“A beleza provoca o ladrão mais do que o ouro”. William Shakespeare
A Arte de Amar (2024) demonstra Alin (Esra Bilgiç), uma policial da Divisão de Roubos de Arte da Interpol. Nascida a 14 de outubro de 1992 em Ancara, é uma atriz e modelo turca. É a capital cosmopolita na região da Anatólia Central. A cidade é um centro de artes cênicas, abrigando a Ópera e Ballet do Estado da Turquia, a Orquestra Sinfônica Presidencial e várias outras companhias de teatro nacionais. É reconhecida por interpretar Halime Sultán, mais tarde Halime Hatun, na série de televisão Dirilis: Ertugrul. O seu desejo de atuar levo-a a fazer parte de algumas aulas de atuação. Ali, chamou a atenção do famoso produtor turco Mehmet Bozdag que, pelas suas habilidades de atuação, decidiu dar-lhe o papel principal na sua série, Diriliş Ertuğrul, iniciando assim a sua carreira numa das séries mais populares da Turquia em 2014. Após alguns excessivos roubos de obras de arte em museus de difícil acesso pelo mundo, Alin é designada para investigar quem é o ladrão. Contudo, a investigadora acaba descobrindo algo mais revelador do que os crimes cometidos: o autor dos roubos é o galante Güney (Birkan Sokullu), homem por quem Alin já foi noiva e sumiu misteriosamente pouco antes do casamento. Agora, Alin precisa pegar Güney em flagrante em cena de roubo, e uma história repleta de ação e romance na vida dos dois está prestes a começar.
Após o choque inicial, a investigadora decide seguir em frente com a missão, aproveitando-se de seu relacionamento anterior com Güney para armar uma cilada para ele. Apesar de ter tudo claro, os sentimentos dela pelo ex-parceiro complicarão a missão. Ushan Çakir, Hakan Ummak, Firat Tanış, Ushan Çakır e Nil Keser completam o elenco principal de A Arte de Amar. O filme, que foi filmado entre Istambul e Praga, tem duração de 99 minutos, o que o torna um plano perfeito para ser visto em um feriado ou no final de semana. Mehmet Bozdağ, nascido em 1° de janeiro de 1983, é um roteirista, produtor de cinema e diretor turco. Ele também é o fundador e proprietário da produtora Bozdağ Film. Bozdağ nasceu em Kayseri, Turquia e foi educado na Universidade Sakarya, frequentemente chamada simplesmente de SAU, é uma universidade pública de pesquisa localizada na cidade de Serdivan, um distrito da província turca de Sakarya. O núcleo da Universidade Sakarya, cuja missão é educar indivíduos por todos os tipos de equipamentos que a civilização moderna requer, foi formado pela Escola de Engenharia e Arquitetura fundada em 1970 afiliada à Universidade Técnica de Istambul. Esta escola se transformou na Academia Estatal de Engenharia e Arquitetura e serviu como faculdade de 1982 a 1992. Fundada como Sakarya Engineering and Architecture foi renomeada para Sakarya State Engineering and Architecture Academy em 1971.
Iniciou os programas acadêmicos de Mestrado em Ciências (MSc) e Doutorado em Filosofia (PhD) em 1980. Os programas foram executados pelo Instituto de Ciências Puras e Aplicadas da Universidade Técnica de Istambul (İTÜ). Foi vinculada à Universidade Técnica de Istambul como Faculdade de Engenharia de Sakarya em 1982. As Escolas Vocacionais de Sakarya e Düzce foram vinculadas a ela no mesmo ano. Finalmente, saiu do İstanbul Teknik Üniversitesi (ITÜ) e se tornou Faculdade de Engenharia da Universidade de Sakarya em 1992. A Escola Vocacional de Düzce saiu da Faculdade de Engenharia de Sakarya e foi vinculada à Universidade Abant Izzet Baysal neste ano. Finalmente, a Universidade de Sakarya foi estabelecida de acordo com a Lei nº 3837 de 3 de julho de 1992. Considerada uma das maiores universidades da Turquia, com mais de 85.000 alunos, a Universidade Sakarya tem uma atividade social e tecnológica de pesquisa muito alta e seu programa de pós-graduação abrangente oferece doutorados em Ciência, Tecnologia, Engenharia e Humanidades, bem como diplomas profissionais em negócios, medicina, direito, enfermagem, serviço social e odontologia. Ela hospeda cinco institutos diferentes: Ciências Educacionais, Ciências Naturais, Ciências da Saúde, Ciências Sociais e Instituto do Oriente Médio.
Ele também concluiu seu Mestrado em Sociologia na mesma universidade. Bozdağ iniciou seus estudos históricos em 2004. Em 2009, Bozdağ trabalhou como roteirista dos documentários TRT “Son Rüya” e “Kardeş Şehirler”. Em 2010, escreveu um documentário chamado “Ustalar, Alimler ve Sultanlar”. Em 2014, Bozdağ fez uma série dramática histórica turca Diriliş: Ertuğrul. O show foi muito popular na Turquia e no Paquistão. No ano seguinte, em 2015, ele fez a 2ª temporada pelo Diriliş: Ertuğrul. No mesmo ano, ele também fez outro drama histórico chamado Yunus Emre: Aşkın Yolculuğu. Bozdağ anunciou em 2020 que estava trabalhando no novo projeto desde 2018, a pedido do Governo do Uzbequistão. Em fevereiro de 2021, a série dramática de Bozdağ, Mendirman Jaloliddin, na televisão. Atualmente, ele escreve e produz a série de TV Kuruluş: Osman, foi ao ar na ATV em novembro de 2019. Em maio de 2020, Bozdağ anunciou poder colaborar com o Paquistão para futura coprodução.
Cultura popular pode ser definida como qualquer manifestação individual e coletiva como a dança, música, festa, literatura, folclore, arte em que o povo produz e participa de forma ativa. A cultura popular é o resultado de uma interação contínua entre pessoas de determinadas regiões e recobre um complexo de padrões de comportamento e crenças de um povo. Nasceu da adaptação do ser humano ao ambiente onde vive e abrange inúmeras áreas de conhecimento: crenças, artes, moral, linguagem, ideias, hábitos, tradições, usos e costumes, artesanatos, folclore, etc. É o que diferencia e classifica um povo, é o que dá o tom e a cor a uma dada sociedade e abrange um modo de vida. Uma opinião amplamente sustentada hic et nunc é a de que a chamada cultura popular tende a ser superficial. Os itens culturais que requerem grande experiência, treino ou reflexão para serem apreciados, dificilmente se tornam itens da cultura popular. Ao contrário da “cultura de elite”, a cultura popular surge das tradições e costumes e é transmitida de geração para geração, principalmente, de forma oral. O conteúdo da cultura popularmente é determinado em grande parte pelas indústrias culturais que disseminam o material cultural, como por exemplo as indústrias do cinema, televisão e editoras, bem como os meios de comunicação. No entanto, a cultura popular não pode ser descrita como o produto conjunto dessas indústrias; pelo contrário, é o resultado consequente destas. O mais importante sociologicametne na arte popular, ou cultura popular, não é o objeto per se produzido, mas sim o artista, o povo, a periferia, isso faz com que a arte popular seja contemporânea ao seu tempo e lugar.
- “A obra de arte popular constitui um tipo de linguagem por meio das quais os povos expressam suas lutas pela sobrevivência. Cada objeto é um momento de vida. Ele manifesta o testemunho de algum acontecimento, a denúncia de alguma injustiça”. É ao mesmo tempo conservadora e inovadora, ligada a tradição, mas com os novos elementos cotidianamente que surgem com o tempo histórico e social. A inspiração da cultura popular vem dos acontecimentos corriqueiros. Diferente da cultura erudita, que é aquela ensinada nas escolas, e que às vezes é vista como um “produto” e faz parte de uma elite. Ao ver a cultura como algo amplo, sem ser um produto, chega-se à conclusão que toda cultura é por definição popular. Não existe cultura pertencente a um único grupo social, toda cultura é baseada em fatos históricos sociais que implicam na formação cultural e na aceitação de valores e costumes. A cultura popular tem múltiplas origens. A classificação tradicional dos sociólogos e do nascimento da sociologia como ciência, impele-os à sua relação profissional pelo tipo de sistema social que condiciona seu trabalho e seu objeto - as relações sociais – em uma tipologia social determinada a que são mais sensíveis. Além dessa formação pessoal também é preciso que a situação profissional lhe permita resistir às pressões culturais e sociais que sobre ele se exercem nas instituições. Mas o que ocorre é que os sociólogos estão encerrados em guetos cujo aparente isolamento seria cômodo demais para a ordem social dominante: o pensamento crítico estaria sendo enclausurado como se enclausuram os loucos e os delinquentes e pelas mesmas razões de ordem, para analisar as categorias, normas e discursos da prática. O objeto da sociologia não pode ser definido sem a bidimensionalidade dos meios de trabalho. Esse procedimento deveria levar a definir o método sociológico. É inútil discutir a pertinência relativa da análise qualitativa ou da análise quantitativa. A sociologia não pretende dominar a resposta a questão teorética.
Argumentava
Fernandes (2003) que converter o folclore em ciência positiva autônoma trazia,
consigo, limitações e dificuldades insuperáveis. Está fora de dúvida que o
folclore pode ser objeto de investigação científica. E nem por isso, sua
complexidade e importância serão menores. Por um lado, o campo de trabalho do
folclorista é simétrico ao dos especialistas no estudo das artes, da literatura
e da filosofia. Apenas duas diferenças parecem relevantes: a) o folclorista
precisa difundir, com frequência, indagações que podem ser feitas separadamente
por aqueles especialistas; b) quando o folclorista trata de expressões orais ou
dramáticas do folclore, muitas vezes se vê obrigado a documentar, ele próprio,
os exemplares que pretende investigar. De qualquer forma, parece claro que as
tarefas específicas do folclorista começam depois de constituídas as coleções
de materiais folclóricos. Elas se revelam na análise do tema, no estudo de sua
distribuição cronológica e espacial, na comparação deles entre si, através de
diferentes sistemas folclóricos. Não se deve inferir que o folclore,
particularmente, esteja condenado a desaparecer. Em outras palavras, o
folclore, institucionalmente como uma disciplina humanística, versa sobre conhecimentos
que escapam ao âmbito das investigações empíricas ou dentro de uma forma
parcial e fragmentária. Aliás, conduz-nos a colocar em outras bases analiticametne a questão
da interdependência entre o folclore e as ciências sociais.
Para a ideologia dominante, “tudo é opinião”, mas algumas opiniões são falsas e outras são corretas. O poder de persuadir os indivíduos das opiniões corretas está ligado à capacidade da ideologia dominante de se apoiar em todo um vasto sistema educativo, em toda uma organização de formação cultural corrompida que é proporcionado ao amplo público consumidor. Mas eficazmente do que o conjunto estabelecido das escolas, analisadas posteriormente por Pierre Bourdieu, a indústria cultural serve à multidão de produtos culturais simplificados, vulgarizados, amontoados acriticamente. Os professores se convencem de que estão ajudando seus alunos a avançar pouco a pouco na assimilação da cultura. Os alunos, massificados, lisonjeados com a semicultura, satisfazem-se com o que lhes está sendo dado, e são induzidos a preservar o que lhes parece ser o seu saber, e, portanto, o seu patrimônio cultural, reagindo contra quaisquer objeções dos eternos questionadores, sempre insatisfeitos, ou contra as investidas insensatas de uma crítica radical. A cultura nem sempre foi contraditória, por isso não devemos idealizá-la. No século XX, com a esmagadora predominância de critérios imediatistas e utilitários, esses valores críticos da cultura sofrem um brutal esvaziamento e as pessoas vão deixando de reconhecê-los, se por acaso com eles se defrontarem.
A classificação tradicionalmente dos sociólogos e do nascimento da sociologia como ciência, impele-os à sua relação profissional pelo tipo de sistema social que condiciona seu trabalho e seu objeto - as relações sociais – em uma tipologia social determinada a que são mais sensíveis. Além dessa formação pessoal também é preciso que a situação profissional lhe permita resistir às pressões culturais e sociais que sobre ele se exercem nas instituições. Mas o que ocorre é que os sociólogos estão encerrados em guetos cujo aparente isolamento seria cômodo demais para a ordem social dominante: o pensamento crítico estaria sendo enclausurado como se enclausuram os loucos e os delinquentes e pelas mesmas razões de ordem, para analisar as categorias, normas e discursos da prática. O objeto da sociologia não pode ser definido sem a bidimensionalidade dos meios de trabalho. Esse procedimento deve ou deveria levar a definir o método sociológico. É inútil discutir a pertinência da análise qualitativa ou quantitativa. A sociologia não pretende dominar a resposta a essa questão teorética.
É
alimentada principalmente à custa das indústrias que têm lucros a inventar e
promover material cultural. Entre elas, encontram-se a indústria da música
popular, cinema, televisão, rádio, bem como editoras de livros e jogos de
computador. Uma segunda fonte da cultura popularmente, muito diferente da
primeira, é o folclore. Inclusivamente, no mundo pré-industrial, a
cultura de massa como hoje é entendida não existia, existindo, no entanto, uma
cultura folclórica. Esta camada anterior de cultura ainda persiste na nossa
sociedade, seja, por exemplo, em forma de anedotas ou de calão, as quais se
espalham pela população de boca em boca, tal como sempre aconteceu. Apesar de
ser repetidamente mortificado pelos abastecedores de cultura comercial, o
público tem os seus próprios gostos e nem sempre são previsíveis quais os itens
culturais a ele vendidos que obterão sucesso. Este ponto forma outro
ingrediente da cultura de massa. Por outro lado, as crenças e opiniões acerca
dos produtos da cultura comercial são espalhados de boca em boca, sendo
modificadas no processo, tal e qual como o folclore. Uma fonte primária diferente
de cultura popular são as “comunidades profissionais” que providenciam fatos ao
público, frequentemente acompanhados por interpretação. Estas incluem os meios
comunicativos, as comunidades científicas e acadêmicas disseminada
através da rede de universidades públicas e privadas.
O trabalho de cientistas e acadêmicos é usualmente minado pelos meios de notícias e é transmitido ao público com ênfase em pseudofatos sociais com poder para impressionar ou outros itens com atração inerente. Tanto os fatos acadêmicos como as histórias das notícias são modificadas pela transmissão folclórica, sendo por vezes transformadas em perfeitas falsidades, conhecidas por mitos urbanos. Por outro lado, muitos dos mitos urbanos não têm nenhuma origem factual e foram simplesmente inventados por diversão. A chamada indústria cultural conferiu poderes avassaladores à capacidade que a ideologia dominante possui de induzir o pensamento, no âmbito da reprodutibilidade técnica atenção e mesmo do olhar, a percepção, para os pontos por ela iluminados. A indústria cultural possibilitou, no século XX, a criação e o funcionamento de sociedades “totalmente administradas”, que já não precisam se empenhar em justificar suas prescrições e imposições: a massa dos consumidores tende a aceita-las passivamente, considerando-as normais, legitimadas pelo simples fato de existirem.
Para a ideologia dominante, “tudo é opinião”, mas algumas opiniões são falsas e outras são corretas. O poder de persuadir os indivíduos das opiniões corretas está ligado à capacidade da ideologia dominante de se apoiar em todo um vasto sistema educativo, em toda uma organização de formação cultural corrompida que é proporcionado ao amplo público consumidor. Mas eficazmente do que o conjunto estabelecido das escolas, analisadas por Pierre Bourdieu, a indústria cultural serve à multidão de produtos culturais simplificados, vulgarizados, amontoados acriticamente. Os professores se convencem de que estão ajudando seus alunos a avançar pouco a pouco na assimilação da cultura. Os alunos, massificados, lisonjeados com a semicultura, satisfazem-se com o que lhes está sendo dado, no mercado da arte, e são induzidos a preservar o que lhes parece ser o seu saber, e, o patrimônio cultural, reagindo contra quaisquer objeções dos eternos questionadores, sempre insatisfeitos, ou contra as investidas insensatas de uma crítica radical. A cultura nem sempre foi contraditória, por isso não devemos idealizá-la.
No século XX, com a predominância de critérios imediatistas e utilitários, esses valores críticos da cultura sofrem um brutal esvaziamento e as pessoas vão deixando a capacidade de reconhecê-los, se por acaso com eles se defrontarem. A divergência entre Theodor Adorno e Walter Benjamin não resultava de um deles ser mais desconfiado que o outro. Ambos se recusaram a seguir a uma militância tumultuada, com elevados índices de frustração e autocríticas, concessões dolorosas feitas ao longo de mais de cinquenta. Na origem das divergências, estava a convicção de Benjamin de que, para intervir na ação, para participar ativamente na luta de classes, era preciso atuar de maneira coletiva, filiar-se ao instrumento da revolução e do partido. Uma das grandes forças dos escritos de Adorno é a sua capacidade de ligar as maiores questões metafísicas aos menores detalhes da existência humana. Como ele argumenta na introdução a Mínima Moralia, isso, em parte, é uma herança de Friedrich Hegel. Do ponto de vista estético, Adorno valoriza Hegel e Beethoven, comparativamente, pela tensão que suas obras mantêm entre o individual e o global, entre a parte e o todo, mas ele suspeita que, em ambos os casos, o pequeno torna-se um mero momento no todo maior. O trabalho teórico de Adorno busca manter essa tensão dialética, como sugere a forma de Mínima Moralia. O extraordinário livro é ordenado em três sequências de fragmentos, cobrindo tópicos concretamente da vida em família à história mundial, da experiência da criança no zoológico às críticas de Adorno a Hegel. Os fragmentos se mantêm-se na forma do livro, mas não entre parte e todo, em uma teoria abrangente.
Ao conectar os detalhes aparentemente mais inocentes da vida cotidiana a absolutos morais, Adorno parece colocar em ação uma inversão paranoica das tendências totalitárias que ele discerne na sociedade contemporânea. Mas é apenas uma reformulação quando ele prefacia sua queixa quanto ao cinema, o fato social de que “não restou nada de inócuo”. No mundo da vida cotidiana a liquidação do particular pelo universal é experimentada como sofrimento e mal-estar da civilização. Nesse cenário vão se propagar, erroneamente, cada vez mais ideias que aspiram por um vulgar impulso por transcendência. O desespero pelo que existe propaga as ideias, que em outros tempos foram contidas. Qualquer um, inclusive as pessoas que se ocupam com negócios desse mundo, considerará um desvario a ideia de que esse mundo finito de tormento infinito seja abarcado por um plano universal divino. Theodor Adorno refere-se a essa experiência da “via negativa” da “metafísica em queda” como a busca da “imediatez subjetiva intacta” ou “subjetivismo do ato puro”, experiência que nos daria o “interior dos objetos”, a redenção do materialismo por meio da metafísica que, finalmente, revelaria a aparente verdade do mundo. Que ele tenha, por outro lado, querido intensivamente ter contradito tal veredito, testemunham os 370 fragmentos que compõem o livro inacabado, nos quais Adorno trabalhou durante parcela significativa de sua vida intelectual, de 1938 até o final de sua vida, em 1969. Seu principal objetivo diria respeito à própria natureza e alcance da filosofia da música enquanto disciplina do ponto de vista do conhecimento científico.
O livro deveria fornecer a filosofia da música, ou, determinar decididamente a relação da música com a lógica conceitual, no que Beethoven e Hegel são tomados como “paradigmas” em seus domínios respectivos. O problema social da forma de disjunção do interesse universal e particular seria, ao mesmo tempo, o problema da filosofia moral. Nisso, podemos seguir as ponderações de Adorno. As realidades sociais caracterizam-se pelo fato de que interesses particulares, ao nível ideológico, se colocam como interesses gerais. Os indivíduos devem representar seus interesses particulares, como se o interesse universal e o particular coincidissem. Enquanto esse estado de coisas se mantiver, encontramo-nos numa aporética situação de contradição. Por isso, a questão sobre a vida reta ou boa, refletiu Adorno, só poderia ser respondida por meio da “negação determinada” e isto, para ele, significava a práxis: nós poderíamos ainda assim tentar existir decentemente, mesmo quando o estado geral social, na condição do todo, impede-nos de fazê-lo, uma socialização heterônoma às formas socialmente sancionadas do ângulo da moral repressiva, isto é, tendo em vista as condições e possibilidades de se agir como representante da vida reta, a única que seria possível no todo falso.
A ética ou a filosofia moral se tornam uma luz que permite discernir entre aquilo que é certo ou não do ponto de vista ético. É um dos valores que não se encontra inserido no contexto de uma religião específica, mas no contexto da lei natural que rege aquilo que é conveniente para o ser humano de acordo com sua dignidade e natureza. A moral tem sua base na liberdade do ser humano através da qual uma pessoa pode realizar boas ações, mas que também tem a liberdade de praticar atitudes injustas. A reflexão moral ajuda o ser humano a tomar consciência de sua própria responsabilidade no trabalho de crescer como pessoa, tendo sempre claro o princípio da verdade e do bem. A filosofia como reflexão moral é muito importante, uma vez que a retidão no trabalho ajuda o ser humano a melhorar como pessoa e a alcançar uma vida boa. A filosofia moral mostra a responsabilidade humana em trazer esperança à sociedade que vive, uma vez que através de ações individuais exerce influência no bem comum. Esta filosofia moral toma como fundamental os princípios da conduta humana. Estas normas éticas dignificam a pessoa através de valores como mostra a persistente superação pessoal, o amor próprio, o respeito absoluto, o princípio do dever e a busca plena pela felicidade. Um princípio moralmente coreto e essencialmente prudente é lembrar que o fim nem sempre justifica os meios.
O
fim do idealismo alemão, o aparecimento do materialismo, o pensamento de
Friedrich Nietzsche e as teorias de Sigmund Freud pareciam unir-se na luta contra a
filosofia positivista que ganhava força com a industrialização: ordem e
progresso unidos sob a batuta da ciência. Recorde-se que o anarquismo tinha
ganhado raízes em Ascona, desde que em 1869, o célebre anarquista russo Mikhail
Bakunin tinha vindo residir como refugiado político. Também pouco tempo depois
começaram a chegar outros refugiados com projetos distintos, como o de fundar
um convento laico com o nome de Fraternitas, por iniciativa dos teósofos
Alfredo Pioda (1848-1909) e Franz Hartmann (1838-1912), justamente nas
montanhas de Ascona, que receberiam então, mais tarde, o nome de Monte Verità.
Em 1900, sob o ambiente histórico e filosófico da Europa do período da
pré-guerra, aparece a singular história da realização de uma utopia que tomou o
nome de Monte Verità. Singular não só pelo seu alcance, mas também pela
radicalidade das suas propostas iniciais, e pela atração que exerceu sobre artistas e pensadores, mas também da criação do “Círculo
de Eranos”, o qual teve como expoentes figuras como Carl G. Jung, Rudolf Otto,
Karl Kerenyi, Joseph Campbell, Mircea Eliade, Gilbert Durand, Gershim Scholem,
Henry Corbin e Gerardus van der Leeuw.
Ao
contrário dos retratos frequentes na cultura popular, a Interpol não é
uma agência de aplicação da lei supranacional e não possui agentes que possam
fazer prisões. Em vez disso, é uma organização internacional que funciona como
uma rede de agências policiais de diferentes países. A organização, portanto,
funciona como uma ligação administrativa entre as agências policiais dos países
membros, fornecendo comunicações e assistência ao banco de dados, assistida
através da sede central em Lyon. Os bancos de dados da organização podem ajudar
a aplicação da lei no combate ao crime internacional. Uma rede mundial de
comunicações criptografadas baseada na Internet permite que os agentes
da Interpol e os países membros entrem em contato social a qualquer momento.
Conhecida como I-24/7, a rede oferece acesso constante aos bancos de dados da
Interpol. Ela possui um orçamento anual de cerca de 113 milhões de euros (127
milhões de dólares), a maior parte fornecida através de contribuições anuais
dos membros das forças policiais em 181 países. Suas operações diárias são
realizadas pela Secretaria-Geral, composta por policiais e civis e liderada
pelo Secretário-Geral, atualmente Jürgen Stock, ex-vice-chefe do Departamento
Federal de Polícia Criminal da Alemanha. Em 2013, a Secretaria-Geral empregava
uma equipe de 756 representantes de 100 países membros.
A Assembleia Geral, composta por todos os países membros, é o corpo diretivo, elegendo o Comitê Executivo e seu Presidente, atualmente Kim Jong Yang, da Coreia do Sul, para supervisionar a implementação das políticas e administração da organização. A Interpol busca permanecer o mais politicamente neutra possível, a fim de cumprir seu mandato; seu estatuto impede a organização de realizar intervenções ou atividades de natureza política, militar, religiosa ou racial ou de se envolver em disputas sobre tais assuntos. A Interpol emitiu 13.637 avisos em 2013, dos quais 8 857 foram vermelhos, em comparação com 4 596 em 2008 e 2 037 em 2003. Em 2013 havia 52 880 avisos válidos em circulação. Em caso de desastre internacional, ataque terrorista ou assassinato, a Interpol pode enviar uma “equipe de resposta a incidentes” (ERI), que podem oferecer uma variedade de conhecimentos e acesso a bancos de dados para ajudar na identificação de vítimas, identificação de suspeitos e disseminação de informações para as agências de aplicação da lei de outras nações. A pedido das autoridades elas podem atuar como uma operação central de comando e logística para coordenar outras agências policiais envolvidas. Essas equipes foram implantadas oito vezes em 2013.
A Interpol começou a emitir seus próprios documentos de viagem em 2009, na esperança de que os 110 países removessem os requisitos de visto para pessoas que viajam para os assuntos da organização, melhorando assim o tempo socialmente de resposta. Em setembro de 2017, a organização votou para aceitar a Palestina e as Ilhas Salomão como membros. A Palestina e as Ilhas Salomão são ambos países membros da Interpol: A Palestina foi aceite como membro da organização policial internacional, recentemente em 27 de setembro de 2024. As Ilhas Salomão também são um país membro da Interpol. As Ilhas Salomão têm como representação um país localizado no oceano Pacífico, na Melanésia, e faz parte da Commonwealth Britânica. A capital do país é Honiara. A Palestina é uma região habitada há milênios, mas o surgimento do Estado de Israel em 1948 foi um momento crucial na história da região. A capital da Palestina é Jerusalém Oriental, mas o status da cidade é disputado por Israel e pela comunidade internacional.
Birkan
Sokullu nasceu em Istambul em 6 de outubro de 1985. Os avós maternos de Sokullu
eram imigrantes bósnios, enquanto o lado paterno é de origem turca. Ele deixou
sua carreira no basquete após 10 anos devido a uma lesão na perna. Ele se
formou na Universidade de Maltepe com especialização em Programação de Rádio e
TV. Enquanto estudava na universidade, ele começou sua carreira de modelo. Ele
teve aulas de atuação com Dolunay Soysert. E também estudou no Departamento de
Drama e Atuação da Universidade de Istambul Aydın por um ano, mas desistiu. Sokullu
começou a ser notado depois de se juntar ao elenco de séries populares,
incluindo Küçük Kadınlar, Melekler Korusun e Uçurum. Seu primeiro papel
principal popular é Demir em Küçük Sırlar, o remake turco de Gossip Girl.
Ele ganhou fama com as séries de sucesso Hayat Şarkısı e Masumlar Apartmanı. Apareceu em séries dramáticas históricas, como Kurt Seyit ve Şura, Rise
of Empires: Otomano, Ya İstiklal Ya Ölüm, Bir Aile Hikayesi e Fatih. Em 2018,
Sokullu estrelou a série fictícia Yaşamayanlar com Kerem Bürsin e Elçin Sangu.
E um papel principal no filme de terror de 2019, Güzelliğin Portres.
Enfim, a cultura popular tem múltiplas origens. É alimentada principalmente à custa das indústrias que têm lucros a inventar e promover material cultural. Entre elas, encontram-se a indústria da música popular, cinema, televisão, rádio, bem como editoras de livros e jogos de computador. Uma segunda fonte da cultura popular, muito diferente da primeira, é o folclore. Inclusivamente, no mundo pré-industrial, a cultura de massa como hoje é entendida não existia, existindo, no entanto, uma cultura folclórica. Esta camada anterior de cultura ainda persiste na nossa sociedade, seja, por exemplo, em forma de anedotas ou de calão, as quais se espalham pela população de boca em boca, tal como quase sempre aconteceu. Apesar de ser repetidamente mortificado pelos abastecedores de cultura comercial, o público tem os seus próprios gostos e nem sempre são previsíveis quais os itens culturais a ele vendidos que obterão sucesso. Este ponto forma outro ingrediente da cultura de massa. Por outro lado, as crenças e opiniões acerca dos produtos da cultura comercial são espalhados de boca em boca, sendo modificadas no processo, tal e qual como o folclore. Uma fonte diferente de cultura popular são as comunidades profissionais que providenciam fatos ao público, frequentemente acompanhados por interpretação. Estas incluem os mass media de notícias, bem como as comunidades científicas e académicas. O trabalho de cientistas e acadêmicos é usualmente minado pelos mass media de notícias e é transmitido ao público com ênfase em pseudofatos com poder para impressionar ou outros itens com atração inerente. Tanto os fatos acadêmicos como comparativamente as histórias sociais das notícias são modificadas pela transmissão folclórica, sendo por vezes transformadas em perfeitas falsidades, conhecidas por mitos urbanos. Por outro lado, muitos dos mitos urbanos não têm origem factual e foram simplesmente inventados por diversão.
Bibliografia
Geral Consultada.
BECKER, Howard, Los Extraños. Buenos Aires: Editorial Tiempo Contemporâneo, 1971; TOURAINE, Alain, La Produzione della Società. Bolonha: Editore Il Mulino, 1973; CHAUÍ, Marilena, Cultura e Democracia: O Discurso Competente e Outras Falas. São Paulo: Editora Moderna, 1982; LASCH, Christopher, A Cultura do Narcisismo: A Vida numa Era de Esperança em Declínio. Rio de Janeiro: Editora Imago, 1983; SAID, Edward, Orientalismo: O Oriente como Invenção do Ocidente. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1990; DE MASI, Domenico (Org.), L`Emozione e la Regola. I Gruppi Creativi in Europa dal 1850 al 1950. Bari: Casa Editrice Laterza, 1991; ROMANO, Vicente, Desarrollo y Progreso: Por una Ecologia dela Comunicación. Barcelona: Editorial Teide, 1993; LEAL FILHO, Laurindo, A Melhor Televisão do Mundo: O Modelo Britânico de Televisão. São Paulo: Editorial Summus, 1997; FERNANDES, Florestan, O Folclore em Questão. 2ª edição. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2003; LISPECTOR, Clarice, Revelación de un Mundo. Buenos Aires: Ediciones Hidalgo, 2004; JWAIDEH, Wadie, The Kurdish National Movement: Its Origins and Development. New York: Syracuse University Press, 2006; DÜNDAR, Fuat, L’Ingénierie Ethnique du Comité Union et Progrès et la Turcisation de l’Anatolie (1913-1918). Thèse de Doctorat d’Histoire. Paris: École des Hautes Etudes en Sciences Sociales, 2006; BARNETT, Michael; COLEMAN, Liv, “Designing Police: Interpol and the Study of Change in International Organizations”. In: International Studies Quarterly, 49 (4): 593; 2005; CASTRO, Thales, Teoria das Relações Internacionais. Brasília: Fundação Alexandre Gusmão, 2012; BOZARSLAN, Hamit, Histoire de la Turquie: de l’empire à Nos Jours. Paris: Editeur Tallandier, 2013; DUARTE, Rodrigo, Indústria Cultural e Meios de Comunicação. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2014; BARAK, Ravid, “Interpol Votes to Accept State of Palestine as Member Country”. In: Haaretz, 27 de September de 2017; SANTOS, Waldeir Eustáquio dos, Capitalismo Tardio e Revolução Passiva: Um Estudo da Emergência da Turquia. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais. Belo Horizonte: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 2017; DEFLEM, Mathieu, “Bureaucratization and Social Control: Historical Foundations of International Police Cooperation”. In: Law & Society Review, Volume 34, Issue 3, 2024, pp. 739 – 778; entre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário