa (“obi”), formam o equipamento necessário à prática. O Judogi é composto pelo casaco (“Wagi”), pela calça (“Shitabaki”), pela faixa, sendo que o judogi pode ser branco ou azul. O último vem sendo utilizado para facilitar as arbitragens em campeonatos e na identificação dos atletas durante as transmissões de eventos por TV a cabo. Com milhares de praticantes e federações espalhados pelo mundo, o Judô se tornou um dos esportes mais praticados, representando um nicho de mercado fiel e bem definido. Não restringe seus adeptos aos homens com vigor físicos, estendendo este conjunto de práticas e saberes sociais para mulheres, crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais, o judô agregou significativo número de praticantes.
Sua técnica utiliza basicamente a força e equilíbrio do oponente contra ele. Palavras ditas por mestre Kano para definir a luta: “arte em que se usa ao máximo a força física e espiritual”. A vitória, ainda segundo seu mestre fundador, representa um fortalecimento espiritual. Apesar de o judô ter sido idealizado em 1882, somente trinta e um anos depois, portanto em 1923, é que o instituto Kodokan inaugurou um departamento experimental de judô feminino. Entretanto, antes disso, culturalmente algumas mulheres já treinavam, sendo que etnograficamente as pioneiras eram esposas ou irmãs de alguns assistentes do mestre Kano. As aulas eram desenvolvidas no instituto Kodokan e oficialmente sob que método eram praticadas, ou qual orientação pedagógica há reminiscências ou vestígios. O que se divulgava era para ingressar no instituto, mesmo depois de inaugurado o departamento feminino, uma “pretendente judoca deveria provar a seriedade e a sua idoneidade moral”. Aliás, com respeito a essa exigência é interessante informar que vem sendo exigida até os nossos dias. No âmbito da divisão do trabalho foi a partir de 1934, que o departamento de judô feminino, deixaria de ser experimental. Já estava completamente organizado e em condições de ministrar cursos realmente especializados de judô feminino.
Então dois estudiosos do assunto, mestre Honda e Uzawa, foram designados para serem os responsáveis pelos cursos de judô feminino do instituto Kodokan. Todavia a orientação básica era a mesma que Jigoro Kano, o estudo dos Ukemis sobre as técnicas de amortecimento de quedas praticados, aperfeiçoados certos golpes de projeção, e corpo a corpo sob a forma de katas: exercícios, duas a duas, estilizados de ataque e de recebimento e/ou defesa onde uma praticante ou adversária irá fazer evitando a competição. Gradativamente o departamento feminino ganhava um número maior de alunas, chegando a contar em março de 1952 com 389 judocas. Alguns anos mais tarde, um cem número de praticantes estavam graduadas. O mais alto grau ou escalão conquistado por uma Yudansha, praticante de judô faixa preta, até hoje foi o nono grau ou Kyodan. Em 1980, o I Campeonato Mundial de Judô para mulheres era estabelecido. O judô feminino estava na cena a sete ou oito anos antes, iniciando sem marcas entre países como na Europa em 1975, nas competições continentais. E foi apenas quando os torneios estavam estabelecidos em todos os continentes que a Federação Internacional de Judô concordou em promover o campeonato mundial para mulheres ocorrido em Nova York no ginásio do Madison Square Garden, as categorias eram: abaixo de 48 kg, abaixo de 52 kg, abaixo de 61 kg, abaixo de 66 kg, abaixo de 72 kg e acima de 72 kg. Participando destas competições continentais desde o I Campeonato Mundial as atletas foram adquirindo experiência para disputarem de forma experimental a Olimpíada de Seul, em 1988. Contudo foi só em 1992 na Olimpíada de Barcelona que o judô feminino tornou-se esporte olímpico as mulheres começaram a aparecer com sucesso.
Rafaela Lopes Silva nasceu no Rio de Janeiro, em 24 de abril de 1992 e cresceu na reconhecida favela carioca da Cidade de Deus. Aos cinco anos, Rafaela saiu da Cidade de Deus, a comunidade carente e violenta que ficou famosa com o filme homônimo de Fernando Meireles, para se tornar a melhor judoca que o Brasil já teve. Em 2013, foi campeã mundial, também em sua casa, no Rio de Janeiro. Nenhum outro judoca do país tem títulos olímpicos e mundiais. Sarah Menezes, Aurélio Miguel e Rogério Sampaio têm ouros olímpicos, mas nunca venceram Mundiais. João Derly (duas vezes), Tiago Camilo, Luciano Correa e Mayra Aguiar têm o Mundial, mas não o ouro olímpico. A história da judoca começou em uma academia montada em sua rua, quando seus pais buscavam uma atividade para acalmar a menina brigona. E fez com que Geraldo Bernardes, o técnico de Flavio Canto, medalhista de bronze dos Jogos de Atenas-2004, visse na garota uma futura campeã. Ela foi treinar no Instituto Reação, que Bernardes e Canto criaram para ensinar judô em chamadas “comunidades carentes”.
O primeiro esporte de que gostou foi o futebol, praticando contra outros meninos em um campo de terra próximo a sua casa, no bairro de Jacarepaguá. Preocupados com o tempo gasto brincando na rua, quando Rafaela tinha sete anos seus pais, Luiz Carlos e Zenilda Silva, a inscreveram junto da irmã, Raquel, para aulas de judô no Instituto Reação, recém-criado na Cidade de Deus pelo ex-atleta Flávio Canto. A aptidão das irmãs era tamanha que o técnico Geraldo Bernardes pediu ao pai Luiz Carlos que elas permanecessem no judô, pois “tinham potencial de se tornarem atletas da seleção”. O desempenho de Raquel começou a entrar em declínio após sucessivas lesões nos joelhos, mas Rafaela logo se destacava, servindo de inspiração para que Raquel superasse as dificuldades. Em 2008, ganhou uma das etapas da Copa do Mundo de Judô e tornou-se campeã mundial Sub-20. O trabalho já dava resultado, com o título mundial sub-20. Em 2009, foi a melhor brasileira no Mundial de Roterdã, com um quinto lugar. Em Londres-2012, já vice-campeã mundial, quase deixou o esporte havendo sido liminada por tentar um golpe de judô ilegal, “acabou bombardeada com mensagens racistas em redes sociais. Reagiu. Quando chegou no Brasil, queria parar”.
Judoca mais experiente da equipe brasileira no Campeonato Mundial Sub-20 na Cidade do Cabo, África do Sul, Rafaela Silva (57kg) preferiu não fazer previsões sobre sua participação no evento. Apesar do ouro no Mundial Sub-20, em 2008, e da prata no Mundial Sênior, em Paris, e no Pan de Guadalajara, a atleta sublimou seu favoritismo. - Eu conheço algumas adversárias, mas no Sub-20 muda muito. Não tem isso de medalha garantida no judô. Inclusive, alguns atletas no Sub 20 são até mais perigosos que os que eu costumo enfrentar na seleção principal - disse Rafaela. Na edição passada do Campeonato Mundial, realizada em 2010, em Agadir, no Marrocos, o Brasil conquistou quatro medalhas. Ouro com Mayra Aguiar (78kg), prata com Águeda Silva (44kg) e Eleudis Valentim (52kg), e bronze com Nathália Brígida (48kg). - Estou mais experiente do que no ano passado, quando fui vice-campeã, e eu me cobro muito para lutar cada vez melhor e procurar o lugar mais alto no pódio. Me lembro que estava tranquila durante todas as lutas no Marrocos e espero mais uma vez não sentir a pressão de estar num mundial - explicou Águeda Silva (44kg), na estreia com Nathália Brígida (48kg), Gabriela Chibana (48kg), Mike Chibana (55kg) e Allan Kawabara (60kg).
O judô entrou na vida técnica e social de Rafaela Lopes Silva em 2000, com apenas oito anos de idade e morava na Cidade de Deus, comunidade localizada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, conhecida mundialmente em decorrência do famoso filme de mesmo nome e dirigido pelo cineasta Fernando Meirelles. Sem sair do bairro onde nasceu a jovem carioca aprendeu os primeiros golpes na academia Body Planet. É lá que ainda funciona o núcleo coordenado pelo professor Geraldo Bernardes, do Instituto Reação/polo Cidade de Deus, ONG criada pelo judoca e medalhista olímpico Flávio Canto. – “Meu pai me incentivou muito. E sempre dizia que a rua não dava futuro. Eu teria que estudar ou fazer um esporte. Foi aí que o judô entrou na minha vida”. A judoca conquistou seguidamente os campeonatos carioca, estadual, regional, brasileiro e sul-americano. É bicampeã pan-americana e campeã mundial júnior. E também no Grand Prix de Judô, em Düsseldorf: arrebatou a medalha de ouro na categoria leve, demarcada com peso e medida em até 57 kg, depois de vencer cinco lutas derrotando extraordinariamente as campeãs olímpica e mundial. Treinando para ficar com algumas medalhas nos Jogos Olímpicos de 2016, Rafaela também se preparava para conquistar uma vaga histórica nas olimpíadas de Londres de 2012. - “Minha meta é acumular pontos e me manter na margem do ranking”. Em agosto de 2013 tornou-se a 1ª brasileira a se sagrar campeã mundial de Judô.
Três anos depois, em agosto de 2016, conquistou a medalha de ouro da categoria até 57Kg nas Olimpíadas Rio 2016, após derrotar a judoca da Mongólia, Dorjsürengiin Sumiyaa, então líder do ranking mundial. Nunca é demais repetir que se tornou a primeira atleta da história social do judô brasileiro, entre homens e mulheres, a ser campeã olímpica e mundial. Atleta que faz parte do programa esportivo das Forças Armadas Brasileiras tem a patente de terceiro sargento na Marinha do Brasil e integra a equipe do Centro de Educação Física Almirante Nunes (CEFAN), parte do Departamento Militar Esportivo. Em 2011, para competir nos Jogos Pan-americanos de Guadalajara, no México, desbancou Ketleyn Quadros, a primeira brasileira a subir ao pódio no judô nos Jogos Olímpicos, e ganhou a medalha de prata na categoria até 57 kg. Foi vice-campeã mundial adulta em Paris, com apenas 19 anos de idade.
Nos Jogos Olímpicos de Verão de 2012, em Londres, Rafaela foi “desclassificada pelos juízes na segunda rodada por um golpe ilegal”. Mas, em dezembro, foi medalhista de bronze no Grand Slam de Tóquio, categoria até 63 kg. Contudo, 2013 foi um ano de glórias para a judoca. Em abril, conseguiu a medalha de ouro no Pan Americano de Judô. Em agosto, Rafaela entrou para a história social do Judô brasileiro ao tornar-se a 1ª brasileira consagrada campeã Mundial de Judô, vencendo na final a norte-americana Marti Malloy. Em fevereiro de 2015 entrou para a Marinha, vencendo em seguida o Grand Prix de Dusseldorf, na Alemanha, ganhando cinco lutas, quatro por ippon. Nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, conquistou a medalha de ouro na categoria inclusiva até 57 kg, vencendo a rival Dorjsürengiin Sumiyaa, da Mongólia. Historicamente foi a primeira medalha de ouro ganha pelo judô brasileiro nas Olimpíadas de 2016. No final de abril de 2017, Rafaela conquistou, com a Seleção Brasileira de judô feminino, a medalha de ouro no Pan-Americano realizado no Panamá.
Bibliografia geral consultada.
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