“O escuro é metade da zebra”. Arnaldo Antunes
Animalia,
Animal ou Metazoa é um reino biológico composto por seres vivos pluricelulares,
eucariontes, heterotróficos, cujas células formam tecidos biológicos, com
capacidade de responder ao ambiente (possuem tecido nervoso) que os envolve ou,
por outras palavras, pelos animais. A maioria dos animais possui um plano
corporal que se determina à medida que se tornam maduros e, exceto em animais
que metamorfoseiam, esse plano corporal é estabelecido desde cedo em sua
ontogenia quando embriões. O estudo científico dos animais é chamado zoologia,
que tradicionalmente estudava, não só os seres vivos com as características
descritas acima, mas também os protozoários. Como resultado de estudos
filogenéticos, consideram-se os Protistas como um grupo separado dos animais. A
palavra “animal” é derivada do latim anima, no sentido de fôlego vital,
e entrou na língua portuguesa através da palavra animalis. Animalia é
seu plural. A definição biológica da palavra refere-se aos membros do reino
Animalia, englobando organismos diversos como esponjas, medusas, insetos e
seres humanos. Coloquialmente, o termo “animal” é com frequência utilizado para
referir-se a “todos os animais diferentes dos humanos, e raramente para
referir-se a animais não classificados como Metazoários”.
O
nome inglês zebra deriva do italiano, espanhol ou português. Suas
origens podem estar no latim equiferus, que significa “cavalo selvagem”.
Equiferus parece ter entrado no português como ezebro ou zebro, que foi
originalmente utilizado para um equino misterioso relatado nas selvas da
Península Ibérica durante a Idade Média. Em 1591, o explorador italiano Filippo
Pigafetta (1533-1604) registrou zebra “sendo usado para se referir aos animais
africanos por visitantes portugueses no continente”. Nos tempos antigos, a
zebra era chamada de hippotigris (“cavalo-tigre”) pelos gregos e romanos. A
palavra zebra era tradicionalmente pronunciada com uma vogal inicial longa, mas
ao longo do século XX a pronúncia com a vogal inicial curta tornou-se a norma
no inglês britânico. A pronúncia com uma vogal inicial longa continua sendo
padrão no inglês norte-americano. Geralmente vivem em pastagens sem árvores e
bosques de savana, mas pode ser encontrada em uma variedade de habitats, de
clima tanto tropical e temperado. No entanto, elas estão geralmente ausentes em
desertos, florestas densas e pântanos permanentes. É presa para os predadores,
como o leão. Ela pode se defender com mordidas e pode até matar um leão ao
quebrar a mandíbula com seu forte coice.
Arnaldo Antunes é um compositor, cantor e poeta brasileiro. Ele nasceu em 2 de setembro de 1960, na cidade de São Paulo. Mais tarde, fez grande sucesso com a famosa banda de rock Titãs. É uma das bandas de rock mais bem sucedidas do Brasil, tendo vendido mais de 6,3 milhões de álbuns e fazendo parcerias com vários artistas brasileiros de renome e diversos cantores internacionais. Além de publicar livros faz shows e performances artísticas no Brasil e no mundo. É reconhecido na América do Sul, um dos principais compositores da música pop respirando de influências concretistas e pós-modernas. Hits como Pulso, Alma, Socorro, Não Vou Me adaptar, Beija Eu, Infinito Particular, Vilarejo, Velha Infância e Quem Me Olha Só, já teve suas canções interpretadas por extraordinários artistas Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Gal Costa, Maria Bethânia, Cássia Eller, Marisa Monte, Nando Reis, Jorge Drexler, Zélia Duncan, Frejat, Margareth Menezes, Pepeu Gomes, além dos Titãs, banda da qual fez parte até 1992. Em outubro de 2008, a revista Rolling Stone promoveu a Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, na qual Arnaldo ocupa o 95° lugar. Fora da música, também já expôs trabalhos em artes plásticas. Desde então, a banda perdeu outros cinco membros que nunca foram substituídos oficialmente: em 1992, Arnaldo Antunes deixou o grupo para seguir carreira solo; em 2001, Marcelo Fromer (1961-2001) morreu após ser atropelado por uma motocicleta em São Paulo; em 2002, Nando Reis também deixou a banda para se concentrar em seus projetos solo; as mudanças mais recentes foram de Charles Gavin e Paulo Miklos, em 2010 e 2016, ambas por motivos pessoais.
As zebras são classificadas no gênero Equus, reconhecidos como equinos, junto com cavalos e jumentos. Esses três grupos são os únicos membros vivos da família Equidae. Além das três espécies vivas, algumas zebras fósseis e parentes também foram identificados. E. oldowayensis é identificado a partir de restos no desfiladeiro de Olduvai datados de 1,8 milhões de anos atrás. Neste aspecto, O desfiladeiro de Olduvai ou desfiladeiro de Oldupai na Tanzânia é extraordinariamente uma das mais importantes localidades paleontropológicas do mundo; os muitos sítios expostos pelo desfiladeiro provaram ser inestimáveis para promover a compreensão da evolução humana inicial. Uma ravina de encostas íngremes no Grande Vale do Rift que se estende pela África Oriental, tem cerca de 48 km (30 mi) de comprimento e está localizada nas planícies orientais do Serengeti, dentro da Área de Conservação de Ngorongoro, no bairro de Olbalbal, localizado no distrito de Ngorongoro da região de Arusha, a cerca de 45 km (28 milhas) de Laetoli, outra importante localidade arqueológica de ocupação humana inicial. Zebras são equinos africanos com pelagens listradas em preto e branco distintas. Existem três espécies vivas, a saber: a zebra de Grévy (Equus grevyi), a zebra das planícies (E. quagga) e a zebra da montanha (E. zebra). As zebras compartilham o gênero Equus com cavalos e jumentos, sendo os três grupos os únicos membros vivos da família Equidae. O cruzamento entre eles gera um híbrido infértil: a mula ou o burro (macho) vêm do cruzamento de égua com jumento, e o bardoto (de ambos os sexos) é o resultado do cruzamento de jumenta com cavalo. As listras de zebra vêm em padrões diferentes, exclusivos para cada indivíduo.
Várias teorias foram propostas para a função desses padrões, com a maioria das evidências apoiando-os como um impedimento para moscas picadoras. As zebras habitam o Leste e o Sul da África e podem ser encontradas em uma variedade de habitats, como savanas, pastagens, bosques, matagais e áreas montanhosas. É um animal social que vive em grupos (haréns), compostos por várias fêmeas e suas crias, liderados por um macho dominante. Existem também grupos de machos solitários, muito velhos ou muito jovens para competir com outros machos, além daqueles que ainda não tem um harém ou foram derrotados. Suas listras marcantes podem ter várias funções biológicas e sociais: desde a questão da proteção no ambiente, como o poder de afastar moscas e camuflagem. Alimenta-se pastando, mas pode ocasionalmente comer galhos e folhas e precisa beber água diariamente. De acordo com o Zoológico de San Diego, nos Estados Unidos da América, as zebras são capazes de correr a velocidades de até 56 quilômetros por hora. Mas não é só isso: elas são capazes de dar uma poderosa patada quando um predador, como um leão ou uma hiena, se aproxima delas, e até mesmo causar ferimentos nos predadores. As zebras das planícies e da montanha são animais sociais de rebanho, vivendo em grupos familiares com um macho líder, várias éguas (fêmeas) e seus filhotes. Durante certas épocas do ano, elas se reúnem para formar grandes rebanhos, mas os grupos familiares ainda permanecem juntos nesses conjuntos maiores, relata o Zoológico de San Diego. No entanto, as zebras-de-grevy não agem da mesma forma. Elas vivem em rebanhos, mas são animais vagamente sociais, que não possuem sistemas sociais específicos. De acordo com a AWF, “o apego de um garanhão à sua terra e o de uma égua às suas crias são os relacionamentos mais estáveis”.
A divisão do trabalho
social não é específica do nível de análise econômico: podemos observar sua
influência crescente nas regiões mais distintas da sociedade. As funções
políticas, administrativas, judiciárias especializam-se cada vez mais. O mesmo
ocorre com as funções artísticas e científicas no âmbito das universidades. As
especulações filosóficas da biologia nos demonstraram, na divisão do trabalho,
um fato social de uma tal generalidade que os economistas, que foram os
primeiros a mencioná-lo, não haviam podido suspeitar. Não é mais uma
instituição social que tem sua fonte na inteligência e na vontade dos homens.
Mas um fenômeno de biologia geral, cujas condições, ao que parece, precisam ser
buscadas nas propriedades essenciais da disciplina organizada. A divisão do
trabalho social passa a aparecer apenas como uma forma particular desse
processo geral, e as sociedades, conformando-se a essa lei, parecem ceder a uma
corrente de pensamento que nasceu bem antes delas e que arrasta no mesmo
sentido todo o mundo vivo. Semelhante fato não pode, evidentemente, produzir-se
sem afetar profundamente nossa constituição moral, pois o desenvolvimento do
homem se fará em dois sentidos de todo diferentes. Não é necessário demonstrar
a gravidade desse problema prático; qualquer que seja o juízo sobre a divisão
do trabalho, sabemos que ela é e se torna cada vez mais uma das bases
fundamentais da ordem social tanto quanto política.
Vale lembrar, neste
aspecto que a biomatemática é um ramo da biologia que emprega análises
teóricas, modelos matemáticos e abstrações dos organismos vivos para investigar
os princípios que governam a estrutura, desenvolvimento e comportamento dos
sistemas, em oposição à biologia experimental que lida com a realização de
experimentos para comprovar e validar as teorias científicas. O campo
multidisciplinar é algumas vezes chamado de biologia matemática ou biomatemática
para enfatizar o lado técnico-científico matemático, ou biologia teórica para
enfatizar abstratamente o lado biológico. Ipso facto, biologia
teórica se concentra mais do que nunca no desenvolvimento programático de
princípios teóricos para a biologia. Enquanto a biologia matemática se
concentra no uso de técnicas matemáticas para estudar sistemas biológicos
embora ambos sejam muitas vezes trocados. A biologia matemática visa a
representação matemática e modelagem de processos biológicos, utilizando
técnicas e procedimentos metodológicos da matemática aplicada. Pode ser útil
tanto em pesquisas teóricas e práticas. Descrever sistemas de maneira
quantitativa significa que seu comportamento pode ser melhor simulado e, podem
ser previstas propriedades que podem não ser evidentes para o experimentador.
Uma matéria sempre apresenta a tendência de manter o seu estado, seja de
repouso, seja de movimento, a não ser que uma força externa influencie. A massa
é uma grandeza que indica a medida da inércia ou da resistência de um corpo de
ter seu movimento acelerado. De forma geral, podemos associar a massa à
quantidade de partículas existentes em uma matéria. Isso requer modelos matemáticos precisos.
Devido à complexidade
dos sistemas vivos, a biologia teórica emprega vários campos de domínio de
métodos da matemática, e tem contribuído para o desenvolvimento de novas
técnicas. A matemática foi usada na biologia já no século XIII, quando Leonardo
Fibonacci (1170-1250) usou a famosa série de Fibonacci para descrever uma
população crescente de coelhos. No século XVIII, Daniel Bernoulli (1700-1782)
aplicou a matemática para descrever o efeito da varíola na população humana. O
ensaio de Malthus de 1789 sobre o crescimento da população humana foi baseado
no conceito de crescimento exponencial. Há aqui um debate memorável: Pierre
François Verhulst (1804-1849) formulou o modelo de crescimento logístico em
1836. Fritz Müller (1822-1897) descreveu os benefícios evolucionários do que é
chamado mimetismo Müllerian em 1879, em uma conta notável sendo o primeiro uso
de argumento matemático em ecologia evolutiva para mostrar o quão poderoso o
efeito da seleção natural seria, a menos que se inclui Malthus s` discussão dos
efeitos do crescimento populacional que influenciaram Charles Robert Darwin
(1809-1882) e Thomas Malthus (1766-1834) argumentam que tal crescimento seria
exponencial, e os recursos só poderiam crescer aritmeticamente. O termo
biologia teórica foi usado pela primeira vez por Johannes Reinke em
1901.
Um texto fundador é On
Growth and Form (1917) por D`Arcy Thompson, e outros especialistas incluem
Ronald Fisher, Hans Leo Przibram, Nicolas Rashevsky e Vito Volterra. A Terra é
o terceiro planeta mais próximo do Sol, o mais denso e o quinto maior dos oito
planetas do Sistema Solar. É também o maior dos quatro planetas telúricos. É
por vezes designada como Mundo ou Planeta Azul. Lar de milhões de
espécies de seres vivos, incluindo os seres humanos, a Terra é o único corpo
celeste onde é reconhecida a existência de vida. O planeta formou-se há 4,56
bilhões de anos, e a vida surgiu na sua superfície depois de um bilhão de anos.
Desde então, a biosfera terrestre alterou de forma significativa a atmosfera e
fatores abióticos do planeta, permitindo a proliferação de organismos
aeróbicos, como a formação da camada de ozônio, que em conjunto com seu campo
magnético, bloqueia radiação solar prejudicial, permitindo a vida no planeta. A
sua superfície exterior é dividida em segmentos rígidos, chamados placas
tectônicas, que migram sobre a superfície terrestre ao longo de milhões de
anos. Aproximadamente 71% da superfície é coberta por oceanos de água salgada,
com o restante consistindo de continentes e ilhas, contendo lagos e corpos de
água que contribuem para a hidrosfera. Os polos do planeta Terra encontram-se
cobertos por mantos de gelo ou por banquisas. O interior abstrato da Terra permanece
ativo e sólido: um núcleo externo líquido que gera um campo magnético, e um
núcleo interno sólido, composto, sobretudo por ferro.
A Terra interage com
objetos em movimento no espaço, em particular com o Sol e a Lua. Orbita o Sol
uma vez por cada 366,26 rotações sobre o próprio eixo, o que equivale a 365,26
dias solares ou representa um (01) ano sideral. O eixo de rotação da Terra possui
uma inclinação de 23,4° em relação à perpendicular ao seu plano orbital,
reproduzindo variações sazonais na superfície do planeta, com período igual a
um ano tropical, ou, 365,24 dias solares. Um fato social é questão sociológica
ainda mais necessária porque se utiliza essa qualificação sem muita precisão.
Ela e empregada correntemente para designar socialmente as relações que se dão
no interior de uma sociedade, por menos que apresentem, com uma certa
generalidade, algum interesse social. Todo indivíduo come, bebe, dorme,
raciocina, e a sociedade tem todo o interesse em que essas funções se exerçam
regularmente. O sistema de signos de que me sirvo para exprimir meu pensamento,
o sistema de moedas que emprego para pagar minhas dívidas, os instrumentos de
crédito que utilizo em minhas relações comerciais, as práticas observadas em
minha profissão, etc., funcionam independentemente do uso que faço deles. Que
se tomem um a um todos os membros de que é composta a sociedade; o que procede
poderá ser repetido a propósito de cada um deles, ou seja, maneiras de agir, de
pensar e de sentir que apresentam essa notável propriedade de existirem fora
das consciências individuais. Mas não são apenas exteriores ao indivíduo, como
também são dotados de uma “força imperativa” e coercitiva em virtude da qual se
impõe a ele, quer ele queira, quer não. Em se tratando de máximas morais, a
consciência pública reprime todo ato que as ofenda através da vigilância que
exerce sobre a conduta dos cidadãos.
A coerção social, mesmo
sendo de forma indireta, continua sendo uma técnica ou estratégia de submissão
eficaz. Trata-se de uma ordem de fatos que apresentam características muito
especiais: consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir, exteriores ao
indivíduo, e que são dotadas de um poder de coerção em virtude do qual esses
fatos se impõem a ele. Por conseguinte, eles não poderiam se confundir com os
fenômenos orgânicos, já que consistem em representações e em ações, nem com os
fenômenos psíquicos, os quais só tem existência na consciência individual e
através dela. Estes fatos constituem, portanto, uma espécie nova, e é a eles
que deve ser dada e reservada a qualificação de sociais. Essa qualificação lhes
convém; pois é claro que, não tendo o indivíduo por substrato, eles não podem
ter outro senão a sociedade, seja a sociedade política em seu conjunto, seja um
dos grupos parciais que ela encerra: confissões religiosas, escolas políticas,
literárias, corporações profissionais, etc. Por outro lado, é a eles só que ela
convém; pois a palavra social só tem sentido definido com a condição de
designar unicamente fenômenos que não se incluem em nenhuma das categorias de
fatos já constituídos e denominados. Eles representam o domínio próprio da
sociologia. Mas só há fato social onde há organização delineada, normalizada e
estritamente definida. O hábito coletivo não existe apenas em estado de
imanência nos atos sucessivos que ele determina, mas se exprime de uma vez por
todas, por um privilégio cujo exemplo não encontramos no reino biológico, numa
fórmula que se repete de boca em boca, que se transmite pela educação, que se
fixa através da escrita.
Tais são as origens e a
natureza das regras jurídicas, morais, dos aforismos e dos ditos populares, dos
artigos de fé em que as seitas religiosas ou políticas condensam em crenças,
dos códigos de gosto que as escolas literárias estabelecem, etc. Nenhuma dessas
maneiras de agir ou de pensar se acha por inteiro nas aplicações que os
particulares fazem delas, já que eles podem inclusive existir sem serem
atualmente aplicadas. Há certas correntes de opinião que nos impelem, com
desigual intensidade, conforme os tempos e os lugares, uma ao casamento, por
exemplo, outra, ao suicídio, ou a uma natalidade mais ou menos acentuada. As
circunstâncias individuais (o sonho) e coletivas (os mitos, os ritos, os
símbolos) que podem ter alguma participação social na produção do fenômeno,
neutralizam-se mutuamente e não contribuem para em princípio poder
determina-lo. O que esse fato exprime é um certo estado de alma coletiva. Um
fato social se reconhece, segundo Durkheim (1999), pelo poder de coerção que
exerce ou é capaz de exercer sobre os indivíduos; e a presença desse poder se
reconhece, por sua vez, seja pela resistência que o fato opõe a toda tentativa
individual de faze-lhe violência. A coerção é fácil de constatar
quando se traduz exteriormente por alguma reação direta da sociedade, como é o
caso em relação ao direito, à moral, às crenças, aos costumes, inclusive às
modas.
Mas, quando, é apenas indireta, como a que exerce uma organização econômica, ela nem sempre se deixa perceber tão bem. A generalidade combinada com a objetividade pode então, ser mais fáceis de esclarecer. Essa segunda definição não é senão outra forma da primeira; pois, se uma maneira de se conduzir, que existe exteriormente às consciências individuais, se generaliza, ela só pode fazê-lo impondo-se. A sociologia não pode desinteressar-se do que diz respeito ao substrato da vida social coletiva. Mas o número e a natureza das partes elementares de que se compõe a sociedade, a maneira como elas estão dispostas, o grau de coalescência a que chegaram, a distribuição estatística da população pela superfície do território, o número e a natureza das vias de comunicação, a forma das habitações, etc. não parecem capazes, num primeiro exame, de se reduzir sociologicamente aos modos de agir, de sentir ou de pensar. No plano abstrato da teoria, a sociologia não confunde a prática dos rituais com seu sentido. Ipso facto a palavra função é empregada de duas maneiras bastante diferentes. Ora designa um sistema de movimentos vitais, fazendo-se abstração das suas consequências, ora exprime a relação de correspondência que existe entre esses movimentos e algumas necessidades sociais. Perguntar-se qual é a função da divisão do trabalho é, portanto, a que necessidade ela corresponde; quando tivermos “resolvido” essa questão, poderemos ver se essa necessidade é da mesma natureza que aquelas a que correspondem outras regras de conduta cujo caráter moral não é discutido.
De todos os elementos da civilização, a ciência é o único que, em certas condições, apresenta um caráter moral. De fato, as sociedades tendem mais a considerar um dever para o indivíduo desenvolver sua inteligência, assimilando as verdades científicas que são estabelecidas. Não é impossível entrever de onde vem esse privilégio especial da ciência. Ela nada mais é do que a consciência, desde Hegel, Marx, Lukács, elevada a seu mais alto ponto de clareza. Quanto mais obscura uma consciência, lembrava Durkheim, mais refratária à mudança, porque não vê o que é necessário mudar, nem em que sentido é preciso mudar. Ao contrário, uma consciência esclarecida sente, compreende e sabe de antemão a maneira de se adaptar a essa mudança. Eis por que é necessário que a inteligência guiada pela ciência, com consciência, adquira importância maior no curso da vida social e coletiva. Como todos os equinos selvagens, as zebras têm corpos com peito largo e caudas tufadas, rostos alongados e pescoços longos com crinas longas e eretas. Suas pernas finas são sustentadas por um dedo em forma de pá coberto por um casco duro. Sua dentição é adaptada para pastar; eles têm grandes incisivos que cortam folhas de grama e molares e pré-molares ásperos bem adequados para triturar. Os machos têm caninos em forma de pá, que podem ser usados como armas em combate. Os olhos das zebras estão nas laterais e bem acima da cabeça, o que lhes permite olhar por cima da grama alta enquanto se alimentam. Suas orelhas moderadamente longas e eretas são móveis e podem localizar a fonte de um som. Ao contrário dos cavalos, as zebras e os jumentos têm calosidades castanhas presentes apenas nas patas dianteiras. Em contraste com outros equinos vivos, as zebras têm patas dianteiras mais longas do que as traseiras.
As características diagnósticas do crânio da zebra incluem: seu tamanho relativamente pequeno com um contorno dorsal reto, órbitas oculares salientes, rosto mais estreito, barra pós-orbital menos conspícua, separação do metaconídeo e do metastídeo do dente por um canal em forma de V e parede de esmalte arredondada. As zebras são facilmente reconhecidas por seus padrões de listras pretas e brancas. A pelagem parece ser branca com listras pretas, como indicado pela barriga e pernas quando sem listras, mas a pele é preta. Os filhotes ou potros nascem com pelagens marrons e brancas, e o marrom escurece com a idade. Uma listra dorsal atua como espinha dorsal para listras verticais ao longo dos lados, da cabeça à garupa. No focinho, elas se curvam em direção às narinas, enquanto as listras acima das patas dianteiras se dividem em dois ramos. Na garupa, elas se desenvolvem em padrões específicos da espécie. As listras nas pernas, orelhas e cauda são separadas e horizontais. Os padrões de listras são exclusivos de um indivíduo e hereditários. Durante o desenvolvimento embrionário, as listras aparecem aos oito meses, mas os padrões podem ser determinados em três a cinco semanas. Para cada espécie, há um ponto no desenvolvimento embrionário em que as listras são perpendiculares à linha dorsal e espaçadas de 0,4 mm (0,016 pol.). Isso acontece em três semanas de desenvolvimento para a zebra das planícies, quatro semanas para a zebra da montanha e cinco para a zebra de Grévy. Acredita-se que a diferença no tempo seja responsável pelas diferenças nos padrões de listras das diferentes espécies. Várias anormalidades dos padrões foram documentadas em zebras das planícies. Em zebras “melanísticas”, listras escuras são concentradas no tronco, mas as pernas são mais brancas. Indivíduos “manchados” têm listras pretas quebradas ao redor da área dorsal. Houve morfos com manchas brancas em fundos escuros. Anormalidades nas listras foram associadas à endogamia. Zebras albinas foram registradas nas florestas do Monte Quênia, com as listras escuras sendo loiras. O quagga tinha listras marrons e brancas na cabeça e no pescoço, partes superiores marrons e barriga, cauda e pernas brancas.
Em várias
circunstâncias sociais, a microfísica põe como um verdadeiro princípio a perda
da individualidade do corpúsculo. Uma última tese que contradiz o axioma
fundante do atomismo filosófico. Complementarmente com as suas reflexões
acerca da imaginação criadora e da poética, Bachelard infere que os
corpúsculos, não sendo dados dos sentidos, “nem de perto nem de longe”, também
não são dados escondidos. No entanto, apenas é possível conhecê-los,
descobrindo-os, ou melhor, inventando-os, porque eles são a prova de que algo
está no limite da invenção e da descoberta. Admirável é, então, a referência
que Bachelard faz à noção de intuição trabalhada. Em Études, no ensaio
“Idealismo discursivo” ele sublinha que tem alguma confiança na intuição para
descrever positivamente o seu ser íntimo. Diz mesmo que o fato socialmente e de
exercermos uma preparação discursiva dá à intuição uma nova Jeunesse. De
maneira que aconselha a fecharmos os olhos como uma forma de nos prepararmos
para termos uma visão do nosso ser. A intuição será a via de comunicação
refletida de renunciar aos acidentes na história e significa um recurso
metafísico de compreensão “de si”. Interessa, então, a intuição trabalhada e
não a intuição imediata, a intuição que permite uma espécie de “repouso”, mesmo
sabendo que na ciência, esse “repouso” na intuição pode ser “quebrado” pela
necessidade de rigor e necessidade de encadear mais as teorias sociais.
O tempo, como a unidade negativa do ser-fora-de-si, é igualmente um, sem mais nem menos, abstrato, ideal. Ele é o ser, que, enquanto é, não é, e enquanto não é; ele é o vir-a-ser intuído, segundo a análise dialética de Friedrich Hegel, isto é, analogamente, tal que são determinadas as diferenças simplesmente momentâneas, as que imediatamente se suprassumem como exteriores, isto é, que são apesar disso exteriores a si mesmas. O tempo é como o espaço uma pura forma de sensibilidade ou do intuir, é o sensível, mas, assim como a este espaço, também ao tempo não diz respeito a diferença de objetividade e de uma consciência subjetiva contra ela. Quando se aplicam estas determinações de espaço e tempo, então seria aquele a objetividade abstrata, este [o tempo], porém a subjetividade abstrata. O tempo social é o princípio representativo que o Eu=Eu da autoconsciência pura; mas é o mesmo princípio ou o simples conceito ainda em sua total exterioridade e abstração – como o mero vir-a-ser intuído, o puro ser-em-si como um vir-fora-de-si. O tempo é contínuo como o espaço, pois ele é a negatividade abstratamente referindo-se a si e nesta abstração ainda não há nenhuma diferença real. No tempo, diz-se, tudo surge e perece, se se abstrai de tudo, a saber, do recheio do tempo e igualmente do recheio do espaço, fica de resto o tempo vazio como o espaço vazio, são então postas e representadas estas abstrações de exterioridade, como se elas fossem por si.
O real é limitado, e o outro para esta negação
está fora dele, a determinidade é nele exterior a si, e daí a contradição de
seu ser; a abstração opera nessa exterioridade de sua contradição e a
inquietação da mesma é o próprio tempo. Por isso o finito é transitório e
temporário, porque ele não é, como o conceito nele mesmo, a negatividade total,
mas tem em si, como sua essência universal, entretanto – diferentemente da
mesma essência – é unilateral, e se relaciona à mesma como à sua potência. Só o
natural, na vida, na realidade concreta é, portanto, enquanto é finito, sujeito
ao tempo; o verdadeiro, porém, a ideia, o espírito, é eterna. A intemporalidade
absoluta é diferente da duração; é a eternidade que é sem o tempo natural. Mas
o próprio tempo é, em seu conceito, eterno; pois historicamente ele, não quer
qualquer tempo, isto é, nem o entendimento agora, mas significativamente o
tempo-enquanto-tempo, é seu conceito; este tempo, porém, como cada conceito em
geral, é o eterno, e também é presente absoluto. O que não está no tempo é o
sem-processo; o péssimo e o mais perfeito não estão no tempo, dura. O péssimo,
da pior qualidade, porque ele é uma universalidade abstrata, assim espaço,
assim tempo mesmo; sua duração não é vantagem. O duradouro é mais altamente
cotado do que o transitório; mas toda florescência, toda bela vitalidade tem
morte cedo. Mas também o mais perfeito dura, não só o universal sem-vida,
inorgânico, mas também o outro universal, o concreto em si, o gênero, a lei, a
ideia, o espírito. Representa o processo total ou apenas um momento do processo
que entra no tempo enquanto os momentos do conceito têm a aparência da
independência; mas as diferenças excluídas portam-se como reconciliadas e
retomadas à paz. A noção de desenvolvimento passa a ser central depois dessa
concepção na filosofia da história e, para o bem ou para o mal até os dias
presentes.
Mesmo a ideia de
progresso, que implicava o depois poder ser explicado em função do antes,
encalhou, de certo modo nos recifes materiais do século XX, ao sair das
esperanças ou das ilusões que acompanharam a chamada “travessia do mar” aberto
pelo século XIX. Esse questionamento refere-se a várias ocorrências distintas
entre si que não atestam um progresso moral da humanidade, e sim, uma dúvida
sobre a história como portadora de sentido, dúvida renovada, per se no
que se refere ao seu método, objeto e como tal nas grandes dificuldades não só
em fazer do tempo socialmente um princípio de inteligibilidade, como em
inserir aí um princípio de identidade. A história humana, isto é, uma
série de acontecimentos realmente reconhecidos como acontecimentos por muitos,
acontecimentos que podemos pensar que importarão aos olhos dos historiadores de
amanhã e, ao qual cada um de nós, por mais consciente que seja de nada
representar nesse caso pode vincular algumas circunstâncias ou imagens
particulares, como se fosse a cada dia menos verdadeiro que os homens, que
fazem a história, pois, senão, quem mais senão homens, não sabem que a fazem.
Hegel dizia que a verdade é o todo. Esta é a questão fundamental da filosofia.
Se não enxergamos o todo, podemos atribuir valores exagerados a verdades
limitadas, prejudicando a compreensão da verdade geral. Essa visão é sempre
provisória, não alcança uma etapa definitiva e acabada, caso contrário a interpretação
dialética no mundo contemporâneo negaria a si própria. O método dialético nos
incita a revermos o passado, à luz do que está acontecendo, ele questiona o
presente em nome do futuro, o que está sendo na realidade em nome do que “ainda
não é”.
A função das listras nas zebras tem sido discutida entre biólogos pelo menos desde o século XIX. As hipóteses populares incluem o seguinte. A hipótese da cripta sugere que as listras permitem que o animal se misture com seu ambiente ou quebre seu contorno. Esta foi a primeira hipótese e os proponentes argumentaram que as listras eram particularmente adequadas para camuflagem em pastagens altas e habitats florestais. Alfred Wallace também escreveu em 1896 que as listras tornam as zebras menos visíveis à noite. O biólogo Tim Caro observa que as zebras pastam em habitat aberto e não se comportam de forma críptica, sendo barulhentas, rápidas e sociais e não congelam quando um predador está por perto. Além disso, as listras de camuflagem de ungulados que vivem na floresta, como bongôs e antílopes, são muito menos vivas, com menos contraste com a cor de fundo. Um estudo de análise de Fourier de 1987 concluiu que as frequências espaciais das listras de zebra não se alinham com seu ambiente, enquanto um estudo de 2014 de espécies equinas selvagens e subespécies não conseguiu encontrar nenhuma correlação entre padrões de listras e habitats florestais. Melin e colegas (2016) descobriram que leões e hienas não parecem perceber as listras quando estão a uma certa distância durante o dia ou a noite, tornando as listras inúteis para se camuflarem, exceto quando os predadores estão perto o suficiente para que possam cheirar ou ouvir seu alvo. Eles também descobriram que as listras não tornam a zebra menos perceptível do que os herbívoros de cores sólidas nas planícies abertas. Eles sugeriram que as listras podem dar às zebras uma vantagem em florestas, já que as listras escuras podem se alinhar com os contornos dos galhos das árvores e outra vegetação.
A hipótese da confusão
afirma que as listras confundem os predadores, seja por: tornar mais difícil
distinguir indivíduos em um grupo, bem como determinar o número de zebras em um
grupo; dificultar a determinação do contorno de um indivíduo quando o grupo
foge; reduzir a capacidade de um predador de rastrear um alvo durante uma
perseguição; ofuscar um agressor para que ele tenha dificuldade em fazer
contato; ou dificultar para um predador deduzir o tamanho, a velocidade e a
direção da zebra por meio do ofuscamento de movimento. Essa teoria foi
proposta por vários biólogos desde pelo menos a década de 1970. Um estudo tecnologicamente de
computador de 2014 sobre listras de zebra descobriu que elas podem criar um
efeito de roda de vagão e/ou ilusão de poste de barbeiro quando em movimento.
Os pesquisadores concluíram que isso poderia ser usado contra predadores
mamíferos ou moscas picadoras. O uso das listras para confundir predadores
mamíferos foi questionado. Caro sugere que as listras das zebras podem fazer os
grupos parecerem menores e, portanto, mais propensos a serem atacados. As
zebras também tendem a se espalhar ao fugir de atacantes e, portanto, as
listras não conseguem quebrar o contorno de um indivíduo. Os leões, em
particular, parecem não ter dificuldade em mirar e capturar zebras quando elas
se aproximam e as pegam de emboscada. Além disso, nenhuma correlação foi
encontrada entre o número de listras e populações de predadores mamíferos.
Hughes e colegas (2021) contestaram a ideia de ofuscamento de movimento e concluíram
que objetos em movimento que são solidamente cinza ou têm padrões menos
contrastantes são mais propensos a escapar de serem capturados.
A hipótese aposemática sugere que as listras servem como coloração de alerta. Essa hipótese foi sugerida pela primeira vez por Wallace em 1867 e discutida em mais detalhes em 1890 por Edward Bagnall Poulton (1856-1943). Assim como os mamíferos aposemáticos conhecidos, as zebras são reconhecíveis de perto, vivem em ambientes mais abertos, apresentam alto risco de predação e não se escondem ou agem discretamente. No entanto, Caro observa que as listras não funcionam em leões porque eles frequentemente caçam zebras, embora possam funcionar em predadores menores, e as zebras não são lentas o suficiente para precisarem afastar ameaças. Além disso, as zebras não possuem defesas adequadas para respaldar o padrão de alerta. A hipótese da função social afirma que as listras desempenham um papel no reconhecimento intraespecífico ou individual, na ligação social, na higiene mútua ou são um sinal de aptidão. Charles Darwin (1809-1882) escreveu em 1871 que “uma zebra fêmea não admitiria os endereços de um jumento macho até que fosse pintada de modo a assemelhar-se a uma zebra”, enquanto Wallace afirmou em 1871 que: “As listras, portanto, podem ser úteis ao permitir que os retardatários distingam seus semelhantes à distância”. Em relação à identificação de espécies e indivíduos, Caro observa que as espécies de zebra têm sobreposição de alcance limitada entre si e os cavalos podem se reconhecer usando comunicação visual. Além disso, nenhuma correlação foi encontrada entre listras e comportamento social ou números de grupo entre equinos, e nenhuma ligação foi encontrada entre aptidão e listras.
A hipótese termorregulatória sugere que as listras ajudam a controlar a temperatura corporal de uma zebra. Em 1971, o biólogo H. A. Baldwin (1860-1924) observou que o calor seria absorvido pelas listras pretas e refletido pelas brancas e, em 1990, o zoólogo Desmond Morris sugeriu que as listras criam correntes de convecção de resfriamento. Um estudo de 2019 apoiou isso, descobrindo que onde as correntes de ar mais rápidas das listras pretas mais quentes encontram as das brancas, formam- se redemoinhos de ar. Os pesquisadores também concluíram que, durante os horários mais quentes do dia, as zebras erguem seus pelos pretos para liberar calor da pele e achatá-los novamente quando esfria. Larison e colegas (2015) determinaram que a temperatura ambiente é um forte preditor para os padrões de listras das zebras. Outros não encontraram evidências de que as zebras tenham temperaturas corporais mais baixas do que outros ungulados cujo habitat compartilham, ou que as listras se correlacionam com a temperatura. Um estudo experimental de 2018 que vestiu barris de metal cheios de água com peles de cavalo, zebra e gado concluiu que as listras de zebra não tiveram efeito na termorregulação. A hipótese de proteção contra moscas sustenta que as listras impedem moscas sugadoras de sangue. As moscas dos cavalos, em particular, espalham doenças letais para equinos, como a peste equina africana, a gripe equina, a anemia infecciosa equina e a tripanossomíase. Além disso, o pelo de zebra é quase tão longo quanto as peças bucais dessas moscas. Esta hipótese é a mais fortemente apoiada pelas evidências. Foi descoberto que as moscas preferiam pousar em superfícies de cores sólidas em vez daquelas com padrões listrados em preto e branco em 1930 pelo biólogo R. Harris, e isso foi proposto como uma função das listras de zebra em um estudo de 1981.
Um estudo de 2014 encontrou uma
correlação entre listras e sobreposição com populações e atividade de moscas
dos cavalos e tsé-tsé. Outros estudos descobriram que as zebras raramente são
alvos dessas espécies de insetos. Caro e colegas (2019) estudaram zebras e cavalos
em cativeiro e observaram que nenhum deles conseguia afastar moscas à
distância, mas as listras de zebra impediam que as moscas pousassem, tanto em
zebras quanto em cavalos vestidos com casacos de estampa de zebra. Não parece
haver nenhuma diferença na eficácia de repelir moscas entre as diferentes
espécies de zebra; portanto, a diferença nos padrões de listras pode ter
evoluído por outras razões. Listras brancas ou claras pintadas em corpos
escuros também reduziram as irritações de moscas em gado e humanos. Como as
listras repelem moscas é menos claro. Um estudo de 2012 concluiu que elas
interrompem os padrões de luz polarizada que esses insetos usam para localizar
água e habitat, embora estudos subsequentes tenham refutado isso. As listras
não parecem funcionar como um poste de barbeiro contra moscas, uma vez que os
padrões xadrez também as repelem. Também há pouca evidência de que as listras
de zebra confundam os insetos por meio de distorção visual ou aliasing.
Takács e colegas (2022) sugerem que, quando o animal está sob a luz solar, os
gradientes de temperatura entre as listras escuras mais quentes e as listras
brancas mais frias impedem que as moscas detectem os vasos sanguíneos quentes
por baixo. Caro e colegas (2023) concluem que os insetos ficam desorientados.
Quando uma imagem digital é
visualizada, uma reconstrução é realizada por um dispositivo de exibição ou
impressão, e pelos olhos e pelo cérebro. Se os dados da imagem forem
processados incorretamente na amostragem ou reconstrução, a imagem
reconstruída será diferente da original, e um alias será exibido.
Um exemplo de aliasing espacial é o padrão moiré observado em uma imagem mal pixelizada de uma parede de tijolos. Técnicas de anti-aliasing espacial evitam essas pixelizações ruins. O aliasing pode ser causado pela etapa de amostragem ou pela etapa de reconstrução; estes podem ser distinguidos chamando-se aliasing de amostragem. pré-aliasing e aliasing de reconstrução postalização. O aliasing temporal é uma grande preocupação na amostragem de sinais de vídeo e áudio. Música, por exemplo, pode conter componentes de alta frequência inaudíveis para humanos. Se uma peça musical for amostrada a 32.000 amostras por segundo (Hz), quaisquer componentes de frequência iguais ou superiores a 16.000 Hz (a frequência de Nyquist para essa taxa de amostragem) causarão aliasing quando a música for reproduzida por um conversor digital-analógico (DAC). As altas frequências no sinal analógico aparecerão como frequências mais baixas (aliasing incorreto) na amostra digital gravada e, portanto, não poderão ser reproduzidas pelo DAC. Para evitar isso, um filtro anti-aliasing é usado para remover componentes acima da frequência de Nyquist antes da amostragem. Em vídeo ou cinematografia, o aliasing temporal resulta da taxa de quadros limitada e causa o efeito roda de vagão, em que uma roda raiada parece girar muito lentamente ou até mesmo para trás. O aliasing mudou sua frequência aparente de rotação. Uma reversão de direção pode ser descrita como uma frequência negativa. As frequências de aliasing temporal em vídeo e cinematografia são determinadas pela taxa de quadros da câmera, mas a intensidade relativa das frequências aliased é determinada pelo tempo do obturador (tempo de exposição) ou o uso de filtro de redução de aliasing temporal durante a filmagem.
Assim como a câmera de vídeo, a maioria dos esquemas de amostragem é periódica; ou seja, eles têm uma frequência de amostragem característica no tempo ou no espaço. Câmeras digitais fornecem um certo número de amostras (pixels) por grau ou por radiano, ou amostras por mm no plano focal da câmera. Sinais de áudio são amostrados (digitalizados) com um conversor analógico-digital, que produz um número constante de amostras por segundo. Alguns dos exemplos mais drásticos e sutis de aliasing ocorrem quando o sinal amostrado também possui conteúdo periódico. ados pelo alto contraste de cores e pela relativa espessura dos padrões. A fauna da África são os animais que vivem na África e seus mares e ilhas circundantes. A fauna africana mais característica é encontrada no reino afro-tropical. Situada quase inteiramente dentro dos trópicos e estendendo-se igualmente ao Norte e ao Sul do equador, cria condições favoráveis para a variedade e abundância da vida selvagem. A África abriga muitas das faunas mais reconhecidas do mundo, como leões, rinocerontes, chitas, girafas, antílopes, hipopótamos, leopardos, zebras e elefantes, entre muitos outros. Enquanto os primeiros vestígios de vida no registo fóssil de África datam dos tempos mais remotos, a formação da fauna africana tal como a conhecemos hoje, começou com a divisão do supercontinente Gondwana em meados da era Mesozóica. Depois disso, quatro a seis conjuntos faunísticos, os chamados Estratos Faunísticos Africanos (EFAs), podem ser distinguidos. O isolamento da África foi quebrado intermitentemente por “rotas de filtro” descontínuas que a ligavam a alguns outros continentes Gondwana, Madagascar, América do Sul e talvez Índia, mas principalmente à Laurásia. As trocas com Gondwana eram raras e principalmente dispersões “para fora da África”, enquanto as trocas com a Laurásia eram numerosas e bidirecionais, embora principalmente da Laurásia para a África. Apesar dessas conexões, o isolamento resultou em ausências notáveis, baixa diversidade e surgimento de táxons endêmicos na África.
Madagascar separou-se
da África continental durante a separação de Gondwanalândia no início do
Cretáceo, mas provavelmente foi conectado ao continente novamente no Eoceno. O
primeiro intercâmbio faunístico do Neogeno ocorreu no Mioceno Médio com a
introdução de Myocricetodontinae, Democricetodontinae e Dendromurinae. Uma
grande troca faunística terrestre entre o Norte da África e a Europa começou
por volta de 6,1 Ma, cerca de 0,4 Myr antes do início da crise de salinidade
messiniana, por exemplo, a introdução de Murinae, imigrantes do Sul da Ásia. Durante
o início do Terciário, a África era coberta por uma vasta floresta perene
habitada por uma fauna florestal endêmica com muitos tipos comuns ao sul da
Ásia. No Plioceno, o clima tornou-se seco e a maior parte da floresta foi
destruída, os animais da floresta se refugiaram nas ilhas florestais restantes.
Ao mesmo tempo, uma ampla ponte de terra conectou a África com a Ásia e houve
uma grande invasão de animais da fauna estepária na África. No início do
Pleistoceno, um período úmido se instalou e grande parte da floresta foi
renovada, enquanto a fauna de pastagens foi dividida e isolada, como a fauna
florestal havia sido anteriormente. A fauna florestal atual é, portanto, de
dupla origem, em parte descendente da fauna endêmica e em parte de formas
estepárias que se adaptaram à vida florestal, enquanto a fauna de savana atual
é explicada de forma semelhante. Floresta é uma área com alta densidade de
árvores.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, as florestas ocupavam em 2006 aproximadamente 4 bilhões de hectares ou aproximadamente 30% da superfície terrestre. As florestas são vitais para a vida do ser humano, devido a muitos fatores principalmente de ordem climática. As florestas são o ecossistema terrestre dominante da Terra e são distribuídas ao redor do globo. De acordo com a definição amplamente utilizada, da Organização para a Alimentação e a Agricultura, as florestas cobriam 41 milhões de km² do globo em 1990 e 39,9 milhões de km² em 2016. A mais conhecida floresta é a floresta Amazônica, maior que muitos países. Erroneamente considerada o “Pulmão do Mundo”, não é, exatamente uma questão biológica, pois foi comprovado cientificamente que a floresta Amazônica consome cerca de 65% do oxigênio que produz com a fotossíntese, com a respiração e transpiração das plantas. A taiga siberiana é a maior floresta do mundo, sendo que este bioma se estende para além da Sibéria, nomeadamente, pelo Alasca, Canadá, Groenlândia, Norte da Europa e Japão. O isolamento passado resultou na presença de subespécies intimamente relacionadas em regiões amplamente separadas. A África, onde os humanos se originaram, mostra muito menos evidências de perdas na extinção da megafauna do Pleistoceno, talvez porque a coevolução de grandes animais ao lado dos primeiros humanos forneceu o suficiente para que eles desenvolvessem defesas eficazes. Nos trópicos também o poupou das glaciações do Pleistoceno e o clima não mudou muito. A equipe de paleoantropólogos-arqueólogos britânicos/quenianos de Mary e Louis Leakey estabeleceu programas de escavação e pesquisa no desfiladeiro de Olduvai que alcançaram grandes avanços técnico-metodológicos no conhecimento humano.
O sítio está registrado como um dos Sítios Históricos Nacionais da Tanzânia. O desfiladeiro recebe o seu nome da palavra Maasai oldupai que significa “o lugar do sisal selvagem”, uma vez que o sisal selvagem da África Oriental (Sansevieria ehrenbergii) cresce abundantemente por toda a área do desfiladeiro. Vinte e cinco quilómetros a jusante do Lago Ndutu e do Lago Masek, o desfiladeiro é o resultado de uma erosão de até 90 m (300 pés) que corta os sedimentos de um leito de lago do Pleistoceno. Um desfiladeiro lateral, originário da Montanha Lemagrut, junta-se ao desfiladeiro principal a 8 km (5,0 mi) da foz. Este desfiladeiro lateral segue a linha costeira de um lago pré-histórico, rico em fósseis e sítios de hominídeos primitivos. Fluxos periódicos de cinzas vulcânicas de Olmoti e Kerimasi ajudaram a garantir a preservação dos fósseis no desfiladeiro. A localidade é significativa por mostrar as crescentes complexidades sociais e de desenvolvimento nos primeiros Hominina, amplamente reveladas na produção e uso de ferramentas de pedra. Antes das ferramentas, evidências de coleta e caça podem ser notadas, destacadas pela presença de marcas de roedura que antecedem as marcas de corte e da proporção de carne versus material vegetal na dieta dos primeiros hominídeos. A coleta de ferramentas e restos de animais em uma área centralizada é evidência do desenvolvimento de interação social e atividade comunitária. Esses fatores indicam aumento nas capacidades cognitivas no início do período de transição dos hominídeos para homininina, isto é, para o clado humano.
O clado forma parte de uma hipótese científica de modelo relacional evolucionário entre os organismos incluídos na análise. Um clado particular pode ser sustentado ou não diante de uma análise subsequente usando um conjunto diferente de dados ou de um modelo distinto de evolução. Se um clado se mostra robusto em distintas análises cladísticas, usando diferentes conjuntos de dados, pode ser adotado em uma taxonomia e se tornar um táxon. Contudo um táxon não é necessariamente um clado. Os répteis, por exemplo, são um grupo parafilético porque não incluem aves, as quais possuem um ancestral comum com os répteis. A tendência, entretanto, é reorganizar os táxons para formar clados. Charles Darwin mostrou, entre outras coisas, que a evolução vem acompanhada de divergência, de maneira que dadas duas espécies, ambas derivaram de um antepassado comum mais ou menos remoto no tempo. Desde então, a taxonomia evolutiva surge como um ideal da classificação biológica de agrupar as espécies por seu grau de parentesco, aproximando as que tem um ancestral comum mais próximo. O estudo do parentesco, análise filogenética ou análise cladística, se realiza com meios muito mais eficazes, como a comparação direta de sequências genéticas. As árvores filogenéticas resumem o que se sabe da história evolutiva e se chamam clados os seus ramos.
O Homo habilis,
provavelmente a primeira espécie humana primitiva, ocupou o Desfiladeiro de
Olduvai há aproximadamente 1,9 milhão de anos (máia); depois, surgiu um
australopiteco contemporâneo, o Paranthropus boisei, há 1,8 milhão de anos,
seguido pelo Homo erectus, há 1,2 milhão de anos. Acredita-se que o Homo
sapiens, que se estima ter surgido há 300 mil anos, tenha ocupado sítios no
desfiladeiro há 17 mil anos. Enquanto viajava pela África Oriental Alemã em
1911 para investigar a doença do sono, o médico e paleontólogo alemão Wilhelm
Kattwinkel (1866-1935) visitou o desfiladeiro de Olduvai, erroneamente
chamando-o de Oldowan, onde observou muitos ossos fósseis de um extinto cavalo
de três dedos. Inspirado pela descoberta de Kattwinkel, o geólogo alemão Hans
Reck (1866-1937) liderou uma equipe para Olduvai em 1913. Instalando-se lá, ele
encontrou restos de hominídeos que mais tarde foram datados por radiocarbono em
17.000 a.C. Mais quatro expedições foram planejadas, mas a Primeira Guerra
Mundial (1914-1918) impediu seu início. Após a guerra, quando Tanganica ficou
sob controle britânico, Louis Leakey (1903-1972) visitou Reck em Berlim e viu
os fósseis de Olduvai.
Louis Leakey se
convenceu de que o desfiladeiro de Olduvai continha ferramentas de pedra,
pensando que os depósitos eram de idade semelhante ao sítio pré-histórico de
Kariandusi, no Quênia. O sítio de Kariandusi está entre as primeiras
descobertas de sítios do Paleolítico Inferior na África Oriental. Reck e o
paleontólogo Donald McInnes acompanharam Louis Leakey em sua expedição de 1931,
onde Louis encontrou vários machados de mão perto do acampamento logo após sua
chegada. Mary Leakey visitou a área pela primeira vez em 1935, juntando-se a
Louis e Percy Edward Kent. Visitas subsequentes foram realizadas pelos Leakeys em
1941, 1953, 1955 e 1957. Crânios fósseis de E. mauritanicus da Argélia que
datam de cerca de 1 milhão de anos atrás parecem mostrar afinidades com a zebra
das planícies. E. capensis, reconhecida como zebra do Cabo, apareceu por volta
de 2 milhões de anos atrás e viveu em toda a África meridional e oriental. A
zebra das planícies e a zebra da montanha foram tradicionalmente colocadas no
subgênero Hippotigris (CH Smith, 1841) em contraste com a zebra de Grévy, que
era considerada a única espécie do subgênero Dolichohippus (Heller, 1912).
Groves e Bell (2004) colocaram todas as três espécies no subgênero Hippotigris.
Um estudo filogenético
de 2013 descobriu que a zebra das planícies está mais intimamente relacionada
às zebras de Grévy do que às zebras da montanha. O extinto quagga foi
originalmente classificado como uma espécie distinta. Estudos genéticos
posteriores a colocaram como a mesma espécie da zebra das planícies, uma
subespécie ou apenas a população mais ao sul. Evidências moleculares apoiam as
zebras como uma linhagem monofilética. Equus originou-se na América do
Norte e o sequenciamento paleogenômico direto de um osso metapodial de cavalo
do Pleistoceno médio de 700 mil anos do Canadá implica uma data de 4,07 milhões
de anos atrás (mya) para o ancestral comum mais recente dos equinos dentro de
um intervalo de 4,0 a 4,5 mya. Os cavalos separaram-se dos jumentos e das
zebras por volta desta época e os equinos colonizaram a Eurásia e a África por
volta de 2,1–3,4 mya. As zebras e os jumentos divergiram uns dos outros perto
de 2 mya. A zebra da montanha divergiu das outras espécies por volta de 1,6 mya
e as zebras das planícies e de Grévy separaram-se 1,4 mya. Um estudo de DNA
mitocondrial de 2017 colocou o Equus ovodovi eurasiano e a linhagem do
subgênero Sussemionus como mais próximos das zebras do que dos jumentos. No
entanto, outros estudos contestaram esse posicionamento, encontrando a linhagem
Sussemionus basal ao grupo zebra+jumentos, mas sugeriram que a linhagem
Sussemionus pode ter recebido fluxo gênico das zebras.
Bibliografia Geral Consultada.
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de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Geociências. Centro de Tecnologia e
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Santa Maria. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Geociências.
Centro de Tecnologia e Geociências. Recife: Universidade Federal de Pernambuco,
2020; SANTOS, Milton, Por Uma Outra Globalização: Do Pensamento Único à
Consciência Universal. 32ª edição. Rio de Janeiro: Editora Record, 2021; CUNHA,
Fanley Bertoli da, A Formação de Professores de Biologia no Instituto
Federal de São Paulo – Um Olhar à Luz da Pedagogia de Paulo Freire. Tese de
Doutorado. Faculdade de Educação. Instituto de Física. Instituto de Química e
Instituto de Biociências, 2025; ente outros.
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