“A vigilância constante torna a punição mais eficaz do que o castigo físico”. Michel Foucault
A história da filosofia
determina três momentos principais na elaboração da univocidade do ser. O
primeiro é representado por Duns Scot, no Opus Oxoniense (Oxford
Lectures 1 e 2 1300–1302, 3 e 4, 1303–1304), o maior livro de ontologia pura,
onde o ser é pensado como unívoco, mas o ser unívoco é pensado como neutro, neuter,
indiferente ao infinito e ao finito, ao singular e ao universal, ao criado e ao
incriado. Não por acaso merece, pois, o nome de “doutor sutil”, porque seu
olhar discerne o ser aquém do entrecruzamento relacional do universal e do
singular. Para neutralizar as forças da analogia do juízo, entendendo assim, ele
toma a dianteira e neutraliza antes de tudo o ser num conceito abstrato. Eis
por que ele somente pensou o ser unívoco. Vê-se o inimigo que se esforça por
evitar, em conformidade com as exigências do cristianismo: o panteísmo, em que
ele cairia se o ser comum não fosse neutro. Todavia, ele soube definir dois
tipos de distinção que reportavam à diferença este ser neutro indiferente. A
distinção formal, com efeito, é uma distinção real, pois é fundada no ser, ou
na coisa, mas não é necessariamente uma distinção numérica, porque se
estabelece entre essências ou sentidos, entre “razões formais”, que podem
deixar subsistir a unidade do sujeito a que lhe são atribuídas. Não só a
univocidade do ser em relação à Deus e às criaturas se prolonga na univocidade
dos “atributos”, mas, sob a condição de sua infinitude, Deus pode possuir esses
atributos unívocos distintos sem nada perder de sua unidade.
O outro tipo de
“distinção”, a distinção modal, se estabelece entre o ser ou os atributos, por
um lado, e, por outro, as variações intensivas de que são capazes. Essas
variações, como os graus do branco, são modalidades individuantes das quais o
infinito e o finito constituem precisamente as intensidades singulares. Do
ponto de vista de sua própria neutralidade, o ser unívoco não implica, pois,
somente formas qualitativas ou atributos distintos, eles mesmos unívocos, mas
se reporta e os reporta a fatos intensivos ou graus individuantes que variam
seu modo sem modificar-lhe a essência enquanto ser. Se é verdade que a
distinção em geral reporta o ser à diferença, a distinção formal e a distinção
modal sãos os dois tipos sob os quais o ser unívoco, em si mesmo, por si mesmo,
se reporta à diferença. É com Espinosa que o ser unívoco deixa de ser
neutralizado, tornando-se expressivo, tornando-se uma verdadeira proposição
expressiva afirmativa. Todavia, subsiste ainda uma indiferença entre a
substância e os modos: a substância espinosista aparece independente dos modos,
e os modos dependem da substância, mas de outra coisa. Seria preciso que a
substância fosse dita dos modos e somente dos modos.
Tal condição só pode
ser preenchida à custa de uma subversão categórica mais geral, segundo a qual o
ser se diz do devir, a identidade se diz do diferente, o uno se diz do múltiplo
e assim por diante. Que a identidade não é a primeira, que ela existe como
princípio, que ela gira em torno do Diferente, tal é a natureza de uma
revolução copernicana que abre à diferença a possibilidade de seu conceito
próprio, em vez de mantê-la sob a dominação de um conceito geral já posto como
idêntico. Com o eterno retorno, Nietzsche não queria dizer outra coisa. O
eterno retorno não pode significar o retorno do Idêntico, pois ele supõe, ao
contrário, um mundo (o da vontade de potência) em que toda as identidades
prévias são abolidas e dissolvidas. Revir é o ser, mas somente o ser do devir.
O eterno retorno não faz o mesmo retornar, mas o revir constitui o único Mesmo
do que se torna. Revir é o devir-idêntico do próprio devir. Revir é, pois, a
única identidade, mas a identidade como potência segunda, a identidade da diferença,
o idêntico que se diz do diferente, que gira em torno do diferente. Tal
identidade, produzida pela diferença, é determinada como repetição. Do mesmo
modo a repetição do eterno retorno consiste em pensar o messo a partir do
diferente. Mas esse pensamento já não é de modo algum uma representação
teórica: ele opera praticamente uma seleção das diferenças segundo sua
capacidade de produzir, isto é, de retornar ou de suportar a prova do eterno
retorno. A roda do eterno retorno é, ao mesmo tempo, produção da repetição a
partir da diferença e seleção da diferença a partir da repetição.
Historicamente a ideia
de acontecimento dá ao conceito um aspecto diferente daquele pensado por
Aristóteles. Desta maneira, o pensamento filosófico contemporâneo de Gilles
Deleuze procura indicar novas saídas para a filosofia. É neste sentido que
nossa apreensão do mundo, dando-se através da superfície das coisas, nos faria
apreender além das coisas e suas imagens, os acontecimentos que as envolvem.
Deleuze quer tornar relevante a ideia praticada de que a linguagem e a
superfície estão relacionadas. O que pensamos e falamos sobre as coisas passa
pela superfície. O estatuto da ideia é superficial. A linguagem, somente atinge
a significação quando se dá na superfície. A significação somente é possível
pelo sentido que a envolve. O acontecimento sinaliza para o sentido como a
proposição para a linguagem. O que deve ser esclarecido é que Deleuze
particularmente aposta no conceito filosófico como incorporal. Por outro lado,
há também um fascínio de consciência do autor da Lógica do Sentido pela
obra de Lewis Carroll (1832-1898); diante desta, procura demonstrar que a obra
lógica de Carroll difere de sua obra fantástica exatamente pelo
tratamento dado ao sentido.
A obra de Lewis Carroll
representa um jogo do sentido, do não senso, um caos-cosmos. O sentido é
uma entidade não existente, ele com o “não-senso” têm relações particulares.
Lewis Carroll promoveu encenações do paradoxo, o que se aproxima dos estoicos
na constituição paradoxal com o sentido. “Alice e do outro lado do espelho”
tratam dos acontecimentos, dos acontecimentos puros. Simultaneidade do devir –
maiores do que éramos e menores do que nos tornamos, na medida em que se furta
o presente: o devir não suporta a cisão nem a diferença do antes (passado) e do
depois (futuro). A essência do devir é “puxar” nos dois sentidos ao mesmo
tempo. O bom senso é uma afirmação de um sentido determinável em todas as
coisas – o paradoxo, que afirma os dois sentidos ao mesmo tempo. O puro devir é
o ilimitado, matéria do simulacro, quando se furta a ação da ideia, quando
contesta ao mesmo tempo o modelo e a cópia: as coisas medidas se acham nas
ideias. O paradoxo desse puro devir quando é capaz de furtar-se ao presente é a
identidade do infinito de dois sentidos simultâneos: a) Alice - contestação da
identidade de pessoal, na aventura da perda do nome próprio, que é garantido
por um saber; b) o “eu” pessoal tem necessidade de Deus e do mundo.
Os substantivos e os adjetivos estão fundidos, paradas e repousos arrastados pelos verbos de puro devir, que desliza na linguagem dos acontecimentos, em que a identidade se perde para o eu, o mundo e Deus; c) o paradoxo destrói o bom senso como único sentido, destrói o senso comum como designação das identidades fixas. Enfim, o estatuto do sentido, a partir da filosofia estoica, tem no exprimível, no “lekton”, seu ponto de partida. Deleuze, na “Lógica do sentido”, procura demonstrar os filósofos que tratam o sentido de modo direto, fazendo-o aparecer na fronteira entre as proposições e as coisas. Pela via dos “incorporais”, ele acredita que temos um novo modo de pensar a lógica, sobretudo pelo fato do princípio de “não contradição” não atingir os incorporais. Desde Aristóteles, sabemos que este princípio fundamenta e garante a verdade das premissas. Consequentemente permite observar se, de premissas verdadeiras, seguem-se necessariamente conclusões verdadeiras: a prova da validade dos argumentos. Deleuze seguindo esta tradição também estabelece uma relação entre o sentido e o tempo, destacando o presente – que pertence aos corpos, o reino de Cronos -, e o tempo dos incorporais, denominado Aion, quer dizer através da compreensão da linguagem, o substantivo e os verbos apareceriam relacionados as dimensões de apreensão do tempo. A construção de edifícios na Coreia do Sul é caracterizada por um crescimento econômico impulsionado pelo setor imobiliário, que valoriza o investimento e a inovação arquitetônica, resultando em arranha-céus de ponta como a Lotte World Tower e projetos inovadores como a construção modular e a cidade flutuante “Oceanix Busan”.
A arquitetura sul-coreana combina tradição com modernidade, usando materiais e técnicas locais, ao mesmo tempo que explora o uso de energia renovável, ventilação natural e tecnologias digitais para criar ambientes mais eficientes e sustentáveis. O governo sul-coreano está implementando a tecnologia de construção modular, semelhante a peças de Lego, para casas alugadas, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental, diminuir custos e acelerar o processo de construção. A tecnologia de painéis de LED orgânicos (OLED) é usada em elevadores de alta velocidade, como os da Lotte World Tower, transformando a viagem em experiências imersivas com imagens virtuais. Energias Renováveis onde há um foco crescente em projetos de baixo consumo de energia, utilizando ventilação natural, isolamento e coberturas verdes, como exemplificado no Residencial Pan Gyo. Arquitetura Sustentável: A cidade flutuante Oceanix Busan, prevista para ser construída entre 2025 e 2028, é um projeto ambicioso para enfrentar as mudanças climáticas, com foco em estruturas adaptadas ao ambiente marinho.
Arranha-céus Modernos: A Coreia do Sul é conhecida por seus arranha-céus imponentes, como a Lotte World Tower, um dos edifícios mais altos do mundo, que reflete a inovação e o avanço tecnológico do país. Design Inspirado na Tradição: Arquitetos buscam incorporar elementos da arquitetura tradicional coreana nas construções modernas. O estilo tradicional hanok, com seus telhados de palha e pisos aquecidos, serve de inspiração para criar espaços que harmonizem com a natureza. Materiais e Técnicas Locais: Na arquitetura contemporânea, a utilização de materiais como tijolos de barro vermelho e a adaptação de técnicas tradicionais como o Dancheong (pintura colorida) são comuns para criar edifícios com texturas e acabamentos únicos. Em Meus 84 m², é um filme de suspense e mistério sul-coreano de 2025 escrito e dirigido por Kim Tae-joon, nascido em 16 de janeiro de 1988 na Coreia do Sul, oficialmente República da Coreia, também reconhecida somente como Coreia, é um país da Ásia Oriental, localizado na parte Sul da Península da Coreia. Sua única fronteira terrestre é com a Coreia do Norte, com a qual formou apenas um país até 1945. Faz fronteira a Leste com o Mar do Japão, a Sul com o Estreito da Coreia, que o separa do Japão, e a Oeste com o Mar Amarelo, uma das regiões costeiras do Pacífico, localizando-se entre a China, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. Com uma área aproximada de 417.000 km², é uma área de águas rasas, com uma profundidade máxima de 105 metros. Esse mar é particularmente reconhecido por ser “o ponto de desembarque de sedimentos trazidos pelos rios Huang He e Hai He, o que contribui para a sua cor amarelada”.
A região é também marcada pela presença de várias baías de grande porte, sendo a baía de Bohai a mais proeminente, embora historicamente tenha sido chamada de baía de Pechili ou Zhili. A profundidade do mar, em geral, é rasa, sendo o ponto mais profundo de 105 metros. A parte Sul do Mar Amarelo conecta-se ao Mar da China Oriental, com alguns estudiosos considerando-o parte integrante desse último. É uma das regiões costeiras do Pacífico, localizando-se entre a China, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. Kim Tae-joon é ator, reconhecido pelo seu trabalho em Invasão Zumbi 2: Península (2020), a península coreana ficou devastada após o surto de zumbis que atingiu os passageiros de um trem-bala com destino a Buscan há quatro anos. Com isso, um ex-soldado que conseguiu fugir do país, Jung-seok, tem a missão de retornar e acaba encontrando alguns sobreviventes; Sobreviventes - Depois do Terremoto (2023), quando depois de um grande terremoto, apenas um prédio de apartamentos sobrevive em Seul, na Coreia do Sul. Pessoas de fora lotam os apartamentos Hwang Gung, mas os moradores não conseguem lidar com o número crescente e Exhuma (2024), um filme de terror sul-coreano escrito e dirigido por Jang Jae-hyun e estrelado por Choi Min-sik , Kim Go-eun, Yoo Hae-jin e Lee Do-hyun. O filme inclui elementos de mistério e ocultismo e segue o processo de escavação de uma sepultura sinistra, que desencadeia consequências terríveis enterradas embaixo. Exhuma estreou na seção Fórum do 74º Festival Internacional de Cinema de Berlim em 16 de fevereiro de 2024. Foi lançado nos cinemas em 22 de fevereiro e recebeu críticas positivas dos críticos. O filme arrecadou US$ 93,9 milhões no mundo, tornando-se o filme sul-coreano de maior bilheteria de 2024 e o sexto de maior bilheteria de todos os tempos. Produzido pela Mizi Film, é estrelado por Kang Ha-neul, Yeom Hye-ran e Seo Hyun-woo que foram escalados para o filme em 2024, lançado na Netflix em 18 de julho de 2025.
Na cinegrafia o que deveria ser a realização de
um “sonho extraordinário”, se torna um pesadelo quando um jovem solitário
começa a “vivenciar barulhos estranhos e incessantes em seu recém-adquirido
apartamento”. Após gastar todas as suas economias na compra de um apartamento
próprio, Woo-seong finalmente parece ter conquistado um sonho antigo, apesar da
ruína financeira deixada por essa decisão. A felicidade de Woo-seong, porém, é
curta já que estranhos barulhos começam a perturbar sua paz durante a noite.
Quando todos os vizinhos passam a acusá-lo de ser o responsável pelos
misteriosos ruídos, o jovem decide encontrar a verdadeira origem desse som
perturbador e provar sua inocência. A jornada de Woo-seong “o colocará de
frente para os segredos inquietantes por trás das paredes”. Em abril de 2021,
Noh Woo-sung compra um apartamento de 84 m² em Seul por ₩ 1,1 bilhão. Ele
começa uma vida feliz lá com sua noiva, mas em agosto de 2024, o valor do
apartamento cai para a casa em torno dos 800 milhões. A pressão financeira leva
ao drástico rompimento do noivado, e Woo-sung, sobrecarregado com mais de ₩ 700 milhões
em empréstimos, concilia emprego diurno e um trabalho de entrega noturno para
sobreviver.
É um filme de terror sul-coreano de
2024 escrito e dirigido por Jang Jae-hyun e estrelado por Choi Min-sik , Kim
Go-eun , Yoo Hae-jin e Lee Do-hyun . O filme inclui elementos extraordinários de mistério e
ocultismo e segue o processo de escavação de uma sepultura sinistra, que
desencadeia consequências terríveis enterradas embaixo. Exhuma estreou na seção
Fórum do 74º Festival Internacional de Cinema de Berlim em 16 de fevereiro de
2024. Foi lançado nos cinemas em 22 de fevereiro e recebeu críticas positivas
dos críticos. O filme arrecadou US$ 93,9
milhões em todo o mundo, tornando-se o filme sul-coreano de maior bilheteria de
2024 e o sexto filme sul-coreano de maior bilheteria de todos os tempos. Certa
noite, após retornar de uma entrega, Woo-sung ouve um alarme misterioso e
acorda às 4h30. Ele vê uma vizinha do apartamento 1301, Joo-kyung, deixando um
bilhete em sua porta sobre reclamações de barulho. Apesar de sua negativa, ela
age de forma estranha, invade seu apartamento e o avisa enigmaticamente.
Procurando a fonte do barulho, Woo-sung visita os vizinhos dos andares
superiores, chegando finalmente à cobertura, onde Eun-hwa, a representante dos
moradores, sugere que o problema seja com o apartamento 1301 e o aconselha a
ter paciência. Mais tarde, Woo-sung ouve falar de uma oportunidade com
criptomoedas por meio de um amigo e, desesperado por alívio financeiro, vende
seu apartamento às pressas e compra GB Coin.
Como previsto, o valor
da moeda dispara, e ele fica temporariamente eufórico, até que vizinhos acusam
sua unidade de causar barulho. Para seu choque, um subwoofer escondido é
encontrado em seu apartamento e, após uma briga com o marido de Joo-kyung, ele é
preso sob suspeita de perturbação sonora e agressão. Enquanto está preso,
Woo-sung tenta vender suas moedas, mas não consegue, perdendo tudo. Suicida,
ele de repente ouve um barulho e vê luzes piscando na unidade 1301. Pegando um
martelo, ele desce as escadas apenas para ser interceptado por Jin-ho, outro
vizinho. Jin-ho percebe que Woo-sung pode ser inocente e decide investigar
Eun-hwa, suspeitando de corrupção mais profunda. Quando Eun-hwa os convida,
eles bolam um plano, mas ele falha depois que o marido de Eun-hwa os flagra
bisbilhotando. Mais tarde, Woo-sung descobre que o subwoofer de seu apartamento
estava sendo controlado via Wi-Fi vindo da casa de Jin-ho. Do ponto de vista
tecnológico o subwoofer é um tipo de alto-falante desenvolvido exclusivamente
para reproduzir frequências graves e subgraves, normalmente abaixo de 100 Hz.
Enquanto caixas acústicas convencionais cuidam das frequências médias e agudas,
o subwoofer se encarrega de trazer profundidade ao som, reforçando batidas,
explosões e detalhes graves que tornam a audição muito mais rica.
Fingindo ir à sauna,
ele troca as chaves e entra sorrateiramente na casa de Jin-ho,
descobrindo “um enorme sistema de alto-falantes, instalações de vigilância e dossiês
sobre todos os moradores”. Acontece que Jin-ho é um jornalista disfarçado que
está encenando o escândalo do barulho para expor fraudes na construção civil,
usando Woo-sung como bode expiatório. Jin-ho e Woo-sung invadem a cobertura
para confrontar Eun-hwa e seu marido. Durante o encontro, as alianças mudam.
Eun-hwa tenta matar Woo-sung, mas acaba sendo atacada por Jin-ho ferido.
Enquanto Jin-ho exige o livro-razão incriminador, Woosung o ignora, incendeia o
gasoduto e queima o contrato do apartamento e todas as evidências. Ele sai enquanto
o prédio explode e perde a consciência. Após se recuperar no hospital, ele
retorna à casa de sua infância para descansar e, em seguida, retorna ao seu
apartamento. Quando o barulho recomeça, ele cai na gargalhada histérica. James
Marsh, do South China Morning Post, deu-lhe a classificação de 3/5,
descrevendo-o como “uma melhoria acentuada” em relação ao trabalho do diretor
Kim Tae-joon, Unlocked (2023), a vida de uma mulher vira de ponta-cabeça
quando um homem perigoso encontra um celular perdido e começa a seguir tudo o
que ela faz. JK Sooja, da Common Sense Media, concedeu ao filme 2/5 estrelas.
Para a consciência, e a consciência filosófica considera que o pensamento que concebe constitui o homem real e, por conseguinte, o mundo só é real quando concebido -, portanto, o movimento das categorias surge como ato de produção real – que concebe um simples impulso do exterior, o que é lamentado – cujo conteúdo é o mundo; e isto é exato na medida em que a totalidade concreta enquanto totalidade-de-pensamento, enquanto concreto-de-pensamento, é de fato um produto do pensamento, da atividade de conceber; ele não é pois, de forma alguma o produto do conceito que engendra a si próprio, que pensa exterior e superiormente à observação imediata e à representação, mas um produto da elaboração de conceitos e categorias sociais a partir da observação imediata e da representação. O todo, afirma Marx, na forma em que aparece no espírito como todo-de-pensamento, é um produto do cérebro pensante, que se apropria do mundo do único modo que lhe é possível, melhor dizendo, de um modo que difere da apropriação desse mundo pela arte, pela religião, ipso facto pelo espírito prático. O que é satisfatório e compreensível metodologicamente é antes como depois, o objeto real conserva a sua independência fora do espírito; e isso durante o tempo social em que o espírito tiver uma atividade meramente especulativa, meramente teórica. Por consequência, nunca é demais repetir, também o emprego do método teórico é necessário que o objeto, a sociedade, esteja presente no espírito como dado primeiro. Em relação à propriedade, a categoria mais simples surge como a relação formada de comunidades de famílias ou tribos. Com uma área aproximada de 417.000 km², é uma área de águas rasas, com uma profundidade máxima de 105 metros.
Esse mar é particularmente reconhecido por ser o ponto de desembarque
de sedimentos trazidos pelos rios Huang He e Hai He, o que contribui para a sua
cor amarelada. A região é também marcada pela presença de várias baías
de grande porte, sendo a baía de Bohai a mais proeminente, embora
historicamente tenha sido chamada de baía de Pechili ou Zhili. A profundidade
do mar, em geral, é rasa, sendo o ponto mais profundo de 105 metros. A parte
sul do Mar Amarelo conecta-se ao Mar da China Oriental, com alguns estudiosos
considerando-o parte integrante desse último. Seu território compreende a
metade Sul da península coreana, englobando cerca de três mil ilhas que a
rodeiam, dentre as quais se destacam Jeju, Ulleungdo e os Rochedos de
Liancourt. A capital e maior cidade do país é Seul, cuja área metropolitana é a
segunda mais populosa do mundo, atrás apenas da área metropolitana de Tóquio,
no Japão. A Coreia é uma das civilizações mais antigas do mundo. afirmam que a
península foi ocupada desde o Paleolítico Inferior. Através do tempo, a
história da Coreia tem sido turbulenta com numerosas guerras, incluindo
invasões tanto chinesas quanto japonesas.
Desde o estabelecimento
da República moderna em 1948, a Coreia do Sul debateu-se com sequelas de
conflitos bélicos, como a Guerra da Coreia (1950–1953), e décadas de
governos autoritários. Apesar de ser oficialmente uma democracia de estilo
ocidental desde a fundação da República, as eleições presidenciais sofreram
grandes irregularidades que só terminaram em 1987, quando ocorreram as
primeiras eleições diretas e o país passou a ser considerado uma democracia
multipartidária. Sua economia tem crescido rapidamente desde a década de 1950.
Hoje em dia, é a 13ª maior economia do mundo (por PIB PPA) e está classificado
como um dos países mais desenvolvidos do mundo pela Nações Unidas, pelo Banco
Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Também se encontra entre os
países mais avançados tecnologicamente e um dos melhores em comunicações; é o
terceiro país com o maior número de usuários da rede Internet de banda larga
entre os países-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), é uma organização internacional com sede em Paris, centralizada
em promover a cooperação social e a adoção de políticas econômicas e sociais
que promovam a democracia, o crescimento econômico e o desenvolvimento
sustentável entre os países membros e parceiros. Fundada em 1960, a OCDE é
composta por 38 membros e é reconhecida por seu papel na criação de padrões
internacionais e na promoção de boas práticas de governança, tendo a qualidade
do seu PIB per capita e indicadores de desenvolvimento humano como critérios
para a associação. Fomenta políticas públicas. A organização reúne governos
para discutir e comparar políticas públicas em áreas como economia, finanças,
comércio, educação, ciência e inovação, com o objetivo de melhorar a eficiência
e a transparência no sentido global do termo.
A OCDE desenvolve e promove o uso de textos multilaterais e outros instrumentos para estabelecer padrões convergentes em várias áreas. Produz pesquisas e estatísticas. Realiza pesquisas, compila dados e estatísticas sobre economias de países membros e não membros para auxiliar na formulação de políticas públicas e no monitoramento de tendências globais. Realiza intercâmbio de experiências: Promove a troca de experiências e as melhores práticas entre países, utilizando mecanismos como o peer review (“revisão por pares”) para avaliar as políticas adotadas. Processo de adesão: O Brasil está em processo de adesão à OCDE, sendo um país parceiro estratégico desde 1990 e tendo recebido um convite formal em 2022 para se tornar membro pleno. Benefícios da adesão: Para o Brasil, aderir à OCDE significa consolidar sua agenda de reformas, aumentar a credibilidade internacional, e ter voz na formulação de padrões globais. Participação atual: Mesmo antes da adesão formal, o Brasil já participa de diversos comitês, grupos de trabalho e fóruns da OCDE, demonstrando um envolvimento ativo na organização, sendo também um dos líderes globais na produção de aparelhos eletrônicos, como dispositivos semicondutores e telefones celulares. Também conta com uma das infraestruturas mais avançadas do mundo, e é o líder da indústria de construção naval, encabeçada por companhias proeminentes, entre elas a Hyundai Heavy Industries. Desde o início dos anos 2000, a Coreia do Sul é conhecida por sua cultura pop globalmente influente apoiada por financiamentos governamentais, particularmente na música (K-pop), dramas de TV e cinema, um fenômeno reconhecido tendo como representação social a Onda Coreana.
Na sociedade num
estágio superior, vale lembrar que ela aparece como a relação mais simples de uma organização
mais desenvolvida. Mas pressupõe sempre o substrato concreto que se exprime por
uma relação de posse. O dinheiro pode existir e existiu historicamente antes de
existir o capital, os bancos, o trabalho assalariado, etc. Nesse sentido,
podemos dizer que a categoria de trabalho mais simples pode exprimir relações
dominantes de um todo menos desenvolvido ou, pelo contrário, sendo relações
subordinadas de um todo mais desenvolvido, relações que existiam já
historicamente antes que o todo se desenvolvesse no sentido que encontra a sua
expressão numa categoria concreta. Assim, abstração mais simples, que a
economia política moderna coloca em primeiro lugar e que exprime uma relação
muito antiga e válida para todas as formas de sociedade, só aparece, no
entanto, sob esta forma abstrata como verdade prática enquanto categoria da
sociedade mais moderna. Poder-se-ia dizer que esta indiferença constituída nas
relações sociais em relacionadas a forma determinada de trabalho, que se
apresenta noutros países como produto histórico, se manifesta como uma
disposição natural. Este saber-trabalho demonstra com toda evidência que até as
categorias mais abstratas, ainda que válidas, precisamente por causa de sua
natureza abstrata, para todas as épocas, não são menos, sob a forma determinada
desta abstração, o produto de condições históricas e só se encontram plenamente
válidas nestas condições e no quadro de pensamento destas condições.
O espírito individual
pode alcançar a sua autonomia relativa como sujeito, jogando com a dupla
dependência que, ao mesmo tempo, o constrange, limita e alimenta. Pode jogar,
pois há margem, entre hiatos, aberturas, defasagens. Entre o bioantropológico e
o sociocultural, o ser individual e a sociedade. Assim, a possibilidade de
autonomia relativa do espírito individual está inscrita no princípio de seu
conhecimento disciplinar. E isso em nível de seu conhecimento cotidiano, quanto
em nível de pensamento seja filosófico ou científico. Não por acaso, na
explicação teórica científico-social, um dos níveis de análise de interpretação
da realidade importantes da filosofia, a teoria do conhecimento, vem se
ocupando, de um modo ou de outro, de algumas das questões que integram a
problemática daquilo que, a partir do século XIX, viria a ser designado, numa
categoria social, como ideologia. De forma
proporcional e inversamente: quanto mais o sujeito conhece, mais ele se dá
conta do quanto desconhece. E foi essa constatação que levou Nicolau de Cusa
(1401-1464), no início desta fase avançada do Renascimento, a sustentar a ideia
da douta ignorância, isto é, a tese filosófica de que “o verdadeiro
sábio é o que se sabe ignorante”. O pensador propunha uma nova forma de pensar
o conhecimento.
Ele dizia: não podemos conceber a infinitude de Deus, pois só podemos lidar com a concepção humana do infinito, por isso o conhecimento que temos das coisas finitas que compõem o nosso mundo é sempre limitado, imperfeito, levando-nos a erro de interpretação. Deus representa o Absoluto Máximo, é absolutamente incomparável, pois nosso conhecimento do real é obtido por comparação e inevitavelmente em contradições. Só nos cabe, então, segundo Nicolau Cusa (1401-14640) ou Nicolau Krebs ou Chrypffs um cardeal da Igreja Católica Romana, um dos primeiros filósofos do humanismo renascentista, e autor de inúmeras obras, sendo a principal delas Da Douta Ignorância, publicada em 1440, isto é, ser humildes, debruçar-nos com modéstia sobre as contradições do mundo em que vivemos. Ocorre que em diversas ocasiões hic et nunc na história da filosofia, surgiram reflexões segundo as quais, além das enormes dificuldades intrínsecas da construção social do conhecimento, o esforço cognitivo do conhecer enfrenta, pressões deformadoras provenientes de alguns elementos constitutivos da cultura e da sociedade onde o sujeito cognoscente vive. Uma das reflexões mais vigorosas dedicadas a esse tema, ainda nas franjas do Renascimento, pode ser encontrada no ensaio: Novum Organum, do filósofo empirista inglês Francis Bacon (1561-1626), preocupado com a exagerada abstratividade das teorias filosóficas tradicionais, herdadas na démarche histórica complexa da Idade Média, levou a uma enérgica revalorização do conhecimento que permanecesse próximo do nível empírico, da experiência, da observação humana direta dos fatos sociais. Para ele, era preciso levar os seres humanos “ao trato das coisas”, para ajuda-los a se libertar do cipoal literário de interpretação falsas ou ilusões que lhe eram inculcadas a que Francis Bacon chamava de ídolos.
De acordo com Francis Bacon (1561-1626), quatro eram as representações, ou espécies de ídolos: os ídolos das tribos, os ídolos das cavernas, os ídolos do foro e os ídolos do teatro. Os primeiros eram as conveniências específicas em torno do gênero humano, que os homens acreditavam que são, automaticamente, a expressão correta da realidade da natureza e do mundo. Os ídolos da caverna eram as conveniências de cada indivíduo como tal, que levam cada pessoa a acreditar que sua opinião tem, naturalmente validade geral. Os ídolos do foro provinham da comunicação social entre os indivíduos através da linguagem e da imperfeição das palavras, o que resulta “numa adaptação dos homens à inépcia comunicativa”. Havia ainda os ídolos do teatro, resultantes do fato social que todas as ideias – filosóficas, científicas ou meras crendices e superstições – chegam á alma crédula da população na forma de “verdades” encenadas, sancionadas pela autoridade encarnada da tradição e fortalecidas pela capacidade de simplificar as ideias, tornando-as agradáveis e lisonjeiras para as pessoas. Embora combata a representação dos ídolos, Bacon descreve um quadro pouco alentador, que reconhece de maneira realista, nas condições de seu tempo, a força colossal de que esses ídolos dispõem.
Outro pensador
renascentista que abordou a questão da ideologia, segundo o filósofo marxista
Leandro Konder (1936-2014), “sem nomeá-la”, foi o francês Michel de Montaigne,
que denunciava a “estreiteza ideológica” de sua própria cultura, ela europeia.
Observando a conquista da América e o brutal desrespeito com que os
conquistadores lidavam com as culturas de outros povos (os outros), Montaigne
escreveu: - “Nós os chamamos de bárbaros ou povos do [chamado] Novo Mundo,
porém nós os superamos em todos tipos de barbárie”. Dois séculos mais tarde,
outro pensador francês Denis Diderot, retomou a crítica de Michel de Montaigne
(1533-1592) à “presunção do eurocentrismo” e procurou aprofundar sua análise do
fenômeno, no Suplemento à viagem de Bougainville. Diderot sugere que a
pretensão de universalidade da cultura dos conquistadores e o comportamento
predatório dos europeus no processo de expansão colonial estavam ligados à
espinhosa questão da propriedade privada. Para um filósofo do Século das Luzes,
um movimento progressivo político-intelectual que surgiu na Europa no século
XVIII, ainda não era possível aprofundar a reflexão filosófica sobre a
complicada relação entre a busca da universalidade do conhecimento, de um lado,
e os desejos individuais e interesses particulares, de outro. No primeiro
diálogo do livro, um personagem determinado historicamente afirma que os
selvagens possuem a terra em comum e assim levam uma vida mais pacífica que a
dos povos civilizados, já que “toda guerra nasce de uma pretensão comum à mesma
propriedade”. No segundo diálogo, um velho taitiano recrimina os brancos,
dizendo-lhes: - “Aqui, tudo é de todos. E vocês chegaram para estabelecer uma
diferença entre o teu e o meu”.
O Iluminismo tendia a confiar demasiado no conhecimento. Os iluministas tendiam a acreditar que todas as questões, em princípio, poderiam ser adequadamente resolvidas no plano da teoria, se recebessem um tratamento teoricamente correto. Para eles, era difícil pensar que mesmo as boas teorias precisam, modestamente, se remeter à vida, à ação, à história. Havia na perspectiva abstrata dos teóricos das Luzes um otimismo em torno da palavra otimismo surgido na primeira metade do século XVIII. Embora alguns dos campeões da causa ilustrada tenham sido perseguidos e encarcerados pela repressão, eles tinham confiança no futuro e tendiam a crer que o poder de persuasão da argumental racional e a difusão de conhecimentos científicos produziram efeitos devastadores sobre as bases mais resistentes dos males humanos; a ignorância, o preconceito e a superstição. Essa confiança no que estavam e no que estavam pensando animava os pensadores nas batalhas das ideias que travavam; porém, ao mesmo tempo, lhes atenuava as inquietações quando se debruçavam sobre si mesmos e se perguntavam sobre a legitimidade e a confiabilidade de seus conhecimentos. O período napoleônico, agravou esses abalos, atingindo a consciência de amplos setores humanos, alterando seu estado de espírito. As pessoas não conseguiam mais se satisfazer com explicações racionalistas, ao se verem envolvidas em situações sociais de tensão e incertezas.
Foi neste ínterim que
Destutt de Tracy (2012), retomando ideias dos clássicos (iluministas) das
Luzes, especialmente de Condillac, publicou seu livro Elementos de ideologia,
em 1801. Ele não estava sozinho; ele
integrava um grupo de intelectuais – os ideólogos – que se dispunham a prestar
aos próceres detentores do poder uma assessoria esclarecedora, orientando-os no
sentido de promover o aprimoramento das instituições. Para passar a uma
reflexão mais aprofundada sobre a questão abstrata da ideologia, os teóricos
imbuídos de espírito crítico radical precisavam assimilar um pressuposto que
ainda não estava disponível nas condições da cultura francesa: uma nova
abordagem dos problemas do sujeito como construtor do conhecimento (Immanuel
Kant) e como criador da própria realidade conhecida (Friedrich Hegel). Mas o
termo sujeito é mais complexo do que se imagina. Vale a pena recorrer à
etimologia, para atentar compreendê-lo melhor. A palavra existia no latim
medieval, escolástico, empregada em contraposição a objectus. Em sua origem
latina, anterior ao seu uso medieval, subjectus é o particípio passado do verbo
subjecere, ou subicere, que, entre muitos outros sentidos, significa submeter,
subjugar; é composto de sub (embaixo) e jacere (jogar). Subjectus, em assim
sendo, significa arremessado (lançado) embaixo (sub) de algo ou de alguém. Isto
quer dizer o seguinte: significaria sujeitado, subordinado (posto por uma
ordem) ou subalterno, posto sob o comando de um alter, de um outro. Em sua
acepção mais antiga, o termo significava, pois, redução à passividade: o
sujeito sujeitado. E ainda marca a palavra francesa sujet,
que podemos traduzir para o português também como assunto, isto é, o tema, a
matéria, o objeto de um relato etnográfico ou de uma conversa.
Contudo, paralelamente à história antiga, o termo passou a se firmar com um sentido interpretativo no debate das ideias imediatamente novo, na direção do pensamento abstrato e epistemológico da distinção entre sujeito e objeto, já presente em escritores latinos e pari passu no latim escolástico. A reflexão de juventude nos ensaios Marx e Engels sobre a questão da ideologia passou a se desenvolver criticamente a partir do famoso “ajuste de contas de sua consciência filosófica com Hegel”. Foi na Crítica do Direito Público Hegeliano, escrita em Kreuznach, uma cidade localizada no estado da Renânia-Palatinado, Alemanha, em meados de 1843, que Marx se insurgiu contra o modo de Hegel interpretar a relação do Estado com a sociedade civil. Os Manuscritos de Kreuznach formam um momento único na história da filosofia, momento em que um pensador ainda imaturo enfrentou, num combate decisivo, a obra de um filósofo consagrado, no seu momento de mais extremado conservadorismo. E não se intimidou com a estatura de seu adversário. Ao contrário, encarou-o com sabedoria e irreverência, seguindo o desenrolar de sua argumentação por meio de citações do texto que se faziam acompanhar de uma refutação indignada e ferina. Sem o instrumental necessário de preparação abstrata da teoria para tal confronto intelectual, Marx serve-se, em grande parte, do materialismo antropológico de Ludwig Feuerbach (1804-1872), com o qual este apresenta a sua crítica da religião, como também da filosofia rousseauniana, para realizar a pretendida crítica analítica da política; esta consubstanciada no Estado prussiano justificado pelo conservadorismo político de Friedrich Hegel (1770-1831).
Mas Marx permanecerá enredado no idealismo hegeliano, embora com perspectivas de superação de tal idealismo estacionário que, ao fundir ser e pensar, real e racional, finito e infinito, acaba por aceitar toda a sorte de injustiças sócio-políticas do momento. Isto é, segundo sua concepção dialética que só deve ser justificada pela apresentação do próprio sistema, e exprimir não como substância, mais precisamente como sujeito. Na sociedade num estágio superior, ela aparece como a relação mais simples de uma organização mais desenvolvida. Mas pressupõe sempre o substrato concreto que se exprime por uma relação de posse. O dinheiro pode existir e existiu historicamente antes de existir o capital, os bancos, o trabalho assalariado, etc. Nesse sentido, podemos dizer que a categoria de trabalho mais simples pode exprimir relações dominantes de um todo menos desenvolvido ou, pelo contrário, sendo relações subordinadas de um todo mais desenvolvido, relações que existiam já historicamente antes que o todo se desenvolvesse no sentido que encontra a sua expressão numa categoria concreta. Assim, abstração mais simples, que a economia política moderna coloca em primeiro lugar e que exprime uma relação muito antiga e válida para todas as formas de sociedade, só aparece, no entanto, sob esta forma abstrata como verdade prática enquanto categoria da sociedade mais moderna. Poder-se-ia dizer que esta indiferença constituída nas relações sociais em relacionadas a forma determinada de trabalho, que se apresenta noutros países como produto histórico, se manifesta como uma disposição natural. Este saber-trabalho mostra com toda evidência que até as categorias mais abstratas, ainda que válidas, precisamente por causa de sua natureza abstrata, para todas as épocas, não são menos, sob a forma determinada desta abstração, o produto de condições históricas e só se encontram plenamente válidas nestas condições e no quadro de pensamento destas condições.
O espírito individual
pode alcançar a sua autonomia relativa como sujeito, jogando com a dupla
dependência que, ao mesmo tempo, o constrange, limita e alimenta. Pode jogar,
pois há margem, entre hiatos, aberturas, defasagens. Entre o bioantropológico e
o sociocultural, o ser individual e a sociedade. Assim, a possibilidade de
autonomia relativa do espírito individual está inscrita no princípio de seu
conhecimento disciplinar. E isso em nível de seu conhecimento cotidiano, quanto
em nível de pensamento seja filosófico ou científico. Não por acaso, na
explicação teórica científico-social, um dos níveis de análise de interpretação
da realidade mais importantes da filosofia, a teoria do conhecimento, vem se
ocupando, de um modo ou de outro, de algumas das questões que integram a
problemática daquilo que, a partir do século XIX, viria a ser designado, numa
categoria social, como ideologia. Isto
quer dizer o seguinte, de forma proporcional e inversamente: quanto mais o sujeito
conhece, mais ele se dá conta do quanto desconhece. E foi essa constatação que
levou Nicolau de Cusa (1401-1464), no início desta fase historicamente avançada
do Renascimento, a sustentar a ideia da douta ignorância, isto é, a tese
filosófica de que “o verdadeiro sábio é o que se sabe ignorante”. O pensador
propunha uma nova forma de pensar o conhecimento. Ele dizia: não podemos
conceber a infinitude de Deus, pois só podemos lidar com a concepção humana do
infinito, por isso o conhecimento que temos das coisas finitas que compõem o
nosso mundo é sempre limitado, imperfeito, levando-nos a erro de interpretação.
Deus representa o
Absoluto Máximo, é absolutamente incomparável, pois nosso conhecimento do real
é obtido por comparação e inevitavelmente em contradições. Só nos cabe, então,
segundo Nicolau Cusa, ser humildes, debruçar-nos com modéstia sobre as
contradições do mundo em que vivemos. Ocorre que em diversas ocasiões hic et
nunc na história da filosofia, surgiram reflexões segundo as quais, além das
enormes dificuldades intrínsecas da construção social do conhecimento, o
esforço cognitivo do conhecer enfrenta, pressões deformadoras provenientes de
alguns elementos constitutivos da cultura e da sociedade onde o sujeito
cognoscente vive. Uma das reflexões mais vigorosas dedicadas a esse tema, ainda
nas franjas do Renascimento, pode ser encontrada no ensaio: Novum Organum, do
filósofo empirista inglês Francis Bacon (1561-1626), preocupado com a exagerada
abstratividade das teorias filosóficas tradicionais, herdadas na démarche
histórica complexa da Idade Média, levou a uma enérgica revalorização do
conhecimento que permanecesse próximo do nível empírico, da experiência, da
observação humana direta dos fatos. Para ele, era preciso levar os seres
humanos “ao trato das coisas”, para ajuda-los a se libertar do cipoal literário
de interpretação de noções falsas ou ilusões que lhe eram inculcadas a que
Francis Bacon chamava de ídolos.
De acordo com Francis
Bacon (1561-1626), quatro eram as representações ou espécies de ídolos: os ídolos das tribos,
os ídolos das cavernas, os ídolos do foro e os ídolos do
teatro. Os primeiros eram as conveniências específicas em torno do gênero
humano, que os homens acreditavam que são, automaticamente, a expressão correta
da realidade da natureza e do mundo. Os ídolos da caverna eram as conveniências
de cada indivíduo como tal, que levam cada pessoa a acreditar que sua opinião
tem, naturalmente validade geral. Os ídolos do foro provinham da comunicação
social entre os indivíduos através da linguagem e da imperfeição das palavras,
o que resulta “numa adaptação dos homens à inépcia comunicativa”. Havia ainda
os ídolos do teatro, resultantes do fato social que todas as ideias –
filosóficas, científicas ou meras crendices e superstições – chegam á alma
crédula da população na forma de “verdades” encenadas, sancionadas pela
autoridade encarnada da tradição e fortalecidas pela capacidade de simplificar
as ideias, tornando-as agradáveis e lisonjeiras para as pessoas. Embora combata
a representação dos ídolos, Bacon descreve um quadro pouco alentador, que
reconhece de maneira realista, nas condições de seu tempo, a força colossal de
que esses ídolos dispõem.
A Península Coreana foi
habitada por humanos já no período Paleolítico Inferior. A história da Coreia
começa com a fundação de Joseon, também reconhecido como “Gojoseon” para
diferenciá-la da dinastia do século XIV em 2 333 a.C. por Dangun, de acordo com
a mitologia de fundação da Coreia. Gojoseon foi anotado em registros chineses
no início do século VII. Gojoseon se expandiu até controlar o norte da
península e partes da Manchúria. Em 108 a.C., a Dinastia Han derrotou Wiman
Joseon e instalou quatro comandantes no norte da península. Três dos
comandantes caíram ou recuaram para o oeste em poucas décadas. Como o comando
do jun de Lelang foi destruído e reconstruído nessa época, o lugar gradualmente
mudou-se em direção a Liaodong. Assim, sua força foi diminuída e serviu apenas
como um centro comercial até ser conquistada por Goguryeo em 313. Durante o
período conhecido como Proto-Três Reinos da Coreia, os Estados de Buyeo, Okjeo,
Dongye e Samhan ocuparam toda a península coreana e o sul da Manchúria. Deles,
Goguryeo, Baekje e Silla emergiram para controlar a península como os Três
Reinos da Coreia. Goguryeo, o maior e mais poderoso entre eles, era um Estado
altamente militarista, e competiu com várias dinastias chinesas durante seus
700 anos de existência. Goguryeo experimentou uma idade de ouro sob o comando
de Gwanggaeto, o Grande, e seu filho, Jangsu, que subjugou os reinos de Baekje
e Silla, alcançando breve unificação e tornando-se a potência dominante na
Península Coreana.
Além de disputar o
controle da região, Goguryeo teve muitos conflitos militares com várias
dinastias chinesas, mais notavelmente a Guerra Goguryeo-Sui, na qual Goguryeo
derrotou uma enorme força que dizia ter mais de um milhão de homens. Baekje era
uma grande potência marítima; sua habilidade náutica, que a tornou conhecida
como a “Fenícia do Leste Asiático”, foi fundamental na disseminação do budismo
em todo o Extremo Oriente e a cultura continental para o Japão. Baekje já foi
uma grande potência militar na Península Coreana, especialmente durante a época
de Geunchogo, mas foi criticamente derrotado por Gwanggaeto, o Grande, e
declinou. Silla era o menor e mais fraco dos três reinos, mas usou meios
diplomáticos astutos para fazer pactos oportunistas e alianças com os reinos
coreanos mais poderosos e, eventualmente, com a China Tang, para manter sua
vantagem. A unificação dos Três Reinos por Silla em 676 levou ao período dos
Estados do Norte do Sul, no qual grande parte da Península Coreana era
controlada pela Silla unificada, enquanto Balhae controlava as partes do norte
de Goguryeo. Balhae foi fundada por um general goguryeo e formada como Estado
sucessor de Goguryeo. Durante seu apogeu, Balhae controlou a maior parte da
Manchúria e partes do Extremo Oriente Russo e foi chamado de “País Próspero do
Oriente”.
Silla teve uma era
dourada de arte e cultura. As relações entre a Coreia e a China permaneceram
relativamente pacíficas durante esse período. Mais tarde, Silla continuou as
proezas marítimas de Baekje e durante os séculos VIII e IX dominou os mares do
Leste Asiático e o comércio entre China, Coreia e Japão, principalmente durante
o tempo de Jang Bogo; além disso, o povo de Silla criou comunidades no exterior
na China, na península de Shandong e na foz do rio Yangtze. Mais tarde, Silla
se tornou um país próspero e rico e sua capital metropolitana, Gyeongju, se
tornou a quarta maior cidade do mundo. O budismo floresceu durante este tempo e
muitos budistas coreanos ganharam grande fama entre os budistas chineses. Em
936, os Três Reinos posteriores foram unidos por Wang Geon, um descendente da
nobreza de Goguryeo, que estabeleceu Goryeo como o Estado sucessor de Goguryeo.
Balhae caiu para a Dinastia Liao, da China, em 926, e uma década depois o
último príncipe herdeiro de Balhae fugir para Goryeo, onde foi calorosamente
recebido e incluído na família governante por Wang Geon, unificando assim as
duas nações sucessoras de Goguryeo. Como Silla, Goryeo era um Estado altamente
cultural e inventou a prensa móvel. Após derrotar a Dinastia Liao, que foi o
império mais poderoso de seu tempo, Goryeo experimentou uma era de ouro que
durou um século, durante a qual a Tripitaka Koreana foi concluída e
houve grandes desenvolvimentos na impressão e publicação, promovendo a
aprendizagem e dispersando o conhecimento sobre filosofia, literatura, religião
e ciência; em 1100, havia 12 universidades que produziam estudiosos e
cientistas famosos.
No entanto, as invasões
mongóis no século XIII enfraqueceram muito o reino. Goryeo nunca foi
conquistada pelos mongóis, mas exausta após três décadas de luta, a corte
coreana enviou seu príncipe herdeiro à capital da Dinastia Yuan para jurar
lealdade a Kublai Khan, que aceitou e casou uma de suas filhas com o príncipe
coreano. Daí em diante, Goryeo continuou a governar a Coreia, embora como um
aliado tributário dos mongóis pelos 86 anos seguintes. Durante este período, as
duas nações se entrelaçaram, pois todos os reis coreanos subsequentes se
casaram com princesas mongóis e a última imperatriz yuan foi uma princesa
coreana. Em meados do século XIV, Goryeo expulsou os mongóis para recuperar
seus territórios do Norte, conquistou Liaoyang brevemente e derrotou as
invasões dos Turbantes Vermelhos. No entanto, em 1392, o general Yi Seong-gye,
que recebera ordens de atacar a China, deu meia-volta com seu exército e deu um
golpe de Estado. Yi Seong-gye declarou o novo nome da Coreia como “Joseon” em
referência a Gojoseon, e mudou a capital para Hanseong um dos antigos nomes de
Seul. Os primeiros 200 anos da Dinastia Joseon foram marcados pela paz e
grandes avanços na ciência e na educação, bem como a criação do hangul por
Sejong, o Grande, para promover a alfabetização entre as pessoas comuns. A
ideologia predominante da época era o neoconfucionismo, que era simbolizado
pela classe seonbi: nobres que renunciaram a posições de riqueza e poder para
levar uma vida de estudo e integridade.
Entre 1592 e 1598, o
senhor feudal japonês Toyotomi Hideyoshi lançou invasões contra a Coreia, mas
seu avanço foi interrompido pelas forças coreanas, principalmente a Marinha
Joseon liderada pelo almirante Yi Sun-sin e seu famoso “navio tartaruga” com a
assistência de milícias do Exército da Justiça formadas por civis coreanos e
tropas chinesas da Dinastia Ming. Por meio de uma série de batalhas de desgaste
bem-sucedidas, as forças japonesas foram forçadas a se retirar e as relações
entre todas as partes se normalizaram. No entanto, os manchus se aproveitaram
do estado enfraquecido pela guerra de Joseon e invadiram em 1627 e 1637, e
então conquistaram a desestabilizada Dinastia Ming. Depois de normalizar as
relações com a nova Dinastia Qing, Joseon viveu um período histórico-social de
paz de quase 200 anos. Os reis Yeongjo e Jeongjo lideraram particularmente um
novo renascimento da dinastia Joseon durante o século XVIII. No século XIX, as famílias reais de
parentesco ganharam o controle do governo, levando à corrupção em massa e ao
enfraquecimento do Estado, pobreza extrema e rebeliões camponesas em todo o
país. Além disso, o governo Joseon adotou uma política isolacionista estrita,
ganhando o apelido de "reino eremita", mas acabou falhando em se
proteger do imperialismo e foi forçado a abrir suas fronteiras. Após a Primeira
Guerra Sino-Japonesa e a Guerra Russo-Japonesa, a Coreia foi ocupada pelo Japão
(1910–1945). No final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos propuseram
dividir a Península Coreana em duas zonas de ocupação (uma estadunidense e
outra soviética).
Dean Rusk e Charles H.
Bonesteel III sugeriram o 38º paralelo como a linha divisória, uma vez que
colocou Seul sob o controle dos Estados Unidos. Para surpresa de Rusk e
Bonesteel, os soviéticos aceitaram sua proposta e concordaram em dividir a
Coreia. Em 1948, como consequência da divisão da península entre soviéticos e norte-americanos,
surgiram duas novas entidades que permanecem até hoje: a Coreia do Norte e a
Coreia do Sul. No Norte, um guerrilheiro antijaponês chamado Kim Il-sung
obteve o poder através do apoio soviético; no Sul, um político de direita,
Syngman Rhee, foi nomeado como presidente. Em 1949, o exército sul-coreano
reprime brutalmente uma insurreição de camponeses na ilha de Jeju, matando 60 mil
pessoas. Em 25 de junho de 1950, a Coreia do Norte invade a Coreia do Sul,
dando início à Guerra da Coreia. O Conselho de Segurança das Nações Unidas
decidiu intervir contra a invasão com uma força liderada pelos Estados Unidos
da América. Essa decisão só foi possível porque o delegado da União Soviética
no Conselho de Segurança das Nações Unidas esteve ausente como forma de
protesto pela admissão da República da China naquele órgão.
Por sua parte, a União
Soviética e a China decidiram apoiar a Coreia do Norte, enviando efetivos
militares e provisões para as tropas norte-coreanas. A guerra acabaria com
baixas maciças de civis norte e sul-coreanos. O armistício de 1953 dividiu a
península ao longo da Zona Desmilitarizada da Coreia, traçada muito próxima à
linha da demarcação original. Nenhum tratado de paz foi firmado, e tecnicamente
os dois países continuaram em guerra. Estima-se que 2,5 milhões de pessoas
morreram durante o conflito. Em 1960, um movimento estudantil e trabalhista com
a Revolução de Abril levou à renúncia do presidente Syngman Rhee. A este evento
seguiu-se um período de instabilidade política, que culminaria com um golpe de Estado
um ano depois, liderado pelo general Park Chung-hee (o “5–16 coup d` État”).
Park foi duramente criticado como um ditador sem piedade e pela repressão
política ocorrida durante o seu mandato; porém, a sua economia se desenvolveu
de maneira significativa, pois o regime incentivou o rápido crescimento
econômico impulsionando as exportações. Park foi presidente até ser assassinado
em 1979. Os anos que se seguiram após o assassinato de Park foram novamente
marcados por grande agitação política, assistindo-se a múltiplas tentativas de
tomada do poder presidencial por parte dos líderes da oposição anteriormente
reprimidos.
Em 1980, realizou-se um outro golpe de estado, liderado pelo general Chun Doo-hwan contra o governo transitório de Choi Gyuha, que ocupou o cargo de primeiro-ministro da Coreia do Sul durante o mandato de Park. Quando Chun assumiu a presidência houve protestos a nível nacional exigindo democracia e legalidade nas eleições. Comparação do crescimento econômico da Coreia do Sul (azul) e da Coreia do Norte (vermelho) entre 1950 e 2016. A Coreia do Sul teve crescimento médio do PIB de 10% ao ano no período chamado de “Milagre do Rio Han”. Chun e o seu governo mantiveram a Coreia do Sul sob um regime despótico até 1987, quando manifestações de trabalhadores e de grupos opositores eclodiram por todo o país. Finalmente, o partido político de Chun (Partido Democrático de Justiça) e seu líder, Roh Tae-woo, deram a conhecer a declaração de 29 de junho, que incluía as chamadas eleições diretas para eleger o novo presidente. Roh ganhou as eleições por uma estreita margem contra os dirigentes dos principais partidos políticos de oposição, Kim Dae-jung e Kim Young-sam. Em 1988 Seul organizou os Jogos Olímpicos de Verão, e em 1996 continuou seu desenvolvimento econômico que levou o país à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Como a maioria de seus vizinhos asiáticos, a economia local foi afetada pela crise financeira asiática de 1997. O país foi capaz de se recuperar e continuar o seu crescimento e a ser um dos principais tigres asiáticos.
Em junho de 2000 foi celebrada pelo presidente Kim Dae-jung a Declaração de Paz e Prosperidade, em Pyongyang, capital da Coreia do Norte. Mais tarde, nesse mesmo ano, Kim recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho para a democracia e os direitos humanos na Coreia do Sul e no Leste asiático em geral e para a paz e reconciliação com a Coreia do Norte em particular. Em 2002, Coreia do Sul e Japão foram anfitriões da Copa do Mundo. Mais tarde, as relações entre ambas as nações se deterioraram, devido ao conflito sobre a possessão dos Rochedos de Liancourt. Em 2004, um escândalo político levou ao impeachment do presidente Roh Moo-hyun, mas ele foi absolvido e permaneceu no cargo. Em outubro de 2012, com a quase totalidade dos votos apurados, Park Geun-hye, filha do ex-presidente Park Chung-hee, foi eleita a primeira mulher presidente da história do país, com 51,6% dos votos válidos, ante 48,4% do seu adversário Moon Jae-in. Em abril de 2014, o naufrágio do Sewol levou à exoneração do primeiro-ministro Chung Hong-won. Em 2016, estoura uma crise política no país, após revelações de que Choi Soon-sil, amiga pessoal da presidente sul-coreana, envolvia-se nas decisões do governo mesmo sem possuir cargo público, levando ao afastamento da presidente no dia 9 de dezembro, assumindo interinamente o primeiro-ministro Hwang Kyo-ahn.
Em 10 de março de 2017 (data local), Park foi definitivamente afastada da presidência pela corte constitucional, tornando-se a primeira chefe de Estado e de governo na história do país a ser deposta por um processo de impeachment, sendo detida três semanas depois. Em 9 de maio de 2017, eleições presidenciais antecipadas deram vitória ao candidato derrotado em 2012, Moon Jae-in, empossado logo no dia seguinte. Em abril de 2018, a ex-presidente Park foi “sentenciada a 24 anos de prisão por abuso de poder e corrupção”. Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China. Tratava-se de uma nova cepa (tipo) de coronavírus que não havia sido identificada antes em seres humanos. A pandemia de COVID-19 afetou a nação em 2020, ano em que a Coreia do Sul registrou mais mortes do que nascimentos, resultando, pela primeira vez, em uma redução populacional. Em março de 2022, Yoon Suk-yeol, conservador candidato da oposição à presidência pelo Partido do Poder Popular, venceu uma eleição apertada contra Moon Jae-in, com a menor margem da história. Yoon foi empossado em 10 de maio de 2022. Ele declarou lei marcial em 3 de dezembro de 2024, acusando a oposição de ser pró-Coreia do Norte e de conduzir atividades contra o Estado. Horas depois, a Assembleia Nacional votou de forma unânime (190 a 0) para anular a declaração, levando Yoon a revogar a lei marcial em 4 de dezembro. Em 14 de dezembro, Yoon foi afastado do cargo após a maioria da Assembleia Nacional, incluindo alguns membros do próprio partido, votar pelo seu impeachment. Yoon foi removido do cargo por unanimidade em 4 de abril de 2025. Nas eleições presidenciais de 3 de junho de 2025, foi eleito o candidato Lee Jae-myung, empossado no dia seguinte.
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2016; SOUZA, André Barcellos Carlos de, Televisão e (Des)razão. Tese de
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Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2017; MANZANO, Sofia Pádua, Desigualdade
e Ideologia: A Nova Missa em Latim. Tese de Doutorado. Programa de
Pós-Graduação em História. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.
São Paulo: Universidade de São Paulo, 2021; JOLLY, Claude, Destutt de Tracy.
L’Idéologie Rationnelle. Paris: Editeur Librairie J. Vrin - Bibliothèque
des Philosophies, 2024; VANEGAS, Santiago, “A socióloga francesa que se
infiltrou nas casas dos ultrarricos para expor como funciona a servidão
moderna”. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/08/06/2025; entre outros.
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